- Enquanto solteira: Inês é idealista e ambiciosa, uma vez que, ambiciona
casar-se com um homem de modo a ascender socialmente. Este, idealmente teria de acarretar certas características, tais como, ser meigo, saber cantar e tocar viola e saber falar. Para além disso, Inês pode ser considerada uma pessoa divertida, embora a sua mãe contrarie a sua vontade de sair de casa e se divertir. A personagem em estudo, é ociosa (preguiçosa) desprezando a vida rústica do campo achando o seu quotidiano entediante; - Durante o primeiro casamento/viuvez: Inês casa com Brás da Mata sem saber que ele era pobre e interesseiro o que mostra uma faceta mais ingénua da parte desta, tendo em conta a sua pouca experiência de vida que não lhe permitiu aperceber-se das características falaciosas deste pretendente. Uma vez que o marido a prende em casa e a proíbe de cantar e socializar quer com homem quer com mulher, Inês torna-se infeliz e mostra-se arrependida ao reconhecer que errou em casar com Brás da Mata. Com o desenvolver da história, dá-se a morte do escudeiro em África e Inês sente-se aliviada ao receber esta notícia, embora transmita um falso sentimento de tristeza e chore "lágrimas de crocodilo" mostrado-se assim hipócrita. - Durante o segundo casamento: Depois da desilusão experiênciada com Brás da Mata, Inês casa-se com Pero Marques revelando-se materialista, calculista e pragmática. Inês é livre, pois o atual marido dá-lhe liberdade total. Com esta nova liberdade Inês vinga-se do seu primeiro casamento abusando da ingenuidade de Pero Marques e pedindo-lhe para a acompanhar à ermida onde seria o encontro amoroso com o ermitão.
Helena Martins nº5/Laura Borba nº 11/ Maria Inês nº20/Mariana Carmo