A cultura é um elemento fundamental na vida de um ser humano,
permeando em diversos aspectos da sua existência. Para o
indivíduo, a cultura desempenha um papel crucial na formação da identidade e no desenvolvimento pessoal, podendo interferir na formação de suas crenças, valores e comportamentos. Como afirmou a antropologista norte americana Margaret Mead, a cultura molda as pessoas e, portanto, as pessoas moldam a cultura. Ademais, a cultura pode ser visada como um pilar próspero para a coesão social e o funcionamento de uma sociedade, pois estabelece padrões de interação, normas e valores compartilhados que podem corroborar para uma convivência harmoniosa, respeitando o processo da formação de uma identidade coletiva. Na atuação da terapia ocupacional, a valorização e a integração de saberes ancestrais e culturais de um paciente, são imperativos para o reconhecimento da expressividade autônoma daquele indivíduo, podendo fomentar um tratamento centrado e uma abordagem empática que colabore em familiaridade e respeito para com a história e a experiência nutrida pelo mesmo. Como constata a enfermeira americana Virginia Henderson, o papel do terapeuta ocupacional é ajudar as pessoas a fazer o que precisam e o que querem para promover sua saúde e bem-estar.