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Mariana Reis.
Objetivos específicos:
Referencial Teórico :
Nessa pesquisa vamos relatar as referências voltadas para a assistência as
mulheres encarceradas, onde acreditamos que seja um tema de grande
relevância, pois de acordo com a pesquisa elaborada pelo Conselho Nacional
de Justiça (CNJ) em parceria com o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud) revela violações aos direitos dessas pessoas,
pesquisa está publicada em março de 2023. O relatório contém cerca de 150
análises quantitativas, entre gráficos e tabelas. Além do cruzamento de dados,
de análise de normas e decisões judiciais, a pesquisa também entrevistou 200
pessoas de 18 comarcas em diversas cidades diferentes.
Em 2020, uma decisão da segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF)
reconheceu a necessidade de aplicar a prisão domiciliar a todas as gestantes
e mães de crianças menores de 12 anos presas preventivamente.
Segundo o relatório de PNUD e CNJ, enquanto em 2016 o percentual de
decisões por encarceramento para mulheres gestantes e não gestantes nas
audiências de custódia era praticamente equivalente, de 49,5% e 49,6%,
respectivamente, essa proporção passou em 2020 para 31,6% e 42,4%,
respectivamente.
Há ainda um crescimento do número de unidades que não reportam as
informações sobre número de gestantes, lactantes e crianças nas unidades
nos levantamentos do Departamento Penitenciário Nacional (Depen); e mais
de um terço das mulheres gestantes permanecem encarceradas após as
audiências de custódia; as mulheres encarceradas têm um perfil ainda mais
vulnerável entre as mulheres registradas no CadÚnico, que abrange
exclusivamente público de baixa renda.Outro desafio é o fato de muitas
mulheres terem restringido o direito de convivência com os (as) filhos (as),
quando há unidades que não permitem a permanência do (a) recém-nascido
(a) nem sequer pelo tempo mínimo estabelecido em lei (seis meses).