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INÊS CASADA

Festejos do casamento

Jovens cantam e dançam com alegria.

A Mãe abençoa Inês e afasta-se.

Senhora com um unicórnio,


Raffaello Sanzio (1505)
A vida de casada de Inês

Relação de Inês com o Após a partida do


Escudeiro Escudeiro
Tirania •
Violência •Inês vive •Inês revela-se desiludida
Autoritarismo encarcerada, por não viver a vida que
Opressão desencantada e ambicionava;
Prepotência triste;
• Reconhece que escolheu
• O Escudeiro mal o marido;
casou por
interesse e não • O Moço tem mais
por afeto por liberdade do que ela.
Inês.

INÊS ESTÁ PIOR DO QUE QUANDO ESTAVA EM CASA DE SUA MÃE


A morte do Escudeiro em Arzila

Inês recebe uma carta

• O Escudeiro mostrou ser cobarde nos


combates
• O Escudeiro morre ao fugir de uma
batalha
• Inês decide casar com alguém que ela
possa dominar

Casamento, 1968 Marysia Portinari (Brasil, 1937)


CARACTERIZAÇÃO DE
PERSONAGENS
CARACTERIZAÇÃO DO ESCUDEIRO

• Brás da Mata pertence à baixa nobreza (fidalgo);

• duvida do retrato perfeito que os judeus casamenteiros fazem de Inês;

• é pobre, mas finge ser rico e desinteressado;

• é galanteador, elegante, bem-falante, sabe ler e escrever, sabe cantar e tocar viola
– é «discreto»; é o homem ideal que Inês procura;

• é desonesto, ambicioso e calculista, pensa viver às custas de Inês, é interesseiro;

• é cruel para com o Moço que o serve;

• casa-se com Inês e revela-se autoritário e agressivo;

• parte para a guerra em Marrocos para ser armado cavaleiro, deixando Inês e o
Moço sem dinheiro;

• é cobarde, pois é morto em Arzila por um mouro pastor, ao fugir do campo de


batalha;

• representa o papel de «cavalo», elegante e valente (supostamente).


CARACTERIZAÇÃO DO MOÇO

• é criado do Escudeiro (povo);

• contribui para a sátira presente na obra pela denúncia do verdadeiro


caráter do seu amo: a pelintrice, as manias de grandeza, as privações
e o sonho de atingir uma situação económica confortável através do
casamento com Inês;

• queixa-se da pobreza e da fome a que o Escudeiro o sujeita;

• é responsável por vigiar Inês, quando o seu amo parte para África,
trancando-a em casa e deixando-a sozinha enquanto ele se vai
«desenfadar» com as moças;
• fica triste ao receber a notícia da morte do seu amo em Arzila;
• é despedido por Inês, depois da morte do Escudeiro.
• é irónico;
• funciona como contraponto do Escudeiro;
• é através dos seus comentários que sabemos a condição
miserável em que vive o Escudeiro.
CARACTERIZAÇÃO DOS JUDEUS CASAMENTEIROS

• Latão e Vidal têm a missão de encontrar um marido para Inês;

• operam como uma única personagem, visível no seu discurso que


confere comicidade à obra: «Tu e eu não somos eu?»;

• procuraram o marido ideal para Inês Pereira;

• sem escrúpulos e oportunistas, visando apenas uma recompensa


material, exageram as qualidades do Escudeiro e de Inês para
atingirem o seu objetivo;

• são desonestos, falsos, materialistas e astutos;

• são astuciosos, eloquentes e têm uma função semelhante à de


Lianor Vaz (persuadir Inês).
CARACTERIZAÇÃO DE INÊS CASADA E VIÚVA
• casa com Brás da Mata, o Escudeiro, sem saber que ele é pobre e interesseiro;

• fica a viver em casa da mãe, que se retira para viver num casebre;

• é infeliz, pois o marido não a deixa cantar e prende-a em casa;

• fica sozinha quando o seu marido vai para Marrocos lutar contra os mouros;

• é vigiada pelo Moço;

• reconhece que errou ao rejeitar Pero Marques e ao casar-se com o Escudeiro;

• deseja a morte do marido e jura que se casará uma segunda vez com um
marido que seja submisso, para gozar a vida e vingar-se das provações sofridas
enquanto casada com o Escudeiro;

• não se comove com a morte do marido, pelo contrário, sente-se livre;

• é hipócrita ao chorar pelo marido morto e ao dizer que está triste;

• reconhece que a experiência de vida ensina mais do que os mestres.

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