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1. (UERJ 2007)
“Não tardaria muito que saíssem formados e prontos, um para defender o direito e o torto da
gente, outro para ajudá-la a viver e a morrer. ” (l. 3 – 6)
Na passagem destacada, foram explorados diferentes recursos retóricos. Dois desses recursos
podem ser identificados como:
Qualquer Canção
Qualquer canção de amor
É uma canção de amor
Não faz brotar amor
E amantes
Porém, se essa canção
Nos toca o coração
O amor brota melhor
E antes
Qualquer canção de dor
Não basta a um sofredor
Nem cerze um coração
Rasgado
Porém, inda é melhor
Sofrer em dó menor
Do que você sofrer
Calado
Qualquer canção de bem
Algum mistério tem
É o grão, é o germe, é o gen
Da chama
E essa canção também
Corrói como convém
O coração de quem
Não ama
(CHICO BUARQUE)
2. (UERJ 2008) A pluralidade de sentidos, característica da linguagem poética, pode ser obtida
por meio de vários mecanismos, como, por exemplo, a elipse de termos. Esse mecanismo está
presente, de modo mais marcante, no seguinte verso:
(A) “E amantes” (v. 4)
(B) “E antes” (v. 8)
(C) “Rasgado” (v. 12)
(D) “Calado” (v. 16)
3. (UERJ 2008) Na última estrofe do texto, o mistério a que se refere o eu lírico indica uma
construção paradoxal. Os elementos que compõem esse paradoxo são:
(A) “Passar cinquenta anos sem poder falar sua língua com alguém é um exílio agudo dentro
do silêncio. ”
(B) “E como as folhas não falavam, punha-se a ler em voz alta, fingindo ouvir na própria voz a
voz do outro, ”
(C) “Cinquenta anos olhando as planuras dos pampas, acostumado já às carnes generosas dos
churrascos conversados em espanhol”
(D) “Era agora um homem inteiro. Tinha, enfim, nos lábios toda a canção. ”
5. (UERJ 2008) Figuras de linguagem – por meio dos mais diferentes mecanismos – ampliam o
significado de palavras e expressões, conferindo novos sentidos ao texto em que são usadas. A
alternativa que apresenta uma figura de linguagem construída a partir da equivalência entre
um todo e uma de suas partes é:
(A) “que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como
dentro de um sonho? ”
(B) “Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido,
voltava subitamente a atacar. ”
(C) “batia com os nós dos dedos, cada vez mais forte, como se tivesse certeza de que havia
alguém lá dentro. ”
(D) “Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; ”
(A) pleonasmo
(B) metonímia
(C) hipérbole
(D) metáfora
7. (UERJ 2004) A construção poética do discurso baseia-se frequentemente na utilização de
figuras de linguagem, como a metonímia. O poeta recorreu a esta figura em:
Os poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
(MÁRIO QUINTANA)
8. (UERJ 2011) O texto é todo construído por meio do emprego de uma figura de estilo. Essa
figura é denominada de:
(A) elipse
(B) metáfora
(C) metonímia
(D) personificação
9. (UERJ 2011) “Desde então procuro descascar fatos, aqui sentado à mesa da sala de jantar”.
(A) reduzir
(B) denunciar
(C) argumentar
(D) compreender
Como boa parte da população brasileira vive de um mínimo que não dá para viver e as
circunstâncias que o impedem de ser maior não vão mudar tão cedo, eis-nos num silogismo
bárbaro: se o país só sobrevive com mais da metade da sua população condenada a uma
subvida perpétua, estamos todos condenados a uma lógica do absurdo. Aqui o sério é
temerário, o sensato é insensato, o adulto é irreal e o responsável é criminoso. A nossa
estabilidade e o nosso prestígio com a comunidade financeira internacional se devem à
tenacidade com que homens honrados e capazes, resistindo a apelos emocionais, mantêm
uma política econômica solidamente fundeada na miséria alheia e uma admirável coerência
baseada na fome dos outros. O país só é viável se metade da sua população não for. (…)
10. (UERJ 2001) O texto apresenta um ponto de vista crítico, construído, dentre outros, pelo
recurso da ironia. A qualidade que constitui uma ironia, no texto, é:
11. (UERJ 2001) A linguagem figurada, conhecida característica de textos literários, encontra-se
também em outros tipos de texto. Verifica-se um exemplo de metonímia no seguinte
fragmento da reportagem:
13. (UERJ 2006) A crônica de Carlos Heitor Cony é uma crítica à hierarquia econômico-social
que prevalece em nossa sociedade. O ponto de vista do narrador sobre essa hierarquia está
exemplificado por meio de metáfora em: