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A psicologia perinatal é um campo emergente que vem ganhando mais atenção nos
últimos anos. A disciplina enfoca os aspectos psicológicos e emocionais da gravidez
e do parto e reconhece a importância da saúde mental durante o período perinatal.
Este período abrange desde a concepção até o primeiro ano após o nascimento e é
um momento crucial para o bem-estar mental da mãe e da criança.
Elas também podem enfrentar problemas de saúde física, como complicações durante
o parto, devido ao estresse e ao trauma causado pelo abuso. Ainda assim, o próprio
bebe, pode ter problemas de saúde, como no caso relatado pela Larissa, que seu filho
depois de mais 17 horas de trabalho de parto, nasceu quase morto, com parada
cardíaca e hoje, tem paralisia, o que poderia ter sido evitado senão ela não tivesse
sofrido a violência obstétrica é importante reconhecer os sinais de violência obstétrica
e abordá-la de forma adequada. A psicologia perinatal visa fornecer apoio e cuidado
às mulheres durante o período perinatal para prevenir e enfrentar os impactos
negativos.
Embora a violência obstétrica seja uma realidade infeliz para muitas mulheres
grávidas em todo o mundo, a psicologia perinatal oferece uma solução potencial para
ajudar a resolver estas questões. Ao priorizar os aspectos psicológicos e emocionais
da gravidez e do parto, os prestadores de cuidados de saúde podem proporcionar
uma abordagem mais holística aos cuidados que se centra no bem-estar e na
autonomia da mãe. Além disso, a psicologia perinatal reconhece os potenciais efeitos
a longo prazo da violência obstétrica na saúde mental e no bem-estar da mãe e da
criança. Esses efeitos a longo prazo podem incluir transtorno de estresse pós-
traumático, depressão, ansiedade e até mesmo afetar a mãe.
Tais práticas podem causar danos físicos tanto à mãe como ao bebê, e também
podem ter efeitos psicológicos duradouros na mãe. É crucial que os profissionais de
saúde priorizem o bem-estar e a segurança dos seus pacientes e só utilizem
intervenções médicas quando for clinicamente necessário. Infelizmente, alguns
profissionais de saúde podem realizar esses procedimentos para sua própria
conveniência ou ganho financeiro. Isto é uma clara violação do direito da mulher de
tomar decisões informadas sobre o seu próprio corpo e cuidados médicos.
Violência verbal [...] O uso dessas agressões verbais com a paciente, falar que é
e psicológica pra ela parar de gritar, falar que ela tá gritando muito, que se ela
continuar fazendo isso ele vai embora, vai deixar ela sozinha lá
pra ter o bebê, não vai mais ajudar ela... ela tá atrapalhando o
bebê a nascer porque ela tá se movimentando, não quer ficar na
cama [...] (Residente de Enfermagem 6).
A3: [...] o obstetra chegou e começou a gritar com ela, que ela
tinha que fazer aquilo, que ela tinha que abrir as pernas: “tem que
abrir as pernas pro seu menino nascer, você fechar não resolve”
gritando com ela. Eu acho que isso também é uma violência, a
forma como você fala com a mulher [...] (EO1.
[...]Pra mim, uma imagem que marcou foi um obstetra falar que a
mulher não conseguia ganhar o neném porque ela era gorda e
ficava repetindo: “gorda. Engordou esse tanto na gestação que
agora o menino não sai” [...]. (EO9)
[...]Na hora de fazer foi bom né.... agora aguenta! Não grita...
pois seu bebê não vai nascer pela boca!” [...]
[...] “Se não fizer força.... seu bebê vai morrer e a culpa será sua!
[...] “É melhor seu marido não assistir o parto, senão ele ficará
com nojo de você!” [...]