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CURSO BÁSICO DE REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL DE INTERVENÇÃO EM

RECURSOS HÍDRICOS

USCA/SPDA
AVISO
As informações contidas nesta apresentação são
de uso restrito, sendo seu sigilo protegido pelas
normas da empresa e pela legislação em vigor.
O uso indevido dessas informações acarretará
ao infrator sanções disciplinares internas, sem
prejuízo das sanções administrativas, civis e
penais cabíveis.

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Objetivos
Capacitar gestores e demais empregados envolvidos em intervenções em recursos hídricos na
compreensão da importância, conceitos e principais informações sobre a regularização ambiental
dessas intervenções.

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Intervenção ambiental

USCA – REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL


Intervenção em recursos
hídricos

Licenciamento ambiental

Objetivo:
Gerenciar as atividades relativas ao controle e regularidade ambiental dos empreendimentos e as
ações de responsabilidade ambiental.

Público Alvo:
Áreas operacionais, de apoio e de expansão da COPASA MG e COPANOR.

Resultado:
Atos autorizativos.

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Intervenção ambiental

USCA – REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL


Intervenção em recursos
hídricos

Licenciamento ambiental
Tipos de regularização ambiental

Intervenção ambiental:
Regularização que objetiva a obtenção de autorização para supressão de vegetação e/ou
intervenção em áreas de uso restrito, com posterior cumprimento de medidas compensatórias
aplicáveis.

Intervenção em vegetação com supressão na


barragem de captação em Mateus Leme (MG).
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Intervenção ambiental

USCA – REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL


Intervenção em recursos
hídricos

Licenciamento ambiental
Tipos de regularização ambiental

Intervenção em recursos hídricos:


Regularização com a finalidade de obter uma autorização para promover atividade que altere o
regime, a quantidade ou a qualidade da água existente em um corpo de água.

Reservatório da ETA Rio Manso, distrito


de Brumadinho (MG).

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Intervenção ambiental

USCA – REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL


Intervenção em recursos
hídricos

Licenciamento ambiental
Tipos de regularização ambiental

Licenciamento ambiental:
Regularização que visa a obtenção de ato autorizativo com o poder público competente para a
instalação e operação de empreendimentos e/ou atividades potencialmente poluidoras, por prazo
determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato.

ETE Onça, em Santa Luzia (MG).


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USCA – Intervenção em Recursos Hídricos

Objetivo:
Assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso à água.

Público Alvo:
Áreas operacionais, de apoio e de expansão da COPASA MG e COPANOR.

Resultado:
Ato autorizativo.
Intervenção em Recursos Hídricos – Importância

Essa regularização é um instrumento que permite:

• o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água;

• a garantia do o uso múltiplo desse recurso com distribuição adequada e controlada na sociedade;

• a manutenção da saúde dos mananciais e do ecossistema a este vinculado.

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USCA – Intervenção em Recursos Hídricos

Resultado: ato autorizativo

• O auto autorizativo que regulariza uma intervenção em recursos hídricos é um dos instrumentos
de gestão previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos (Lei 9.433/1997);

• Através de um ato autorizativo o poder público outorgante (União – ANA ou MG – IGAM) faculta ao
outorgado (COPASA MG ou COPANOR) o direito de uso de recursos hídricos, por prazo
determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato.

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USCA – Intervenção em Recursos Hídricos

Ato autorizativo: condicionantes

• São ações determinadas pelo órgão ambiental e impostas ao outorgado, registradas no ato
autorizativo, que são condições para a garantia da validade da autorização concedida.

• O descumprimento de condicionantes pode acarretar na cassação do ato autorizativo, aplicação


de multas ou impedimento da renovação da autorização.

• Além das condicionantes, demais obrigações legais devem ser observadas para garantir a
regularização ambiental da intervenção.

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Intervenção em Recursos Hídricos – Interfaces

• Cumprimento às legislações ambientais: União – ANA ou MG – IGAM

• Atendimento aos convênios: Prefeituras (concessões); Vale (Termos de Ajustamento de Conduta);

• Tratamento das demandas de órgãos fiscalizadores: Ministério Público; Polícia Ambiental;

• Atendimento às exigências e controles da Agência Regulamentadora: ARSAE-MG;


Intervenção em Recursos Hídricos – Interfaces
• Regularização necessária ao Licenciamento Ambiental de empreendimentos: A autorização
para intervir em recurso hídrico é requisito para o licenciamento ambiental.

Exemplo: Deliberação Normativa COPAM n° 245, de 24 de março de 2022


Estabelece prazos para a Regularização Ambiental de Sistemas de Tratamento de Água e dá outras providências.

Art. 1º – Ficam convocados ao licenciamento ambiental de Sistemas de Tratamento de Efluentes de Estações de Tratamento
de Água – ETA – os municípios que tenham ETA com vazão atual superior a 20 l/s (vinte litros por segundo), na forma que se
segue:
I – municípios com ETAs com capacidade de tratamento superior a 500 l/s devem formalizar, até julho de 2022, o processo
de regularização ambiental da ETA com a Unidade de Tratamento de Resíduo – UTR;
II – municípios com ETAs com capacidade de tratamento superior a 200 l/s até 500 l/s devem formalizar, até julho de 2022, o
processo de regularização ambiental da ETA com a UTR;
III – municípios com ETAs com capacidade de tratamento superior a 100 l/s até 200 l/s devem formalizar, até dezembro de
2022, o processo de regularização ambiental da ETA com a UTR;
IV – municípios com ETAs com capacidade de tratamento superior a 20 l/s até 100 l/s, devem formalizar, até julho de 2023, o
processo de regularização ambiental da ETA com a UTR.
Regulamentação
Lei Federal 9.433/1997 – Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos

Capítulo IV - Dos Instrumentos

Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:


I - os Planos de Recursos Hídricos;
II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes da água;
III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;
IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;
V - a compensação a Municípios; Outorga:
VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos. Instrumento de gestão que concede ao outorgado o direito de uso do
recurso hídrico. Assegura o controle quantitativo e qualitativo dos usos
VII – o rateio de custos das obras de uso múltiplo, de da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água – Art. 11,
Interesse comum ou coletivo; Lei 9.433 / 1997.
IX – as penalidades.
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Regulamentação – Legislação federal

Resolução ANA n° 1.938


Resolução ANA n° 467 de 2017 (alterada pela Resolução CNRH n° 140 Resolução CONAMA n° Resolução CONAMA nº
de 2006 Resolução n° 25 de de 2012 357 de 2005 430 de 2011
2020)

Critérios técnicos para Procedimentos para Critérios gerais para Classificação dos Condições e padrões
outorga em lagos, solicitações e critérios outorga de lançamento corpos de água e de lançamento de
reservatórios e rios de avaliação das de efluentes diretrizes ambientais efluentes
fronteiriços e outorgas para o seu
transfronteiriços enquadramento

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Regulamentação – Legislação estadual

Deliberação
Decreto n° Portaria IGAM n° Normativa Conjunta
47.705/2019 48/2019 COPAM/CERH-MG
n° 08 de 2022

Normas e procedimentos Normas suplementares Classificação dos corpos de


para a regularização de uso para a regularização dos água e diretrizes ambientais
de recursos hídricos de recursos hídricos de MG para o seu enquadramento
domínio de MG e condições e padrões de
lançamento de efluentes

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Regulamentação – Legislação estadual

DECRETO Nº 47.705, DE 4 DE SETEMBRO DE 2019.

“Estabelece normas e procedimentos para a regularização de uso de recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais.”

• Usos sujeito a outorga


• Documentos necessários para formalização dos processos
• Procedimentos gerais para:
- Outorga superficial e subterrânea
- Outorga coletiva
- Renovação de portarias
- Recursos de arquivamento ou indeferimento

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Regulamentação – Legislação estadual

PORTARIA IGAM Nº 48, DE 04 DE OUTUBRO DE 2019.

“Estabelece normas suplementares para a regularização dos recursos hídricos de domínio do Estado de Minas Gerais e dá
outras providências.”

• Cálculo da disponibilidade hídrica


• Sistemas de monitoramento
• Intervenção emergencial
• Usos que independem de outorga
• Usos insignificantes
• Abastecimento de pequenos núcleos pop rurais
• Monitoramento de águas subterrâneas

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Regulamentação – Outros instrumentos estaduais

• Manual Técnico e Administrativo de Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos no Estado de


Minas Gerais/ 2010

• Instrução de Serviço Sisema 02/2020 - Procedimentos para Regularização dos Usos de Recursos
Hídricos de Minas Gerais

• Instrução de Serviço 03/2020 - Procedimentos para Regularização dos Usos de Recursos Hídricos de
Minas Gerais – Outorga Coletiva

Documentos disponíveis em: http://www.igam.mg.gov.br/outorga

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Intervenções sujeitas à regularização
Domínio da regularização
Intervenção em recurso hídrico
Federal Estadual
Outorga Outorga
Captações (captações diretas, barramentos, poços)
Cadastro* Cadastro**
Desvios Outorga Outorga
Outorga
Retificação ou canalização Outorga
Cadastro***
Outorga
Lançamento de efluentes Outorga
Cadastro*
Contenção de taludes (até 50m) Cadastro*** Cadastro
Travessias Cadastro*** Cadastro
Desassoreamento/Limpeza Cadastro Cadastro
Poço de monitoramento - Cadastro
Perfuração de poço tubular - Autorização
*Desde que se enquadrem nas condições estabelecidas no Anexo I da Resolução ANA n° 1940/2017.
**Para usos insignificantes ou abastecimento de pequenos núcleos pop. rurais.
***Desde que não alterem o regime de vazão ou de nível d'água, segundo a Resolução ANA n° 1940/2017

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Dominialidade: Bens e competências dos entes federados

São bens da União:

• "os lagos, rios e quaisquer correntes de


água em terrenos de seu domínio, ou que
banhem mais de um Estado, sirvam de
limites com outros países, ou se
estendam a território estrangeiro ou dele
provenham, bem como os terrenos
marginais e as praias fluviais" (CF/1988)

• Reservatórios construídos por obras da


União
Mapa interativo para consulta: CorposHídricosSuperficiais e Dominialidade (snirh.gov.br)

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AUTORIZAÇÃO PARA PERFURAÇÃO DE POÇOS
TUBULARES

USHD/USCA

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Perfuração de poço tubular – Autorização estadual
Dominialidade

Segundo o Art. 26. da Constituição Federal, as águas subterrâneas estão


incluídas entre os bens dos Estados.

Assim, os processos para Autorização de Perfuração de Poços e de


Outorga de poços tubulares são de competência do IGAM.

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Perfuração de poço tubular – Autorização estadual
Ponto de locação
O estudo de alternativa locacional para a perfuração de poços é realizado pela USHD que encaminha à
USCA as documentações necessárias ao processo;

Deve-se verificar os critérios locacionais em um raio de 500 m do ponto de locação, que constam no
Formulário Solicitação para Autorização de Perfuração de Poço Tubular adotado pelo IGAM, conforme
recorte abaixo:

Inexistência de alternativa locacional ou de interferência?


Apresenta-se justificativa técnica e ações a serem tomadas para minimizar o risco de interferência ou
contaminação

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Perfuração de poço tubular – Autorização estadual
Ponto de locação

Busca-se evitar locação de poços


com distância inferior a 200 m de
outro;

Caso não seja possível, há a


necessidade de elaboração de testes
de interferências e possíveis
restrições na vazão ou tempo de
operação do poço; ou até
impossibilidade da regularização.

Fonte: IDE Sisema (meioambiente.mg.gov.br)

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Perfuração de poço tubular – Autorização estadual

Todos os poços tubulares devem possuir a autorização emitida pelo


IGAM para serem perfurados.

Após a perfuração, o processo de regularização do poço deve ser


iniciada no prazo máximo de 30 dias.

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INTERVENÇÕES SUJEITAS À OUTORGA

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Intervenções sujeitas à outorga
• Captação ou derivação em um corpo de água;
• Desvios de um curso d’água;
• Explotação de água subterrânea;
• Construção de barramento ou açude;
• Construção de dique ou desvio em corpo de água;
• Rebaixamento de nível de água;
• Lançamento de efluentes em corpo de água;
• Retificação, canalização ou obras de drenagem;
• Transposição de bacias; Poço tubular C-02, sede de Nacip Raydan.

• Outras intervenções que alterem regime, quantidade ou qualidade dos corpos de água.

Os documentos exigidos nos processos de outorga estão


disponíveis em Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM -
Formulários e termos de referência para elaboração de processos
de Outorga.
Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação em curso de água (rios, lagoas naturais, etc):

Captação direta em curso d’água ou à fio d’água;

É classificada como modo de uso 01.

Captação COPASA MG via balsa rio


Verde, em Varginha (MG).

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Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação em barramento - sem regularização de vazão:

Neste caso, a construção do barramento, com a formação do


reservatório visa, em geral, a elevação do nível de água de
determinado curso, suficiente para instalação de um dispositivo
de captação.

A captação é realizada, em geral, em pequena barragem,


desconsiderando-se o volume do reservatório criado, onde a
vazão captada é menor que a descarga mínima do rio
ou riacho, havendo descargas pelo vertedouro na quase
Captação no ribeirão das Pedras, em Diamantina (MG)
totalidade do tempo.

A captação em barramento de nível é classificada como modo


de30uso 02.
Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação em barramento com regularização de vazão ( A < 5,00 ha):

Altera as condicionais naturais de escoamento devido à regularização


das vazões liberadas a jusante, por meio de descargas;

Caso a captação tenha área máxima inundada menor ou igual a 5,0


hectares, é classificada como modo de uso 03.

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Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação em barramento com regularização de vazão ( A > 5,00
ha):

Como o caso anterior, o barramento altera as condicionais naturais


de escoamento devido à regularização das vazões liberadas a
jusante;

Entretanto, neste caso, a área máxima inundada é maior a 5,0


hectares, sendo classificada como modo de uso 04.
Reservatório da ETA Rio Manso, distrito de
Brumadinho (MG)

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Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação de água subterrânea por meio de poço tubular já existente:

Poço tubular profundo possui diâmetro reduzido, sendo perfurado com


equipamento especializado, formando uma estrutura hidráulica que bem
projetada e construída, permite a extração econômica de águas de
camadas profundas do subsolo constituído por um ou mais aquíferos;

É classificada como modo de uso 08.


Poço C-04, Vale Verde de Minas, em Ipaba (MG)

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Usos passíveis de outorga - Captações
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Captação de água subterrânea em nascente/surgência:

As nascentes, olhos d’água e surgências são fontes hídricas naturais de


água subterrânea, que brotam nos pontos onde o nível freático se
encontra com a superfície do terreno;

É classificada como modo de uso 11.

Captação na nascente Poncianas, em Pires,


Congonhas (MG)

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Usos passíveis de outorga – Lançamento de efluente
Principais tipos de captações - classificação segundo IGAM
Lançamento de efluente em corpo de água:
A Deliberação Normativa CERH n° 26/2008, estabelece os
procedimentos gerais observados no exame de pedidos de outorga
estaduais para o lançamento de efluentes em corpos de água
superficiais;

A outorga será analisada considerando a diluição da concentração de


DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio), mas não se restringindo a
somente esse parâmetro. ETE Arrudas, Belo Horizonte (MG).

A intervenção é classificada como modo de uso 18.


Outros usos passíveis de outorga
Classificação segundo IGAM
Desvio parcial ou total de curso de água:

É uma alteração do percurso natural do corpo de água para fins


diversos, podendo ser parcial ou total;

No desvio parcial há a preservação de parte do curso d’água original e


geração de novos cursos de água artificiais com vazões inferiores ao
do curso original; O desvio total consiste em desviar o leito natural
completamente;

Desvios de curso d’água, implementados ou a serem implementados


após 04/09/2019, são intervenções passível de outorga junto ao IGAM, Desvio no rio Chopim, municípios de São João e Verê, no
Paraná.
podendo ser parciais ou totais e ainda temporários ou permanentes;

Classificado como modo de uso 12.


Outros usos passíveis de outorga
Classificação segundo IGAM
Desvio parcial ou total de curso de água:

Desvios temporários para fins de manutenção em curso d’água que possua uso já regularizado dispensa
necessidade de nova regularização, de acordo com o inciso I do art. 53 da Portaria IGAM 48/2019.
“Art. 53 − Em obras, sistemas de poços tubulares hidráulicos e
infraestruturas devidamente implantados e regularizados, não
haverá necessidade, durante a vigência da respectiva
regularização, de formalizar novo processo de regularização nos
seguintes casos: (...)
II − de intervenções nos recursos hídricos necessárias para a
segurança de infraestrutura hídrica, com a finalidade de proteção
ou recomposição estrutural, nos casos de barramento, maciço ou
crista de barragem, taludes, drenos e sistema extravasor;”
Portaria IGAM 48/2019
Rio Chopim desviado para a finalizar
de construção de barragem no
Sudoeste do PR. Fonte: Copel.
Outros usos passíveis de outorga
Classificação segundo IGAM
Canalização e/ou retificação de curso de água:

A canalização é toda obra ou serviço que tenha por objetivo dar


forma geométrica definida para a seção transversal do curso d'água,
ou trecho deste, com ou sem revestimento de qualquer espécie nas
margens ou no fundo;

A retificação do curso de água é obra ou serviço que tenha por


objetivo alterar, total ou parcialmente, o traçado ou percurso original
de um curso de água;
Margem direita, rio Piracicaba, Timóteo.
Classificados como modo de uso 15.
USOS ISENTOS DE OUTORGA

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Usos isentos de outorga
Classificação segundo IGAM
Conforme previsto na Portaria IGAM nº 48/2019, alguns usos estão dispensados de obtenção de outorga de
direito de uso dos recursos hídricos, entretanto estão sujeitos ao cadastramento junto ao IGAM:

1) Usos de recursos hídricos para satisfação das necessidades de pequenos núcleos populacionais
distribuídos em meio rural

Critérios:
a) Apresente população ≤ 600 habitantes;
b) Esteja localizado em área rural regularmente definida;
c) Seja constituído por um conjunto de edificações adjacentes, com características de permanência e não
vinculadas a um único proprietário do solo;
d) Seja para captação com vazão máxima de 1,5 L/s ou volume máximo captado de 86.400 L/dia, com tempo
máximo de captação de 16 horas/dia.
Usos isentos de outorga
Classificação segundo IGAM
Conforme previsto na Portaria IGAM nº 48/2019, alguns usos estão dispensados de obtenção de outorga de direito
de uso dos recursos hídricos, entretanto estão sujeitos ao cadastramento junto ao IGAM

2) Travessias sobre corpos hídricos, instaladas em estruturas de pontes e em aterros de bueiros


3) Travessias subterrâneas, construídas sob cursos de água
4) Bueiros que sirvam como travessias ou se constituam como parte do sistema de drenagem de rodovia ou
ferrovia
5) Dragagens para retirada de materiais diversos dos corpos hídricos, exceto para fins de extração mineral
6) Contenções de talude para fins de controle de erosão, com extensão máxima de 50 metros
7) Poços de monitoramento de águas subterrâneas, isolados ou inseridos em programas específicos de
monitoramento de águas subterrâneas
8) Canalizações, retificações ou desvios de cursos d'água construídos e implementados até 04/09/2019
9) Derivações de cursos d'água realizadas por regos d’água, construídos e implantados até 25/05/2012
Fonte: http://www.igam.mg.gov.br/cadastro-de-uso-insignificante-de-recurso-hidrico
Usos isentos de outorga
Classificação segundo IGAM
Conforme previsto na Portaria IGAM nº 48/2019, alguns usos
estão dispensados de obtenção de outorga de direito de uso dos
recursos hídricos, entretanto estão sujeitos ao cadastramento
junto ao IGAM

10) Acumulações, derivações, captações e lançamentos de


efluentes considerados insignificantes
DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE
AMBIENTAL DE PROJETOS DE ENGENHARIA –
TOMO AMBIENTAL

Padrão USCA

43
Diretrizes para Avaliação de Viabilidade
Ambiental de Projetos de Engenharia
O que é?
São orientações para o desenvolvimento e apresentação dos documentos
relativos à regularização ambiental em projetos de engenharia de Sistemas
de Abastecimento de Água (SAA) e de Sistemas de Esgotamento Sanitário
(SES).

Objetivo
Fornecer às empresas projetistas orientações e subsídios indispensáveis à
avaliação da viabilidade ambiental dos empreendimentos da COPASA MG
e COPANOR.

44
Diretrizes para Avaliação de Viabilidade
Ambiental de Projetos de Engenharia
A partir das diretrizes apresentadas, a USCA padroniza os procedimentos
relativos à regularização ambiental, de forma a orientar e fornecer
subsídios que norteiem o atendimento das legislações ambientais
vigentes e a minimização dos impactos ambientais dos empreendimentos
COPASA MG e COPANOR.

Essas orientações buscam, inclusive, a otimização da qualidade técnica e


econômica exigidas e de seus processos vinculados, para todas as
partes interessadas.

45
FORMULÁRIO DE SOLICITAÇÃO DE
REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

Padrão USCA

46
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA

47
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA

48
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA

Formulário:
• Dados básicos sobre a intervenção

Anexos:
• Dados complementares
• Documentos necessários

OBS:
• Os anexos foram elaborados com base nas diretrizes
dos órgãos ambientais (IGAM / ANA)

49
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA
Portaria IGAM 48/2019

Art. 35 - Entendem-se por situações emergenciais:

I – aquelas que causem risco iminente:


a) de degradação dos recursos hídricos;
b) de comprometimento de infraestrutura de transporte, saneamento e
energia;
c) à saúde, à segurança e ao bem-estar da população;
d) à manutenção da biota;
e) às condições sanitárias do meio ambiente.

As intervenções emergenciais são aptas II − As situações de emergência ou de calamidade pública deverão ser
reconhecidas pelo Poder Executivo, quando decretadas por ente
apenas para intervenções passíveis de público em decorrência da escassez hídrica durante o período de
processo de outorga os quais precisam ser vigência dos atos de declaração da medida.
formalizados em até 90 dias do início da
Parágrafo único – A avaliação da configuração das situações
intervenção. emergenciais descritas no caput será procedida pelo Igam, mediante
justificativa e comprovação apresentadas pelo usuário de recursos
hídricos.

50
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo I: Outorga para Captações
Principais Informações Principais Documentos

• Características da captação • Declaração de área (propriedade, posse ou


Ex.: Tipo de captação, vazão tempo de operação anuência) ou DUP*
• Adução por gravidade ou conjunto motobomba • Relatório Fotográfico
• Dados construtivos do barramento de nível • Teste de bombeamento e teste de interferência –
• Sistema de monitoramento Para poços
• Descrição do SAA • Croqui do barramento de nível e memorial do projeto
• Reservação - Barramento de nível
• Demais captações do sistema • Projeto com memória de cálculo e estudo hidrológico
- Barramento com regularização de vazão
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)

51
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo II: Retificação de portaria de outorga
Principais Informações Principais Documentos

• Número da portaria de outorga • Relatórios, estudos ou demais documento


• Tipo de outorga embasando o pedido de retificação, caso existam ou
Ex.: poço, captação, barramento ou lançamento de sejam solicitados pela USCA.
efluente
Obs.: Em caso solicitação de aumento de vazão para captação em
• Dados da portaria atual a serem retificados poço tubular profundo, faz-se necessária a apresentação de teste de
• Justificativa bombeamento válido.

O protocolo do pedido de retificação no órgão ambiental para aumento da vazão


captada está condicionado à comprovação da disponibilidade hídrica

52
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo III: Renovação de portaria de outorga

Principais Informações Principais Documentos

• Número da portaria de outorga • Relatórios de cumprimento de condicionantes


• Tipo de outorga
Ex.: poço, captação, barramento ou lançamento de
Obs.: Em caso de Portaria de Outorga para captação em poço tubular
efluente
profundo, faz-se necessária apresentação de teste de bombeamento
válido.

53
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo IV: Cancelamento de portaria de outorga

Principais Informações Principais Documentos

• Número da portaria de outorga • No caso de poço tubular profundo, apresentar


• Tipo de outorga formulário de desativação permanente de poço
Ex.: poço, captação, barramento ou lançamento de (IGAM), juntamente com a documentação construtiva
efluente do poço, ademais d o relatório fotográfico
• Motivo do cancelamento evidenciando o tamponamento.

54
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo V: Contenção de talude em curso d'água (Extensão
máx. de 50 m em cada margem)

Principais Informações Principais Documentos

• Características da intervenção • Declaração de área (propriedade, posse ou


• Dados do responsável pela intervenção anuência) ou DUP*
“Art. 53 − Em obras, sistemas de poços tubulares hidráulicos e
• ART Obra/ Serviço*
infraestruturas devidamente implantados e regularizados, não *Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)
haverá necessidade, durante a vigência da respectiva
regularização, de formalizar novo processo de regularização nos
seguintes casos: (...)
II − de intervenções nos recursos hídricos necessárias para a
segurança de infraestrutura hídrica, com a finalidade de proteção
ou recomposição estrutural, nos casos de barramento, maciço ou
crista de barragem, taludes, drenos e sistema extravasor;”
Portaria IGAM 48/2019
55
Fonte: Jornalonoticiário.com.br
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo VI: Lançamento de Efluente

Principais Informações Principais Documentos

• Identificação do ponto de lançamento e curso d'água • Declaração de área (propriedade, posse ou


• População atendida – SAA e SES anuência) ou DUP*
• Quadro de vazões • Memorial descritivo do projeto com os dados de
• Características dos efluentes bruto e tratado lançamento de efluentes e estudo de
autodepuração
• Relatório fotográfico
• Análise dos efluentes
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)

56
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo VII: Retificação, canalização ou desvio de curso d’água
implementado até 04/09/2019
Principais Informações Principais Documentos

• Nome do curso d’água • Declaração de área (propriedade, posse ou


• Características da obra ou estrutura anuência) ou DUP*
Ex.: Extensão, material, vazão de projeto • ART Obra/Serviço do responsável pela obra*
• Localização da intervenção (coordenadas) • Projeto
• Consideração ou não das equações de
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)
Manning e da Continuidade para o
dimensionamento hidráulico

Obs: Inclui as contenções de talude com extensão superior a 50 metros (em cada margem)

57
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo VIII: Retificação ou canalização de curso d’água
implementada após 04/09/2019
Desvios de curso d’água, retificações ou canalizações implementados ou a serem implementados após
04/09/2019, constituem intervenção passível de outorga junto ao IGAM;

Principais Informações Principais Documentos

• Características da intervenção • Estudo hidrológico


Ex.: Extensão, dimensões, declividade, margem e • Relatório fotográfico
material. • Declaração de área (propriedade, posse ou anuência)
• Justificativa ou DUP*
• Em caso de notificação de intervenção emergencial,
apresentar declaração do gerente se comprometendo a
Obs: Inclui as contenções de talude com extensão entregar a documentação em um prazo de até 60 dias*
superior a 50 metros (em cada margem) *Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)

58
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo IX: Desvio de curso d’água implementado após
04/09/2019 Principais Documentos

Principais Informações • Projeto conceitual (plantas, perfis, desenhos técnicos


construtivos)
• Classificação do desvio • Estudo hidrológico
• Dimensionamento hidráulico
Ex.: Temporário ou permanente; Total ou
• Critérios utilizados para definição do revestimento das seções
parcial;
• No caso do desvio parcial ou total implicar na transposição de
• Duração do desvio temporário
água para outro curso d’água, apresentar estudo de avaliação
• Características e extensão do desvio
do impacto hidrológico no corpo d’água receptor em trecho a
• Informações sobre o curso d‘água
jusante e montante
• Existência de usuários no trecho do desvio • Relatório fotográfico*
• Justificativa • Declaração de área (propriedade, posse ou anuência) ou DUP*
• Em caso de notificação de intervenção emergencial, apresentar
declaração do gerente se comprometendo a entregar a
59
documentação em um prazo de até 60 dias*
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo X: Desassoreamento

Principais Documentos
Principais Informações
• Declaração de área (propriedade, posse ou
• Finalidade anuência) ou DUP*
• Características da intervenção • ART Obra/ Serviço*
• Dados do responsável pela intervenção
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)

“Art. 53 − Em obras, sistemas de poços tubulares hidráulicos e


infraestruturas devidamente implantados e regularizados, não haverá
necessidade, durante a vigência da respectiva regularização, de
formalizar novo processo de regularização nos seguintes casos:
I – de realização serviços manuais ou mecanizados para o
Fonte: jundiai.sp.gov.br
desassoreamento, a limpeza de margens, a manutenção e a proteção
da obra hidráulica;” Portaria IGAM 48/2019

60
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo XI: Travessias

Principais Informações Principais Documentos

• Identificação do curso d'água • Declaração de área (propriedade, posse ou


• Características da travessia anuência) ou DUP*
Ex.: Tipo de material e diâmetro da seção • ART Obra/ Serviço*
• Dados da obra existente – Travessia fixada em
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)
ponte ou bueiro existente

61
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo XI: Travessias
Anexo XI A – Travessia aérea em curso d'água - tipo ponte

Anexo XI B – Travessia aérea em curso d'água - fixada em


ponte ou bueiro existente
Fonte: docplayer.com.br

Anexo XI C – Travessia subterrânea em curso d'água

Anexo XI D – Travessia aérea em curso d'água tipo bueiro

Fonte: adjorisc.com.br

62
Fonte: faunanews.com.br
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo XII: Poço de monitoramento isolado

Principais Informações Principais Documentos

• Tipo de monitoramento • Declaração de área (propriedade, posse ou


• Processo da autorização de perfuração anuência) ou DUP
• Características do monitoramento • Documentos construtivos do poço
• Identificação do responsável pelo monitoramento • ART Obra/ Serviço

Considera-se como poço isolado aquele não inserido em programa de monitoramento de pesquisa
técnico-científica ou de gestão ambiental de áreas contaminadas.

Poços de monitoramento instalados para cumprimento de condicionantes ambientais de ETEs são


considerados poços isolados

63
Formulário de Solicitação de Regularização Ambiental
Padrão USCA - Anexo XIII: Barramento sem captação
Principais Documentos
Principais Informações
• Declaração de área (propriedade, posse ou
• Tipo de barramento (com ou sem regularização anuência) ou DUP*
de vazão) • Para barramento de nível: croqui, memorial do
• Uso do recurso hídrico projeto com comportamento hidráulico e
• Justificativa da implantação do barramento comprovação dos dispositivos para controle do nível
• Existência de outros usos no barramento, de água
inclusive realizados por terceiros • Para barramento com regularização de vazão:
• Características do barramento (ex. material, memorial descritivo do projeto do SAA e projeto do
área inundada, volume. Altura do maciço...) barramento com memória de cálculo e estudo
hidrológico.
*Nota: Documento não solicitado para regularizações federais (ANA)

64
ANÁLISE DA VAZÃO OUTORGÁVEL

65
Captação de água
Análise de conflito na bacia Fonte: IDE Sisema (meioambiente.mg.gov.br)

Evitar captações em áreas de


conflito:

• Captações superficiais (Portaria


IGAM n° 48/2019) - necessário
processo de outorga coletiva –
acordo entre todos os usuários;

• Captações subterrâneas
(Portaria IGAM n° 78/2021) -
perfurações e outorgas
temporariamente suspensas,
mas podem ser concedidas a
critério do IGAM para
abastecimento público.

66
Captações superficiais
Análise da vazão outorgável
1) Determinação da vazão de referência
(Estudo de disponibilidade hídrica)

2) Vazão máxima outorgável na bacia


(Legislação)

3) Identificação dos usuários já instalados na bacia


(Autorizações emitidas)

4) Realizar balanço hídrico

67
Vazão outorgável
Captações superficiais
1) Determinação da vazão de referência
2) Vazão máxima outorgável na bacia
ANA - Resolução n° 1.938/2017 e Resolução n° 467/2006
• Até 100% da Q95 (vazão com 95% de permanência no tempo), conforme confirmado pela coordenação da
ANA.

IGAM – Portaria IGAM 48/2019


• Até 30% da Q7,10 (vazão mínima de 7 dias consecutivos com período de recorrência de 10 anos), para as
UPGRHs – Rio Pará, Rio Paraopeba, Rio das Velhas, Rios Jequitaí e Pacuí, Rio Urucuia, Rio Pandeiros e
Rio Verde Grande).

• Até 50% da Q7,10 nas demais Circunscrições Hidrográficas, garantido 50% de fluxo residual. Mediante
estudo, pode ser requerida a adoção de fluxo residual menor para abastecimento público, desde que não
fira direitos de terceiros.

68
Captações superficiais – Outorgas estaduais
3) Identificação dos usuários já instalados na bacia – autorizações emitidas

A - Delimitação da bacia à montante do ponto de


captação;

69
Captações superficiais – Outorgas estaduais
3) Identificação dos usuários já instalados na bacia – autorizações emitidas

B - Identificação de outorgas superficiais ou cadastros de usos à


montante do ponto de captação dentro da bacia delimitadas;

Fonte: IDE Sisema (meioambiente.mg.gov.br)


70
Captações superficiais – Outorgas estaduais
3) Identificação dos usuários já instalados na bacia – autorizações emitidas

C - Análise das vazões outorgadas ou cadastradas, bem


como a validade dos atos autorizativos;

Fonte: IDE Sisema (meioambiente.mg.gov.br)


71
Captações superficiais – Outorgas estaduais
4) Realização balanço hídrico

• O balanço hídrico é realizado com o objetivo de verificação da vazão outorgável no ponto pleiteado.

• Instrução de Serviço SISEMA 02/2020 (Revisão 04): o balanço hídrico para identificação da vazão
outorgável deve ser realizada em duas etapas, jusante e montante, computando-se as outorgas já
emitidas e as vazões já comprometidas em determinada região a ser estudada.

72
Captações superficiais – Outorgas estaduais
4) Realização balanço hídrico

• Montante:
Deverão ser somadas as vazões outorgadas na área de drenagem a montante da intervenção e a vazão
solicitada, conforme indicado a seguir

• Jusante:
Deverão ser somadas: 1) as vazões outorgadas na área de drenagem a montante da intervenção; 2) a vazão
solicitada; 3) as vazões outorgadas até ao ponto de captação imediatamente a jusante do pleito em análise,
obtendo-se o resultado da expressão, conforme indicado a seguir.

73
Captações superficiais – Outorgas federais
Identificação dos usuários já instalados na bacia – autorizações emitidas

Usos outorgados e cadastrados a montante e a jusante da


seção em análise

- ANA: mapas interativos do SNIRH

Mapas interativos de Outorgas de Direito de Uso de


Recursos Hídricos. Disponível em Outorgasde Direito de
Usode Recursos Hídricos (snirh.gov.br)
74
Captações superficiais – Outorgas federais
Realização balanço hídrico e determinação da vazão outorgável
O cálculo da vazão outorgável é realizado pela ANA, considerando:

• Resolução n° 1.938/2017 (alterada pela Resolução n° 25/2020): A vazão outorgável (até 100% da Q95,
segundo a coordenação da ANA) considerará as características físicas do sistema, a população atendida,
as parcelas referentes aos setores comercial e industrial e os horizontes de projeto. Além do somatório das
demandas em toda a bacia a montante, da vazão natural com alta permanência no tempo (Q95) ou vazão
definida como referência em estudo técnico específico.

• Resolução n° 467/2006: No Artigo 3° afirma que a vazão máxima instantânea outorgável deverá ser
alterada em bacias em que a estimativa de soma das vazões máximas instantâneas dos usos já instalados
for superior a 70% da vazão de referência.

75
Captações subterrâneas – Outorgas estaduais
Vazão outorgável
Deliberação Normativa CERH n° 76, de 19 de abril de 2022

I - Para poços tubulares com capacidades específicas < 3,6 (m³/h)/m, a vazão máxima explotável será limitada a 80% da
vazão estabilizada do teste de bombeamento de 24 horas e o tempo máximo de operação diária será limitado a 16 h/dia;

II - Para poços tubulares com capacidades específicas > ou igual a 3,6 (m³/h)/m, a vazão máxima explotável será limitada
a 90% da vazão estabilizada do teste de bombeamento de 24 horas e o tempo máximo de operação diária será de 20
h/dia;

III - Além das considerações dos itens I e II, o tempo máximo de operação diária dos poços não deve exceder à diferença
entre 24 horas menos o tempo de recuperação total do Nível Estático, de acordo com o teste de bombeamento.

§ 1º - Para poços tubulares, para fins de abastecimento público, com capacidades especificas > 3,6 m³/h/m e que não
atinjam um rebaixamento máximo de 25m, a vazão máxima explotável será limitada a 90% da vazão estabilizada do teste
de bombeamento de 24h e o tempo máximo de operação diária poderá ser até 24 horas/dia, em caráter de
excepcionalidade, desde que estas condições sejam confirmadas através do monitoramento. (...)”
76
Lançamento de efluentes –
Outorgas federais e estaduais

De maneira geral, a avaliação para locação de uma ETE deve considerar:

a) disponibilidade hídrica – usos outorgados e cadastrados a montante e a jusante

b) características quantitativas e qualitativas do corpo receptor – capacidade de


diluição dos efluentes

c) as condições e padrões de qualidade exigidos – enquadramento


e metas instituídas

77
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
1) Avaliação da disponibilidade hídrica

Usos outorgados e cadastrados a montante e a jusante da


seção em análise

- Âmbito federal (ANA): mapas interativos do SNIRH

- Âmbito estadual (IGAM): dados do IDE SISEMA*

* apresenta apenas dados de captações de água

Mapas interativos de Outorgas de Direito de Uso de Recursos


Hídricos. Disponível em Outorgasde Direito de Usode Recursos
78 Hídricos (snirh.gov.br)
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
Avaliação da disponibilidade hídrica
Corpo hídrico
caudaloso
Através de Estudos Hidrológicos,
verificar a disponibilidade hídrica do
corpo receptor e analisar como o
recebimento do efluente
tratado afetaria a qualidade deste

Rio Doce percorre cidades de Minas Gerais e do


Espírito Santo. Fonte: g1.globo.com

Corpo hídrico
intermitente
79 Rio Santa Maria, em Queimado,
Serra. Fonte: portaltemponovo.com.br
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
1) Avaliação da disponibilidade hídrica

Fonte: ANA (2013)


• Vazão de diluição (de referência ou outorgável):

Vazão que corpo hídrico dispõe para a diluição da carga de


determinado parâmetro do efluente;
Após a mistura com o efluente, o corpo d’água deve
atender ao enquadramento estabelecido ou à meta
intermediária

• Cálculo deve ser realizado em cada trecho de rio ou corpo


hídrico e de acordo com os manuais ANA (2013) - Q95 e
IGAM (2010) - Q7,10

Fonte: IGAM (2010)


80
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
2) Avaliação do enquadramento corpo receptor e metas pactuadas

O lançamento de efluentes não deve ocasionar a


alteração indesejada das características do corpo
hídrico e acarretar prejuízos para os usos previstos no
enquadramento.

Para selecionar o corpo de água receptor:

• Analisar os usos e características de cada classe


de enquadramento - Resolução
CONAMA n° 357/2005 e DN COPAM 08/2022

• Usos menos exigentes proporcionam reduzidos


custos de tratamento do efluente. Fonte: http://pnqa.ana.gov.br

81
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
2) Avaliação do enquadramento corpo receptor e metas pactuadas

Resolução CONAMA

Fonte: http://pnqa.ana.gov.br
n° 430/2011

Art. 11. Nas águas de


classe especial é vedado
o lançamento de
efluentes ou disposição
de resíduos domésticos,
agropecuários, de
aquicultura, industriais e
de quaisquer outras
fontes poluentes, mesmo
que tratados.

82
Lançamento de efluentes – Outorgas federais
2) Avaliação do enquadramento corpo receptor e metas pactuadas

27 municípios para os quais foram


estabelecidas metas de cobertura de
rede e eficiência de remoção de
DBO no tratamento

83
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
3) Dominialidade
Após definição, considerar as coordenadas geográficas do ponto de lançamento do efluente para o
atendimento às legislações específicas
Imagem ilustrativa. Fonte: www.freeimages.com/pt

A precisão do ponto de lançamento de efluente é


importante para definir a jurisdição do processo de
outorga, que poderá ser de domínio Federal ou estadual

Convocação de empreendimentos
Portaria IGAM nº passíveis de Licenciamento
29/2009 Ambiental que estão localizados na
sub-bacia do Ribeirão da Mata

84
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
4) Avaliação da capacidade depuradora da tecnologia de tratamento do efluente

• Areia
Preliminar • Sólidos A tecnologia de tratamento será adequada para o
grosseiros atendimento aos padrões e limites de lançamento?

• Sólidos em
Primário
suspensão Avaliar os padrões e limites de lançamento relativos ao
Etapas do enquadramento do corpo hídrico selecionado nas
tratamento legislações pertinentes, como Resolução
de efluente CONAMA n° 430/2011, DN conjunta COPAM/CERH n°
• Matéria
Secundário
orgânica 08/2022 e atualizações

• Nutrientes
Terciário • Organismos
patógenos
Fonte: JORDÃO, E.P; PESSÔA, C.A. Tratamento de Esgotos Domésticos.
6. ed. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e
85 Ambiental, 2011, 1050p.
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
4) Avaliação da capacidade depuradora da tecnologia de tratamento do efluente

As características do efluente
tratado acarretarão prejuízos para os
usos previstos no enquadramento
do corpo de água?

Prever necessidade de se considerar


tecnologia de tratamento alternativa
e/ou desenvolver Estudo de
Autodepuração para o corpo de água
selecionado

Fonte: Adaptado de Braga, B. (2002). Introdução à engenharia ambiental. São Paulo.

86
Lançamento de efluentes – Outorgas federais e estaduais
4) Avaliação da capacidade depuradora da tecnologia de tratamento do efluente

Atualmente é necessário prever o controle de


Nitrogênio e, em alguns casos de Fósforo,
avaliando o enquadramento do corpo de água
escolhido para o lançamento, bem como avaliar
as exigências para ambientes lênticos e lóticos

Resolução CONAMA n° 430/2011 e DN


Conjunta COPAM/CERH n° 08/2022 indicam
limites de lançamento de nutrientes como ​meio
para controle da eutrofização de corpos de água
Fonte: cbhvelhas.org.br

87
PORTAL DE GEOPROCESSAMENTO

GERHA

88
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais
O GERHA (Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais) é uma ferramenta que integra o sistema de
informação geográfica ao gerenciamento dos recursos hídricos e ambientais

É o sistema responsável pelo georreferenciamento de diversas feições existentes em bacias


hidrográficas e pelo controle das atividades de regularização ambiental e monitoramento, visando a
melhoria da gestão ambiental.

89
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais - Acesso

90
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais - Acesso

91
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Documentação referente a
regularização ambiental

Disponível em: Gerha - Gestão de Recursos Hídricos e Ambientais (copanet.copasa)

92
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Documentação referente a
regularização ambiental

93
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Painel de controle

Disponível em: Gerha - Gestão de Recursos Hídricos e Ambientais (copanet.copasa)

94
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Painel de controle

O painel de controle permite


acompanhar o andamento dos
processos de regularização
ambiental dos empreendimentos
COPASA MG e COPANOR no órgão
ambiental

95
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Painel de controle

Facilita verificar a efetivação de respostas de Informações


Complementares solicitadas pelo órgão ambiental durante o
processo de regularização

96
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Painel de controle

Possibilita acompanhar o cumprimento de


condicionantes relativas a Portaria de
Outorga

97
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Painel de controle

Possibilita o acesso a documentos vinculados ao


processo e do Ato Autorizativo emitidos.

98
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Relatórios de regularização

Disponível em: Gerha - Gestão de Recursos Hídricos e Ambientais (copanet.copasa)

99
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Relatórios de regularização

Nesse novo módulo, o usuário pode:

- Acompanhar o andamento de diversos processos na regularização dos recursos hídricos;


- Administrar pendências de documentos necessários ao andamento desses processos;
- Gerenciar a validade de atos autorizativos;
- Gerir o cumprimento de condicionantes vinculadas a autos autorizativos;

100
GERHA
Gestão dos Recursos Hídricos e Ambientais – Relatórios de regularização

101
OBRIGADA!

USCA – Unidade de Serviços de Controle Ambiental

Equipe de Intervenção em Recursos Hídricos


outorgas.copasa@copasa.com.br

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