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SERVIÇO DE PROTEÇÃO E

ATENDIMENTO ESPECIALIZADO A
FAMÍLIA E INDIVÍDUOS - PAEFI
POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL

A Política de Assistência Social, de acordo com a


Constituição Federal é uma política pública setorial,
de garantia de direitos. De acordo com o art. 2º da
LOAS, a política pública de assistência social tem
por funções a Proteção Social, a Vigilância
Socioassistencial e a Defesa de Direitos, tendo como
principais objetivos: proteger a vida, reduzir
danos e prevenir a incidência de riscos sociais.
A PROTEÇÃO SOCIAL NO ÂMBITO DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL

A Assistência Social deve prover as seguintes


Seguranças:

• Segurança de sobrevivência (de rendimento e de


autonomia);

• Segurança de acolhida;

• Segurança de convívio ou vivência familiar e


comunitária
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

A Proteção Social Básica oferta


serviços, programas, projetos e
benefícios para fortalecer e
potencializar o caráter protetivo das
famílias, incidindo para a prevenção
de situações de risco social.

• PAIF - SERVIÇO DE PROTEÇÃO E ATENDIMENTO


INTEGRAL A FAMÍLIA
• SERVIÇO DE CONVIVÊNCIA E FORTALECIMENTO DE
VÍNCULOS
• SERVIÇO DE PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA NO DOMICÍLIO
PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E IDOSAS
PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL
A Proteção Social Especial diferencia-se em dois
níveis de complexidade:
1) Média Complexidade, que oferta serviços,
programas e projetos de caráter especializado com
competências e atribuições definidas, destinados ao
atendimento a famílias e indivíduos em situação de
risco pessoal e social, por violação de direitos;
2) Alta Complexidade, que oferta serviços de
acolhimento para famílias e indivíduos afastados do
seu núcleo familiar e/ou comunitário de origem.
SERVIÇOS DE MÉDIA COMPLEXIDADE:

Serviço Especializado
para Pessoas em
Situação de Rua.
(Centro Dia) (CENTRO POP)
EQUIPE DE REFERÊNCIA DO CREAS
SERVIÇOS DE ALTA COMPLEXIDADE

• Serviço de Acolhimento Institucional;


• Serviço de Acolhimento em República;
• Serviço de Acolhimento em Família
Acolhedora;
• Serviço de Proteção em Situações de
Calamidades Públicas e de Emergências.
Serviço de Proteção e Atendimento
Especializado a Famílias e Indivíduos - PAEFI

Serviço de apoio, orientação e


acompanhamento a famílias com um ou mais
de seus membros em situação de ameaça ou
violação de direitos.
USUÁRIOS
Famílias e indivíduos que vivenciam violações de
direitos por ocorrência de:
• Violência física, psicológica e negligência;
• Violência sexual (abuso e/ou exploração sexual)
• Afastamento do convívio familiar devido à
aplicação de medida socioeducativa ou medida
de proteção;
• Tráfico de pessoas;
• Situação de rua;
USUÁRIOS

• Abandono;
• Trabalho infantil;
• Discriminação em decorrência da orientação
sexual, raça e etnia;
• Outras formas de violação de direitos.
FORMAS DE ACESSO DOS USUÁRIOS
• Por identificação e encaminhamento dos
serviços de proteção e vigilância social;
• Por encaminhamento de outros serviços
socioassistenciais, das demais políticas
públicas setoriais, dos demais órgãos do
Sistema de Garantia de Direitos e do Sistema
de Segurança Pública;
• Por demanda espontânea.
LOCAL DE OFERTA DO PAEFI

Exclusivamente no CREAS, que deverá


funcionar no período mínimo de cinco
dias por semana, oito horas diárias, com
possibilidade de operar em feriados e
finais de semana.
ATENDIMENTO
O atendimento fundamenta-se no respeito à
heterogeneidade, potencialidades, valores,
crenças e identidades das famílias.
O serviço articula-se com as atividades e
atenções prestadas às famílias nos demais
serviços socioassistenciais, nas diversas políticas
públicas e com os demais órgãos do Sistema de
Garantia de Direitos.
OBJETIVOS
• Contribuir para o fortalecimento da família no desempenho de
sua função protetiva;
• Processar a inclusão das famílias no sistema de proteção social
e nos serviços públicos, conforme necessidades;
• Contribuir para restaurar e preservar a integridade e as
condições de autonomia dos usuários;
• Contribuir para romper com padrões violadores de direitos no
interior da família;
• Contribuir para a reparação de danos e da incidência de violação
de direitos;
• Prevenir a reincidência de violações de direitos.
TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS

Pode ser compreendido a partir de três principais


dimensões: Acolhida, Acompanhamento
Especializado e Articulação em Rede.
TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL AO
PAEFI
a) Acolhida: identificar, compreender e avaliar as
demandas apresentadas e as expectativas dos usuários
sobre os serviços, esclarecendo quais as ofertas
disponíveis na rede.
b) Visita Domiciliar: Se desenvolve, de forma planejada,
na residência da família ou do indivíduo e visa a escuta
qualificada, a compreensão da dinâmica e história de
vida, e o registro e análise de dados e informações
sobre o cotidiano da vida familiar. Não deve ser
confundida com apuração de denúncia ou até mesmo
com caráter fiscalizatório.
c) c) Prontuário: Instrumental técnico que visa auxiliar os
profissionais na organização e registro de informações.
)
d Relatório Técnico sobre o Acompanhamento Familiar:
• Relatório para uso interno do SUAS - documento sobre o
atendimento e acompanhamento das famílias e indivíduos,
elaborados a partir de uma demanda da rede
socioassistencial ou necessários à dinâmica do serviço.
•Relatório para uso externo do SUAS - elaborados a partir de
solicitações e/ ou requisições de políticas setoriais, órgãos
de defesa de direitos e órgãos do Sistema de Justiça, com o
objetivo de prestar informações sobre a inserção de famílias
e indivíduos no acompanhamento realizado pelos serviços
socioassistenciais. Não deve ser enviado original de cadastros,
prontuários, fichas ou qualquer documento de registro de
informações dos atendimentos e acompanhamentos realizados
pelas equipes de referência.
TRABALHO SOCIAL ESSENCIAL AO SERVIÇO

• Entrevista Individual e/ou Familiar


• Atendimento Individual e/ou Familiar
• Orientação e Atendimento em Grupo
• Orientação jurídico-social
• Estudos de Caso
• Oficinas e Atividades de Convívio e Socialização
• Encaminhamentos monitorados
Plano de Acompanhamento Individual e/ou Familiar
ACOMPANHAMENTO

Proporciona espaço de escuta qualificada e


reflexão, além de suporte social, emocional e
jurídico-social às famílias e aos indivíduos
acompanhados, visando ao empoderamento,
enfrentamento e construção de novas
possibilidades de interação familiares e com o
contexto social.
INTEGRAÇÃO E RECIPROCIDADE DOS
CONHECIMENTOS

trabalho em equipe - criatividade.flv


ARTICULAÇÃO EM REDE
O CREAS compõe o Sistema de Garantia de Direitos assim
como, órgãos judiciais, defensorias públicas, polícias, conselhos
tutelares, ouvidorias, conselhos de direitos, conselhos setoriais e
de maneira transversal e intersetorial, todas as demais políticas
públicas.
É imprescindível o conhecimento da rede no território, bem como
a promoção de espaços de discussão com o objetivo de
esclarecer as possibilidades e limites de atuação de cada
serviço, debate de casos e o estabelecimento de protocolos e
fluxos de atendimento.
Situações identificadas
• Relato de negligência e maus tratos contra a criança (familiar e institucional)
• Presença de membro da família que faz uso excessivo do álcool.
• Histórico familiar que inclui estupro de vulnerável (segundo a Legislação vigente no país).
Procedimentos
• Articulação com o Conselho Tutelar;
• Visita domiciliar ou entrevista no CREAS com os responsáveis pela criança para conhecer a situação da
família; Visita domiciliar ou entrevista no CREAS com a mãe. (Acolhida, escuta, estudo Social)
Possíveis intervenções
• Orientações à família sobre a situação e inserção no PAEFI;
• Desenvolvimento do Plano de Acompanhamento Familiar, definindo acordos e responsabilidades para
garantir a superação da violação de direitos;
• Encaminhamento da criança à saúde, se for o caso;
• Articulação com a rede de educação infantil (CMEI);
• Encaminhamento do tio para tratamento do alcoolismo;
• Encaminhamento do caso ao Ministério Público/ Poder Judiciário, se necessário;
• Identificação de família extensa ou ampliada ou serviço de acolhimento familiar e institucional, caso o
juiz decida por retirar a criança da família;
Algumas questões a considerar
Estado de saúde da criança;
Idade da prima que segundo os relatos agride fisicamente a Miguel;
Motivação da família em aderir ao acompanhamento;
Percepção do tio sobre o consumo de bebidas;
Situação da adolescente, mãe da criança;
Presença de demanda de saúde mental ou uso de drogas na família.
REGISTRO MENSAL DE ATENDIMENTO

O Registro Mensal de Atendimento - RMA é um sistema


onde são registradas as informações sobre o volume de
atendimentos e quais as famílias atendidas no CREAS.
SISTEMA DE CONDICIONALIDADES - SICON

Dentre outras funções, possibilita


registrar os
atendimentos/acompanhamentos
realizados pela rede de proteção
social junto às famílias do Cadastro
Único.
Permite que o usuário interrompa
temporariamente a aplicação dos
efeitos do descumprimento sobre o
benefício daquelas famílias que estão
em acompanhamento familiar.
SISTEMA DE CONDICIONALIDADES -
SICON

• Nos territórios ainda não cobertos por


unidades de CREAS, a família pode ser
acompanhada por equipe técnica da Proteção
Social Especial do município, e a informação
também deve ser registrada.
LEITURAS SUGERIDAS
• Política Nacional da Assistência Social – PNAS;
• Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS;
• Tipificação Nacional dos Serviços socioassistenciais;
• Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferências de Renda
no âmbito do Sistema Único de Assistência Social - SUAS
• Estatuto da Criança e do Adolescente
• Estatuto do idoso
• Lei Maria da Penha
• Estatuto da Pessoa com deficiência
• Orientações Técnicas: Centro de Referência Especializado da Assistência Social
• Nota Técnica N.º 02/2016/ SNAS/MDS
• Orientações Técnicas: Atendimento no SUAS às famílias e aos indivíduos em
situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social por violação de direitos
associada ao consumo de álcool e outras drogas.
• Lei nº 13.431, de 04 de abril de 2017 – Lei da Escuta
Grata pela atenção!
Gerente: Jesielle Rocha Paulino
Equipe Técnica: Cássia Teixeira, Elzenir Aparecida,
Joelma Santiago, Katiuscia Aguiar, Luciana Alves,
Nayana Carvalho, Raquel Secunde, Rosângela
Mascarenhas, Vanderli Cândido e Vanderlúcia
Trindade.
protecaoespecial@hotmail.com
Telefones: (63) 3218-6903/ 1973

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