Segundo a LOAS (2004) a Assistência social objetiva:
I - Proteção social, que visa garantia da vida, redução de danos e a prevenção da incidência de riscos, especialmente: Garantia de um salário-mínimo de benefício mensal a pessoa com deficiência e ao idoso que comprove não possui meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, proteção à família, a maternidade, a infância, a adolescência e velhice, o Amparo às crianças e adolescentes carentes, promoção da integração ao mercado de trabalho, habilitação e habilitação das pessoas com deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; II - Vigilância socioassistencial, que visa analisar territorialmente a capacidade protetiva das famílias, a ocorrência de vulnerabilidades, de ameaças, de vitimização e danos; III - Defesa de direitos, que visa garantir o pleno acesso aos direitos no conjunto das provisões sócioassistenciais. Em resumo, a assistência social visa a: proteção, prevenção e garantia de direitos. É necessário articulação com as demais políticas públicas, com os órgãos do Sistema de Garantia de Direitos (SGD) e a rede de apoio social. A Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais (2009) normatiza todos os serviços que compõem SUAS a partir de uma matriz padronizada, estabelecendo nomenclaturas e regulamentando os conteúdos de cada serviço ofertado pela política de assistência social. As ações de assistência social são descentralizadas e territoriais. O SUAS - Sistema Único de Assistência Social possui um modelo de sugestão de gestão descentralizado e participativo, pautada pela regulação e organização em todo o território nacional das ações sociosassistenciais, cujos princípios englobam a matricidade familiar, a territorialização, a proteção ativa, a integração a seguridade social e as políticas sociais e econômicas. O Psicólogo se insere dentro do CRAS - Centros de Referência em Assistencial Social e CREAS - Centros de Referência Especializados em Assistência Social no que tange às políticas de assistência social. Eles são os principais indutores da gestão e articulação do serviço sócioassistenciais em rede, o CRAS tem papel fundamental na gestão territorial da proteção social básica, já o CREAS, na referência para o atendimento especializado de proteção social a indivíduos e famílias em situação de risco e direitos violados. A atuação do psicólogo é fundamental para promover emancipação, autonomia, liberdade e o fortalecimento dos usuários através da proteção social, vai além do contexto clínico, é psicossocial. A proteção social divide-se em dois tipos: básica e especial A proteção social básica organiza conjuntos de ações, cuidados, atenções, benefícios e auxílios ofertados pelos SUAS para redução e prevenção do impacto de vicitudes/inconstâncias sociais e naturais ao ciclo de vida. O CRAS concentra as atividades da proteção social básica e os programas a ela vinculados por exemplo: o programa bolsa família, o benefício de prestação continuada - PBC e o programa de atenção integral as famílias - PAIF cuja execução é obrigatória e exclusiva. Dentre os objetivos do PAIF, destacam-se: O fortalecimento da função protetiva da família, prevenção da ruptura dos vínculos familiares e comunitários, promoção de ganhos sociais e materiais as famílias, do acesso a benefícios, programas de transferência de renda e serviços socioassistenciais, apoio às famílias que possuem indivíduos que necessitam de cuidados por meio da promoção de serviços coletivos de escuta e troca de vivências. Obs: as ações do PAIF que não devem possuir caráter terapêutico. A proteção social especial organiza serviços, programas e projetos de caráter especializado com o objetivo de promover atenções socioassistenciais à famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social ou que tiveram seus direitos violados, seja por ocorrência de abandono, maus tratos físicos ou psicológicos, abuso sexual e exploração, uso de substâncias, cumprimento de medidas socioeducativas, situação de rua trabalho infantil, etc. Constituem unidades de referência para oferta de serviços: o CREAS, que oferta obrigatoriamente o Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Famílias e Indivíduos - PAEFI e o Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro POP), que oferta obrigatoriamente o Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua. A proteção social especial é separada em dois níveis de complexidade: proteção social especial de média complexidade e de alta complexidade. A proteção social de média complexidade organiza serviços, programas e projetos de caráter especializado que requerem maior estruturação técnica e operativa, com competências e atribuições definidas, destinados ao atendimento às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal e social por violação de direitos cujos vínculos familiares e comunitários estão fragilizados, mas ainda não foram rompidos. Os serviços ofertados são: serviço de proteção e atendimento especializado à famílias e indivíduos - PAEFI, serviço especializado em abordagem social, serviço de proteção social a adolescentes em comprimento de medidas socioeducativas de liberdade assistida e de prestação de serviços à comunidade, serviço de proteção social especial pessoas com deficiências, idosos e suas famílias e serviços especializados para pessoas em situação de rua. A proteção social especial de alta complexidade organiza a oferta de serviços especializados a fim de ofertar proteção integral para indivíduos ou famílias em situação de risco pessoal e social, com vínculos familiares rompidos, sem referência ou extremamente fragilizados, que necessitam se afastar de seu núcleo familiar ou comunitário. Esse serviço de buscam preservar, fortalecer e resgatar a convivência familiar e comunitária ou construir novas referências. Oferece moradia, alimentação, e higienização e trabalho, garantindo atendimento personalizado em pequenos grupos com respeito às diversidades (ciclos de vida, arranjos familiares, etnia, religião, gênero e orientação sexual). Os serviços oferecidos são: serviço de acolhimento institucional nas seguintes modalidades: abrigo institucional - casa-lar, casa de passagem, residência inclusiva, serviço de acolhimento em república, serviço de acolhimento em família acolhedora serviço de proteção em situações de calamidade pública e de emergência.