Você está na página 1de 32

PNAS

POLÍTICA NACIONAL DE ASSISTÊNCIA


SOCIAL

Profa. Ms. Anne Andrade


Linha do Tempo

2006: NOB SUAS-


RH
2005: NOB- SUAS

2004: PNAS
1993: LOAS

1988: CF
1942:
Legião
1938: Criação Brasileira
do Conselho de
Nacional Assistência
de Serviço
Social
1930 – 1988
• Contexto: Sociedade urbana/industrial, crescimento
do operariado urbano
• Estado Intervencionista
• Ótica: Favor, clientelismo, tutela
• Desobrigação do Estado, crescimento do terceiro
setor, apelo ao voluntariado
• Problema individualizado, programas focados
• Execução centralizada
• Responsabilidade das primeiras damas.
1988: Constituição Federal
• Define a Assistência Social como política
da Seguridade Social Brasileira
• Trânsito para o campo dos direitos sociais
• Universalização do acesso
• Responsabilidade estatal
• Superação do assistencialismo
• Ampliação do protagonismo dos usuários
• Participação da população
• Descentralização político-administrativa
2004: POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA
SOCIAL

“ A assistência social, direito do cidadão e dever


do Estado, é Política de Seguridade Social não
contributiva, que provê os mínimos sociais,
realizada através de um conjunto integrado de
iniciativa pública e da sociedade, para garantir o
atendimento às necessidades básicas”.
(p.31)
POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL

• Garantia de Direitos
• A proteção social deve garantir as seguintes
seguranças:
– segurança de sobrevivência
– de acolhida
– de rendimento
– convivência familiar
PRINCÍPIOS
I – Supremacia do atendimento às necessidades
sociais sobre as exigências de rentabilidade
econômica;
II - Universalização dos direitos sociais, a fim de
tornar o destinatário da ação assistencial
alcançável pelas demais políticas públicas;
III - Respeito à dignidade do cidadão, à sua
autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços
de qualidade, bem como à convivência familiar e
comunitária, vedando-se qualquer comprovação
vexatória de necessidade;
PRINCÍPIOS
• IV - Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem
discriminação de qualquer natureza, garantindo-se
equivalência às populações urbanas e rurais

• V – Divulgação ampla dos benefícios, serviços, programas


e projetos assistenciais, bem como dos recursos oferecidos
pelo Poder Público e dos critérios para sua concessão.
DIRETRIZES
I-Descentralização político-administrativa para os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios e comando único das ações
em cada esfera de governo, respeitando-se as diferenças e
características sócio territoriais locais;

II - Participação da população, por meio de organizações


representativas, na formulação das políticas e no controle
das ações em todos os níveis;

III - Primazia da responsabilidade do Estado na condução da


política de assistência social em cada esfera de governo;

IV - Centralidade na família para concepção e


implementação dos benefícios, serviços,programas e
projetos
OBJETIVOS

A Política Pública de Assistência Social realiza-


se de forma integrada às políticas setoriais,
considerando as desigualdades socioterritoriais,
visando seu enfrentamento, à garantia dos
mínimos sociais, ao provimento de condições
para atender contingências sociais e à
universalização dos direitos sociais.
USUÁRIOS

Constitui o público usuário da Política de


Assistência Social, cidadãos e grupos que se
encontram em situações de vulnerabilidade e
riscos.
SUAS
• Sistema articulador e provedor de ações de proteção social
básica e especial
• Sistema afiançador de seguranças sociais próprias da
política de assistência social:
• Acolhida
• Convívio
• Autonomia
• Rendimento
• Garantias de direitos, de equidade e de proteção
social
SUAS

PSE
(Proteção Social
Especial)

PSB
(Proteção Social
Básica) PSE DE PSE DE
MÉDIA ALTA
COMPLEXIDADE COMPLEXIDADE

Direitos violados
Prevenção - sem rompimento de Abandono,
Fortalecimento de vínculos extremo risco
vínculos e potencialidades CREAS ACOLHIMENTOS
CRAS CENTROPOP
OBJETIVOS DA PROTEÇÃO SOCIAL
• Prevenir e reduzir situações de risco social e
pessoal
• Proteger pessoas e famílias em situações de
vulnerabilidade
• Criar medidas e possibilidades de socialização
e inclusão social
• Monitorar as exclusões e riscos sociais da
população
CRAS- PSB

• Unidade pública estatal localizada em áreas com


maiores índices de vulnerabilidade e risco social,
destinada ao atendimento socioassistencial de
famílias

• Constitui espaço de concretização dos direitos


socioassistenciais nos territórios, materializando a
política de assistência social.
PAIF

• acolhida;
• estudo social;
• visita domiciliar;
• orientação e encaminhamentos;
• grupos de famílias;
• acompanhamento familiar;
• atividades comunitárias;
• campanhas socioeducativas;
• informação,comunicação e defesa de direitos;
• promoção ao acesso à documentação pessoal;

(Ministério do Desenvolvimento Social,2005)


TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS- PAIF

• É um conjunto de metodologias que garantam as


seguranças socioassistenciais;
• Resultados: empoderamento das famílias a partir do
seu contexto de vida;
• Busca-se pela ruptura centrada no problema para o
atendimento das necessidades das famílias;
• Avança na concepção do reconhecimento das
fortalezas e potencialidades das famílias para
superação das vulnerabilidades
CAMPOS DE INTERVENÇÃO DO CRAS
REDE • Acesso a direitos e serviços públicos (AS, Saúde,
Educação, Habitação, Renda)
• Inclusão no mundo do trabalho
• Acesso à Justiça

RELAÇÕES • Autonomia, autoestima


• Relacionamentos intrafamiliares
• Projetos de vida, redes sociais de apoio

CIDADANIA • Consciência da realidade social


• Participação social
• Protagonismo

TERRITÓRIO • Acesso a Esporte, Cultura e Convívio


• Coletivização das demandas e de estratégias de
enfrentamento das vulnerabilidades e riscos
CRAS-SCFV
• Crianças até 6 anos;
• Crianças e adolescentes de 6 a 15 anos;
• Adolescentes de 15 a 17 anos;
• Jovens de 18 a 29 anos;
• Adultos de 30 a 59;
• E pessoas idosas a partir de 60 anos.
Ψ Psicologia no CRAS Ψ
• CÓDIGO DE ÉTICA: “Toda profissão defini-se a a partir de um corpo
de práticas que busca atender demandas sociais, norteado por elevados
padrões técnicos e pela existência de normas éticas que garantam a
adequada relação de cada profissional com seus pares e com a sociedade
como um todo”

• ATUAÇÃO DOS PSICÓLOGOS NO SUAS: “Deve estar fundamentada


na compreensão da dimensão subjetiva dos fenômenos sociais e coletivos,
sob diferentes enfoques teóricos e metodológicos, com o objetivos de
problematizar e propor ações no âmbito social”
Ψ: o que fazemos?
• Desenvolver as ações de acolhida, entrevistas, orientações, atividades
socioeducativa e de convívio;
• Através das ações promover o desenvolvimento de habilidades, potencialidades e
aquisições, articulação e fortalecimento da rede de proteção social;
• Contribuir na capacitação permanente dos profissionais da Assistência Social;
• Participar da implementação, elaboração, e execução dos projetos de trabalho;
• Realizar diagnostico psicossocial que viabilize a construção de projetos de
intervenção;
• Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças individuais e
sócio-culturais dos seus membros
• Realizar ESCUTA psicológica;
• Fortalecer os recursos subjetivos dos usuários para o enfrentamento da situação
de vulnerabilidade, favorecendo o desenvolvimento da autonomia e cidadania.
PSE- Média Complexidade
• Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e
Indivíduos – PAEFI
• Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento
de Medida Socioeducativa de Liberdade Assistida - LA, e de
Prestação de Serviços à Comunidade -PSC;
• Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com
Deficiência, Idosos(as) e suas Famílias;
• Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua-
CENTROPOP 
CREAS
• Unidade pública que oferta serviço especializado e
continuado a famílias e indivíduos (crianças,
adolescentes, jovens, adultos, idosos, mulheres), em
situação de ameaça ou violação de direitos, tais como:
- violência física, psicológica, sexual
- tráfico de pessoas
- cumprimento de medidas socioeducativas em meio
aberto
- situação de risco pessoal e social associados ao uso de
drogas, etc.
PAIEF
• Acolhida
• Escuta qualificada
• Estudo social
• Diagnóstico sócio econômico
• Monitoramento e avaliação do serviço
• Orientação e encaminhamento para a rede de
serviços locais
• Orientação sócio familiar
• Inserção nos serviços da rede socioassistencial
Ψ Psicologia no CREAS Ψ
• Acolhida
• Acompanhamento Psicossocial
• Entrevista
• Visita domiciliar
• Intervenções grupais
• Articulação em rede
• Registro de informação (prontuários, relatórios,
reuniões de equipe e estudo de caso)
PLANO DE ACOMPANHAMENTO FAMILIAR
CREAS
CENTRALIDADE SOCIOFAMILIAR
• Centralidade na família para concepção e
implementação dos benefícios, serviços, programas e
projetos
• Surge como antidoto à fragmentação dos
atendimentos
• É justificada pelo reconhecimento da responsabilidade
estatal de proteção social às famílias:

“núcleo social básico de acolhida, convívio,


autonomia, sustentabilidade e protagonismo
social e espaço privilegiado e insubstituível de
proteção e socialização primárias dos indivíduos”
(MDS, 2009, p.12).
TERRITORIALIZAÇÃO
Estratégica a fim de alcançar o
desenvolvimento da justiça social,
por meio da implementação de
ações em nível local, traduzindo,
dessa forma, a idea de avanço
democrático, elemento fundamental
da reforma do Estado”

Identificar os problemas concretos,


Considerar não só as as potencialidades e as soluções, a
características demográficas mas partir de recortes territoriais
também as especificidades
geográficas, sociais e culturais que
se expressa em cada localidade.
PSE- ALTA COMPLEXIDADE
• Nível protetivo no sistema para as famílias que
apresentam rompimento de vínculos.
• MODALIDADE DE SERVIÇO
– Serviço de Acolhimento Institucional;
– Casa-Lar
– Abrigo Institucional
– Casa de Passagem
– Abrigo para mulheres em situação
de ameaça de morte
SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO
• Oferecem atendimento às famílias e indivíduos que se
encontram em situação de abandono, ameaça ou violação
de direitos
• Necessitando de acolhimento provisório, fora de seu
núcleo familiar de origem.
• Esses serviços visam a proteção do indivíduo que possui
vínculos familiares rompidos ou severamente fragilizados,
ofertando a eles acolhimento em ambiente com
infraestrutura adequada
• Oferecem condições de moradia, higiene, salubridade,
segurança, acessibilidade e privacidade.
CONTROLE SOCIAL
• Efetivação da participação popular no
processo de gestão político-administrativo-
financeiro
• Democrático e descentralizado
• Balizados nos preceitos constitucionais
• Efetiva a participação popular nos conselhos e
conferencias
CONQUISTAS DO SUAS
• A assistência social como política pública
• Definição de competências da assistência
social
• Foco na família
• Reconstrução do conceito de família
• Contextualização da realidade de vida de
indivíduos e famílias
• Profissionalização do trabalho.

Você também pode gostar