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Joinville - 2009
Edição do autor
Introdução
A comunicação é a base do relacionamento humano. Por meio dela,
Deus se fez próximo do homem e mantém sua Igreja próxima do
mundo.
Nos dias atuais, mais do que nunca, a Igreja tem se comunicado com
o mundo. Os fenômenos do rádio, da televisão e da Internet deixaram-
na em evidência perante a sociedade.
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O medo, desde há muitos anos, tem sido objeto de estudo de
especialistas. Contudo, gosto de dizer que antes de ouvir qualquer
argumento devemos buscar uma explicação bíblica para o medo. E ela
existe. Pode ser encontrada no primeiro livro da Bíblia.
Quando o homem foi criado, o medo era desconhecido para ele, pois
fora criado para dominar, como nos confirma o relato bíblico, em
Gênesis 1.26:
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O jornal inglês The Sunday Times entrevistou 3 mil americanos num
estudo que procurava determinar qual o maior medo do ser humano. O
resultado foi este:
As causas do medo
Baixa autoestima
Desconhecimento do assunto
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que fatos bem conhecidos não devam ser mencionados na mensagem —
por exemplo: “Jesus morreu na cruz do Calvário”. Mas eles devem ser
citados apenas no desenvolvimento natural da mensagem ou quando o
público claramente desconhece as verdades e fatos das Escrituras
Sagradas.
Quando alguém assume a tribuna sem a devida prática, isto é, sem ter
a experiência do uso da palavra em público, é natural que ele tenha a
sensação de estar pisando em solo desconhecido. E está mesmo, porque
irá deparar com situações para as quais não estará preparado, e a
exposição da ideia pode ficar comprometida.
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Boas notícias sobre o medo de falar em público
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Depende absolutamente de você e de mais ninguém a superação do
medo de falar em público. Ninguém pode condicionar você para o resto
de sua vida ao cárcere do medo. Tudo que é preciso para derrotar o
inimigo chamado medo você já tem, só precisa saber usar. E isso você
aprenderá neste livro.
Já que tudo isso que acabei de dizer a você é a mais pura verdade,
cabe agora nos lançarmos ao desafio e superá-lo. O primeiro passo a ser
dado nessa batalha é conhecer o inimigo.
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Foi derrotado novamente na legislatura de Illinois, em 1838.
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O planejamento do discurso
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Que tal começar aprendendo o caminho das pedras? Para isso,
precisamos de um roteiro de planejamento. Esse roteiro lhe permitirá
empreender passo a passo a busca das informações necessárias à
perfeita estruturação de sua mensagem, de acordo com seu tema, seu
objetivo e seu público.
Escolha do assunto
“... Friedrich Nietzsche dizia uma coisa que eu também percebo aqui.
Ele dizia que quando nós éramos crianças, e ficávamos à beira da praia,
o mar nos trazia com suas ondas as conchas coloridas e nós pulávamos
e sorriamos de alegria. Mas quando o mar nos levava em suas ondas as
conchas coloridas nós batíamos o pé e chorávamos de tristeza”.
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Naturalmente essa frase estava envolvida no contexto de um
discurso de despedida de formandos. Por isso para os circunstantes foi
fácil a associação das idéias e a assimilação do pensamento do orador.
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Conhecendo a escolha que fará, conhecendo a escolha que todos os
Adões farão, escreve, “Fim”, então fecha o livro e proclama o início.
“Haja luz!”
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gente a conversão. Em Atos 17.17, somos informados de que o apóstolo
Paulo “disputava na sinagoga com os judeus e religiosos e, todos os
dias, na praça, com os que se apresentavam”. Ele se envolveu em
incontáveis debates, sempre com a ideia de convencer o povo acerca das
verdades do evangelho. O rei Agripa certa vez disse ao apóstolo: “Por
pouco me queres persuadir a que me faça cristão!”. E a resposta dele
foi: “Prouvera a Deus que, ou por pouco ou por muito, não somente tu,
mas também todos quantos hoje me estão ouvindo se tornassem tais
qual eu sou, exceto estas cadeias” (At 26.28,29). Persuadir e motivar
eram objetivos constantes na pregação de Paulo.
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Recomendo que você não comece pela introdução: deixe isso para o
final. O assunto central é o ponto pelo qual você deve começar.
Não censure
Feito isso, você irá selecionar e ordenar tudo que anotou. Ou seja,
irá separar as ideias que servirão ao propósito de sua mensagem e
descartar o que não for pertinente aos objetivos.
No entanto, deve-se ressaltar que uma ideia pode não ser aplicável
ao sermão que você está elaborando, mas terá utilidade em outro. Desse
modo, se você teve uma boa ideia, mas não consegue encaixá-la no
sermão em que está trabalhando, guarde-a para utilizá-la em outro.
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Crie o hábito de meditar
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Além dessas fontes usuais de pesquisa, o pregador pode hoje
recorrer a um instrumento muito útil na obtenção de informações: a
Internet. Os sites de busca permitem encontrar em poucos segundos
milhares de páginas referentes a determinado assunto. Ressalte-se,
porém, que nem todos os sites são confiáveis e nem todas as
informações podem ser acolhidas como fidedignas, no entanto as várias
páginas disponíveis permitirão ao internauta uma busca criteriosa por
meio de comparações e confirmações. A Internet é, sem dúvida, a fonte
mais rica e a que permite acesso mais rápido e fácil a qualquer
pesquisador.
Interdependência
Seu discurso não poderá existir se uma das partes for eventualmente
retirada. Ou seja, a peça de oratória deve ser vista como um bloco
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compacto e indivisível, de modo que seja impossível separar uma parte
da outra.
Proporcionalidade
Elucidação
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A introdução
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Geralmente, entende-se por introdução o início do sermão, e não da fala
em si. Anuncia-se um texto a ser lido com a igreja, o texto é lido e só
então o orador introduz sua fala. Errado. Quando pronunciamos a
primeira palavra ao auditório já estamos na introdução.
Conquistar o quê? A mais preciosa joia que a plateia possa lhe dar: a
atenção. Que será do pregador capaz de transmitir a mais ungida
mensagem, mas que não consiga a atenção da igreja?
Duração
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alguma relação com o assunto a ser desenvolvido no decorrer da
mensagem.
Vocativo
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“Senhor presidente, pastor Adalberto de Oliveira, a paz do Senhor. E
em seu nome estendo meus cumprimentos aos demais componentes da
mesa”.
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Estabeleça identidade com o público — Tente conhecer a plateia e
procure algo neles com que você se identifique, estabelecendo
uma ligação.
Prometa ser breve — Não ultrapasse o tempo de exposição da
palavra a que o público está acostumado. Se lhe derem o púlpito
muito tarde, encurte a mensagem, mas sem fazer cortes bruscos.
Seja objetivo — Alguns pregadores exageram no suspense,
alongando demais as expectativas do público, cansando-o. Outros
ficam andando em círculos, sem chegar a lugar nenhum. Vá
direto ao ponto.
Se possível, conte uma história engraçada — O bom humor não
irá tirar a espiritualidade da mensagem. Deve-se, obviamente,
evitar os exageros.
Seja natural e original — Evite as posturas artificiais, como o
formalismo exagerado ou o estilo pomposo. Também não force o
estilo coloquial.
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Inconveniência — Alguns pregadores, por falta de tato, criam
situações constrangedoras para si e para o público.
Chatice — Não seja chato, ordenando ao público coisas do tipo:
“Aperte a mão de seu irmão e diga...”; “Olhe para o irmão à sua
direita e diga...”. Essas “dinâmicas de grupo” mais desagradam
que cativam o auditório.
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A preparação
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O auditório já foi conquistado, agora temos o direito de falar. Isso foi
conseguido pela boa introdução que fizemos.
Proposição
Exemplo de proposição
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Narração
Narração histórica
Levantamento de problemas
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Solução de problemas
Divisão
A escolha da preparação
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Assunto central
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Chegou o momento de apresentar em detalhes aquilo que anunciamos
na preparação.
Convencer e persuadir
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pensar como nós. Persuadir é construir no terreno das emoções; é
sensibilizar o outro para agir; é quando o orador consegue fazer com
que o auditório realize aquilo que foi proposto na mensagem.
Confirmação
Métodos de confirmação
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apresentemos os efeitos e deixemos claros os objetivos de tal
apresentação.
Elementos facilitadores
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auditório suavemente por todo o discurso, mostrando com isso a
interdependência das informações e motivando a atenção e o interesse
dos ouvintes, em especial no meio do discurso onde a curva de interesse
decresce sensivelmente.
Assunto central
I — O mercenário (v.12,13)
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2. Ele conhece suas ovelhas (v. 14)
Conclusão
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Refutação
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A conclusão
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Percorremos até aqui um longo caminho. Desenvolvemos uma
autodisciplina forte e inflexível. Oramos, jejuamos, meditamos. Com a
ajuda do Espírito Santo, escolhemos o assunto, determinamos os
objetivos e então começamos um incansável trabalho de pesquisa.
Embora tenhamos pouco tempo pela frente, não significa que haja
pouco trabalho a ser feito. Pelo contrário, muito ainda temos a realizar.
A conclusão deve ser o coroamento da qualidade do discurso.
Recapitulação
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apresentação. Não se trata, portanto, de repetir todas as partes já
explanadas, pois esse procedimento é desnecessário e até cansativo.
Epílogo
Formas de conclusão
O pregador pode encerrar sua mensagem com uma citação que pode ser
bíblica ou extrabíblica. Uma mensagem sobre a graça e a verdade
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trazidas por Jesus Cristo pode ser encerrada com estas belas palavras
do príncipe dos pregadores, Charles Spurgeon:
Pedir ação
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Conclusão
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Referências
POLITO, Reinado. Como falar corretamente e sem inibições. 61 ed. São Paulo:
Saraiva, 1999.
_________. Assim é que se fala: como organizar a fala e transmitir ideias. 8. ed.
São Paulo: Saraiva, 1999.
_________. Gestos e postura para falar melhor. 20. ed. São Paulo: Saraiva, 1997.
SPURGEON, Charles Hadon. Lições aos meus alunos. São Paulo: PES, 1980, v. 1 e
2.
STOTT, John. Eu creio na pregação. Tradução de Gordon Chow. São Paulo: Vida,
2003.
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