Você está na página 1de 83

ZAB0161 - Álgebra Linear com

Aplicações em Geometria Analítica

Cônicas:
Elipse, Hipérbole e Parábola
Prof. Dr. Jorge Lizardo Díaz Calle

ZAB (Dpto. de Ciências Básicas) – FZEA – USP


Cone em três dimensões
Rotacionando

Reta geratriz
Z
Ponto fixo

𝑌
𝑋
Cone: é a superficie gerada
ao rotacionar a reta geratriz
após ter fixado um ponto da
reta geratriz.
Cortes no Cone: Elipse e Hipérbole
Planos de corte:
Os Planos não são paralelos a reta geratriz.

Z Z

𝑌 𝑌
𝑋 𝑋

Elipse. O corte pega só Hipérbole. O corte pega as


uma superfície do cone. duas superfícies do cone
Cortes no Cone: Parábola

𝑌
𝑋

Parábola. O corte pega só


uma superfície do cone de
forma paralela à reta geratriz
Elipse
Definição:
A elipse é a curva que se
obtém cortando um cone
com um plano que não
passa pelo vértice, também
não é paralelo a reta
geratriz do cone e que
corta apenas uma das
folhas da superfície.
Elipse: Lugar geométrico
Definição: Uma elipse é o conjunto dos pontos
𝑃 = (𝑥, 𝑦) do plano, tais que a soma das distâncias
de P a dois pontos fixos 𝐹1 e 𝐹2 (focos) é constante.

Observar: Como são dois pontos fixos (dados)


calcula-se a distância entre eles:
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝐹1 , 𝐹2 = 𝑑 𝐹1 , 𝐹2 = 2𝑐.
O valor da soma que deve ser constante fazemos 2𝑎.

Qual a relação entre 𝑎 e 𝑐 ??


Exemplo Elipse
Sejam 𝐹1 = (1,1) e 𝐹2 = (5,4) A soma dessas distâncias
Então: é maior do que 5.
𝑑 𝐹1 , 𝐹2 = 5 = 2𝑐 𝑌

Supondo que foi dado 𝐹2


2𝑎 = 4
𝑃
observar que não existem 𝐹1
𝑋
pontos para essa elipse.

Portanto: 2𝑎 > 2𝑐, isto é 𝒂 > 𝒄.


Elipse: Lugar geométrico
Definição: Uma elipse é o conjunto dos pontos 𝑃
que satisfazem: 𝑑 𝑃, 𝐹1 + 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎.
Onde: 𝑎 > 𝑐 e 𝑑 𝐹1 , 𝐹2 = 2𝑐.

ℰ = 𝑃 = 𝑥, 𝑦 / 𝑑 𝑃, 𝐹1 + 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎

ℰ: 𝑑 𝑃, 𝐹1 + 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎

Observar: Uma elipse se define com três dados


• Dois focos: 𝐹1 e 𝐹2
• O valor constante 2𝑎, com 𝑎 > 𝑐.
Elipse
Dados os dois focos e a distância 2𝑐, vamos utilizar
novos eixos para simplificar a representação:
𝑌 ത
𝑌
𝑋ത 𝐹2 = 5,4 𝑋𝑌
𝐹2 = 52, 0
𝐹2 𝑋ത 𝑌ത
𝐹1 = 1,1 𝑋𝑌
𝐹1 = −52, 0 ത ത
𝑋𝑌
𝐹1 𝐶 = 3, 52
𝑋 𝑋𝑌
𝐶 = 0,0 𝑋ത 𝑌ത
𝐶 = 12 𝐹1 + 𝐹2
Elipse
Então, passando pelos dois pontos foi construido um
novo eixo 𝑋ത (eixo focal), também uma nova origem
sendo o ponto médio entre os focos, e construindo
o eixo 𝑌ത como a reta 𝑌ത
𝑋ത

ortogonal a 𝑋.
𝐹2
𝐹1 = −𝑐, 0 𝐶
𝐹2 = 𝑐, 0
𝐹1
𝐶 = 0,0
Elipse
Agora, trabalhando nos novos eixos 𝑋ത 𝑌,
ത temos

𝑌ത Supondo que o ponto


𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത pertence a
𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത elipse ℇ, então deve ser
𝑋ത válida a equação dada
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐶 𝐹2 = (𝑐, 0)
para um valor dado 2𝑎:

Se 𝑃 ∈ ℇ, então
𝑑 𝑃, 𝐹1 + 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎
Elipse: Equação canônica
ℇ: 𝑑 𝑃, 𝐹1 + 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎
ℇ: 𝑑 𝑥,ҧ 𝑦ത , (−𝑐, 0) + 𝑑 𝑥,ҧ 𝑦ത , (𝑐, 0) = 2𝑎
ℇ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 + 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = 2𝑎
ℇ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = 2𝑎 − 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
Elevando ao quadrado ambos os lados:
ℇ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = 4𝑎2 − 4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2 + 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2

ℇ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 − 𝑥ҧ − 𝑐 2 − 4𝑎2 = −4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ҧ − 4𝑎2 = −4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℇ: 4𝑥𝑐
ҧ − 𝑎2 = −𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℇ: 𝑥𝑐
Elipse: Equação canônica
Elevando ao quadrado novamente em
ℇ: 𝑥𝑐ҧ − 𝑎2 = −𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 2𝑥𝑐𝑎
ҧ 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 2𝑥𝑐𝑎
ҧ 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ 2 − 2𝑥𝑐
ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ 2 + 𝑎2 𝑐 2 + 𝑎2 𝑦ത 2
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 𝑎2 𝑦ത 2 − 𝑎2 𝑥ҧ 2 = 𝑎2 𝑐 2 − 𝑎4
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 𝑎2 − 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑐 2 − 𝑎2
Observar o sinal do fator com a diferença, então
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑎2 − 𝑐 2 + 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑎2 − 𝑐 2
Como 𝑎2 − 𝑐 2 > 0, fazemos: 𝑏 2 = 𝑎2 − 𝑐 2
Elipse: Equação canônica
Substituindo: 𝑏 2 = 𝑎2 − 𝑐 2
ℇ: 𝑥ҧ 2 𝑏 2 + 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑏 2
que é válido para qualquer ponto da elipse.
Mais ainda, dividindo entre 𝑎2 𝑏 2
𝑏 2 𝑥ҧ 2 𝑎2 𝑦ത 2 𝑎2 𝑏 2
ℇ: 2 2 + 2 2 = 2 2
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
Simplificando
𝑥ҧ 2 𝑦ത 2
ℇ: + = 1 onde 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
𝑎2 𝑏2
que é chamada de equação canônica de uma elipse.
Elipse
No desenho: Como 𝑎 > c, vejamos
𝑌ത o ponto 𝑎, 0 .
Observar que:
𝑑 𝑎, 0 , (𝑐, 0) = 𝑎 − 𝑐
(𝑎, 0)
𝐶 𝑋ത e
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐹2 = (𝑐, 0)
𝑑 𝑎, 0 , (−𝑐, 0) = 𝑎 + 𝑐
então:
𝑑 𝑎, 0 , (−𝑐, 0) + 𝑑 𝑎, 0 , (𝑐, 0) = 𝑎 + 𝑐 + (𝑎 − 𝑐)
𝑑 𝑎, 0 , 𝐹1 + 𝑑 𝑎, 0 , 𝐹2 = 2𝑎
Então 𝑉2 = (𝑎, 0) ∈ ℇ.
Elipse
𝑌ത O mesmo vai acontecer
(0, 𝑏)
com o ponto −𝑎, 0 .
𝑎
𝑏
(−𝑎, 0) (𝑎, 0)
𝑐 𝑋ത Denotamos por
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐶 𝐹2 = (𝑐, 0)
𝑉1 = (−𝑎, 0) ∈ ℇ

(0, −𝑏)

Observar: No eixo 𝑌ത temos dois pontos da elipse.


Denotamos por
𝐵2 = 0, 𝑏 e 𝐵1 = 0, −𝑏
Elipse
𝑌ത
𝐵2 = (0, 𝑏)

𝑎
𝑏
𝑉1 = (−𝑎, 0) 𝑉2 = (𝑎, 0)
𝑐
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐶 𝐹2 = (𝑐, 0) 𝑋ത

𝐵1 = (0, −𝑏)

Portanto, nos eixos 𝑋ത 𝑌,


ത a elipse satisfaz a equação:
𝑥ҧ 2 𝑦ത 2
ℇ: + = 1 onde 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2
𝑎2 𝑏2
Fácil identificar os quatro pontos: 𝑉1 , 𝑉2 , 𝐵1 , 𝐵2 ,
todo a partir das medidas determinadas.
Elipse
𝑌ത
𝐵2 = (0, 𝑏)
ℇ 𝑅 = (𝑐, ℎ)
𝑎
𝑏
𝑉1 = (−𝑎, 0) 𝑉2 = (𝑎, 0)
𝑐
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐶 𝐹2 = (𝑐, 0) 𝑋ത O lado reto
mede:
𝐵1 = (0, −𝑏) 2𝑏 2
𝐿 =
𝑎
Em 𝑋ത 𝑌,
ത também é importante o lado reto, segmento
ortogonal ao eixo focal, mas passando por cada foco.
𝑐 2 ℎ2 ℎ2 𝑎 2 − 𝑐 2 𝑏2
𝑅∈ℇ⇒ 2+ 2=1⇒ 2= 2
⇒ℎ=
𝑎 𝑏 𝑏 𝑎 𝑎
Elipse: excentricidade
Existe uma relação importante das cônicas, é a
excentricidade: é o quociente entre as constantes
𝑐
𝜀=
𝑎
Para a elipse: como 𝑎 > 𝑐 > 0, temos que
0 < 𝜀 < 1.

Quando 𝜀 é próximo a zero, o 𝑐 deve ser próximo de


zero, isto é, temos os focos quase o mesmo ponto,
portanto no limite chegamos ao que chamamos de
uma circunferência.
Elementos de uma elipse
𝑪: centro da elipse; é o ponto
médio do segmento 𝐹1 𝐹2 .
𝑽𝟏 , 𝑽𝟐 , 𝑩𝟏 , 𝑩𝟐 : vértices (elipse). 𝑉1 𝐶
𝑉2

Eixo maior: é o segmento 𝑉1 𝑉2 e


cujo comprimento é 2a.
Eixo menor: é o segmento 𝐵1 𝐵2 e
cujo comprimento é 2b.

Do triângulo retângulo 𝐵2 𝑂𝐹2


hachurado na figura, obtemos a
relação notável: 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 .
Elipse: Relacionando eixos
Observar que se construimos
𝑌෨
os eixos 𝑋ത 𝑌(adequados),

𝑌 𝑌ത
para qualquer elipse a 𝑋ത
equação canônica é válida.
𝐹2
Mas se precisarmos usar nos 𝐶
𝑋෨
eixos originais??? 𝐹1 𝑋
Podemos utilizar as
mudanças de coordenadas:
Por translação: 𝑋𝑌 → 𝑋෨ 𝑌෨
Por rotação: 𝑋෨ 𝑌෨ → 𝑋ത 𝑌.

Elipse: Mudanças de coordenadas
No exemplo: Por translação: 𝑌෨
𝑥෤ = 𝑥 − 3 𝑌 𝑌ത
De 𝑋𝑌 → 𝑋෨ 𝑌෨ ⟹ ቊ 𝑦෤ = 𝑦 − 5 𝑋ത
2
𝑥 = 𝑥෤ + 3 𝐹2
ቊ 𝑦 = 𝑦෤ + 5 𝛼
𝐶
2 𝑋෨
Por rotação: 𝐹1 𝑋
Vetor de direção do eixo
focal 𝑣 = (4,3) ou
𝑥ҧ = 45𝑥෤ + 35𝑦෤
4 3
𝑣𝑢 = , = cos 𝛼 , sin 𝛼 ⇒ ቐ
5 5 𝑦ത = −35𝑥෤ + 45𝑦෤
Elipse: Equação do exemplo
𝐹1 = (1,1), 𝐹2 = (5,4), 2𝑎 = 7 𝑌෨
𝑥ҧ 2 𝑦ത 2 𝑌 𝑌ത
Em 𝑋ത 𝑌:
ത ℇ: + =1 𝑋ത
𝑎2 𝑏2

𝑏 2 = 49 − 25 𝐹2
4 4 =6 𝐶
𝛼
4𝑥ҧ 2 𝑦ത 2 𝑋෨
então ℇ: + =1 𝐹1 𝑋
49 6

ℇ: 24𝑥ҧ 2 + 49𝑦ത 2 = 294


Em 𝑋෨ 𝑌,
෨ pela rotação:
𝑥ҧ = 15 4𝑥෤ + 3𝑦෤
ቐ ⟹ ℇ: 33𝑥෤ 2 + 40𝑦෤ 2 − 24𝑥෤ 𝑦෤ = 294
𝑦ത = 15 −3𝑥෤ + 4𝑦෤
Elipse: Equação do exemplo
Dados do exemplo: 𝐹1 = (1,1), 𝐹2 = (5,4), 2𝑎 = 7
ഥ𝟐
𝒙 ഥ𝟐
𝒚 𝒙𝟐
𝟒ഥ ഥ𝟐
𝒚
Em 𝑋ത 𝑌:
ത ℇ: + =𝟏⇒ + =𝟏
𝒂𝟐 𝒃𝟐 𝟒𝟗 𝟔

Pela rotação utilizada


Em 𝑋෨ 𝑌:
෨ ℇ: 𝟑𝟑෥ 𝒙𝟐 + 𝟒𝟎෥ 𝒚𝟐 − 𝟐𝟒෥ ෥ = 𝟐𝟗𝟒
𝒙𝒚
E utilizando a translação:
𝑥෤ = 𝑥 − 3
ቊ 𝑦෤ = 𝑦 − 5
2
Em 𝑋𝑌:
ℇ: 𝟑𝟑𝒙𝟐 + 𝟒𝟎𝒚𝟐 − 𝟐𝟒𝒙𝒚 − 𝟏𝟑𝟖𝒙 − 𝟏𝟐𝟖𝒚 + 𝟕𝟑 = 𝟎
Elipse
Muitas vezes o que é fornecido é a equação:
33𝑥 2 + 40𝑦 2 − 24𝑥𝑦 − 138𝑥 − 128𝑦 + 73 = 0
Nesse caso, para identificar a elipse que temos visto
antes, precisamos:
• diagonalizar - identifica a rotação necessária
• completar quadrados - identifica a translação
necessária.
Sempre será possível chegar na equação
4𝑥ҧ 2 𝑦ത 2
+ =1
49 6
Elipse
Faça os cálculos necessários. Por exemplo, seja
4𝑥 2 = 49 − 25𝑦 2
então
4𝑥 2 + 25𝑦 2 = 49
4𝑥 2 25𝑦 2
+ =1
49 49
𝑥2 𝑦2
49 + 49 = 1
4 25
2 49 2 49 7 7 7 21
Assim 𝑎 = 4
e𝑏 = 25
então 𝑎 = , 𝑏 = e 𝑐 =
2 5 10
Elipse
Faça os cálculos necessários, por exemplo, seja
25𝑥 2 = 49 − 4𝑦 2
então
25𝑥 2 + 4𝑦 2 = 49
25𝑥 2 4𝑦 2
+ =1
49 49
𝑥2 𝑦2 𝑥ҧ = 𝑦 𝑥ҧ = cos 𝛼 𝑥 + sin 𝛼 𝑦
+ =1⇒ቊ ⇒ቊ
49 49 𝑦ത = 𝑥 𝑦ത = − sin 𝛼 𝑥 + cos 𝛼 𝑦
25 4
⇒𝛼 = 𝜋2
Assim 𝑎2 = 49
4
e 𝑏 2
= 49
25
então 𝑎 = 7
2
, 𝑏 = 7
5
e 𝑐 = 7 21
10
Elipse
Quando não temos termos mistos, basta completar
quadrados: 9𝑥 2 + 4𝑦 2 − 25𝑥 + 16𝑦 = 5
Então procure o centro ao
completar quadrados.
Determine 𝑎, 𝑏 e 𝑐 se necessário
Determine os vértices, focos
Determine os lados retos e seus
comprimentos e os pontos
extremos nesses lados retos.
Aplicações Elipse
1. A trajetória ao redor do Sol não é circular e sim elíptica (não
considerando o deslocamento do sistema solar). Foi Kepler (1571-
1630) quem desenvolveu esta teoria. No caso da Terra os semi-
eixos são:
a = 153.493.000km e b = 153.454.000 km.
Calcule a excentricidade da órbita da Terra: (quase uma
circunferência)
O eixo maior apresenta dois pontos: o periélio (janeiro) e o afélio
(julho), que correspondem às distâncias mínimas e máxima da
Terra ao Sol, respectivamente.
Ademais, no globo terrestre (geóide) o equador tem
aproximadamente a forma de uma circunferência e o meridiano
de uma elipse.

2. Arcos em forma de semi-elipse são muito empregados na


construção de pontes de concreto e de pedras (desde os antigos
romanos)
Aplicações Elipse
3. Em Resistência dos Materiais é muito empregada a elipse de inércia.
4. Conjuntos de elipses homofocais (elipses de mesmo foco) são
utilizadas na teoria de correntes elétricas estacionárias.
5. Na Mecânica são usadas engrenagens elípticas.
6. Sob uma abóboda elíptica os sons emitidos em um foco têm melhor
audibilidade nos pontos próximos ao outro foco, não obstante serem
praticamente inaudíveis na região intermediária aos dois focos.
7. O mais portentoso monumento arquitetônico da Roma antiga foi o
Coliseu. A planta baixa possuía a forma elíptica, cujo eixo maior
tinha 188 m e a menor 156 m. Começou a ser construído em 72 por
Vespasiano e foi concluído em 82 por Tito. A cobertura móvel, à
altura de 85m, era sustentada por um sistema inédito de tirantes,
adicionada em caso de chuva para proteger seus 40.000
espectadores. Diante da tribuna imperial, os garbosos gladiadores
romanos desfilavam antes da luta e proferiam em alto e bom som:
“Ave, César, morituri te salutant” (Salve, César, os que vão morrer
te saúdam).
Exercícios de elipse
1. Desenhe o lugar geométrico que satisfaz
150𝑥 − 128𝑦 + 25𝑥 2 + 16𝑦 2 = 1119
2. Determine a equação da elipse com um foco em
(2,3), o vértice correspondente é (2,5) e o centro
está sobre o eixo X.
3. Determine a elipse com centro em (-2,3) e as
distâncias de um foco aos vértices são 1 e 9.
O eixo maior é paralelo ao eixo X.
Exercício 4
Encontre os vértices maiores da elipse E
𝑄
cujo centro é o ponto 𝐶 = (0, −1), um
𝐹
dos seus focos é o ponto 𝐹 = (0,3) y
que passa pelo ponto 𝑄 = (0,4)
Resolução Como o centro e o foco estão 𝐶
no eixo Y, os vértices devem estar no
eixo Y. Como 𝑄 está no eixo Y, o que é
𝑉2
um vértice maior. Então
𝑎 = 𝑑 𝐶, 𝑄 = (4 − −1 )2 = 5
O outro vértice maior está 5 unidades
abaixo do centro, 𝑉2 = (0, −6).
Exercício 5
Encontre os extremos dos lados retos 𝑄
da elipse E cujo centro é o ponto 𝐸1 𝐸2
𝐹
𝐶 = (0, −1), um dos seus focos é o
ponto 𝐹 = (0,3) y que passa pelo
ponto 𝑄 = (0,4) 𝐶

Resolução Como o centro e o foco


𝐸3 ℎ 𝐸
estão no eixo Y, o eixo Y é o eixo 4

focal. Devemos calcular ℎ (Figura)


𝑏2
Sabemos que ℎ = , onde 𝑎 é o
𝑎
semieixo maior e 𝑏 o semieixo
menor.
Exercício 5
Como 𝑄 está no eixo Y, é um vértice maior. Então
𝑎 = 𝑑 𝐶, 𝑄 = (4 − −1 )2 = 5
Também sabemos que 𝑐 = 𝑑 𝐶, 𝐹 = 4.
Da relação 𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 tem se 𝑏 2 = 25 − 16 = 9.
9
Assim ℎ = 5 , portanto os extremos são
9 9
𝐸1 = −5, 3 𝑒 𝐸2 = (5, 3)

𝐸3 = −59, −5 𝑒 𝐸4 = (59, −5)


Exercício 6
Encontre os extremos dos lados retos
da elipse E cujo centro é o ponto 𝐸1 𝐸2
𝐹
𝐶 = (0, −1), um dos seus focos é o 𝑄

ponto 𝐹 = (0, 10 − 1) y que passa


𝐶
pelo ponto 𝑄 = (2,2)
Resolução Como o centro e o foco
𝐸3 ℎ 𝐸
estão no eixo Y, o eixo Y é o eixo 4

focal. Devemos calcular ℎ (Figura)


𝑏2
Sabemos que ℎ = , onde 𝑎 é o
𝑎
semieixo maior e 𝑏 o semieixo
menor. 𝑐 = 𝑑 𝐶, 𝐹 = 10.
Exercício 6
A equação da elipse tem a forma
(𝑦+1)2 𝑥 2
2 + 2 =1
𝑎 𝑏
onde 𝑎2 = 𝑏 2 + 10 então
Como 𝑄 ∈E então
9 4
+
𝑏2 +10 𝑏2
=1
9𝑏 2 + 4𝑏 + 40 = 𝑏 4 + 16𝑏 2
2

0 = 𝑏 4 + 3𝑏 2 − 40 → 𝑏 2 − 5 𝑏 2 + 8 = 0
Logo 𝑏 2 = 5, 𝑎2 = 15 e portanto
ℎ = 5 = 315
15
Exercício 6
15
Assim ℎ = 3
, portanto os extremos são
15 15
𝐸1 = − 3
, 10 − 1 𝑒 𝐸2 = 3
, 10 − 1

15 15
𝐸3 = − 3
,− 10 − 1 𝑒 𝐸4 = 3
,− 10 − 1
Hipérbole
Definição:
A hipérbole é a curva
(intersecção) obtida ao
cortar um cone com um
plano que não passa pelo
vértice, não é paralelo a
reta geratriz do cone e
que corta as duas folhas da
superfície.
Hipérbole: Lugar geométrico
Definição: Uma hipérbole é o conjunto dos pontos
𝑃 = (𝑥, 𝑦) do plano, tais que o módulo da diferença
entre as distâncias de P a dois pontos fixos 𝐹1 e 𝐹2
(focos) é constante.

Observar: Como são 2 pontos fixos dados podemos


calcular a distância entre eles:
𝑑𝑖𝑠𝑡 𝐹1 , 𝐹2 = 𝑑 𝐹1 , 𝐹2 = 2𝑐.
O valor da soma que deve ser constante fazemos 2𝑎.

No caso, por utilizar diferença é esperado 𝑎 < 𝑐.


Hipérbole : Lugar geométrico
Definição: Uma hipérbole é o conjunto dos pontos
𝑃 que satisfazem: 𝑑 𝑃, 𝐹1 − 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎.
Onde: 𝑎 < 𝑐 e 𝑑 𝐹1 , 𝐹2 = 2𝑐.

ℋ = 𝑃 = 𝑥, 𝑦 / 𝑑 𝑃, 𝐹1 − 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎

ℋ: 𝑑 𝑃, 𝐹1 − 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎

Observar: Uma hipérbole se define com três dados


• Dois focos: 𝐹1 e 𝐹2
• O valor constante 2𝑎, com 𝑎 < 𝑐.
Hipérbole
Dados os dois focos e a distância 2𝑐, vamos utilizar
novos eixos para simplificar a representação:
𝑌 ത
𝑌
𝑋ത 𝐹2 = 5,4 𝑋𝑌
𝐹2 = 52, 0
𝐹2 𝑋ത 𝑌ത
𝐹1 = 1,1 𝑋𝑌
𝐹1 = −52, 0 ത ത
𝑋𝑌
𝐹1 𝐶 = 3, 52
𝑋 𝑋𝑌
𝐶 = 0,0 𝑋ത 𝑌ത
𝐶 = 12 𝐹1 + 𝐹2
Hipérbole
Então, passando pelos dois pontos foi construido um
novo eixo 𝑋ത (eixo focal), uma nova origem sendo
o ponto do médio entre eles, e construindo o eixo 𝑌ത

como a reta ortogonal a 𝑋. 𝑌ത
𝑋ത

𝐹1 = −𝑐, 0 𝐹2
𝐹2 = 𝑐, 0 𝐶
𝐶 = 0,0 𝐹1
Hipérbole
Agora, trabalhando nos novos eixos 𝑋ത 𝑌,
ത temos

𝑌ത Supondo que o ponto


𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത pertence a
𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത hipérbole ℋ, então
𝑋ത deve ser válida a
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐶 𝐹2 = (𝑐, 0)
equação dada para
um valor dado 2𝑎:
Se 𝑃 ∈ ℋ, então
𝑑 𝑃, 𝐹1 − 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎
Hipérbole : Equação canônica
ℋ: 𝑑 𝑃, 𝐹1 − 𝑑 𝑃, 𝐹2 = 2𝑎
ℋ: 𝑑 𝑥,ҧ 𝑦ത , (−𝑐, 0) − 𝑑 𝑥,ҧ 𝑦ത , (𝑐, 0) = 2𝑎
ℋ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 − 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = ±2𝑎
ℋ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = ±2𝑎 + 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
Elevando ao quadrado ambos os lados:
ℋ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2 = 4𝑎2 ± 4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2 + 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2

ℋ: 𝑥ҧ + 𝑐 2 − 𝑥ҧ − 𝑐 2 − 4𝑎2 = ±4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ҧ − 4𝑎2 = ±4𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℋ: 4𝑥𝑐
ℋ: 𝑥𝑐ҧ − 𝑎2 = ±𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
Hipérbole : Equação canônica
Elevando ao quadrado novamente em
ℋ: 𝑥𝑐 ҧ − 𝑎2 = ±𝑎 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 2𝑥𝑐𝑎
ҧ 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ − 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 2𝑥𝑐𝑎
ҧ 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ 2 − 2𝑥𝑐
ҧ + 𝑐 2 + 𝑦ത 2
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 + 𝑎4 = 𝑎2 𝑥ҧ 2 + 𝑎2 𝑐 2 + 𝑎2 𝑦ത 2
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 𝑎2 𝑦ത 2 − 𝑎2 𝑥ҧ 2 = 𝑎2 𝑐 2 − 𝑎4
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑐 2 − 𝑎2 − 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑐 2 − 𝑎2
Como 𝑐 > 𝑎 > 0 ⟹ 𝑐 2 > 𝑎2 ⟹ 𝑐 2 − 𝑎2 > 0
Fazemos: 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑏 2 − 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑏 2
Hipérbole : Equação canônica
Então, temos que todo ponto da hipérbole satisfaz:
ℋ: 𝑥ҧ 2 𝑏 2 − 𝑎2 𝑦ത 2 = 𝑎2 𝑏 2
para 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2 .
Mais ainda, dividindo entre 𝑎2 𝑏 2
𝑏 2 𝑥ҧ 2 𝑎2 𝑦ത 2 𝑎2 𝑏 2
ℋ: 2 2 − 2 2 = 2 2
𝑎 𝑏 𝑎 𝑏 𝑎 𝑏
Simplificando
ഥ𝟐
𝒙 ഥ𝟐
𝒚
ℋ: − = 𝟏 onde 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
𝒂𝟐 𝒃𝟐
que é chamada de equação canônica da hipérbole.
Hipérbole
No desenho: Como 𝑎 < c, vejamos
𝑌ത o ponto 𝑎, 0 .
Observar que:
𝑑 𝑎, 0 , (𝑐, 0) = 𝑐 − 𝑎
(𝑎, 0)
𝐶 𝑋ത e
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐹2 = (𝑐, 0)
𝑑 𝑎, 0 , (−𝑐, 0) = 𝑎 + 𝑐
então:
𝑑 𝑎, 0 , (−𝑐, 0) − 𝑑 𝑎, 0 , (𝑐, 0) = 𝑎 + 𝑐 − (𝑐 − 𝑎)
𝑑 𝑎, 0 , (−𝑐, 0) − 𝑑 𝑎, 0 , (𝑐, 0) = 2𝑎
Então 𝑉2 = (𝑎, 0) ∈ ℋ.
Hipérbole
𝑌ത O mesmo vai acontecer
𝐵2 = (0, 𝑏)
com o ponto −𝑎, 0 .
𝑟 𝑐 𝑟
(−𝑎, 0) (𝑎, 0) Denotamos por
𝐶 𝑋ത
𝐹1 = (−𝑐, 0) 𝐹2 = (𝑐, 0)
𝑉1 = (−𝑎, 0) ∈ ℋ
Temos 𝑉1 , 𝑉2 ∈ ℋ

Observar: Agora não dá para obter pontos da


ത Mas podemos desenhar os
hipérbole no eixo 𝑌.
pontos 𝐵2 = 0, 𝑏 e 𝐵1 = 0, −𝑏 e 𝐵2 ∉ ℋ
Hipérbole
E também, nos
𝑌ത
𝓗 𝐵2 = (0, 𝑏) eixos 𝑋ത 𝑌,
ത as
assíntotas são:
𝑏 𝑏
𝑉1 = (−𝑎, 0) 𝑉2 = (𝑎, 0) 𝐿1 : 𝑦ത = 𝑥ҧ
(−𝑐, 0) 𝐶 (𝑐, 0) 𝑋ത 𝑎
𝑏
𝐿2 : 𝑦ത = − 𝑥ҧ
𝑎
𝐵1 = (0, −𝑏)

Portanto, nos eixos 𝑋ത 𝑌,


ത a hipérbole tem a equação:
𝑥ҧ 2 𝑦ത 2
ℋ: − =1 onde 𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2
𝑎2 𝑏2
Hipérbole
𝑅 = (𝑐, ℎ)
𝓗 𝑌ത
𝐵2 = (0, 𝑏)
O lado reto
𝑏 mede:
𝑉1 = (−𝑎, 0) 𝑉2 = (𝑎, 0)
2𝑏 2
(−𝑐, 0) 𝐶 (𝑐, 0) 𝑋ത 𝐿 =
𝑎

𝐵1 = (0, −𝑏)

Em 𝑋ത 𝑌,
ത também é importante o lado reto, segmento
que passa pelo foco ortogonal ao eixo focal.
𝑐 2 ℎ2 ℎ2 𝑎 2 − 𝑐 2 𝑏2
𝑅∈ℋ⇒ 2− 2=1⇒− 2= 2
⇒ℎ=
𝑎 𝑏 𝑏 𝑎 𝑎
Elementos da hipérbole
C: centro da Hipérbole; é o ponto
médio do segmento 𝑭𝟏 𝑭𝟐 .
𝑽𝟏 , 𝑽𝟐 : vértices da Hipérbole.
Eixo real ou transversal: é o
segmento 𝑽𝟏 𝑽𝟐 e cujo 𝑉1 𝐶 𝑉2
comprimento é 2a.
Eixo imaginário ou conjugado: é o
segmento 𝑩𝟏 𝑩𝟐 e cujo
comprimento é 2b.
As assíntotas são:
𝑏
Do triângulo 𝐵2 𝑂𝑉2 , hachurado na 𝐿1 : 𝑦ത = 𝑥ҧ
figura, obtemos a relação notável: 𝑎
𝑏
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏2 𝐿2 : 𝑦ത = − 𝑥ҧ
𝑎
Hipérbole : excentricidade
Existe uma relação importante das cônicas, é a
excentricidade: é o quociente entre as constantes
𝑐
𝜀=
𝑎
Para a hipérbole:
como 𝑐 > 𝑎 > 0, temos que
𝜀 > 1.
Hipérbole : Equação do exemplo
𝐹1 = (1,1), 𝐹2 = (5,4), 2𝑎 = 3 𝑌෨ ℋ
𝑥ҧ 2 𝑦ത 2 𝑌 𝑌ത
Em 𝑋ത 𝑌:
ത ℋ: − =1 𝑋ത
𝑎2 𝑏2

𝑏 2 = 25 − 9 𝐹2
4 4=4 𝐶
4𝑥ҧ 2 𝑦ത 2 𝑋෨
então ℋ: − =1 𝐹1 𝑋
9 4

ℋ: 16𝑥ҧ 2 − 9𝑦ത 2 = 36
Em 𝑋෨ 𝑌,
෨ pela rotação:
𝑥ҧ = 15 4𝑥෤ + 3𝑦෤
ቐ ⟹ ℋ: 175𝑥෤ 2 + 600𝑥෤ 𝑦෤ = 900
𝑦ത = 15 −3𝑥෤ + 4𝑦෤
Hipérbole : Equação do exemplo
Dados do exemplo: 𝐹1 = (1,1), 𝐹2 = (5,4), 2𝑎 = 3
ഥ𝟐
𝒙 ഥ𝟐
𝒚 𝒙𝟐
𝟒ഥ ഥ𝟐
𝒚
Em 𝑋ത 𝑌:
ത ℋ: − =𝟏⇒ − =𝟏
𝒂𝟐 𝒃𝟐 𝟗 𝟒

Pela rotação utilizada


Em 𝑋෨ 𝑌:
෨ ℋ: 𝟕෥ 𝒙𝟐 + 𝟐𝟒෥ ෥ = 𝟑𝟔
𝒙𝒚
E utilizando a translação:
𝑥෤ = 𝑥 − 3
ቊ 𝑦෤ = 𝑦 − 5
2
Em 𝑋𝑌:
ℋ: 𝟕𝒙𝟐 + 𝟐𝟒𝒙𝒚 − 𝟏𝟎𝟐𝒙 − 𝟕𝟐𝒚 + 𝟐𝟎𝟕 = 𝟎
Hipérbole
Muitas vezes o que é fornecido é a equação:
7𝑥 2 + 24𝑥𝑦 − 102𝑥 − 72𝑦 + 207 = 0
Nesse caso, para identificar a hipérbole que temos
visto antes, precisamos:
• diagonalizar - identifica a rotação necessária
• completar quadrados - identifica a translação
necessária.
Sempre será possível chegar na equação
4𝑥ҧ 2 𝑦ത 2
− =1
9 4
Hipérbole
Faça os cálculos necessários. Por exemplo, seja
4𝑥 2 = 49 + 25𝑦 2
então
4𝑥 2 − 25𝑦 2 = 49
4𝑥 2 25𝑦 2
− =1
49 49
𝑥2 𝑦2
49 − 49 = 1
4 25
2 49 2 49 7 7 7 29
Assim 𝑎 = 4
e𝑏 = 25
então 𝑎 = , 𝑏 = e 𝑐 =
2 5 10
Hipérbole
Faça os cálculos necessários. Por exemplo, seja
4𝑦 2 = 49 + 25𝑥 2
então
4𝑦 2 − 25𝑥 2 = 49
4𝑦 2 25𝑥 2
− =1
49 49
𝑦2 𝑥2 𝑥ҧ = 𝑦 𝑥ҧ = cos 𝛼 𝑥 + sin 𝛼 𝑦
− =1⇒ቊ ⇒ቊ
49 49 𝑦ത = 𝑥 𝑦ത = − sin 𝛼 𝑥 + cos 𝛼 𝑦
4 25
⇒ 𝛼 = 𝜋2
Assim 𝑎2 = 49
4
e 𝑏 2
= 49
25
então 𝑎 = 7
2
, 𝑏 = 7
5
e 𝑐 = 7 29
10
Hipérbole
Quando não temos termos mistos, basta completar
quadrados: 9𝑥 2 − 4𝑦 2 − 25𝑥 + 16𝑦 = 5
Então procure o centro ao
completar quadrados.
Determine 𝑎, 𝑏 e 𝑐 se necessário
Determine os vértices, focos
Determine os lados retos e seus
comprimentos e os pontos
extremos nesses lados retos.
Aplicações Hipérbole
Mecânica Celeste: dependendo de sua velocidade, um cometa tem uma
órbita elíptica, parabólica ou hiperbólica (foco coincide com o Sol).
Em Mecânica dos Fluidos e em alguns problemas referentes ao fluxo
estacionário de eletricidade são utilizadas hipérboles homofocais
(de mesmo foco).
O sistema LORAN (long range navigation) e o sistema DECCA de
navegação aérea usam a hipérbole. Daq Terraz, concomitantemente
são transmitidos sinais de rádio de dois pontos fixos F1 e F2 que são
captados pelo aeroplano em P, ao longo de t1 e t2 segundos,
respectivamente. A diferença entre t1 e t2 determina 2a (constante) e
assim obtêm a característica da hipérbole na qual está P.
Igualmente na navegação marítima utilizam-se sistemas hiperbólicos:
O sistema RADUX (de baixíssima freqüência) e o sistema LORAC
(de ondas contínuas para observações de grande precisão).
Exercícios
1. Os vértices de uma hipérbole são 0, ±3 e os
focos são 0, ±5 . Desenhe e determine os
elementos da hipérbole.
2. Uma hipérbole tem vértices em ±3,0 e as
equações das assíntotas são 𝑦 = ±𝑥. Desenhe e
determine sua equação.
3. Desenhe e determine os elementos da hipérbole
16𝑥 2 − 9𝑦 2 + 96𝑥 + 72𝑦 + 144 = 0
Parábola
Definição:

A parábola (do grego παραβολή)


é uma seção cônica gerada pela
intersecção de uma superfície
cônica de segundo grau e um
plano que é paralelo a linha
geratriz (que gera) do cone.
Parábola
Distância
Fórmula de umessa
ponto a uma reta, qual?
para distância:
Definição como lugar geométrico:
Uma parábola é o conjunto dos pontos 𝑃 = (𝑥, 𝑦)
do plano, equidistantes de uma reta ℒ (diretriz) e
de um ponto fixo 𝐹 (foco), não pertencente a ℒ.
Então, a parábola é o conjunto dos pontos P = (x, y),
tais que:
𝒫 = 𝑃 = 𝑥, 𝑦 / 𝑑 𝑃, 𝐹 = 𝑑 𝑃, ℒ

𝒫: 𝑑 𝑃, 𝐹 = 𝑑 𝑃, ℒ
Parábola
Dado um ponto fixo, chamado de foco 𝐹, e uma reta
diretriz ℒ, [𝑑 𝐹, ℒ = 2𝑝], vamos utilizar novos
eixos para simplificar a representação:
𝑌

𝑌ത 𝐹 = 5,4 𝑋𝑌
𝐹 = 0, 𝑝 𝑋ത 𝑌ത
𝐹
𝐹 = 0, 52
𝑋ത 𝑌ത

𝑋ത 𝐶 = 3, 52
𝑋 𝑋𝑌
ℒ: 4𝑥 + 3𝑦 = 7 𝑋𝑌
𝐶 = 0,0 𝑋ത 𝑌ത
ℒ: 𝑦ത = −𝑝 𝑋ത 𝑌ത
Parábola
Agora, trabalhando nos novos eixos 𝑋ത 𝑌,
ത temos

𝑌ത Supondo que o ponto


𝐹 = (0, 𝑝) 𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത pertence a
𝑃 = (𝑥,ҧ 𝑦)
ത parábola 𝒫, então
𝑋ത deve ser válida a
𝐶
equação dada:
ℒ: 𝑦ത + 𝑝 = 0

Se 𝑃 ∈ 𝒫, então
𝑑 𝑃, 𝐹 = 𝑑 𝑃, ℒ
Parábola : Equação canônica
𝒫: 𝑑 𝑃, 𝐹 = 𝑑 𝑃, ℒ
𝒫: 𝑑 𝑥,ҧ 𝑦ത , (0, 𝑝) = 𝑦ത + 𝑝
𝒫: 𝑥ҧ 2 + (𝑦ത − 𝑝)2 = 𝑦ത + 𝑝
Elevando ao quadrado ambos os lados:
𝒫: 𝑥ҧ 2 + 𝑦ത 2 − 2𝑦𝑝
ത + 𝑝2 = 𝑦ത 2 + 2𝑦𝑝
ത + 𝑝2
𝒫: 𝑥ҧ 2 = 4𝑦𝑝

é chamada de equação canônica da parábola.
Observar:
• O eixo 𝑋ത é paralelo a reta diretriz ℒ.
• O eixo 𝑌ത passa pelo foco 𝐹.
Parábola
No desenho: Observar: C ∈ 𝒫
𝑌ത também
𝒫 𝐹 = (0, 𝑝)
2𝑝
𝑃 = (2𝑝, 𝑝) (2𝑝, 𝑝) ∈ 𝒫
(−2𝑝, 𝑝) ∈ 𝒫
𝑋ത Com isso pode
𝐶 2𝑝
ser desenhada a
ℒ: 𝑦ത + 𝑝 = 0 parábola.
Temos o "quan
aberta" é 𝒫.
𝒫: 𝑥ҧ 2 = 4𝑦𝑝

Elementos da parábola
F: foco, 𝓛 : reta diretriz
A𝑅
V: vértice ℒ
p: parâmetro, que representa a
distância do foco ao vértice.
eixo de simetria: reta que
passa pelo foco, ortogonal a ℒ.
Lado reto: é a corda 𝑅 𝑅ത que
passa pelo foco e é
perpendicular ao eixo de 𝑅ത
A'
simetria. Também chamada
de corda focal mínima.
O seu comprimento é |4p|.
Parábola : Equação do exemplo
𝐹 = (5,4), ℒ: 4𝑥 + 3𝑦 − 7 = 0 𝑌෨
4 5 +3 4 −7
𝑑 𝐹, ℒ = = 5 = 2𝑝 𝑌
4 2 +32
𝑌ത
Em 𝑋ത 𝑌:
ത 𝒫: 𝑥ҧ = 4𝑦𝑝
2

𝐹
então 𝒫: 𝑥ҧ 2 = 10𝑦ത 𝐶
𝑋෨
Identificando a rotação:
ℒ 𝑋
Vetor de direção do eixo 𝑋ത
focal 𝑌ത é 𝑣 = (4,3) ou
4 3
𝑣𝑢 = 5, 5 .
ത isto é,
Mas precisamos para 𝑋, 𝑥ҧ = 35𝑥෤ − 45𝑦෤
3 4 Rotação: ൝
−𝑣𝑢⊥ = 5
, −5
⇒ 𝑦ത = 45𝑥෤ + 35𝑦෤
Parábola : Equação do exemplo
𝐹 = (5,4), ℒ: 4𝑥 + 3𝑦 = 7 𝑌෨
Então, em 𝑋ത 𝑌:
ത 𝑌
𝑌ത
𝒫: 𝑥ҧ 2 = 10𝑦ത
𝐹
Pela rotação: 𝐶
𝑋෨
𝑥ҧ = 35𝑥෤ − 45𝑦෤
ቐ ℒ 𝑋
𝑦ത = 45𝑥෤ + 35𝑦෤ 𝑋ത

temos em 𝑋෨ 𝑌:

𝒫: 9𝑥෤ 2 − 24𝑥෤ 𝑦෤ + 16𝑦෤ 2 − 200𝑥෤ − 150𝑦෤ = 0


Parábola : Equação do exemplo
Dados do exemplo: 𝐹 = (5,4) e ℒ: 4𝑥 + 3𝑦 = 7
Em 𝑋ത 𝑌:
ത 𝓟: 𝒙 ഥ𝟐 = 𝟏𝟎ഥ 𝒚
Pela rotação utilizada
Em 𝑋෨ 𝑌:
෨ 𝓟: 𝟗෥𝒙𝟐 − 𝟐𝟒෥𝒙𝒚 𝒚𝟐 − 𝟐𝟎𝟎෥
෥ + 𝟏𝟔෥ 𝒙 − 𝟏𝟓𝟎෥
𝒚=𝟎
E utilizando a translação:
𝑥෤ = 𝑥 − 3
ቊ 𝑦෤ = 𝑦 − 5
2
Em 𝑋𝑌:
𝓟: 𝟗𝒙𝟐 − 𝟐𝟒𝒙𝒚 + 𝟏𝟔𝒚𝟐 − 𝟏𝟗𝟒𝒙 − 𝟏𝟓𝟖𝒚 + 𝟗𝟕𝟔 = 𝟎
Parábola
Muitas vezes o que é fornecido é a equação:
9𝑥 2 − 24𝑥𝑦 + 16𝑦 2 − 194𝑥 − 158𝑦 + 976 = 0
Nesse caso, para identificar a parábola que temos
visto antes, precisamos:
• diagonalizar - identifica a rotação necessária
• completar quadrados - identifica a translação
necessária.
Sempre será possível chegar na equação
𝑥ҧ 2 = 10𝑦ത
Parábola
Faça os cálculos necessários. Por exemplo, seja
4𝑥 2 = 25𝑦
então
𝑥 2 = 25
4
𝑦
25
𝑝 = 16
Assim, identifica
os pontos do lado
25 25 25 25
reto: − ,
8 16
e ,
8 16
25
o foco 𝐹 = (0, ). O vértice é a origem.
16
Parábola
Faça os cálculos necessários. Por exemplo, seja
4𝑦 2 = 25𝑥
então
𝑦 2 = 25
4
𝑥
25
𝑝 = 16
Assim, identifica o foco 𝐹 = (25
16
, 0),
os pontos do lado reto:
25
, −25
16 8
e 25 25
,
16 8
.
O vértice é a origem.
Parábola
Quando não temos termos mistos, basta completar
quadrados: −4𝑦 2 − 25𝑥 + 16𝑦 = 5
Então procure o vértice ao
completar quadrados.
Determine 𝑝, 2𝑝 e o foco.
Determine o lado reto e sua medida
e os pontos extremos nesse lado reto.
Observe que o vértice dessa parábola
não é a origem, e está no lado negativo
Parábola - Aplicações
A secção de um farol de automóvel tem o formato de uma
parábola (a superfície espelhada é um parabolóide). A
lâmpada situada no foco, quando acesa, emite raios
luminosos que após incidirem sobre a parábola serão
refletidos numa mesma direção segundo retas paralelas ao
eixo da parábola.
Se um espelho parabólico é apontado para o Sol, os raios da
luz (paralelos ao eixo da parábola) serão refletidos para o
mesmo ponto (foco). Pela grande quantidade de calor
produzido nesta fonte, procede o nome foco (em latim
focus significa fogo).
Aplica-se o mesmo princípio na construção de espelhos
para telescópios, antenas de radar e antenas parabólicas
(as onda paralelas ao eixo da parábola, se refletem na
antena e confluem para o retransmissor).
Parábola - Aplicações
O cabo principal de uma ponte pênsil assumiria a forma de uma
parábola (desde que o cabo fosse perfeitamente flexível), se
negligenciasse a sua massa e se o peso da ponte estivesse
uniformemente distribuídos ao longo de seu comprimento. Na
prática, sabemos que tais condições não se verificam. Na
verdade os cabos assumem a forma de uma curva muito
próxima de uma parábola.
Tal curva sujeita apenas ao próprio peso se chama Catenária.
Em Resistência dos Materiais, o diagrama do Momento Fletor de
uma viga submetida a uma carga uniforme é uma parábola.
Em balística, quando se lança um projétil sobre o qual atua
somente a força da gravidade, a trajetória é uma parábola.
Seja um recipiente cilíndrico parcialmente cheio de um certo
líquido. Aplicando-se o movimento de rotação no eixo do
cilindro, a secção (ou seção) da superfície é uma parábola.
Exercícios de parábola
1. O lado reto de uma parábola mede 8 u. Seu foco é
(0,3) e seu eixo coincide com o eixo 𝑌.
Determine a parábola.
2. Um ponto de uma parábola é (−5,4) e seu vértice
é (2, −1), se seu eixo é paralelo ao eixo 𝑌
determine a equação da parábola.
3. Determine os elementos da parábola que passa
pelos pontos (7,8) e (2, −2) e a sua diretriz é a
reta
𝑥 = −3.
Equações canônicas
Parábola x = 4 py
2

2 2
Elipse x y
2
+ 2
= 1 onde: a = c + b
2 2 2
a b
Hipérbole x2
y 2

2
− 2 = 1 onde: c = a + b
2 2 2

a b
Assíntotas: b b
y= x y=− x
a a
Caracterização das cônicas
Definição: Todas as cônicas não degeneradas, com
exceção da circunferência, podem ser descritas de
uma mesma maneira.
Proposição 1. Seja L uma reta fixa (diretriz) e F um ponto fixo (foco)
não pertencente a L. O conjunto dos pontos do plano P = (x, y) tais
que dist(P, F) = 𝜀 dist(P, L)
em que 𝜀 > 0 é uma constante fixa, é uma cônica.
(a) Se 𝜀 = 1, então a cônica é uma parábola.
(b) Se 0 < 𝜀 < 1, então a cônica é uma elipse.
(c) Se 𝜀 > 1, então a cônica é uma hipérbole.
Reciprocamente, toda cônica que não seja uma circunferência pode ser
descrita por uma equação da forma: dist(P, F) = 𝜀 dist(P, L).
Exercício
Identifique, escreva na forma canônica, e determine o centro da
cônica: 6x 2 + 9 y 2 − 4xy − 20 5 ( x + 2 y) = −5
Autovalores 𝜆1 = 5 e 𝜆2 = 10.
1 1
Autovetores 𝑣1 = 2,1 e 𝑣2 = −1,2 .
5 5
ෝ𝟐 + 𝟐ෝ
Complementando quadrados chegamos em 𝒙 𝒚𝟐 = 𝟖𝟏

1 2 1 8
Utilizando a mudança total 𝑋෠ = 𝑋−
5 −1 2 3
0 1 2 1 8
Para calcular o centro 𝑋෠ = = 𝑋−
0 5 −1 2 3

8 1 2 1 √5
= 𝑋 resolvendo 𝐶 = 13,14 .
3 5 −1 2 5
Mais exercícios
Nos seguintes exercícios encontre a translação a fim
de identificar o gráfico da equação e determine a
equação canônica da mesma:
1. 𝑥 2 − 4𝑥 + 2𝑦 2 − 4𝑦 = −4
2. 𝑥 2 + 4𝑥 − 𝑦 2 − 6𝑦 = 9
3. 𝑥 2 − 8𝑥 + 𝑦 2 − 6𝑦 = 0
4. 𝑥 2 − 4𝑥 + 4𝑦 = −4
5. 𝑥 2 − 4𝑥 = 0
6. 4𝑥 2 + 5𝑦 2 − 30𝑦 = −25
7. 2𝑥 2 − 12𝑥 + 𝑦 2 − 4𝑦 = −24
Mais exercícios
Nos seguintes exercícios identifique a transformação
linear (rotação) necessária para obter a equação
canônica da cônica:
1. 𝑥𝑦 = 1
2. 𝑦 2 + 9𝑥 2 = 4 − 6𝑥𝑦
3. 𝑦 2 + 𝑥 2 = 9 − 4𝑥𝑦
4. 4𝑦 2 + 4𝑥 2 = 10𝑥𝑦
5. 6𝑦 2 + 9𝑥 2 = −4𝑥𝑦 + 5
Mais exercícios
Nos seguintes exercícios identifique a translação e
rotação necessárias para chegar em uma equação
canônica da cônica na equação:
1. 𝑦 2 + 9𝑥 2 + 6𝑥𝑦 − 10 10𝑥 + 10 10𝑦 = −90
2. 5 𝑦 2 + 𝑥 2 − 6𝑥𝑦 − 30 2𝑥 + 18 2𝑦 = −82
3. 5𝑥 2 + 12𝑥𝑦 − 12 13𝑥 = 36
4. 9𝑦 2 + 6𝑥 2 − 4𝑥𝑦 − 4 5𝑥 − 18 5𝑦 = 5
5. 𝑦 2 − 𝑥 2 + 2 3𝑥𝑦 + 6𝑦 = 0
6. 8𝑦 2 + 8𝑥 2 − 16𝑥𝑦 + 33 2𝑥 − 31 2𝑦 = −70

Você também pode gostar