Referência Bibliográfica: MARCUSHI, L.A. Oralidade e Letramento In: Da fala para a
escrita-actividades de retextualizacão, 6ªed. São Paulo:Cortez, 2005.
Citação: Pag Reflexão:
Relação entre a Fala e a Escrita
No presente capítulo dá-se o conceito sobre
Segundo Marcuschi, língua é uma língua, em que o autor traz duma forma bem detalhada no que diz respeito ao “conceito de prática social que produz e organiza as língua” formas de vida, as formas de acção e as Ele enfatiza que a língua é que nos identifica formas de conhecimento. Ela nos torna no seio da sociedade. Todavia, a língua é que singulares no reino animal, na medida 14 nos torna singulares no reino animal, ou seja, a fala é estritamente individual, pois cada pessoa em que nos permite cooperar tem seu jeito de se manifestar em meio a grupo intencionalmente, e não apenas por social. instinto. Mas do que um comportamento individual, ela é actividade conjunta e trabalho colectivo, contribuindo de maneira decisiva para a formação de identidades sociais e individuais. (MARCUSCHI , 2005) Nesta vertente a oralidade e escrita, primeiramente recebia atributos em possuir Segundo Marcuschi considerava-se a relações dicotómicas, ou seja, nem a fala e nem a escrita conseguem reproduzir fenómenos que relação oralidade e letramento como 16 são próprios a cada um delas. Isso quer dizer dicotómica, atribuindo-se à escrita por meio das duas é possível se construir textos coesos r coerentes, bem como a valores cognitivos intrínsecos no uso da formulação de raciocínios abstractos e língua, não se vendo nelas duas práticas exposições formais e informais. sociais. Hoje […] predomina a posição de que se pode conceber oralidade e letramento como actividades interactivas e complementares no contexto das práticas sociais e culturais. (MARCUSCHI, 2005).
E ainda segundo Marcuschi podemos
Autor enfatiza mais uma vez a relação entre a observar cada vez mais as relações entre 17 fala e a escrita, dando alguns exemplos no uso a fala e a escrita: dos dois modos no nosso cotidiano. Dando a perceber que a língua e a fala andam de mãos dadas em toda a parte O caso da notícia de um telejornal que só aparece na forma falada, mas é a leitura de um texto escrito. Trata-se de uma oralizacão da escrita, e não de língua oral. Ou então a publicação de entrevista em revistas e jornais que originalmente foram produzidas na forma oral, mas só nos chegaram pela escrita. (MARCUSCHI, 2005) Outra questão bem interessante apontada por Marcuschi é questão das comunicações escritas, produzidas em bate-papos, pela internet. Ele chega a caracterizar esse tipo de comunicação como um encruzamento de fala e escrita. 18 (2005,) Até porque, os indivíduos que utilizam este meio de comunicação, escrevem como se estivessem falando, ou seja, os sons da fala são reproduzidos na escrita; cada um escreve exactamente como se fala. Essa forma de escrever é caracterizada como "uma forma de nos relacionamentos com a escrita, mas não propriamente uma nova forma de escrita” As vezes serão também usadas as expressões língua falada e língua escrita, Neste capitulo segundo o autor, há casos em mas, como não se trata de duas línguas, que consideramos existir língua falada e língua escrita, o que devemos evitar, porque preferimos deixar de lado essas não são considerados com sendo línguas, mas 32 expressões, que podem ser usadas desde sim, são dois modos que as pessoas usam para representar uma língua. Embora os dos modos que se tenha claro que não são duas tenham caminhos distintos. línguas, sim dois modos de representação da mesma língua, embora cada um dos dois modos tenha um história própria […] (MARCUSCHI, 2005)
Constata-se hoje que tanto de usos de
características linguísticas, fala e escrita 58 matem relações muito mais próximas Actualmente verifica-se relações mais como se admitia então. Surgiu uma próximas entre a fala e a escrita como se via visão que permite observar a fala e a antigamente. Entretanto, nota-se mais relações de semelhança e diferenças, contudo, evitando escrita mais em suas relações de nalguns momentos a dicotomias em sentido semelhança do que de diferença em estrito ou rigoroso. certa mistura de género e estilos, evitando as dicotomias em sentido estrito (MARCUSCHI, 2005).