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Cesar Henrique Wanke 1, Luís César Fontana 2, Cesar Edil da Costa 3, Wilson Luiz Guesser 4
1,3,4
Departamento de Engenharia Mecânica, Centro de Ciências Tecnológicas,
2
Departamento de Física, Centro de Ciências Tecnológicas,
Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Joinville/SC, Brasil, 89223-100
Fone (0XX47)473-1111, Fax (0XX47)473-0034
1
pos6chw@joinville.udesc.br, 2dfi2lcf@dcc.fej.udesc.br, 3dem2cec@dcc.fej.udesc.br,
4
wguesser@netvision.com.br
Abstract – Better hardness characteristics and wear resistance can be achieved by applying
nitriding techniques, such as plasma nitriding. In recent years, use of ion nitriding has been
steadily growing, mainly in applications related to steel, in special, to steel tooling. This work
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presents a comparative study of ion-nitriding sinterized and convectional (high speed steel
M2) specimens. It is studied the influence of the temperature on the properties (thickness and
microhardness) and characteristics of the nitrides layers. For so much, has been nitrided
samples in the temperatures of 400ºC and 500ºC for 2 hours in an atmosphere composed by
80%N2+20%H2. The analysis is focused on the temperature dependence of properties and
characteristics of the nitride layers. It has been observed an increasing up to fifty percent of
the surface hardness, and consequent wear resistence, exterling the tool life under work
conditions. For the sintered steel the formation of a white layer of nitrides is observed while
for the conventional steel it is just observed the formation of a dark layer, for the same
treatment conditions.
INTRODUÇÃO
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parâmetros para a nitretação iônica de aço M2 convencional é: atmosfera composta por
80%N2+20%H2; tempo de nitretação de duas horas e temperatura entre 400ºC e 500ºC. Estes
mesmos parâmetros são usados neste trabalho para a nitretação de amostra de aço M2
sinterizado. Os resultados são comparados com aqueles obtidos na nitretação iônica do aço
M2 convencional. Apresentam-se micrografias onde são mostradas as microestruturas das
amostras após o tratamento por nitretação. Faz-se o perfil de microdureza.
Os resultados mostram que a espessura da camada de nitretos aumentou com a
temperatura e que a microdureza da camada é cerca de 50% maior que a do substrato tanto
para o aço convencional como para o aço sinterizado.
AÇO RÁPIDO M2
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As amostras de aço M2 convencional e sinterizadas, usadas neste trabalho, foram
tratadas termicamente segundo o ciclo mostrado na tabela 2 [6, 12].
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Após o tratamento, as amostras são esfriadas em vácuo até a temperatura ambiente. Para
a análise da camada de nitretos, as amostras são cortadas perpendicularmente à face nitretada.
Esta seção transversal à face nitretada é então polida e analisada por microscopia ótica. O
perfil de microdureza é feito nessa face, a partir da superfície para o núcleo da amostra,
utilizando-se um equipamento Shimadzu HMV 2000.
Na figura 1 apresenta-se um esquema do reator experimental montado em nosso
laboratório para nitretação iônica. Esse sistema pode ser dividido em quatro módulos
fundamentais:
- Sistema de vácuo;
- Sistema de alimentação gasosa;
- Sistema de alimentação elétrica;
- Câmara de descargas.
A câmara de vácuo é de aço inoxidável, com janelas laterais que permitem a
visualização da descarga durante o processo de tratamento. A proporção de gás N2/ H2 é feita
no misturador, com base na pressão parcial cada gás, medida por um manômetro devidamente
acoplado ao sistema.
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Figura 1: Esquema da montagem experimental da Câmara para estudo de descargas em gases
e nitretação iônica.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
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a µm
20µ b µm
20µ
c µm
20µ d µm
20µ
Figura 2: Micrografia da amostra sinterizada nitretada a 400ºC (a), da amostra convencional
nitretada a 400ºC (b), da amostra sinterizada nitretada a 500ºC (c), e da amostra convencional
nitretada a 500ºC (d). Nital 1%.
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sinterizada, é maior e mais homogênea que a microdureza da camada escura no aço
convencional (fig. 3-d).
1100 1100
Aço Rápido M2 sinterizado
1000 1000
o
Temp. de nitretação: 400 C Aço Rápido M2 Convecional
900 900 o
Temp. de nitretação: 400 C
800 800
700 700
600 600
500 500
400 400
300 300
200 200
100 100
0 0
0 50 100 150 200 250 300 0 50 100 150 200 250 300
a Profundidade (µm)
b Profundidade (µ m)
900
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o
Amostra sinterizada (400 C)
1100 o
Amostra sinterizada (500 C)
1000 o
Amostra Convencional (400 C)
Microdureza Vickers (HV) o
900 Amostra Convencional (500 C)
800
700
600
500
400
300
200
100
0
0 50 100 150 200 250 300
Profundidade (µm)
CONCLUSÕES
Pode-se concluir deste trabalho que a nitretação iônica é um processo viável para o
tratamento superficial de aços ferramenta M2 sinterizados, obtendo-se resultados de
microdureza comparáveis àqueles de amostras convencionais. Em ambos os casos a
microdureza na superfície aumenta de ~550HV para ~1000HV.
Nitretando-se em temperatura de 400oC, e demais parâmetros usados neste trabalho
(t=2,0h e gás de trabalho: 80%N2+20%H2), observa-se somente a formação de uma camada
de difusão para ambos os aços, sinterizado e convencional. Quando a nitretação é feita na
temperatura de 500oC, formam-se camadas de nitretos maiores que 30µm. Porém no aço
sinterizado observa-se a formação da camada branca, com microdureza da ordem de
~1000HV, enquanto que no aço convencional observa-se a formação de camada escura com
valor máximo de microdureza de ~950HV, que decresce suavemente com a profundidade, até
o valor correspondente ao substrato (~550HV).
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No aço sinterizado, abaixo da camada de nitretos, observa-se um patamar de
microdureza um pouco acima daquele do substrato até regiões muito profundas, (maior que
300µm para o caso da nitretação a 500oC). Isso pode ser atribuído à espessa camada de
difusão obtida com a nitretação por plasma de amostras sinterizadas.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PARA FERRAMENTAS, UFRGS, Porto Alegre, 1999.
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[8] ASM Metals Handbook. ASM Inernational, v. 4,1991.
[9] CHIAVERINI, V. Aços e Ferros Fundidos. São Paulo: ABM, 1983
[10] ROYLE, G. High Speed Steels. Butterworth & Co., 1988.
[11] Aços para ferramentas – aços rápido. Catálogo da Villares.
[12] ZAPATA, W. C.; COSTA, C. E. e TORRALBA, J. M.Wear and thermal behavior of
M2 high-speed steel reinforced with NbC composite. Journal of materials science, v.
33, 1998, p. 3219 – 3225.
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