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MATÉRIA PSICOLOGIA EXISTENCIAL HUMANISTA: FUNDAMENTOS E

APLICAÇÕES
Aluno (a) FERNANDA RODRIGUES PINHEIRO RA 2021103270
Professor (a) NICOLE BATISTA KRACHENSKI Data 20/11/2023

Resenha sobre o evento do dia 17 de novembro, 2023.

1º Palestra, por Cida Airam.

Ela nasceu em Natal e hoje mora em Curitiba, é cantora e compositora.


Viveu durante 10 anos no Sul, onde solidificou a sua vida e as suas escolhas de
interpretação, onde a sua trajetória musical e a resistência ao frio sulista
fundamentaram essas escolhas.

Ela também relatou que estava na menopausa e tinha relutância em fazer


terapia de reposição hormonal, e durante a menopausa, porque todos os
profissionais que ela procurou e conversou sobre seu caso, primeiro falaram que
ela precisava fazer terapia de reposição hormonal. Com o tempo, ela encontrou
liberdade na música e enfrentou a menopausa nas músicas, composições e letras
que escreveu.

A menopausa sem reposição hormonal, pode ser um momento desafiador


para muitas mulheres devido aos sintomas físicos e emocionais associados à
alteração nos níveis hormonais. A terapia de reposição hormonal (TRH) é uma
opção de tratamento comum que pode ajudar a aliviar sintomas como ondas de
calor, alterações de humor e secura vaginal. No entanto, algumas mulheres podem
relutar em tomar TRH devido a preocupações com potenciais efeitos colaterais ou
riscos à saúde. Cida Airam, musicista e compositora, foi uma dessas mulheres.
Apesar de ter sido aconselhada por profissionais de saúde a fazer TRH, ela optou
por não o fazer e encontrou consolo na música. Através de sua música, Cida
conseguiu expressar as complexas emoções que vivenciou durante a menopausa.
As músicas, composições e letras que ela escreveu tornaram-se uma forma de
terapia para ela.
Em sua fala ela teve posse ao dizer que através da música conseguiu
enfrentar a menopausa porque ali ela viu que de alguma forma poderia ser “curada”
sem precisar passar por intervenção médica. Sua relutância em tratar a menopausa
pelas formas tradicionais, ou seja, com medicamentos e seus respectivos
tratamentos, a fez encontrar na música a sua forma de tratar esta fase da sua vida.
Ela trouxe a ideia, em sua palestra, que existem outras alternativas para o
tratamento da menopausa que não requerem intervenção médica, mas sim, vivendo
uma vida tranquila e fazendo o que pode, no caso dela pintura e música, ela
navegou com sucesso neste momento turbulento e ser bem-sucedido.

2ª Palestra, por André Coelho, não binário, esquizofrênico.

André Coelho, não binário, esquizofrênico que escuta vozes é um indivíduo


que não se identifica como inteiramente masculino nem feminino e apresenta
sintomas de esquizofrenia, como alucinações, delírios e pensamentos
desordenados.

A esquizofrenia é um transtorno mental grave que afeta a forma como uma


pessoa pensa, sente e se comporta. Os sintomas da esquizofrenia podem ser
difíceis de controlar e a experiência de ouvir vozes pode ser particularmente
angustiante.

Para os indivíduos que se identificam como não-binários, a experiência de


viver numa sociedade que muitas vezes insiste em normas binárias de género pode
ser especialmente desafiadora.

Na fala de André Coelho ele falou sobre a situação, disse ter ouvido vozes
(com diagnóstico de esquizofrenia), disse também que ao longo da vida tomou
regularmente altas doses de medicamentos, por isso seu quadro só piorou, e
depois por um tempo, em vez de melhorar através da poesia e da pintura, ele
conseguiu processar "sons", como se autodenominava um "ouvinte de sons".

Durante a palestra, sua fala, postura, etc. pareciam um pouco inquietas,


ele palestrava para os presentes, falava sobre sua trajetória de vida e dava um
panorama geral a todos. Muitas vezes, para escapar dessas vozes que ouve, ele
trabalha muito e expressa que, ao fazê-lo, essas vozes não serão mais ouvidas e
assim transbordarão para dentro de si mesmo. Ele também falou sobre sua pausa
na faculdade, que foi uma pausa artística devido ao alto nível de estresse que
acompanhou.

Os indivíduos não binários enfrentam frequentemente discriminação e


exclusão devido à sua identidade de género, o que pode exacerbar os sintomas da
esquizofrenia. A intersecção entre identidade de género e doença mental é uma
área que requer mais investigação e compreensão para fornecer cuidados e apoio
adequados.

Os sentimentos de um André coelho, esquizofrênico não binário


representado na sua apresentação, usando a escrita, muitas vezes era como se
sentisse incompreendido e mal interpretado. A sociedade nos condiciona a pensar
em termos binários, onde existem apenas dois gêneros: masculino e feminino. No
entanto, este não é o caso para todos.

André que expressa seus sentimentos com a escrita. Escuta vozes e


perceber o mundo de uma forma única que transcende as normas tradicionais de
género. Como alguém que se identifica como não binário, esse indivíduo não se
enquadra nas estritas categorias binárias de homem e mulher.

Em vez disso, veem-se como uma mistura de ambos e abraçam a sua


fluidez e ambiguidade. Através da sua escrita, este menino não-binário consegue
expressar-se de uma forma que transcende a linguagem e capta a essência da sua
identidade.

Eles usam palavras para explorar suas emoções, refletir sobre suas
experiências e se conectar com outras pessoas que compartilham sua jornada. Eles
não têm medo de serem vulneráveis e abertos sobre as suas lutas, e usam a sua
escrita para criar um sentimento de comunidade e pertença.

Ouvir vozes é outro aspecto importante da vida desse homen não binário.
Eles entendem que cada um tem uma perspectiva única e que é importante ouvir e
aprender com os outros. Procuram diversas vozes e experiências para ampliar a
sua compreensão do mundo e desafiar os seus próprios pressupostos e
preconceitos.

Este tipo de abertura e curiosidade é algo a que todos podemos aspirar,


independentemente da nossa identidade de género ou de qualquer outro aspecto
da nossa identidade.

No geral, os escritores não binários enfrentam desafios significativos


relacionados com a linguagem, a apropriação e a discriminação sistémica.

Sobre a dinâmica.

Fiquei meio sem entender, pois não se explicou muito bem, aquele monte de coisa
misturada e bagunçada, cada um foi pegando e se utilizando do que achava
interessante e aí acontecia a interação, sem que ninguém direcionasse ou
mandasse se fazer algo, se misturando com o meio e o meio comigo, mas fiquei
incomodada com a bagunça, sou uma pessoa que tem muita dificuldade em estar
em lugar bagunçado, ou com desorganização.

Me senti desconfortável, com muita vontade de sair de perto.

Porém, achei intuitivo para que despertasse sensações em cada um que lá estava.

Fiquei pouco tempo até fotografei algumas coisas.

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