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INSTITUTO DE EDUCAÇÃO ESTADUAL DE LONDRINA

3°EM C

ANA JÚLIA GOMES DE AGUIAR DA SILVA

EFEITO MATILDA
O que é o fenômeno que afeta as mulheres na ciência

LONDRINA
2024
ANAANA
O QUE É O EFEITO MATILDA?

A socióloga Maria Elina Estébanez define o Efeito Matilda como "um fenômeno
social em que a contribuição das mulheres no campo da ciência e da tecnologia é
ignorada ou minimizada no espaço público, na história e nas instituições"

O termo “Efeito Matilda”, por sua vez, é uma homenagem à sufragista Matilda
Joslyn Gage, escritora do ensaio “Woman as an Inventor” (A mulher enquanto
inventora), publicado em 1883. O ensaio elenca contribuições femininas à ciência e
protesta contra a ideia de que as mulheres não terem genialidade para invenções.
Margaret Rossiter questiona em seu artigo o porquê das conquistas femininas não
receberem um reconhecimento semelhante ao de pesquisadores homens.

Como exemplo de mulheres que tiveram seus trabalhos atribuídos a homens, temos
casos como o de Lise Meitner, responsável por descobrir a fissão nuclear, a qual
teve sua descoberta atribuída a Otto Hahn; Rosalind Franklin, cujos resultados de
suas pesquisas determinaram a proposta da estrutura de dupla hélice do DNA,
tendo seus dados sido utilizados por James Watson para a produção (escrita) dos
artigos dele, e estes não a citavam. Também há o caso de Alice Ball, pesquisadora
que desenvolveu o primeiro tratamento bem-sucedido contra a hanseníase e teve
sua descoberta atribuída a Arthur Lyman Dean, chefe do departamento no qual Alice
trabalhava.

COMO SURGIU O EFEITO MATILDA?

Rossiter chamou esse fenômeno de efeito Matilda, especificamente, em


homenagem a Matilda Joslyn Gage. Uma ativista, livre pensadora, prolífica autora e
pioneira na sociologia americana, que foi uma das pioneiras na luta pela igualdade
de oportunidades entre homens e mulheres.

Entre algumas de suas iniciativas, ela destacou seu apoio a Victoria Woodhull, uma
das primeiras mulheres que lutaram para ser presidente da Casa Branca. Mãe de
uma grande família, publicou inúmeras obras denunciando a falta de liberdade e
reivindicando a igualdade de direitos para o sexo feminino.

Seu trabalho a elevou como presidente por muitos anos da Associação Nacional de
Sufrágio das Mulheres. A partir desse momento, o efeito Matilda foi usado para citar
todos os casos em que as mulheres, no desenvolvimento de sua profissão, tiveram
que enfrentar essa injustiça.

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QUAIS CIENTISTAS NA HISTÓRIA SOFRERAM COM O EFEITO MATILDA?

Um dos maiores exemplos do Efeito Matilda é Rosalind Elsie Franklin. Ela foi uma
das principais mentes por trás da descoberta da estrutura da molécula de DNA –
mas na escola, provavelmente, você só de você só deve ter ouvido falar de James
Watson e Francis Crick, que levaram o Nobel de Medicina de 1953 pelo feito). Já a
fissão nuclear foi descoberta por Lise Meitner e Otto Hahn. Foi ela quem, inclusive,
cunhou o termo. Mas só ele recebeu o Nobel de Física, em 1944.

Pouco a pouco, felizmente, essas mulheres vêm sendo reconhecidas. Rosalind


aparece com mais frequência nos livros escolares, por exemplo. E já é sabido que
Cecilia Payne foi quem realmente descobriu a composição do Sol, e não seu
orientador Henry Norris Russell, que publicou os achados sob seu nome.

QUAIS SAO AS CIENTISTAS BRASILEIRAS NA ATUALIDADE? E QUAIS SUAS


ÁREAS?

Anita Canavarro Benite – Mestra e doutora em Ciências pela UFRJ (Universidade


Federal do Rio de Janeiro), criou, em 2009, o Coletivo CIATA (Grupo de Estudos
sobre Descolonização do Currículo de Ciências). Coordenadora do Laboratório de
Pesquisas em Educação Química e Inclusão, da UFG (Universidade Federal de
Goiás), sua área de atuação é a química bioinorgânica medicinal.

Débora Diniz – Antropóloga, documentarista e professora licenciada da Faculdade


de Direito da UnB (Universidade de Brasília), é especialista em bioética (“a ética da
vida”). Fundou a Anis – Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero, que atua,
principalmente, com os direitos reprodutivos das mulheres. É autora do livro “Zika –
do Sertão Nordestino à Ameaça Global”, vencedor do Prêmio Jabuti na categoria
Ciências da Saúde em 2017.

Débora Menezes – Primeira mulher eleita presidenta da Sociedade Brasileira de


Física, tomou posse no começo de 2022. Professora titular do Departamento de
Física da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), suas pesquisas
envolvem a área de física de hádrons, interface entre a física nuclear de baixas
energias e a física de partículas elementares.

Jaqueline Goes de Jesus – Doutora em patologia humana e experimental pela


UFBA (Universidade Federal da Bahia), a cientista e sua equipe identificaram os
primeiros genomas do novo coronavírus apenas 48 horas depois da confirmação do
primeiro caso de Covid-19 no Brasil. A média para este mapeamento no resto do
mundo era, até a descoberta brasileira, de 15 dias. Atualmente, Jaqueline
desenvolve pesquisas em nível de pós-doutorado no Instituto de Medicina Tropical
de São Paulo da Universidade de São Paulo (IMT/USP).
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Margareth Dalcolmo – Médica pneumologista, desde 2002 é professora adjunta da
PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) e pesquisadora da
Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz). Estudiosa da tuberculose, é considerada uma
das pioneiras na luta contra o tabagismo no Brasil. Durante a pandemia, Margareth
ganhou papel de destaque na imprensa, pela especialidade em doenças pulmonares
e Covid-19.

QUAIS AS CIENTISTAS EM DESTAQUE NA NOSSA CIDADE E REGIÃO? QUAIS


SÃO SUAS PESQUISAS?

Glaci Zancan - está ligada à criação e consolidação do Fundo Paraná de Apoio à


Ciência e Tecnologia, hoje em pleno funcionamento. Glaci. Bioquímica, Glaci foi
professora titular da UFPR, presidiu a Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC) e foi agraciada com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito
Científico. Faleceu em 2007, em Florianópolis, aos 71 anos.

Maria L. Corrêa - elaborou uma Sequência Didática pautada em uma busca


bibliográfica a fim de identificar alguns elementos que seriam importantes
desenvolver na proposta de intervenção. Esta proposta foi aplicada para docentes
da educação básica visando apresentar uma Ciência mais abrangente as mulheres
e problematizar a Ciência caracterizada como androcêntrica. Os resultados
apresentados, inferiram indícios de aprendizagem significativa e a ampliação do
conhecimento da produção científica feminina na Ciência.

FONTES;
. https://www.nationalgeographicbrasil.com/historia/2023/03/efeito-matilda-o-que-e-o-
fenomeno-que-afeta-as-mulheres-na-ciencia
Página 3
. https://www3.unicentro.br/petfisica/2020/04/30/efeito-matilda/#:~:text=Expressão
%20cunhada%20em%201993%20por,trabalhos%20é%20diminuída%5B3%5D.

. https://amenteemaravilhosa.com.br/efeito-matilda/

. https://super.abril.com.br/sociedade/efeito-matilda-por-que-as-mulheres-sao-
menos-reconhecidas-na-ciencia#:~:text=Um%20dos%20maiores%20exemplos
%20do,Medicina%20de%201953%20pelo%20feito).

. https://porvir.org/23-cientistas-brasileiras-que-todos-precisam-conhecer/

. https://www.uel.br/grupo-pesquisa/ifhiecem/arquivos/EBOOK%20CONEDU
%202019%20-%20Teses%20e%20Dissertacoes.pdf

. https://www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?
arq=ARQ_not&FWS_Ano_Edicao=1&FWS_N_Edicao=1&FWS_N_Texto=7025&FW
S_Cod_Categoria=2

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