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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

FACULDADE DE ENFERMAGEM

PROCESSAMENTO DE PRODUTOS PARA A SAÚDE


RESPOSTAS DO ESTUDO DIRIGIDO

Discentes: Ana Camila Costa Chaves Gallieta e Emily Aires Ferreira

Questão 2 -
a) A equipe que trabalha em uma unidade de CME presta uma assistência indireta ao
paciente, tão importante quanto a assistência direta. Essas pessoas compõem os
recursos humanos de uma CME, os quais são: enfermeiros, técnicos de
enfermagem, auxiliares de enfermagem e auxiliares administrativos, cujas funções
estão descritas nas práticas recomendadas da SOBECC. Já a força de trabalho é
um conceito de origem marxista e representa as capacidades técnicas e de
métodos que permitem aos indivíduos, agentes dos processos de trabalho,
operarem as ferramentas e os equipamentos em questão.
Os dois conceitos se relacionam fortemente, uma vez que os recursos humanos
necessitam da força de trabalho para aplicar na prática os conhecimentos exigidos
para a realização de uma tarefa. Por exemplo: um enfermeiro do CME precisa
saber como funciona o manuseio dos materiais em cada etapa do processamento.
b) A equipe de recursos humanos deve ser composta por: enfermeiros, técnicos de
enfermagem, auxiliares de enfermagem e auxiliares administrativos.
Referente ao enfermeiro, este tem aptidão técnico-científica e respaldo legal para
atuar em todas as etapas de processamento de produtos para a saúde, inclusive
naquelas especificadas nos artigos 33, 34 e 35 da Resolução da Diretoria
Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), RDC nº 15/2012
(Responsabilidade Técnica do serviço de saúde e Responsabilidade Legal da
empresa processadora).
c) Os profissionais do CME precisam ter o conhecimento sobre classificação de
produtos para saúde, conceitos básicos de microbiologia, transporte dos produtos

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contaminados, processo de limpeza, desinfecção, preparo, inspeção,


acondicionamento, embalo, esterilização e funcionamento dos equipamentos
existentes, bem como monitoramento de processos por indicadores químicos,
biológicos e físicos, rastreabilidade, armazenamento e distribuição dos produtos
para saúde. Essa capacitação necessita de um nível superior ou técnico e
treinamento recorrente de variadas práticas da função.
d) Responsável técnico - RT: profissional de nível superior legalmente habilitado, que
assume perante a vigilância sanitária a responsabilidade técnica pelo serviço de
saúde ou pela empresa processadora, conforme legislação vigente;
e) O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde
não-críticos, semicríticos e críticos de conformação não complexa, passíveis de
processamento. Sendo assim, é necessária a capacitação dos profissionais para
cada área do CME, sendo elas: Área de recepção e limpeza (setor sujo); Área de
preparo e esterilização (setor limpo); Sala de desinfecção química, quando
aplicável (setor limpo); Área de monitoramento do processo de esterilização (setor
limpo); Área de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados (setor
limpo). Nesse sentido, para o cálculo do quantitativo de enfermeiros utiliza-se o
espelho semanal padrão, adequando-se à necessidade do serviço, respeitando-se
o mínimo de um enfermeiro em todos os turnos de funcionamento do setor, além
do enfermeiro responsável pela unidade. Deve-se, também, observar a cláusula
contratual quanto à carga horária semanal (CHS). Considerando que cada área
possui atividades específicas, o número de funcionários varia e é preciso respeitar
todas essas normativas antes de calcular o quantitativo.
f) O profissional enfermeiro exerce de forma privativa a direção do órgão de
enfermagem, bem como a chefia, organização e direção dos serviços e unidades
de enfermagem e suas atividades técnicas e auxiliares nas empresas prestadoras
de serviços, além de planejar, organizar, coordenar, executar e avaliar os serviços
da assistência de enfermagem, nos termos do artigo 11 da Lei 7.498/1986. Assim,
o enfermeiro pode ser responsabilizado pela conduta da equipe de profissionais

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que estão sob sua responsabilidade, nos termos do artigo 51 da Resolução Cofen
564/2017.
g) Sim, o processo de cuidar está presente em unidades de CME, uma vez que o
processamento de produtos para a saúde visa a segurança do paciente e dos
profissionais envolvidos com o seu manuseio. Trata-se de um cuidado indireto, que
exige muita dedicação e qualificação profissional.
h) A atuação do enfermeiro é extremamente necessária, uma vez que o
funcionamento pleno do CME depende de seu desempenho. Desse modo, sua
atuação profissional se faz no dimensionamento da equipe, em avaliar prioridades
da unidade, demandas, padrão de qualidade do serviço e engajamento da equipe.
O contato indireto ao paciente não banaliza o cuidado, uma noção que o
enfermeiro reconhece e compreende.

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