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De acordo com o filósofo alemão Hans Georg Gadamer a ligação entre o jogo e a arte não pode ser

igualado a qualquer fundamento de que a arte é um jogo comum ou um passatempo. Conforme o


precedente das “Cartas de Schiller sobre Educação Estética”, que declara que as obras de artes são
consideradas dramáticas no momento em que colocam algo em jogo. O motivo subjacente é que a mente
estética está longe de ser independente, no entanto é mais atraida para o jogo de algo com maior
intensidade em relação ao que é compreensível para a consciência subjetiva.

Dessa forma, a analogia com o drama, assim como os acontecimentos esportivos, implica que a arte é
imprevisível, uma circunstância em que a consciência se entrega e participa. Nessa perspectiva, o
envolvimento dos espectadores (como muita pesquisas de arte) demanda imersão diante daquilo que não
consegue ser totalmente adiantado ou controlado pela consciência pessoal. Nesse sentido, tanto a obra
de arte quanto o jogo são duas formas de automovimento, que requer que o espectador jogue junto com o
que eles expõem para o jogo.
O termo filósofico denominado mimeses é de origem grega, onde contém vários significados,
dentre eles está a ação de imitar, que de acordo com os fundamentos de Platão a ideia de arte
como imitação pode ser investigada até o livro dez, em sua obra intitulada “A República” do ano
de 340 a.C. De acordo com os seus escritos, Platão depreciou a pintura, na qual ele assimilou
como uma simples imitação ou mimese, com a utilização limitada. Como por exemplo a pintura de
uma mesa não era a forma padrão da mesa, tampouco a ideia de uma mesa perfeita que existia
na imaginação divina, nem a mesa confeccionada pelo carpinteiro na oficina, para Platão a
pintura de uma mesa nada mais era do que uma cópia que possuia um valor prático bem
reduzido, ou seja na concepção do filósofo toda criação era considerada uma imitação que está
longe de ser uma realidade.

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