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RELATÓRIO TÉCNICO

Referente: AISI 4340 - Análise Química, Micrográfica e Dureza


Data: 23/11/2021
De: Bruno M. Colombo e Carlos R. Wolz
Para: Mario W. Junior

1. DESCRIÇÃO
O aço AISI 4340 utilizado para a fabricação de peças e manutenção industriais, como: eixos,
virabrequins e entre outros. Este tipo possui uma composição química que estabelece a sua elevada
temperabilidade e boa forjabilidade, garantindo assim a maior resistência do material quando tratado
termicamente.
Sendo assim, foram recebidas duas amostras do aço AISI 4340 para comparação no estado de
recebimento – normalizado (amostra 1) X peça temperada e revenida (amostra 2). Foram realizadas
análises de metalografia, dureza Brinell e Rockwell C, além de análise química em ambas as amostras
já que as mesmas vieram de peças distintas. As figuras 01 e 02 apresentam as peças em que as
amostras foram retiradas.

Figura 1 – Peça no estado de recebimento (normalizado)

Figura 2 – Peça temperada e revenida

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2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

2.1 Análise Química


A análise química foi realizada nas amostras 1 e 2, por espectrometria de emissão óptica,
utilizando o espectrômetro SHIMADZU OES-500II.

2.2 Análise de Micrografia


Foi realizada a análise de micrografia (metalográfica) nas amostras 1 e 2. Para isso, as amostras
foram preparadas de acordo com o procedimento padrão apresentado pela norma ASTM E 3. Em
seguida, as mesmas foram atacas quimicamente com o reagente Nital 2% para realização de análises
e captura de imagens através do microscópio óptico Optika B1000.

2.3 Análise de dureza


A amostra 1 foi submetida ao ensaio de dureza Brinell, com esfera 2,5 mm e carga 187,5 kgf em
um durômetro universal PANTEC, de acordo com a norma ASTM E 10. A amostra 2 foi submetida
ao ensaio de dureza Rockwell C, de acordo com a norma ASTM E 18.

3. RESULTADOS

3.1 Análise Química


A Tabela 1 demonstra os resultados da análise química da peça no estado de recebimento
(amostra 1).

Tabela 1 - Análise química da amostra 1 (em % massa)

Amostra 1
Elemento Especificado
Recebida
C 0,43536 0,37 – 0,43
Mn 0,52079 0,60 – 0,80

Si 0,15259 0,15 - 0,30

P 0,1336 0,035(máx.)

S 0,0036 0,040(máx.)

Cr 0,3290 0,70 – 0,90

Ni 1,3033 1,5 – 2,0

Mo ------ 0,20 – 0,30

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A Tabela 2 mostra os resultados da análise química da peça tratada e revenida (amostra 2).

Tabela 2 - Análise química da amostra 2 (em % massa)

Amostra 2
Elemento Especificado
Tratada Termicamente

C 0,41077 0,37 – 0,43


Mn 0,53468 0,60 – 0,80
Si 0,15153 0,15 - 0,30
P 0,1232 0,035(máx.)
S 0,0000 0,040(máx.)
Cr 0,27845 0,70 – 0,90
Ni 1,2296 1,5 – 2,0
Mo ------ 0,20 – 0,30

3.2 Análise de Micrografia


As figuras 1 a 6 mostram a microestrutura das amostras.

Figura 01 – Microestrutura da amostra 1. Figura 02 – Microestrutura da amostra 2.


Aumento 100X. Ataque Nital 2%. Aumento 100X. Ataque Nital 2%.
F

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Figura 03 – Microestrutura da amostra 1. Figura 04 – Microestrutura da amostra 2.
Aumento 200X. Ataque Nital 2%. Aumento 200X. Ataque Nital 2%.

Figura 05 – Microestrutura da amostra 1. Figura 06 – Microestrutura da amostra 2.


Aumento 400X. Ataque Nital 2%. Aumento 400X. Ataque Nital 2%.

3.2 Análise de Dureza


Tabela 3 - Dureza da amostra 1
Medição Medição Medição
Média (HB)
1 (HB) 2 (HB) 3 (HB)

Amostra 1 215,03512 218,13182 215,03512 216,06735

A Tabela 4, apresenta os valores de dureza Rockwell C (HRC) correspondente à amostra 2.

Tabela 4 - Dureza da amostra 2.


Medição Medição Medição Medição Medição Média Conversão
1 (HRC) 2 (HRC) 3 (HRC) 4 (HRC) 5 (HRC) (HRC) para HB

Amostra 2 45 43 43 42 43 43,2 404,92

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4. CONCLUSÃO

Através da comparação realizada entre as amostras no estado de recebimento – normalizado


(amostra 1) X peça temperada e revenida (amostra 2) trouxe vários resultados, sendo eles:

• A microestrutura da amostra 1 apresenta grande teor de perlita fina, proveniente do


tratamento térmico de normalização.
• Já a amostra 2 aparenta para uma microestrutura mais difundida quanto a martensita,
demonstrando alguns aglomerados de tiras de martensita como pode ser visualizado a
Figura 06.
• Além do mais, através das análises microestruturais e de dureza, é possível verificar que
os tratamentos térmicos foram realizados de maneira acertada.
• A dureza medida em HRC na peça temperada e revenida, exalta a importância da obtenção
de martensita revenida no processo, microconstituinte que enaltece as propriedades
mecânicas adquiridas.

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