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Glossário 1
SECRETARIA ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

COORDENADORIA DE AÇÃO SOCIAL

GRUPO ESTADUAL DE GESTÃO DO SUAS

PMAS 2014
Glossário

São Paulo – SP

outubro de 2012

Glossário 2
A
Abandono: Situação de desamparo ou desprezo. Condição em que o indivíduo encontra-se
com vínculos sociais e familiares rompidos, sendo violado seu direito à convivência familiar e
comunitária.

Abordagem Social: Serviço ofertado de forma continuada e programada com a finalidade de


assegurar trabalho social de abordagem e busca ativa que identifique, nos territórios, a
incidência de trabalho infantil, exploração sexual de crianças e adolescentes, situação de rua,
dentre outras. Deverão ser consideradas praças, entroncamento de estradas, fronteiras,
espaços públicos onde se realizam atividades laborais, locais de intensa circulação de pessoas
e existência de comércio, terminais de ônibus, trens, metrô e outros. O Serviço deve buscar a
resolução de necessidades imediatas e promover a inserção na rede de serviços
socioassistenciais e das demais políticas públicas na perspectiva da garantia dos direitos.

Abrigo Institucional: Unidade de atendimento (equipamento) prevista para o Serviço de


Acolhimento Institucional destinado a crianças e adolescentes, adultos e famílias, mulheres em
situação de violência e idosos (ILPI´s – Instituições de Longa Permanência para Idosos). A
unidade deve estar inserida na comunidade com características residenciais, ambiente
acolhedor e estrutura física adequada, visando o desenvolvimento de relações mais próximas
do ambiente familiar. As edificações devem ser organizadas de forma a atender aos requisitos
previstos nos regulamentos existentes e às necessidades dos (as) usuários (as), oferecendo
condições de habitabilidade, higiene, salubridade, segurança, acessibilidade e privacidade.

Abuso sexual: Tipo de violência sexual que envolve qualquer tipo de ato ou jogo sexual, que
tem como intenção estimular sexualmente a vítima ou utilizá-la para obter satisfação sexual
por meio de imposição pela violência física ou ameaças. Assim, a vítima pode ser coagida física,
emocional ou psicologicamente. Pode variar desde atos que não incluam contato sexual físico
(voyeurismo, exibicionismo, assédio sexual, abuso sexual verbal etc.) até aqueles que
envolvam contato sexual sem penetração (sexo oral, masturbação, manipulação de órgãos
sexuais etc.) ou com penetração (estupro, sexo anal ou vaginal). No caso de crianças e
adolescentes o abuso sexual caracteriza-se fundamentalmente pelo fato do agressor
encontrar-se em estágio de desenvolvimento psicossexual mais adiantado que a vítima. Nestes
casos considera-se também como abuso sexual todo tipo de contato sexualizado como falas
eróticas ou sensuais e exposição da criança a material pornográfico.

Acampamento: Lugar de organização e aglutinação de um grupo "sem terra" ou “sem teto”,


sendo considerado um espaço de transição na luta pela terra e pela moradia, tanto na cidade
como no campo. No âmbito da Reforma Agrária constitui-se de um grupo de pessoas sem terra
que se reúne para exigir seus direitos, através das ocupações de terras. O acampamento torna-
se um pré-assentamento no momento em que as famílias conseguem se estabelecer e
começar as negociações com o governo para fazer daquela área um local destinado à reforma
agrária.

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Acessibilidade: Condição favorável para facilitar a obtenção de bens e serviços, eliminando
obstáculos de ordem física e aqueles relacionados à Comunicação. A Associação Brasileira de
Normas Técnicas – ABNT/NBR 9050/94 define como: “condições e possibilidades de alcance
para utilização, com segurança e autonomia, de edificações públicas, privadas e particulares,
seus espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência
possível e dando ao cidadão deficiente, ou àqueles com dificuldade de locomoção, o direito de
ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, no estudo ou no lazer”.

Acolhida: A acolhida é o processo de contato inicial do usuário com o Serviço. Deve ser
cuidadosamente organizada, de forma a se constituir em referência para as famílias. Seu
objetivo é instituir o vínculo entre as famílias usuárias e os serviços, necessário para a
continuidade do atendimento socioassistencial iniciado. A acolhida consiste na recepção e
escuta qualificada das necessidades e demandas trazidas pela população, com oferta de
informações sobre serviços, programas, projetos e benefícios da rede socioassistencial e
demais políticas setoriais, bem como sobre defesa de direitos. A acolhida é primordial na
garantia de acesso da população ao SUAS e de compreensão da assistência social como direito
de cidadania.

Acolhida no domicílio – Processo de acolhida de uma família, ou de algum de seus membros,


no seu próprio domicílio, pautada no respeito à privacidade. Essa forma de acolhida deve ser
utilizada em situações específicas, nas quais as famílias não respondem ao convite para
comparecer ao CRAS ou vivenciam situações de vulnerabilidade ou risco social e não procuram
o Serviço. São exemplos dessas situações: as famílias em descumprimento reiterado de
condicionalidades (esse descumprimento pode significar situações de vulnerabilidade ou risco
social) ou famílias com crianças, adolescentes ou jovens de até 18 anos com deficiência,
beneficiários do BPC e fora da escola. Também utilizada no caso em que o responsável familiar
apresentar dificuldades de acesso ao Serviço, por impossibilidade de locomoção, em
decorrência de alguma doença, deficiência física, ou por ser cuidador de pessoas com
deficiência severa ou idosos dependentes. Processo integrante da Visita Domiciliar e do
Atendimento Domiciliar.

Acolhimento Institucional: Acolhimento em diferentes tipos de equipamentos, destinado a


famílias e/ou indivíduos com vínculos familiares rompidos ou fragilizados, a fim de garantir
proteção integral. A organização do serviço deverá garantir privacidade, o respeito aos
costumes, às tradições e à diversidade de: ciclos de vida, arranjos familiares, raça/etnia,
religião, gênero e orientação sexual. O atendimento prestado deve ser personalizado e em
pequenos grupos e favorecer o convívio familiar e comunitário, bem como a utilização dos
equipamentos e serviços disponíveis na comunidade local. As regras de gestão e de
convivência deverão ser construídas de forma participativa e coletiva, a fim de assegurar a
autonomia dos usuários, conforme perfis.
• Para crianças e adolescente trata-se de Acolhimento provisório e excepcional para
crianças e adolescentes de ambos os sexos, inclusive crianças e adolescentes com
deficiência, sob medida de proteção (Art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente)
e em situação de risco pessoal e social, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se
temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção.
• Para adultos e famílias, é previsto para pessoas em situação de rua e desabrigo por
abandono, migração e ausência de residência ou pessoas em trânsito e sem condições
de auto-sustento.
• Para mulheres em situação de violência, trata-se de Acolhimento provisório para
mulheres, acompanhadas ou não de seus filhos, em situação de risco de morte ou
ameaças em razão da violência doméstica e familiar, causadora de lesão, sofrimento

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físico, sexual, psicológico ou dano moral, devendo ser desenvolvido em local sigiloso,
com funcionamento em regime de co-gestão, que assegure a obrigatoriedade de
manter o sigilo quanto à identidade das usuárias.
• Para idosos é previsto para aqueles que não dispõem de condições para permanecer
com a família, com vivência de situações de violência e negligência, em situação de rua
e de abandono, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos.

Acompanhamento Familiar: Consiste na oferta de serviços planejados e continuados, em


especial serviços socioeducativos para famílias e seus membros, que valorizam o convívio,
protagonismo, autonomia, fortalecimento de vínculos familiares e comunitários e o
desenvolvimento de projetos coletivos. Objetiva-se identificar e estimular as potencialidades
das famílias e do território, articulá-las às diversas dimensões da vida, por meio de práticas que
proporcionem aquisições, ampliem os conhecimentos sobre os direitos sociais e individuais e
instigue a ampliação de competências, a superação das situações de maior vulnerabilidade
social, o desenvolvimento de projetos de vida transformadores e comprometidos com o bem
comum. O acompanhamento familiar pode ter início com o atendimento de apenas um dos
membros do grupo familiar, preferencialmente, o responsável pela família. Pode ser realizado
por meio de grupo/oficina de convivência com famílias, atendimento familiar particularizado
ou ainda no domicílio do usuário. A abordagem interdisciplinar e a utilização de espaços
apropriados são fundamentais para a garantia do atendimento integral às famílias, de modo a
traduzir essa ação como direito.

Adensamento Populacional: Crescimento da densidade demográfica numa determinada


região (aglomerado populacional).

Adoção: Colocação, em caráter irrevogável, de uma criança ou adolescente em outra família


que não seja a de origem, conferindo vínculo de filiação definitivo, com os mesmos direitos e
deveres da filiação biológica, sendo medida judicial irrevogável.

Adolescentes: Pessoas com idade entre 12 e 18 anos.

Albergue: Unidade de acolhimento provisório para famílias e/ou indivíduos que se encontram
temporariamente em desabrigo por situação de vulnerabilidade ou risco pessoal e/ou social,
como vítimas de calamidades, migrantes e pessoas em situação de rua. O acolhimento é
oferecido até que os motivos que o levaram a essa situação sejam sanados. Na Tipificação
Nacional de Serviços Socioassistenciais o serviço oferecido pelos albergues corresponde ao
acolhimento institucional oferecido pelas Casas de Passagens.

Análise diagnóstica: Pesquisa dinâmica que permite uma compreensão da realidade social,
incluindo a identificação das necessidades e dos problemas prioritários e respectivas
causalidades, bem como dos recursos e potencialidades locais, que constituem reais
oportunidades de desenvolvimento. A análise situacional do município (diagnóstico social)
consiste na caracterização (descrição interpretativa), na compreensão e na explicação de uma
determinada situação.

Aprendiz: Pessoa que aprende um serviço ou arte. De acordo com a legislação trabalhista o
aprendiz é o jovem com idade entre 14 e 24 anos matriculado em atividades voltadas para a
formação técnico-profissional.

Área de proteção ambiental: De acordo com a legislação ambiental brasileira, Área de


Proteção Ambiental (APA) é aquela destinada à preservação dos recursos ambientais (fauna,
flora, solo e recursos hídricos). Uma área de proteção ambiental pode apenas ter uso
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sustentável, ou seja, seu acesso, ocupação e exploração devem ser controlados para não
prejudicar o ecossistema da área. As áreas de proteção ambiental podem ter posse e domínios
público ou privado. Porém, cabe aos órgãos governamentais a fiscalização da ocupação e
exploração destas áreas. Principais finalidades das áreas de proteção ambiental: - Garantir a
proteção dos ecossistemas e suas diversidades biológicas; - Disciplinar a ocupação do solo; -
Possibilitar o uso sustentável dos recursos naturais (solo, água e vegetação).

Área de risco: área considerada imprópria à construção de casas ou assentamento humano


por estar sujeita a riscos naturais ou decorrentes da ação antrópica como desabamentos e
inundações. Por exemplo, margens de rios sujeitas a inundação, florestas sujeitas a incêndios,
áreas de alta declividade (encostas ou topos de morros) com risco de desmoronamento ou
deslizamento de terra, áreas contaminadas por resíduos tóxicos, etc.

Articulação Intersetorial: Refere-se a um processo organizado e coletivo, dependente de uma


ação deliberada, que pressupõe a idéia de conexão, vínculo, relações horizontais entre
parceiros, interdependência de serviços, o respeito à diversidade e a particularidades de cada
setor participante. A articulação intersetorial se materializa por meio da criação de espaços de
comunicação, do aumento da capacidade de negociação e da disponibilidade em se trabalhar
com conflitos. Implica a acumulação de forças, a construção de sujeitos e a descoberta da
possibilidade de agir. A ação intersetorial reconhece as limitações do olhar setorial, ou melhor,
reconhece que cada qual detém uma parte da verdade, das explicações, mas não a totalidade.
Nessa direção, reconhece que a ação setorial não tem todas as respostas e nem poder
suficiente para dar conta do problema a ser enfrentado. Assim, os espaços da
intersetorialidade são espaços de compartilhamento de saber e de poder, de construção de
novas linguagens, de novos conceitos que não se encontram estabelecidos ou suficientemente
experimentados. A ação intersetorial, nessa conjuntura, emerge como uma rede capaz de
articular os diversos saberes e práticas para intervenção em um contexto mais amplo, com
intuito de conseguir oferecer respostas inovadoras à complexidade dos problemas sociais.

Assentamento: Área de terra no âmbito dos processos de Reforma Agrária, destinada à


produção agropecuária e ou extrativista. Essas áreas se tornam um assentamento após a
divisão de lotes destinados à Reforam Agrária entre as famílias, ocasião em que as famílias
conseguem o direito de uso e fruto da terra e créditos do governo para começar a construção
de casas de alvenaria e a produção agrícola. Nesse caso, a terra é legalizada e em momento
algum essas pessoas serão retiradas, desde que não parem a produção.

Assistência Social: Direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não
contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto integrado de
ações de iniciativa pública e da sociedade civil, para garantir as necessidades básicas. Cabe à
Assistência Social atender a quem dela necessitar, tendo como objetivo: a proteção à família, à
maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; amparo às crianças e adolescentes
carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a reabilitação das pessoas
deficientes e a promoção de sua integração à vida comunitária e o pagamento de benefícios
aos idosos e pessoas com deficiência.

Assistencialismo: É o acesso a um bem ou serviço através de uma doação. Com o


assistencialismo, não há garantia de cidadania, pois o acesso às condições plenas e dignas de
vida para o cidadão é conseguido através do favor. Este tipo de prática assistencial foi
superado com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e da LOAS – Lei Orgânica da
Assistência Social – 8.742 de 07/12/1993, uma vez que a Assistência Social, a partir de então,
passou a se constituir um direito do cidadão e um dever do Estado.

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Assistente social: É o profissional devidamente graduado em nível superior de Serviço Social e
capacitado para atuar nas políticas públicas sociais, elaborando, coordenando, executando e
avaliando programas e projetos que visam à expansão dos direitos sociais.
Atendimento domiciliar: Processo de atendimento individualizado prestado à família em sua
unidade domiciliar. Essa forma de atendimento deve ser utilizada em situações específicas, nas
quais a família, em especial o responsável familiar, apresenta dificuldades em comparecer ao
Serviço por vulnerabilidades diversas (como a impossibilidade temporária de locomoção
devido a uma fratura na perna, entre outras). O atendimento domiciliar deve ser utilizado
como estratégia de aprofundamento de intervenções que não são possíveis em coletividade,
de vinculação da família ao Serviço e para mobilizar as redes sociais de apoio à família. Nos
casos em que se identifiquem membros das famílias com dificuldade de locomoção
permanente ou que vivenciam outras situações que os impeçam de comparecer ao Serviço, o
técnico deve verificar a possibilidade e/ou interesse de inserção desses membros no Serviço da
PSB no Domicílio.

Atendimento psicossocial: Configura conjunto de atividades e ações psicossocioeducativas, de


apoio e especializadas, desenvolvidas individualmente e em pequenos grupos
(prioritariamente), de caráter disciplinar e interdisciplinar, de cunho terapêutico, com níveis de
verticalização e planejamento (início, meio e fim), de acordo com o plano de atendimento
desenvolvido pela equipe. O acompanhamento psicossocial, seja ele individual, familiar ou em
grupo, não deve ser confundido com uma psicoterapia, pois apesar de constituir-se como
espaço para escuta, expressão e reflexão, sua essência consiste numa postura de intervenção
ativa e pró-ativa do profissional que o realiza, operacionalizada através de encaminhamentos,
acompanhamento de compromissos e intervenções no contexto social dos usuários atendidos.
Sugere-se que o atendimento individual seja utilizado apenas nas entrevistas iniciais, como
forma de avaliação preliminar e preparação para a entrada nos grupos, ou quando, a partir
dessa avaliação, ficar constatado que o trabalho em grupo não é indicado. O atendimento
psicossocial deve ser pensado para que as pessoas vitimizadas e seus familiares possam ter
atenções especificas de caráter social, psicológico e jurídico, de forma individual, em grupo e
familiar, conforme as diretrizes apontadas pelo plano de atendimento mais adequado ao caso.

Atendimento socioassistencial: Ação voltada para a resolutividade das demandas sociais dos
usuários da assistência social. Envolve procedimentos e atividades da política de assistência
social.

Atividades: Ações que operacionalizam e qualificam os procedimentos metodológicos. São


exemplos de atividades: palestra, oficina, reunião, visita domiciliar, contato institucional, visita
institucional, abordagem de rua, etc.

Atividades Comunitárias/Coletivas: São processos coletivos e/ou comunitários voltados para a


dinamização das relações no território de abrangência do CRAS; a defesa ou efetivação de
direitos; decorrentes de mobilização de grupos ou comunidades; ou como decorrência de
projetos coletivos propostos pelos grupos que participam de serviços socioeducativos. Tem
como objetivo evidenciar as demandas da comunidade, promover uma participação ativa das
famílias referenciadas, bem como agir de forma a prevenir as potenciais situações de riscos
sociais identificadas. As atividades coletivas/comunitárias ainda constituem importantes
instrumentos de comunicação comunitária, mobilização social e desenvolvimento do
protagonismo, devido seu papel na divulgação e promoção do acesso a direitos, bem como por
sensibilizar a comunidade, fazendo-a reconhecer as condições de vida no seu território, as
possibilidades de mudança, as iniciativas já existentes para sua melhoria e a existência de
recursos naturais, culturais e econômicos nos territórios, que podem ser utilizados na melhoria
da qualidade de vida da comunidade.
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Atividades de Vida Diária – AVD: As atividades de vida diária (AVD) são as tarefas de
desempenho ocupacional que o indivíduo realiza diariamente. Não se resume somente aos
auto–cuidados de vestir-se, alimentar-se, arrumar-se, tomar banho, e pentear-se, mas engloba
também as habilidades de usar telefone, escrever, manipular livros, etc., além da capacidade
de virar-se na cama, sentar-se, mover-se e transferir-se de um lugar à outro... Desta forma,
consistem em atividades trabalhadas junto às pessoas idosas ou com deficiência com o
objetivo de proporcionar condições de formar, dentro de suas potencialidades, hábitos de
autossuficiência que lhes permitam participar ativamente do ambiente em que vivem. São
utilizadas, ainda, para avaliação de graus de dependência.

Ator social: É um indivíduo, organização, ou um agrupamento humano, que de certa forma,


estável ou transitória, tem capacidade de acumular força e desenvolver interesse, produzindo
fatos na situação.

Avaliação: É a atividade que consiste em fazer julgamento sobre uma intervenção,


comparando os recursos empregados e sua organização (estrutura), os serviços e os bens
produzidos (processo) e os resultados obtidos, com critérios e normas. Uma boa avaliação visa
a reduzir incertezas, a melhorar a efetividade das ações e a propiciar a tomada de decisões
relevantes. Uma avaliação poderá levar em conta: a adequação entre os objetivos e estratégias
propostas e recursos utilizados, a adequação da estrutura organizacional para realizar o
trabalho proposto, o quanto e como os objetivos e metas foram atingidos, a qualidade dos
serviços prestados e dos resultados, a sustentabilidade da ação ou projeto.

Autarquia: Pessoa Jurídica de direito público criada por lei específica que dispõem de
patrimônio próprio e realizam atividades típicas de Estado de forma descentralizada. As
autarquias podem ser federais, estaduais, distritais ou municipais conforme tenha sido criada
pela União, Estado Distrito Federal ou Município. O nascimento da personalidade jurídica das
autarquias surge com a própria lei instituidora. As autarquias devem exercer as atividades
típicas de Estado e não atividade econômica em sentido estrito, não estando sujeitas à
falência. O regime jurídico das autarquias é um regime de direito administrativo: contrata
servidores por concurso; somente pode contratar obedecendo as leis de licitações (Lei nº
8.666/93); paga seus débitos por meio de precatórios, seus bens não são penhoráveis; etc.
Contudo, a lei instituidora pode estabelecer regras específicas para ela.

Auxílio Natalidade: Benefício concedido a famílias que dele necessitem quando da ocasião de
nascimento de um novo membro da família. O benefício pode ser concedido na forma de
auxílio financeiro ou material, sendo os critérios para concessão definidos pelo município.

Auxílio Funeral: Benefício concedido a famílias que dele necessitem que comprovem
falecimento de parente. O auxílio pode ser financeiro ou referente à prestação de serviços,
sendo os critérios para concessão definidos pelo município.

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B
Beneficiário: Aquele que recebe algum tipo de Benefício de Transferência de Renda, Benefício
de Prestação Continuada – BPC.

Benefícios assistenciais: Auxílios em bens materiais e/ou em pecúnia para famílias em situação
de vulnerabilidade social.

Benefícios eventuais: São previstos no art. 22 da LOAS e consistem no pagamento de auxílio


em caráter transitório por natalidade ou morte, ou para atender necessidades advindas de
situações de vulnerabilidade temporária, com prioridade para a criança, a família, o idoso, a
pessoa com deficiência, a gestante, a nutriz e nos casos de calamidade pública. Os benefícios
eventuais devem garantir o pagamento de auxilio natalidade ou morte às famílias cuja renda
seja inferior a ¼ de salário mínimo.

Benefício de Prestação Continuada (BPC): É previsto na LOAS e no Estatuto do Idoso, constitui


o pagamento de um salário mínimo aos Idosos e Pessoas com Deficiência que comprovem não
possuir meios de suprir sua subsistência ou de tê-la suprida por sua família. Esse benefício
provido pelo Governo Federal compõe o nível de proteção social básica, sendo seu repasse
efetuado diretamente ao beneficiário.

Busca Ativa: Refere-se à procura atenta com o objetivo de identificar as situações de


vulnerabilidade e risco social do território de abrangência, bem como suas potencialidades. O
objetivo central da busca ativa é compreender a realidade social, para além dos estudos e
estatísticas gerais, a fim de conhecer a dinâmica do cotidiano das populações, a realidade
vivida pelas famílias, as relações que estabelece, os apoios e recursos com que conta, seus
vínculos sociais e atuar sobre as situações de vulnerabilidade e risco social. O conhecimento
das vulnerabilidades sociais, das situações de desigualdades a partir dos territórios, pauta-se
na dimensão ética de incluir ‘os invisíveis’. A busca ativa tem por foco os potenciais usuários do
SUAS cuja demanda não é espontânea ou encaminhada por outras instâncias, bem como o
público priorizado, sendo elemento fundamental para a prevenção de situações de risco. A
busca pró-ativa identifica também as potencialidades e recursos culturais, econômicos, sociais,
políticos, a oferta de serviços setoriais e acessos da população a esses serviços, as redes de
apoio formais e informais das famílias e as necessidades de articulação da rede
socioassistencial para a efetividade da proteção social e constitui parte da vigilância social, de
responsabilidade do órgão gestor municipal da assistência social.

Glossário 9
C
Calamidade Pública: O Estado de Calamidade Pública é uma possibilidade legal de exceção
regulamentada pelo Conselho Nacional de Defesa Civil desde 1999 e que é utilizada para
combater os efeitos de acidentes e desastres nos municípios. Existe no Brasil um manual para
a decretação da Situação de Emergência e do Estado de Calamidade Pública que leva em conta
critérios como a intensidade dos danos e o tamanho do prejuízo social e econômico sofrido
pela região. Estado de Calamidade Pública deve ser decretado considerando o impacto do
desastre para a coletividade – não individualmente – e necessidades relacionadas com
recursos humanos, materiais, institucionais e financeiros. Implicando em danos à saúde e aos
serviços públicos em sua totalidade.

Capacitação: Capacitar é tornar a pessoa habilitada para realizar determinada função.


São consideradas ações de capacitação, aquelas que contemplam tanto a aquisição de novas
habilidades e conhecimentos, quanto o desenvolvimento de características comportamentais
que contribuam na preparação do profissional para torná-lo agente e facilitador na prestação
de serviços à sociedade e no aprimoramento dos processos. Os eventos de capacitação podem
ser realizados nas modalidades: curso, seminário, jornada, simpósio, workshop, congresso,
encontro, painel, conferência, fórum e oficina.

Casa de passagem (casa de acolhida): Equipamento que oferece pernoite para pessoas em
situação de rua, com vínculos familiares rompidos ou inexistentes, para estudo social e
posterior encaminhamento.

Casa-lar: Residência em sistema participativo destinada a pequenos grupos de pessoas em


situação de vulnerabilidade e risco social, detentores de renda insuficiente para sua
manutenção, sem família ou com vínculos rompidos. A Casa lar é também onde é ofertado o
serviço de acolhimento provisório oferecido em unidades residenciais, nas quais pelo menos
uma pessoa ou casal trabalha como educador/cuidador residente – em uma casa que não é a
sua – prestando cuidados a um grupo de crianças e adolescentes afastados do convívio familiar
por meio de medida protetiva de abrigo, em função de abandono ou cujas famílias ou
responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de
cuidado e proteção, até que seja viabilizado o retorno ao convívio com a família de origem ou,
na sua impossibilidade, encaminhamento para família substituta.

Certificação de entidade beneficentes de Assistência Social - CEBAS: É a certificação das


entidades beneficentes de assistência social e a isenção de contribuições para a seguridade
social concedidas às pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, reconhecidas
como entidades beneficentes de assistência social com a finalidade de prestação de serviços
nas áreas de assistência social, saúde ou educação, e que atendam ao disposto na Lei
12.101/2009.

Centro de atendimento à criança e adolescente: Equipamento destinado ao atendimento de


crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social. Funciona em horários
complementares à escola e proporciona atividades de apoio pedagógico, esporte e lazer, arte
e cultura, suplementação alimentar, atendimento na área de saúde, etc.

Glossário 10
Centro de atendimento à pessoa com deficiência: Equipamento que proporciona atendimento
compartilhado entre a assistência social e os serviços de saúde, educação escolar, trabalho,
cultura, esporte e lazer, com o objetivo de habilitar, reabilitar e integrar socialmente as
pessoas com deficiência.

Centro de convivência: Equipamento destinado ao atendimento de idosos e/ou crianças e/ou


adolescentes e/ou jovens. Funciona no período diurno, e o usuário pode permanecer neste
espaço até oito horas por dia, de acordo com as suas possibilidades e necessidades. Neste
espaço são prestados serviços e atividades socioassistenciais, além de serem desenvolvidas
atividades físicas, laborais, recreativas, culturais, associativas e de educação para a cidadania.

Centro de Referência de Assistência Social – CRAS: Unidade pública estatal e de base


territorial, localizada em área de vulnerabilidade social. Executa serviços de proteção social
básica, organiza e coordena a rede de serviços socioassistenciais locais da política de
assistência social. Atua com famílias e indivíduos em seu contexto comunitário, visando à
orientação e o convívio sociofamiliar e comunitário.

Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS: Unidade pública de


abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, polo de referência, coordenador e
articulador da proteção social especial de média complexidade, responsável pela oferta de
orientação e apoio especializado e continuado a indivíduos e famílias com direitos violados,
executando ações de orientação, proteção e acompanhamento psicossocial individualizado e
sistematizado a indivíduos e famílias em situação de risco ou violação de direitos.

Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua – Centro Pop: O


Centro Pop constitui-se em uma unidade de referência da PSE de Média Complexidade, de
natureza pública e estatal. Diferentemente do CREAS, que atua com diversos públicos e oferta,
obrigatoriamente, o PAEFI, o Centro POP volta-se, especificamente, para o atendimento
especializado à população em situação de rua, devendo ofertar, obrigatoriamente, o Serviço
Especializado para Pessoas em Situação de Rua. O Centro POP deve representar espaço de
referência para o convívio grupal, social e o desenvolvimento de relações de solidariedade,
afetividade e respeito. Na atenção ofertada no Serviço Especializado para Pessoas em Situação
de Rua deve-se proporcionar vivências para o alcance da autonomia, estimulando, além disso,
a organização, a mobilização e a participação social.

Centro-Dia: Centro-Dia é uma unidade de execução de serviço socioassistencial no âmbito da


Proteção Social Especial de Média Complexidade que presta atendimento a pessoas com
deficiência, idosos e suas famílias. Os idosos atendidos são aqueles que possuam limitações
para a realização das atividades de vida diária (AVDs) e cujos familiares não dispõem de tempo
integral para assisti-los em seus domicílios. O atendimento consiste na permanência usuário na
unidade durante um período determinado do dia e da oferta de atividades de atenção aos
idosos, como atividades ocupacionais, de lazer e de apoio sociofamiliar de acordo com suas
necessidades com o objetivo de preservar e estimular sua autonomia e independência e
incentivar a permanência do idoso junto à sua família, constituindo-se assim em uma forma de
evitar o abrigamento. O Centro-Dia oferta serviço socioassistencial às pessoas com deficiência
que, devido à situação de dependência de terceiros, necessitam de apoio para a realização de
AVDs. Oferece também apoio para o desenvolvimento pessoal e social, como levar a vida da
forma mais independente possível, favorecendo a integração e a participação do indivíduo na
família, no seu entorno, em grupos sociais, incentivo ao associativismo, dentre outros apoios.
Este serviço também deve prestar orientação e apoio, inclusive no domicílio, aos cuidadores
familiares, incentivando a autonomia da pessoa com deficiência e de seu cuidador familiar e
também a inclusão social dos mesmos.
Glossário 11
Ciclo de vida: conjunto de eventos compreendidos entre o nascimento e a morte e que tem
como referência o processo reprodutivo na sociedade. As sociedades constroem um conjunto
de eventos associados a cada estágio do curso de vida, impondo demandas para as quais a
pessoa deve adaptar-se. Na assistência social os serviços de convivência e fortalecimento de
vínculos são organizados por ciclo de vida de modo a garantir aquisições progressivas aos seus
usuários.

Cofinanciamento: Processo de financiamento dos serviços, programas, projetos e benefícios


que leva em consideração o porte dos municípios, complexidade dos serviços e outros
critérios, através de convênio com o Estado, com os municípios ou com as três esferas de
governo ao mesmo tempo, bem como recursos da iniciativa privada e/ou recursos próprios,
em casos de entidades sociais.

Colegiado Estadual de Gestores Municipais de Assistência Social - COEGEMAS: Órgão


colegiado com função propositiva e de pactuação, de abrangência estadual, com
representação dos gestores municipais e do gestor estadual. O Colegiado Estadual de
Gestores Municipais de Assistência Social - COEGEMAS - é uma entidade civil, de direito
privado, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa, financeira e patrimonial, de
duração indeterminada. Tem por finalidades: lutar pela autonomia dos municípios; congregar
os gestores municipais de assistência social, funcionando como órgão permanente de
intercâmbio de experiência social a nível estadual; atuar de todas as formas para garantir o
cumprimento da LOAS; o direito da população às ações e serviços de assistência social.
Os Colegiados Estaduais de Gestores Municipais de Assistência Social - COEGEMAS são
reconhecidos como entidades que representam as secretarias municipais de assistência social,
desde que vinculados institucionalmente ao Colegiado Nacional de Gestores Municipais de
Assistência Social (CONGEMAS), na forma que dispuser seus estatutos.

Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social - CONGEMAS: Instância de


organização e articulação dos gestores municipais de assistência social, visando à
representação dos municípios brasileiros perante o governo federal, especialmente perante o
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e os governos estaduais, para
fortalecer a representação municipal nos conselhos, comissões e colegiados em todo o
território nacional.

Comissão Intergestora Bipartite - CIB: Instância de articulação, negociação e pactuação entre


gestores municipais e o gestor estadual no que diz respeito à operacionalidação da gestão do
Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social.

Comissão Intergestora Tripartite - CIT: A Comissão Intergestores Tripartite - CIT é um espaço


de articulação entre os gestores (federal, estaduais e municipais), objetivando viabilizar a
Política de Assistência Social, caracterizando-se como instância de negociação e pactuação
quanto aos aspectos operacionais da gestão do Sistema Descentralizado e Participativo da
Assistência Social. A Comissão Intergestores Tripartite (CIT) tem caráter deliberativo no âmbito
operacional na gestão da política. A CIT é constituída pelas três instâncias gestoras do sistema:
a União, representada pela então Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), os estados,
representados pelo FONSEAS e os municípios, representados pelo CONGEMAS.

Clientelismo: De modo geral, indica um tipo de relação entre atores políticos que envolvem
concessão de benefícios públicos, na forma de empregos, cestas básicas, benefícios fiscais,
isenções, em troca de apoio político, sobretudo na forma de voto, visto que se dá entre o
governo ou políticos e setores da população.
Glossário 12
Comando Único da Assistência Social: Forma de organização referente à administração e
gestão da Assistência Social que determina ao gestor a coordenação geral do sistema de
Assistência Social em cada nível de governo.

Comunidade indígena: Grupo de índios que ocupam uma área geopolítica determinada e que
compartilham interesses, normas, valores e aspirações. Índio, por sua vez, é todo indivíduo de
origem e ascendência pré-colombiana que se identifica e é identificado como pertencente a
um grupo étnico cujas características culturais o distinguem da sociedade nacional.

Comunidade quilombola: Grupo étnico, que ocupa uma área geopolítica determinada e que
compartilha interesses, normas, valores e aspirações. É predominantemente constituído pela
população negra rural ou urbana, que se autodefine a partir das relações com a terra, o
parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.

Condicionalidades: São compromissos que devem ser cumpridos pela família para que possa
receber determinados benefícios. O objetivo das condicionalidades é assegurar o acesso dos
beneficiários às políticas sociais básicas de saúde, educação e assistência social. E, dessa
forma, promover a melhoria de vida da população beneficiária e propiciar as condições
mínimas necessárias para sua inclusão social sustentável.
Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS : O Conselho Nacional de Assistência Social é
um órgão superior de deliberação colegiada, de composição paritária (Sociedade Civil e
Governo), vinculado diretamente ao Gabinete do Ministro de Estado do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome (MDS), instituído pela Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) (Lei
nº. 8.742, de 7 de dezembro de 1993). As principais competências do Conselho Nacional de
Assistência Social são: aprovar a Política Nacional de Assistência Social; normatizar as ações e
regular a prestação de serviços de natureza pública e privada no campo da assistência
social; zelar pela efetivação do sistema descentralizado e participativo de assistência social;
convocar ordinariamente a Conferência Nacional de Assistência Social; apreciar e aprovar a
proposta orçamentária da Assistência Social a ser encaminhada pelo órgão da Administração
Pública Federal responsável pela coordenação da Política Nacional de Assistência Social;
divulgar, no Diário Oficial da União, todas as suas decisões, bem como as contas do Fundo
Nacional de Assistência Social (FNAS) e os respectivos pareceres emitidos.

Conselho Estadual de Assistência Social - CONSEAS: O Conselho Estadual de Assistência Social


é um órgão deliberativo que tem como competências:
- observar as diretrizes da Política de Atendimento fixadas na Lei Orgânica de Assistência Social
n.º 8.742 de 07 de dezembro de 1.993 - LOAS;
- promover o controle social da Política Estadual de Assistência Social com a participação da
Sociedade Civil;
- acompanhar a gestão e avaliação da Política de Assistência Social;
- deliberar sobre a aplicação dos recursos financeiros, destinados à implementação dos
Programas Anuais e Plurianuais do Fundo Estadual de Assistência Social - FEAS;
- propor, assessorar e fiscalizar ações e prestação de serviços de natureza pública e privada, no
campo da Assistência Social;
- fiscalizar a qualidade dos serviços prestados pela Rede de Assistência Social;
- apreciar e formular sugestões para a proposta da administração pública estadual responsável
pela coordenação da Política Estadual.

Conselho Gestor do Bolsa Família: Tem o objetivo de formular e integrar políticas públicas e
definir diretrizes, normas e procedimentos para o desenvolvimento e implementação do
Programa Bolsa Família. Apoia iniciativas para a instituição de políticas sociais públicas,

Glossário 13
visando à promoção do desenvolvimento das famílias beneficiadas pelo programa nas esferas
federal, municipal e do Distrito Federal (art. 5º do Decreto 5.209/04).

Conselho Municipal de Assistência Social - CMAS: Embasado pela LOAS - Lei 8.742 de
07/12/93 é a instância local de formulação de estratégias e de controle da execução da política
de assistência social, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. Os conselhos Municipais
de Assistência Social deliberam sobre o planejamento local da assistência social, resultando no
Plano Municipal de Assistência Social. É a instância de execução do Controle Social local,
previstos na PNAS e NOB/SUAS.

Conselho Tutelar: É um órgão de caráter público, autônomo, permanente não jurisdicional,


composto por cinco membros, encarregado de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança
e do adolescente, conforme os princípios estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente.

Controle Social: Entende-se por controle social a participação da sociedade no


acompanhamento e verificação das ações da gestão pública na execução das políticas públicas
ou privadas das quais são usuários, avaliando objetivos, processos e resultados. O controle
social tem sua concepção advinda da Constituição Federal de 1988, enquanto instrumento de
efetivação da participação popular no processo de gestão político administrativo- financeira e
técnico-operativa. O controle do Estado é exercido pela sociedade na garantia dos direitos
fundamentais e dos princípios democráticos balizados nos preceitos constitucionais. Esta
expressão passa a ser utilizada no Sistema Único de Saúde (SUS) e, agora, no SUAS, indicando
que deve haver um controle do poder público pela sociedade, especialmente no âmbito local,
na definição de metas, objetivos e planos de ação.

Convivência familiar e comunitária: Direito fundamental assegurado pela Constituição Federal


de 1988 e regulamentado pelo ECA e pelo Estatuto do Idoso. O direito a convivência familiar
tem como ponto de partida o convencimento de que a família como elemento básico da
sociedade e meio natural para o crescimento e o bem-estar de todos os seus membros e em
particular das crianças deve receber a proteção e assistência necessária para poder assumir
plenamente suas responsabilidades na comunidade.

Convivência social precária: Fragilidade dos laços de pertencimentos sociais e/ou


comunitários.

Critérios de Concessão: constituem requisitos ou exigências que um indivíduo ou grupo de


indivíduos deve atender ou estar enquadrado nos mesmos para poder ter acesso a
determinado serviço, beneficio ou programa público/governamental.

Critérios de partilha: Critérios para distribuição e transferência de recursos públicos definidos


a partir de indicadores sociais. A utilização dos critérios de partilha, pactuados na Comissão
Intergestores Tripatite – CIT – no âmbito da esfera federal e pelas Comissões Intergestores
Bipartite – CIB, no âmbito dos Estados, e deliberados pelos respectivos conselhos de
Assistência Social, viabiliza a gestão financeira de forma transparente e racionalizadora e
integra o processo de construção democrática dessa política pública, uma vez que reforça as
diretrizes da descentralização e do controle social, preconizadas na Constituição Federal de
1988.

Glossário 14
D
Decreto: Em sentido próprio e restrito, é ato administrativo da competência exclusiva dos
Chefes do Executivo, destinado a prover situações gerais ou individuais, abstratamente
previstas de modo expresso, explícito ou implícito, pela legislação. Comumente, o decreto é
normativo e geral, podendo ser específico ou individual. Como ato administrativo, o decreto
está sempre em situação inferior à da lei e, por isso mesmo, não a pode contrariar. O decreto
geral tem, entretanto, a mesma normatividade da lei, desde que não ultrapasse a alçada
regulamentar de que dispõe o Executivo. O nosso ordenamento administrativo admite duas
modalidades de decreto geral (normativo).

Defensoria Pública: É uma instituição permanente cuja função, como expressão e instrumento
do regime democrático, é oferecer, de forma integral e gratuita, aos cidadãos necessitados a
orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em todos os graus, judicial e
extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos. A Constituição Federal a prevê como órgão de
função essencial à Justiça e no Estado de São Paulo foi criada pela Lei Complementar Estadual
nº 988 de 09 de janeiro de 2006. A Defensoria Pública, apesar de ser instituição estadual, não é
vinculada ao governo. Sua autonomia é prevista pela Constituição Federal e é uma garantia
para que os Defensores Públicos possam representar os direitos da população sem qualquer
tipo de constrangimento. Internamente, cada Defensor possui independência funcional para
seguir livremente sua convicção em cada caso em que atua.

Defesa de direitos: É o atendimento jurídico e social destinado à defesa dos direitos sociais
estabelecidos nas legislações sociais.

Deficiência física: Alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano,


acarretando o comprometimento da função física.

Deficiência mental: Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com


manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de
habilidades adaptativas.

Deficiência múltipla: Associação de duas ou mais deficiências.

Deficiência sensorial: São consideradas deficiências sensoriais as deficiências auditiva e visual.

Demanda: Manifestação de necessidades que exigem intervenções de natureza


socioassistencial. Podem ser apresentadas explicitamente pelo usuário ou identificadas pelo
técnico.

Demanda potencial para atendimento: Entende-se por demanda a existência de necessidades


que exigem intervenções de natureza socioassistencial. Essas demandas podem ser
apresentadas espontaneamente pelos usuários ou identificadas pelo exercício da vigilância
socioassistencial no município. O ideal é que a estimativa da demanda seja baseada num
prévio mapeamento das vulnerabilidades e riscos que se apresentam nos territórios, e sua
quantificação, o que servirá para um planejamento mais seguro das ações que devem ser
realizadas.

Glossário 15
Desemprego: Situação involuntária de não-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho ou
trabalhos irregulares.

Desemprego entressafras: Desemprego que ocorre nos períodos de entressafras agrícolas.

Desnutrição: Desordem nutricional resultante da falta de nutrientes ou de quantidade de


alimentos apropriados por um período longo. Freqüentemente associada à fome, a
desnutrição atinge, sobretudo lactentes e crianças em idade pré-escolar.

Diagnóstico Social: Processo contínuo de investigação, interpretação e análise de realidade


socioterritorial e das demandas sociais que estão em constante mutação, estabelecendo
relações e avaliações do impacto das ações planejadas para atendimento a essas demandas,
além de fundamentar os objetivos e metas necessários para o atendimento das demandas
encontradas.

Discriminação: Conduta, ação ou omissão que viola os direitos das pessoas por critérios
étnicos, de gênero, orientação sexual, deficiência, transtorno mental ou por doença adquirida.

Discriminação em decorrência da orientação sexual: Refere-se à aversão ou à discriminação


de uma pessoa ou grupo com orientação sexual diferente da heterossexualidade. Pode incluir
formas explicitas ou sutis, silenciosas e insidiosas de discriminação. Este tipo de discriminação
vulnerabiliza socialmente, fisicamente e psiquicamente.
Discriminação em decorrência da raça/etnia: toda distinção, exclusão, restrição ou
preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por
objetivo anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições,
de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social,
cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.

Disseminação e transparência de ações do poder público: formas ou estratégias utilizadas


para dar ciência à sociedade/usuários dos projetos, ações, resultados e custos de uma
determinada política pública. Tendo também por objetivo proporcionar à sociedade a
possibilidade de se utilizar dos projetos/serviços, bem como participar do seu processo de
construção e consolidação.

Glossário 16
E
ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei que dispõe sobre a proteção integral à criança
e ao adolescente.

Educação Permanente: Significa o atendimento às necessidades de formação e qualificação


sistemática e continuada dos trabalhadores do SUAS.

Educador/cuidador: Pessoas selecionadas para trabalhar em instituições de acolhimento, com


o objetivo de cuidar, proteger e educar crianças, adolescentes ou idosos acolhidos nesses
serviços. A função do cuidador é acompanhar e auxiliar a pessoa a se cuidar, fazendo pela
pessoa somente as atividades que ela não consiga fazer sozinha. Ressaltando sempre que não
fazem parte da rotina do cuidador técnicas e procedimentos identificados com profissões
legalmente estabelecidas, particularmente, na área de enfermagem.

Eixos: São temas centrais que agregam e traduzem as responsabilidades essenciais à execução
da política de assistência social e à gestão do SUAS.

Encaminhamento: É um procedimento de articulação da necessidade do usuário com a oferta


de serviços do município realizado pelos técnicos do serviço. Deve ser sempre formal, seja para
a rede socioassistencial, seja para outras políticas. Quando necessário, deve ser precedido de
contrato com o serviço de destino para contribuir com a efetivação do encaminhamento e
sucedido de contato para o retorno da informação.

Entidades de assistência social: São consideradas entidades e organizações de assistência


social aquelas que prestam atendimento e assessoramento aos beneficiários, sem fins
lucrativos, bem como as que atuam na defesa e garantia de seus direitos. Podem ser públicas
ou privadas. As Organizações de Assistência Social são aquelas que, de forma continuada,
permanente e planejada, prestam serviços e executam programas ou projetos voltados
prioritariamente para a defesa e efetivação dos direitos socioassistenciais, construção de
novos direitos, promoção da cidadania, enfrentamento das desigualdades sociais, articulação
com órgãos públicos de defesa de direitos, dirigidos ao público da política de assistência social;
aquelas que, de forma continuada, permanente e planejada, prestam serviços, executam
programas ou projetos e concedem benefícios de proteção social básica ou especial, dirigidos
às famílias e indivíduos em situações de vulnerabilidades ou risco social e pessoal. São
organizações privadas, de interesse público e caráter jurídico, organizadas formalmente,
atuam no campo das políticas sociais públicas, “prestando serviços ou realizando ações
assistenciais, de forma gratuita, continuada e planejada, para os usuários a quem delas
necessitam, sem qualquer discriminação, observada a Lei nº 8.742/1993; A Lei 12.101/2009; e
a Resolução CNAS 16/2010.

Entrevista: Procedimento técnico que serve para acolher, conhecer, coletar dados, orientar,
acompanhar, avaliar e indicar os elementos para trabalhar a família e/ou o usuário do serviço
em seu processo de formação cidadã.

Egresso de medida socioeducativa: Adolescentes e jovens de 12 à 21 anos de idade


incompletos que cumpriram medida socioeducativa de Internação, Internação Provisório,
Semiliberdade, Prestação de Serviços à Comunidade ou Liberdade Assistida e que devem ser

Glossário 17
inseridos nos diversos programas, serviços e ações da Assistência Social para
acompanhamento pós-medida.

Equipamento social: É um espaço físico público ou privado, que atende indivíduos/ famílias em
situação de vulnerabilidade social e/ou risco pessoal e social, cujos direitos foram ameaçados
e/ou violados, visando à proteção social básica e especial, capaz de garantir direitos individuais
e sociais.

Escuta qualificada: O ato de escuta é um momento de construção, em que o trabalhador


utiliza seu saber para a construção de respostas as necessidades dos usuários, e pressupõe o
envolvimento de toda a equipe que, por sua vez, deve assumir postura capaz de acolher, de
escutar e de dar resposta mais adequada a cada usuário, responsabilizando-se e criando
vínculos.

Estudo social – Análise técnica qualificada sobre a situação de vulnerabilidade social


vivenciada pela família/indivíduo para elaboração de diagnóstico, visando à realização de
intervenções.

Ética: O termo ética deriva do grego ethos (caráter, modo de ser de uma pessoa). Ética é um
conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. A ética
serve para que haja um equilíbrio e bom funcionamento social, possibilitando que ninguém
saia prejudicado. Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida com as leis, está
relacionada com o sentimento de justiça social.

Ética profissional: é o conjunto de normas morais pelas quais um indivíduo deve orientar seu
comportamento profissional.

Evasão escolar: Abandono da escola pelo aluno. A evasão escolar tem múltiplas causas, como
vontade ou necessidade de inserção no mercado de trabalho, dificuldade de acesso à escola,
currículo escolar desestimulante, falta de incentivo familiar, discriminação na escola, etc.

Exclusão social: Processo que impossibilita parte da população a partilhar bens e recursos
produzidos pela sociedade. Conduz à privação, ao abandono e à expulsão dos espaços sociais.
O conceito de exclusão engloba não apenas a pobreza ou insuficiência de renda, à medida que
se define também pela impossibilidade ou dificuldade intensa de ter acesso tanto aos
mecanismos culturais de desenvolvimento pessoal e inserção social, como aos sistemas
preestabelecidos de proteção e solidariedade coletiva.

Exploração sexual: Corresponde às situações que envolvem a prática de ato sexual, atos
libidinosos, indução à participação em shows eróticos, fotografias, filmes pornográficos,
prostituição e imagens na internet mediante pagamento em dinheiro ou não (“favores”, bens
materiais e alimentícios etc.) por parte do agressor. Diferentemente do abuso sexual, este tipo
de violência sexual envolve interesses econômicos, além do interesse do agressor em sua
satisfação sexual. Este tipo de violência pode envolver intermediários e aliciadores. Existem,
também, casos em que o pagamento é feito diretamente à vítima sem a intermediação de
terceiros. A exploração sexual de crianças e adolescentes pode envolver redes de crimes
organizados. A exploração sexual de crianças e adolescentes constitui uma das piores formas
de trabalho infantil. Existem quatro modalidades de exploração sexual: prostituição,
pornografia, turismo sexual e tráfico de crianças e adolescentes para fins comerciais.

Glossário 18
F
Família: Refere-se à unidade nuclear composta de uma ou mais pessoas, pelos pais ou
qualquer um deles e seus dependentes e também aos diferentes arranjos familiares
resultantes de agregados sociais por relações consanguíneas ou afetivas, ou de subsistência e
que assumem a função de cuidar dos membros.

Família Acolhedora: Nomenclatura dada à família que participa de Serviço de Acolhimento em


Famílias Acolhedoras, recebendo crianças e adolescentes sob sua guarda, de forma temporária
até a reintegração da criança com a sua própria família ou seu encaminhamento para família
substituta. Também é denominada “Família de apoio”, “Família cuidadora”, “Família solidária”,
“Família Guardiã”, entre outras.

Família de origem: Família com a qual a criança e o adolescente viviam no momento em que
houve a intervenção dos operadores ou operadoras sociais do direito. Pode ser tanto a família
nuclear, composta por pai e/ou mãe e filhos ou extensa, uma família que se estende para além
da unidade pais/ filhos e/ou da unidade do casal, estando ou não dentro do mesmo domicílio
irmãos, meio-irmãos, avós, tios e primos de diversos graus.

Família referenciada: É a unidade de medida de famílias que vivem em territórios vulneráveis


e são elegíveis ao atendimento ofertado no CRAS instalado nessas localidades.

Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social – FONSEAS: É uma instância de


articulação política das Secretarias Estaduais de Assistência Social ou congêneres.

Frente Paulista: É uma associação civil, sem fins lucrativos, que atua representando os
gestores municipais de assistência social do estado de São Paulo junto ao Poder Público. Sua
finalidade é debater as Políticas de Assistência Social dos governos estaduais e federal,
executadas pelos municípios, representa o COEGEMAS que tem por finalidades: lutar pela
autonomia dos municípios; congregar os gestores municipais de assistência social,
funcionando como órgão permanente de intercâmbio de experiência social a nível estadual;
atuar de todas as formas para garantir o cumprimento da LOAS; o direito da população às
ações e serviços de assistência social.

Fundação: É uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins econômicos ou lucrativos, que se
forma a partir da existência de um patrimônio destacado pelo seu instituidor para servir a um
objetivo específico, voltado a causas de interesse público.

Fundo da Assistência Social: Instância de captação e aplicação de recursos, tem por objetivo
proporcionar recursos e meios para o financiamento das ações na área de assistência social
nas três esferas de governo.

Glossário 19
G
Gravidez precoce: Gravidez de crianças e adolescentes. Esta gravidez é considerada de alto
risco, com taxas elevadas de mortalidade materna e infantil.

Grupos tradicionais e específicos: Fazem parte destes grupos: ciganos, extrativistas,


pescadores artesanais, Comunidades de Terreiro, ribeirinhos, agricultores familiares,
assentados da Reforma Agrária, beneficiários do Programa Nacional de Crédito Fundiário,
acampados, atingidos por empreendimento de infraestrutura, famílias de presos do sistema
carcerário e de catadores de material reciclável, indígenas e quilombolas.

Grupos de pertencimento: Grupos aos quais ao longo da vida uma pessoa participa (familiares,
escolares, profissionais, de amizade), que são fundamentais para a construção da identidade
individual e social.

Glossário 20
H
Habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência: Ações que buscam desenvolver
capacidades adaptativas para a vida cotidiana, estimulando a locomoção independente e a
capacidade de comunicação, socialização e participação na vida comunitária.

Habitações subnormais / submoradias: É um conjunto constituído de, no mínimo, 51


unidades habitacionais (barracos, casas...) carentes, em sua maioria de serviços públicos
essenciais, ocupando ou tendo ocupado, até período recente, terreno de propriedade alheia
(pública ou particular) e estando dispostas, em geral, de forma desordenada e densa.
A identificação dos Aglomerados Subnormais é feita com base nos seguintes critérios:
a) Ocupação ilegal da terra, ou seja, construção em terrenos de propriedade alheia (pública ou
particular) no momento atual ou em período recente (obtenção do título de propriedade do
terreno há dez anos ou menos); e
b) Possuir pelo menos uma das seguintes características:
• urbanização fora dos padrões vigentes - refletido por vias de circulação estreitas e de
alinhamento irregular, lotes de tamanhos e formas desiguais e construções não regularizadas
por órgãos públicos;
• precariedade de serviços públicos essenciais.

Glossário 21
I
Identidade estigmatizada: A redução da identidade do sujeito através de um estigma, uma
característica do sujeito que tem como efeito o descrédito social, que passa a representá-lo.
Pode ser caracterizada como uma condição temporária ou permanente de saúde, de
orientação sexual, etc.

Inclusão Produtiva: Compreende-se como inclusão produtiva, todo processo conducente à


formação de cidadãos integrados ao mundo pelo trabalho e tem como perspectiva a conquista
de autonomia para uma vida digna sustentada por parte de todas as pessoas apartadas ou
fragilmente vinculadas à produção de renda e riqueza.

Insegurança Alimentar: é a falta de disponibilidade ou de acesso das pessoas aos alimentos.

Indicador social: É uma medida, em geral quantitativa, dotada de significado social substantivo
que é usada para substituir, quantificar ou operacionalizar um conceito social abstrato de
interesse teórico (para pesquisa acadêmica) ou programático (para a formulação de políticas).
É um instrumento operacional para monitoramento da realidade social, para fins de
formulação e avaliação de políticas públicas.

Índice de Desenvolvimento do CRAS – IDCRAS : É um indicador sintético que visa sistematizar


as características de funcionamento de cada CRAS, tomando como referência quatro 4
dimensões, a saber: atividades realizadas, horário de funcionamento, recursos humanos e
estrutura física.

Índice de Desenvolvimento Humano – IDH: O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é


uma medida resumida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do
desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. O objetivo da criação do IDH foi o de
oferecer um contraponto a outro indicador muito utilizado, o Produto Interno Bruto (PIB) per
capita, que considera apenas a dimensão econômica do desenvolvimento. Criado em 1990 por
Mahbub ul Haq com a colaboração do economista indiano Amartya Sen, ganhador do Prêmio
Nobel de Economia de 1998, vem sendo usado desde 1993 pelo Programa das Nações
Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no seu relatório anual. O IDH pretende ser uma
medida geral e sintética que, apesar de ampliar a perspectiva sobre o desenvolvimento
humano, não abrange nem esgota todos os aspectos de desenvolvimento.

Índice de Gestão Descentralizada – IGD/PBF: O índice foi criado em 2006 para avaliar a gestão
do Cadastro Único e do Programa Bolsa Família - PBF pelos municípios. Com base no IGD
calcula-se um valor mensal a ser repassado ao município, para uso na melhoria da gestão do
Cadastro e do PBF. O IGD tem se mostrado um importante instrumento para o fortalecimento
da gestão municipal, incentivando o cadastramento das famílias vulneráveis e o
acompanhamento das famílias beneficiárias. Além disso, possibilita que os municípios
promovam ações complementares ao PBF e ao Cadastro Único.

Instrumentos de gestão: Os instrumentos de gestão se caracterizam como ferramentas de


planejamento técnico e financeiro da política do Sistema Único de Assistência Social - SUAS,
nas três esferas de governo, tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos de proteção

Glossário 22
social, básica e especial, sendo eles: plano de assistência social; orçamento; monitoramento,
avaliação e gestão da informação; e relatório anual de gestão.

Instruções Normativas: São atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a
execução das leis, decretos e regulamentos (CF, art. 87, parágrafo único, II), mas são também
utilizadas por outros orgãos superiores para o mesmo fim.

Intersetorialidade: Princípio de gestão das políticas sociais que privilegia a integração das
políticas em sua elaboração, execução, monitoramento e avaliação. Busca superar a
fragmentação, respeitando as especificidades de cada área. Pode ser definida também como
CAS/Gestão da Informação ação conjunta com as demais políticas: educação, saneamento,
saúde, habitação, cultura, meio ambiente, etc.

Interface: É uma das características do sistema de assistência social que expressa pontos de
interseção entre os serviços nos quais se processam convergências, complementaridade,
sinergia e influências mútuas.

Índice Paulista de Vulnerabilidade Social - IPVS: Índice que permite ao gestor do setor público
e à sociedade uma visão detalhada das condições de vida do município, com a identificação e
localização espacial das áreas que abrigam os segmentos populacionais mais vulneráveis à
pobreza. Consiste em uma tipologia derivada da combinação entre duas dimensões –
socioeconômica e demográfica –, que classifica o setor censitário em seis grupos de
vulnerabilidade social.

Isolamento: O isolamento social é um fenômeno da sociedade moderna nos quais grupos ou


indivíduos são – voluntária ou obrigatoriamente – banidos do convívio com determinados
grupos ou pessoas. Em âmbito individual, o fenômeno do isolamento pode acontecer por
razões de ordem social e psicológica. A ausência de recursos; a falta de tempo e a expansão
dos meios de comunicação são elementos que impelem o homem a restringir
significativamente o contato direto com outras pessoas. Outros fatores como envelhecimento;
traumas pessoais e/ou a imposição de rígidos padrões de comportamento; exclusão social,
levam grupos e indivíduos à rejeição e à segregação social, gerando novos paradigmas e
desafios na sociedade moderna.

Glossário 23
J
Jovem: A Organização das Nações Unidas (ONU) em 1985, Ano Internacional da Juventude,
define como jovem a faixa etária compreendida entre de 15 a 24 anos. Esse parâmetro é
utilizado também pela OIT – Organização Internacional do Trabalho – e por diversos órgãos
públicos de estatística como o IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Esse órgão
considera população jovem as pessoas que se encontram na faixa etária de 15 a 24 anos. A
justificativa do IBGE para o que chamou de recorte etário está fundamentada na observação
de três características as quais nesse grupo são mais evidentes: influenciam a economia ao
passo em que reivindicam a criação de novos postos de trabalho; encontram-se expostos às
mais elevadas taxas de mortalidade por causas externas e o nível de fecundidade das mulheres
desse grupo tem contribuído para o aumento do quadro demográfico brasileiro.

Juiz da Infância e Juventude: Autoridade competente, cuja função é definir, determinar,


disciplinar por meio de portaria, procedimentos de proteção à criança e ao adolescente;
aplicar medidas de proteção sempre que os direitos reconhecidos no ECA forem ameaçadas ou
violados e medidas socioeducativas quanto da prática do ato infracional.

Juizado da Infância e Juventude: Instância judiciária de proteção à criança e ao adolescente


com seus direitos violados e de responsabilização cível ao adolescente autor de ato infracional
“conduta descrita como crime ou contravenção penal” (ECA, art. 103).

Glossário 24
L
Lei: Norma imposta pelo Estado, devendo ser obedecida, assumindo forma imperativa. Dentre
as suas características destacam-se as seguintes: a) generalidade: dirige-se a todos os
cidadãos, indistintamente. O seu comando é abstrato; b) imperatividade: impõe um dever,
uma conduta; c) autorizamento: a norma jurídica autoriza que o lesado pela violação exija o
cumprimento dela ou a reparação pelo mal causado. É ela, portanto, que autoriza e legitima o
uso da faculdade de coagir; d) permanência: a lei não se exaure numa só aplicação, pois deve
perdurar até ser revogada por outra lei; e) emanação de autoridade competente: de acordo
com as competências previstas na Constituição Federal.

Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS: Lei Federal que regulamenta os art. 203 e 204 da
Constituição Federal de 1988 e estabelece normas e critérios para organização da assistência
social, definindo-a como um direito do cidadão e dever do Estado, enquanto Política de
Seguridade Social não contributiva, provê os mínimos sociais, deve ser realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento
às necessidades básicas do cidadão.

Liberdade Assistida: Medida de proteção aplicada pelo Juiz, sempre que se afigurar a medida
mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente, devendo ser
fixada um prazo mínimo de seis meses, podendo a qualquer tempo ser reavaliada, substituída
ou suspensa a pedido da direção do Programa de Atendimento Socioeducativo, do Defensor,
do Ministério Público, do adolescente, de seus pais ou responsáveis.

Glossário 25
M
Matricialidade Sociofamiliar: A PNAS/2004 estabelece a “Matricialidade Sociofamiliar” com
eixo estrutural da gestão do SUAS. É o conjunto de pessoas que se acham unidos por laços
consanguíneos, afetivos e, ou, de solidariedade. Ressignificação das formas de composição e o
papel das famílias; centralidade da família no âmbito das ações da política de assistência social,
reconhecendo-a como espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização
primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também ser cuidada e
protegida; é a reconfiguração da família, independentemente de seu formato ou modelo, é
mediadora das relações entre os sujeitos, deve ser reconhecida no contexto da vida social.
Consultar: art. 226 da Constituição Federal de 1988; ECA – Lei n. 8.069 de 1990, LOAS – Lei
Orgânica da Assistência Social n. 8.742 de 1993, PNAS/2004, Art. 16 da Declaração Universal
dos Direitos Humanos.

Medidas de Proteção: São medidas aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos pelas leis
forem ameaçados ou violados, por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta,
omissão ou abuso dos pais ou responsáveis e em razão de conduta da criança e do
adolescente. (consultar ECA, art. 98)

Medidas Socioeducativas - MSE: São medidas dispostos pelo Estatuto da Criança e do


Adolescente , aplicada ao adolescente pela autoridade competente, após verificada a prática
de ato infracional, levando em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a
gravidade da infração.(consultar ECA, art. 112).

Medidas Socioeducativas em meio aberto: Medida aplicada ao adolescente com idade entre
12 e 18 anos incompletos, ou jovens entre 18 e 21 anos, através do “Serviço de proteção social
a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de liberdade assistida (LA) e de
prestação de serviços à comunidade (PSC)”. De acordo com o SINASE, trata-se de um Programa
de meio aberto. “Entendem-se por programa de atendimento a organização e o
funcionamento, por unidade, das condições necessárias para o cumprimento das medidas
socioeducativas” (art. 1º, SINASE: 2012). Trata-se de um serviço de atendimento que tem por
finalidade prover atenção socioassistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens, na
faixa etária entre 12 a 18 anos incompletos, ou jovens de 18 a 21 anos, em cumprimento de
medida socioeducativa de Liberdade Assistida e de Prestação de Serviços à Comunidade,
determinadas judicialmente.

Metas: Finalidades gerais que se busca na obtenção de determinado resultado em


determinado tempo e espaço. O que se deseja obter quantitativa e qualitativamente.

Ministério Público: é uma instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,


incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e
individuais indisponíveis (art.127, CF/1988).
Ainda segundo o art. 127 e 129 da Constituição Federal o Ministério Público tem a função de
atuar em áreas da maior relevância social, como a defesa dos direitos humanos (gênero, raça e
credo, idosos, saúde pública, portadores de deficiências, etc.), a defesa dos direitos de crianças
e adolescentes, do meio ambiente, do consumidor, além da apuração da improbidade
administrativa, além de outros casos que tenham interesse público (divórcios, curatelas,

Glossário 26
registros públicos, falências, etc.) e dos processos criminais.; muitas vezes através de uma
atuação extrajudicial, outras através da atuação perante o Poder Judiciário.

Monitoramento: O monitoramento consiste no acompanhamento contínuo, por parte de


gestores e gerentes, do desenvolvimento dos serviços, programas e benefícios em relação ao
cumprimento de seus objetivos e metas. É uma função inerente à gestão e ao controle social,
devendo ser capaz de prover informações que permitam a adoção de medidas corretivas para
melhorar a qualidade dos serviços, programas e benefícios. É realizado por meio da coleta de
dados para gerar informações e indicadores, podendo ser in loco, por sistema de informações
gerenciais, ou ainda, em sistemas que coletam informações específicas para os objetivos do
monitoramento.

Mortalidade Infantil: Consiste nas mortes de crianças no primeiro ano de vida. É a base para
calcular a taxa de mortalidade infantil que consiste na mortalidade infantil observada durante
um ano, referida ao número de nascidos vivos do mesmo período. Um dos indicadores
importantes para o cálculo do IDH é a mortalidade infantil (MI) que corresponde ao número de
crianças que vão ao óbito durante o primeiro ano, entre 1000 nascidos vivos no mesmo ano. O
índice serve também como base para calcular a taxa de mortalidade durante certo período de
tempo. Por exemplo, a Unicef utiliza um conceito similar chamado Under 5 mortality rate (ou
U5MR), definido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), como a probabilidade de uma
criança morrer até os cinco anos de idade, por mil crianças nascidas vivas. Assim, a Unicef
classifica os países por taxa de mortalidade, utilizando este conceito.

Município: Ente federativo em razão de sua autonomia constitucional. (art. 1º, caput e 18 da
Constituição Federal de 1988). Pessoa jurídica de direito público interno possuidora de
autonomia, face à tríplice capacidade que lhe é atribuída pela Carta Maior (C.F.1988). Em
termos gerais define-se por município uma determinada área geográfica que pode ser urbana,
suburbana e rural. Em muitos casos a cidade se confunde com o município, contudo, a cidade
é a sede do município ou a sua parte urbana. Um município pode ser encontrado de três
maneiras: Urbanos – municípios constituídos exclusivamente, ou quase, por território
urbanizado. Um bom exemplo é a cidade de São Caetano do Sul na Grande são Paulo; Rurais –
municípios constituídos por um ou mais núcleos populacionais de pequenas dimensões e por
território não urbanizado relativamente vasto; Mistos – municípios que compreendem
quantidades significativas quer de território urbano, quer de território rural. Município é a
circunscrição administrativa dentro de um Estado, governada por um prefeito e uma câmara
de vereadores.

Glossário 27
N
Negligência: Omissão moderada ou severa, aguda ou crônica em prover as necessidades físicas
e emocionais de crianças, adolescentes e idosos ou pessoa com deficiência, os quais, face ao
estágio do desenvolvimento no qual se encontram e de suas condições físicas e psicológicas,
dependem de cuidados prestados por familiares ou responsáveis. Este desatendimento
injustificado pode representar risco à segurança e ao desenvolvimento do indivíduo, podendo
incluir situações diversas como: a privação de cuidados necessários à saúde e higiene; o
descumprimento do dever de encaminhar a criança ou adolescente à escola; o fato de deixar a
pessoa sozinha em situação que represente risco à sua segurança etc. Segundo Azevedo (2008)
é importante diferenciar a negligência daquelas situações justificadas pela condição de vida da
família. O abandono consiste na forma mais grave de negligência.

Norma: regra, modelo, preceito, lei e/ou padrões que devem ser seguidos ou aos quais as
condutas, tarefas e atividades devem se ajustar.

Norma Operacional Básica do SUAS - NOB/SUAS: Instrumento normativo que define a


operacionalização da Política de Assistência Social e rege sobre o Sistema Único de Assistência
Social.

Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS – NOB-RH/SUAS: “Instrumento


normativo responsável pela definição de diretrizes e responsabilidades no âmbito da política
do trabalho na área da assistência social” (NOB/RH, 2006).

Glossário 28
O
Oficinas: Atividade direcionada a um grupo de pessoas, com o objetivo de propiciar a
construção de um determinado conhecimento e/ou aquisições relativos aos direitos, devendo
se dar por meio de reflexões coletivas, possibilitadas através do diálogo, da participação e da
comunicação.

Oficinas com Famílias: Consistem na realização de encontros previamente organizados, com


objetivos de curto prazo a serem atingidos com um conjunto de famílias, por meio de seus
responsáveis ou outros representantes, sob a condução de técnicos de nível superior do CRAS.
As oficinas com famílias tem o intuito de “suscitar reflexão sobre um tema de interesse das
famílias, sobre vulnerabilidade e riscos, ou potencialidades, identificados no território,
contribuindo para o alcance de aquisições, em especial, o fortalecimento dos laços
comunitários, o acesso a direitos, o protagonismo, a participação social e a prevenção a riscos”
(Brasília/MDS, 2012).

Orçamento Público: Instrumento de Planejamento Público, utilizado pelo governo para


promover crescimento econômico e social.

Organização não governamental - ONG: As organizações sem fins lucrativos são organizações
de natureza jurídica sem fins de acumulação de capital para o lucro dos seus diretores. Todo
seu lucro deve ser reinvestido em estrutura ou outras áreas da pessoa jurídica. De acordo com
o Código Civil as pessoas jurídicas de direito privado são sociedades, associações ou fundações.

Órgão Gestor da Assistência Social: É o Órgão da Administração Pública responsável pela


Gestão e Coordenação da Política de Assistência Social em cada esfera de governo, tendo
atribuições e competências definidas em lei. Partição interna da estrutura organizacional da
Administração Pública, mas não têm personalidade jurídica.

Organização de Trabalhadores da Assistência Social: “São todas as formas de organização de


trabalhadores do setor como: associações de trabalhadores, sindicatos, federações,
confederações, centrais sindicais, conselhos federais de profissões regulamentadas que
organizam, defendem e representam os interesses dos trabalhadores que atuam
institucionalmente na política de assistência social, conforme preconizado na Lei Orgânica da
Assistência Social, na Política Nacional de Assistência Social e no Sistema Único da Assistência
Social”. (NOB/RH, 2006).

Orientação sociofamiliar: Procedimento técnico realizado no processo de acompanhamento


aos usuários (indivíduos, grupos e famílias), com o objetivo de contribuir para sua proteção de
forma integral, materializando a matricialidade sociofamiliar no âmbito do SUAS.

Orientações Técnicas: formas descritivas de orientação técnica na operacionalização de uma


ação, programa, projeto ou serviço. A orientação técnica tem como objetivo direcionar o
trabalho dos profissionais (equipes técnicas, gestores, entre outros) na execução de uma
Política, instrumentalizando-os no seu fazer profissional. As Orientações Técnicas são
constituídas de objetivos e a estrutura do serviço, suas ações e formas de implementação e as
metodologias existentes, e sempre pautadas em conceitos e diretrizes estabelecidas nas
normativas vigentes e pesquisas realizadas sobre os temas abordados.

Glossário 29
Orientador social: O Orientador Social é um profissional que compõe uma equipe de
referencia, que atua na politica de assistência social, especialmente na execução do Programa
Projovem Adolescente e do Serviço de Cumprimento de Medidas Socioeducativas, devendo
este possuir formação em nível médio. A função do Orientador Social é planejar, organizar e
executar as ações socioeducativas, integrados com os demais profissionais da equipe ao
planejamento geral do trabalho a ser executado, articulando e integrando todas as ações. As
principais expectativas em relação ao papel do Orientador Social dizem respeito ao modo de
atuar com os usuários, o que requer, em suas ações cotidianas, que se faça presente e
compromissado nas relações com os mesmos, que estabeleça, desenvolva vínculos com os
usuários/grupos, sendo responsável pela criação de um ambiente de convivência participativo
e democrática e que esteja permanentemente disposto a refletir sobre o seu trabalho e a
melhorar constantemente o seu desempenho.

Orientação sexual: Refere-se à capacidade de cada pessoa de ter uma profunda atração
emocional, afetiva ou sexual por indivíduos de gênero diferente, do mesmo gênero ou de mais
de um gênero, assim como ter relações íntimas e sexuais com essas pessoas. Basicamente, há
três orientações sexuais preponderantes: pelo mesmo sexo/gênero (homossexualidade), pelo
sexo/gênero oposto (heterossexualidade) ou pelos dois sexos/gêneros (bissexualidade).

OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse Público: OSCIP é um título fornecido


pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é facilitar o aparecimento de parcerias e
convênios com todos os níveis de governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e
permite que doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de renda.
Em contrapartida, podem celebrar com o poder público os chamados termos de parceria, que
são uma alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em
prestar contas.

Glossário 30
P
Pacto de Aprimoramento: Documento que formaliza compromisso do ente com o sistema
único, na execução das ações planejadas para o alcance das responsabilidades contidas no
Plano de Assistência Social. Deverá refletir as responsabilidades obrigatórias e as de
aprimoramento de gestão e da qualificação conforme os patamares pactuados nacionalmente.

Pactuação: Entende-se por pactuação na gestão da Assistência Social, as negociações


estabelecidas com a anuência das esferas de governo no que tange a operacionalização da
Politica de Assistência Social. Pressupõe consenso de todos os entes envolvidos.

Parecer: Ato enunciativo, ou de esclarecimento, emitido por órgãos técnicos, sobre assuntos
submetidos à sua consideração, efetivados em razão de uma demanda formal.

Participação Social: Ação coletiva de interesse público pautada na defesa, consolidação e


conquista de direitos sociais. A participação social está relacionada com a influência e a
participação nos espaços e nas organizações da comunidade e da sociedade, tendo relação
com a vida associativa e sócio-comunitária. A Participação Social visa garantir a efetiva
proteção social contra riscos e vulnerabilidades, assim como a vigência dos direitos sociais. Ela
promove transparência na deliberação e visibilidade das ações, democratizando o sistema
decisório; ela permite maior expressão e visibilidade das demandas sociais, provocando um
avanço na promoção da igualdade e da eqüidade nas políticas públicas.

Pesquisa: É o procedimento reflexivo sistemático, controlado e crítico, que permite descobrir


novos fatos ou dados, relações ou leis em qualquer campo do conhecimento. A pesquisa,
portanto, é um procedimento formal, com método de pensamento reflexivo, que requer um
tratamento científico.

Pessoa com deficiência: Pessoa com uma limitação física, mental, sensorial ou múltipla, que a
incapacite para o exercício de atividades normais da vida e que, em razão dessa incapacitação,
a pessoa tenha dificuldades de inserção social (Convenção nº 159/83 da OIT e a Convenção
Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Contra as Pessoas
Portadoras de Deficiência, também conhecida como Convenção da Guatemala). De acordo
Decreto Presidencial nº 7.612, de 17 de novembro de 2011 que institui o Plano Nacional dos
Direitos da Pessoa com Deficiência, são consideradas pessoas com deficiência aquelas que tem
impedimentos de longo prazo os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas.

Planejamento: É geralmente considerado um método para traçar as metas e os meios de


alcançá-las. O Planejamneto não trata apenas das decisões sobre o futuro, mas questiona
principalmente qual é o futuro de nossas decisões.

Plano de Assistência Social: É um instrumento de planejamento estratégico da política da


assistência social, elaborado pelo gestor e aprovado pelo conselho em cada esfera de governo.
A estrutura comporta em especial os objetivos gerais e específicos, as diretrizes e prioridades
deliberadas, as ações e estratégias correspondentes para sua implementação, as metas
Glossário 31
estabelecidas, os resultados e impactos esperados, os recursos materiais, humanos e
financeiros disponíveis e necessários, os mecanismos e fontes de financiamento, a cobertura
da rede prestadora de serviços e os indicadores de monitoramento e avaliação.

Plano de Acompanhamento Familiar: Instrumento de planejamento que define estratégias a


serem adotadas para o fortalecimento de potencialidades e recursos e enfrentamento das
vulnerabilidades. Importante que seja construído em conjunto com a família e que identifique
as redes de apoio internas e externas.

Plano de Carreira, Cargos e Salários – PCCS: Instrumento de planejamento que regulamenta a


situação funcional dos servidores públicos. O PCCS determina a tabela salarial dos servidores
abrangidos pelo plano, carga horária de trabalho, sistema de progressão/crescimento na
carreira, atribuições de cada cargo, etc. Cada plano expressa o modo como a administração
pública, em cada esfera de governo, compromete-se com o desenvolvimento profissional dos
servidores públicos para melhorar a qualidade dos serviços prestados à população. Tendo em
vista que a União, os estados, municípios e o Distrito Federal têm autonomia administrativa,
cada esfera de governo fórmula, debate, negocia e aprova os respectivos PCCS.

Plano de Convivência Familiar e Comunitário: Consiste em ampliar, articular e integrar


políticas, programas, projetos, serviços e ações de apoio sociofamiliar; difundir cultura de
promoção, proteção e defesa do direito priorizando o cuidado da criança/adolescente em seu
ambiente familiar e comunitário em sua família natural, família extensa e rede social de apoio.

Plano Individual de Atendimento – PIA: Instrumento do qual dependerá o cumprimento das


medidas socioeducativas, em regime de prestação de serviços à comunidade, liberdade
assistida, semiliberdade ou internação. O PIA é um instrumento de previsão, registro e gestão
das atividades a serem desenvolvidas com o adolescente. Através de diagnóstico social o plano
é elaborado definindo-se metas e compromissos pactuados com a família, adolescente e rede
de serviços. Constitui-se me importante ferramenta no acompanhamento da evolução pessoal
e social do adolescente

Pisos de proteção social: Forma de cofinanciamento federal para a transferência dos recursos
do Fundo Nacional de Assitência Social, conforme o nível de complexidade. Os pisos consistem
em valores de cofinanciamento federal, em complementaridade aos financiamentos estaduais,
municipais e do Distrito Federal, destinados ao custeio dos serviços e das ações
socioassistenciais continuadas de proteção social básica do SUAS, e compreendem:

• Proteção Social Básica: piso básico fixo e o piso básico variável I, II e III.
• Proteção Social Especial: Piso Fixo de Média Complexidade, Piso de Transição de Média
Complexidade, Piso Variável de Média Complexidade e Piso de Alta Complexidade I e
II.

Políticas públicas: Iniciativas que visam conduzir o conjunto da sociedade a promover ações ou
adotar comportamentos destinados a um resultado de interesse coletivo. Não se limitam a
ações do governo, pois requerem não só a participação do poder público, mas também o
envolvimento de outros setores da sociedade, como o empresarial e as organizações da
sociedade civil, além da própria população. É definida como o conjunto de ações
desencadeadas pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao
atendimento a determinados setores da sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em
parcerias com a iniciativa privada (fundações, associações, sociedades e partidos políticos).

Glossário 32
Políticas sociais básicas – São políticas destinadas a atender às necessidades essenciais
(básicas) do indivíduo: saúde, educação, habitação, desenvolvimento social, cultura, esporte,
lazer, trabalho e renda.

Política de Assistência Social - É uma política de seguridade social não contributiva, direito do
cidadão e dever do Estado, “que provê os mínimos sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às
necessidades básicas” (BRASIL. LOAS, 1993). O “lócus” de atuação da política social é a inclusão
e proteção social de segmentos populacionais excluídos das políticas sociais básicas e das
oportunidades de acesso a bens e serviços.

População em situação de rua: População que utiliza as ruas como espaço de moradia e/ou
sobrevivência.

População ou Comunidade Ribeirinha: Populações tradicionais que residem em comunidades


ou isoladas, às margens ou nas proximidades dos rios, se caracterizam por ter como principal
atividade de subsistência a pesca e por praticar agricultura de subsistência, com a criação de
animais de pequeno porte e extrativismo vegetal.

Portaria: É um Ato administrativo interno, ordinário, de natureza deliberativa ou informativa,


que tem como objetivo expedir determinações gerais ou especiais a seus subordinados.

Prática de atos infracionais: Conforme o ECA é conduta descrita como crime ou contravenção
penal. O ato infracional corresponde, para o adolescente, ao crime dos adultos. O adolescente
que comete uma infração é julgado e pode ter que cumprir uma medida socioeducativa.
Conforme art.112 da referida lei o Juiz deve decidir, entre seis tipos de medida socioeducativa:
I - Advertência
II – Obrigação de reparar o dano
III – Prestação de serviços à comunidade
IV – Liberdade assistida
V – Inserção em regime de semiliberdade
VI – Internação em estabelecimento educacional

Programas: Definidos no art.24 da LOAS, compreendem ações integradas e complementares


com objetivos, tempo e área de abrangência definidos, para qualificar, incentivar, potencializar
e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. De forma geral, o programa é o
aprofundamento do plano, o detalhamento por setor das políticas e diretrizes do plano.
Podemos definir um programa como um conjunto de projetos que buscam os mesmos
objetivos. Ele estabelece as prioridades nas intervenções, ordena os projetos e aloca os
recursos setorialmente.

Projeto: O projeto, sinteticamente falando, é composto de três restrições: tempo, custo e


qualidade. Segundo Xavier (2005) o projeto é um processo único, consistindo de um grupo de
atividades coordenadas e controladas com datas para início e término, empreendido para
alcance de um objetivo conforme requisitos específicos, incluindo, como já descrito, limitações
de tempo, custo e recursos. O projeto é a unidade mais específica e delimitada dentro da
lógica do planejamento, é a unidade mais operativa de ação, o instrumental mais próximo da
execução.

Projetos de Enfrentamento a Pobreza: Definidos nos artigos 25 e 26 da LOAS, caracterizam-se


por investimentos econômico-sociais nos grupos populacionais em situação de pobreza,
buscando subsidiar técnica e financeiramente iniciativas que lhes garantam meios e

Glossário 33
capacidade produtiva e de gestão para a melhoria das condições gerais de sobrevivência,
elevação do padrão de qualidade de vida, preservação do meio ambiente e organização social,
articuladamente com as demais políticas públicas.

Promoção da integração ao mundo do trabalho: Conjunto integrado de ações das diversas


políticas cabendo à assistência social ofertar ações de proteção social que viabilizem a
promoção do protagonismo, a participação cidadã, a mediação do acesso ao mundo do
trabalho e a mobilização social para a construção de estratégias coletivas.

Promoção Social: É um processo educativo, não formal, participativo e sistematizado, que visa
ao desenvolvimento de aptidões pessoais e sociais do indivíduo, numa perspectiva de maior
qualidade de vida, consciência crítica e participação na vida da comunidade.

Prostituição: Prática sexual mediante qualquer forma de remuneração. Quando crianças e


adolescentes são levados a participar de atos sexuais ou pornográficos, usa-se o termo
exploração sexual, pois crianças e adolescentes não têm poder de decisão para se prostituir,
embora possam ter seu corpo explorado por terceiros. A palavra “prostituição” remete à ideia
de consentimento, desviando o enfoque da exploração sexual.

Proteção Social de Assistência Social: A proteção social de Assistência Social consiste no


conjunto de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelo SUAS para redução
e prevenção do impacto das vicissitudes sociais e naturais ao ciclo de vida, a dignidade humana
e a família como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional. Deve garantir os
seguintes tipos de segurança: segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de
acolhida; de convívio ou vivência familiar. É hierarquizada em básica e especial e, ainda, tem
níveis de complexidade do processo de proteção, por decorrência do impacto desses riscos no
indivíduo e em sua família (BRASIL. NOB-SUAS, 2005).

Proteção Social Básica - PSB: Tem como objetivo prevenir situações de risco, por meio do
desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e
comunitários. Destina-se à população que vive em situação de vulnerabilidade social
decorrente da pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços
públicos, dentre outros) e/ou fragilização de vínculos afetivos – relacionais e de pertencimento
social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). Os
serviços de proteção social básica serão executados nos Centros de Referência da Assistência
Social (CRAS), nos domicílios, e de forma indireta nas organizações de assistência social da área
de abrangência dos CRAS.

Proteção Social Especial: É a modalidade de atendimento assistencial destinada às famílias e


aos indivíduos que se encontram em risco pessoal, social, por ocorrência de abandono, maus
tratos físicos e/ou psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de
medidas sócio-educativas, situação de rua, situação trabalho infantil, entre outras, cujos
direitos foram violados ou que tenha ocorrido rompimento ou fragilização de vínculos
familiares e comunitários. Divide-se em média complexidade e alta complexidade.

Proteção Social Especial de Média Complexidade: Modalidade protetiva de atendimento


assistencial destinado a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e
social pelo fato de terem seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares não foram
rompidos. A proteção social de média complexidade organiza a oferta de serviços, programas e
projetos de caráter especializado que requerem maior estruturação técnico-operacional e
atenção especializada e individualizada com um acompanhamento sistemático e monitorado,
tais como: plantão social, abordagem de rua, cuidado domiciliar, medidas socioeducativas em
Glossário 34
meio aberto etc.; esses serviços são ofertados nos CREAS ou em unidades específicas
referenciadas ao CREAS, como Centro Dia, domicílio do usuário e Centro de Referência
Especializado para População em Situação de Rua/Centro POP.

Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Modalidade protetiva de atendimento


assistencial que organiza serviços que garantem a proteção integral – moradia, alimentação,
higienização e trabalho protegido para famílias e indivíduos que se encontram sem referência
e/ou em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e/ou
comunitário. São ofertados em Abrigo Institucional, Casa de Passagem, Residência inclusiva,
República, Unidade de referência da Proteção Social Especial e residência da Família
Acolhedora, além de Unidades referenciadas ao Órgão Gestor da Assistência Social.

Glossário 35
Q
Qualificação profissional insuficiente: Formação profissionalizante que não atende à demanda
de mercado de mão-de-obra.

Glossário 36
R
Rede de proteção: É conjunto de instituições, organizações e pessoas que se articulam e
atuam tendo em vista um objetivo, uma finalidade comum. As ações desenvolvidas são
direcionadas para grupos ou indivíduos que tem acesso, ainda que precário, aos direitos sociais
(saúde, educação, etc.), mas estão em situação de vulnerabilidade ou iniciando processo de
exclusão.

Rede de Proteção Socioassistencial: Conjunto integrado de ações dos atores sociais, da


iniciativa pública e da sociedade, que ofertam e operam benefícios, serviços, programas e
projetos, o que supõe a articulação entre todas essas unidades de provisão de proteção social,
sob a hierarquia de básica e especial, e ainda por níveis de complexidade.

Rede social: Reunião e organização de pessoas e instituições de forma igualitária e


democrática, a fim de construir novos compromissos em torno de interesses comuns e de
fortalecer os atores sociais na defesa de suas causas, na implementação de seus projetos e na
promoção de suas comunidades.

Referência e contrarreferência: Entende-se por referência os encaminhamentos feitos pelo


CRAS a qualquer serviço socioassistencial ou para outra política setorial no seu território de
abrangência, enquanto que a contrarreferência seria o retorno sobre o resultado do
atendimento nestas outras unidades e sua informação ao CRAS, além do registro daqueles
encaminhamentos feitos diretamente por outras unidades e/ou serviços ao CRAS. Um sistema
de referência e contrarreferência é, então, um sistema que registra e mapeia todos os
encaminhamentos e atendimentos efetivados aos usuários em toda a rede socioassistencial de
seu território, sendo todo este sistema organizado pelo CRAS, dentro de sua abrangência.

Refugiados: Diz-se daquele, ou aquele que se afastou do local de sua residência para fugir aos
efeitos de circunstâncias de risco ou perigo. Pessoa que se esconde para buscar proteção,
abrigo, amparo, para estar em segurança.

Relatório de Gestão: Destina-se a avaliar o cumprimento das realizações, dos resultados ou


dos produtos obtidos em função das metas prioritárias estabelecidas no Plano de Assistência
Social e consolidado em um Plano de Ação anual; bem como da aplicação dos recursos em
cada exercício anual, sendo elaborados pelos Gestores e submetidos aos Conselhos de
Assistência Social.

Renda insuficiente para subsistência: quando os recursos ou rendimentos não suprem as


necessidades básicas para sobrevivência e manutenção da vida diária, impossibilitando o
acesso a bens materiais, sociais, a direitos, entre outros.

República: Alternativa de residência para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco


social, organizada em grupos, algumas são cofinanciadas pelo usuário e são viabilizadas em
sistema de autogestão.

Resolução: Ato administrativo de natureza deliberativa, normativa, informativa, emanado pelo


órgão colegiado, para disciplinar matéria de sua competência específica.

Glossário 37
Responsabilidade Social: Expressão recentemente adotada para referir-se ao modo como o
Estado, e as empresas e a sociedade se comportam em suas relações recíprocas. Compõem o
conceito de responsabilidade social os padrões de ética, moralidade, transparência.

Risco pessoal e social: estão em risco pessoal/social as pessoas em situação de rua, de


trabalho infantil, que tem restrições em sua vida decorrente do uso de substâncias psicoativas;
ou ainda, as que estão em risco pessoal/social em decorrência de abandono, maus tratos
físicos e/ou psíquicos, violência entre outras situações.

Glossário 38
S
Seguranças Básicas da Política de Assistência Social: são garantias afiançadas pela política de
assistência social de forma a efetivar sua função de proteção social.

Segurança de Acolhida: Provida através de ofertas públicas de serviços de abordagem em


territórios de incidência de situações de risco, e de rede de serviços para permanência de
indivíduos e famílias, através de alojamentos, albergues e abrigos. Pressupõe, ainda, condições
de recepção, escuta profissional qualificada e resolutividade no atendimento.

Segurança de sobrevivência a riscos circunstanciais: Exige a oferta de auxílios em bens


materiais e em pecúnia de caráter transitório (benefícios eventuais) para as famílias, seus
membros e indivíduos. Atende indivíduos e famílias em situação de riscos e vulnerabilidades
circunstanciais, de emergência ou calamidade pública.

Segurança do convívio familiar: Oferta de serviços que garantam oportunidades de


construção, restauração e fortalecimento de laços de pertencimento (de natureza geracional,
intergeracional, família de vizinhança e interesses comuns e societários).

Segurança do desenvolvimento da autonomia individual: Ações voltadas para o


desenvolvimento de capacidades e habilidades para o exercício da cidadania e conquista de
maior grau de independência pessoal.

Segurança social de renda: Forma monetária de garantir sobrevivência independentemente


de suas limitações para o trabalho. Operada através de concessão de bolsas-auxílio financeiras
sob determinadas condicionalidades e benefícios continuados.

Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - SCFV: Serviço realizado em grupos,


organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus
usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com
famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Organiza-se de modo a ampliar
trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade,
fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui
caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no
desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas
emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social. (Resolução nº 109 de
11/11/2009).

Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI: Serviço


socioassistencial que integra a proteção social de média complexidade e deve oferecer apoio,
orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de
ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a
promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e
sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de
condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social. O
PAEFI é ofertado no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS).

Glossário 39
Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF: consiste no trabalho social com
famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva das famílias,
prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir
na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e
aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de
ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O PAIF é ofertado no Centro de Referência
de Assistência Social/CRAS.

Serviços: São atividades continuadas que visam a melhoria da vida da população e cujas ações
estejam voltadas para as necessidades básicas da população. A PNAS prevê seu ordenamento
em rede, de acordo com os níveis de proteção social: básica e especial, de média e alta
complexidade. (NOB SUAS)

Serviços socioassistenciais: Entendem-se por serviços socioassistenciais as atividades


continuadas que visem à melhoria de vida da população e cujas ações, voltadas para as
necessidades básicas, observem os objetivos, princípios e diretrizes estabelecidos nesta Lei.
Conjunto de ações continuadas voltadas a garantia do acesso a seguranças sociais que produz
aquisições pessoais e sociais aos usuários e opera integralmente as funções de proteção social,
defesa de diretios e vigilância sociassistencial, realizadas de forma territorializadas em
unidades públicas e/ou governamental; são atividades que visam a melhoria da qualidade de
vida da população, cuja as ações possuem caráter preventivo e/ou emancipatório, nos casos
de serviço de atenção básica, e caráter protetivo, nos casos de violação de direitos cujos
serviços são de atenção especial.

Serviço de Proteção em Situações emergenciais ou de calamidades públicas – Serviço que


promove o apoio e proteção a população atingida por situação de emergências e de
calamidade pública, como oferta de alojamentos provisórios, atenções e provisões materiais.
Relacionam-se ao artigo 22 Lei nº 12.435, de 2011 em que define os benefícios eventuais
como, provisões suplementares e provisórias, que integram organicamente as garantias do
SUAS e são prestadas aos cidadãos e às famílias em virtude de nascimento, morte, situações
de vulnerabilidade temporária e de calamidade pública.

Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo – SINASE: Conjunto ordenado de


princípios, regras e critérios que envolvem a execução de medidas socioeducativas, incluindo-
se nele, por adesão, os sistemas estaduais, distrital e municipais, bem como todos os planos,
políticas e programas específicos de atendimento a adolescentes em conflito com a lei.

Socioeducativo: este termo é tomado como qualificador da ação, do trabalho ou de atividades


designando um campo de aprendizagem voltado para o desenvolvimento de capacidades,
valores éticos, estéticos e políticos a fim de promover a consciência crítica, acesso e
processamento de informações, a convivência em grupo e a participação na vida pública.

Subjetividade: É o mundo interno de qualquer ser humano. Este mundo interno é composto
por emoções, sentimentos e pensamentos. É por meio da subjetividade que se constrói um
espaço relacional, ou seja, é por meio da subjetividade que é possível relacionar-se com o
“outro”.

Sistema Único da Assistência Social - SUAS: É um sistema público não-contributivo,


descentralizado e participativo instituído pela lei 12435/2011 que tem por função a gestão e
organização da oferta de serviços, programas, projetos e benefícios da política de assistência
social em todo o território nacional. Em termos gerais, o SUAS:

Glossário 40
• Estabelece a co-responsabilidade entre os entes federados (União, Estados, DF e Municípios)
para implementar, regular, cofinanciar e ofertar serviços, programas, projetos e benefícios de
assistência social, em todo o território nacional, como dever do Estado e direito do cidadão;
• Considera o território, respeitando as diversidades regionais e municipais, decorrente de
características culturais, socioeconômicas e políticas, e as realidades urbana e rural;
• Adota a matricialidade sociofamiliar como eixo estruturante das ações de assistência social;
• Articula a oferta pública-estatal com a oferta pública não estatal de serviços
socioassistenciais;
• Organiza a proteção social por níveis: proteção social básica, proteção social especial de
média complexidade e proteção social especial de alta complexidade.

Supervisão: Instrumento de gestão para acompanhamento técnico-metodológico, visando


qualificação das ações.

Glossário 41
T
Trabalho Social: Conjunto de procedimentos efetuados a partir de pressupostos éticos,
conhecimento téorico-metodológico e técnico operativo com a finalidade de contribuir para a
convivência, reconhecimento de direitos e possibilidades de intervenção na vida social de um
grupo social.

Tráfico de Pessoas / Tráfico de Seres Humanos: Ação com o objetivo de transferir pessoas de
um lugar a outro, dentro do país ou não. Pode acontecer tanto legal, como ilegalmente.
Atualmente no Brasil, o tráfico de pessoas é maior fonte de renda com tráficos, Superando o
tráfico de drogas e do tráfico de armas. Pressupõe o recrutamento, o transporte, a
transferência, o alojamento ou o acolhimento de pessoas, recorrendo à ameaça ou uso da
força ou a outras formas de coação, ao rapto, à fraude, ao engano, ao abuso de autoridade ou
à situação de vulnerabilidade ou à entrega ou aceitação de pagamentos ou benefícios para
obter o consentimento de uma pessoa que tenha autoridade sobre outra para fins de
exploração.

Tipificação: ato de tipificar, tornar típico, caracterizar determinada ação.

Território: Espaço concreto que abriga relações sociais, que podem formar-se e dissolver-se,
constituir-se e dissipar-se, ter existência regular ou periódica (espaço mais sociedade mais
natureza). Isto é, Espaço humano, habitado, vivido, usado. Dento de um espaço vários
territórios podem ser re/criados, pois refletem a soma do ‘’chão ”mais a identidade
(sentimento de pertença). O território é o fundamento do trabalho; o lugar da residência, das
trocas materiais e espirituais e do exercício da vida.” (Milton Santos), lugar de exposição a
riscos, vulnerabilidades, mas também das potencialidades.

Territorialização: Eixo estruturante da gestão do SUAS que possibilita orientar a proteção


social de assistência social. O princípio da territorialização significa o reconhecimento da
presença de múltiplos fatores sociais e econômicos que levam o indivíduo e a família a uma
situação de vulnerabilidade e ao risco pessoal e social. Corresponde ao planejamento e
localização da rede de serviços a partir dos territórios de maior incidência de vulnerabilidade e
riscos. A rede socioassistencial, com base no território, constitui um dos caminhos para
superar a fragmentação na prática desta política, o que supõe constituir ou redirecionar esta
rede na perspectiva de sua diversidade, complexidade, cobertura, financiamento e do número
potencial de usuários que dela possam necessitar.

Terceiro Setor: Terceiro Setor se distingue de Segundo Setor (iniciativa privada/mercado) e do


Primeiro Setor (Estado). Compreende diversas organizações de abrangente espectro de
atuação. São reconhecidas pelo termo as associações comunitárias, ONGs, instituições
filantrópicas, fundações privadas, igrejas e suas organizações e projetos sociais desenvolvidos
por empresas e sindicatos. Este setor envolve múltiplosatores, interesses heterogêneos,
motivações e valores diversos. Promove ações de natureza privada com fins públicos, na
medida em que visa à produção de bens e serviços em busca de soluções para questões
sociais, políticas, econômicas e ambientais que afetem a população.

Trabalho Aprendiz: É caracterizado por atividades teóricas e práticas seguindo as diretrizes da


educação e do Estatuto da Criança adolescente, com o objetivo de formação técnica

Glossário 42
profissional. É aquele que se submete a contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e
por prazo determinado de no máximo dois anos, garantindo todos os direitos trabalhistas e
previdenciários ao adolescente na faixa etária de 14 a 18 anos.

Trabalho infantil: É o trabalho executado por crianças e adolescentes com menos de 16 anos
(salvo na condição de aprendiz, com registro em carteira como tal, a partir dos 14 anos), no
setor formal ou informal ou ainda em atividades ilícitas. É considerado crime a sua exploração.

Trabalho Protegido: O trabalho protegido tem como finalidade proporcionar acesso ao mundo
do trabalho as Pessoas com Deficiência, que possuam capacidade média de trabalho igual ou
superior a um terço da capacidade normal exigida a um trabalhador não deficiente no mesmo
posto de trabalho.

Trabalho Interdisciplinar: Forma de atuação que consiste, de um lado, na qualificada


abordagem dentro de cada especificidade profissional, e, de outro, na complementaridade
entre seus membros da equipe na construção coletiva do trabalho comum. Pressupõe o
diálogo e trocas intersubjetivas dos diferentes especialistas e o reconhecimento de saberes
teóricos, práticos e existenciais, em si e nos outros.

Tráfico de drogas: Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender,
expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização
ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar.

Glossário 43
U
Universalidade: Princípio constitucional para as políticas públicas. No campo da Assistência
Social, a “universalização dos direitos sociais” visa “tornar o destinatário da ação social
alcançável pelas demais políticas públicas”.

Usuário: Cidadãos e grupos que se encontram em situações de vulnerabilidade e riscos, tais


como: famílias e indivíduos com perdas ou fragilidade de vínculos; ciclos de vida; desvantagem
pessoal resultante de deficiências; identidades estigmatizadas em termos étnicos, culturais e
sexuais; exclusão resultante da pobreza e da falta de acesso às demais políticas públicas;
diferentes formas de violência advindas do núcleo familiar, grupos e indivíduos; inserção
precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal; estratégias e alternativas
diferenciadas de sobrevivência que podem representar risco pessoal e social.

Glossário 44
V
Vigilância Socioassistencial: A Vigilância Socioassistencial é uma área vinculada à Gestão do
SUAS que tem como responsabilidade precípua a produção, sistematização e análise de
informações territorializadas sobre as situações de risco e vulnerabilidade que incidem sobre
famílias e indivíduos, assim como, de informações relativas ao tipo, volume e padrões de
qualidade dos serviços ofertados pela rede socioassistencial. Constitui-se, portanto, como uma
área essencialmente dedicada à gestão da informação, mas fortemente comprometida com o
efetivo apoio às atividades de planejamento, gestão, supervisão e execução dos serviços e
benefícios socioassistenciais. Deve produzir e disseminar informações e conhecimentos que
contribuam para efetivação do caráter preventivo e proativo da política de assistência social,
assim como para a redução dos agravos.

Vínculo: É o laço estabelecido entre indivíduos, contribuindo para a formação de grupos


sociais, familiares e comunitários. No atendimento são estabelecidos vínculos dos usuários
entre si e entre estes e os profissionais e/ou serviços do SUAS.

Violação dos direitos sociais: Ação ou omissão que impossibilitam o gozo dos direitos sociais
pelo cidadão. São direitos sociais, de acordo com a Constituição Federal, a educação, a saúde,
o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância e a assistência social.

Violência: Fenômeno representado por ações humanas, realizadas por indivíduos, grupos,
classes, nações, numa dinâmica de relações, ocasionando danos físicos, emocionais, morais e
espirituais a outrem.

Violência doméstica: Qualquer agressão física, ofensa, intimidação ou privação de liberdade


entre familiares. Incluem-se no conceito de familiares, a esposa, concubina, pais, filhos, netos
e demais pessoas ligadas por laços de sangue ou por uniões atuais ou anteriores; pessoas que
dividem ou já dividiram o mesmo teto; pessoas que têm filhos em comum, reconhecidos ou
não; pessoas que tenham qualquer relação por consangüinidade; pessoas que têm ou tiveram
qualquer ligação amorosa; os deficientes físicos e seus responsáveis; podem ainda ser
incluídos neste rol indivíduos com laços fortes de amizade em decorrência de trabalho ou
outro relacionamento social.

Violência física: É o uso da força física para machuca, punir ou mesmo como pretexto de
educar ou corrigir crinaças e adolescentes.

Violência psicológica: É o conjunto de atitudes, palavras e ações dirigidas a envergonhar,


censurar e pressionar a criança de modo permanente.

Violência sexual: Consiste não só na violação da liberdade sexual do outro, mas também numa
violação dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Ocorre quando um ou mais adultos,
sejam eles pais, responsáveis, conhecidos os desconhecidos, tem comn a criança ou o
adolescente contato (físico ou não) de caráter sexual ou relação sexual .

Glossário 45
Visita Domiciliar: Atenção individualizada à família e seus indivíduos prestada por técnico
trabalhador social em unidade domiciliar com o objetivo de conhecer a realidade do núcleo
familiar. Ela deve ser pautada nos princípios de respeito à privacidade.

Visita Institucional: É a atividade desenvolvida pelos profissionais do SUAS no espaço daquelas


instituições de execução direta ou indireta de serviços socioassistenciais que estabelecem ou
que podem vir a estabelecer uma relação de complementariedade com a Política de
Assistência Social.

Vulnerabilidade social: Famílias ou comunidades, envolvidas numa combinação de fatores que


possam produzir uma deterioração de seu nível de bem-estar, em conseqüência de sua
exposição a determinados tipos de risco. O indicador resultante consiste em uma combinação
entre duas dimensões – socioeconômica e demográfica. A compreensão das vulnerabilidades
sociais significa, antes de tudo entender a mediação entre o acesso a direitos, rede de serviços
e políticas públicas e a capacidade de sujeitos e grupos sociais de acessar esse conjunto de
bens e serviços.

Glossário 46
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