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Aula 00

Conhecimentos Específicos p/ Prefeitura de Belo Horizonte (Área Saúde-Técnico em Enfermagem) - 2020

Professor: Ligia Carvalheiro Fernandes


Ligia Carvalheiro Fernandes
Aula 00

DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

CURSO DE ENFERMAGEM

SUMÁRIO
DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS ................................................................................................ 1
CURSO DE ENFERMAGEM ................................................................................................................. 1
1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS .................................... 2
1.1 - CLASSIFICAÇÃO .......................................................................................................................... 3
1.2 - AMEBÍASE .................................................................................................................................. 6
1.3 - ANCILOSTOMÍASE (AMARELÃO) ............................................................................................... 9
1.4 - ASCARIDÍASE ........................................................................................................................... 12
1.5 - ENTEROBÍASE (OXIURÍASE) ..................................................................................................... 14
1.6 - ESCABIOSE ............................................................................................................................... 16
1.7 - TENÍASE/ CISTICERCOSE .......................................................................................................... 18
1.8 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA........................................................................... 21
1.9 - ESQUISTOSSOMOSE ................................................................................................................ 23
1.10 - FILARÍASE POR WUCHERERIA BANCROFTI ............................................................................ 28
1.11 - GIARDÍASE ............................................................................................................................. 30
1.12 - DOENÇA DE CHAGAS ............................................................................................................. 33
1.13 - CHIKUNGUNYA ...................................................................................................................... 39
1.14 - ZIKA VÍRUS ............................................................................................................................. 44
1.15 - HIV/AIDS ................................................................................................................................ 49
1.16- TUBERCULOSE ........................................................................................................................ 66
1.17- HANSENÍASE ........................................................................................................................... 80

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1.18 - DENGUE ................................................................................................................................. 96


1.19 - CHIKUNGUNYA .................................................................................................................... 108
1.20 - ZIKA VÍRUS ........................................................................................................................... 113
1.21 - SÍFILIS................................................................................................................................... 119

1. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM DOENÇAS


TRANSMISSÍVEIS

Consultando as questões dos últimos 7 anos, aproximadamente, temos que o que mais cai
neste tópico é a classificação que as doenças transmissíveis podem ter, bem como o conhecimento
de algumas delas. Consta nesta aula as patologias desta natureza que mais vem sendo cobradas.

Segundo definição da Organização Pan-americana de Saúde: Doença transmissível “é qualquer


doença causada por um agente infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta
pela transmissão deste agente ou de seus produtos, de uma pessoa ou animal infectado ou de um
reservatório a um hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente por meio de um hospedeiro
intermediário, de natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado”.

Essas doenças em sua maioria, estão associadas ao subdesenvolvimento e a pobreza. No Brasil as


estruturas ambientais e sociais frágeis tornam a população suscetível a essas doenças. Outros
fatores influentes são a desnutrição e a resistência antimicrobianos.

Esse grupo de doenças continua representando um sério problema para a Saúde Pública, pois temos
o surgimento de doenças novas, o retorno das doenças antigas (Dengue e Febre Amarela) e a alta
disseminação, pela atual globalização, levando a pandemias como a causada pelo vírus Influenza A
(H1N1).

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1.1 - CLASSIFICAÇÃO

Segundo o Ministério da Saúde, o panorama das doenças transmissíveis no Brasil, a partir de 1980
até os dias atuais pode ser dividido em três grupos: doenças transmissíveis com tendência
declinante; doenças transmissíveis com quadro de persistência e doenças transmissíveis
emergentes e reemergentes.

✓Doenças transmissíveis com TENDÊNCIA DECLINANTE: redução significativa de casos, devido a


prevenção e controle eficazes. Por exemplo: varíola, Poliomielite, Sarampo, Tétano Neonatal e Raiva
Humana, Difteria, Coqueluche e Tétano Acidental, Doença de Chagas, Febre Tifoide, Oncocercose,
Filariose e Peste.

✓Doenças transmissíveis com QUADRO DE PERSISTÊNCIA: muitas dessas doenças têm altas
prevalências, ampla distribuição geográfica e potencial de se tornarem graves, podendo levar a
óbito. Por exemplo: as hepatites virais, principalmente B e C, a Tuberculose, a Leptospirose, as
meningites B e C, a Leishmaniose, Esquistossomose, Malária e Febre Amarela.

✓Doenças transmissíveis EMERGENTES E REEMERGENTES: são denominadas de emergentes


aquelas doenças que surgiram, ou foram identificadas, em período recente, ou aquelas que
assumiram novas condições de transmissão, seja devido a modificações das características do
agente infeccioso, seja passando de doenças raras e restritas para constituírem problemas de saúde
pública. Ex: AIDS, Cólera, Dengue, Hantaviroses, Influenza A.

(FGV/TJ-PI/2015)
A situação das doenças transmissíveis no Brasil apresenta um quadro complexo, que pode ser
resumido em três grandes tendências: doenças transmissíveis com tendência descendente,
doenças transmissíveis com quadro de persistência e doenças transmissíveis emergentes e
reemergentes.
Uma doença transmissível com tendência descendente é:
a) malária;
b) coqueluche;

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c) tuberculose;
d) leptospirose;
e) hepatites virais.
Comentários:
Doenças imunopreveníveis com boa cobertura atem tendência declinante.
Gabarito Letra: B.

(FUNIVERSA/IF-AP/2016)
A enfermagem, com seus olhares e saberes, é uma das profissões indispensáveis no processo
do cuidar. Suas ações vão além da assistência, lidando também com a prevenção de doenças e
a promoção da saúde. Com relação às doenças transmissíveis e às doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs), assinale a alternativa correta.
a) A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) foi introduzida no calendário de vacinação
de 2016 para os meninos adolescentes após resultados de ensaios clínicos.
b) A escabiose é uma parasitose da pele causada por um ácaro (Sarcoptes scabiei) e tem como
período de incubação de um dia a catorze semanas.
c) Na fase baculífera da tuberculose, uma das medidas de biossegurança que o profissional de
enfermagem deve usar é a máscara cirúrgica.
d) A precaução de contato é indicada para a rubéola devido a sua transmissibilidade ocorrer
por meio de secreções das lesões na pele.
e) O contágio da gonorreia ocorre por meio da bactéria gonococo, provocando inflamação da
uretra, podendo atingir outros órgãos, e desencadeando complicações, como artrite,
meningite e problemas cardíacos.
Comentários:
Alternativa “a” - errada.
A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) foi introduzida no calendário de vacinação de
2017 para os meninos adolescentes.
Alternativa “b” - errada.
A escabiose é uma parasitose da pele causada por um ácaro (Sarcoptes scabiei) e tem como
período de incubação de um dia a seis semanas.
Alternativa “c” - errada.
Na fase baculífera da tuberculose, uma das medidas de biossegurança que o profissional de
enfermagem deve usar é a máscara PFF2 (N-95).

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Alternativa “d” - errada.


A precaução por gotícula é indicada para a rubéola devido a sua transmissibilidade ocorrer por
meio de secreções nosofaringes de pessoas infectadas.
Alternativa “e” - correta.
Gabarito Letra: E.

(CESPE/STM /2011)
Julgue o item a seguir, referente ao controle de doenças transmissíveis e não transmissíveis.
No Brasil, as doenças transmissíveis consideradas emergentes e reemergentes restringem-se à
dengue e às hantaviroses.
Comentários:
Incluem estas e outras, como a AIDS.
Gabarito: Errado.

Existem OUTRAS OPÇÕES DE CLASSIFICAÇÃO DAS DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS!

✓DE ACORDO COM O AGENTE ETIOLÓGICO


Doenças causadas por Doenças causadas por Doenças causadas por
FUNGOS PROTOZOÁRIOS: HELMINTOS:
a) Ancilostomíase
a) Doença de Chagas
a) Micoses b) Teníase
b) Amebíase
b) Criptococose c) Esquistossomose
c) Leishmaniose
c) Blastomicose d) Enterobíase
d) Malária
d) Histoplasmose. e) Estrongiloidiase
e) Toxoplasmose
f) Enterobíase
f) Giardíase
g) Filaríase
Doenças causadas por Doenças causadas por
VÍRUS BATÉRIAS
a) Rubéola a) Tuberculose
b) Poliomielite b) Hanseníase
c) Sarampo c) Difteria

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d) Dengue d) Coqueluche
e) Herpes: Simples e Zoster e) Salmonelose
f) Raiva f) Cólera
g) Hepatite g) Febre tifoide
h) Coqueluche h) Tétano
i) Parotidite i) Meningite
j) Febre Amarela j) Leptospirose
l) SIDA
k) Varicela.

✓DE ACORDO COM O MODO DE TRANSMISSÃO

Transmissão Caxumba, difteria, doença meningocócica, gripe, pneumonias, sarampo,


respiratória Síndrome Respiratória Aguda Grave, rubéola, tuberculose e Varicela.
AIDS, cancro-mole, corrimentos (cervical e vaginal), Donovanose,
Transmissão
hepatite B, herpes genital, linfogranuloma, papilomatoses, sífilis e
sexual
uretrites.
Transmissão por Hepatite A, febre tifoide, botulismo, brucelose, cólera, doença diarreica,
alimento rotavírus e parasitas intestinais.
Transmissão por
Esquistossomose, amebíase e leptospirose.
água
Transmissão por
Dengue, doença de Chagas, Febre amarela, Malária, Zika e Chikungunya.
insetos

1.2 - AMEBÍASE

Infecção causada pelo protozoário Entamoeba histolytica, cujo reservatório é o homem. Se


apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar
a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra intestinal da doença.

O quadro clínico varia de uma forma branda, caracterizada por desconforto abdominal leve ou
moderado, com sangue e/ou muco nas dejeções, até uma diarreia aguda e fulminante, de caráter
sanguinolento ou mucoide, acompanhada de febre e calafrios. Podem ou não ocorrer períodos de
remissão. Em casos graves, as formas trofozoíticas se disseminam pela corrente sanguínea,
provocando abcesso no fígado (com maior frequência), nos pulmões ou cérebro.

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Quando não diagnosticadas a tempo, podem levar o paciente a óbito.

Modo de Transmissão - As principais fontes de infecção são a ingestão de alimentos ou água


contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros. Ocorre mais raramente na
transmissão sexual, devido a contato oral-anal. A falta de higiene domiciliar pode facilitar a
disseminação de cistos nos componentes da família. Os portadores assintomáticos, que manipulam
alimentos, são importantes disseminadores dessa protozoose.

Período de Incubação - Entre 2 a 4 semanas, podendo variar dias, meses ou anos.

Período de Transmissibilidade - Quando não tratada, pode durar anos.

Complicações - Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, abscesso


hepático, pulmonar ou cerebral, pericardite, colite fulminante com perfuração.

Diagnóstico - Presença de trofozoítos ou cistos do parasito encontrados nas fezes; em aspirados ou


raspados, obtidos através de endoscopia ou proctoscopia; ou em aspirados de abscesso ou cortes
de tecido. Os anticorpos séricos podem ser dosados e são de grande auxílio no diagnóstico de
abscesso hepático amebiano. A ultrassonografia e tomografia axial computadorizada são úteis no
diagnóstico de abscessos amebianos.

Tratamento - Secnidazol (dose única) ou Metronidazol.

(FCC/TRE-AM/2010)
A profilaxia da amebíase pode ser realizada
a) evitando acúmulo de água parada para coibir a proliferação do mosquito transmissor desta
doença.
b) utilizando repelentes e telas de proteção em janelas e portas.
c) orientando a população sobre os riscos de contato com a urina de roedores.

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d) lavando as mãos antes das refeições e aplicando medidas de saneamento básico.


e) orientando sobre a vacinação em áreas endêmicas.
Comentários:
A profilaxia da amebíase baseia-se no controle da transmissão do parasita e inclui medidas de
higiene pessoal e educação sanitária.
Gabarito Letra: D.

(MÁXIMA/SAAE DE AIMORÉS-MG/2016)
As doenças de veiculação hídrica são os problemas de saúde pública mais comuns dos países
em desenvolvimento. Assinale a alternativa que apresenta doença transmitida diretamente
pela ingestão de água contaminada.
a) Amebíase;
b) Tricomoníase;
c) Herpes;
d) Tuberculose.
Comentários:
Dentre as alternativas, apenas a amebíase apresenta veiculação hídrica!
Gabarito Letra: A.

(COSEAC/UFF/2014)
O tratamento de primeira opção para a amebíase do trato intestinal em adultos é:
a) secnidazol, 2 mg VO, em dose única.
b) secnidazol, 30 mg/dia/k, em duas doses/dia.
c) metronidazol, 500 mg VO, três vezes ao dia, durante cinco dias.
d) tinidazol, 2 mg VO, em dose única.
e) teclozan, 1500 mg/dia, três vezes ao dia.
Comentários:
As doses são pouquíssimo cobradas para a enfermagem, mas memorize que, para a amebíase,
a primeira opção é secnidazol em dose única (VO).
Gabarito Letra: A.

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(CETRO/FUNDAÇÃO CASA/2014)
Na conjuntivite, amebíase e caxumba, é correto afirmar que são necessários, respectivamente,
os tipos de precaução de
a) contato, padrão e gotículas.
b) padrão, padrão e contato.
c) contato, contato e gotículas.
d) contato, gotículas e padrão.
e) gotículas, contato e padrão.
Comentários:
Vamos focar na amebíase! Doenças de veiculação hídrica demandam apenas precauções
padrão. Só isso já eliminou a maioria das alternativas. A conjuntivite requer precaução por
contato e a caxumba por gotículas.
Gabarito Letra: A.

1.3 - ANCILOSTOMÍASE (AMARELÃO)

Infecção intestinal causada por nematódeos, cujo reservatório é o homem. Nos casos de infecções
leves, pode apresentar-se assintomática.

Apresentações clínicas importantes, como um quadro gastrointestinal agudo caracterizado por


náuseas, vômitos, diarreia, dor abdominal e flatulência, também podem ocorrer. Em crianças com
parasitismo intenso, pode ocorrer hipoproteinemia e atraso no desenvolvimento físico e mental.
Com frequência, dependendo da intensidade da infecção, acarreta anemia ferropriva.

Modo de transmissão - Os ovos contidos nas fezes são depositados no solo, onde se tornam
embrionados. Em condições favoráveis de umidade e temperatura, as larvas se desenvolvem até
chegar ao 3º estágio, tornando-se infectantes em um prazo de 7 a 10 dias. A infecção nos homens
ocorre quando essas larvas infectantes penetram na pele, geralmente pelos pés, causando dermatite
característica.

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As larvas dos ancilóstomos, após penetrarem pela pele, passam pelos vasos linfáticos, ganham a
corrente sanguínea e, nos pulmões, penetram nos alvéolos. Daí migram para a traqueia e faringe,
são deglutidas e chegam ao intestino delgado, onde se fixam, atingindo a maturidade ao final de 6 a
7 semanas, passando a produzir milhares de ovos por dia.

Período de Incubação - Semanas ou meses após a infecção inicial.

Complicações - Anemia, hipoproteinemia, podendo ocorrer insuficiência cardíaca e anasarca. A


migração da larva através dos pulmões pode causar hemorragia e pneumonite.

Diagnóstico - Em geral clínico, devido ao prurido característico.


O diagnóstico laboratorial é realizado pelo achado de ovos no exame parasitológico de fezes, por
meio dos métodos de Lutz, Willis ou Faust, realizando-se, também, a contagem de ovos pelo Kato-
Katz.

Tratamento - Mebendazol ou Albendazol.

(FUNRIO/IF-PA/2016)
Embora tenhamos tido sucesso no controle de várias doenças parasitárias, elas ainda merecem
atenção e cuidados, pois podem acometer endemicamente populações por muitos anos. Uma
delas é popularmente chamada de amarelão, opilação, doença do Jeca Tatu. Cientificamente
ela é conhecida como
a) teníase.
b) ancilostomíase.
c) amebíase.
d) ascaridíase.
e) toxoplasmose.
Comentários:
Este é o nome popular da ancilostomíase: amarelão.
Gabarito Letra: B.

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(CESPE/TRE-ES/2011)
Cada um dos próximos itens apresenta uma proposta de associação entre o nome de uma
doença intestinal parasitária, agente etiológico, principal exame diagnóstico, característica
clínica da moléstia e principal tratamento recomendado, devendo ser julgado certo, se essas
características estiverem corretamente associadas, ou errado, em caso contrário.
“ancilostomíase — Necator americanus — exame parasitológico de fezes (EPF) pelos métodos
de Lutz, Willis ou Faust — anemia ferropriva — albendazol”
Comentários:
Todos os termos se referem corretamente ao “amarelão”.
Gabarito: Correto.

(FGV/FIOCRUZ/2010)
O número de humanos que trazem no seu intestino vermes da família Ancylostomatidae, em
todo mundo, talvez seja da ordem de 1,25 bilhão, dos quais 151 milhões sofrem de
ancilostomíase, uma doença cujos portadores frequentemente desenvolvem anemia. No
Brasil, estimativas feitas em várias ocasiões, no decurso do século XX, calculavam estar entre
23 e 24 milhões, o número de casos positivos. Duas espécies de ancilostomídeos parasitam
com frequência o ser humano: Ancylostoma duodenale e Necator americanus. É correto
afirmar que a infecção por N. americanus se dá por:
a) picada de um hemíptero.
b) penetração cutânea das larvas filarióides.
c) ingestão de carne mal cozida.
d) contato do hospedeiro definitivo com as fezes do hospedeiro intermediário.
e) picada de um mosquito culicídeo.
Comentários:
O modo de transmissão é através da penetração de larvas, principalmente pelo tegumento dos
membros inferiores.
Gabarito Letra: B.

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1.4 - ASCARIDÍASE

Doença parasitária do homem, causada por um helminto (Ascaris lumbricoides). Habitualmente, não
causa sintomatologia, mas pode manifestar-se por dor abdominal, diarreia, náuseas e anorexia.

Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de obstrução intestinal.

Em virtude do ciclo pulmonar da larva, alguns pacientes apresentam manifestações pulmonares,


com broncoespasmo, hemoptise e pneumonite, caracterizando a síndrome de Löefler, que cursa
com eosinofilia importante. Quando há grande número de parasitas, pode ocorrer quadro de
obstrução intestinal.
Modo de Transmissão - Ingestão dos ovos infectantes do parasita, procedentes do solo, água ou
alimentos contaminados com fezes humanas.

Período de Incubação - O período de incubação dos ovos férteis até o desenvolvimento da larva
infectante (L3), no meio exterior e em condições favoráveis, é de aproximadamente 20 dias. O
período pré patente da infecção (desde a infecção com ovos embrionados até a presença de ovos
nas fezes do hospedeiro) é de 60 a 75 dias.

Período de Transmissibilidade - Durante todo o período em que o indivíduo portar o parasita e


estiver eliminando ovos pelas fezes. Portanto, longo, quando não se institui o tratamento adequado.
As fêmeas fecundadas no aparelho digestivo podem produzir cerca de 200.000 ovos por dia. A
duração média de vida dos parasitas adultos é de 12 meses. Quando os ovos embrionados
encontram um meio favorável, podem permanecer viáveis e infectantes durante anos.

Complicações - Obstrução intestinal, volvo, perfuração intestinal, colecistite, colelitíase, pancreatite


aguda e abcesso hepático.

Diagnóstico - O quadro clínico apenas não a distingue de outras verminoses, havendo, portanto,
necessidade de confirmação do achado de ovos nos exames parasitológicos de fezes.

Tratamento - Albendazol, Mebendazol e/ou Levamizol.

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Tratamento da obstrução intestinal: Piperazina + óleo mineral + antiespasmódicos + hidratação.

(EXATUS/IF-TO/2015)
A ascaridíase é provocada por:
a) Vírus.
b) Protozoário.
c) Helminto.
d) Bactéria.
Comentários:
É causado pelo helminto Ascaris lumbricoides.
Gabarito Letra: C.

(IBFC/EBSERH/2016)
Entre as medidas de controle da ascaridíase, não se inclui:
a) Não andar descalço.
b) Medidas gerais de saneamento.
c) Lavar bem e desinfetar verduras cruas.
d) Cuidados de higiene na manipulação de alimentos.
e) Ingerir preferencialmente vegetais cozidos.
Comentários:
Doença de veiculação hídrica se previne com saneamento e higiene pessoal, logo, “andar
descalço” não vai ao encontro do enunciado.
Gabarito Letra: A.

(CONSULPLAN/PREFEITURA DE PATOS DE MINAS-MG/2015)


Em uma determinada área foram notificados 50 casos de ascaridíase confirmados por exames
protoparasitológicos fecais. Nesse caso, é correto afirmar que a notificação foi
a) incorreta, pois essa não é doença de notificação compulsória.

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b) correta, pois trata‐se de uma doença de notificação compulsória.


c) incorreta, pois só deveria ser notificada se fossem casos agudos de ascaridíase.
d) correta, pois todas as enteroparasitoses são notificáveis juntos aos serviços de vigilância
epidemiológica.
Comentários:
Grave que NÃO é de NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA!
Gabarito Letra: A.

1.5 - ENTEROBÍASE (OXIURÍASE)

Infestação intestinal causada por helminto (Enterobius vermicularis). Pode cursar assintomática ou
apresentar, como característica principal, o prurido perianal, frequentemente noturno, que causa
irritabilidade, desassossego, desconforto e sono intranquilo. As escoriações provocadas pelo ato de
coçar podem resultar em infecções secundárias em torno do ânus, com congestão na região anal,
ocasionando inflamação com pontos hemorrágicos, onde se encontram, frequentemente, fêmeas
adultas e ovos.
Sintomas inespecíficos do aparelho digestivo são registrados, como vômitos, dores abdominais,
tenesmo, puxo e, raramente, fezes sanguinolentas. Outras manifestações, como vulvovaginites,
salpingites, ooforite e granulomas pelvianos ou hepáticos, têm sido registradas, esporadicamente.

Modo de Transmissão - Predominantemente fecal-oral. São diversos os modos de


transmissão:
✓Auto infecção externa ou direta - Do ânus para a cavidade oral, por meio dos dedos,
principalmente nas crianças, doentes mentais e adultos com precários hábitos de higiene.
✓Auto infecção indireta - Ovos presentes na poeira ou alimentos atingem o mesmo hospedeiro que
os eliminou.
✓Heteroinfecão - Os ovos presentes na poeira ou alimentos atingem um novo hospedeiro.
✓Retroinfecção - Migração das larvas da região anal para as regiões superiores do intestino grosso,
chegando até o ceco, onde se tornam adultas.
✓Auto-infecção interna - Processo raro no qual as larvas eclodem ainda dentro do reto e depois
migram até o ceco, transformando-se em vermes adultos.

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Período de Incubação - O ciclo de vida do parasito dura de 2 a 6 semanas. A sintomatologia aparece


quando existe um número de vermes resultante de infestações sucessivas, que ocorre alguns meses
após a infestação inicial.

Período de Transmissibilidade - Dura enquanto as fêmeas grávidas expulsam ovos na pele perianal,
que permanecem infectantes por 1 ou 2 semanas fora do hospedeiro

Complicações - Salpingites, vulvovaginites, granulomas pelvianos. Infecções secundárias às


escoriações.

Diagnóstico - Em geral, clínico, devido ao prurido característico. O diagnóstico laboratorial reside no


encontro do parasito e de seus ovos. Como dificilmente é conseguido nos parasitológicos de fezes
de rotina, sendo achado casual quando o parasitismo é muito intenso, deve-se pesquisar
diretamente na região perianal, o que deve ser feito pelos métodos de Hall (swab anal) ou de
Graham (fita gomada), cuja colheita é feita na região anal, seguida de leitura em microscópio.
Também podem ser pesquisados em material retirado de unhas de crianças infectadas, que
oferecem alto índice de positividade.

Tratamento - Pamoato de Pirvínio, Pamoato de Pirantel, Mebendazol ou Albendazol.

Definição de Caso:
✓Suspeito: Paciente com prurido anal.
✓Confirmado: Paciente com presença de ovos de E. vermiculares, com ou sem prurido anal.

(CESPE/TRE-ES/2011)
O item a seguir apresenta uma proposta de associação entre o nome de uma doença intestinal
parasitária, agente etiológico, principal exame diagnóstico, característica clínica da moléstia e
principal tratamento recomendado, devendo ser julgado certo, se essas características
estiverem corretamente associadas, ou errado, em caso contrário.
“oxiuríase — Enterobius vermicularis — EPF para pesquisa de ovos do parasita pelos métodos
de Hall (swab anal) ou de Graham (fita gomada) — prurido perianal — pamoato de pirantel”

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Comentários:
Está tudo correto, utilize como resumo acerca desta doença.
Gabarito: Correto.

(IBFC/EBSERH/2013)
L.H.G., 5 anos, sexo masculino, chegou ao pediatra apresentando escoriações na região anal,
devido ao intenso prurido. A mãe relatou ao médico que o prurido é mais intenso no período
da noite. Assinale a alternativa com itens que caracterizam esta parasitose, respectivamente
(nome da doença / agente etiológico / exame específico para diagnóstico):
a) Tricuríase / Trichuris trichiura / Método de Concentração.
b) Oxiuríase / Enterobius vermiculares / Método da fita adesiva ou swab anal.
c) Enterobíase / Enterobius duodenales / Método da fita adesiva ou swab anal.
d) Ascaridíase / Ascaris lumbricoides / Método de Flutuação.
Comentários:
O intenso prurido anal é palavra chave desta doença. A letra b relacionou corretamente a
doença, agente e diagnóstico.
Gabarito Letra: B.

1.6 - ESCABIOSE

Parasitose da pele causada por um ácaro (Sarcoptes scabiei) cuja penetração deixa lesões em forma
de vesículas, pápulas ou pequenos sulcos, nos quais ele deposita seus ovos. As áreas preferenciais
da pele para visualizar essas lesões são: regiões interdigitais, punhos (face anterior), axilas (pregas
anteriores), região periumbilical, sulco Inter glúteo e órgãos genitais externos (nos homens). Em
crianças e idosos, podem também ocorrer no couro cabeludo, nas palmas das mãos e plantas dos
pés.
O prurido intenso é causado por reação alérgica a produtos metabólicos do ácaro.
Caracteristicamente essa manifestação clínica se intensifica durante a noite, por ser o período de
reprodução e deposição de ovos desse agente.

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Modo de Transmissão - Contato direto com doentes (compartilhamento de dormitórios, relações


sexuais, etc) e por meio de fômites contaminados (roupas de cama, toalhas de banho, vestimentas).

Período de Incubação - De 1 dia a 6 semanas.

Período de Transmissibilidade - Todo o período da doença.

Complicações - Infecções secundárias pela “coçadura”, que, quando causada pelo estreptococo ß
hemolítico, pode levar à glomerulonefrite. Em pacientes imunocomprometidos, há risco de se
estender como uma dermatite generalizada, com intensa descamação. Essa forma também pode
ocorrer em idosos, nos quais o prurido é menor ou não existe. A forma intensamente generalizada
é denominada de sarna norueguesa.

Diagnóstico Clínico - Baseia-se na sintomatologia, tipo e topografia das lesões e dados


epidemiológicos. Pode ser feito também mediante a visualização do ácaro, à microscopia pelo
raspado ou biópsia de pele.

Tratamento - Ivermectina, Permetrima ou Deltametrina.


Pode-se usar antihistamínicos sedantes (Dexclorfeniramina, Prometazina), para alívio do prurido.

Isolamento - Deve-se afastar o indivíduo da escola ou trabalho até 24 horas após o término do
tratamento. Em caso de paciente hospitalizado, recomenda-se o isolamento, a fim de evitar surtos
em enfermarias, tanto para outros doentes quanto para os profissionais de saúde, especialmente
no caso da sarna norueguesa. O isolamento deve perdurar por 24/48 horas após o início do
tratamento.

(CPCON/PREFEITURA DE CATOLÉ DO ROCHA-PB/2015)


Em relação à Escabiose é CORRETO afirmar que:
a) Só acomete crianças com padrão de higiene prejudicado.
b) A coçadura ocorre mais pela manhã.

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c) A transmissão só ocorre por contato indireto.


d) Pode levar a infecção da pele.
e) As roupas devem ser trocadas apenas uma vez ao dia.
Comentários:
A infecção da pele pode ser uma complicação desta doença, devido ao prurido intenso.
Gabarito Letra: D.

(FCC/MPE-PB/2015)
Homem de 60 anos apresenta prurido intenso, maior durante a noite, em várias áreas do corpo.
Ao exame físico observam-se pápulas eritematosas lineares nas seguintes áreas: interdígitos,
face anterior dos punhos, periumbilical, axilas, face interna das coxas, nádegas e escroto. O
diagnóstico mais provável e o tratamento mais indicado são, respectivamente,
a) impetigo e cefalexina.
b) larva migrans e tiabendazol.
c) dermatofitose e terbinafina.
d) eczema de contato e corticoide.
e) escabiose e ivermectina.
Comentários:
Considerando o sintoma e locais de manifestação chega-se a HD de escabiose cuja medicação
para tratamento pode ser a ivermectina.
Gabarito Letra: E.

1.7 - TENÍASE/ CISTICERCOSE

O complexo Teníase/Cisticercose é constituído por duas entidades mórbidas distintas, causadas pela
mesma espécie de cestódio, em fases diferentes do seu ciclo de vida. A Teníase é provocada pela
presença da forma adulta da Taenia solium ou da Taenia saginata, no in testino delgado do homem.

A Cisticercose é causada pela larva da Taenia solium nos tecidos, ou seja, é uma enfermidade
somática. A Teníase é uma parasitose intestinal que pode causar dores abdominais, náuseas,
debilidade, perda de peso, flatulência, diarreia ou constipação. Quando o parasita permanece na luz

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intestinal, o parasitismo pode ser considerado benigno e só, excepcionalmente, requer intervenção
cirúrgica por penetração em apêndice, colédoco ou ducto pancreático, devido ao crescimento
exagerado do parasita.

A infestação pode ser percebida pela eliminação espontânea de proglotes do verme, nas fezes. Em
alguns casos, podem causar retardo no crescimento e desenvolvimento das crianças, e baixa
produtividade no adulto. As manifestações clínicas da Cisticercose dependem da localização, do tipo
morfológico, do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos
cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro. As formas graves estão localizadas no sistema
nervoso central e apresentam sintomas neuropsiquiátricos (convulsões, distúrbio de
comportamento, hipertensão intracraniana) e oftálmicos.

Agente Etiológico - A Taenia solium é a tênia da carne de porco e a Taenia saginata é a da carne
bovina. Esses dois cestódeos causam doença intestinal (Teníase) e os ovos da T. solium desenvolvem
infecções somáticas (Cisticercose).

Reservatório - O homem é o único hospedeiro definitivo da forma adulta da T. solium e da T.


saginata.
O suíno doméstico ou javali é o hospedeiro intermediário da T. solium e o bovino é o hospedeiro
intermediário da T. saginata, por apresentarem a forma larvária (Cysticercus cellulosae e C. bovis,
respectivamente) nos seus tecidos.

Modo de Transmissão - A Teníase é adquirida pela ingesta de carne de boi ou de porco mal cozida,
que contém as larvas. Quando o homem acidentalmente ingere os ovos de T. solium, adquire a
Cisticercose.

Período de Incubação:
Cisticercose humana - Varia de 15 dias a anos após a infecção.
Teníase - Cerca de 3 meses após a ingesta da larva, o parasita adulto já é encontrado no intestino
delgado humano.

Período de transmissibilidade - Os ovos das tênias permanecem viáveis por vários meses no meio
ambiente, contaminado pelas fezes de humanos portadores de Teníase.

Complicações:

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Teníase - Obstrução do apêndice, colédoco, ducto pancreático.


Cisticercose - Deficiência visual, loucura, epilepsia, entre outras.

Diagnóstico - Clínico, epidemiológico e laboratorial. Como a maioria dos casos de Teníase é


oligossintomático, o diagnóstico comumente é feito pela observação do paciente ou, quando
crianças, pelos familiares. Isso ocorre porque os proglotes são eliminados espontaneamente e nem
sempre são detectados nos exames parasitológicos de fezes.
Em geral, para se fazer o diagnóstico da espécie, coleta-se material da região anal e, através do
microscópio, diferencia-se morfologicamente os ovos da tênia dos demais parasitas. Os estudos
sorológicos específicos (fixação do complemento, imunofluorescência e hemaglutinação) no soro e
líquido cefalorraquiano confirmam o diagnóstico da neurocisticercose, cuja suspeita decorre de
exames de imagem: raios X (identifica apenas cisticercos calcificados), tomografia computado rizada
e ressonância nuclear magnética (identificam cisticercos em várias fases de desenvolvimento). A
biópsia de tecidos, quando realizada, possibilita a identificação microscópica da larva.

Tratamento:
Teníase - Mebendazol, Praziquantel e/ouAlbendazol.
Neurocisticercose - Praziquantel e Dexametasona

(AMEOSC/PREFEITURA DE PALMA SOLA-SC/2015)


São medidas de controle para transmissão da Teníase/cisticercose, exceto:
a) Trabalho educativo com a população.
b) Inspeção sanitária da carne.
c) Fiscalização dos produtos de origem vegetal.
d) Orientação quanto aos cuidados na bovinocultura.
Comentários:
Se a transmissão se dá por ingestão de carne contaminada, a medida de controle é a própria
inspeção sanitária deste alimento.
Gabarito Letra: B.

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(CESPE/TRT - 10ª REGIÃO/2013)


A teníase é causada por duas espécies de tênia, a Taenia saginata, presente no porco, e a T.
solium, presente no boi.
Comentários:
Trocado! Saginata = boi e solium = porco.
Gabarito: Errado.

1.8 - LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA

Doença infecciosa, não contagiosa, causada por protozoários do gênero Leishmania, de transmissão
vetorial, que acomete pele e mucosas.
A doença cutânea apresenta-se classicamente por pápulas, que evoluem para úlceras com fundo
granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser únicas ou múltiplas, mas indolores.
Também pode manifestar-se como placas verrucosas, papulosas, nodulares, localizadas ou difusas.
A forma mucosa, secundária ou não à cutânea, caracteriza-se por infiltração, ulceração e destruição
dos tecidos da cavidade nasal, faringe ou laringe. Quando a destruição dos tecidos é importante,
podem ocorrer perfurações do septo nasal e/ou palato

Agente Etiológico - Há várias espécies de leishmanias envolvidas na transmissão. Nas Américas, são
atualmente reconhecidas 11 espécies dermotrópicas de Leishmania causadoras de doença humana
e 8 espécies descritas, somente em animais.

Hospedeiros e Reservatórios - Marsupiais, roedores, preguiça, tamanduá, dentre outros.

Modo de Transmissão - Pela picada da fêmea de insetos flebotomíneos das diferentes espécies de
importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito
palha, tatuquira, birigui, entre outros.

Período de Incubação - Em média, de 2 a 3 meses, podendo apresentar períodos mais curtos (2


semanas) e mais longos (2 anos).

Transmissão: A transmissão se dá pelo vetor que adquire o parasito ao picar reservatórios,


transmitindo-o ao homem.

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Complicações - Na forma mucosa grave, pode apresentar disfagia, disfonia, insuficiência respiratória
por edema de glote, pneumonia por aspiração e morte.

Diagnóstico - Suspeita clínico-epidemiológica associada à intradermorreação de Montenegro


(IDRM) positiva e/ou demonstração do parasito no exame parasitológico direto em esfregaço de
raspado da borda da lesão.
Recomenda-se a confirmação do diagnóstico por método parasitológico, antes do início do
tratamento, especialmente naqueles casos com evolução clínica fora do habitual e/ ou má resposta
a tratamento anterior.

Tratamento - A droga de primeira escolha é o antimonial pentavalente.

(FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG/015)


A Leishmaniose Visceral e a Leishmaniose Tegumentar, respectivamente, apresentam
acometimento:
a) Dentário – Subcutâneo.
b) Sistêmico crônico – Pele e mucosa.
c) Ósseo – Fâneros.
d) Ovariano – Renal.
Comentários:
Leia novamente acerca desta doença. As manifestações são cutâneas ou nas mucosas. Questão
muito recorrente!
Gabarito Letra: B.

(FUNIVERSA/IF-AP/2016)
A respeito da leishmaniose tegumentar americana, é correto afirmar que a(s) forma(s)
a) cutânea se caracteriza por apresentar lesões indolores, com formato arredondado ou
ovalado, base eritematosa, infiltrada e de consistência firme, bordas bem delimitadas e
elevadas, fundo avermelhado e com granulações grosseiras.

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b) cutânea se caracteriza por apresentar lesões dolorosas, com formato arredondado ou


ovalado, base eritematosa, infiltrada e de consistência amolecida, bordas bem delimitadas e
elevadas, fundo avermelhado e com granulações grosseiras.
c) mucosa se caracteriza pela presença de lesões destrutivas no pavilhão auricular.
d) mucosa se caracteriza pela presença de lesões infiltrativas, mas consistentes, nas vias aéreas
superiores.
e) cutânea e mucosa são bastante similares.
Comentários:
Vimos que a manifestação da doença cutânea se apresenta classicamente por pápulas, que
evoluem para úlceras com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura, que podem ser
únicas ou múltiplas, mas indolores.
Gabarito Letra: A.

1.9 - ESQUISTOSSOMOSE

É doença de notificação compulsória em áreas não-endêmicas, entretanto, recomenda-se que todas


as formas graves na área endêmica sejam notificadas. Também todos os casos diagnosticados na
área endêmica com focos.

A Esquistossomose Mansônica é uma doença parasitária, causada pelo trematódeo Schistosoma


mansoni, cuja sintomatologia clínica depende de seu estágio de evolução no homem.
A fase aguda pode ser assintomática ou apresentar-se como dermatite cercariana, caracterizada por
micropápulas eritematosas e pruriginosas, até cinco dias após a infecção. Com cerca de 3 a 7
semanas após a exposição, pode ocorrer a febre de Katayama, caracterizada por linfodenopatia,
febre, anorexia, dor abdominal e cefaleia.

Dentre os sintomas tem-se: hipertensão portal, cianose, ascite, cefaleia, emagrecimento, insônia,
diarreia, dor abdominal, hematêmese e amnésia.

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Após seis meses de infecção, há risco do quadro clínico evoluir para a fase crônica, cujas formas
clínicas são:
✓Hepatointestinal: Caracteriza-se pela presença de diarreias e epigastralgia. Ao exame físico, o
paciente apresenta fígado palpável, com nodulações que, nas fases mais avançadas dessa forma
clínica, correspondem a áreas de fibrose decorrentes de granulomatose periportal ou fibrose de
Symmers.
✓Hepática: A apresentação clínica dos pacientes pode ser assintomática ou com sintomas da forma
hepatointestinal. Ao exame físico, o fígado é palpável e endurecido, à semelhança do que acontece
na forma hepatoesplênica. Na ultrassonografia, verifica-se a presença de fibrose hepática, moderada
ou intensa.
✓Hepatoesplênica compensada: A característica fundamental desta forma é a presença de
hipertensão portal, levando à esplenomegalia e ao aparecimento de varizes no esôfago. Os pacientes
costumam apresentar sinais e sintomas gerais inespecíficos, como dores abdominais atípicas,
alterações das funções intestinais e sensação de peso ou desconforto no hipocôndrio esquerdo,
devido ao crescimento do baço. Às vezes, o primeiro sinal de descompensação da doença é a
hemorragia digestiva com a presença de hematêmese e/ou melena. O exame físico detecta
hepatoesplenomegalia.
✓Hepatoesplênica descompensada: Considerada uma das formas mais graves. Caracteriza-se por
diminuição acentuada do estado funcional do fígado. Essa descompensação relaciona-se à ação de
vários fatores, tais como os surtos de hemorragia digestiva e consequente isquemia hepática e
fatores associados (hepatite viral, alcoolismo).

Reservatório - No ciclo da doença, estão envolvidos dois hospedeiros, um definitivo e o


intermediário.

Hospedeiro Definitivo - O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a


forma adulta, reproduzindo-se sexuadamente, possibilitando a eliminação dos ovos do S. mansoni,
no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas. Os primatas,
marsupiais (gambá), ruminantes, roedores e lagomorfos (lebres e coelhos), são considerados
hospedeiros permissivos ou reservatórios, porém, não está clara a participação desses animais na
transmissão.

Hospedeiro Intermediário - No Brasil, são os caramujos do gênero Biomphalaria: B. glabrata, B.


tenagophila, B. straminea.

Modo de Transmissão - Os ovos do S. mansoni são eliminados pelas fezes do hospedeiro infectado
(homem). Na água, eclodem, liberando uma larva ciliada denominada miracídio, que infecta o

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caramujo. Após 4 a 6 semanas, a larva abandona o caramujo, na forma de cercária, ficando livre nas
águas naturais. O contato humano com águas infectadas pelas cercárias é a maneira pela qual o
indivíduo adquire a Esquistossomose.

Período de Incubação - Em média, 1 a 2 meses após a infecção. Período de transmissibilidade - O


homem pode eliminar ovos.

Período de Transmissibilidade - O homem pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni nas fezes a
partir de 5 semanas após a infecção, e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de
20 anos. Os hospedeiros intermediários, começam a eliminar cercárias após 4 a 7 semanas da
infecção pelos miracídios Os caramujos infectados eliminam cercárias durante toda a sua vida que é
de, aproximadamente, 1 ano.

Complicações - Fibrose hepática, hipertensão portal, insuficiência hepática severa, hemorragia


digestiva, cor pulmonale, glomerulonefrite. Podem ocorrer associações com infecções bacterianas
(salmonelas, estafilococos) e virais (hepatites B e C). Pode haver comprometimento do sistema
nervoso central e de outros órgãos secundários ao depósito ectópico de ovos.

Diagnóstico - Além do quadro clínico-epidemiológico, deve ser realizado exame coprológico,


preferencialmente com uso de técnicas quantitativas de sedimentação, destacando-se a técnica de
Kato-Katz.
A ultra-sonografia hepática auxilia o diagnóstico da fibrose de Symmers e nos casos de
hepatoesplenomegalia. A biópsia retal ou hepática, apesar de não recomendada na rotina, pode ser
de ser útil em casos suspeitos e na presença de exame parasitológico de fezes negativo.

Tratamento - A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC) ou a Ivermectina.

Medidas de Controle:

Controle dos Portadores - Identificação e tratamento dos portadores de S. mansoni, por meio de
inquéritos coproscópicos a cada dois anos deve fazer parte da programação de trabalho das
secretarias municipais de saúde das áreas endêmicas.

Controle de Hospedeiros Intermediários - São de natureza complementar e consistem em pesquisa


de coleções hídricas para determinação do seu potencial de transmissão, medidas de saneamento

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ambiental, para dificultar a proliferação e o desenvolvimento dos hospedeiros intermediários, bem


como impedir que o homem infectado contamine as coleções de águas com ovos de S. mansoni,
quando indicado, tratamento químico de criadouros de importância epidemiológica.

Educação em Saúde - As ações de educação em saúde devem preceder e acompanhar todas as


atividades de controle e serem baseadas em estudos do comportamento das populações em risco.
Realizada pelos agentes de saúde e por profissionais das unidades básicas, é direcionada à população
em geral, com atenção aos escolares residentes nas áreas endêmicas.

Saneamento Ambiental - No controle da Esquistossomose, o saneamento ambiental cria condições


que reduzem a proliferação e a contaminação dos hospedeiros intermediários, com consequente
diminuição do contato do homem com os agentes transmissores (caramujos infectados).

Diagnóstico Específico - O teste de rotina é feito pela pesquisa da microfilária no sangue periférico,
pelo método da gota espessa (periodicidade noturna, das 23h a 1h). Pode-se, ainda, pesquisar
microfilária no líquido ascítico, pleural, sinovial, cefalorraquidiano, urina, expectoração e gânglios,
sendo, entretanto, restrito a casos específicos. Pela presença do verme adulto no sistema linfático,
genitália ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada como rotina).

Sorologia - Podem ser realizados os testes de Elisa ou testes imunocromatográficos para pesquisa
de antígenos circulantes.

Diagnóstico por Imagem - Nos homens, é indicada a ultrassonografia da bolsa escrotal; em


mulheres, a ultrassonografia da mama ou região inguinal e axilar deve ser avaliada.

(FEPESE/CELESC/2018)
Considere uma doença de veiculação hídrica, infecciosa e parasitária, causada por um
trematódeo e sua transmissão depende da existência de hospedeiros intermediários, estando
relacionada a condições precárias de saneamento básico.
O texto acima refere-se à:
a) Cólera.
b) Amebíase.

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c) Leptospirose.
d) Esquistossomose.
e) Ascaridíase.
Comentários:
Vá juntando “os pontos”: veiculação hídrica, parasitária, hospedeiro intermediário. Por isso,
elimina-se todas menos a esquistossomose.
Gabarito Letra: D.
(UFMT / UFSBA/2017)
NÃO são sintomas de Esquistossomose:
a) Diarreia, dor abdominal e amnésia.
b) Icterícia, Colúria e Hematêmese.
c) Hipertensão portal, ascite e cianose.
d) Cefaleia, emagrecimento e insônia.
Comentários:
São sintomas comuns hipertensão portal, cianose, ascite, cefaleia, emagrecimento, insônia,
diarreia, dor abdominal, hematêmese e amnésia.
Gabarito Letra: B.

(VUNESP/SAP-SP/2013)
Em relação às complicações pulmonares da esquistossomose, assinale a alternativa correta.
a) O acometimento pulmonar é infrequente em pacientes com doença hepatoesplênica.
b) A terapêutica anti Schistosoma para as infecções estabelecidas não é causa de complicações
pulmonares.
c) A hipertensão pulmonar que ocorre como complicação terminal da doença favorece a
falência de câmaras cardíacas esquerdas.
d) A hipertensão portal pré-sinusoidal favorece o desenvolvimento de vasos colaterais
portossistêmicos que permitem a embolização de ovos de Schistosoma na circulação
pulmonar.
e) São raramente vistas, e o acometimento principal é de bronquíolos terminais por deposição
de ovos do Schistosoma mansoni.
Comentários:

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Esta é um aprofundamento. Sabendo-se que a hipertensão portal é uma possível complicação


da doença, é necessário associar este fato ao aumento da possibilidade de atingir a circulação
pulmonar por embolização.
Gabarito Letra: D.

1.10 - FILARÍASE POR WUCHERERIA BANCROFTI

Doença de notificação nos estados que permanecem com foco.

A Filariose causada pela Wuchereria bancrofti se manifesta clinicamente no homem sob várias
formas. Existem indivíduos com esta parasitose que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou não
detecção de microfilárias no sangue periférico; outros podem apresentar febre recorrente aguda,
astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite, cefaleia, linfadenite e linfangite
retrógrada, com ou sem microfilaremia.
Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quilúria e elefantíase de
membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em geral, a densidade de microfilária no sangue
é muito pequena ou mesmo não detectável.
Descrevem-se, ainda, casos de eosinofilia pulmonar tropical, síndrome que se manifesta por crises
paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica e ligeira febre recorrente, cujo leucograma
registra importante eosinofilia. Nesses casos, o exame dos tecidos mostra microfilárias em processo
de degeneração, não encontradas no sangue periférico (filaríase oculta)

Modo de Transmissão - Pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes (L3). No
Brasil, o Culex quinquefasciatus é o principal transmissor. Em geral, as microfilárias têm
periodicidade para circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre as 23h e 1h.

Período de Incubação - Manifestações alérgicas podem aparecer 1 mês após a infecção. As


microfilárias, em geral, aparecem no sangue periférico de 6 a 12 meses após a infecção com as larvas
infectantes da W. bancrofti.

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Período de Transmissibilidade - Não se transmite de pessoa a pessoa. O ciclo ocorre quando um


inseto transmissor pica um homem infectado com microfilaremia e a transmite a outro indivíduo,
após maturação das microfilárias no vetor, que ocorre entre 12 a 14 dias do repasto sanguíneo. A
microfilaremia pode persistir, aproximadamente, por 5 a 10 anos.

Complicações - Hidrocele, linfoscroto, elefantíase e hematoquilúria.

Diagnóstico - Clínico-epidemiológico, quando há manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo


de área endêmica.

Medidas de Controle:
Redução do vetor - Por meio de biocidas; bolinhas de isopor, método esse limitado a criadouros
específicos urbanos (latrinas e fossas); mosquiteiros ou cortinas impregnadas com inseticidas para
limitar o contato entre o vetor e o homem; borrifação intradomiciliar com inseticidas de efeito
residual (dirigida contra as formas adultas do Culex).
Educação Em Saúde - Informar as comunidades das áreas afetadas sobre a doença e as medidas que
podem ser adotadas para sua redução/ eliminação; identificar os criadouros potenciais no domicílio
e peridomicílio, estimulando sua redução pela própria comunidade.

(IBFC/PREFEITURA DE CAMPINAS-SP/2010)
Gastrite, Megacolon, escabiose, ascaridíase e elefantíase são causadas por:
a) Microbacterium, vírus, helmintos, protozoário e helminto
b) H. pylori, Sarcoptes scabiei, Trypanossoma cruzi, Ascaris e Wucheria bancrofti.
c) H. pylori, Trypanossoma cruzi, Sarcoptes scabiei, Ascaris e Wucheria bancrofti.
d) Nenhuma das alternativas está correta.
Comentários:
Vamos começar pela elefantíase: Wucheria bancrofti. Já eliminou duas alternativas. Agora
lembre-se que o megacolon é uma complicação da Doença de Chagas. Pronto. Achamos.
Gabarito Letra: C.

(CESPE/TRT - 10ª REGIÃO/2013)

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O parasito Wuchereria bancrofti, causador da filariose, também conhecida por elefantíase,


patologia que se caracteriza por um grande aumento dos membros e órgãos genitais externos,
é transmitido aos seres humanos pelo mosquito do gênero Culex.
Comentários:
Um resumo básico da patologia.
Gabarito: Correto.

1.11 - GIARDÍASE

Infecção por protozoários (Giardia lamblia) que atinge, principalmente, a porção superior do
intestino delgado. A maioria das infecções é assintomática e ocorre tanto em adultos, quanto em
crianças. A infecção sintomática pode apresentar-se de forma aguda com diarreia, acompanhada de
dor abdominal (enterite aguda) ou de natureza crônica, caracterizada por fezes amolecidas, com
aspecto gorduroso, fadiga, anorexia, flatulência e distensão abdominal. Anorexia, associada com má
absorção, pode ocasionar perda de peso e anemia. Não há invasão intestinal.

Reservatório - O homem e alguns animais domésticos ou selvagens, como cães, gatos e castores.

Modo de Transmissão - Fecal-oral. Direta, pela contaminação das mãos e consequente ingestão de
cistos existentes em dejetos de pessoa infectada; ou indireta, por meio da ingestão de água ou
alimento contaminado.

Período de Incubação - De 1 a 4 semanas, com média de 7 a 10 dias.

Período de Transmissibilidade - Enquanto persistir a infecção.

Complicações - Síndrome de má absorção.

Diagnóstico - Identificação de cistos ou trofozoítos, no exame direto de fezes, pelo método de Faust;
ou identificação de trofozoítos no fluido duodenal, obtido através de aspiração. São necessárias,
pelo menos, três amostras de fezes para obter uma boa sensibilidade. A detecção de antígenos pode
ser realizada pelo Elisa, com confirmação diagnóstica. Em raras ocasiões, poderá ser realizada
biópsia duodenal, com identificação de trofozoítos.

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Tratamento:

Medidas de Controle:
Específicas - Em creches ou orfanatos, deverão ser construídas adequadas instalações sanitárias e
enfatizada a necessidade de medidas de higiene pessoal. Educação sanitária, em particular o
desenvolvimento de hábitos de higiene: lavar as mãos após o uso do banheiro, por exemplo.
Isolamento - Pessoas com Giardíase devem ser afastadas do cuidado de crianças. Com pacientes
internados, devem ser adotadas precauções entéricas, com a adoção de medidas de desinfecção
concorrente para fezes e material contaminado; e controle de cura, feito com o exame
parasitológico de fezes, negativo no 7º, 14º e 21º dias após o término do tratamento.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
Sobre giardíase, é correto afirmar que
a) a via de transmissão sexual é possível e amplamente aceita por todos autores.
b) possui hospedeiro intermediário (animal) e definitivo (homem) e é, na maioria das vezes, de
transmissão fecal-oral pelo fato do ciclo sexuado ser no intestino humano.
c) uma alta carga parasitária pode causar intensa inflamação da mucosa intestinal que pode
ocasionar um quadro de intolerância a leite e derivados.
d) síndrome disabsortiva é rara nessa parasitose e ocorre apenas quando em coexistência com
outra doença.
e) para o tratamento, tem-se preferido o uso de metronidazol a despeito do albendazol pela
melhor facilidade posológica e menor chance de efeitos colaterais.
Comentários:
O aumento do número de protozoários causa intensa inflamação intestinal.

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Gabarito Letra: C.

(IF-RJ/IF-RJ/2010)
Qual destas parasitoses intestinais pode ser diagnosticada através da biópsia do intestino
delgado?
a) Giardíase
b) Ascaridíase
c) Ancilostomíase
d) Enterobíase
e) Tricuríase
Comentários:
Lembra? Na Giardíase, em raras ocasiões, poderá ser realizada biópsia duodenal, com
identificação de trofozoítos.
Gabarito Letra: A

(FUNRIO/IF-PA/2016)
Infecção causada por protozoários que atinge, principalmente, a porção superior do intestino
delgado, sendo, na maioria dos casos assintomática, mas quando sintomática pode apresentar-
se de forma aguda com diarreia, acompanhada de dor abdominal (enterite aguda) ou de
natureza crônica, caracterizada por fezes amolecidas, com aspecto gorduroso, fadiga, anorexia,
flatulência e distensão abdominal. Tem seu modo de transmissão por via fecal-ora direta, pela
contaminação das mãos e consequentemente ingestão de cistos existentes em dejetos de
pessoas infectadas, quando indireta, por meio da ingestão de água ou alimento contaminado.
Esta infecção é conhecida como
a) Escabiose.
b) Botulismo.
c) Shigelose.
d) Giardíase.
e) Histoplasmose.
Comentários:
A cada dica do enunciado você deve riscar a alternativa que não se adequa. Veja que intestino
deslgado e transmissão fecal oral já te indicam a giardíase.

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Gabarito Letra: D.

1.12 - DOENÇA DE CHAGAS

Doença de Notificação compulsória, causada pelo protozoário flagelado Trypanosoma cruzi. A


infecção gera duas fases clínicas: uma aguda, que pode ou não ser identificada, podendo evoluir
para uma fase crônica.

Os fatores que determinam e condicionam a sua ocorrência refletem a forma como a população
humana ocupa e explora o ambiente em que vive. Questões como migrações humanas não
controladas, degradação ambiental e precariedade de condições socioeconômicas (habitação,
educação, entre outras) inserem-se nesses fatores.

A maioria das espécies de triatomíneos deposita seus ovos livremente no ambiente, entretanto,
algumas espécies possuem substâncias adesivas que fazem com que os ovos fiquem aderidos ao
substrato. Essa é uma característica muito importante, uma vez que ovos aderidos às penas de aves
e outros substratos podem ser transportados passivamente por longas distâncias, promovendo a
dispersão da espécie.

A introdução no domicílio de materiais com ovos aderidos (como folhas de palmeiras para cobertura
de casas e lenha) podem favorecer o processo de colonização.

Desse modo, como parasita de animais silvestres, podemos encontrar diferentes espécies de
mamíferos sustentando diferentes ciclos de transmissão os quais podem estar isolados ou
conectados. Esse caráter é particular e único para cada localidade.

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Alguns animais silvestres como quatis, mucuras e tatus aproximam-se das casas, frequentando
galinheiros, currais e depósitos na zona rural e periferia das cidades. Em alguns casos, como os
morcegos, compartilham ambientes com o homem e animais domésticos. Desse modo, essas
espécies podem estar servindo como fonte de infecção aos insetos vetores que ocupam os mesmos
habitats dos humanos

Formas de Transmissão:
✓Vetorial: ocorre por meio das fezes dos triatomíneos, também conhecidos como “barbeiros” ou
“chupões”. Esses, ao picarem os vertebrados, em geral defecam após o repasto, eliminando formas
infectantes de tripomastigotas metacíclicos, que penetram pelo orifício da picada ou por solução de
continuidade deixada pelo ato de coçar;
✓Transfusional/Transplante: ocorre pela passagem por transfusão de sangue e/ou
hemocomponentes ou transplante de órgãos de doadores infectados a receptores sadios;
✓Vertical ou Congênita: ocorre pela passagem de parasitas de mulheres infectadas pelo T.cruzi para
seus bebês durante a gestação ou o parto;

✓Oral: ocorre pela ingestão de alimentos contaminados com parasitas provenientes de triatomíneos
infectados ou, ocasionalmente, por secreção das glândulas de cheiro de marsupiais (mucura ou
gambá);
✓Acidental: ocorre pelo contato da pele ferida ou de mucosas com material contaminado (sangue
de doentes, excretas de triatomíneos, animais contaminados) durante manipulação em laboratório
(acidental), em geral sem o uso adequado de equipamentos de proteção individual.

Após a entrada do parasito no organismo, basicamente ocorrem duas etapas fundamentais na


infecção humana pelo T. cruzi:
I. Fase Aguda (Inicial): predomina o parasito circulante na corrente sanguínea, em quantidades
expressivas. As manifestações de doença febril podem persistir por até 12 semanas. Nessa fase os
sinais e sintomas podem desaparecer espontaneamente, evoluindo para a fase crônica, ou progredir
para formas agudas graves, que podem levar ao óbito.

II. Fase Crônica: existem raros parasitos circulantes na corrente sanguínea. Inicialmente, essa fase é
assintomática e sem sinais de comprometimento cardíaco e/ou digestivo. Pode apresentar-se como
uma das seguintes formas:
✓Forma Indeterminada: paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelho
circulatório (clínica, eletrocardiograma e radiografia de tórax normais) e do aparelho digestivo

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(avaliação clínica e radiológica normais de esôfago e cólon). Esse quadro poderá perdurar por toda
a vida da pessoa infectada ou pode evoluir tardiamente para uma das formas a seguir;
✓Forma Cardíaca: evidências de acometimento cardíaco que, freqüentemente, evolui para quadros
de miocardiopatia dilatada e insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Essa forma ocorre em cerca de
30% dos casos crônicos e é a maior responsável pela mortalidade na doença de Chagas crônica;
✓Forma Digestiva: evidências de acometimento do aparelho digestivo que, freqüentemente, evolui
para megacolon ou megaesôfago. Ocorre em cerca de 10% dos casos;
✓Forma Associada (Cardiodigestiva): ocorrência concomitante de lesões compatíveis com as formas
cardíacas e digestivas. A fase crônica da doença de Chagas (DCC) evolui para óbito em cerca de 1%
a 10% dos casos estudados e não tratados, especialmente em crianças.

A manifestação mais característica é a febre, sempre presente, usualmente prolongada, constante


e não muito elevada (37,5º a 38,5º C), podendo apresentar picos vespertinos ocasionais.

Sintomatologia Inespecífica:
Na maioria dos casos aparentes, ocorrem:
✓Prostração, diarreia, vômitos, inapetência, cefaleia, mialgias, aumento de gânglios linfáticos;
✓Manchas vermelhas na pele, de localização variável, com ou sem prurido;
✓ Crianças menores freqüentemente ficam irritadiças, com choro fácil e copioso.

Sintomatologia Específica:
✓Miocardite difusa com vários graus de severidade;
✓Pericardite, derrame pericárdico, tamponamento cardíaco;
✓Cardiomegalia, insuficiência cardíaca, derrame pleural.

São Comumente Observados:


✓Edema de face, membros inferiores ou generalizado;
✓Tosse, dispneia, dor torácica, palpitações, arritmias;
✓Hepatomegalia e/ou esplenomegalia leve a moderada.

Sinais de porta de entrada, próprios da transmissão vetorial, como o sinal de Romaña (foto abaixo)
- edema bipalpebral unilateral por reação inflamatória à penetração do parasito na conjuntiva e

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adjacências ou o chagoma de inoculação (lesões furunculóides não supurativas em membros, tronco


e face, por reação inflamatória à penetração do parasito, que se mostram descamativas após duas
ou três semanas), são menos frequentes atualmente.

http://3.bp.blogspot.com/-PFnKBsc3otE/USLqTS4C0OI/AAAAAAAAABo/z-N8RWqro-E/s1600/celulitesss.jpg

Diagnóstico:
Fase Aguda - O diagnóstico se dá tanto por método direto (gota espessa), quando na fase aguda, ou
ainda, pelo método indireto (xenodiagnóstico), sorologias e/ou cultura.

✓O critério parasitológico é definido pela presença de parasitos circulantes demonstráveis no exame


direto (gota espessa) do sangue periférico.
Ex. Pesquisa a fresco de tripanossomatídeos: é a primeira alternativa por ser rápida, simples, custo-
efetiva e mais sensível do que o esfregaço corado. O ideal é que o paciente esteja febril no ato da
coleta ou em coleta posterior a 12-24 horas após, se a primeira for negativa e a suspeita clínica
persistir;
Em casos suspeitos de transmissão vertical, é importante confirmar o diagnóstico sorológico da mãe.
Se for confirmada a infecção materna, exame parasitológico do recém-nascido deve ser realizado.
Se este resultar reagente, a criança deve ser submetida ao tratamento etiológico imediatamente.

✓Por sua vez, o critério sorológico é baseado na presença de anticorpos antiT. cruzi da classe IgM
no sangue periférico, particularmente quando associada a alterações clínicas e epidemiológicas
sugestivas.
As metodologias utilizadas são a hemoaglutinação indireta (HAI), a imunofluorescência indireta (IFI)
e o método imunoenzimático (ELISA).

Fase Crônica - O diagnóstico na fase crônica é essencialmente sorológico e deve ser realizado
utilizando-se um teste de elevada sensibilidade em conjunto com outro de alta especificidade. Os
testes de HAI, IFI e ELISA são os indicados para determinar o diagnóstico. Considera-se indivíduo
infectado na fase crônica aquele que apresenta anticorpos antiT. cruzi da classe IgG, detectados por
meio de dois testes sorológicos de princípios distintos ou com diferentes preparações antigênicas.

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Tratamento:
O Benznidazol é a droga disponível para o tratamento específico da DC. O Nifurtimox pode ser
utilizado como alternativa em casos de intolerância ao Benznidazol, embora seja um medicamento
de difícil obtenção.

O tratamento etiológico tem como objetivos: curar a infecção, prevenir lesões orgânicas ou a
evolução delas e diminuir a possibilidade de transmissão do T. cruzi.

Por esses motivos, recomenda-se o tratamento em crianças e adultos jovens, na forma crônica
indeterminada e nas formas cardíaca leve e digestiva. Em virtude da toxicidade das drogas
disponíveis, não é recomendado o tratamento durante a gestação, a menos que se trate de caso
agudo e grave.

(AOCP/EBSERH/2015)
O diagnóstico da Doença de Chagas, em sua fase aguda, pode ser feito por meio do exame:
a) parasitológico de fezes.
b) gota pendente.
c) cultura.
d) gota espessa.
e) hemograma.
Comentários:
Fase aguda pode se diagnosticar por gota espessa.
Gabarito Letra: D

(CESPE/STJ/2018)
A respeito de agentes infecciosos e parasitários, julgue o item subsecutivo.
Os protozoários que parasitam o homem podem habitar diferentes tecidos ou órgãos, como o
Trypanosoma cruzi, presente no sangue, a Giardia lamblia, no intestino, ou as Trichomonas,
Comentários:

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Exato. Cada agente tem seu habitat habitual de infecção.


Gabarito Letra: Correto.

(FCC/EBSERH/2016)
A doença de Chagas (DC) é endêmica em 21 países do continente americano, e estima-se que
entre 6 e 7 milhões de pessoas estejam infectadas, embora mais de 90% delas desconheçam a
infecção por falta de oportunidade de diagnóstico.
Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F) e assinale a alternativa que
apresenta a sequência correta.
( ) Xenodiagnóstico é um método muito sensível na fase aguda, podendo chegar a 100% de
positividade. Esta técnica é a mais indicada uma vez que reproduz os resultados
imediatamente.
( ) Na fase aguda, observam-se: alta parasitemia, presença de anticorpos (Ac) inespecíficos e
início de formação de Ac específicos (IgM e IgG) que podem atingir níveis elevados. Nesta fase,
recomenda-se: pesquisa direta e, se necessário, pesquisa indireta do parasito.
( ) Na fase crônica, observam-se: baixíssima parasitemia e presença de anticorpos específicos
(igG ). Nesta fase, a presença de anticorpos IgM é discutida, só sendo detectada
esporadicamente em baixos títulos. Recomendam-se métodos sorológicos como
imunofluorescência indireta, ELISA (Enzime-linke-dimmunosorbent-assay), hemaglutinação
indireta ou fixação de complemento ou a pesquisa do parasito por métodos indiretos como
xenodiagnóstico, hemocultura ou inoculação em animais de laboratório.
( ) Enzime-linked-immunosorbent-assay (ELISA) é uma técnica que também detecta classes
específicas de anticorpos e, portanto, é indicada para o diagnóstico de fase aguda da doença,
utilizando-se conjugado anti-IgM.
a) V; V, V; F
b) F; V, V; F
c) V; V, V; V
d) F; F, V; V
e) F; V, V; V
Comentários:
Item I errado.
Xenodiagnóstico é um método parasitológico indireto utilizado na fase crônica - devido a
parasitemia pouco evidente nesta fase.
Item II correto.

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Item III correto.


Item IV correto.
Gabarito Letra: E.

1.13 - CHIKUNGUNYA

Doença viral causada por vírus (RNA) do gênero Alphavirus e transmitido por Aedes aegypti ou
Aedes albopictus através da picada da fêmea do mosquito infectado, além da transmissão vertical
e transfusional. Apresenta incubação de 3 a 7 dias.

O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 3 a 7 dias (podendo
variar de 1 a 12 dias). O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média dez dias. O período de
viremia no ser humano pode perdurar por até dez dias e, geralmente, inicia-se dois dias antes da
apresentação dos sintomas, podendo perdurar por mais oito dias.

A doença pode evoluir em três fases: AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA. Após o período de incubação
inicia-se a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com
persistência das dores articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda, com
duração até 3 meses. Quando a duração dos sintomas persiste até 3 meses atingem a fase crônica.

Os sinais e sintomas TÍPICOS característicos são: EXANTEMA, febre baixa ou ausente, hiperemia
conjuntival, cefaleia, ARTRALGIA, mialgia, exantema maculopapular e prurido. Sintomas gástricos
são raros e não há hemorragia, plaquetopenia, linfopenia e neutropenia.

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Já as manifestações ATÍPICAS estão apresentadas, a seguir:

==0==

Além da AVALIAÇÃO CLÍNICA, o diagnóstico se baseia na dosagem de PCR , IgG e IgM.


O TRATAMENTO é sintomático com analgésicos, antitérmicos, avaliação quanto ao uso de
corticoides e muita hidratação.

CONDUTA - A terapia utilizada é de suporte sintomático, hidratação e repouso. A droga de escolha


é o paracetamol, podendo ser utilizada a dipirona para alívio da dor e febre.
Nos casos da dor refratária à dipirona e ao paracetamol, podem ser utilizados os analgésicos opióides
como cloridrato de tramadol e codeína.
A princípio deve ser selecionado a menor dose analgésica eficaz. Entre os efeitos adversos estão as
náuseas, vômitos, secura da boca, dor de cabeça, tontura e sonolência.
Obs.: Corticoide (Ex. prednisona) está indicado apenas para os casos com dor articular subaguda e
crônica não responsiva a AINE e analgésicos, em pacientes com dor moderada a intensa, poli
articular, debilitante.

(FCC/TRT - 20ª REGIÃO/2016)


O profissional de saúde que presta atendimento ao paciente com Chikungunya deve estar
atento aos sinais de gravidade e critérios de hospitalização, que são, dentre outros,
a) hipotensão arterial, dor torácica e sangramentos de mucosas.

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b) prurido, dor na articulação e disúria.


c) conjuntivite, hipotermia e icterícia.
d) manchas na pele, dispneia e dispareunia.
e) febre, hipertrofia ganglionar e polaciúria.
Comentários:
Os sinais de gravidade incluem hipotensão, dispneia, sinais de choque, dispneia, dor torácica,
sangramento de mucosas, vômitos, etc.
Gabarito Letra: A.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Paciente masculino, 18 anos, procurou a unidade de pronto atendimento apresentando
sintomas de febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos e
manchas vermelhas na pele. Foi diagnosticado como caso suspeito de Chikungunya. Em relação
a essa doença, assinale a alternativa correta.
a) É causada por uma bactéria que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
b) O tratamento é específico com uso de poliquimioterapia para Chikungunya mais ácido
acetilsalicílico.
c) Não se trata de doença de notificação compulsória, pois já é considerada endêmica no Brasil.
d) Já foi identificada a transmissão sexual dessa doença.
e) Como prevenção, é fundamental implementar ações para eliminação de focos do vetor que
transmite a doença.
Comentários:
Alternativa “a” - errada.
É uma infecção viral transmitida pelo vetor Aedes aegypti.
Alternativa “b” - errada.
Tratamento sintomático com analgésicos, antitérmicos e avaliação do uso de corticoides.
Alternativa “c” - errada.
Faz parte da lista de NC.
Alternativa “d” - errada.
Não há transmissão sexual deste vírus.
Alternativa “e” - correta.

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Gabarito Letra: E

(IBFC/EBSERH/2016)
O vírus Chikungunya é originário da África, onde foi identificado originalmente na Tanzânia em
casos humanos febris e em mosquitos Aedes Aegypti. Sobre a Febre de Chikungunya, assinale
a alternativa correta.
a) Os principais hospedeiros dos arbovírus são humanos e primatas não humanos, além de
outros vertebrados como roedores, pássaros e pequenos mamíferos.
b) O período de incubação extrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 10 a 14 dias
(podendo variar de 5 a 28 dias).
c) O período de incubação intrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 20 dias.
d) Depois do período de incubação intrínseco, o mosquito é capaz de transmitir o vírus a um
hospedeiro suscetível, como o ser humano. Em seguida, o mosquito permanece infectante por
apenas 4 semanas.
e) O período de viremia no ser humano pode perdurar por até 30 dias e, geralmente, inicia-se
10 dias antes da apresentação dos sintomas.
Comentários:
Alternativa “a” – correta.
Alternativa “b” - errada.
O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano é em média de 3 a 7 dias
(podendo variar de 1 a 12 dias).
Alternativa “c” - errada.
O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 10 dias. Os mosquitos adquirem o vírus a
partir de um hospedeiro virêmico.
Alternativa “d” - errada.
Depois do período de incubação extrínseca, o mosquito é capaz de transmitir o vírus a um
hospedeiro suscetível, como o ser humano. Em seguida o mosquito permanece infectante até
o final da sua vida (6 a 8 semanas).
Alternativa “e” - errada.
O período de viremia no ser humano pode perdurar por até 10 dias e, geralmente, inicia-se
DOIS dias antes da apresentação dos sintomas.
Gabarito Letra: A.

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(FCC/TRT - 3ª REGIÃO/2015)
O clima quente e a umidade em áreas urbanas favorecem criadouros para a proliferação do
mosquito Aedes aegypti, o vetor de doenças tropicais como:
a) malária e febre amarela.
b) hantavirose e febre do Nilo Ocidental.
c) febre de Chikungunya e leishmaniose visceral.
d) malária e doença de Creutzfeldt-Jakob.
e) dengue e febre de Chikungunya.
Comentários:
O clima quente favorece a proliferação do Aedes aegypti, vetor da dengue, Chikungunya e Zica.
Gabarito Letra: E

(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


Na fase aguda de Chikungunya, a maioria dos casos pode ser acompanhado
ambulatorialmente. O Ministério da Saúde recomenda:
I. Utilizar compressas frias de 4 em 4 horas por 20 minutos, como medida analgésica, nas
articulações acometidas.
II. Estimular a hidratação oral dos pacientes adultos (2 litros no período de 24 horas).
III. Estimular atividades físicas de sobrecarga para as articulações.
IV. Manter os membros inferiores posicionados em proclive.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e IV.
c) I e II.
d) II e III.
e) III e IV.
Comentários:
Item I - correto.
Item II - correto.
Item III – errado.

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As articulações podem estar extremamente edemaciadas, sendo contraindicado atividades


físicas que esforçam as mesmas.
Item IV – errado.
Proclive mantém os MMII abaixo do corpo, o que piorará o edema nos MMII (articulações).
Gabarito Letra: C.

1.14 - ZIKA VÍRUS

Doença viral, evolução benigna, autolimitada, cuja transmissão também ocorre pelo Aedes aegypti,
mas também crescem estudos a respeito da transmissão por via ocupacional, perinatal e sexual.

O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 2 a 7 dias.

Os sintomas são: febre (nem sempre presente e autolimitada), hiperemia ocular, cefaleia, artralgias
exantema maculopapular, frequentemente com prurido e, menos frequente, odinofagia (dor a
deglutição).

TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para febre por Zika. O tratamento dos casos sintomáticos
recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da
febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser
considerados.

No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico (AAS) e outras drogas anti-
inflama0tórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas
nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.
Com relação à ligação do vírus Zika com a microcefalia em crianças, há fortes evidências e os estudos
prosseguem.

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Vamos comparar!

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/09/Microcefalia---Protocolo-de-vigil--ncia-e-resposta---vers--o-1----
09dez2015-8h.pdf

(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


A febre pelo Zika vírus é uma doença febril aguda, autolimitada que, via de regra, não se associa
a complicações graves, e que leva a uma baixa taxa de hospitalização. Quando sintomática,
dentre outras manifestações clínicas, causa:

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a) mialgia, cardiomegalia e, com grande frequência, alterações gastrointestinais,


principalmente vômitos.
b) exantema maculopapular, artralgia que pode persistir por, aproximadamente, um mês e
menos frequentemente odinofagia.
c) febre alta, cefaleia, hiperemia conjuntival e, frequentemente, edema de membros inferiores,
principalmente na região do tornozelo.
d) tosse seca, formigamento de extremidades, polaciúria e bromidrofobia provocando lesões
na pele.
e) febre, artralgia, exantema de Koplick e, menos frequentemente, a coprofagia ocasionando
tosse, falta de ar e fadiga muscular.
Comentários:
A sintomatologia clássica do Zika inclui exantema maculopapular, frequentemente com
prurido, artralgia, febre (às vezes e baixa) e cefaleia. A presenta de odinofagia PODE ocorrer.
Gabarito Letra: B

(INSTITUTO AOCP/EBSERH 2016)


Paciente, 26 anos, sexo masculino, proveniente do Estado da Bahia, procurou a unidade de
saúde apresentando exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia
conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e cefaleia, com diagnóstico médico
de ZIKA vírus. Sobre essa doença, assinale a alternativa correta.
a) A grande maioria dos casos evolui para insuficiência respiratória aguda grave.
b) O tratamento é específico e se dá com antibioticoterapia de amplo espectro.
c) Deve-se proceder à vacinação dos familiares e contatos próximos.
d) As medidas de prevenção e controle dessa doença são semelhantes às da dengue e
Chikungunya.
e) A principal via de transmissão dessa doença é por contato direto da pessoa saudável com
pessoas infectadas.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
A minoria dos casos pode se agravar.
Alternativa “b” – errada.
O tratamento é sintomático e incluem analgésicos e anti-inflamatórios. Não é indicado nenhum
medicamento a base de ácido acetil salicílico nem anti-inflamatórios não esteroidais.

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Alternativa “c” – errada.


Não há vacinação para a Zika.
Alternativa “d” – correta.
Alternativa “e” – errada.
Gabarito Letra: D.

(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


Apesar de existirem relatos de transmissão ocupacional, perinatal e sexual do Zika vírus, para
fins de ações de prevenção e controle da doença o Ministério da Saúde considera que o
principal modo de transmissão é
a) por fômites.
b) pelas vias aéreas.
c) por contato direto.
d) pela saliva.
e) por vetores.
Comentários:
A transmissão até então certa do Zika vírus se dá pelo vetor Aedes aegypt.
Gabarito Letra: E.

(CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS-MA/2017)


O Zika vírus tornou-se causa de calamidade pública no Brasil, tanto por sua propagação quanto
por sua associação aos casos de
a) abortos espontâneos.
b) mortalidade materna.
c) anomalias genéticas.
d) microcefalia.
e) nascimentos prematuros.
Comentários:
Há forte evidência da ligação da infecção por Zika e casos de microcefalia, mas os estudos ainda
não se finalizaram a respeito.
Gabarito Letra: D

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(FCC/TRT - 11ª REGIÃO/2017)


Utilizar telas em janelas e portas e usar roupas compridas são orientações fornecidas pelo
profissional de saúde à população com o objetivo de prevenir a transmissão do:
a) câncer de pele.
b) Zika vírus.
c) vírus da gripe H1N1.
d) vitiligo.
e) sarampo.
Comentários:
Esse tipo de prevenção diz respeito à proteção contra vetores, logo, quanto à proteção do Zika
vírus.
Gabarito Letra: B.

(FCC/TRT - 11ª REGIÃO/2017)


Após utilizar o oxímetro de pulso em um paciente portador do Zika vírus, e antes de utilizá-lo
em outro paciente, o profissional de enfermagem deve realizar como processamento mínimo
a
a) desinfecção de alto nível.
b) limpeza e/ou desinfecção de baixo nível.
c) esterilização com vapor úmido.
d) autoclavação com vapor saturado.
e) desinfecção por formaldeído.
Comentários:
O equipamento é não crítico e exige desinfecção de baixo nível.
Gabarito Letra: B.

(IBFC/EBSERH/2017)
Sobre a doença Zika vírus, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores.

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II. Está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório


de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.
III. A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril crônica, com duração de 10 a 17
dias, com complicações graves e alguns registros de mortes.
IV. A taxa de hospitalização é potencialmente alta.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV
b) I, III e IV, apenas
c) III e IV, apenas
d) I e II, apenas
e) I, II e III, apenas
Comentários:
Item I – correto.
Item II – correto.
Item III – errado.
A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril AGUDA, AUTOLIMITADA com duração
de 3 a 7 dias s, geralmente SEM complicações graves e NÃO HÁ registros de mortes.
Item IV – errado.
A taxa de hospitalização é potencialmente BAIXA.
Gabarito Letra: D.

1.15 - HIV/AIDS

O HIV é um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae, interfere no sistema


imunológico da pessoa infectada, mais especificamente, os linfócitos TCD4.

Tudo começa pela ligação de alta afinidade da glicoproteína GP 120 com a molécula de CD 4,
expressa predominantemente em linfócitos T helper ou TCD4´, que são os “maestros” da resposta
imune. A molécula de CD4 está expressa também em monócitos/macrófagos e células dendríticas /
células de Langerhans.

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Uma vez ligado à molécula de CD4, a GP120 sofre uma alteração que permite que haja ligação com
correceptores correspondentes que promovem uma alteração da membrana celular permitindo a
ação do GP 41 que determina a fusão do vírus e sua entrada na célula infectada.
Já no citoplasma da célula infectada, ocorre a retirada da camada proteica capsídeo com facilitação
da ação da transcriptase reversa e formação do complexo de pré integração formado pelo RNA viral,
enzimas virais e proteínas acessórias cercadas pelo capsídeo e proteínas de matriz.
A enzima transcriptase reverse produz então o DNA pró viral de dupla fita do HIV que com a ativação
da célula infectada, tem acesso ao poro nuclear e é exportado para o núcleo se incorporando ao
genoma da célula hospedeira por ação da enzima integrasse.

Veja as fases da doença:


A INFECÇÃO AGUDA causa a denominada Síndrome Retroviral, é autolimitada e a maior parte dos
sinais e sintomas desaparece em três a quatro semanas. Os principais achados clínicos de SRA
incluem febre, adenopatia, faringite, exantema, mialgia e cefaleia. A SRA pode cursar com febre alta,
sudorese e linfadenomegalia, comprometendo principalmente as cadeias cervicais anterior e
posterior, submandibular, occipital e axilar. Podem ocorrer, ainda, esplenomegalia, letargia, astenia,
anorexia e depressão.
Alguns pacientes desenvolvem exantema de curta duração após o início da febre (frequentemente
inferior a três dias), afetando geralmente a face, pescoço e/ou tórax superior, mas podendo se
disseminar para braços, pernas, regiões palmares e plantares. Sintomas digestivos, como náuseas,
vômitos, diarreia, perda de peso e úlceras orais podem estar presentes.
Entretanto, o comprometimento do fígado e do pâncreas é raro na SRA. Cefaleia e dor ocular são as
manifestações neurológicas mais comuns, mas pode ocorrer também quadro de meningite
asséptica, neurite periférica sensitiva ou motora, paralisia do nervo facial ou síndrome de Guillain-
Barré.
Na fase de LATÊNCIA CLÍNICA, o exame físico costuma ser normal, exceto pela linfadenopatia, que
pode persistir após a infecção aguda. Enquanto os valores de linfócitos T-CD4+ (LT-CD4+) permanece
acima de 350 células/mm, há aumento dos episódios infecciosos tais como as infecções respiratórias
ou mesmo tuberculose.

Posteriormente, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm³ e o aparecimento de


infecções oportunistas e neoplasias é definidor da SÍNDROME DA Imunodeficiência ADQUIRIDA
(AIDS), tais como pneumocistose, neurotoxoplasmose, tuberculose pulmonar, meningite
criptocócica e retinite por citomegalovírus, sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo
uterino.

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A tuberculose deve ser pesquisada em todas as consultas, mediante o questionamento sobre a


presença dos seguintes sintomas: tosse, febre, emagrecimento e/ou sudorese noturna. A presença
de qualquer um desses sintomas pode indicar TB ativa e deve ser investigada.

Com relação à tuberculose, a prova tuberculínica (PT) é importante para o diagnóstico da infecção
latente da tuberculose (ILTB) e constitui um marcador de risco para o desenvolvimento de
tuberculose ativa, devendo ser realizada em todas as pessoas vivendo com HIV e que sejam
assintomáticas para tuberculose. O tratamento da infecção latente com isoniazida é recomendado
para todas as PVHA com PT ≥ 5 mm, desde que excluída tuberculose ativa.

O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da Imunodeficiência


Adquirida (aids). Entre as infecções oportunistas destacam-se: pneumocistose, neurotoxoplasmose,
tuberculose pulmonar atípica ou disseminada, meningite criptocócica e retinite por citomegalovírus.

As neoplasias mais comuns são sarcoma de Kaposi, linfoma não Hodgkin e câncer de colo uterino,
em mulheres jovens. Nessas situações, a contagem de LT-CD4+ está abaixo de 200 células/mm³, na
maioria das vezes. Além das infecções e das manifestações não infecciosas, o HIV pode causar
doenças por dano direto a certos órgãos ou por processos inflamatórios, tais como miocardiopatia,
nefropatia e neuropatias que podem estar presentes durante toda a evolução da infecção pelo HIV-
1.

A infecção pelo HIV tem um acometimento sistêmico; é necessário, portanto, estar atento a sinais
clínicos comumente associados à doença. O exame físico deve incluir a aferição da pressão arterial,
peso, altura, cálculo do índice de massa corpórea e medida da circunferência abdominal. Veja a
imagem:

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http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_manejo_hiv_adultos.pdf

A abordagem laboratorial no início do acompanhamento clínico auxilia a avaliação da


condição geral de saúde, a indicação de início de TARV e a pesquisa de comorbidades. Veja abaixo
os exames que devem ser solicitados na primeira consulta:
✓Hemograma
✓Contagem de LT-CD4+ e carga viral do HIV
✓Avaliação hepática e renal (AST, ALT, Cr, Ur, Na, K, exame básico de urina)
✓Exame parasitológico de fezes
✓Testes não treponêmicos (VDRL ou RPR)
✓Testes para hepatites virais (anti-HAV, anti-HCV, HBs Ag, anti-HBcT e anti-HBs para verificação de
imunização)
✓IgG para toxoplasma
✓Sorologia para HTLV I e II e Chagas (considerar triagem na rotina para indivíduos oriundos de áreas
endêmicas)
✓Dosagem de lipídios
✓Glicemia de jejum
✓Radiografia de Tórax

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✓Prova tuberculínica (PT)

Adultos e adolescentes que vivem com HIV podem receber todas as vacinas do calendário nacional,
desde que não apresentem deficiência imunológica importante.
À medida que aumenta a imunodepressão, eleva-se também o risco relacionado à administração de
vacinas de agentes vivos, bem como se reduz a possibilidade de resposta imunológica consistente.
Sempre que possível, deve-se adiar a administração de vacinas em pacientes sintomáticos ou com
imunodeficiência grave (contagem de LT-CD4+ < 200 células/mm3), até que um grau satisfatório de
reconstituição imune seja obtido com o uso de terapia antirretroviral, o que proporciona melhora
na resposta vacinal e redução do risco de complicações pós-vacinais.
A administração de vacinas com vírus vivos atenuados (poliomielite oral, varicela, rubéola, febre
amarela, sarampo e caxumba) em pacientes com imunodeficiência deve ser condicionada à análise
individual de risco-benefício e não deve ser realizada em casos de imunodepressão grave. O
raciocínio é o seguinte:

http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_clinico_manejo_hiv_adultos.pdf

A TRANSMISSÃO ocorre via sexual, transfusional, acidente/compartilhamento com material


perfurocortante e verticalmente.
O aumento do risco cardiovascular em pessoas portadoras do vírus da AIDS está relacionado a
inúmeros fatores, incluindo alterações no perfil lipídico e a indução de alterações vasculares. O
estado inflamatório crônico decorrente da infecção pelo HIV e o uso de antirretrovirais estão
associados a alterações metabólicas e a um estado mais “aterogênico” nessa população. Além disso,
a mudança no perfil metabólico determina o desenvolvimento de resistência à insulina e, em alguns
casos, de diabetes mellitus.

Diagnóstico
Os testes para detecção da infecção pelo HIV são principalmente empregados em três situações:
para triagem sorológica do sangue doado e garantia da segurança do sangue, hemoderivados e
órgãos para transplante; para os estudos de vigilância epidemiológica; e para realizar o diagnóstico
da infecção pelo HIV.

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A tabela abaixo representa os marcadores da infecção pelo HIV na corrente sanguínea de acordo
com o período que surgem após a infecção, seu desaparecimento ou manutenção ao longo do
tempo:

Quando um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de


apresentar um falso resultado negativo.

Janela imunológica : intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira detecção
de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo.

Os Testes Rápidos (TR) são imunoensaios (IE) simples, que podem ser realizados em até 30 minutos.
Como consequência do desenvolvimento e da disponibilidade de testes rápidos, o diagnóstico do
HIV atualmente pode ser realizado em ambientes laboratoriais e não laboratoriais, permitindo
ampliar o acesso ao diagnóstico.
Existem vários formatos de TR, e os mais frequentemente utilizados são: dispositivos (ou tiras) de
Imunocromatografia (ou fluxo lateral), Imunocromatografia de dupla migração (DPP), dispositivos
de imunoconcentração e fase sólida.
Podem ser realizados com fluido oral, soro, plasma ou sangue total (o que permite o uso de amostras
obtidas por punção digital). São simples de executar e podem ser utilizados fora do ambiente de
laboratório por pessoal capacitado.
Com o objetivo de ampliar o acesso ao diagnóstico do HIV no Brasil e habilitar o maior número de
profissionais de saúde para realizar esses testes, o DDAHV oferece modelos de treinamento
presencial ou à distância, que aborda vários aspectos relativos à qualidade, segurança e execução
do TR.

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As gestantes que forem diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento
com os medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e, se orientado pelo médico, também
no parto. O tratamento previne a transmissão vertical do HIV para a criança.

O recém-nascido deve receber o medicamento antirretroviral (xarope) e ser acompanhado no


serviço de saúde. Recomenda-se também a não amamentação, evitando a transmissão do HIV para
a criança por meio do leite materno.
Segundo o Ministério da Saúde o primeiro atendimento após a exposição ao HIV é uma urgência
médica. A profilaxia antirretroviral pós-exposição (PEP) deve ser iniciada o mais precocemente
possível, idealmente nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo como limite as 72 horas
subsequentes à exposição após qualquer situação em que exista risco de contato com o HIV, tais
como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional (com instrumentos
perfurocortantes ou contato direto com material biológico). O tratamento dura 28 dias e a pessoa
deve ser acompanhada pela equipe de saúde por 90 dias.

Vamos aos esquemas de tratamento básicos:

A associação de tenofovir com lamivudina (TDF/3TC) apresenta um perfil de toxicidade favorável em


relação à lipoatrofia e à toxicidade hematológica quando comparada ao AZT, e permite tomada única
diária. Essa associação é também recomendada para os casos de coinfecção HIV-HBV.
O EFV apresenta posologia confortável (1 comprimido ao dia), facilitando a adesão ao tratamento.
Promove supressão da replicação viral por longo prazo e possui perfil de toxicidade favorável. Seus
efeitos adversos mais comuns – tonturas, alterações do sono, sonhos vívidos e alucinações –
costumam desaparecer após as primeiras duas a quatro semanas de uso.
Para os casos em que o esquema TDF + 3TC + EFV esteja contraindicado, deve-se proceder da
seguinte maneira:

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1) AZT + 3TC: A associação de zidovudina com lamivudina (AZT/3TC) é uma das mais estudadas em
ensaios clínicos randomizados: apresenta eficácia e segurança equivalentes a outras combinações
de dois ITRN/ITRNt, sendo habitualmente bem tolerada. Está disponível em coformulação no
Sistema Único de Saúde (SUS), o que contribui para maior comodidade posológica, devendo-se
ingerir 1 comprimido 2 vezes ao dia.
Os ITRN estão mais associados a toxicidade mitocondrial, hiperlactatemia e acidose lática. A
toxicidade hematológica é um dos principais efeitos adversos do AZT, o que pode resultar na
necessidade de sua substituição.
2) ABC + 3TC: A combinação de abacavir com lamivudina (ABC/3TC) é alternativa para os pacientes
com intolerância ou contraindicação aos esquemas com TDF/3TC ou AZT/3TC. Alguns ensaios
clínicos mostram que essa associação apresentou maior risco de falha virológica em pacientes com
carga viral mais elevada, devido à baixa barreira genética. Reações de hipersensibilidade estão
relacionadas ao início do tratamento com ABC.
3) ddI + 3TC: A combinação de didanosina com lamivudina (ddI/3TC) é recomendada na terapia
inicial apenas nas situações de intolerância ao AZT, TDF e ABC. Pancreatite e neuropatia periférica
estão relacionadas ao uso do ddI.

Os principais efeitos adversos observados no início do tratamento antirretroviral são:

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Na maioria dos indivíduos, o início da TARV é acompanhado por elevação da contagem de linfócitos
T-CD4 e recuperação imune.
Geralmente isso ocorre no primeiro ano de tratamento; depois se observa uma estabilidade seguida
de melhora no segundo ano. Entretanto, a imunossupressão severa pode persistir em algumas
pessoas, especialmente aqueles que apresentaram níveis muito baixos de CD4 ao iniciar o
tratamento. Essa falha na recuperação do CD4 deve servir para alertar a equipe de saúde para
potenciais problemas na adesão ou não resposta primária à TARV.

Basicamente, tais medicamentos atuam em uma dessas funções: (mas não costuma ser
cobrado!)
✓Inibidor nucleosídeo da Transcriptase Reversa
✓Inibidor não nucleosídeo da Transcriptase Reversa
✓Inibidor de protease
✓Inibidor de fusão
✓Inibidor de integrasse
✓Inibidores de entrada

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A adesão ao tratamento é um processo dinâmico e multifatorial que abrange aspectos físicos,


psicológicos, sociais, culturais e comportamentais, e que requer decisões compartilhadas e
corresponsabilizadas entre a pessoa que vive com HIV, a equipe de saúde e a rede social.

É muito importante que o paciente conheça as caraterísticas da doença e entenda claramente o


objetivo da terapia antirretroviral e participe da decisão de iniciá-la, compreendendo a
importância da tomada continuada e correta do medicamento, a fim de atingir uma adequada
supressão da replicação virológica.

Ainda, é essencial que o paciente tenha conhecimentos básicos sobre a doença, as formas de
transmissão, o significado e a utilidade dos exames laboratoriais (como a contagem de linfócitos
T-CD4 e a carga viral) e os possíveis efeitos adversos em curto e longo prazo relacionados à TARV.
Tendo acesso às informações e promovendo a própria autonomia, o paciente se fortalece para
enfrentar as adversidades trazidas pela doença e seu tratamento.

Facilitam a adesão:
✓Esquemas terapêuticos simplificados, como doses fixas combinadas, que permitem o uso de
diferentes medicamentos em um mesmo comprimido
✓Conhecimento e compreensão sobre a enfermidade e o tratamento
✓Acolhimento e escuta ativa do paciente pela equipe multidisciplinar
✓Vínculo com os profissionais de saúde, equipe e o serviço de saúde
✓Capacitação adequada da equipe multidisciplinar
✓Acesso facilitado aos ARV por meio do funcionamento e localização adequada da UDM
✓Parceria com Organizações da Sociedade Civil (OSC)
✓Apoio social

Por outro lado, são fatores que dificultam a adesão:


✓Complexidade do regime terapêutico (diferentes drogas, quantidade de doses)
✓Precariedade ou ausência de suporte social
✓Baixa escolaridade
✓Não aceitação da soropositividade
✓Presença de transtornos mentais, como ansiedade e depressão

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✓Efeitos colaterais do medicamento


✓Relação insatisfatória do usuário com o profissional de saúde e serviços prestados
✓Crenças negativas e informações inadequadas referentes ao tratamento e à doença
✓Dificuldade de adequação à rotina diária do tratamento
✓Abuso de álcool e outras drogas • Falta de recursos humanos na equipe
✓Dificuldade de transporte do paciente
✓Falta de material educativo
✓Medo de sofrer com a discriminação
✓Dificuldade de acesso ao serviço e aos medicamentos
✓Faixa etária do paciente (criança, adolescente e idoso)
✓Estigma relacionado à maternidade/paternidade para PVHA
✓Exclusão social

Dos diversos diagnósticos de enfermagem apontados por esses autores, seguem


alguns que podem ser estabelecidos para o indivíduo com DST/HIV/Aids:
✓Alteração da mucosa oral;
✓Ansiedade;
✓Conhecimento deficiente;
✓Déficit no autocuidado para higiene íntima;
✓Disfunção sexual;
✓Dor aguda;
✓Dor crônica;
✓Enfrentamento ineficaz;
✓Integridade da pele prejudicada;
✓Integridade tissular prejudicada;
✓Isolamento social;
✓Manutenção da saúde alterada;
✓Padrão de sexualidade alterada;
✓Risco da integridade da pele prejudicada;
✓Risco de baixa autoestima situacional;

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✓Risco de infecção; e
✓Risco de transmissão de infecção.

(FCC/TRT - 5ª REGIÃO/2013)
Uma mulher que participa de um grupo, recebe orientações sobre doenças sexualmente
transmissíveis e o risco de se adquirir ou transmitir o HIV. Esta relata ao enfermeiro que utiliza
espermicida em suas relações sexuais e que, recentemente, surgiu um processo inflamatório
no local, diagnosticado como vaginite química. Nesta situação, o enfermeiro explica, dentre
outros, que
a) o processo inflamatório é fator de risco para o aparecimento de candidíase no local e de
proteção para o HIV.
b) o processo inflamatório está relacionado com o aumento da imunidade ao HIV.
c) a vaginite química é caracterizada por um tipo de ectopia que confere proteção para HIV.
d) a vaginite química, como processo inflamatório, favorece a transmissão do HIV.
e) a vaginite química é um fator de risco para a transmissão do HIV, apenas quando associada
a uma infecção.
Comentários:
A vaginite química, ou outros processos inflamatórios locais favorecem a transmissão do HIV.
Gabarito Letra: D.

(FCC/TRT - 5ª REGIÃO/2013)
A equipe multidisciplinar em saúde, ao preparar o paciente portador de HIV/AIDS para o
tratamento, deve conhecer os fatores que facilitam a adesão, que são, dentre outros,
a) não aceitação da soropositividade e apoio social.
b) acolhimento e escuta ativa do paciente pela equipe multidisciplinar e baixa escolaridade.
c) vínculo com os profissionais de saúde, equipe e o serviço de saúde e conhecimento e
compreensão sobre a enfermidade e o tratamento.
d) capacitação adequada da equipe multidisciplinar e exclusão social.
e) medo de sofrer com a discriminação e faixa etária do paciente.
Comentários:

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Ser devidamente orientado da própria doença bem como das opções terapêuticas existentes
é fator essencial para a adesão ao tratamento, visto que se estenderá por toda a vida.
Gabarito Letra: C.

(CESGRANRIO/TRANSPETRO/2018)
Segundo orientação do Ministério da Saúde, nos casos de violência sexual, relação sexual
desprotegida, sem o uso de camisinha ou por rompimento da mesma, além da possível
ocorrência de acidente ocupacional com instrumentos perfurocortantes ou por contato direto
com material biológico contaminado, está indicada a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV, mais
conhecida pela sigla PEP.
Trata-se de uma medida de prevenção à infecção pelo HIV, que consiste no uso de medicação
com antirretrovirais em até
a) 12 h
b) 24 h
c) 36 h
d) 48 h
e) 72 h
Comentários:
O uso da medicação deve ocorrer em até 72 horas após qualquer situação em que exista risco
de contato com o HIV, tais como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente
ocupacional.
Gabarito Letra: E.

(FCC/TRT - 2ª REGIÃO/2014)
Um adolescente vivendo com HIV/AIDS e em tratamento com Efavirenz, medicamento
considerado inibidor da transcriptase reversa não análogo de nucleosídeos, necessita ser
orientado quanto aos aspectos da ingestão de alimentos. Uma orientação adequada é quanto
a
a) administrar o medicamento de estômago vazio, preferencialmente à noite.
b) ingerir alimentos gordurosos 1 hora antes de receber esse medicamento.
c) administrar o medicamento após refeição leve que contenha gordura.
d) ingerir, no máximo, 500 mL de líquido em 24 horas.

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e) evitar fracionar as refeições, na presença de disfagia e odinofagia, alimentando-se em


intervalos maiores de tempo (5/6 horas).
Comentários:
A medicação EFV pode causar tonturas, motivo pelo qual se recomenda a administração à
noite, longe de outros alimentos e ou medicamentos para evitar interação.
Gabarito Letra: A.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Sobre o significado de vulnerabilidade no caso da Aids, é correto afirmar que uma pessoa, um
grupo ou uma comunidade está vulnerável quando apresenta “pontos frágeis”, que facilitam a
exposição ao HIV. Quando se observa, no serviço de saúde, filas para atendimento, demora em
marcar consultas e atendimento realizado a cada dia por um profissional diferente, está-se
diante de uma vulnerabilidade
a) programática.
b) individual.
c) social.
d) cultural.
e) transversal.
Comentários:
Vamos a mais definições. De acordo com o artigo Os conceitos de vulnerabilidade e adesão na
Saúde Coletiva.
A dimensão individual considera o conhecimento acerca do agravo e os comportamentos que
oportunizam a ocorrência da infecção.
A dimensão programática contempla o acesso aos serviços de saúde, a forma de organização
desses serviços, o vínculo que os usuários dos serviços possuem com os profissionais de saúde,
as ações preconizadas para a prevenção e o controle do agravo e os recursos sociais existentes
na área de abrangência do serviço de saúde.
A dimensão social integra a dimensão social do adoecimento, utilizando-se de indicadores que
revelem o perfil da população da área de abrangência no que se refere ao acesso à informação,
gastos com serviços sociais e de saúde. Esta dimensão inclui o ciclo de vida, a mobilidade social
e a identidade social. Integra, ainda, as características do espaço social, as normas sociais
vigentes, as normas institucionais, as relações de gênero, as iniquidades, entre outros aspectos.
Gabarito Letra: A.

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(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
As avaliações clínica e psicossocial do paciente com diagnóstico positivo para HIV permitem
identificar os modos de enfrentamento, as dificuldades de aceitação e de viver com esse
diagnóstico. A equipe de saúde deve levar em consideração alguns fatores na elaboração do
plano terapêutico, pois esses fatores podem facilitar ou dificultar a adesão. Qual dos seguintes
fatores pode ser considerado um dificultador da adesão?
a) Esquemas terapêuticos simplificados, como doses fixas combinadas, que permitem o uso de
diferentes medicamentos em um mesmo comprimido.
b) Estigma relacionado à maternidade/paternidade para pessoas vivendo com HIV/Aids.
c) Parceria com Organizações da Sociedade Civil.
d) Acesso facilitado aos antirretrovirais (ARV) por meio do funcionamento e localização
adequada das Unidades Dispensadoras de Medicamentos.
e) Conhecimento e compreensão sobre a enfermidade e o tratamento.
Comentários:
Estamos procurando, basicamente, a errada. Veja que quando falamos de estigmas,
obviamente, não pode ser um facilitador.
Leia as demais para servir de estudo!
Gabarito Letra: B.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Paciente do sexo masculino, 24 anos, dá entrada ao pronto atendimento, relatando exposição
sexual de risco, pois manteve relação sexual com pessoa do mesmo sexo, sem uso de
preservativo. Se houver indicação, de acordo com o protocolo para profilaxia antirretroviral
pós-exposição (PEP) de risco à infecção pelo HIV, a profilaxia deve ser iniciada,
preferencialmente,
a) após 12 horas de exposição.
b) nas primeiras 02 horas após a exposição.
c) após 24 horas de exposição.
d) na primeira semana após a exposição.
e) 28 dias após a exposição.
Comentários:
A profilaxia antirretroviral pós-exposição (PEP) deve ser iniciada o mais precocemente possível,
idealmente nas primeiras 2 horas após a exposição, tendo como limite as 72 horas

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subsequentes à exposição após qualquer situação em que exista risco de contato com o HIV,
tais como: violência sexual, relação sexual desprotegida ou acidente ocupacional (com
instrumentos perfurocortantes ou contato direto com material biológico).
Gabarito Letra: B.

(INSTITUTO AOCP/CASAN/2016)
No que refere à transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana, assinale a alternativa
correta.
a) É de transmissão exclusivamente sexual.
b) Somente é transmitido entre indivíduos do mesmo sexo ou usuários de drogas.
c) A fase aguda corresponde ao período em que são identificadas as diversas infecções
oportunistas.
d) O tratamento para o HIV deve ser iniciado apenas após o início das coinfecções.
e) O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias é definidor da Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (aids).
Comentários:
A infecção passa pela fase aguda, latência e a própria SIDA cuja característica definidora é o
aparecimento de infecções oportunistas.
Gabarito Letra: E.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
Acerca de materiais biológicos e risco de transmissão do HIV, assinale a alternativa correta.
a) Materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais não são considerados materiais
biológicos envolvidos na transmissão do HIV.
b) Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico) não são fluidos corporais
potencialmente infectantes.
c) Líquido amniótico, liquor e líquido articular não são fluidos e secreções corporais
potencialmente infectantes.
d) Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva são líquidos biológicos com
risco de transmissão ocupacional.
e) Qualquer contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus (laboratórios
de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve ser considerado uma
exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento.

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Comentários:
A exposição ocupacional vai além dos perfurocortantes, mas inclui qualquer material
concentrado de vírus (laboratórios de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes
quantidades).
Gabarito Letra: E

(FCC/TJ-AP/2014)
Considerando que o diagnóstico oportuno da infecção pelo HIV durante a gestação é
fundamental para a redução da transmissão vertical, o Ministério da Saúde recomenda, em
situações especiais, a realização do teste rápido, que poderá ser realizado por
a) enfermeiros e técnicos de enfermagem, pois trata-se de um procedimento de baixa
complexidade.
b) técnicos e auxiliares de enfermagem sob supervisão do enfermeiro.
c) médico, privativamente, pois trata-se de um procedimento para detecção e diagnóstico.
d) técnico de laboratório com certificação expedida pela Secretaria de Saúde Regional.
e) enfermeiros devidamente capacitados para realização da metodologia.
Comentários:
Questão desatualizada, mas vale para comentar. A princípio, a resposta era E, mas...
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) aprovou em sessão plenária, realizada em 29 de
setembro, o Parecer n° 259/2016, que atualiza as normas para a realização de testes rápidos
pela equipe de profissionais de enfermagem.
A partir desse ato, aprovado por unanimidade pelos conselheiros do Cofen, os testes rápidos
poderão ser executados também por técnicos e auxiliares de enfermagem.
Gabarito Letra: B (adaptada)

(IBFC/EBSERH/2017)
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e sua manifestação clínica em fase
avançada, ou síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), ainda representam um problema
de saúde pública de grande relevância na atualidade, em função do seu caráter pandêmico e
de sua transcendência. Sobre este assunto, analise as afirmativas a seguir e assinale a
alternativa correta.
I. HIV-1 e HIV-2 são retrovírus da família Lentiviridae.

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II. Pertencem ao grupo dos retrovírus citopáticos e não oncogênicos, necessitando, para se
multiplicar, de uma enzima denominada transcriptase reversa, responsável pela transcrição do
ácido ribonucleico (RNA) viral para uma cópia do ácido desoxirribonucleico (DNA), que pode
então se integrar ao genoma do hospedeiro.
III. Esses vírus são bastante duráveis no meio externo, não sendo inativados por uma variedade
de agentes físicos (calor).
IV. Esses vírus são inativados por agentes químicos como hipoclorito de sódio e glutaraldeído.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV
b) I e II, apenas
c) I, II e IV, apenas
d) II, III e IV, apenas
e) II e IV, apenas
Comentários:
Item I – correto.
Item II – correto.
Item III – errado.
Em condições experimentais controladas, as partículas virais intracelulares parecem sobreviver
no meio externo por até, no máximo, um dia, enquanto que partículas virais livres podem
sobreviver por 15 dias, à temperatura ambiente, ou até 11 dias, a 37ºC.
Item IV – correto.
Gabarito Letra: C.

1.16- TUBERCULOSE

As condições de habitação e vida da população tem relação direta com a tuberculose, visto que se
prolifera em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestrutura
urbana.

É causada pela Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch), a tuberculose é transmitida por


aerossóis ao tossir, espirrar ou falar.

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A probabilidade de que a TB seja transmitida depende de alguns fatores:


✓O potencial de contágio do caso índice: o doente baculífero, isto é, com baciloscopia direta
positiva, é a principal fonte de infecção;
✓A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada pelo tipo de ambiente em que a
exposição ocorreu: ambientes fechados, escuros ou com pouca ventilação;
✓Duração da exposição: o tempo que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente;
✓A suscetibilidade genética ou predisposição dos contatos.

Algumas condições que debilitam o sistema imunitário podem contribuir para o adoecimento pela
tuberculose como, por exemplo:
✓Infecção pelo HIV;
✓Diabete;
✓Tratamento prolongado com corticosteróides;
✓Terapia imunossupressora;
✓Doenças renais crônicas;
✓Neoplasias;
✓Desnutrição proteico-calórica.

Quando uma pessoa inala as gotículas contendo os bacilos, muitos deles ficam retidos no trato
respiratório superior (garganta e nariz). Se chegarem aos brônquios, os bacilos são aprisionados na
secreção (catarro) e eliminados pelo movimento ciliar. Contudo, quando os bacilos atingem os
alvéolos, a infecção pode se estabelecer.

Nos alvéolos, os bacilos multiplicam-se e um pequeno número entra na circulação sanguínea,


disseminando-se por todo o corpo.

Dentro de 2 a 10 semanas, no entanto, o sistema imunológico intervém, principalmente por meio


das células brancas sanguíneas, chamadas linfócitos e macrófagos, as quais impedem que os bacilos
continuem a se multiplicar, bloqueando, assim, a evolução da infecção para tuberculose-doença.

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Os linfócitos e macrófagos formam o granuloma, uma espécie de barreira em torno dos bacilos
provocando sua destruição por meio da fagocitose graças à formação do granuloma, a pessoa pode
permanecer infectada, não desenvolvendo a doença e, portanto, não transmitindo o germe para as
pessoas suscetíveis.

Qualquer órgão pode ser atingido pela tuberculose; mais frequentemente pulmões, gânglios
linfáticos, pleura, laringe, rins, cérebro e ossos.

Os sintomas incluem tosse (produtiva ou não, sendo considerados sintomáticos respiratórios


quando ultrapassa 3 semanas), febre vespertina, perda de peso e sudorese noturna.

Doença de notificação compulsória semanal com confirmação dos casos através de critério
laboratorial (uma amostra positiva de baciloscopia de escarro com 2 amostras ou de cultura ou
teste rápido molecular para tuberculose) ou clínico (quando não atende o critério laboratorial, mas
apresenta exame de imagem sugestivo).

A Baciloscopia é um método simples, seguro e se dá pela pesquisa do bacilo através do método de


Ziehl-Nielsen. Deve ser realizada em, no mínimo, duas amostras: uma por ocasião da primeira
consulta e outra, independentemente do resultado da primeira, na manhã do dia seguinte,
preferencialmente ao despertar, sendo ideal que a excreção provenha da árvore brônquica com
volume de 5 a 10mL.
Por isso, a orientação a ser dada ao paciente consiste em higienizar a boca, inspirar profundamente,
prender a respiração e escarrar, após forçar a tosse.

A realização de BUSCA ATIVA se dá entre:


✓Os sintomáticos respiratórios
✓Contatos de casos de tuberculose – toda pessoa, parente ou não, que coabita com um doente de
tuberculose;

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DIAGNÓSTICO:
1. Exame Bacteriológico Direto do Escarro
A baciloscopia direta do escarro deve sempre ser solicitada para:
✓Pacientes adultos que procurem o serviço de saúde por apresentarem queixas respiratórias ou,
informarem ter tosse e expectoração há três semanas ou mais;
✓Pacientes que apresentem alterações pulmonares na radiografia de tórax;
✓Contatos de casos de tuberculose pulmonar baculíferos que apresentem queixas respiratórias.

Coleta do escarro
Uma boa amostra de escarro é a que provém da árvore brônquica, obtida após esforço de tosse, e
não a que se obtém da faringe ou por aspiração de secreções nasais, nem tampouco a que contém
somente saliva. O volume ideal está compreendido entre 5 a 10 ml.
Recomenda-se, para o diagnóstico, a coleta de duas amostras de escarro:
✓A primeira, coletada quando o sintomático respiratório procura o atendimento na unidade de
saúde, aproveitando sua presença e garantindo, assim, a realização do exame laboratorial.
Não é necessário estar em jejum.
✓A segunda, coletada na manhã do dia seguinte, assim que o paciente despertar. pela manhã; deve
lavar a boca, sem escovar os dentes, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante
e escarrar após forçar a tosse.
Repetir essa operação até obter duas eliminações de escarro, evitando que esse escorra pela parede
externa do pote.
Essa amostra, em geral, tem uma quantidade maior de bacilos porque é composta da secreção
acumulada na árvore brônquica por toda a noite.
OBSERVAÇÕES:
O material deve ser coletado em potes plásticos com as seguintes características: descartáveis, com
boca larga (50 mm de diâmetro), transparente, com tampa de rosca, capacidade entre 35 e 50 ml.
As amostras devem ser coletadas em local aberto, de preferência ao ar livre ou em sala bem arejada.

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2. Cultura do bacilo de Koch (BK)


Considerado padrão ouro. É indicada para:
✓Os casos suspeitos de tuberculose pulmonar negativos ao exame direto do escarro;
✓O diagnóstico das formas extrapulmonares, como: meningoencefálica, renal, pleural, óssea ou
ganglionar;
✓Os casos com suspeita de resistência bacteriana às drogas; nestes deve ser realizado o teste de
sensibilidade;
✓Os casos com suspeita de infecção por micobactérias não-tuberculosas, notadamente nos doentes
HIV positivos ou com Aids, nos quais deverá ser realizada a tipificação do bacilo;
✓Em pacientes com história de tratamento anterior para tuberculose, com imagens radiológicas
sugestivas, porém com baciloscopia persistentemente negativa; nestes casos o objetivo é de afastar
a possibilidade de sequela.

3. Exame Radiológico
O Manual de Recomendações para o controle da tuberculose no Brasil, nos pacientes com suspeita
clínica, o exame radiológico permite a diferenciação de imagens sugestivas de tuberculose ou de
outra doença, sendo indispensável submetê-los a exame bacteriológico.

4. Prova Tuberculínica
No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT23, aplicado por via intradérmica, no terço médio da face
anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 ml, equivalente a 2 UT (unidades de tuberculina).

A tuberculina mantém-se ativa por 6 meses, conservada a uma temperatura de 4º a 8º C. Não deve
ser, entretanto, congelada ou exposta à luz solar direta.
A injeção do líquido faz aparecer uma pequena pápula de limites imprecisos, pálida e de aspecto
pontilhado como casca de laranja.

A leitura da prova tuberculínica é realizada 72 a 96 horas após a aplicação, medindose com régua
milimetrada o maior diâmetro transverso da área de endurecimento palpável.

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O resultado, registrado em milímetros, classifica-se como:


✓0 a 4 mm - não reator - indivíduo não infectado pelo M. tuberculosis ou com hipersensibilidade
reduzida;
✓5 a 9 mm - reator fraco - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis ou por outras micobactérias;
✓10 mm ou mais - reator forte - indivíduo infectado pelo M. tuberculosis, que pode estar ou não
doente, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos dois anos.

Classificação dos Casos de TB:


Tuberculose pulmonar positiva:
✓Duas baciloscopias diretas positivas, ou;
✓Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou;
✓Uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose, ou;
✓ Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e cultura positiva.

Tuberculose pulmonar negativa


Quando apresenta duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva e achados
clínicos ou outros exames complementares que permitam ao médico efetuar o diagnóstico de
tuberculose.

Tuberculose extrapulmonar
Com base nos achados clínicos e em exames complementares à tuberculose pode ainda se expressar
por formas disseminadas, como a miliar, ou formas extrapulmonares, classificadas segundo a
localização: pleural, ganglionar periférica, ósteoarticular, geniturinária, meningoencefalica e outras.

Atualmente, o Ministério da Saúde dispõe do Teste Molecular Rápido da Tuberculose (TRM/TB), que
é o utilizado para o diagnóstico da TB pulmonar e laríngea através do escarro, que detecta o DNA do
Mycobacterium tuberculosis em até 2h. Além disso identifica se há resistência à Rifampicina.

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Tratamento
O tratamento dos baculíferos é a atividade prioritária no controle da tuberculose, uma vez que
permite anular rapidamente as maiores fontes de infecção. Poucos dias após o início da
quimioterapia correta, os bacilos da tuberculose praticamente perdem seu poder infectante. Assim,
os doentes pulmonares positivos não precisam nem devem ser segregados do convívio familiar e da
comunidade.

O protocolo de tratamento é o seguinte:


Muito comum o uso das seguintes siglas:
R = RIFAMPICINA
H = IONIAZIDA
Z = PIRAZINAMIDA
E = ETAMBUTOL
Et = ETIONAMIDA

✓Para CASOS NOVOS: esquema I (2RHZ/4RH),


✓Para RETRATAMENTOS: esquema I reforçado (2RHZE/4RHE),
✓Para forma MENINGOENCEFÁLICA: esquema II (2RHZ/7RH),
✓Para FALÊNCIA: esquema (3SZEEt/9EEt)

Importante saber que os EFETIOS COLATERAIS dessas drogas podem ser classificados como
maiores ou menores, veja:

EFEITOS MENORES:
EFEITOS DROGAS CAUSADORAS CONDUTAS

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Reformular os horários de
Irritação gástrica, Rifampicina, Isoniazida,
administração dos medicamentos
epigastralgia. Pirazinamida.
e avaliar a função hepática.
Artralgia ou artrite Rifampicina, Isoniazida. Medicar com ácido acetilsalicílico.
Nefropatia periférica Isoniazida, Etambutol. Medicar com Piridoxina (Vit. B6)

EFEITOS MAIORES:
EFEITO DROGA CONDUTA
Suspender o tratamento e
reintroduzir a droga após a
Exantemas Estreptomicina, Rifampicina
resolução. Substituir o esquema
nos casos graves ou reincidentes
Suspender a droga e substituí-la
Hipoacusia Estreptomicina
pela melhor opção
Suspender a droga e substituí-la
Vertigem e nistagmo Estreptomicina
pela melhor opção
Psicose, crise
convulsiva, Substituir por estreptomicina e
Isoniazida
encefalopatia tóxica, etambutol
coma
Neurite ótica Etambutol, Isoniazida Substituir
Hepatotoxicidade Suspender o tratamento
Todas as drogas
(vômito, hepatite, etc) temporariamente até a resolução
Trombocitopenia,
Dependendo da gravidade,
leucopenia, eosinofilia,
suspender o tratamento e
anemia hemolítica, Rifampicina, Isoniazida
reavaliar o esquema de
agranulocitose,
tratamento.
vasculite
Rifampicina, principalmente
Nefrite intersticial Suspender o tratamento
intermitente
Rabdomiólise com
mioglobinúria e Pirazinamida Suspender o tratamento
insuficiência renal

Vacina BCG e Tuberculose

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A vacina BCG oferece proteção contra as manifestações da tuberculose primária, como as


disseminações hematogênicas (TB miliar) e a meningite tuberculosa.

Essa proteção se mantém por cerca de 10 a 15 anos. A vacina, entretanto, não protege as pessoas
já infectadas pelo M. tuberculosis.

A vacina BCG está indicada para crianças na faixa de 0 a 4 anos, desde que não exiba cicatriz vacinal.
É obrigatória para menores de 1 ano.

Pessoas com PPD reator não necessitam ser vacinadas por já estarem infectadas. A aplicação da
vacina é intradérmica, no braço direito, na altura da inserção inferior do músculo deltóide. Ela pode
ser aplicada com outras vacinas, inclusive as de vírus vivos.

Será dada alta por cura quando:


✓Os pacientes pulmonares, inicialmente positivos, apresentarem durante o tratamento, pelo menos
duas baciloscopias negativas: uma na fase de acompanhamento e outra no final do tratamento.
✓Completou tratamento: quando a alta for dada após completar o tratamento, com base em
critérios clínicos e radiológicos.
✓Quando o paciente não tiver realizado os exames de escarro de controle por ausência de
expectoração e obtiver alta com base em dados clínicos e exames complementares.
✓Em caso de tuberculose pulmonar inicialmente negativa.
✓Em caso de tuberculose extrapulmonar.

(FCC/TRT - 3ª REGIÃO/2015)
Os efeitos adversos dos principais fármacos antituberculose são classificados em menores e
maiores. Dentre os maiores, que implicam interrupção ou alteração do tratamento
preconizado, constam, dentre outros,
a) náusea, dor articular e prurido.
b) crise convulsiva, hipoacusia e vertigem.
c) exantema leve, urina avermelhada e euforia.
d) cefaleia, ansiedade e dor abdominal.

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e) vômito, insônia e suor avermelhado.


Comentários:
Para que a escolha de interrupção do tratamento ou ainda a alteração do medicamento mais
comumente utilizado aconteça, é necessário que os efeitos adversos sejam graves. Veja que
conviver com crise convulsiva decorrente de efeito adverso já sugere a necessidade de outra
opção de tratamento.
Gabarito Letra: B.

(FCC/TRF - 2ª REGIÃO/2012)
A prova tuberculínica está indicada no auxílio diagnóstico da tuberculose por via:
a) subcutânea, no terço inferior da face posterior do antebraço direito, na dose de 0,5 mL.
b) intradérmica, no terço superior da face anterior do antebraço direito na dose de 0,5 mL.
c) intradérmica, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, na dose de 0,1 mL.
d) subcutânea, no terço médio da face posterior do braço direito, na dose de 0,1 mL.
e) intradérmica, no terço inferior da face anterior do antebraço esquerdo na dose de 0,5 mL.
Comentários:
Conforme as Técnicas de aplicação e leitura da prova tuberculínica, do Ministério da Saúde, a
prova tuberculínica é um teste diagnóstico de ILTB que se baseia em uma reação de
hipersensibilidade cutânea após a aplicação do PPD por via intradérmica, em que a leitura é
realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido até 96 horas. A prova
tuberculínica deve ser aplicada por meio de injeção intradérmica, na dose de 0,1 ml (0,04 mcg)
de PPD, no terço médio da face anterior do antebraço esquerdo, em ângulo de 5 a 15 graus.
Gabarito Letra: C.

(CESPE/MPU/2013)
No que se refere a doenças de interesse para a saúde pública, especialmente as transmissíveis
causadas por bactérias, julgue certo ou errado o seguinte item.
A tuberculose apresenta-se nas formas pulmonar e extrapulmonar e em diversos tipos: pleural,
ganglionar, osteoarticular, entérica, de vias urinárias, cutânea e ameníngea, que é considerada
a forma mais grave, haja vista que atinge o sistema nervoso central.
Comentários:
As formas extra-pulmonares da tuberculose incluem forma meningoencefálica, renal, pleural,
óssea, ganglionar e, pericárdica.

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Gabarito: Correto.

(CESPE/TRT - 8ª REGIÃO/2013)
A respeito da tuberculose, assinale a opção correta.
a) As drogas utilizadas nos esquemas padronizados pelo Ministério da Saúde para tratamento
da tuberculose são isoniazida, etambutol, neomicina, despacilina e penicilina cristalina.
b) A maioria dos casos curados de tuberculose necessita de controle pós-tratamento, devendo-
se orientar o paciente a retornar ao serviço de saúde sempre que surgirem sintomas da doença.
c) A associação HIV/tuberculose não constitui problema de saúde pública, podendo levar à
diminuição da morbidade e mortalidade em muitos países.
d) O tratamento da tuberculose deve ser feito em regime hospitalar, supervisionado, no serviço
de saúde mais próximo da residência do paciente.
e) O exame sorológico anti-HIV deve ser oferecido a todos pacientes com diagnóstico de
tuberculose confirmado.
Comentários:
Em pacientes HIV positivos, o tipo de apresentação clínica da tuberculose sofre influência pelo
grau de imunossupressão e é comum a descoberta da soropositividade para HIV durante o
diagnóstico de tuberculose.
Gabarito Letra: E.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium
tuberculosis, também denominada de Bacilo de Koch. Um exame fundamental para o
diagnóstico da tuberculose pulmonar é
a) o lipidograma.
b) o hemograma com plaquetas.
c) o exame bacteriológico direto do escarro.
d) a ressonância magnética.
e) a tomografia computadorizada.
Comentários:
O exame bacteriológico direto do escarro é muito utilizado por ser barato e eficaz. Consiste na
coleta de duas amostras de escarro (colhidas adequadamente) e permite detectar de 60% a
80% dos casos de tuberculose pulmonar.

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Gabarito Letra: C

(FCC/TJ-AP/2014)
É atribuição de Enfermeiro da Atenção Básica no controle da tuberculose,
a) diagnosticar triquíase tracomatosa, importante complicação da tuberculose extrapulmonar,
por meio da identificação de sinais e sintomas, tais como, sensação de corpo estranho, prurido
e discreta fotofobia.
b) dar alta aos pacientes por cura e retirá-los do registro de casos em curso de tratamento.
c) iniciar e acompanhar tratamento dos casos de tuberculose pulmonar com baciloscopias
negativas e dos casos de tuberculose extrapulmonar quando o diagnóstico for confirmado após
investigação em uma unidade de referência.
d) realizar consultas de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever
medicações, observadas as disposições legais da profissão e conforme os protocolos ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde.
e) realizar atividades malacológicas de captura e identificação dos bacilos de Koch nos
indivíduos sintomáticos respiratórios nos domicílios e na comunidade.
Comentários:
O enfermeiro, na presença de programas ou rotinas pré estabelecidas, é permitido prescrever
medicamentos. No caso da tuberculose, o enfermeiro realizar um importante papel na equipe
multidisciplinar visto que realizar consultas, solicita exames complementares diagnósticos e
prescreve conforme orientações do Ministério da Saúde.
Gabarito Letra: D.

(COPEVE-UFAL/UFAL/2018)
A BCG é uma vacina que previne contra as formas mais graves de tuberculose.
Dadas as afirmativas referentes a essa vacina,
I. Imediatamente após a sua aplicação, forma-se uma pústula.
II. É uma vacina viral e sem contraindicações quanto ao peso e idade.
III. A sua via de administração deve ser exclusivamente intradérmica.
IV. A ferida que evolui (mácula, pústula, úlcera e cicatriz) deve ser mantida limpa, sem a
necessidade de compressão, uso de medicamentos ou curativo.
Verifica-se que está(ão) correta(s)

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a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) III e IV, apenas.
d) I, II e IV, apenas.
e) I, II, III e IV.
Comentários:
Item I – errado.
Após a administração, de 3 a 4 semanas, surge um nódulo (caroço) no local; entre 4 a 5
semanas, o nódulo evolui para uma pústula e em seguida, evolui para uma úlcera (ferida
aberta) de 4 a 10 mm de diâmetro; e entre 6 a 12 semanas, finalmente, forma-se uma crosta.
Item II – errado.
A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança apresentar peso inferior a 2
kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo adiposo), e quando apresentar lesões graves
de pele.
Item III – correto
Item IV – correto
Gabarito Letra: C.

(FCC/TRT - 13ª REGIÃO/2014)


Um homem de 62 anos foi diagnosticado com tuberculose em atividade, sendo que o mesmo
já havia se tratado e recebido alta por cura há três anos. No período que esteve em tratamento
para tuberculose deixou de comparecer à unidade de saúde por cinco dias consecutivos após
a data aprazada para seu retorno. Nesta situação, para a adoção do esquema de tratamento
adequado, considera-se que este homem apresenta
a) caso novo.
b) abandono de tratamento.
c) tuberculose multidrogarresistente (TBMDR).
d) recidiva.
e) falência.
Comentários:
Tuberculose em atividade que já foi tratada e curada anteriormente, independentemente do
tempo decorrido do tratamento anterior leva o nome de RECIDIVA.

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Gabarito Letra: D.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
Após o início do tratamento correto para Tuberculose, quando o paciente não tem história de
tratamento anterior nem outros riscos conhecidos de resistência e havendo melhora clínica,
pode-se considerar que após quantos dias de tratamento o paciente pode ser considerado não
infectante?
a) 04 dias.
b) 06 dias.
c) 07 dias.
d) 12 dias.
e) 15 dias.
Comentários:
Com o início do tratamento adequado e o uso correto de medicamentos antiTB em pacientes
infectados com cepas sensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas a três
semanas.
Gabarito Letra: E.

(IBFC/EBSERH/2016)
A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium
tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e
sistemas. A apresentação pulmonar, além de ser mais frequente, é também a mais relevante
para a saúde pública pois é a principal responsável pela transmissão da doença. Atualmente
existem várias técnicas para o diagnóstico da tuberculose. Assinale a alternativa em que a
técnica é descrita como padrão ouro para o diagnóstico da tuberculose.
a) Baciloscopia direta
b) Cultura para micobactéria
c) Prova tuberculínica
d) Teste rápido
e) Radiografia de tórax
Comentários:

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A cultura é o método diagnóstico considerado padrão ouro para confirmação da tuberculose.


É o exame laboratorial que permite a multiplicação e o isolamento dos bacilos a partir da
semeadura da amostra clínica, em meios de cultura específicos para micobactérias. Possui
elevada sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da tuberculose.
Gabarito Letra: B.

1.17- HANSENÍASE

Doença causada pelo Mycobacterium leprae, bacilo G+, que acomete principalmente a pele e os
nervos periféricos, mas também os olhos, as articulações e etc. Apresenta alta infectividade, mas
baixa patogenicidade (isto é, infecta muitas pessoas, no entanto só poucas adoecem).

O comprometimento dos nervos periféricos é o grande responsável para gerar incapacidades físicas
que podem, inclusive, evoluir para deformidades e interferências negativas como diminuição da
capacidade de trabalho, estigmas, limitação da vida social e problemas psicológicos.

A transmissão ocorre pelo CONTATO DIRETO E PROLONGADO com outra pessoa infectante, através
das VIAS AÉREAS SUPERIORES.

A evolução é lenta, sendo que entre o contato e o aparecimento dos sinais leva em média 2 a 7 anos.

Os principais sintomas incluem:


✓Manchas pigmentares ou discrômicas: devido a diminuição ou aumento do depósito de melanina
ou outros pigmentos na pele.
✓Placa: lesão que se estende na superfície por vários centímetros.
✓Infiltração: aumento da espessura e consistência da pele, com limites imprecisos e discreto
eritema.
✓Tubérculo: pápula ou nódulo que evolui deixando cicatriz
✓Nódulo: lesão sólida e circunscrita localizado na epiderme, derme e/ou hipoderme.

Outros SINTOMAS são dor e espessamento dos nervos periféricos com diminuição da sensibilidade
nos mesmos locais, edema de mãos e pés, ressecamento ocular, mal estar geral.

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O DIAGNÓSTICO é essencialmente clínico e epidemiológico, realizado por meio da análise da história


e condições de vida do paciente, do exame dermatoneurológico, para identificar lesões ou áreas de
pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos (sensitivo, motor
e/ou autonômico).

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O TESTE DE SENSIBILIDADE


Realize o exame em ambiente tranquilo e confortável com o mínimo de interferência externa.
Posicione o paciente sentado de frente para o examinador com a mão ou pé apoiados, de forma
confortável, que proporcione o relaxamento dos membros,
Demostre o teste para o paciente utilizando uma área da pele com sensibilidade normal.
Tape a visão do paciente com uma barreira ou solicitar ao paciente que feche os olhos.
Inicie o teste, testando os pontos previamente determinados.
A sequência de testagem dos pontos pode ser aleatória. Quando o paciente se queixa de dormência
ou formigamento em outra área diferente dos pontos padronizados, peça-o para localizar a área e
teste-a. Não esqueça de registrar!

Outra alternativa diagnóstica é o esfregaço intradérmico realizado para pacientes com


comprometimento neural sem lesão, por exemplo, ou ainda como complemento diagnóstico.

De acordo com o número de lesões, a hanseníase pode ser classificada em PAUCIBACILAR (até 5
lesões na pele) ou MULTIBACILAR (mais de 5 lesões na pele).

É importante avaliar a integridade da função neural e o grau de incapacidade física no momento


do diagnóstico, na alta por cura e no monitoramento de doentes que já tenham alguma
incapacidade física instalada.

O grau de incapacidade física é uma medida que indica a existência de perda da sensibilidade
protetora e/ou deformidade visível, em consequência da lesão neural e/ou cegueira.

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Para determinar o grau de incapacidade física deve-se realizar o teste da sensibilidade dos olhos,
mãos e pés.

É recomendada a utilização do conjunto de monofilamentos de Semmes-Weinstein (6


monofilamentos: 0,05g; 0,2g; 2g, 4g, 10g e 300g), nos pontos de avaliação de sensibilidade em mãos
e pés e do fio dental (sem sabor) para os olhos.
GRAU CARACTERÍSTICAS
0 Nenhum problema com os olhos, mãos e pés devido à hanseníase
Diminuição ou perda as sensibilidade nos olhos, diminuição ou perda da sensibilidade nas
1
mãos e ou pés.
Olhos: lagoftalmo e ou ectrópio: triquíase, opacidade, corneana central, acuidade visual
menor que 0,1 ou não consta dedos a 6m de distância.
2
Mãos: lesões tróficas e ou lesões traumáticas: garras, reabsorção, mãos caídas.

Pés: lesões tróficas e ou traumáticas, garras, reabsorção, pé caído, contratira do tornozelo.

Veja mais detalhado!


FORMAS CLASSIFICAÇÃO
CLÍNICAS BACILOSCÓPICAS
CLÍNICAS OPERACIONAL

Áreas de hipo ou anestesia, parestesias, manchas


hipocrômicas e/ou eritemohipocrômicas, com ou Negativa Indeterminada (HI) Paucibacilar (PB)
sem diminuição da sudorese e rarefação de pelos

Placas eritematosas, eritemato-hipocrômicas, até


5 lesões de pele bem delimitadas, hipo ou
Negativa Tuberculoide (HT) Paucibacilar (PB)
anestésicas, podendo ocorrer comprometimento
de nervos
Lesões pré-foveolares (eritematosas planas com
Positiva (bacilos
o centro claro). Lesões foveolares
e globias ou com raros Multibacilar (MB)
(eritematopigmentares de tonalidade Dimorfa (HD)
bacilos) ou mais de 5 lesões
ferruginosa ou pardacenta), apresentando
negativa
alterações de sensibilidade
Eritema e infiltração difusos, placas eritematosas
de pele infiltradas e de bordas mal definidas, Positiva (bacilos Multibacilar (MB)
Virchowiana (HV)
tubérculos e nódulos, madarose, lesões das abundantes e globias) mais de 5 lesões
mucosas, com alteração de sensibilidade

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As FORMAS CLÍNICAS da hanseníase se classificam em:


✓INDETERMINADA: forma inicial, evolui espontaneamente para a cura na maioria dos casos ou
evolui para as chamadas formas polarizadas em cerca de 25% dos casos, o que pode ocorrem em 3
a 5 anos. Geralmente, encontra-se apenas uma lesão, de cor mais clara que a pele normal, com
distúrbio da sensibilidade, ou áreas circunscritas de pele com aspecto normal e com distúrbio de
sensibilidade, podendo ser acompanhadas de alopecia e/ou anidrose. Mais comum em crianças.
(PAUCIBACILAR)

✓TUBERCULOIDE: forma mais benigna e localizada, ocorre em pessoas com alta resistência ao
bacilo. As lesões são poucas (ou única), de limites bem definidos e um pouco elevados e com
ausência de sensibilidade (dormência). Ocorre comprometimento simétrico de troncos nervosos,
podendo causar dor, fraqueza e atrofia muscular. Próximo às lesões em placa podem ser
encontrados filetes nervosos espessados. Nas lesões e/ou trajetos de nervos pode haver perda
total da sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, ausência de sudorese e/ou alopecia. Pode ocorrer
a forma nodular infantil, que acomete crianças em 1 a 4 anos, quando há um foco multibacilar no
domicílio. A clínica é caracterizada por lesões populosas ou nodulares, únicas ou em pequeno
número, principalmente na face. (PAUCIBACILAR)

✓DIMORFA: forma intermediária que é resultado de uma imunidade também intermediária, com
características clínicas e laboratoriais que podem se aproximar do polo tuberculoide ou virchowiano.
O número de lesões cutâneas é maior e apresentam-se como placas, nódulos eritemato
acastanhadas, em grande número, com tendência a simetria. As lesões mais características nesta
forma clínica são denominadas lesões pré faveolares ou faveolares, sobrelevadas ou não, com
áreas centrais deprimidas e aspecto de pele normal, com limites internos nítidos e externos
difusos. O acometimento dos nervos é mais extenso podendo ocorrer neurites agudas de grave
prognóstico. (MULTIBACILAR)

✓VICHORWIANA: nestes casos a imunidade celular é nula e o bacilo se multiplica muito, levando a
um quadro mais grave, com anestesia dos pés e mãos que favorecem os traumatismos e feridas
que podem causar deformidades, atrofia muscular, inchaço das pernas e surgimento de lesões
elevadas na pele (nódulos). As lesões cutâneas caracterizam-se por placas infiltradas e nódulos
(hansenomas), de coloração eritemato-acastanhada ou ferruginosa que podem se instalar
também na mucosa oral. Pode ocorrer infiltração facial com madarose superciliar e ciliar,
hansenomas nos pavilhões auriculares, espessamento a acentuação dos sulcos cutâneos. Pode
ainda ocorrer acometimento da laringe, com quadro de rouquidão e de órgãos internos (fígado,
baço, suprarrenais e testículos), bem como, a hanseníase históide, com predominância de

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hansenomas com aspecto de queloides ou fibromas, com grande número de bacilos. Ocorre
comprometimento de maior número de troncos nervosos de forma simétrica. (MULTIBACILAR)

O TRATAMENTO é a Poliquimioterapia: rifampicina, dapsona e clofazimina cuja composição varia de


acordo com a classificação da hanseníase:

PAUCIBACILAR: duração de 6 doses supervisionadas em até 9 meses.


Adulto:
Rifampicina: 600mg mensal supervisionada
Dapsona (DDS): dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada.

MULTIBACILAR: duração de 12 doses supervisionadas em até 18 meses.


Adulto:
Rifampicina: 600mg mensal supervisionada
Dapsona: dose mensal de 100mg supervisionada e dose diária de 100mg autoadministrada .
Clofazimina: 300mg supervisionada e 50mg diariamente.

Com relação aos CONTATOS INTRADOMICILIARES, estes são todas as pessoas que habitaram junto
com a pessoa doente por até 5 anos.

Com relação aos contatos, vamos explicar melhor...

Contato domiciliar: toda e qualquer pessoa que resida ou tenha residido, conviva ou tenha convivido
com o doente de hanseníase, no âmbito domiciliar, nos últimos cinco anos anteriores ao diagnóstico
da doença, podendo ser familiar ou não. Atenção especial deve ser dada aos familiares do caso
notificado, por apresentarem maior risco de adoecimento, mesmo não residindo no domicílio do
caso. Devem ser incluídas, também, as pessoas que mantenham convívio mais próximo, mesmo sem

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vínculo familiar, sobretudo, aqueles que frequentem o domicílio do doente ou tenham seus
domicílios frequentados por ele.

Contato social: toda e qualquer pessoa que conviva ou tenha convivido em relações sociais
(familiares ou não), de forma próxima e prolongada com o caso notificado. Os contatos sociais, que
incluem vizinhos, colegas de trabalho e de escola, entre outros, devem ser investigados de acordo
com o grau e tipo de convivência, ou seja, aqueles que tiveram contato muito próximo e prolongado
com o paciente não tratado.
Tal contato, caso não doente, deve ser avaliado quanto à cicatriz vacinal de BCG. Se não houver
cicatriz ou houver apenas 1, deve-se prescrever uma dose de BCG ID. Se houver 2 cicatrizes, não será
necessária nenhuma outra dose.

ESQUEMATIZANDO:
CICATRIZ VACINAL CONDUTA
AUSÊNCIA DE CICATRIZ DE BCG Uma dose
UMA CICATRIZ DE BCG Uma dose
DUAS CICATRIZES BCG Não prescrever

Contatos de hanseníase com menos de 1 ano de idade, já comprovadamente vacinados, não


necessitam da aplicação de outra dose de BCG.
Contatos de hanseníase em tratamento para tuberculose e/ou já tratados para esta doença não
necessitam vacinação BCG profilática para hanseníase.

É possível o aparecimento de REAÇÕES HANSÊNICAS que são reações do sistema


imunológico com manifestações inflamatórias agudas e subagudas. Podem ser do:

Tipo 1: menos graves, com novas lesões, infiltrações ou piora das existentes, com ou sem neurite. O
tratamento é a base de corticoides, mantendo a poliquimioterapia caso não tenha terminado o
esquema.

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Tipo 2: (também chamada de eritema nodoso hansênico), com o aparecimento de nódulo


subcutâneos dolorosos, podendo estar acompanhado de febre, dor articular, orquite, com ou sem
neurite. O tratamento é, preferencialmente com talidomida ou a base de corticoides, mantendo a
poliquimioterapia caso não tenha terminado o esquema.

Complicações
As complicações da hanseníase, muitas vezes, se confundem com a evolução do próprio quadro
clínico da doença. Muitas delas dependem da resposta imune dos indivíduos acometidos, outras
estão relacionadas com a presença do M. leprae nos tecidos e, por fim, algumas das complicações
decorrem das lesões neurais características da hanseníase.

Complicações diretas
Estas são aquelas decorrentes da presença do bacilo na pele e outros tecidos, principalmente em
maciças, como é o caso dos pacientes multibacilares com alta carga bacilar.
Incluem rinite hansênica (massiva infiltração da mucosa com ulceração da mucosa septal),
espessamento da mucosa oral (com nódulos, particularmente na região do palato), triquíase
(processo inflamatório do próprio bulbo piloso ou por atrofia dos tecidos que apoiam os folículos,
com posicionamento anômalo do cílio podendo atingir córnea e conjuntiva), esclerites, uveites, irites
e iridocilites, etc.

Vamos complementar e treinar nosso conteúdo, através dos exercícios:

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
O M. leprae é um bacilo álcool-ácido resistente e gram-positivo, em forma de Bastonete,
causador da Hanseníase. É um parasita intracelular, sendo a única espécie de micobactéria que
infecta nervos periféricos, especificamente
a) as células de Schwann.
b) as células de Langerhans.
c) as células de Purkinge.
d) as células de Leydig.

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e) as células de Setoli.
Comentários:
O Mycobacterium leprae contém em sua parede celular um glicolipídio fenólico (PGL-1)
específico, que se liga à lâmina basal das células de Schwann que é um tipo de célula glia que
produz mielina e envolve os axônios do SNP, sendo a única bactéria a invadir os nervos
periféricos.
Gabarito Letra: A.

(NUCEPE/FMS/2017)
A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae, contagiosa que passa de uma
pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra. Constituem sinais e sintomas
dermatológicos da hanseníase, EXCETO:
a) manchas esbranquiçadas ou avermelhadas;
b) pápulas;
c) prurido;
d) nódulos;
e) infiltrações.
Comentários:
Dentre as opções do enunciado, apenas o prurido não se enquadra Às manifestações da
hanseníase.
Gabarito Letra: C.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
Em relação à hanseníase, assinale a alternativa correta.
a) É uma doença infecciosa causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae.
b) É um câncer, sendo uma das doenças mais antigas já registradas, com casos descritos antes
de Cristo.
c) É uma doença incurável, mas se não tratada pode ser fatal, sendo passível de controle,
entretanto.
d) Os países com maiores incidências são os mais desenvolvidos ou com condições precárias
de higiene.

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e) A transmissão desta doença se dá exclusivamente pelo contato com a pele do paciente


doente.
Comentários:
Os fatores relacionados aos níveis de endemia e às condições socioeconômicas desfavoráveis,
assim como condições precárias de vida e de saúde e o elevado número de pessoas convivendo
em um mesmo ambiente, influem no risco de adoecer. Trata-se de uma doença infecciosa,
apresenta tratamento e cura e a transmissão se dá através das vias aéreas superiores pelo
contato direto e prolongado.
Gabarito Letra: A.

(FCC/TRF - 4ª REGIÃO/2010)
A hanseníase é uma doença causada pelo Mycobacterium leprae e:
a) é transmitida de pessoa doente sem tratamento para outra através das vias respiratórias e
contaminação orofecal.
b) acomete homens, mulheres e crianças a partir dos 12 anos, com prevalência para a raça
branca.
c) tem como característica a presença de incapacidades e/ou deformidades, quando não
tratada ou com tratamento tardio.
d) a manifestação dos primeiros sintomas ocorre entre 1 a 2 anos após o primeiro contato.
e) o comprometimento dermatológico e neuropsiquiátrico decorre da lesão dos pares de
nervos cranianos.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
Oro-fecal não.
Alternativa “b” – errada.
Pode acometer qualquer indivíduo.
Alternativa “c” – correta
Alternativa “d” – errada.
A manifestação dos primeiros sintomas ocorre entre 2 a 7 anos após o primeiro contato.
Alternativa “e” – errada.
O comprometimento dermatológico e neurológico decorre da lesão dos nervos periféricos.
Gabarito Letra: C

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(INSTITUTO AOCP/UFC/2014)
No Brasil, apesar da redução drástica no número de casos, a hanseníase ainda se constitui em
um problema de saúde pública que exige uma vigilância resolutiva. Com relação a essa doença,
assinale a alternativa INCORRETA
a) É uma doença não-contagiosa, que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas
dermatoneurológicos: lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos,
mãos e pés.
b) O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, dando-
lhe um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para
deformidades.
c) É uma doença curável, e quanto mais precocemente diagnostica e tratada mais rapidamente
se cura o paciente.
d) É causada pelo Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelular
obrigatório.
e) O homem é reconhecido como única fonte de infecção (reservatório), embora tenham sido
identificados animais naturalmente infectados.
Comentários:
Como sempre digo, questão que pede a incorreta, nos enche de conteúdo nas demais
alternativas. Veja que, a única correção a se fazer é que é uma doença CONTAGIOSA, diferente
do que consta na alternativa “A”.
Gabarito Letra: A.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2015)
Acerca do tratamento da hanseníase no Brasil, assinale a alternativa correta.
a) O tratamento não é gratuito, ou seja, não é fornecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
b) O tratamento é feito com o uso de quimioterápicos antineoplásicos, uma vez que se trata
de um câncer.
c) Na forma multibacilar, o tratamento demora seis meses; já na forma paucibacilar, um ano
ou mais.
d) É fundamental seguir o tratamento, pois é eficaz, apesar de não permitir a cura da doença.
e) A primeira dose do medicamento já garante que a hanseníase não será transmitida.
Comentários:

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Alternativa “a” – errada.


O SUS fornece o tratamento gratuitamente.
Alternativa “b” – errada.
O tratamento se dá com antibióticos.
Alternativa “c” – errada.
Esquema terapêutico invertido para Paucibacilar e Multibacilar.
Alternativa “d” – errada.
É possível se obter a cura através do tratamento adequado e adesão do paciente.
Alternativa “e” – correta.
Gabarito Letra: E.

(FCC/TRT - 13ª REGIÃO/2014)


Em relação aos contatos de Hanseníase, o MS (2010) considera que
a) na incerteza de cicatriz vacinal da BCG-ID ao exame dos contatos intradomiciliares adultos,
não se recomenda aplicar uma dose da mesma porque essa indicação limita-se aos contatos
na faixa etária de zero a dois anos de idade.
b) todo contato de Hanseníase deve receber a orientação de que a BCG-ID é uma vacina
específica para este agravo.
c) contatos intradomiciliares de Hanseníase com menos de um ano de idade, que já foram
vacinados com a BCG-ID, não necessitam de aplicação de outra dose desta vacina.
d) para todo contato de Hanseníase HIV positivo ou com AIDS se contraindica a aplicação de
imunobiológicos, inclusive a BCG-ID.
e) a vacina BCG-ID tem aplicação restrita nos contatos intradomiciliares com presença de sinais
e sintomas de Hanseníase, no momento da avaliação.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
Se não houver cicatriz ou houver apenas 1, deve-se receber uma dose de BCG ID
Alternativa “b” – errada.
Todo contato deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina
específica para a hanseníase e que prioritariamente está destinada ao grupo de risco, contatos
intradomiciliares.
Alternativa “c” – correta.

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Alternativa “d” – errada.


Para o(a) paciente com infecção pelo HIV e/ou AIDS e hanseníase deve ser mantido o esquema
PQT/OMS de acordo com a classificação operacional.
Alternativa “e” – errada.
A vacina BCG-ID deverá ser aplicada nos contatos intradomiciliares sem presença de sinais e
sintomas de hanseníase no momento da avaliação, independentemente de serem contatos de
casos PB ou MB.
Gabarito Letra: C.

(CONSULPLAN/TRF - 2ª REGIÃO/2017)
Sobre a hanseníase, uma doença infectocontagiosa considerada endêmica no Brasil, analise as
afirmativas a seguir.
I. O agente etiológico da hanseníase é um vírus.
II. É uma doença de notificação compulsória em todo o país.
III. O agente etiológico tem a capacidade de infectar um grande número de pessoas, mas
poucas adoecem.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I, II e III.
b) III, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
Comentários:
Item I – errado.
É bactéria
Item II – correto.
Item III – correto.
Gabarito Letra: D.

(IBFC/EBSERH/2016)
Segundo a classificação operacional de casos de Hanseníase, assinale a alternativa correta.

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a) A baciloscopia positiva classifica o caso como multibacilar, independente do número de


lesões.
b) Hanseníase Paucibacilar (PB) são casos com mais de cinco lesões de pele.
c) Hanseníase Multibacilar (MB) são casos com até cinco lesões de pele.
d) A baciloscopia de pele (esfregaço dérmico) não pode ser utilizada como exame
complementar para a classificação dos casos em Paucibacilar ou Multibacilar.
e) O resultado negativo da baciloscopia exclui o diagnóstico de hanseníase.
Comentários:
Alternativa “a” – correta.
Se você conferir na tabela acima, verá que sendo a baciloscopia positiva, a classificação será
multibacilar.
Alternativa “b” – errada.
Paucibacilar: até 5 lesões.
Alternativa “c” – errada.
Mais que 5 lesões.
Alternativa “d” – errada.
É um dos exames complementares.
Alternativa “e” – errada.
NÃO exclui!
Gabarito Letra: A.

(CESPE/TRE-BA/2017)
Com relação à tuberculose e aos múltiplos aspectos a ela relacionados, assinale a opção
correta.
a) Independentemente da prova tuberculínica, os profissionais de saúde devem ser imunizados
com a vacina BCG.
b) A vacina BCG cura indivíduos já infectados pelo Mycobacterium tuberculosis.
c) Na vacinação contra a tuberculose, é facultado aos profissionais de saúde o uso de óculos de
segurança.
d) O tratamento dos pacientes com tuberculose deve ser realizado por um período mínimo de
seis meses.

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e) Os profissionais da área de saúde têm riscos menores de contrair a tuberculose do que o


resto da população.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
A prova tuberculínica em profissionais de saúde deve estar incluída nos exames admissionais
e periódicos e não existem evidências de que a revacinação por BCG traga benefício para o
profissional da saúde no sentido de proteção contra TB
Alternativa “b” – errada.
Quando administrada, a vacina não protege os indivíduos já infectados pelo Mycobacterium
tuberculosis nem evita o adoecimento por infecção endógena ou exógena, mas oferece
proteção a não infectados contra as formas mais graves, tais como a meningoencefalite
tuberculosa e a tuberculose miliar.
Alternativa “c” – errada.
O uso dos óculos é obrigatório.
Alternativa “d” – correta.
Alternativa “e” – errada.
Profissionais de saúde apresentam maior risco que o restante da população.
Gabarito Letra: D.

(FCC/TRT - 16ª REGIÃO/2014)


Em um programa educativo para um grupo de colaboradores da empresa, o técnico de
enfermagem descreve que a hanseníase é uma doença
a) cujas manifestações clínicas incluem, entre outras, manchas esbranquiçadas acastanhadas
ou avermelhadas, com diminuição da sensibilidade nas áreas atingidas e nervos.
b) infecciosa, causada por protozoários do gênero Schistosoma, caracterizada por febre alta
acompanhada de calafrios, suores e cefaleia.
c) de transmissão sexual ou materno-fetal, sistêmica, de evolução crônica, sujeita a surtos de
agudização, sendo considerada um indicador da qualidade da assistência à gestante.
d) causada por um vírus que ganha acesso por meio de escoriações na pele ou de contato direto
com a cérvix uterina, uretra, orofaringe ou conjuntiva.
e) endêmica, cuja prevenção é feita por meio da vacina pentavalente, concedida à população
infantil desde o primeiro ano de vida.
Comentários:

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Alternativa “a” – correta.


Alternativa “b” – errada.
Bactéria Mycobacterium leprae. Tudo errado depois.
Alternativa “c” – errada.
A transmissão ocorre pelo CONTATO DIRETO E PROLONGADO com outra pessoa infectante,
através das VIAS AÉREAS SUPERIORES.
Alternativa “d” – errada.
Não é vírus! É uma bactéria, bacilo.
Alternativa “e” – errada.
A prevenção inclui a detecção precoce por meio da avaliação dermatológica. Todo contato
deve também receber orientação no sentido de que não se trata de vacina específica para a
hanseníase e que prioritariamente está destinada ao grupo de risco, contatos intradomiciliares.
Gabarito Letra: A.

(FCC/TRT - 5ª REGIÃO/2013)
Uma pessoa com hanseníase apresenta, aproximadamente, oito lesões cutâneas ao longo do
corpo e tem baciloscopia positiva para esta doença. Visando o tratamento desta pessoa com
poliquimioterapia, a mesma recebe uma classificação operacional. Nesta situação, é possível
verificar que esta pessoa é classificada como
a) paciente paucibacilar.
b) paciente hansênico tipo I.
c) portador de hanseníase neural pura.
d) paciente multibacilar.
e) portador de eritema nodoso hansênico.
Comentários:
Maior que 5 lesões = multibacilar.
Gabarito Letra: D.

(FCC/ANS/2007)
No planejamento do ensino ao cliente com hanseníase, com vistas ao autocuidado, deve-se
prever orientações específicas para cada sinal e sintoma de comprometimento neural. Uma
dessas orientações consiste em:

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a) na triquíase: piscar os olhos freqüentemente e realizar exercícios com as pálpebras.


b) na saída de secreção sanguinolenta nasal: suspender a instilação nasal com soro fisiológico.
c) no lagoftalmo: realizar a inversão dos cílios e a sua lubrificação.
d) nas úlceras e feridas nas mãos: limpar e hidratar as mãos, lixar as bordas das úlceras, cobrir
e colocar, por um determinado período de tempo, as mãos em repouso.
e) nos calos nos pés: mergulhar os pés numa bacia com água, hidratá-los e evitar exame de
sensibilidade tátil.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
Retirar cílios invertidos deve ser realizada e orientada a lubrificação com colírio 3 a 4 vezes ao
dia.
Alternativa “b” – errada.
Ao contrário, a mucosa deve ser hidratada com frequência.
Alternativa “c” – errada.
Realizar exercícios das pálpebras e lubrificação.
Alternativa “d” – correta.
Alternativa “e” – errada.
Conforme MS, quando calos se encontrarem presentes, deve ser orientada a hidratação dos
pés colocando-os numa bacia com água, à temperatura ambiente, durante cerca de quinze
minutos. Os calos devem ser lixados, após a hidratação, e em seguida lubrificados com gotas
de óleo mineral ou vaselina, diariamente. É importante que a adaptação de calçados seja
realizada, aliviando a pressão sobre a área afetada.
Gabarito Letra: D.

(IBFC/EBSERH/2017)
Sobre a Hanseníase, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. O modo de transmissão ocorre principalmente pelas vias respiratórias.
II. O período de incubação dura em média de 1 a 3 meses.
III. Os doentes considerados multibacilares, não são considerados importantes como fonte de
transmissão da doença devido à baixa carga bacilar.
IV. As pessoas com a forma paucibacilar, no entanto, constituem o grupo contagiante,
mantendo-se como fonte de infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.

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Estão corretas as afirmativas:


a) I, II, III e IV
b) I apenas
c) I, III e IV, apenas
d) III e IV, apenas
e) I e II, apenas
Comentários:
Item I – correto.
Item II – errado.
Média de 2 a 7 anos.
Item III – errado.
Os paucibacilares que não são considerados importantes como fonte de transmissão da doença
devido à baixa carga bacilar.
Item IV – errado.
Com a forma multibacilar que constituem o grupo contagiante, mantendo-se como fonte de
infecção, enquanto o tratamento específico não for iniciado.
Gabarito Letra: B.

1.18 - DENGUE

Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, a depender de sua forma
de apresentação: formas inaparentes, dengue clássico (DC), febre hemorrágica da dengue (FHD) ou
síndrome do choque da dengue (SCD), podendo evoluir para o óbito.

A dengue é uma das doenças de notificação compulsória, devendo todo caso suspeito ou
confirmado ser notificado ao Serviço de Vigilância Epidemiológica, por meio do Sinan (Sistema de
Informação de Agravos de Notificação) nas fichas de notificação e investigação.

O agente etiológico é um vírus (RNA), mais especificamente, um arbovírus do gênero Flavivírus e o


principal vetor é o Aedes aegypti.

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No seu ciclo de vida, o Aedes apresenta quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. O mosquito adulto
vive, em média, de 30 a 35 dias. A sua fêmea põe ovos de 4 a 6 vezes durante sua vida e, em cada
vez, cerca de 100 ovos, em locais com água limpa e parada.

Um ovo do Aedes aegypti pode sobreviver por até 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses),
mesmo que o local onde ele foi depositado fique seco. Se esse recipiente receber água novamente,
o ovo volta a ficar ativo, podendo se transformar em larva, posteriormente em pupa e atingir a fase
adulta depois de, aproximadamente, dois ou três dias.

A transmissão ocorre pela picada da fêmea do mosquito infectado, principalmente durante o dia,
e o tempo de incubação é em média de 5 a 6 dias.

O período de transmissibilidade da doença compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no ser
humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor. A transmissão do ser humano para o mosquito
ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano, chamado período de viremia.
O homem está apto a infectar o mosquito a partir de 1º dia antes do aparecimento dos sintomas até
o 6º dia da doença.

As manifestações da doença incluem (Conforme CAB, 21)

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DENGUE CLÁSSICO (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta (39º a 40°C), com
início abrupto, associada à cefaleia, prostração, mialgia, artralgia, dor retro orbitária, exantema
maculo papular e acompanhado ou não de prurido. Também pode haver quadros diarreicos,
vômitos, náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7 dias; o período de convalescença
pode se estender de poucos dias a
várias semanas, dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.

FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE (FHD): os sintomas iniciais da FHD são semelhantes aos do DC,
até o momento em que ocorre a defervescência da febre, o que ocorre geralmente entre o 3° e o 7°
dias de evolução da doença, com posterior agravamento do quadro, aparecimento de manifestações
hemorrágicas espontâneas ou provocadas, trombocitopenia (plaquetas <100.000/mm3) e perda de
plasma.

SÍNDROME DO CHOQUE DA DENGUE (SCD): nos casos graves de FHD, o choque ocorre geralmente
entre o 3° e o 7° dias de doença, frequentemente precedido por dor abdominal. O choque ocorre
devido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida de hemoconcentração e falência
circulatória. A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou à recuperação rápida
frente terapia antichoque oportuna e apropriada. Caracteriza-se essa síndrome por pulso rápido e
fraco, com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades frias, pele pegajosa e agitação.

Condições para caso suspeito:


Todo paciente que apresente doença febril aguda com duração máxima de até 7 dias, acompanhada
de, pelo menos, dois dos seguintes sintomas: cefaleia, dor retro orbitária, mialgia, artralgia,
prostração ou exantema, associados ou não à presença de hemorragias. Além desses sintomas, o
paciente deve ter estado, nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendo transmissão de
dengue ou tenha a presença do Aedes aegypti.

IMPORTANTE RECONHECER OS SINAIS DE ALARME E DE CHOQUE

SINAIS DE ALARME: dor abdominal intensa e continua; vômito persistente; hipotensão postural ou
lipotimia; pressão diferenciada hepatomegalia dolorosa; hemorragia importantes (hematêmese
e/ou melena); agitação e/ou letargia; diminuição da diurese; diminuição repentina da temperatura
corpórea ou hipotermia; aumento repentino do hematócrito; desconforto respiratório

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SINAIS DE CHOQUE: hipotensão arterial; pressão arterial convergente (PA diferencial < 20 mmhg);
extremidades frias, cianose; pulso rápido e fino; enchimento capilar lento ( < 2 segundos).

Além do EXAME CLÍNICO, o diagnóstico pode se basear na dosagem de PCR, IgG e IgM.

A PROVA DO LAÇO é um teste obrigatório na TRIAGEM para todos os casos suspeitos de dengue
que não apresente sangramento espontâneo.

Afere-se a pressão arterial e calcula-se a média (PAS + PAD)/2.


Desinfla-se o manguito e insufla novamente até o valor obtido na média.
Mantém-se insuflado por 5 min (adulto).
Desenhar um quadrado de 2,5 cm na porção do antebraço que mais tiver petéquias. Será positivo
se for contado mais de 20 petéquias (adulto).
Caso apresentar-se positiva antes do tempo estimado, deve-se interromper o teste.

O manejo adequado dos pacientes depende do reconhecimento precoce dos sinais de alarme, do
contínuo monitoramento e reestadiamento dos casos e da pronta reposição hídrica.
O TRATAMENTO É SINTOMÁTICO com o uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação, sendo que
é contra indicado medicamentos salicilatos (AAS) e anti-inflamatórios não hormonais (Cetoprofeno,
ibuprofeno, diclofenaco, nimesulida, etc).

Por ser uma doença de evolução dinâmica, pode ser caracterizada em grupos com condutas
distintas:

GRUPO A

CARACTERIZAÇÃO:

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Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro orbitária, exantema, mialgia e
artralgia) e história epidemiológica compatível.

Ausência de manifestações hemorrágicas (espontâneas e prova do laço negativa).


Ausência de sinais de alarme.

CONDUTA TERAPÊUTICA
a) Hidratação oral
Adulto: Calcular o volume de líquidos de 60 a 80 ml/kg/dia, sendo um terço com
solução salina e iniciando com volume maior. Para os dois terços restantes, orientar
a ingestão de líquidos caseiros (água, sucos de frutas, soro caseiro, chás, água de
coco, etc.), utilizando-se os meios mais adequados à idade e aos hábitos do
paciente.

Crianças: orientar a hidratação oral no domicílio, de forma precoce e abundante


com líquidos e soro de reidratação oral, oferecendo com frequência de acordo com
a aceitação da criança.
Orientar sobre sinais de alarme e desidratação. Não existe contraindicação formal
para o aleitamento materno

b) Drogas em Sintomáticos - com febre elevada ou dor. Deve ser evitada a via
intramuscular.
Antitérmicos e analgésicos: dipirona e paracetamol
Antiemético: Bromoprida, metoclopramida
Antipruriginoso: O prurido na dengue pode ser extremamente incômodo, mas é
autolimitado, durando em torno de 36 a 48 horas. Ex. Loratadina, hidroxizine

*Os salicilatos não devem ser administrados, pois podem causar sangramento.
*Os anti-inflamatórios não hormonais e drogas com potencial hemorrágico não
devem ser utilizados

GRUPO B

CARACTERIZAÇÃO:

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Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos
(cefaleia, prostração, dor retro orbitária, exantema, mialgia e artralgia) e história
epidemiológica compatível;

Manifestações hemorrágicas (espontâneas e com prova do laço positiva) sem


repercussão hemodinâmica;

Ausência de sinais de alarme.

CONDUTA TERAPÊUTICA
a) Hidratação oral - conforme recomendado para o grupo A, até o resultado do exame.
b) Sintomáticos - uso de analgésicos e antitérmicos.

Paciente com hemograma normal: segue tratamento em regime ambulatorial, como


Grupo A.
Paciente com hematócrito aumentado em até 10% acima do valor basal ou, na ausência
deste, as seguintes faixas de valores: crianças: >38% e 40% e 45% e <50%; e ou
plaquetopenia entre 50 e 100.000 cel./m3 e ou leucopenia menor que 1000 cel./m3:
Tratamento ambulatorial com hidratação oral (80 ml/kg/dia), conforme orientado no
grupo A; orientação sobre sinais de alarme e retorno para reavaliação clínico laboratorial
em 24 horas e reestadiamento.
Paciente com hematócrito aumentado em mais de 10% acima do valor basal ou, na
ausência deste, os seguintes valores: crianças: >42%; mulheres: >44%; homens: >50%;
e/ou plaquetopenia:
Leito de observação em unidade de emergência, unidade hospitalar ou unidade
ambulatorial com capacidade de realizar hidratação venosa sob supervisão médica por
período mínimo de seis horas somado a hidratação oral supervisionada ou parenteral (80
ml/kg/dia, sendo 1/3 do volume infundido nas primeiras quatro a seis horas e na forma
de solução salina isotônica), reavaliação clínica e de hematócrito após a etapa de
hidratação.

GRUPO C e D

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CARACTERIZAÇÃO:
✓Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas
inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retro orbitária, exantema, mialgia e artralgia) e
história epidemiológica compatível;
✓Presença de algum sinal de alarme e/ou;
✓Choque;
✓Manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes

Grupo C – Paciente Sem Hipotensão:


✓Leito de observação em unidade com capacidade para realizar hidratação venosa sob
supervisão médica por período mínimo de 24 horas;
✓Hidratação EV imediata: 25 ml/kg em quatro horas, com soro fisiológico ou ringer
lactato, de preferência em bomba de infusão contínua. Repetir esta fase até 3 vezes;
✓Reavaliação clínica e de hematócrito após quatro horas e de plaquetas após 12 horas;
✓Se houver melhora clínica e laboratorial, iniciar etapa de manutenção com 25 ml/kg em
cada uma das etapas seguintes (8 e 12 horas); se a resposta for inadequada, repetir a
conduta anterior, reavaliando ao fim da etapa. A prescrição pode ser repetida por até três
vezes;
✓Se houver melhora, passar para etapa de manutenção com 25 ml/kg em cada uma das
etapas seguintes (8 e 12 horas);
✓Se a resposta for inadequada, tratar como paciente com hipotensão (ver abaixo).

Grupo D – Paciente Com Hipotensão Ou Choque:


✓Iniciar a hidratação parenteral com solução salina isotônica (20 ml/kg/hora)
imediatamente, independentemente do local de atendimento. Se necessário, repetir por
até três vezes;
✓Leito de observação em unidade, com capacidade de realizar hidratação venosa sob
supervisão médica, por um período mínimo de 24 horas;
✓Reavaliação clínica (cada 15-30 minutos) e hematócrito após duas horas;
✓Se houver melhora do choque (normalização da PA, débito urinário, pulso e respiração),
tratar como paciente sem hipotensão;

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✓Se a resposta for inadequada, avaliar a hemoconcentração. Em ambos os casos, se a


resposta for inadequada, encaminhar para a unidade de cuidados intensivos.
* Hematócrito em ascensão: Utilizar expansores plasmáticos
* Hematócrito em queda: investigar hemorragias e transfundir concentrado de hemácias
se necessário.

MEDIDAS DE CONTROLE DA DENGUE


Para prevenir e controlar a dengue, a única maneira é impedir que o mosquito se prolifere,
interrompendo seu ciclo de reprodução, ou seja, impedindo que os ovos sejam depositados em
locais com água.

Algumas medidas para prevenção da dengue


a) No interior dos imóveis:
✓Não deixar acumular água em pratos de vasos de plantas e xaxins. Colocar areia preenchendo o
prato até sua borda ou lavar, semanalmente, com esponja ou bucha e sabão, para eliminar
completamente os ovos do mosquito.
✓Lavar, semanalmente, os bebedouros de animais com escova, esponja ou bucha, e trocar sua água,
pelo menos, uma vez por semana.
✓Não deixar qualquer depósito de água sem estar bem fechado (tambores, filtros, tanques, caixas
d’água e outros). Qualquer fresta, neste tipo de depósito, é suficiente para a fêmea conseguir colocar
os ovos e iniciar um novo ciclo.

b) No exterior dos imóveis:


✓Limpar as calhas e lajes das casas. Se houver piscina, lembrar de que a água deve estar sempre
tratada;
✓Manter as caixas d’água, poços, latões e tambores bem vedados;
✓Guardar garrafas vazias de boca para baixo;
✓Eliminar a água acumulada em plantas, como bambus, bananeiras, bromélias, gravatás, babosa,
espada de São Jorge, dentre outras;
✓Entregar os pneus inservíveis para limpeza pública, ou, se necessário, guardá-los em locais
protegidos da água da chuva;

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✓Não jogar lixo em terrenos baldios;


✓Tampar as garrafas descartáveis, antes de colocá-las no lixo;
✓Separar copos descartáveis, tampas de garrafas, latas, embalagens plásticas, enfim tudo que possa
acumular água. Colocar em saco plástico, fechar bem e colocar no lixo.
✓Manter o lixo tampado e seco até seu recolhimento para destinação adequada;

(FCC/TRT - 13ª REGIÃO/2014)


A Prova do Laço é um procedimento obrigatório em todos os casos suspeitos de Dengue e
consiste em desenhar um
a) círculo de 2,5 cm de cada lado no antebraço do paciente (a área mais apropriada é o terço
médio ventral do antebraço); realizar a aplicação de um derivado proteico purificado por via
intradérmica (0,1 mL); o local da aplicação se mantém endurecido por cerca de dez minutos.
Decorridos este tempo, a prova será considerada positiva se houver o aparecimento de 20 ou
mais petéquias em adultos e 5 ou mais em crianças.
b) círculo de 2,5 cm de cada lado (ou uma área ao redor da falange distal do polegar) na região
da panturrilha do paciente; medir a Pressão Arterial com o paciente na posição em pé e no
caso da Pressão Arterial Sistêmica maior que 14 mmHg colocar o paciente na posição deitada
e com os membros inferiores fletidos por, aproximadamente, 3 minutos (para adultos e
crianças). A prova será positiva se houver o aparecimento de petéquias ou equimoses no
desenho da panturrilha, independente do número.
c) quadrado de 2,5 cm de cada lado no terço proximal do antebraço direito do paciente; colocar
o paciente deitado em decúbito dorsal com o membro superior direito apoiado sobre o
abdômen; garrotear o antebraço dois dedos acima da marca do desenho por,
aproximadamente, 3 minutos (tomar cuidado para não apertar demasiadamente o garrote). A
prova será considerada positiva, se houver mais de 10 petéquias em adultos e crianças.
d) círculo de 2,5 cm de cada lado no terço proximal do antebraço direito do paciente e verificar
a pressão arterial com ele deitado; insuflar novamente o manguito até atingir o valor da
pressão arterial sistólica medida anteriormente e manter por 3 minutos em adulto (em criança
2 minutos) ou até o aparecimento de petéquias ou equimose. A prova será considerada positiva
se houver acima de 15 petéquias em adultos e crianças.
e) quadrado de 2,5 cm de cada lado no antebraço do paciente e verificar a pressão arterial
(deitada ou sentada); calcular o valor médio: (PAS + PAD)/2; insuflar novamente o manguito
até o valor médio e manter por 5 minutos em adulto (em crianças, 3 minutos) ou até o

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aparecimento de petéquias ou equimose; contar o número de petéquias no quadrado. A prova


será positiva se houver 20 ou mais petéquias em adultos e 10 ou mais em crianças.
Comentários:
Acabamos de descrever a prova do laço acima. Onde consta exatamente o procedimento é a
letra E, que inclusive, acrescenta a informação para a contagem em crianças.
Gabarito Letra: E.

(FCC/TRT - 3ª REGIÃO/2015)
Ao prestar atendimento a um paciente com suspeita de dengue, o enfermeiro deve estar
atento aos sinais de alarme que anunciam a perda plasmática e a iminência de choque, que
são, dentre outros,
a) exantema e prurido.
b) mialgias e diminuição da diurese.
c) prostração e cefaleia.
d) dor retro orbitária e artralgias.
e) lipotimia e diminuição repentina da temperatura corpórea.
Comentários:
Os sinais de alarme são dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, hipotensão
postural e/ou lipotimia, hepatomegalia dolorosa, sangramento de mucosas, hemorragia
importantes (hematêmese e/ou melena), sonolência e/ou irritabilidade, diminuição da
diurese, hipotermia, aumento repentino de hematócrito, queda abrupta de plaquetas e
desconforto respiratório.
Gabarito Letra: E.

(CESPE/TRT - 8ª REGIÃO/2015)
Assinale a opção correta a respeito da dengue.
a) O agente etiológico da dengue é o mosquito da espécie Aedes aegypti, que também pode
ser transmissor da febre amarela urbana.
b) Por apresentar um grande número de casos suspeitos, a dengue não é considerada uma
doença de notificação compulsória.
c) A dengue é considerada de padrão sazonal, de incidência coincidente com o inverno, devido
à maior ocorrência de geadas e à queda de temperatura nessa estação.

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d) A fonte de infecção e reservatório para o agente etiológico da dengue é o ser humano, tendo
sido descrito na Ásia e na África um ciclo selvagem com o envolvimento de macacos.
e) O tratamento da dengue é sintomático, mediante a utilização frequente de analgésicos,
antipiréticos, antibióticos e sulfas.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
O mosquito é o vetor e não o agente etiológico.
Alternativa “b” – errada.
A dengue faz parte da lista de NC.
Alternativa “c” – errada.
A incidência é coincidente com o verão.
Alternativa “d” – correta.
Alternativa “e” – errada.
O tratamento é sintomático mediante o uso de analgésicos, antitérmicos e hidratação
abundante.
Gabarito Letra: D.
(CESGRANRIO/UNIRIO/2016)
Em relação ao pronto atendimento no período patogênico da Dengue (entre 2 e 7 dias), qual é
o procedimento de enfermagem que favorece o diagnóstico diferencial com a infecção pelo
Zika vírus?
a) Balanço hídrico
b) Curva térmica
c) Controle da diurese
d) Controle da tensão arterial
e) Registro de náuseas e vômitos
Comentários:
Enquanto a dengue se caracteriza por febre súbita e alta, a infecção por Zika nem sempre é
acompanhada de febre e, quando presente, é baixa e autolimitada.
Gabarito Letra: B.

(FCC/TRT - 11ª REGIÃO/2017)

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O profissional de enfermagem realizou a Prova do Laço em uma paciente de 16 anos, gestante


de 4 meses. Nessa situação hipotética, o resultado da prova foi positivo, que é uma
manifestação frequente nos casos de
a) Zika.
b) Dengue.
c) Chikungunya.
d) Hiperemese gravídica.
e) Gravidez tubária em adolescente.
Comentários:
A prova do laço é utilizada no diagnóstico da DENGUE.
Gabarito Letra: B.

(FCC/TRT - 8ª REGIÃO/20156)
De acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde, assinale a opção correta acerca da doença
dengue, em crianças e adultos.
a) Deve-se atentar para o risco de choque hipovolêmico no paciente com dengue e sintomas
de dor abdominal, que frequentemente antecede o choque.
b) Não se deve exercer pressão sobre o local de retirada de punção venosa, no paciente com
dengue que apresenta sangramento, devido ao risco de aumento do sangramento.
c) É recomendada a aplicação de compressas frias em paciente com dengue que apresenta
febre.
d) O paciente com dengue que apresenta sangramento pode receber medicamentos por
qualquer via.
e) A atenção à possibilidade de crises convulsivas em crianças com dengue, menores de cinco
anos, está associada à presença de prurido.
Comentários:
Alternativa “a” – correta.
Alternativa “b” – errada.
É exatamente pelo risco do sangramento que se deve comprimir bem o local da punção.
Alternativa “c” – errada.
Aplicar compressas mornas (nunca fria devido ao risco de vasoconstricção súbita).
Alternativa “d” – errada.

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A via intramuscular não deve ser opção para pacientes que apresentam sangramento
Alternativa “e” – errada.
Está associada à presença de febre.
Gabarito Letra: A.

1.19 - CHIKUNGUNYA

Doença viral causada por vírus (RNA) do gênero Alphavirus e transmitido por Aedes aegypti ou
Aedes albopictus através da picada da fêmea do mosquito infectado, além da transmissão vertical
e transfusional. Apresenta incubação de 3 a 7 dias.

O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 3 a 7 dias (podendo
variar de 1 a 12 dias). O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média dez dias. O período de
viremia no ser humano pode perdurar por até dez dias e, geralmente, inicia-se dois dias antes da
apresentação dos sintomas, podendo perdurar por mais oito dias.

A doença pode evoluir em três fases: AGUDA, SUBAGUDA E CRÔNICA. Após o período de incubação
inicia-se a fase aguda ou febril, que dura até o décimo dia. Alguns pacientes evoluem com
persistência das dores articulares após a fase aguda, caracterizando o início da fase subaguda, com
duração até 3 meses. Quando a duração dos sintomas persiste até 3 meses atingem a fase crônica.

Os sinais e sintomas TÍPICOS característicos são: EXANTEMA, febre baixa ou ausente, hiperemia
conjuntival, cefaleia, ARTRALGIA, mialgia, exantema maculopapular e prurido. Sintomas gástricos
são raros e não há hemorragia, plaquetopenia, linfopenia e neutropenia.

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Já as manifestações ATÍPICAS estão apresentadas, a seguir:

Além da AVALIAÇÃO CLÍNICA, o diagnóstico se baseia na dosagem de PCR , IgG e IgM.

O TRATAMENTO é sintomático com analgésicos, antitérmicos, avaliação quanto ao uso de


corticoides e muita hidratação.

CONDUTA
A terapia utilizada é de suporte sintomático, hidratação e repouso. A droga de escolha é o
paracetamol, podendo ser utilizada a dipirona para alívio da dor e febre.
Nos casos da dor refratária à dipirona e ao paracetamol, podem ser utilizados os analgésicos opióides
como cloridrato de tramadol e codeína.
A princípio deve ser selecionado a menor dose analgésica eficaz. Entre os efeitos adversos estão as
náuseas, vômitos, secura da boca, dor de cabeça, tontura e sonolência.
Obs.: Corticoide (Ex. prednisona) está indicado apenas para os casos com dor articular subaguda e
crônica não responsiva a AINE e analgésicos, em pacientes com dor moderada a intensa, poli
articular, debilitante.

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(FCC/TRT - 20ª REGIÃO/2016)


O profissional de saúde que presta atendimento ao paciente com Chikungunya deve estar
atento aos sinais de gravidade e critérios de hospitalização, que são, dentre outros,
a) hipotensão arterial, dor torácica e sangramentos de mucosas.
b) prurido, dor na articulação e disúria.
c) conjuntivite, hipotermia e icterícia.
d) manchas na pele, dispneia e dispareunia.
e) febre, hipertrofia ganglionar e polaciúria.
Comentários:
Os sinais de gravidade incluem hipotensão, dispneia, sinais de choque, dispneia, dor torácica,
sangramento de mucosas, vômitos, etc.
Gabarito Letra: A.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Paciente masculino, 18 anos, procurou a unidade de pronto atendimento apresentando
sintomas de febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos e
manchas vermelhas na pele. Foi diagnosticado como caso suspeito de Chikungunya. Em relação
a essa doença, assinale a alternativa correta.
a) É causada por uma bactéria que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti.
b) O tratamento é específico com uso de poliquimioterapia para Chikungunya mais ácido
acetilsalicílico.
c) Não se trata de doença de notificação compulsória, pois já é considerada endêmica no Brasil.
d) Já foi identificada a transmissão sexual dessa doença.
e) Como prevenção, é fundamental implementar ações para eliminação de focos do vetor que
transmite a doença.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
É uma infecção viral transmitida pelo vetor Aedes aegypti.
Alternativa “b” – errada.

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Tratamento sintomático com analgésicos, antitérmicos e avaliação do uso de corticoides.


Alternativa “c” – errada.
Faz parte da lista de NC.
Alternativa “d” – errada.
Não há transmissão sexual deste vírus.
Alternativa “e” – correta.
Gabarito Letra: E

(IBFC/EBSERH/2016)
O vírus Chikungunya é originário da África, onde foi identificado originalmente na Tanzânia em
casos humanos febris e em mosquitos Aedes Aegypti. Sobre a Febre de Chikungunya, assinale
a alternativa correta.
a) Os principais hospedeiros dos arbovírus são humanos e primatas não humanos, além de
outros vertebrados como roedores, pássaros e pequenos mamíferos.
b) O período de incubação extrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 10 a 14 dias
(podendo variar de 5 a 28 dias).
c) O período de incubação intrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 20 dias.
d) Depois do período de incubação intrínseco, o mosquito é capaz de transmitir o vírus a um
hospedeiro suscetível, como o ser humano. Em seguida, o mosquito permanece infectante por
apenas 4 semanas.
e) O período de viremia no ser humano pode perdurar por até 30 dias e, geralmente, inicia-se
10 dias antes da apresentação dos sintomas.
Comentários:
Alternativa “a” – correta.
Alternativa “b” – errada.
O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano é em média de 3 a 7 dias
(podendo variar de 1 a 12 dias).
Alternativa “c” – errada.
O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 10 dias. Os mosquitos adquirem o vírus a
partir de um hospedeiro virêmico.
Alternativa “d” – errada.

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Depois do período de incubação extrínseca, o mosquito é capaz de transmitir o vírus a um


hospedeiro suscetível, como o ser humano. Em seguida o mosquito permanece infectante até
o final da sua vida (6 a 8 semanas).
Alternativa “e” – errada.
O período de viremia no ser humano pode perdurar por até 10 dias e, geralmente, inicia-se
DOIS dias antes da apresentação dos sintomas.
Gabarito Letra: A.

(FCC/TRT - 3ª REGIÃO/2015)
O clima quente e a umidade em áreas urbanas favorecem criadouros para a proliferação do
mosquito Aedes aegypti, o vetor de doenças tropicais como:
a) malária e febre amarela.
b) hantavirose e febre do Nilo Ocidental.
c) febre de Chikungunya e leishmaniose visceral.
d) malária e doença de Creutzfeldt-Jakob.
e) dengue e febre de Chikungunya.
Comentários:
O clima quente favorece a proliferação do Aedes aegypti, vetor da dengue, Chikungunya e Zica
Gabarito Letra: E

(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


Na fase aguda de Chikungunya, a maioria dos casos pode ser acompanhado
ambulatorialmente. O Ministério da Saúde recomenda:
I. Utilizar compressas frias de 4 em 4 horas por 20 minutos, como medida analgésica, nas
articulações acometidas.
II. Estimular a hidratação oral dos pacientes adultos (2 litros no período de 24 horas).
III. Estimular atividades físicas de sobrecarga para as articulações.
IV. Manter os membros inferiores posicionados em proclive.
Está correto o que consta APENAS em
a) I, III e IV.
b) II e IV.

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c) I e II.
d) II e III.
e) III e IV.
Comentários:
Item I – correta.
Item II – correta.
Item III – errada.
As articulações podem estar extremamente edemaciadas, sendo contraindicado atividades
físicas que esforçam as mesmas.
Item IV – errada.
Proclive mantém os MMII abaixo do corpo, o que piorará o edema nos MMII (articulações).
Gabarito Letra: C.

1.20 - ZIKA VÍRUS

Doença viral, evolução benigna, autolimitada, cuja transmissão também ocorre pelo Aedes aegypti,
mas também crescem estudos a respeito da transmissão por via ocupacional, perinatal e sexual.

O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano, é em média de 2 a 7 dias.

Os sintomas são: febre (nem sempre presente e autolimitada), hiperemia ocular, cefaleia, artralgias
exantema maculopapular, frequentemente com prurido e, menos frequente, odinofagia (dor a
deglutição).

TRATAMENTO
Não existe tratamento específico para febre por Zika. O tratamento dos casos sintomáticos
recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da
febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser
considerados.

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No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico (AAS) e outras drogas anti-
inflama0tórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas
nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

Com relação à ligação do vírus Zika com a microcefalia em crianças, há fortes evidências e os estudos
prosseguem.

Vamos comparar!

http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2015/dezembro/09/Microcefalia---Protocolo-de-vigil--ncia-e-resposta---vers--o-1----09dez2015-8h.pdf

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(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


A febre pelo Zika vírus é uma doença febril aguda, autolimitada que, via de regra, não se associa
a complicações graves, e que leva a uma baixa taxa de hospitalização. Quando sintomática,
dentre outras manifestações clínicas, causa:
a) mialgia, cardiomegalia e, com grande frequência, alterações gastrointestinais,
principalmente vômitos.
b) exantema maculopapular, artralgia que pode persistir por, aproximadamente, um mês e
menos frequentemente odinofagia.
c) febre alta, cefaleia, hiperemia conjuntival e, frequentemente, edema de membros inferiores,
principalmente na região do tornozelo.
d) tosse seca, formigamento de extremidades, polaciúria e bromidrofobia provocando lesões
na pele.
e) febre, artralgia, exantema de Koplick e, menos frequentemente, a coprofagia ocasionando
tosse, falta de ar e fadiga muscular.
Comentários:
A sintomatologia clássica do Zika inclui exantema maculopapular, frequentemente com
prurido, artralgia, febre (às vezes e baixa) e cefaleia. A presenta de odinofagia PODE ocorrer.
Gabarito Letra: B

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Paciente, 26 anos, sexo masculino, proveniente do Estado da Bahia, procurou a unidade de
saúde apresentando exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia
conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e cefaleia, com diagnóstico médico
de ZIKA vírus. Sobre essa doença, assinale a alternativa correta.
a) A grande maioria dos casos evolui para insuficiência respiratória aguda grave.
b) O tratamento é específico e se dá com antibioticoterapia de amplo espectro.
c) Deve-se proceder à vacinação dos familiares e contatos próximos.
d) As medidas de prevenção e controle dessa doença são semelhantes às da dengue e
Chikungunya.

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e) A principal via de transmissão dessa doença é por contato direto da pessoa saudável com
pessoas infectadas.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
A minoria dos casos pode se agravar.
Alternativa “b” – errada.
O tratamento é sintomático e incluem analgésicos e anti-inflamatórios. Não é indicado nenhum
medicamento a base de ácido acetil salicílico nem anti-inflamatórios não esteroidais.
Alternativa “c” – errada.
Não há vacinação para a Zika.
Alternativa “d” – correta.
Gabarito Letra: D.

(FCC/TRT - 23ª REGIÃO/2016)


Apesar de existirem relatos de transmissão ocupacional, perinatal e sexual do Zika vírus, para
fins de ações de prevenção e controle da doença o Ministério da Saúde considera que o
principal modo de transmissão é
a) por fômites.
b) pelas vias aéreas.
c) por contato direto.
d) pela saliva.
e) por vetores.
Comentários:
A transmissão até então certa do Zika vírus se dá pelo vetor Aedes aegypt.
Gabarito Letra: E.

(CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS – MA/2017)


O Zika vírus tornou-se causa de calamidade pública no Brasil, tanto por sua propagação quanto
por sua associação aos casos de
a) abortos espontâneos.
b) mortalidade materna.

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c) anomalias genéticas.
d) microcefalia.
e) nascimentos prematuros.
Comentários:
Há forte evidência da ligação da infecção por Zika e casos de microcefalia, mas os estudos ainda
não se finalizaram a respeito.
Gabarito Letra: D

(FCC/TRT - 11ª REGIÃO/2017)


Utilizar telas em janelas e portas e usar roupas compridas são orientações fornecidas pelo
profissional de saúde à população com o objetivo de prevenir a transmissão do:
a) câncer de pele.
b) Zika vírus.
c) vírus da gripe H1N1.
d) vitiligo.
e) sarampo.
Comentários:
Esse tipo de prevenção diz respeito à proteção contra vetores, logo, quanto à proteção do Zika
vírus.
Gabarito Letra: B.

(FCC/TRT - 11ª REGIÃO/2017)


Após utilizar o oxímetro de pulso em um paciente portador do Zika vírus, e antes de utilizá-lo
em outro paciente, o profissional de enfermagem deve realizar como processamento mínimo
a
a) desinfecção de alto nível.
b) limpeza e/ou desinfecção de baixo nível.
c) esterilização com vapor úmido.
d) autoclavação com vapor saturado.
e) desinfecção por formaldeído.
Comentários:

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O equipamento é não crítico e exige desinfecção de baixo nível.


Gabarito Letra: B.

(IBFC/EBSERH/2017)
Sobre a doença Zika vírus, leia as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores.
II. Está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório
de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.
III. A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril crônica, com duração de 10 a 17
dias, com complicações graves e alguns registros de mortes.
IV. A taxa de hospitalização é potencialmente alta.
Estão corretas as afirmativas:
a) I, II, III e IV
b) I, III e IV, apenas
c) III e IV, apenas
d) I e II, apenas
e) I, II e III, apenas
Comentários:
Item I – correto.
Item II – correto.
Item III – errado.
A febre por vírus Zika é descrita como uma doença febril AGUDA, AUTOLIMITADA com duração
de 3 a 7 dias s, geralmente SEM complicações graves e NÃO HÁ registros de mortes.
Item IV – errado.
A taxa de hospitalização é potencialmente BAIXA.
Gabarito Letra: D.

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1.21 - SÍFILIS

A sífilis é uma infecção de caráter sistêmico, transmitida predominantemente por via sexual e
vertical, causada pelo Treponema pallidum (T. pallidum), exclusiva do ser humano, e que, quando
não tratada precocemente, pode evoluir para uma enfermidade crônica com sequelas
irreversíveis em longo prazo.

A transmissão por transfusão sanguínea, embora possível, é rara, devido à triagem rigorosa das
bolsas de sangue quanto à presença de agentes infecciosos, como o T. pallidum, e pelo pouco
tempo de sobrevivência da bactéria fora do organismo humano, especialmente em baixas
temperaturas, como as usadas para a conservação das bolsas de sangue.

Classicamente, os estágios da sífilis não tratada são classificados como: sífilis primária, sífilis
secundária, sífilis latente (recente até um ano após exposição e tardia com mais de um ano de
evolução) e sífilis terciária.
A sífilis primária, também conhecida como “cancro duro”, ocorre após o contato sexual com o
indivíduo infectado. O período de incubação é de 10 a 90 dias (média de três semanas). A primeira
manifestação é caracterizada por uma úlcera, geralmente única, que ocorre no local de entrada
da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais do tegumento),
indolor, com base endurecida e fundo limpo, rica em treponemas. Esse estágio pode durar entre
duas e seis semanas, desaparecendo espontaneamente, independentemente de tratamento.

A sífilis secundária surge em média entre seis semanas e seis meses após a infecção. Podem
ocorrer erupções cutâneas em forma de máculas (roséola) e/ou pápulas, principalmente no
tronco; eritema palmo-plantares; placas eritematosas branco-acinzentadas nas mucosas; lesões
pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata);
alopecia em clareira e madarose.

A sintomatologia pode desaparecer espontaneamente em poucas semanas. Mais raramente,


observa-se comprometimento hepático, quadros meníngeos e/ou até oculares, em geral uveítes.

Caracteriza-se como sífilis congênita precoce aquela que se manifesta antes dos dois primeiros
anos de vida, e como sífilis congênita tardia aquela que se manifesta após os dois anos.

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O diagnóstico da sífilis congênita precoce e tardia é realizado por meio de uma avaliação
epidemiológica criteriosa da situação materna e da avaliação clínico laboratorial e estudos de
imagem na criança.

Toda gestante deve ser testada duas vezes para sífilis durante o pré-natal. Uma no primeiro
trimestre de gravidez e a segunda no terceiro trimestre. A parceria sexual também deve ser
testada. Além disso é obrigatória, ainda, a realização de um teste, treponêmico ou não
treponêmico, imediatamente após a internação para o parto na maternidade, ou em caso de
abortamento.

O diagnóstico da sífilis se dá por exames diretos e testes imunológicos.

Exame direto:

✓Exame em campo escuro

A pesquisa do T. pallidum por microscopia de campo escuro pode ser realizada tanto nas lesões
primárias como nas lesões secundárias da sífilis, em adultos ou em crianças.

A amostra utilizada é o exsudato seroso das lesões ativas (que deve ser livre de eritrócitos, de
restos de tecido e de outros microrganismos).

O material deve ser analisado imediatamente após a coleta da amostra, sendo levado ao
microscópio com condensador de campo escuro, o que permite a visualização de T. pallidum vivo
e apresentando mobilidade. Este é considerado o teste mais eficiente para determinar o
diagnóstico direto da sífilis e possui baixo custo.

✓Testes imunológicos

Embora o tempo para o surgimento dos anticorpos antitreponêmicos possa variar de indivíduo
para indivíduo, na maioria dos casos eles poderão ser detectados a partir de dez dias do
aparecimento da lesão primária da sífilis (cancro duro).

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Existem dois tipos de testes imunológicos para sífilis: os não treponêmicos e os treponêmicos. Os
testes não treponêmicos detectam anticorpos anticardiolipina, que não são específicos para os
antígenosG do T. pallidum. Os testes treponêmicos, por sua vez, detectam anticorpos específicos
para os antígenos do T. pallidum.

✓Testes não treponêmicos

Podem ser qualitativos ou quantitativos. Embora ambos utilizem o mesmo reagente, o teste não
treponêmico qualitativo fornece apenas a informação de que anticorpos foram encontrados ou
não na amostra testada. Por outro lado, o teste quantitativo permite estimar a quantidade desses
anticorpos presentes mediante a diluição seriada da amostra, que será abordada mais adiante.

O mais utilizado é o VDRL baseia-se no uso de uma suspensão antigênica composta por uma
solução alcoólica contendo cardiolipina, colesterol e lecitina purificada e utiliza soro inativado
como amostra.

✓Testes treponêmicos:

Utilizam lisados completos de T. pallidum ou antígenos treponêmicos recombinantes e detectam


anticorpos específicos (geralmente IgM e IgG) contra componentes celulares dos treponemas. Ex:
FTAAb, considerado um teste com boa especificidade, pois nele ocorre a absorção ou bloqueio de
anticorpos não específicos que eventualmente estão presentes no soro, pela utilização de
treponemas saprófitos.

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Em outras palavras mais simples e suficiente para a prova: para o diagnóstico de sífilis em gestante,
podem ser utilizados os testes treponêmicos rápidos ou os testes treponêmicos convencionais(Elisa,
FTA-Abs, TPHA, dentre outros) e os não treponêmicos (VDRL, RPR, TRUST, dentre outros).

Para o diagnóstico da sífilis congênita, deve-se avaliar a história clínico epidemiológica da mãe,
realizar exame físico detalhado da criança e avaliar os resultados dos testes laboratoriais e dos
exames radiológicos.

Resultados reagentes em testes realizados em amostras de criança com idade inferior a 18 meses
devem ser sempre analisados juntamente com os resultados dos testes executados em amostra
da mãe, pois é necessário considerar a possibilidade de transferência de anticorpos IgG maternos
ao feto.

Embora existam testes treponêmicos específicos capazes de detectar IgM no recém nato, esses
testes possuem baixa sensibilidade. Por isso, quando utilizados, deve-se ter em mente que um
resultado negativo não exclui o diagnóstico de sífilis congênita.

(COPEVE-UFAL/UFAL/2018)
A sífilis é uma doença infectocontagiosa, sistêmica e crônica que tem como agente etiológico
a bactéria Treponema pallidum, transmitida por contato sexual (adquirida) ou por mãe
infectada para o bebê durante gestação ou parto (congênita). Em qual estágio a sífilis provoca
lesões em vários órgãos?
a) Latente.
b) Primário.
c) Terciário.
d) Incubação.
e) Secundário.
Comentários:

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Nesse estágio, os testes que detectam anticorpos habitualmente são reagentes,


principalmente os testes treponêmicos; os títulos dos anticorpos nos testes não treponêmicos
tendem a ser baixos e raramente podem ser negativos.
Além disso, como a sífilis terciária acomete não apenas a pele, mas também órgãos internos, o
diagnóstico, quando possível, deve ser baseado na investigação de amostras provenientes dos
órgãos nos quais haja suspeita de atividade do patógeno.
Gabarito Letra: C

(CESPE/EBSERH/2018)
Acerca do controle das doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), cujas incidências têm
tornado esse controle uma prioridade para os órgãos de vigilância epidemiológica brasileiros,
julgue certo ou errado o item subsequente.
No Brasil, são de notificação compulsória a sífilis congênita, a sífilis em gestante e a sífilis
adquirida.
Comentários:
De acordo com a PORTARIA n. 204/2016 que define a Lista Nacional de Notificação
Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde públicos e
privados em todo o território nacional, a Sífilis Adquirida, Congênita e em gestante são doenças
de notificação compulsória e com periodicidade semanal.
Gabarito: Correto.

(CESPE/EBSERH/2018)
Paula, com vinte e seis anos de idade, compareceu a unidade básica de saúde com queixa de
amenorreia havia cerca de vinte dias, mas não tinha certeza da data da última menstruação.
Nessa oportunidade, ela informou ter vida sexual ativa, fazer uso de anticoncepcional oral de
forma irregular e nunca ter engravidado.
Acerca desse caso clínico, julgue certo ou errado o item que segue.
Os testes rápidos para HIV e sífilis deverão ser oferecidos a Paula.
Comentários:
Apesar de não confirmado, ela tem suspeita de gestação. Acerca da triagem do HIV, deve-se
fazer teste na primeira consulta do pré-natal. Logo HIV e Sífilis devem ser oferecidos.
Gabarito: Correto.
(FCC/TRE-SP/2017)

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O Ministério da Saúde lançou recentemente a Campanha de Combate à Sífilis Congênita.


Durante a orientação a um grupo de gestante é fundamental que o técnico de enfermagem,
enquanto integrante da equipe de saúde, ressalte que o teste de sífilis
a) é contraindicado no primeiro trimestre de gestação.
b) não pode ser realizado em gestantes com mais de 40 anos.
c) é contraindicado em gestantes portadoras do vírus HIV.
d) precisa ser realizado tanto pela gestante como pelo parceiro sexual.
e) em gestantes adolescentes, necessita da autorização dos pais ou responsáveis.
Comentários:
Toda gestante deve ser testada 2 (duas) vezes para sífilis durante o pré-natal. Uma no 1º
(primeiro) trimestre de gravidez e a segunda no 3º (terceiro) trimestre. A parceria sexual
também deve ser testada.
Gabarito Letra: D.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Uma jovem de 25 anos foi diagnosticada com Sífilis, tendo seguido corretamente o tratamento
recomendado. Foi solicitado que, após 06 meses do término do tratamento, a jovem realizasse
novamente um teste sorológico, sendo mais indicados, para seguimento, os testes não
treponêmicos como:
a) VDRL.
b) teste de imunofluorescência indireta.
c) ELISA.
d) aglutinação passiva.
e) FTA-Abs.
Comentários:
O principal teste não treponêmico é o VDRL. Grave isso, pois é recorrente.
Gabarito Letra: A

(FCC/TRE-SP/2017)
O Ministério da Saúde lançou recentemente a Campanha de Combate à Sífilis Congênita.
Durante a orientação a um grupo de gestante é fundamental que o técnico de enfermagem,
enquanto integrante da equipe de saúde, ressalte que o teste de sífilis

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a) é contraindicado no primeiro trimestre de gestação.


b) não pode ser realizado em gestantes com mais de 40 anos.
c) é contraindicado em gestantes portadoras do vírus HIV.
d) precisa ser realizado tanto pela gestante como pelo parceiro sexual.
e) em gestantes adolescentes, necessita da autorização dos pais ou responsáveis.
Comentários:
Sendo DST ou IST (nova nomenclatura), ambos os parceiros devem ser diagnosticados e
tratados.
Gabarito Letra: D.

(FCC/TRE-SP/2017)
Considere as afirmativas sobre a sífilis.
I. É uma infecção sexualmente transmissível causada pelo Bacilo de Koch.
II. Pode ser transmitida da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto.
III. Na sífilis primária, a ferida que surge no local da entrada pela bactéria é dolorida, com
secreção purulenta e prurido.
IV. Na sífilis secundária, surgem manchas no corpo, principalmente nas palmas das mãos e
plantas dos pés.
Está correto o que consta em
a) II, III e IV, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III, apenas.
d) I, II, III e IV.
e) II e IV, apenas.
Comentários:
Item I – errado.
Causada pelo Treponema pallidum (bactéria).
Item II – correto.
Item III – errado.
É pouco dolorosa, geralmente, sem ardência, secreção ou prurido.

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Item IV – correto.
Gabarito Letra: E.

(INSTITUTO AOCP/EBSERH/2016)
Um paciente masculino foi diagnosticado com Sífilis há 02 anos e fez o tratamento completo,
porém vem ocorrendo a persistência de exames reagentes que pode ser devido à reinfecção
pelo Treponema Pallidum ou
a) uma cicatriz sorológica.
b) um erro inato do metabolismo.
c) uma coinfecção pelo vírus HIV.
d) um teste cruzado para hepatite B.
e) um armazenamento prolongado da amostra.
Comentários:
Cicatriz sorológica é o termo utilizado para as situações nas quais o usuário, comprovadamente
tratado, ainda apresenta reatividade nos testes. Somente os testes não treponêmicos
quantitativos são indicados para avaliar a eficácia do tratamento da sífilis.
Recomenda-se sua realização a cada seis meses, até o final do segundo ano após o tratamento.
A infecção pelo Treponema pallidum não confere imunidade, por isso um indivíduo pode
contrair sífilis tantas vezes quantas for exposto ao agente etiológico.
Gabarito Letra: A.

1.22 HEPATITES

Entende-se por hepatite os quadros que apresentam uma alteração difusa no parênquima hepático,
caracterizadas por uma lesão necroinflamatória dos hepatócitos, de gravidade variável.

Vejamos o que mais é pedido acerca deste tema:

Hepatite A

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Doença viral aguda, transmitida pelo vírus (RNA) da Hepatite A, de manifestações clínicas variadas,
desde formas subclínicas, oligossintomáticas e até fulminantes (minoria).

Os SINTOMAS se assemelham a uma síndrome gripal, porém há elevação das transaminases.

A TRANSMISSÃO é fecal-oral, veiculação hídrica, pessoa a pessoa (contato intrafamiliar e


institucional), alimentos contaminados e objetos inanimados.

Com relação ao diagnóstico laboratorial, segue a interpretação:

O TRATAMENTO, se necessário, para a forma aguda, apenas sintomático para náuseas, vômitos e
prurido.

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Quanto às COMPLICAÇÕES estão a manutenção das transaminases em níveis elevados por meses
ou, até mesmo, 1 ano. Pode ocorrer necrose maciça ou submaciça do fígado, icterícia, indisposição
progressivas, urina escurecida, e coagulação anormal e deteriorização neurológica.

Hepatite B

Doença viral pelo vírus da hepatite B, com quadro assintomático, sintomático ou fulminante.

O RESERVATÓRIO é o homem. Experimentalmente, chimpanzés, espécies de pato e esquilo.

O Período de incubação é de 30 a 180 dias (média em torno de 60 a 90 dias).


O HBV é altamente infectivo e facilmente TRANSMITIDO por via sexual, transfusão sanguínea,
verticalmente, acidentes perfurocortantes, compartilhamento de seringas, realização de tatuagens,
etc.
O período de transmissibilidade é de duas a três semanas antes dos primeiros sintomas e mantém-
se durante a evolução clínica da doença. O portador crônico pode transmitir por vários anos.
A principal COMPLICAÇÃO é a cronificação da infecção cujas consequências podem ser cirrose
hepática, ascite, hemorragias digestivas, encefalopatia hepática e carcinoma hepatocelular.

Com relação ao diagnóstico laboratorial, segue a interpretação:

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As MEDIDAS DE CONTROLE incluem a profilaxia pré-exposição, pós-exposição, o não


compartilhamento ou reutilização de seringas e agulhas, triagem obrigatória nos doadores de
sangue, inativação viral de hemoderivados e medidas adequadas de biossegurança nos
estabelecimentos de saúde. A vacinação é a medida mais segura para prevenção contra hepatite B.

A vacina contra hepatite B está disponível no SUS para as seguintes situações:

• Menores de um ano de idade, a partir do nascimento, preferencialmente nas primeiras 12 horas


após o parto;
• crianças e adolescentes entre um a 19 anos de idade;
• nos doadores regulares de sangue;
• portadores de hepatite C;
• usuários de hemodiálise;
• politransfundidos;
• hemofílicos;
• talassêmicos;
• profissionais de saúde;
• populações indígenas (todas as faixas etárias);
• comunicantes domiciliares de portadores do vírus da hepatite B;
• portadores de neoplasias;
• pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, etc);
• população de assentamentos e acampamentos;
• homens que praticam sexo com homens;
• profissionais do sexo
• e para portadores de DST até 30 anos de idade.

A vacina contra hepatite B pode ser administrada em qualquer idade e simultaneamente com outras
vacinas do calendário básico. A imunização contra a hepatite B é realizada em três doses, com
intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira
dose (0, 1 e 6 meses).

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Hepatite C

Doença viral causada pelo vírus da Hepatite C, com afecção assintomática, sintomática ou
fulminante (rara).

Já no caso da hepatite C crônica, esta é definina quando:


• Anti-HCV reagente por mais de seis meses, e
• Confirmação diagnóstica com HCV-RNA detectável (positivo).
Nesta condição, as manifestações atípicas podem incluir petéquias, outras manifestações de
vasculite, neuropatia periférica, insuficiência renal crônica ou cilindruria.

A transmissão do HCV ocorre pelo contato com sangue infectado em virtude de exposição
percutânea, transfusão de sangue e/ou hemoderivados e transplantes de doadores infectados.
Atualmente, destacam-se como importantes formas de transmissão do HCV o compartilhamento de
equipamentos para uso de drogas, confecção de tatuagens e colocação de piercing, além de objetos
de uso pessoal, tais como lâminas de barbear ou depilar, escovas de dente e instrumentos para
pedicure/manicure.

Constituem populações de risco acrescido para infecção pelo HCV:

• Pessoas que receberam transfusão de sangue e/ou hemoderivados antes de 1993;


• Usuários de drogas injetáveis, inaladas ou pipadas, que compartilham equipamentos
contaminados como agulhas, seringas, canudos e cachimbos;
• Pessoas que compartilham equipamentos não esterilizados ao frequentar pedicures, manicures e
podólogos;
• Pessoas submetidas a procedimentos para colocação de piercing e confecção de tatuagens;
• Pacientes que realizam procedimentos cirúrgicos, odontológicos, de hemodiálise e de acupuntura
sem as adequadas normas de biossegurança.

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Diagnóstico sorológico: São utilizados testes de detecção de anticorpo ou testes de detecção


combinada de antígeno e anticorpo do HCV, em que o anti-HCV é considerado o principal marcador.

Testes moleculares: Testes de detecção de ácidos nucleicos São testes de amplificação de ácidos
nucleicos, denominados HCV-RNA, que permitem detectar o RNA viral de todos os genótipos e
subtipos descritos do HCV. Esses testes podem ser qualitativos, quando apenas detectam a presença
do RNA viral, ou quantitativos, quando quantificam o RNA viral.

Biópsia hepática: O diagnóstico histológico da hepatite crônica C baseia-se na presença de infiltrado


inflamatório portal predominantemente linfocitário, geralmente com número variável de
plasmócitos e histiócitos, acompanhada por grau variável de atividade periportal (atividade de
interface ou necrose em sacabocados), atividade parenquimatosa (lobular) e fibrose.

Não existe nenhuma medida específica eficaz para a redução do risco de infecção pelo vírus da
hepatite C após exposição ocupacional. A única forma de reduzir o risco é a prevenção do próprio
acidente.

(COMPERVE / UFRN 2018)


A hepatite B é uma infecção de transmissão parenteral, sexual e vertical. Por isso, recomenda-
se vacinar toda pessoa susceptível à hepatite B. A pessoa susceptível é aquela que não foi
vacinada, ou que foi vacinada, mas apresenta
a) HBsAg reagente.
b) títulos de HBsAg inferiores a 10mUI/mL e anti-HBs não reagente.
c) anti-HBV reagente.
d) títulos de anti-HBs inferiores a 10mUI/mL e HBsAg não reagente.
Comentários

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Suscetibilidade Hepatite B: são suscetíveis os indivíduos com perfil sorológico HBsAg, anti-hoc
e anti-HBs negativos, concomitantemente.
Gabarito: Letra D.

(FCC/TRT - 3ª REGIÃO/2015)
Em um Programa de Educação em Saúde sobre doença sexualmente transmissível, o Técnico
de Enfermagem orienta que
a) quando um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade
de apresentar um falso resultado positivo.
b) após o nascimento, a mãe soropositiva para HIV deve amamentar seu filho, pois o AZT
administrado antes do parto protege o bebê da transmissão do vírus.
c) a transmissão da hepatite C é evitada utilizando-se a vacina preconizada pelo Plano Nacional
de Imunização.
d) a sífilis é transmitida de uma pessoa para outra durante o sexo sem camisinha com alguém
infectado, por transfusão de sangue contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a
gestação ou o parto.
e) a infecção por tricomoníase causa a oftalmia neonatal, sendo necessária a aplicação de uma
gota de colírio próprio em cada olho do bebê ao nascer.
Comentários:
Alternativa “a” – errada.
Quando um teste de HIV é feito durante o período da janela imunológica, há a possibilidade de
apresentar um falso resultado negativo.
Janela imunológica : intervalo de tempo decorrido entre a infecção pelo HIV até a primeira
detecção de anticorpos anti-HIV produzidos pelo sistema de defesa do organismo.
Se um teste para detecção de anticorpos anti-HIV é realizado durante o período da janela
imunológica, há a possibilidade de gerar um resultado não reagente.
Alternativa “b” – errada.
Para a prevenção da contaminação pelo HIV, por intermédio do aleitamento materno, as
mulheres infectadas pelo HIV não devem amamentar seus próprios filhos, nem doar leite.
Alternativa “c” – errada.
Hepatite B não tem vacina.
Alternativa “d” – correta.
Alternativa “e” – errada.

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A prevenção da oftalmia neonatal gonocócica é feita com uma gota da solução nitrato de prata
a 1%.
Gabarito Letra: D.

(Dédalus / COREN-BA / 2018)


O Ministério da Saúde anunciou no dia 05 de julho de 2018 o lançamento de um plano para
eliminar a hepatite C até 2030. A estratégia prevê a redução das etapas para o diagnóstico da
doença e a ampliação da testagem em grupos considerados prioritários (como pessoas vivendo
com HIV/AIDS, pacientes que fazem diálise, usuários de drogas e bebês de mães que têm
hepatite C).
(Fonte adaptada: noticias.uol.com.br >acesso em 06 de julho de 2018)
Além da hepatite C, existem também os seguintes tipos de hepatite, exceto:
a) Hepatite Autoimune.
b) Hepatite Medicamentosa.
c) Hepatite Venal.
d) Hepatite E.
Comentários
Não são as formais mais tradicionais da Hepatite, mas não custa constar para treino. A Hepatite
Venal não existe.
Gabarito: C.

(CESPE / MPE-PI / 2018)


Um hospital geral, com 1.560 servidores, foi notificado por auditores fiscais do Ministério do
Trabalho e Emprego (MTE), para regularizar sua situação em relação às exigências constantes
das normas regulamentadoras de segurança e medicina do trabalho referentes à constituição
do SESMT, da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), entre outros itens.
A respeito dessa situação hipotética, julgue o item subsequente.
Os trabalhadores da saúde que atuam no hospital devem ser vacinados gratuitamente contra
tétano, difteria e hepatite B.
Comentário:
Exatamente. São populações de risco. Têm direito à vacinação gratuita da Hepatite B.

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Alternativa: Certa.

(CS-UFG / Câmara de Goiânia 2018)


Para a segurança no ambiente de trabalho, os profissionais da área da saúde devem estar com
o esquema vacinal para a hepatite B completo e atualizado. Essa vacina deverá ser fornecida,
gratuitamente, obedecendo ao esquema preconizado no Calendário Nacional de Vacinação do
Ministério da Saúde que preconiza a aplicação de uma dose ao nascer, mais
a) duas doses e dose de reforço aos cinco anos.
b) duas doses, sem dose de reforço.
c) três doses e dose de reforço aos cinco anos.
d) três doses, sem dose de reforço.
Comentário:
Conforme calendário vacinal vigente, são 3 doses e reforço aos 5 anos.
Gabarito: Letra D.

1.23 FEBRE AMARELA

A febre amarela é uma doença febril aguda, de curta duração (no máximo 12 dias) e de gravidade
variável. Causada por um Vírus RNA (Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae), apresenta
a forma grave manifestada por insuficiência hepática e renal, que podem levar à morte. Deve-se
levar em conta seu potencial de disseminação em áreas urbanas.

Apresenta o mosquito como reservatório e na doença urbana, o homem é o único hospedeiro com
importância epidemiológica. Na forma silvestre, os primatas são os principais hospedeiros do vírus
amarílico e o homem é um hospedeiro acidental.

No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o


mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do
mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes albopictus também transmitir os
vírus.

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O quadro clínico clássico caracteriza-se pelo surgimento súbito de febre alta, geralmente contínua,
cefaleia intensa e duradoura, inapetência, náuseas e mialgia. O sinal de Faget (bradicardia
acompanhando febre alta) pode ou não estar presente.

Nas formas leves e moderadas os sintomas duram cerca de dois a quatro dias e são aliviados com o
uso de sintomáticos, antitérmicos e analgésicos, e ocorrem em cerca de 20% a 30% dos casos.

Na forma grave, cefaleia e mialgia ocorrem em maior intensidade, acompanhadas de náuseas e


vômitos frequentes, icterícia e pelo menos oligúria ou manifestações hemorrágicas, como epistaxe,
hematêmese e metrorragia.

Classicamente os casos de evolução maligna podem apresentar um período de remissão dos


sintomas de 6 a 48 horas entre o 3º e 5º dias de doença, seguido de agravamento da icterícia,
insuficiência renal e fenômenos hemorrágicos de grande monta.

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O diagnóstico específico de febre amarela pode ser feito de forma direta pela detecção do vírus em
amostras clínicas (sangue e/ou tecidos) ou de forma indireta pela detecção de anticorpos.

O diagnóstico das formas leve e moderada é difícil, pois pode ser confundido com outras doenças
infecciosas do sistema respiratório, digestivo ou urinário. Formas graves com quadro clínico clássico
ou fulminante devem ser diferenciadas de malária, leptospirose, febre maculosa, febre hemorrágica
do dengue e dos casos fulminantes de hepatite.

Diagnóstico laboratorial: O diagnóstico pode realizado por isolamento do vírus amarílico e detecção
de antígeno em amostras de sangue ou tecido e por sorologia. Também podem ser realizados
exames de histopatologia em tecidos pos morten.

Não existe um tratamento específico no combate à febre amarela. O paciente deve permanecer em
repouso, com reposição de líquidos e perdas sanguíneas quando necessário. Os casos grave devem
ser atendidos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva), de modo que as complicações sejam
controladas e o perigo da morte, eliminado.

O tratamento é sintomático:

A Vigilância epidemiológica tem por objetivos manter erradicada a febre amarela urbana e controlar
a silvestre. Todos os casos suspeitos da doença devem ser investigados, visando mapeamento das
áreas de transmissão e identificação de populações de risco para prevenção e controle.

A notificação é COMPULSÓRIA E IMEDIATA. Todo caso suspeito deve ser prontamente comunicado
por telefone, fax ou e-mail às autoridades, por se tratar de doença grave, com risco de dispersão
para outras áreas do território nacional e mesmo internacional.

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A avaliação dos parâmetros clínicos e de proteinúria deve ser repetida frequentemente (pelo menos
a cada 4 horas) e os exames laboratoriais diariamente, ou a qualquer momento caso apareçam sinais
de alerta para formas graves e malignas, caso em que o paciente deve ser 17 transferido para
unidade de terapia intensiva.

A vacinação contra febre amarela (VFA – atenuada) é a medida mais importante e eficaz para
prevenção e controle da doença.
O esquema vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade, na dose de 0,5 mL,
SC. Os possíveis efeitos adversos estão representados abaixo:

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Indicações da vacina:
• Residentes ou viajantes para as áreas com recomendação de vacinação (todos os estados das
regiões Norte e Centro-Oeste; Minas Gerais e Maranhão; alguns municípios dos estados do Piauí,
Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Os viajantes para essas áreas devem
ser vacinados pelo menos 10 dias antes da viagem.
• Pessoas que se deslocam para países endêmicos, conforme recomendações do Regulamento
Sanitário Internacional (RSI).

(FCC / Prefeitura de Macapá 2018)


Uma mãe leva seu filho de 9 meses, com esquema de vacinação correto para a idade, para
receber a vacina indicada para esta faixa etária. De acordo com o Calendário Nacional de
Vacinação, a referida criança deverá receber, nesse dia, a dose única da vacina
a) contra Febre Amarela.
b) BCG
c) contra Hepatite A.
d) Tetra Viral.
e) contra Hepatite B.
Comentário

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O esquema vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade, na dose de 0,5
mL, SC.
Gabarito: A.

(FCC / TRT - 15ª Região / 2018 )


Um colaborador que apresenta febre aguda, não vacinado, viajou, nos últimos 15 dias, para
um local onde foram diagnosticados vários casos de febre amarela com ocorrência em
humanos. Diante da suspeita de febre amarela, deve-se orientar a população que
a) o período de incubação varia de 7 a 15 dias, após a picada do mosquito macho ou fêmea
infectado.
b) o principal vetor e reservatório da febre amarela urbana no Brasil é o mosquito do genero
Haemagogus janthinomys.
c) os primatas não humanos são os hospedeiros naturais da febre amarela urbana.
d) homem é considerado o único hospedeiro de importância epidemiológica na febre amarela
urbana.
e) o risco de reurbanização da doença deve ser eliminado por meio do controle do mosquito
Haemagogus janthinomys.
Comentários:

a) ERRADA. Incubação é de 3 a 6 dias.


b) ERRADA. No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente
o mosquito Haemagogus e do gênero Sabethes. Já no meio urbano, a transmissão se dá
através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue), podendo o Aedes
albopictus também transmitir os vírus.
c) ERRADA. O homem é considerado o único hospedeiro de importância epidemiológica na
febre amarela urbana.
d) CERTA.
e) ERRADA. Por meio do controle do mosquito descrito no comentário da “b”.
Gabarito: Letra D.

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Fim!
Estou à disposição! Prof. Lígia Carvalheiro

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