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Cap.

29

Campos Magnéticos
produzidos por Correntes

Copyright © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved.
Cap. 29 – Campos mag. produzidos por correntes
B num solenoide ideal
correntes paralelas:
forças entre atração
correntes paralelas

correntes antiparalelas:
repulsão

Lei de Biot-Savart LEI DE AMPÈRE


B num toroide

(Amperiana arbitrátia)

arco circular fio reto e Sinal de i com Regra


longo da Mão Direita
na curva Amperiana:
no centro bonina plana como
dipolo magnético
direção e sentido
do campo B:
Regra da Mão Direita
29-1 Campo Magnético produzido por uma Corrente

O módulo do campo dB produzido no ponto P a uma


distância r por um elemento de corrente i ds é dado
por

onde θ é o ângulo entre as direções de ds e ȓ, um


vetor unitário que aponta de ds para P. O símbolo μ0 é
uma constante, chamada de constante de
permeabilidade, cujo valor é definido por ter o valor
exato

A direção de dB, mostrada como sendo para dentro da página na figura, é aquele
do produto vetorial ds×ȓ. Podemos escrever a equação contendo dB na forma
vetorial como

Esta equação vetorial e sua forma escalar são conhecidas como a


Lei de Biot e Savart.

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29-1 Campo Magnético produzido por uma Corrente

Para um fio longo e reto As linhas de campo


carregando uma corrente i, a lei magnético produzidas
por uma corrente em um
de Biot–Savart fornece, para o
fio retilíneo longo são
módulo do campo magnético a círculos concêntricos em
uma distância perpendicular R do torno do fio. Na figura, o
fio, sentido da corrente é
para dentro do papel,
como indica o símbolo ×.

Regra da mão direita: Segure o fio na mão direita, com o polegar estendido
apontando no sentido da corrente. Os outros dedos mostram a orientação das
linhas de campo magnético produzidas pela corrente no fio.

O módulo do campo magnético no centro de um arco


circular, de raio R e ângulo central ϕ (em radianos),
carregando uma corrente i, é

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29-2 Forças Entre Duas Correntes Paralelas

Fios paralelos carregando correntes no mesmo


sentido atraem um ao outro, já fios paralelos
carregando correntes em sentidos opostos se
repelem mutuamente. O módulo da força num
comprimento L de cada fio é

onde d é a separação dos fios, e ia e ib são as Fios paralelos carregando


correntes nos fios. correntes no mesmo sentido
O procedimento para encontrar a força num fio atraem um ao outro.
transportando corrente é este:
Para determinar a força exercida sobre um fio percorrido por corrente por outro fio
percorrido por corrente, determine primeiro o campo produzido pelo segundo fio na posição
do primeiro; em seguida, determine a força exercida pelo campo sobre o primeiro fio.

Similarmente, se as duas correntes fossem anti- Como a corrente i é inserida


paralelas, poderíamos mostrar que os dois fios iriam num canhão eletromagnético.
se repelir. A corrente provoca a
vaporização de um fusível
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29-3 Lei de Ampère

A lei de Ampere diz que

A integral de caminho nesta equação é calculada em


uma trajetória denominada de Amperiana. A corrente
i ao lado direito é a corrente encerrada na trajetória.
Lei de Ampere aplicada a uma
Amperiana arbitrária que engloba
Apoie a palma da mão direita na amperiana, com os dedos apontando no sentido
da integração. Uma corrente no sentido do polegar estendido recebe sinal dois fios longos retilíneos mas
positivo; uma corrente no sentido oposto recebe sinal negativo. exclui um terceiro fio. Note os
sentidos das correntes.

Campos Magnéticos de um fio longo


e retilíneo percorrido por corrente: Uma regra da mão direita
para a lei de Ampere para
determinar os sinais das
correntes englobadas
pela Amperiana.

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29-4 Solenoides e Toroides

Campo Magnético de um Solenoide

Figura (a) é um solenoide transportando uma


corrente i. Figura (b) mostra uma seção
através de uma porção de um solenoide
“esticado”. O campo magnético do solenoide é
um vetor soma dos campos produzidos pelas
voltas individuais (enrolamentos) que (a)
constituem o solenoide. Para pontos muito
próximos de uma volta, o fio se comporta
quase como um fio longo e reto, e as linhas de
B por lá são quase círculos concêntricos.
Figura (b) sugere que o campo tende a se
cancelar entre voltas adjacentes. Sugere
também que em pontos dentro do solenoide e
relativamente distante dos fios, B é
aproximadamente paralelo ao eixo central do
solenoide. (b)
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29-4 Solenoides e Toroides

Campo Magnético de um Solenoide


Vamos aplicar a lei de Ampere,

Para um solenoide ideal (Fig. (a)), onde B é uniforme


dentro do solenoide e zero fora dele, usando a
Amperiana retangular abcda. Escrevemos como
a soma de 4 integrais, uma para cada segmento:
(a)

A primeira integral à direita da equação é Bh, onde B é o módulo do campo


uniforme B dentro do solenoide e h é o comprimento (arbitrario) do segmento de a
até b. A segunda e quarta integrais são zero porque para cada elemento ds destes
segmentos, B ou é perpendicular à ds ou é zero, e então o produto Bds é zero. A
terceira integral, que é tomada ao longo do segmento que fica fora do solenoide, é
zero porque B=0 em todos os pontos externos. Então, para toda a trajetória
retangular tem valor Bh.
Dentro de um soleoide longo transportando uma corrente i, nos pontos distantes
das bordas, o módulo B do campo magnético é
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29-4 Solenoides e Toroides

Campo Magnético de um Toroide


Figura (a) mostra um toroide, que descrevemos como um
solenoide (oco) que foi curvado até que suas bordas se
encontrassem, formando uma espécie de bracelete oco.
Que campo magnético B é formado dentro do toroide
(dentro do espaço oco do bracelete)? Podemos descobrir a
partir da lei de Ampere e da simetria do bracelete. A partir da
simetria, vemos que as linhas de B formam círculos
concêntricos dentro do toroide, direcionadas como mostrado
na Fig. (b). Escolhemos um círculo concêntrico de raio r
como uma Amperiana e a percorremos no sentido horário. A
lei de Ampere nos diz que

onde i é a corrente nas voltas do toroide (e é positiva para


aquelas voltas englobadas pela Amperiana) e N é o total de
voltas. Isto nos dá

Em contraste com o solenoide, B não é constante ao longo da seção de um


toroide. © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved.
29-5 A Bobina Plana como um Dipolo Magnético

O campo magnético produzido por uma espira


transportando corrente, que é um dipolo
magnético, num ponto P localizado a uma
distância z ao longo do eixo central é paralelo ao
eixo e é dado por

Aqui μ é o momento de dipolo da espira. Esta


equação se aplica somente quando z é muito
maior que as dimensões da espira.

Temos dois jeitos de enxergar uma espira transportadora de corrente como


um dipolo magnético:
(1) Experimenta um torque quando colocada em um campo magnético externo.
(2) Gera seu próprio campo magnético intrínseco, dado, para pontos distantes
ao longo de seu eixo pela equação acima. A figura mostra o campo
magnético de uma espira; um lado da espira se comporta como polo norte
(na direção de μ) © 2014 John Wiley & Sons, Inc. All rights reserved.
29 Sumário

A Lei de Biot-Savart Campo Mag. de um Arco Circular


• O campo magnético formado por • O módulo do campo magnético no
um condutor de corrente pode ser centro de um arco de circunferência,
calculado pela lei de Biot–Savart.
Eq. 29-9
Eq. 29-3
• A grandeza μ0, chamada de Força Entre Correntes
permeabilidade, tem o valor
Paralelas
• O módulo da força num trecho L de
ambos os fios é
Campo Magnético de um Fio Eq. 29-13
Longo, Retilíneo
• Para um fio reto e longo percorrido Lei de Ampere
por uma corrente i, a Lei de Biot– • A Lei de Ampere diz que,
Savart diz que,
Eq. 29-14
Eq. 29-4

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29 Sumário

Campos Magnéticos de um Campo de um Dipolo Magnético


Solenoide e um Toroide O campo magnético produzido por
• No interior de um solenoide uma bobina plana, que se comporta
percorrido por uma corrente i, em como um dipolo magnético em um
pontos não muito próximos das ponto P localizado a uma distância z
extremidades, o módulo de B é do centro da bobina, é paralelo ao eixo
Eq. 29-23 central, é dado por

• Em um ponto no interior de um Eq. 29-9


toroide, o módulo de B é

Eq. 29-24

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29 Exercícios

Halliday 10ª. Edição

Cap. 29:

Problemas 1; 4; 11; 16; 21; 29; 35; 44; 51; 57

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29 Problema 29-1

Um topógrafo está usando uma bússola magnética 6,1 m abaixo de uma


linha de transmissão que conduz uma corrente constante de 100 A. (a)
Qual é o campo magnético produzido pela linha de transmissão na
posição da bússola? (b) Esse campo tem uma influência significativa na
leitura da bússola? A componente horizontal do campo magnético da
Terra no local é 20 μT.

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29 Problema 29-4

Um condutor retilíneo percorrido por uma corrente i = 5,0 A se divide em


dois arcos semicirculares, como mostra a Fig. 29-36. Qual é o campo
magnético no centro C da espira circular resultante?

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29 Problema 29-11

Na Fig. 29-42, dois fios retilíneos, longos, são perpendiculares ao plano


do papel e estão separados por uma distância d1 = 0,75 cm. O fio 1
conduz uma corrente de 6,5 A para dentro do papel. Determine (a) o
módulo e (b) o sentido (para dentro ou para fora do papel) da corrente no
fio 2 para que o campo magnético seja zero no ponto P, situado a uma
distância d2 = 1,50 cm do fio 2.

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29 Problema 29-16

Na Fig. 29-46, duas espiras circulares, concêntricas, que conduzem


correntes no mesmo sentido, estão no mesmo plano. A espira 1 tem 1,50
cm de raio e conduz uma corrente de 4,00 mA. A espira 2 tem 2,50 cm
de raio e conduz uma corrente de 6,00 mA. O campo magnético B no
centro comum das duas espiras é medido enquanto se faz girar a espira
2 em torno de um diâmetro. Qual deve ser o ângulo de rotação da espira
2 para que o módulo do campo B seja 100 nT?

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29 Problema 29-21

A Fig. 29-49 mostra, em seção reta, dois fios retilíneos muito longos,
ambos percorridos por uma corrente de 4,00 A orientada para fora do
papel. A distância entre os fios é d1 = 6,00 m e a distância entre o ponto
P, equidistante dos dois fios, e o ponto médio do segmento de reta que
liga os dois fios é d2 = 4,00 m. Determine o módulo do campo magnético
total produzido no ponto P pelos dois fios.

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29 Problema 29-29

Na Fig. 29-57, quatro fios longos, retilíneos, são perpendiculares ao


papel, e suas seções retas formam um quadrado de lado a = 20 cm. As
correntes são para fora do papel nos fios 1 e 4 e para dentro do papel
nos fios 2 e 3, e todos os fios conduzem uma corrente de 20 A. Na
notação dos vetores unitários, qual é o campo magnético no centro do
quadrado?

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29 Problema 29-35

A Fig. 29-63 mostra o fio 1 em seção reta; o fio é longo e retilíneo,


conduz uma corrente de 4,00 mA para fora do papel e está a uma
distância d1 = 2,40 cm de uma superfície. O fio 2, que é paralelo ao
fio 1 e também longo, está na superfície a uma distância horizontal d2 =
5,00 cm do fio 1 e conduz uma corrente de 6,80 mA para dentro do
papel. Qual é a componente x da força magnética por unidade de
comprimento que age sobre o fio 2?

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29 Problema 29-44

A Fig. 29-68 mostra duas curvas fechadas envolvendo duas espiras que
conduzem correntes i1 = 5,0 A e i2 = 3,0 A. Determine o valor da integral
(a) para a curva 1 e (b) para a curva 2.

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29 Problema 29-51

Um solenoide de 200 espiras com 25 cm de comprimento e 10 cm de


diâmetro conduz uma corrente de 0,29 A. Calcule o módulo do campo
magnético no interior do solenoide.

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29 Problema 29-57

Um estudante fabrica um pequeno eletroímã enrolando 300 espiras de


fio em um cilindro de madeira com um diâmetro d = 5,0 cm. A bobina é
ligada a uma bateria que produz uma corrente de 4,0 A no fio. (a) Qual é
o módulo do momento dipolar magnético do eletroímã? (b) A que
distância axial z >> d o campo magnético do eletroímã tem um módulo
de 5,0 μT (aproximadamente um décimo do campo magnético da Terra)?

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