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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA

ATENÇÃO INTEGRADA ÀS DOENÇAS DA INFÂNCIA (AIDI)

CADERNO DE MAPAS PARA A ATENÇÃO INTEGRADA À CRIANÇA DOENTE


DE 1 SEMANA AOS 2 MESES E DOS 2 MESES AOS 5 ANOS

Moçambique, Maio de 2014


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FICHA TÉCNICA

Titulo: Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) - Caderno de Mapas para a Atenção Integrada à Criança Doente de 1 semana aos 2 meses e
dos 2 meses aos 5 anos

Ministério da Saúde
Direcção Nacional de Saúde Pública
Departamento de Saúde da Mulher e Criança
Av. Eduardo Mondlane /Salvador Allende
1008 – Maputo
Mocambique
Website – www.misau.gov.mz

Colaboradores:
Munira Abudou (MISAU-DNSP/DSMC); Gisela Azambuja (MISAU-DNSP/DSMC); Marta Chemane (MISAU-DNSP/DSMC); Irene Rungo
(MISAU-DNSP/DSMC); Bernardina Gonçalves (MISAU-DNAM); Iolanda Santos (MISAU); Elisa Chapola (ICSM); Ana Tovela (ICSM); Norgia
Machava (ISCISA); Nazir Amade (ISCISA); Daisy Trovoada (OMS); Alicia Carbonell (OMS); Natércia Fernandes (MCHIP/Jhpiego); Catarina Regina
(Save the Children);Arsenio Xavier (Save the Children); Raquel Zaqueu (USAID); Dulce Nhassico (USAID); Maria Grazia Lain (ICAP); Tatiana
Bocharnikova (HAI); Silvia Mikusova (EGPAF); Eduarda Gusmão (EGPAF); Luigi de Aquino (UNICEF).

Edicao e formatação: (…)

Tiragem: 500 exemplares


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PREFÁCIO
A Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) é uma abordagem integrada à sobrevivência, crescimento e desenvolvimento das crianças, que tem como
objectivos a redução da mortalidade em crianças com idade inferior a 5 anos, a melhoria da qualidade, da eficácia e da eficiência da atenção nos serviços de saúde,
a melhoria das práticas que dizem respeito à família e a comunidade, assim como da atenção prestada através do sistema de saúde. Essa abordagem integrada da
atenção à saúde da criança, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), caracteriza-se
pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença
isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto do país em que ela está inserida. A Estratégia AIDI em
Moçambique está sendo implementado desde 1998 e está estruturada de acordo com os três componentes recomendados pela Organização Mundial de Saúde,
nomeadamente: melhorar as competências dos profissionais de saúde, melhorar a prestação do sistema de saúde e melhorar as práticas familiares e comunitárias.
Apesar dos progressos realizados nos últimos 15 anos, dado aos esforços desenvolvidos pelo Ministério da Saúde (MISAU), nos programas dirigidos à saúde da
criança, uma em cada 10 crianças ainda morre antes do quinto aniversário, segundo o IDS 2011, devido a doenças comuns da infância ( pneumonia, diarréia,
malária) e condições neonatais ( prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções neonatais, e asfixia) das quais grande parte é atribuida a desnutrição. A AIDI
continua a ser uma estratégia fundamental para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados às crianças nas unidades sanitárias de nível primário, na maioria
dos países em desenvolvimento, e em Moçambique. As avaliações da sua implementação ao longo dos anos, tem demonstrado que melhora o desempenho dos
profissionais de saúde e a qualidade dos cuidados das crianças. Se for implementada correctamente ainda pode reduzir a mortalidade infantil e melhorar o estado
nutricional e vale a pena o investimento, pois custa até seis vezes menos por criança corretamente manejada.
Desde da primeira edição do caderno de mapa o Ministério da Saúde tem vindo a actualizar as normas AIDI seguindo as revisões dos diferentes programas. Na
última revisão de 2006 foram introduzido as componentes neonatal e HIV bem como as recomendações da OMS de 2005. Nessa última edição, sob a liderança do
departamento de saúde da mulher e da criança em parceria com a OMS, UNICEF, USAID e MCHIP/Jhpiego, foi feita a revisão e actualização da Atenção
Integrada à Criança de 1 semana aos 2 meses e dos 2 meses aos 5 anos, levando em conta as condições neonatais, as novas curvas de crescimento, as últimas
versões das normas nacionais de malária, HIV, TB, vacinação e nutrição, assim como as recomendações de 2014 da OMS para o AIDI com base em novas
evidencias científicas que surgiram desde 2008.O presente documento constituí, uma ferramenta dinâmica e importante de orientação que deverá ser usada por
todos os profissionais e provedores de cuidados de saúde às crianças doentes menores de 5 anos à nível primário.

Maputo, Maio de 2014

O Ministro da Saúde

Dr. Alexandre Lourenço Jaime Manguele


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AVALIAR, CLASSIFICAR E TRATAR A CRIANÇA DOENTE DOS 2 MESES AOS 5 ANOS DE IDADE

AVALIAR CLASSIFICAR IDENTIFICAR O TRATAMENTO


PERGUNTAR À MÃE SOBRE OS PROBLEMAS
QUE A CRIANÇA APRESENTA

Determinar se se trata da primeira consulta para este problema


ou se é uma consulta de controle para reavaliação do caso.
- Se se tratar de uma consulta de controle, utilizar as instruções Use todos os quadros que
no TRATAR A CRIANÇA. correspondam aos sintomas e
- Se se tratar da primeira consulta, avaliar a criança problemas da criança para
da seguinte maneira: classificar a doença

VERIFICAR SE HÁ SINAIS GERAIS DE PERIGO


SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
PERGUNTAR SE: OBSERVAR:
 Se a criança está
 A criança consegue letárgica ou
Qualquer  Dar Diazepam rectal se está com convulsões
beber ou mamar? inconsciente Acção sinal geral agora
 A criança vomita tudo o  Se a criança está de perigo DOENÇA  Completar rapidamente a avaliação
que ingere? com convulsões no
URGENTE MUITO  Dar tratamento de pre-referencia
 A criança teve momento GRAVE imediatamente.
convulsões?  Tratar para prevenir hipoglicemia
 Manter a criança aquecida
 Transferir urgentemente

Uma criança que apresente qualquer sinal geral de perigo precisa de ser URGENTEMENTE assistida
Complete imediatamente a avaliação e administre o tratamento indicado antes de a transferir de forma a não perder tempo.
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A SEGUIR, PERGUNTAR SOBRE OS PRINCIPAIS SINTOMAS:

A criança está com tosse ou tem dificuldade respiratória?


SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
SE A RESPOSTA OBSERVE, VERIFIQUE,
FOR SIM, ESCUTE, APALPE:
 Qualquer sinal  Administre a primeira dose Penicilina Cristalina (IM) OU
PERGUNTE: PNEUMONIA
 Contar a frequência geral de perigo Ampicilina (IM) + Gentamicina (IM).
respiratória num GRAVE OU  Tratar convulsões com Diazepam rectal segundo as normas
Há quanto tempo? OU
minuto com relógio DOENÇA
 Estridor numa MUITO  Transferir URGENTEMENTE para o hospital.
 Verificar se há criança em
retracção subcostal GRAVE
CLASSIFICAR A repouso
 Verificar e escutar se TOSSE OU
há estridor DIFICULDADE
 Escutar se há sibilos  Retracção  Dar Amoxicilina durante 5 dias.
RESPIRATORIA
subscostal  Caso haja sibilos ou dificuldade respiratória (mesmo que tenha
A OU desaparecido após o aerossol) tratar com aerossol ou salbutamol
PNEUMONIA
Se observar sibilos e criança  Respiração inalatorio, (bombinha) , durante 5 dias, ou com salbutamol oral
respiração rápida e retração deve rápida  Suavizar a garganta e aliviar a tosse com um xarope caseiro
subcostal administre logo um estar  Se a dificuldade em respirar for recorrente ou tosse por mais de 2
aerossol com salbutamol calma semanas fazer despiste TB e referir para fazer uma avaliação para Asma
inalado (2 ‘’puffs’’), 3 vezes a  Fazer teste HIV
cada 15-20 minutos.  Orientar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
Conte a frequência respiratória,  Marcar o controle dentro de 3 dias
observe a retração subcostal de
novo, a sseguir classifique  Nenhum sinal de SEM  Caso haja sibilos ou dificuldade respiratória (mesmo que tenha
pneumonia ou de desaparecido após o aerossol) tratar com aerossol ou salbutamol
PNEUMONIA;
doença muito inalatorio, (bombinha) , durante 5 dias, ou com salbutamol oral
grave TOSSE  Suavizar a garganta e aliviar a tosse com xaropes caseiros
 Se a dificuldade em respirar for recorrente ou tosse por mais de 2
Se a criança tem Respiração rápida OU
semanas fazer despiste TB e referir para fazer uma avaliação para Asma
entre é: CONSTIPA-  Fazer teste HIV
2 a 12 meses 50 ou mais por minuto  Orientar à mãe quando voltar imediatamente
ÇÃO
 Controlar dentro de 5 dias se não melhorar
1 a 5 anos 40 ou mais por minuto

NOTA:
* Se oxímetro de pulso estiver disponível, determinar a saturação de oxigênio e se < 90%referir a criança.
**Se não for possível usar o broncodilatador inalado, o Salbutamol oral pode ser tentado, mas não é recomendado para o tratamento de sibilância aguda grave.
***Nas US onde haja disponibilidade de aerossol ou salbutamol inalatório (bombinhas) dar 2 ‘’puffs’’ e repetir 3 vezes, a cada 15 minutos, antes de classificar como
pneumonia
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A criança está com diarreia? SINAIS CLASSIFICAR TRATAR


Dois dos sinais que se seguem:  Se a criança não tiver nenhuma outra classificação grave
SE A RESPOSTA OBSERVAR E PALPAR Iniciar tratamento para desidratação grave (plano C) OU
 Letárgica ou inconsciente.
FOR SIM,  Se a criança se enquadrar noutra classificação grave:
 Olhos encovados. DESIDRATAÇÃO
PERGUNTAR:  Examinar o estado  Não consegue beber Transferir URGENTEMENTE para o hospital administrando-
geral da criança. PARA A
OU lhe goles frequentes de SRO, de baixa osmolaridade, durante o
 Há quanto DESIDRATAÇÃO  Bebe muito mal.
GRAVE
trajecto.
tempo? A criança encontra-se:  Sinal de prega: a pele  Se a criança tiver 2 ou mais anos e houver cólera na sua
volta muito lentamente ao zona, seguir as recomendações do controle da cólera no país.
 estado anterior.  Aconselhar á mãe a continuar a amamentação.
 Há sangue Letárgica ou
nas fezes? inconsciente?
Dois dos sinais que se seguem:  Dar líquidos e alimentos para casos com sinais de sinais de
 Agitada, irritada? desidratação (Plano B)
Classificar  Agitada, irritada. COM ALGUNS  .Dar suplementos de Zinco por 14 dias, segundo as normas.
 Observar se os olhos DIARREIA  Olhos encovados. SINAIS  Reavaliar e classificar quanto à desidratação, selecionar o
estão encovados.  Bebe ávidamente, com DE plano apropriado para continuar o tratamento
sede. DESIDRATAÇÃO Se a criança também se enquadrar noutra classificação
 Oferecer líquidos à  Sinal de prega: a pele volta grave:
lentamente ao estado Transferir URGENTEMENTE ao hospital administrando-
criança. A criança:
anterior lhe goles frequentes de SRO, de baixa osmolaridade,
 Não consegue beber durante o trajecto.
ou bebe muito mal?  Aconselha á mãe a continuar a amamentação.
 Bebe avidamente, com  Informar `a mãe sobre quando voltar imediatamente.
sede?  Seguimento em 2 dias se não melhorar

 Fazer sinal da prega Sem sinais suficientes para SEM  Dar alimentos e líquidos para tratar a diarreia em casa
na pele da região lateral classificar como: DESIDRATAÇÃO (Plano A)
com alguns sinais de  Dar suplementos de Zinco por 14 dias , segundo as normas.
do abdómem. A pele
desidratação ou desidratação  Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
volta ao estado anterior: grave.  Voltar dentro de 5 dias para o controle
 Muito lentamente
(mais de 2 segundos)?
 Lentamente?  Há desidratação DIARREIA  Tratar a desidratação antes de transferir a criança a não ser
 Imediatamente? PERSISTENTE que esta se enquadre noutra classificação grave.
Se diarreia há GRAVE  Transferir para o hospital.
14 dias ou mais
 Não há desidratação  Fazer teste para o HIV
DIARREIA  Aconselhar a mãe como alimentar uma criança com
PERSISTENTE DIARREIA PERSISTENTE.
 Dar Multivitaminas e Zinco
 Seguimento em 5 dias.

 Sangue nas fezes DISENTERIA*  Administrar Ciprofloxacilina durante 3 dias


Com sangue  Marcar o controle dentro de 2 dias.
nas fezes Nota : *Crianças com ≤ 6 meses, com desinteria, devem ser Transferidas

E fácil confundir o MARASMO com a DESIDRATAÇÃO GRAVE caso haja diarreia associada. Nesses casos deve-se dar RESOMAL e não SRO
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A criança está com febre?


(historia de febre, ou se estiver quente ao toque, ou com uma Temperatura axilar de 37,5º C ou mais).*

Toda criança com febre deve fazer TDR ou HTZ para Malária
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
 Qualquer sinal geral de MALÁRIA GRAVE  Se TDR Positivo  Dar ARTESUNATO (IM) OU
perigo OU SUPOSITORIO de Artesunato para malária grave (primeira dose).
A SEGUIR, OBSERVAR E PALPAR: OU DOENÇA FEBRIL  Dar a 1ª dose de Penicilina Cristalina (IM) ou Ampicilina (IM)+
PERGUNTAR:  Rigidez da nuca e ou MUITO GRAVE Gentamicina (IM).
 Observe e palpe o pescoço:  Fontanela abaulada  Tratar a criança para evitar hipoglicémia.
 Há quanto tempo? - Tem rigidez da nuca? Classificar  Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar uma dose de paracetamol
E
 Se for há mais de  Observe a fontanela: a FEBRE  Transferir URGENTEMENTE para o hospital.
 TDR +
7 dias, tem tido - está abaulada?
febre todos os  Procure outras causas de febre  Febre determinada  Tratar com a primeira linha da malária ou com outro
dias? por anamnese ou ao antimalárico recomendado, segundo as normas.
 Se tem febre há toque ou Temperatura axilar  Se tiver febre ou se estiver quente ao toque, ou com uma
mais de 15 dias? de 37,5º C ou mais MALÁRIA Temperatura axilar de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
Observar se há sinais de  Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
 A criança teve SARAMPO: E  Voltar ao controle em 3 dias se a febre persistir.
sarampo nos  Se tiver febre todos os dias por mais de 7 dias, TRANSFERIR
 Erupção generalizada e
últimos3 meses?  TdR +. ou HTZ + para o hospital.
 Um dos seguintes sintomas:  Se tiver febre há mais de 15 dias, fazer o teste para o HIV e fazer
Tosse, corrimento nasal ou olhos o rastreio da TB acordo com as normas
avermelhados
 Febre sem sinais de Perigo  Dar paracetamol.
Faça TDR ou HTZ para confirmar a Malária DOENÇA FEBRIL  Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
E  Voltar ao controle em 2 dias se a febre persistir.
SEM
 Se tiver febre todos os dias por mais de 7 dias, TRANSFERIR
 TDR ou HTZ negativo MALARIA para o hospital.
 Se tiver febre há mais de 15 dias, fazer o teste para o HIV e
fazer o rastreio da TB acordo com as normas
Se a criança estiver com sarampo
agora ou se teve nos últimos 3
meses:  Qualquer sinal geral de  Dar Vitamina A, segundo as normas
 Observe se há úlceras na boca perigo OU SARAMPO GRAVE  Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
(estomatite)  Opacificação da córnea OU COM  Dar a primeira dose de um Antibiótico (IM) recomendado
 As úlceras são alastradas s e  Úlceras nos olhos OU COMPLICAÇÕES  Se houver opacificação da córnea ou secreção dos olhos, aplicar
profundas? Classificar o
SARAMPO  Úlceras alastradas e pomada oftálmica de Tetraciclina.
 Observe se há secreção ou úlcera profundas na boca  Transferir URGENTEMENTE para o hospital.
nos olhos (estomatite grave )
 Observe se há opacificação da
córnea.  Secreção nos olhos SARAMPO COM  Dar Vitamina A.
COMPLICAÇÕES  Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
OU NOS OLHOS OU  Se houver secreção nos olhos, aplicar Tetraciclina oftálmica.
NA BOCA  Tratar as lesões da boca com Violeta de genciana.
 Estomatite  Informar a mãe sobre quando voltar imediatamente
*Outras causas de febre:  Voltar para o controle em 3 dias

Úlceras na boca, infecção urinaria, infecção da pele,  Sarampo agora ou nos  Dar Vitamina A.
Furúnculos, infecção das vias aéreas superiores, etc últimos 3 meses SARAMPO  Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
 Informar a mãe sobre quando voltar imediatamente

NOTA: Nos casos de Malária Grave, se não for possível fazer ARTESUNATO (IM), administrar ARTESUNATO RECTAL, antes da transferência, segundo as normas.
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A criança está com problemas de ouvido?

SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

 Tumefacção dolorosa  Dar primeira dose Penicilina Cristalina (IM) ou


atrás da orelha. MASTOIDITE Ampicilina (IM) + Gentamicina (IM).
SE A RESPOSTA FOR SIM: OBSERVE E PALPE  Dar uma dose de paracetamol para a dor.
 Transferir URGENTEMENTE para o hospital.

PERGUNTAR: -Observar se há Classificar o


secreção purulenta no
- Está com dor do ouvido? ouvido PROBLEMA  Secreção purulenta INFECÇÃO  Dar Amoxicilina durante 10 dias, segundo as
- Há secreção do ouvido? visível no ouvido há AGUDA DO normas.
DO OUVIDO
- Se houver, há quanto menos de 14 dias OUVIDO  Dar paracetamol para a dor.
tempo? -Palpar e determinar se
 Secar o ouvido usando algodão ou pano limpo.
há tumefacção dolorosa OU  Fazer o teste de HIV
atrás da orelha.  Dor do ouvido.  Marcar controle dentro de 5 dias.
*Se tiver secreção purulenta
Fazer o teste de HIV  Informar sobre quando voltar imediatamente

 Tratar com gotas de Quinolona tópica durante 2


 Secreção purulenta INFECÇÃO semanas, segundo as normas
visível do ouvido CRÓNICA DO
 Secar o ouvido usando algodão ou pano limpo.
durante 14 ou mais OUVIDO
 Fazer o teste de HIV
dias  Marcar controle dentro de 5 dias.
 Informar sobre quando voltar imediatamente

 Não tem dôr no


ouvido e não foi notada NÃO HÁ  Nenhum tratamento adicional.
nenhuma secreção INFECÇÃO  Informar sobre quando voltar imediatamente
purulenta no mesmo. DO OUVIDO
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A criança está com problemas de garganta?

SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

SE A RESPOSTA FOR OBSERVAR E PALPAR: Febre OU dor de garganta  Dar Amoxicilina por 5 dias
SIM, E mais 2 dos sinais  Dar um remédio inócuo para aliviar
- Observar se há exsudato seguintes: a dor de garganta
PERGUNTAR:  Se a dor não passa ou a criança tem
esbranquiçado ou  Gânglios linfáticos do FARINGOAMIGDALITE
- A criança tem febre? amarelado na garganta pescoço aumentados e AGUDA SUPURADA
febre alta, dar paracetamol
(historia de febre, quente ao dolorosos  Voltar ao controlo em 5 dias
toque, ou com uma - Observar se a garganta  Garganta eritematosa
Temperatura axilar de 37,5º está eritematosa (Vermelha)  Exsudato branco ou
C) Classificar o
amarelado na garganta
- Palpar se há gânglios no
- Está com dor de PROBLEMA DA
pescoço, aumentados e
garganta? GARGANTA
dolorosos Febre ou dor de garganta  Dar um remédio inócuo para aliviar
E a dor de garganta
Garganta eritematosa mas sem FARINGITE VIRAL  Se a dor não passa ou a criança tem
gânglios linfáticos aumentados e febre alta, dar paracetamol
dolorosos no pescoço  Aconselhar a mãe sobre os cuidados
a ter em casa

 Não tem garganta eritematosa  Dar um remédio inócuo para aliviar


nem gânglios linfáticos do NÃO TEM FARINGITE a dor de garganta
pescoço aumentados e
dolorosos
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A seguir, verificar se há desnutrição aguda?


SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
 Edema em ambos os pés OU  primeira dose penicilina cristalina + Gentamicina (IM).
AVALIAR A SITUAÇÃO NUTRICIONAL  Peso para altura = P/A < -3DP OU  Dar água açucarada ou dextrose a 5% para prevenir a
E O CRESCIMENTO EM TODAS AS CRIANÇAS DESNUTRIÇÃO
 Perimetro braquial <11,5 cm OU hipoglicémia
 Peso muito baixo para idade (P/I <60% )*OU AGUDA GRAVE  Manter a criança agasalhada.
PERGUNTAR MEDIR, PESAR,  Emagrecimento acentuado/visível*  Transferir URGENTEMENTE para o hospital
COM
A MÃE OBSERVAR e PALPAR (* usar apenas se o altímetro não estiver
disponível) COMPLICAÇÃO
OU 1. Observar se há sinais E um dos seguintes sinais e sintomas:
VERIFIQUE O visíveis de  Sem apetite (não consegue terminar a
emagrecimento quantidade oferecida) OU
CARTÃO DE
acentuado. Classificar a  Presença de complicação medica (febre,
PESO 2. Verificar se há edema em pneumonia, diarreia grave, sinais gerais de
SITUAÇÃO
 A criança ambos os pés. NUTRICIONAL
perigo, anemia grave, etc
perdeu peso 3. Determinar peso para
no último altura ou comprimento  Dar Amoxicilina por 5 dias
(P/A).
 Peso para Altura: P/A < -3DP OU
mês ?  Dar Vitamina A de rotina de 6 em 6 meses segundo as normas
 A criança 4. Determinar o peso para  Perimetro Braquial <11,5 cm OU DESNUTRIÇÃO
 Peso muito baixo para idade  Dar água açucarada ou dextrose 5% para prevenir a
aumentou o idade (P/I) AGUDA GRAVE hipoglicémia
seu peso ? 5. Medir o perimetro (P/I <60% ) - usar apenas se o altímetro não
 Fazer o teste de HIV
 A curva de braquial (PB) estiver disponível) SEM
 Fazer rastreio de Tuberculose
peso está E COMPLICAÇÃO/  Fazer educação nutricional
estacionaria ?  Tem apetite (consegue terminar a  Manter a criança agasalhada
quantidade oferecida) MUITO  Oferecer 15 saquetas de Pumply Nut
Se P/A < -3DP OU PB <11,5 cm então: BAIXO PESO  Referir a criança para consulta CCR ou Unidade de reabilitação
1. Verifique se há qualquer complicação médica nutricional para tratamento
presente:  Aconselhar a mãe sobre quando deve regressar imediatamente
o Quaisquer sinais gerais de perigo  Avaliar a alimentação da criança e aconselhar a mãe sobre a
o Qualquer classificação grave  Peso para altura: P/A ≥3 e < -2 DP OU
alimentação, em conformidade com o quadro “RECOMENDAÇÕES
o Pneumonia com tiragem subcostal  Perímetro Braquial entre 11,5 -12,5 cm OU PARA A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA”.
 Peso baixo para a idade (entre o percentil 3 e DESNUTRIÇÃO
2. Se não houver complicações médicas presente:
AGUDA  Avaliar sinais/sintomas de infecção por HIV e fazer o teste
A Criança tem 6 meses ou mais, fazer o teste de apetite 60% do peso esperado) OU
Fazer o rastreio de Tuberculose
e oferecer ATPU * (Plumpy Nut) para comer. A  Crescimento insuficiente (= não aumento de MODERADA /
 Dar Mebendazol se a criança tiver um ano ou mais e não tiver
criança: peso ou perda de peso (> 5%) em duas
BAIXO PESO / feito nos últimos seis meses.
o pesagens consecutivas num periodo não
Não é capaz de terminar a porção de  Dar Vitamina A de rotina de 6 em 6 meses segundo as normas
ATPU? sinferior a 1 mês e não superior a 3 meses).
CRESCIMENTO  Oferecer 15 saquetas de Pumply Nut
o Capaz de terminar a porção de ATPU?  Referir a criança para consulta CCR ou Unidade de reabilitação
A Criança tem menos de 6 meses de idade, avaliar o INSUFICIENTE
nutricional para tratamento
aleitamento materno:  Aconselhar a mãe sobre quando voltar imediatamente.
o A criança tem um problema de
amamentação?
 Peso para a idade não  Avaliar a alimentação da criança e aconselhar a mãe sobre a
*ATPU = alimento terapêutico pronto para uso, muito baixo SEM alimentação, em conformidade com o quadro
por exemplo: PLUMPY NUT E “RECOMENDAÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO DA
BAIXO PESO
CRIANÇA”
 Não apresenta nenhum outro  Dar vitamina A de rotina de 6 em 6 meses, segundo as normas
sinal de desnutrição  Dar Mebendazol se a criança tiver um ano ou mais e não tiver
NOTA: E fácil confundir o MARASMO com a E feito nos últimos seis meses.
DESIDRATAÇÃO GRAVE caso haja diarreia associada.
 Tem aumento adequado do peso  Informar sobre quando voltar imediatamente.
Nesses casos deve-se dar RESOMAL e não SRO.  Se tiver problemas de alimentação controlo em 7 dias
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Verificar se há anemia?
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

Palidez palmar ANEMIA  Prevenir a hipoglicemia


grave GRAVE  Manter a criança agasalhada
 Transferir URGENTEMENTE para o hospital
 Procurar evidências de palidez
palmar. : Nota: no caso de TDR +, dar ARTESUNATO (IM) OU
Rectal, antes da transferência, segundo as
- Palidez palmar grave ? Classificar a normas.
ANEMIA
- Palidez palmar leve? Palidez palmar leve ANEMIA  Avaliar a alimentação da criança e aconselhar a mãe
sobre a alimentação, em conformidade com o quadro
“RECOMENDAÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO DA
CRIANÇA”.
 Dar sulfato ferroso durante 30 dias
Perguntar se há historia de febre ?  Dar Mebendazol se tiver mais de 1 ano de idade e
repetir de 6 em 6 meses
Se sim e palidez palmar grave,  Dar vitamina A de rotina de 6 em 6 meses, a partir dos
 pesquisar malária 6 meses de idade
 se o TDR for +, tratar  Recomendar a mãe quando voltar immediatemente
segundo a norma nacional  Marcar controle dentro de 15 dias, se não há melhoria
referir para consulta médica

Se a criança tem desnutrição aguda Sem palidez palmar SEM  Dar vitamina A de rotina de 6 em 6 meses, a partir dos
grave e está recebendo Plumpy Nut, ANEMIA 6 meses
não dê ferro porque já existe uma  Dar Mebendazol de rotina de 6 em 6 meses se a criança
quantidade adequada de ferro no tiver mais de 1 ano de idade, e repetir de 6 em 6 meses
Plumpy Nut  Recomendar a mãe quando voltar imediatemente
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A SEGUIR, AVALIAR A INFECÇÃO POR HIV
Use esse quadro caso a criança não esteja seguido na consulta TARV

SINAIS CLASSIFICAR TRATAR


PERGUNTAR:
 A mãe ou a criança fez teste de HIV?  Teste rápido para  Fazer avaliação clinica e proceder a abertura do processo
para seguimento e eventual TARV.
 Se SIM: pergunta a mãe sobre resultado de teste e confere o resultado HIV positivo em
 Dar cotrimoxazol profilático
 SE NÃO fez ou o sero-estado desconhecido: Testar a mãe e a criança criança > de 18 INFECÇÃO
 Avaliar a infecção por TB e eventual profilaxia com INH.
meses PELO HIV  Dar Vitamina A e Mebendazol de acordo com as normas
Estado de HIV da mãe: Positivo: ____ Negativo: ___ OU nacionais.
CONFIRMADA
Estado de HIV da criança:  Teste PCR-DNA  Dar suplementos de multi-micronutrientes
 Teste PCR DNA, Positivo: ___ Negativo: ____ positivo  Avaliar e aconselhar sobre a alimentação da criança
 Teste rápido (anticorpo), Positivo: ___ Negativo: ____  Aconselhar a mãe em relação aos cuidados em casa
Indeterminado: ____ Classificar  Aconselhar a mãe sobre o seu estado de HIV e a
o estado necessidade de continuar o seguimento na consulta de
doencas cronicas
 Procure os seguintes sinais/sintomas que apontam para HIV
 Aconselhar a mãe quando voltar imediatamente
uma infecção pelo HIV:
*Diagnóstico presuntivo para HIV:  Criança < 18 meses  Tratar, aconselhar e dar seguimento as infecções existentes
com teste rápido INFECÇÃO  Fazer teste de PCR para confirmação de diagnóstico
Criança apresenta um ou mais destes sintomas:
positivo PRESUNTIVA  Referir para consulta CCR**
 Pneumonia grave POR HIV
E Um ou mais
 Candidíase oro-esofágica
sinais sintomas *
 Malnutrição grave
 Sarcoma de Kaposi
 PCP ( Pneumonia por Pneumocistis Jiroveci)  Mãe seropositiva E  Tratar, aconselhar e dar seguimento às infecções
criança sem resultado existentes
do teste OU  Dar cotrimoxazol profilático,
Se a mãe for HIV+ e a criança HIV Negativa, perguntar:  PCR DNA Negativo  Dar Vitamina A e Mebendazol de acordo com as normas
OU nacionais.
 A criança foi amamentada todo tempo ou 6 semanas antes do
 Teste de anti-corpo (
EXPOSTO  Dar suplementos de multi-micronutrientes
teste?
AO HIV  Avaliar a alimentação da criança e dar aconselhamento se
 A criança está sendo amamentando agora? rápido) para HIV
positivo em criança for necessário
Se SIM, perguntar: entre 9-18 meses  Aconselhar a mãe sobre os cuidados em casa
 A mãe e a criança estão a fazer profilaxia anti-retroviral? E  Fazer avaliação clinica e proceder a abertura do processo
 Sem sinais/sintomas para seguimento na CCR**
sugestivos de HIV
ESTADIAMENTO DE HIV PEDIÁTRICO
Criança > 18 meses  Tratar, aconselhar e fazer seguimento das infecções
com teste rápido SEM existentes
** Nas US com TARV, a mulher lactante HIV positiva deve inciar o TARV negativo E desmamou  Aconselhar a mãe sobre a alimentação e sobre a sua
para toda vida e criança dela deve receber a profilaxia com ARV durante 6 há mais de 2 meses INFECÇÃO
própria saúde
Asemanas
criança foi confirmada como sero-positiva? POR HIV  Aconselhar a mãe sobre os cuidados a ter com a criança
em casa
Nas US sem TARV a criança exposta dever receber profilaxia com ARV
durante periodo de amamantação e 2 semanas após desmame
14

ESTADIAMENTO DE HIV PEDIÁTRICO


A criança foi confirmada como sero-positiva?

Estadio I Estadio II Estadio III Estadio IV


Assintomático Hepatoesplenomegalia persistente Malnutrição moderada inexplicada Malnutrição grave ou perda de peso severa
Linfadenopatia inexplicada Diarréia persistente inexplicada (>14 dias) inexplicada
generalizada persistente (> Prurigo Febre persistente inexplicada (>1mês) PCP
1cm, em 2 ou mais cadeias Infecção viral extensa verrucosa Candidíase oral persistente Infecções bacterianas severas de repetição –
não contíguas, excluída a Molusco contagioso extenso Leucoplasia oral pilosa empiema, meningite, piomiosite, artrite (2 ou
cadeia inguinal Ulcerações orais recorrentes Gengivite/periodontite ulcerativa necrotizante mais episódios nos últimos 6 meses)
Aumento das parótidas inexplicado aguda Infecção crônica pelo vírus herpes simples
Eritema gengival linear Tuberculose ganglionar/pulmonar (oral ou cutânea com mais de 1 mês de
Herpes Zoster Pneumonia bacteriana grave de repetição (2 ou duração ou visceral em qualquer sítio)
IVRS – otite média, bronquite, mais episódios nos últimos 6 meses) Tuberculose extrapulmonar disseminada
sinusite – recorrente (2 ou mais Pneumonia intersticial linfóide (LIP) Sarcoma de Kaposi
episódios nos últimos 6 meses); sintomática Candidíase esofágica (ou traqueal/pulmonar)
otorreía persistente Doença pulmonar crónica incluindo Toxoplasmose do SNC
Infecções ungueais fúngicas bronquiectasias Encefalopatia por HIV
Anemia <8g/dl, neutropenia<500/mm3, Infecção por citomegalovírus
trombocitopenia<50000/mm3, inexplicadas Criptococose extrapulmonar
Micose disseminada (Histoplasma, etc)
Criptosporidiose crónica
Isosporiose crónica
Infecção disseminada por micobactéria não
tuberculosa
Fístula reto-vaginal associada ao HIV
Linfoma não Hodgkin
Leucoencefalopatia multifocal progressiva
Nefropatia associada ao HIV sintomática
Cardiomiopatia associada ao HIV sintomática
15

AVALIAR PROBLEMAS DA PELE

Verificar se há problemas na pele ou comichão?


CARACTERISTICA DA LESÃO SINAIS CLASSIFICAR TRATAMENTO Crianças infectada
COMO por HIV
Marcas de coceira e pele  Tratar a comichão com loção de Define estadio II
com pequenas pápulas. Calamina
PRURIGO
Manchas escuras com  Pode ser um sinal inicial de
centros pálidos infecção por HIV.
 Testar para HIV

. Lesão circular de coceira  Se for no cabelo, escove-o. Infecção por fungos


com uma área Colocar creme de Clotrimazol. nas unhas define
TINHA
descamativa central com  Se a lesão for extensa trate com estadio II
perda de cabelo ou pêlos. Griseofulvina ou Ketoconazol,
Também pode ser se disponível.
encontrado no corpo
 Trate a comichão.
 Avaliar para HIV

Lesões e escoriações de  Tratar as lesões. Com benzyl


coceira no tórax, pulsos e benzoate 25% durante 3 dias
SARNA
entre os dedos  Tratar a comichão. Com
antihistaminico
 Avaliar para HIV
16

AVALIAR PROBLEMAS DA PELE

Verificar se a criança tem erupção na pele?


Crianças infectada
CARACTERISTICA DA LESÃO SINAIS CLASSIFICAR COMO TRATAMENTO
por HIV
Pequenas pápulas (2-3mm)  Evitar qualquer tipo de tratamento  Define estadio II
com uma pequena
MOLUSCUM  Testar para HIV
depressão no topo,
CONTAGIOSO
geralmente localizadas nos
 Se for extensiva ou severa,
olhos. As pápulas podem
TRANSFERIR
espalhar-se e tornarem-se
graves

Vegetações localizadas ou  Se as lesões forem extenas e graves,


generalizadas. Podem TRANSFERIR
VERRUGAS
afectar também os genitais.
 Testar para HIV

Escamas gordurosas e às  Lavar com shampoo de ketoconazol,


vezes avermelhadas com se disponível (alternativa: shampoo
SEBORREIA
região central pálida, em com ácido salicílico). Pode ser
todo corpo, incluíndo o necessário repetir o tratamento.
couro cabeludo e períneo.  Creme de Hidrocortisona 1%, duas
vezes por dia ou creme aquoso.
 Testar para HIV.
 Se as lesões forem severas,
TRANSFERIR
17

Verificar se há problemas na pele: vesículas, feridas ou pústulas


SINAIS CLASSIFICAR COMO TRATAMENTO Crianças infectada
por HIV
Vesículas em todo o  Tratar a comichão
corpo, com envolvimento
VARICELA
 Transferir URGENTEMENTE em caso
ocasional da mucosa. As de ocorrência de pneumonia ou icterícia
vesículas aparecem
 Fazer teste para HIV.
progressivamente ao
longo dos dias e formam
crostas depois da sua
ruptura.
. Vesículas ou ciactrizes  Manter as lesões limpas e secas. com  Define estadio II
numa região do corpo antiséptico local.
HERPES ZOSTER
com dor e ardor intenso  Se olhos estiverem envolvidos, tratar com
aciclovir, segundo as normas.
 Dar parcetamol para dor
 Testar para HIV
 Controlo em 7 dias se as feridas não
estiverem completamente curadas.
Vesículas ou feridas mais  Se for difícil alimentar a criança,  Infecção cronica
frequentes na boca e/ ou TRANSFERIR por herpes
HERPES SIMPLEX
membros  Testar para HIV simples ( oral ou
 Se for o primeiro episódio ou tiver cutânea de mais
ulceração severa, tratar com aciclovir. de 1 mes duração
ou visceral em
qualquer sítio)
. define estadio IV
Vesículas vermelhas e/ou  Limpar as feridas com antiséptico. Drenar
pústulas e/ou crostas o pus
IMPETIGO OU
FOLICULITE  Tratar com Cloxacilina, durante 5 dias, se
tiver lesões >4cm ou se tiver manchas
vermelhas ou nódulos ou abcessos
múltiplos
 Testar para HIV
 Controlo em 2 dias
 Se tiver febre ou se a infecção progredir
para os planos profundos (músculo),
TRANSFERIR.
18

AVALIAR A INFECÇÃO POR HIV PARA PROBLEMAS DA BOCA


Verificar se há problemas na boca (candidíase)
SINAIS CLASSIFICAR COMO TRATAMENTO Criança infectada
pelo HIV
Incapaz de engolir CANDIDIASE  TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital Define o estádio
ESOFÁGICA SEVERA IV
 Caso não haja capacidade para transferência, trate com Fluconazol, segundo as normas
 Se a mãe estiver a amamentar verifique a mama e a trate se tiver infecção.
Dor e dificuldade de engolir  Tratar com Fluconazol, segundo as normas Define estádio IV

CANDIDIASE
 Faça cuidados orais ao bebé ou à criança
ESOFÁGICA  Se a mãe estiver a amamentar verifique a mama e a trate se tiver infecção.
 Testar para HIV
 Informar quando voltar imediatamente
 Controlo em 2 dias
Placas brancas na boca que  Trate a infecção e os problemas associados a alimentação de acordo com AIDI Define estádio III
podem ser removidas.
INFECÇÃO ORAL
 Aconselhe a mãe acerca dos cuidados domiciliários em relação a infecção oral. A mãe deve:
 Se estiver a amamentar, verifique as mamas da mãe . Em caso de infecção (camadas secas e brilhantes
sobre o mamilo e aréola), trate com nistatina ou violeta de genciana
 Aconselhe a mãe a lavar as mamas depois de amamentar. Se estiver a alimentar com biberão, aconselhe
a mudar para copo e colher.
 Se a infecção for severa, recorrente ou faríngea, avalie para HIV.
 Dê paracetamol, para a dor.
Lesões brancas nos bordes LEUCOPLASIA ORAL  Não requer tratamento mas pode-se administrar aciclovir Define estádio III
laterais da língua
 Testar para HIV

Verificar se há problemas na boca (úlceras na boca e nas gengivas)


SINAIS CLASSIFICAR COMO TRATAMENTO
Úlceras profundas ou  TRANSFIRA URGENTEMENTE para o hospital
extensas na boca ou na ÚLCERA SEVERA NA
gengiva OU BOCA OU NA GENGIVA
 Se possível, dê a primeira dose de aciclovir , segundo as normas, antes da transferência
Incapaz de comer  Comece o tratamento com Metronidazol, segundo as normas,caso não seja possível a transferência.
 Se a criança estiver em TARV, pode ser uma reacção do medicamento por isso transfira para o segundo nível de avaliação.
 Mostrar a mãe como limpar as úlceras com água salgada ou bicarbonato de sódio.
Úlceras na boca ou na ÚLCERAS NA BOCA OU
gengiva NA GENGIVA
 Avaliar para HIV
 Em caso de envolvimento dos lábios e gengivas trate com aciclovir. Se não for possível, TRANSFERIR
 Se a criança estiver a receber Cotrimoxazol, Antiretrovirais ou profilaxia com Isoniazida, nos últimos 30 dias, o melhor é TRANSFERIR.
Dê paracetamol para a dor.
 Controlo em 7 dias. Testar para HIV, Se a criança estiver em TARV, pode ser uma reacção aos medicamentos e deve ser transferida.
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A SEGUIR, VERIFICAR A SITUAÇÃO VACINAL DA CRIANÇA, A SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA A E DESPARAZITAÇÃO

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

IDADE VACINA DESPARAZITAÇÃO COM MEBENDAZOL


Nascimento BCG
OPV-0  Dar a cada criança uma dose de Mebendazole de 6
2 meses DTP-1 HEP-B-1 Hib-1 OPV-1 RTV1 PCV10-1
3 meses DTP-2 HEP-B-2 Hib-2 OPV-2 RTV2 PCV10-2 em 6 meses a partir dos 12 meses de idade (1 ano).
4 meses DTP-3 HEP-B-3 Hib-3 OPV-3 RTV3 PCV10-3
9 meses Sarampo  Registar a dose no cartão de saúde da criança

CONTRA-INDICAÇÕES AO BCG:
Lactente com infecção por HIV confirmada ou presuntiva;
Peso < 2Kg
Mãe com TB pulmonar em tratamento há menos de 2 meses
OU
SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA A
Mãe com TB pulmonar em tratamento há mais de 2 meses, sem BK de controle ou com BK de
controle +:  Dar a cada criança uma dose de vitamina A de 6
em 6 meses a partir dos 6 meses de idade.
 o lactente deve fazer profilaxia com INH durante 6 meses após ter excluido a TB
congenita;  Registar a dose no cartão de saúde da criança
 o lactente pode fazer o BCG quando tiver acabado a profilaxia com INH e não
ter sinais/sintomas sugestivos de TB

AVALIAR OUTROS PROBLEMAS

ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA COM QUALQUER SINAL DE PERIGO SEJA TRANSFERIDA, depois de receber a primeira dose de um antibiótico apropriado e
/ou quaisquer outros tratamentos urgentes.
Verificar o nível de glicose no sangue em todas as crianças com sinais gerais de perigo, e no caso de hipoglicémia tratar.
Excepção: a rehidratação da criança indicada no plano C poderá resolver os sinais de perigo e não ser mais necessário transferir.
20

TRATAR A CRIANÇA
ADMINISTRAR OS TRATAMENTOS E AS CONDUTAS IDENTIFICADAS NO QUADRO AVALIAR E CLASSIFICAR

ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ORAIS EM CASA DAR UM ANTIBIÓTICO ORAL APROPRIADO
 PARA PNEUMONIA: AMOXICILINA – 50 mg/Kg; 2 vezes por dia – durante 5
Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais a serem dias
 PARA INFECÇÃO AGUDA NO OUVIDO DAR: AMOXICILINA – 50 mg/Kg 2 vezes
administrados em casa.
por dia – durante 10 dias

Seguir, também, as instruções fornecidas na tabela de dosagem para XAROPE


COMPRIMIDO AMOXICILINA
cada um dos medicamentos. IDADE ou PESO (250 mg/ 5
(250 mg) DT (500 mg)
ml)
2-12 meses (4- <10 kg) 1 1/2 5 ml
 Determinar o medicamento e a dosagem apropriados para a idade e o 12 meses – 3 anos (10- 2 1 10 ml
peso da criança. <14 kg)
3-5 anos (14-19 kg) 3 1+1/2 15 ml
 Informar à mãe a razão para administrar o medicamento à criança.

 Demonstrar como medir a dose.  PARA DISENTERIA DAR: CIPROFLOXACINA: 15mg/Kg; 2 vezes por dia
- durante 3 dias
 Observar a mãe enquanto pratica a medição da dose por si mesma.
Comprimidos de Comprimidos de
 Pedir à mãe para administrar a primeira dose à criança na US. IDADE
250 mg 500mg
 Explicar como administrar o medicamento, depois rotular e empacotar Menos de 6 meses 1/2 1/4
o medicamento (se for o caso). 6 meses – 5 anos 1 1/2
 Se houver mais de um medicamento a ser administrado, contar e
empacotar separadamente cada medicamento.
 DAR COTRIMOXAZOL (CTZ) PARA CRIANCAS COM HIV
 Explicar que todos os comprimidos/cápsulas ou xaropes têm que ser COMFIRMADO OU CRIANCAS EXPOSTAS
usados até ao fim do tratamento, mesmo que a criança melhore.  Não dar a crianças com menos de 4 semanas de idade.
 Dar uma vez por dia CTZ a partir de 4 semanas de vida a todas as crianças expostas.
 Assegurar-se que a mãe compreendeu todos os procedimentos  Para crianças com HIV + confirmado, continuar CTZ e transferir para a consulta de
doenças crónicas segundo as normas nacionais
anteriores, antes de deixar a unidade sanitária.
PESO (Kg) XAROPE (40/200mg/5ml) COMPRIMIDOS (80/400mg)
<7 2.5 ml -
7-10 5 ml ½ comprimido
10-15 7.5 ml 1 comprimido
15-20 10 ml 1 comprimido
21

TRATAR A CRIANÇA

ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ORAIS EM CASA


 Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais
a serem administrados em casa. Dar um antimalárico oral:
 Seguir, também, as instruções fornecidas na tabela de dosagem Primeira linha de tratamento da Malária:
para cada um dos medicamentos. Artemeter + Lumefantrina (Coartem)
 Dar a primeira dose de artemeter-lumefantrine no centro de saúde e observar
durante uma hora. Se a criança vomitar dentro de uma hora repetir a dose.
 Dar segunda dose em casa depois de 8 horas.
o
 Em seguida, duas vezes por dia, durante mais dois dias, como mostrado abaixo.
Dar PARACETAMOL para febre alta (>37.5 C) OU dor do ouvido OU  Artemeter-lumefantrina deve ser tomado com alimentos
mastoidite
Peso Idade (anos) Nº de comp. por Nº total de comp.
 Dar Paracetamol de 6 em 6 horas até a febre baixar ou se a dor persistir dose administrados Durante os 3 dias
2 vezes por dia
COMPRIMIDO XAROPE SUPOSITORIO
IDADE ou PESO (500 mg) (250 mg/5ml) (250 mg) <5 kg Não Recomendado
5-14 kg <3 anos 1 comp. 6 comp.
2 meses a 3 anos / 4 - 10 kg 1/4 2,5 ml 1/2 15-24 kg ≥ 3 – 8 anos 2 comp. 12 comp.
3 - 5 anos / 14-19 kg 1/2 5 ml 1 25-34 kg ≥9 - 13 anos 3 comp. 18 comp.
> 34 kg >14 anos 4 comp. 24 comp.

Dar SAL FERROSO em caso de Anemia: uma dose diária durante 15 dias Tratamento alternativo da Malária

IDADE OU Comprimidos de sal ferroso XAROPE: fumarate ferroso Amodiaquina+ Artesunato (Combinação a dose fixa de AS+AQ)
PESO (200 mg de sal ferroso e 60 mg 100 mg/5 ml (20 mg de ferro  Dar a primeira dose no centro de saúde e observar por uma hora, se a criança
vomitar dentro de uma hora repetir a dose.
de ferro elementar) elementar / ml)  Em seguida dar uma vez por dia por dois dias, usando a combinação de dose fixa.
2-4 meses 1 ml Comprimidos
Peso (kg) Idade (AS+AQ)
(4-<6 kg)
em mg Dia 1 Dia 2 Dia 3
4-12 meses 1, 25 ml < 4.5 Não Recomendado
(6 - <10 kg)
1 – 3 anos > 4.5- < 9 2-11 meses 25 /67.5 mg 1 1 1
½ cp 2 ml
(10- <14 Kg) > 9 - < 18 1- 5 anos 50mg/135mg 1 1 1
3 – 5 anos ½ cp 2,5 ml > 18 - < 36 6 – 13 anos 100mg/270mg 1 1 1
(14 – 19 Kg) > 36 > 14 anos 100mg/270mg 2 2 2

DAR SEMPRE A PRIMEIRA DOSE DO ANTIMALÁRICO NA


UNIDADE SANITÁRIA
22

TRATAR A CRIANÇA
ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ORAIS EM CASA

 Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais a serem administrados em casa.
 Seguir, também, as instruções fornecidas na tabela de dosagem para cada um dos medicamentos.

Dar Salbutamol inalatorio para tratar os Sibilos


Uso de espaçador *
 Um espaçador é uma forma de introduzir os medicamentos broncodilatadores eficazmente para os pulmões.
 A nenhuma criança menor de 5 anos deve-se administrar o inalador (bombinha) sem espaçador.
 Um espaçador funciona tão bem como um nebulizador, se usado correctamente.
 Dose de salbutamol inalador (100 µg / sopro) dar dois puffs/sopros.
 Repita até 3 vezes a cada 15 minutos, antes de classificar a pneumonia.
Os espaçadores podem ser feitos da seguinte forma:
 Use u ma garrafa plástica de água de 500ml.
 Corte um orifício na base da garrafa ( usando uma faca afiada) na mesma forma que o bocal (peça de boca)
do inalador.
 Corte a garrafa entre o quarto superior e os 3/4 inferior e ignore o quarto superior da garrafa.
 Faça um corte em “V”, na margem da grande parte aberta da garrafa para a encaixar o nariz da criança e ser
usado como uma máscara. Tente amaciar a aresta da garrafa cortada com uma vela ou chama de um O uso de SALBUTAMOL ORAL (cp ou
isqueiro. xarope) NÃO É RECOMENDADO para
No caso de lactentes, uma máscara pode ser feita fazendo um orifício num copo de plástico (não
tratamento de sibilos grave.
poliestireno)
 Como alternativa, podem-se usar outros espaçadores apropriados e estiverem disponíveis
Deverá ser usado apenas se o inalador não
COMO USAR UM INALADOR COM UM ESPAÇADOR: estiver disponível para a criança que volta
 Agite bem o inalador para casa.
 Introduza a entrada do inalador pela do orifício na garrafa ou copo plástico.
 A criança deve colocar a abertura da garrafa na sua boca e respirar pela boca
 Depois o profissional de saúde pressiona o inalador para baixo e borrifa para a garrafa enquanto a criança
continua a respirar normalmente.
 Esperar durante três a quatro respirações e repetir até cinco borrifos.
 Para crianças pequenas usar um copo na boca, como espaçador
23

TRATAR A CRIANÇA

ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ESPECÍFICOS PARA LESÕES DA PELE


 Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais a serem administrados em casa.
 Seguir, também, as instruções fornecidas na tabela de dosagem para cada um dos medicamentos.

ACICLOVIR FLUCONAZOL (Suspensão oral)


IDADE COMPRIMIDOS (200 mg) PESO COMPRIMIDOS (250 mg)
<2 anos 200mg de 8/8 horas durante 5 dias <10 kg
>2 anos 400mg de 8/8 horas durante 5 dias 10-<15kg ½ cp de 6/6 horas durante 5 dias
15-<20kg 1 cp de 6/6 horas durante 5 dias
20-29kg 2 cp de 6/6 horas durante 5 dias
CLOXACILINA/FLUCLOXACILINA
PESO COMPRIMIDOS (250 mg)
KETOCOCAZOL
3-<6kg ½ cp de 6/6 horas durante 5 dias
PESO COMPRIMIDOS (200 mg)
6-<10kg 1 cp de 6/6 horas durante 5 dias
10-<15kg 1 cp de 6/6 horas durante 5 dias 3-<6kg 20mg uma vez por dia
15-20kg 2 cp de 6/6 horas durante 5 dias 6-<10kg 40mg uma vez por dia
10-19kg 60mg uma vez por dia

GRISEOFULVINA
PESO COMPRIMIDOS (500 mg)
3-<6kg Se for criança de 3kg – 30mg; se for criança de 6kg – 60mg; uma vez por dia
6-<10kg 10mg/kg/dia uma vez por dia
10-19kg 10mg/kg/dia uma vez por dia
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ENSINAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE A TRATAR AS INFECÇÕES LOCALIZADAS EM CASA

 Explicar à mãe ou ao acompanhante de que tratamento se trata e porquê deve ser dado.
 Descreve as etapas do tratamento segundo o quadro apropriado.
 Observar à mãe enquanto ela administra o primeiro tratamento na unidade sanitária (excepto xaropes para a tosse ou dor de garganta).
 Informá-la sobre quantas vezes deve administrar o tratamento em casa.
 Se for necessário o tratamento no domicilio, entregar à mãe o tubo de pomada de Tetraciclina e um pequeno frasco de Violeta de Genciana.
 Antes da mãe deixar a unidade sanitária, assegurar-se de que ela tenha compreendido todos os procedimentos anteriores.

Tratar as infecções dos olhos com pomada de tetraciclina oftálmica Secar o ouvido usando algodão ou pano limpo
 Limpar ambos os olhos antes de aplicar a pomada
 Lavar as mãos Secar o ouvido pelos menos 3 vezes por dia.
 Pedir a criança que feche os olhos  Torcer um pano absorvente, ou um lenço de papel macio e resistente formando um
 Usar um pano limpo e água para limpar e remover delicadamente toda a secreção rolo.
 Aplicar a seguir a pomada de Tetraciclina em ambos os olhos, 3 vezes por dia  Colocar o rolo de pano ou compressa no ouvido da criança, e remover as secreções
 Pedir à criança que olhe para cima do ouvido.
 Aplicar uma pequena quantidade da pomada na parte interna da pálpebra inferior
 Substitua o rolo por outro limpo e repita o mesmo procedimento até que o ouvido
 Tornar a lavar as mãos
esteja seco.
 Não usar nenhuma outra pomada nem gotas para os olhos, nem colocar nenhuma outra
 Colocar gotas de quinolona para ouvidos, na otite crónica, depois de secar três vezes
coisa nos olhos
ao dia durante duas semanas
 Tratar até que a vermelhidão desapareça

Suavizar a Garganta e aliviar a Tosse com um Remédio Seguro Tratamento da sarna


 Aplicar a noite hexacloreto de Benzeno
Remédios seguros a recomendar:
 Retirar de manhã e repetir 3 vezes (a mesma dose 3 dias seguidos)
 Leite do peito para crianças com aleitamento materno exclusivo
 Xaropes caeiros: cenoura, limao, mel
Remédios não recomendados: Tratar a comichão
 Anti-inflamatorios, sedativos para tosse, expectorantes, descongestionantes nasais ou  Loção calamina OU Antihistamínico oral
orais e anti-gripais  Se não melhorar, referir para a consulta medica

Tratar Úlceras na Boca com Violeta de Genciana (VG) Tratar a candidíase / aftas com Nistatina
Tratar as úlceras na boca 2 vezes por dia. Tratar aftas quatro vezes ao dia durante 7 dias
 Lavar as mãos.
 Lavar as mãos  Limpar a boca da criança usando um pano limpo e macio enrolado no dedo e
 Limpar a boca da criança usando um pano limpo e macio enrolado no dedo e humedecido humedecido com água e sal.
com água e sal.  Instilar 1ml nistatina quatro vezes por dia.
 Pintar a boca com Violeta de Genciana (VG).  Evite alimentar durante 20 minutos após medicação.
 Tornar a lavar as mãos.  Se a criança mama verifique os seios da mãe, se apresentam aftas trate com nistatina.
 Continuar a usar VG durante mais 48 horas depois das úlceras terem sido curadas  Aconselhar a mãe a lavar os seios depois de dar de mamar. Se a criança usa biberão
 Dar paracetamol para aliviar as dores aconselhar a mudar para o copo e colher
 Dar Paracetamol, se necessário para a dor
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DÊ ALIMENTO PRONTO PARA USO TERAPÊUTICO (APUT) “PLUMPYNUT” PARA CRIANÇAS QUE VÃO CONTINUAR O
TRATAMENTO DA DESNUTRIÇÃO EM CASA
O PlumpyNut (1 saqueta = 500kcal) usa-se para crianças com desnutrição grave mas sem complicações e para aquelas que vão continuar
o seu tratamento em casa na fase 2.
Estas crianças já devem estar dentro dos critérios para receber (na Fase 2) que são:
 Bom apetite
 Desaparecimento completo dos edemas
 Sem outro problema médico
Se o PlumpyNut (alimento pronto para uso terapêutico) estiver disponível, a mãe ou quem cuida da criança deve levar uma quantidade para 30 dias de acordo com a tabela abaixo.
A mãe ou a pessoa que cuida da criança deve voltar de 15 em 15 dias para a unidade sanitária mais próxima, que estiver a fornecer o PlumpyNut, para a criança ser avaliada e receber mais
PlumpyNut, se for necessário (se ainda não atingiu o P/A esperado).

Peso Total saquetas de Total saquetas de Total saquetas de Total saquetas de


PlumpyNut para 24 horas PlumpyNut para 7 dias PlumpyNut para 15 dias PlumpyNut para 30 dias
(kg)

3,5 - 3,9 1,5 11 23 45

4 - 5,4 2 14 30 60

5,5 - 6,9 2,5 18 37 75

7 - 8,4 3 21 45 90

8,5 - 9,4 3,5 25 53 105

9,5 - 10.4 4 28 60 120

10,5 - 11,9 4,5 32 68 135

> 12 5 35 75 150

 Lavar as mãos antes de dar o alimento pronto para uso terapêutico (o PlumpyNut).
 Sente-se com a criança no colo e gentilmente oferecer o alimento pronto para uso terapêutico.
 Incentive a criança a comer o PlumpyNut, sem forçar.
 Dê pequenasquantidades regulares de PlumpyNut e incentivar a criança a comer, muitas vezes 5-6 refeições por dia.
 Se a criança ainda é amamentada, deve continuar oferecendo leite materno antes de dar o PlumpyNut.
 Ofereça bastante água limpa, para beber num copo, quando a criança estiver comendo PlumpyNut.
26

ADMINISTRAR OS SEGUINTES TRATAMENTOS SOMENTE NA UNIDADE SANITÁRIA

o Utilizar agulha e seringa esterilizadas. Medir a dose exacta.


o Explicar à mãe a razão pela qual se dá o medicamento.
o Administre o medicamento com uma injeção intramuscular.
o Determinar a dose apropriada de acordo com o peso da criança (ou a
o Se a criança não pode ser referida, siga as instruções
idade).
fornecidas

Se a criança tiver febre (temperatura maior ou igual a 38°5C)

 Fazer arrefecimento corporal aplicando um pano molhado a temperatura ambiente.


 Tratar a criança para prevenir a hipoglicémia

TRATAR A CRIANÇA EM CONVULSÕES COM DIAZEPAM


 Colocar a criança de um lado para evitar aspiração. Não inserir nada na boca.
Prevenir e tratar a HIPOGLICEMIA  Dar por via rectal segundo a tabela abaixo, usando uma seringa pequena sem
 Se a criança consegue mamar : pedir a mãe que amamente a criança agulha (como uma seringa tuberculina) ou usando um cateter
 Verifique os níveis de hipoglicémia, depois faça o tratamento ou a prevenção
 Se a criança não consegue mamar, mas consegue engolir : necessária
o Dar leite materno ou um substituto do leite materno  Dar oxigêncio e depois TRANSFERIR A CRIANÇA
o Se não houver nenhum destes disponíveis dar água açucarada  Se as convulsões não tiverem parado depois de 10 minutos, repita a dose de
Dar 30-50 ml de leite ou água açucarada antes e durante a transferência (Preparação diazepam.
da água açucarada : 4 colheres de chá rasas de açucar (20 gramas) numa chávena PESO IDADE DOSE DE DIAZEPAM (Via rectal)
com 200 ml de água potável) Ampola: 10mg/2ml; Dose: 0,5 mg/Kg
<5kg <6 meses 0.5 ml
 Se a criança não consegue engolir : Dar 50 ml de leite ou água açucarada através 5- <10kg 6- <12 meses 1.0 ml
de uma sonda naso-gástrica. 10- <15kg 1-< 3 meses 1.5ml
15-19kg 4- < 5 anos 2.0 ml

SALBUTAMOL (Aerossol e Inalatorio)

 Inalador: dose calculada de salbutamol (100ug/sopros) – fazer 2 sopros com um espaçador


 Aerossol: Dose de salbutamol 2.5 mg (0.5 ml da solução) em 2 ml de soro fisiologico
Esta operação pode ser repetida até três vezes, a cada 15 minutos, antes de classificar como pneumonia
27

ADMINISTRAR OS SEGUINTES TRATAMENTOS SOMENTE NA UNIDADE SANITÁRIA

TRATAMENTO DA MALÁRIA GRAVE


O ARTESUNATO é hoje recomendado como tratamento de eleição para a malária grave, Se o artesunato não estiver disponível ou for contra-
indicado, o quinino parenteral é uma alternativa aceitável ao tratamento da malária grave.

DAR ARTESUNATO INJECTAVEL PARA MALÁRIA GRAVE DAR QUININO INJECTAVEL PARA MALÁRIA GRAVE
 O risco de morte por malária grave é mais elevado nas primeiras 24 horas. O tempo entre a
transferência e a chegada à unidade sanitária de referência é geralmente longo, atrasando o  Se o artesunato não estiver disponível ou for contra-indicado, o QUININO
início do tratamento correcto da malária. Neste período, o doente pode agravar ou até mesmo parenteral é uma alternativa aceitável ao tratamento da malária grave.
morrer
 Dar a primeira dose de quinino por via intramuscular e transferir
Recomenda-se portanto, como medida pré-referência: URGENTEMENTE para o hospital
 Artesunato IM
 Artesunato rectal (supositório) em crianças SE NÃO FOR POSSÍVEL TRANSFERIR:
A ampola contendo 60 mg ácido artesúnico anídrico (pó) adicionar 1ml de solução de  Dar a primeira dose de quinino por via intramuscular
bicarbonato de sódio (agitar muito bem 2-3´para boa diluição). Adicionar 2ml de dextrose a  A criança deve permanecer deitada durante 1 hora
5% para obter uma concentração final de 60 mg/3ml (20mg/ml) para administração IM.  Repetir a infecção de 8/8 horas, até que acriança esteja em condições de
tomar um antimalárico oral. Não continuar a administrar injecções de
Peso kg Artesunato por via IM quinino por mais de 1 semana
(20 mg/ml) 
5-9 Kg 1 ml No caso de ampola de 300 mg/1 ml adicionar 4 ml de água destilada para fazer
10-13 Kg 1.5 ml uma concentração final de 300 mg/ 5ml (60 mg/ml)
14-17 Kg 2 ml
18-21 Kg 2.5 ml No caso de ampola de 600 mg/2 ml adicionar 8 ml de água destilada para fazer
22-25 Kg 3 ml uma concentração final de 600 mg/ 10ml (60 mg/ml)
26-30 Kg 3.5 ml
31-34 Kg 4 ml IDADE PESO Quinino por via IM Quinino oral
(60 mg/ml) (200 mg)
Administrar ARTESUNATO RECTAL (se Artesunato IM não disponível) 2-3 meses 4-6 Kg 1 ml -------------
4-12 meses 6- < 10Kg 1,5 ml 1/3
Nº total de
Peso Idade Artesunato em mg
supositórios 1-2 anos 10-12 Kg 2 ml 1/2
5-8.9 kg 0-12 meses 50 1
2-3 anos 12-14 Kg 2,5 ml 3/4
9-19 kg 13-42 meses 100 1
20-29 kg 43 – 60 meses 200 2 (de100 mg cada) 3-5 anos 14-19 Kg 3 ml 1
30-39 kg 6-13 anos 300 3 (de 100mg cada)

 No caso do supositório de artesunato ser expelido até 30 minutos após a inserção, um 2º N.B. As crianças com menos de 5kg de peso e com malária grave, devem ser
supositório deve ser inserido e especialmente nas criançinhas, as nádegas devem ser mantidas tratadas com Quinino (EV/IM)
juntas durante 10 minutos para assegurar a retenção da dose rectal de artesunato.
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ADMINISTRAR OS SEGUINTES TRATAMENTOS SOMENTE NA UNIDADE SANITÁRIA

 Administrar Vitamina A a todas as Crianças de 6 em 6 meses DAR UM ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR
 PARA AQUELAS CRIANÇAS QUE SÃO TRANSFERIDAS:
PREVENÇÃO:  Administrar AMPICILINA (50 mg / kg) OU PENICILINA CRISTALINA (50.000 UI/Kg) +
 Administrar Vitamina A a todas as crianças para prevenir doenças graves GENTAMICINA (7,5 mg / kg)
- A primeira dose é aos 6 meses AMPICILINA:
- Depois, dar vitamina A de seis em seis meses a TODAS AS  Diluir a ampola de 500 mg com 2,1 ml de água destilada  500 mg/2,5 ml
CRIANÇAS menores de 5 anos  Se a transferência não é possível ou é atrasada, repetir a dose a cada 6 horas
 Sempre que houver uma forte suspeita de meningite, a dose de ampicilina pode
TRATAMENTO: ser aumentada ate 4 vezes
Dar uma dose extra de vitamina A (mesma dose) para tratamento se a crianca PENICILINA CRISTALINA:
tiver XEROFTALMIA, SARAMPO ou DIARREIA PERSISTENTE.  Diluir o frasco de 10.000.000 U com 20 ml de agua destilada para obter uma
concentracao de 500.000 U/ml
Se a criança tiver tido uma dose de vitamina A no mês anterior, NÃO DAR GENTAMICINA:
VITAMINA A.  7,5 mg / kg/ dia uma vez por dia
 Registar sempre a dose de Vitamina A no cartão de saúde
IDADE OU AMPICILINA PENICILINA GENTAMICINA
PESO (Ampola de 500 CRISTALINA Ampola de 2 ml
Idade DOSE DE VITAMINA A – cápsula de 200.000 IU mg) (Ampola de (40mg / ml)
(½ Cápsula = 4 gotas) 10.000.000 U)
6-<12 meses 100 000IU ½ capsula 2 – 4 meses 1 ml 0,4 ml - 0,6 ml 0.5 ml – 1.0 ml
(4 – 6 Kg)
1 ano ou mais 200 000IU 1 capsula
4 – 12 meses 2 ml 0,6 ml - 1 ml 1.1 ml – 1.8 ml
(6 – 10 Kg)

12 meses – 3 anos 3 ml 1ml - 1,4 ml 1.9 ml – 2.7 ml


 Administrar Mebendazol (10 – < 14 Kg)

 Administrar: 100 mg – 2 vezes por dia, durante 3 dias OU uma 3 – 5 anos 5 ml 1,4ml - 1,9 ml 2.8 ml – 3.5 ml
(14 – 19 Kg)
dose única de 500 mg, a todas as crianças com idade de 1 ano ou
mais para prevenção das parasitoses.
 E se a criança não recebeu o medicamento nos últimos 6 meses
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DAR LIQUIDOS ADICIONAIS PARA COMBATER A DIARREIA E CONTINUAR A ALIMENTAR

Plano A: Tratar a Diarreia em Casa Plano B: Tratar a Desidratação com SRO


Recomendar a mãe sobre as quatro Regras do Tratamento em Casa: Durante um período de 4 horas administrar, na Unidade Sanitária, a quantidade
1. Dar líquidos Adicionais, 2. Dar Suplementos de Zinco, recomendada de SRO, de baixa osmolaridade.
3. Continuar a Alimentar, 4. Informar quando voltar.
 DETERMINAR A QUANTIDADE DE SRO (de baixa osmolaridade) A SER
1. DAR LÍQUIDOS ADICIONAIS (tanto quanto a criança aceitar). ADMINISTRADA DURANTE AS PRIMEIRAS 4 HORAS.

 RECOMENDAR À MÃE: IDADE* Até 4 meses 4 até 12 meses 12 até 24 meses 2 até 5 anos
- Amamentar com maior frequência e por tempo mais longo de cada vez. PESO <6Kg 6 - <10kg 10 - <12kg 12 – 20kg
- Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, pode-se dar SRO de baixa Quantidade de
osmolaridade ou água limpa além do leite materno com colher ou copo. líquidos depois
- Se a criança não estiver em regime exclusivo de leite materno, dar um ou mais dos de 4 horas, em
200 – 400 450 - 800 800 - 960 960 – 1600
seguintes: líquidos com base em alimentos (tais como sopa, água de arroz, papas ml
fermentadas) ou SRO de baixa osmolaridade.  *Somente utilizar a idade da criança quando desconhecer o seu peso. A quantidade aproximada de
É especialmente importante dar SRO, de baixa osmolaridade, em casa quando: SRO de baixa osmolaridade necessária (em ml) também pode ser calculada multiplicando o peso da
- Durante esta visita a criança recebeu o tratamento do Plano B ou do Plano C. criança (em kg) por 75.
- A criança não pode voltar a Unidade Sanitária e se a diarreia piorar.
 Se a criança quiser mais SRO de baixa osmolaridade, do que a quantidade citada, dar mais.
 ENSINAR À MÃE A PREPARAR E A DAR SRO.  Para a criança com menos de 6 meses que não estejam sendo amamentadas ao peito, dar
ENTREGAR DOIS PACOTES DE SRO À MÃE PARA UTILIZAR EM CASA. também 100 – 200 ml de água limpa durante este período.
 MOSTRAR À MÃE A QUANTIDADE DE LÍQUIDOS ADICIONAIS A DAR EM  DEMOSTRAR PARA À MÃE COMO ADMINISTRAR A SOLUÇÃO DE SRO DE
CASA ALÉM DOS LÍQUIDOS DADOS HABITUALMENTE: BAIXA OSMOLARIDADE.
Até 2 anos 50 a 100 ml depois de cada dejecção aquosa 2 anos ou mais 100 a 200 ml  Dar com frequência pequenos goles de líquidos usando copo ou colher.
depois de cada dejecção aquosa  Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos s depois continuar, porém mais lentamente.
 Continuar a amamentar sempre que a criança o desejar.
Recomenda à mãe ou ao acompanhante a:
 Administrar frequentemente pequenos goles de líquidos de uma chávena.  APÓS 4 HORAS:
 Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente.  Reavaliar a criança e classificá-la quanto à desidratação.
 Continuar a dar líquidos adicionais até a diarreia parar.  Seleccionar o plano apropriado para continuar o tratamento.
 Se possível, começar a alimentar a criança na Unidade Sanitária.
2. DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO CONFORME AS NORMAS  SE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, À MÃE PRECISAR IR PARA CASA
INFORMAR A MÃE SOBRE A QUANTIDADE DE ZINCO QUE DEVE DAR: ANTES DE TERMINAR O TRATAMENTO:
Até 6 meses ½ comprimidos durante 14 dias  Mostrar como preparar a solução de SRO, de baixa osmolaridade, em casa.
6 meses ou mais 1 comprimido durante 14 dias  Mostrar sobre a quantidade de SRO, de baixa osmolaridade, a ser administrada de modo a
terminar as 4 horas de tratamento em casa.
MOSTRAR À MÃE COMO DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO
 Bebés- dissolver o comprimido numa pequena quantidade de leite materno, SRO de baixa  Explicar as 4 regras do tratamento domiciliar:
osmolaridade ou água limpa numa chávena 1. DAR LÍQUIDOS ADICIONAIS
 Crianças maiores - os comprimidos podem ser mastigados ou dissolvidos numa pequena 2. DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO
quantidade de água limpa numa chávena 3. CONTINUAR A ALIMENTAR
3. CONTINUAR A ALIMENTAR 4. QUANDO VOLTAR
4. QUANDO VOLTAR
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Plano C:Tratar Rapidamente a Desidratação Grave

 Começar a dar líquidos imediatamente por via endovenosa (EV). Se a criança consegue beber, dar SRO de baixa
Pode administrar osmolaridade por via oral enquanto o gotejador estiver a ser montado. Dar 100 ml/kg de solução de Lactato de Ringer ( ou, se
imediatamente líquidos não for disponível, Soro Fisiológico) como se segue:
por via endovenosa SIM
(EV) IDADE Dar primeiro 30 ml/kg em: A seguir dar 70 ml/kg em:
LACTENTE (menor de 12 meses) 1 hora 5 horas
CRIANÇA (12 meses até 5 anos) 30 minutos 2 1/2 horas
Não  Reavaliar a criança após 1-2 horas. Se não houver melhoria no estado de desidratação, aumentar a velocidade do gotejo
do soro EV.
 Também dar SRO de baixa osmolaridade (cerca de 5 ml/kg/hora) logo que a criança conseguir beber: geralmente depois de
3-4 horas (bebés) ou 1-2 horas (crianças).
 Reclassificar a desidratação dos bebés após 6 horas, e das crianças após 3 horas.
O tratamento  Escolher, a seguir, o Plano apropriado (A, B ou C) para continuar o tratamento .
por via EV pode ser
feito nas
proximidades ? SIM  TRANSFERIR URGENTEMENTE ao hospital para tratamento EV.
(há uns 30 minutos?)  Se a criança consegue beber, entregar à mãe SRO, de baixa osmolaridade, e mostrar-lhe como administrar goles frequentes
durante o trajecto ou dar SRO de baixa osmolaridade através da sonda nasogástica.
Não

Foi treinado para usar


Sonda nasogástrica  Iniciar a reidratação com solução de SRO de baixa osmolaridade, por sonda (ou pela boca): dar 30 ml/kg/hora durante
SIM
(SNG) para 6 horas (um total de 120 ml/kg).
rehidratação?  Reavaliar a criança a cada 1-2 horas:
 Se houver vómitos repetidos ou aumento da distensão abdominal, dar o líquido mais lentamente.
Não  Se, depois de 3 horas, a hidratação não estiver melhorando, encaminhar o lactente para terapia IV.

A criança consegue  Reavaliar a criança 6 horas depois. Classificar a desidratação. A seguir seleccione o Plano apropriado (A, B ou C) para
beber?
SIM continuar o tratamento.

Não
NOTA:
Transferir URGENTEMENTE Se a criança não for transferida ao hospital, observá-la pelo menos durante 6 horas após a reidratação, a fim
para o hospital para de se assegurar que a mãe pode manter a hidratação dando a solução de SRO, de baixa osmolaridade, à criança
tratamento EV ou por SNG por via oral.
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SEGUIMENTO

CONSULTA DE CONTROLE
DIARREIA PERSISTENTE
 Atendimento à criança que regressa para consulta de controle usando
os quadros que incluem todas as classificações anteriores da criança. Depois de 5 dias:
 Se a criança apresentar qualquer novo problema, fazer uma reavaliação Perguntar:
completa e tratar tal como especificado no quadro  A diarreia parou?
 Quantas dejecções aquosas a criança tem por dia?
AVALIAR E CLASSIFICAR.
Tratamento:
 Se a diarreia não tiver parado (a criança continua com mais de 3 dejecções
PNEUMONIA aquosas ao dia) faça uma avaliação completa da criança. Tratar a desidratação se
estiver presente. Depois TRANSFERIR ao hospital.
Depois de 3 dias:
 Se a diarreia tiver parado (a criança tem menos de 3 dejecções aquosas ao dia)
 Examinar a criança quanto aos sinais gerais de perigo. informar a mãe para seguir as recomendações da alimentação gerais de acordo com a
 Avaliar a criança para determinar se tem tosse ou idade da criança
dificuldade de respirar.  Se a criança tiver mais de 2 episódios de diarreia persistente, nos últimos 2 meses,
Perguntar: considerar uma possível infecção por HIV
.
 A criança está a respirar mais lentamente? Consultar o quadro
 A criança tem retração costal? AVALIAR E
 A febre baixou? DISENTERIA
CLASSIFICAR
 A criança está a alimentar-se melhor? Depois de 2 dias:
Avaliar a criança quanto a diarreia. Consultar o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
Tratamento:
Perguntar:
 Se houver retracção subcostal ou algum sinal de perigo, dar uma dose de um  As dejecções diminuíram?
antibiótico apropriado por via intramuscular.  Há menos sangue nas fezes?
A seguir, TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital.  A febre baixou?
 As dores abdominais diminuíram?
 Se não verificar nenhuma alteração na frequência respiratória, febre e  A criança está a alimentar-se melhor?
alimentação for a mesma TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital Tratamento:
 Se a criança estiver desidratada, tratar a desidratação.
 Se a respiração estiver mais lenta, se a febre tiver baixado e se estiver a  Se o número de dejecções, a quantidade de sangue nas fezes, dor abdominal ou a
alimentar-se melhor, completar os 5 dias de antibiótico. alimentação iguais ou estiverem pior TRANSFERIR PARA O HOSPITAL
 Se a criança tiver mais que dois episódios de pneumonia, nos últimos 2 meses,  Se a criança tiver menos dejecções, menos sangue nas fezes, a dor abdominal tiver diminuído
considerar uma possível infecção por HIV e a alimentar-se melhor, continuar a dar ciprofloxacina até ao fim do tratamento.
Assegure-se que:
 A mãe compreende completamente o método de rehidratação oral
 A mãe compreende a necessidade de uma refeição adicional em cada dia durante uma
semana
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CONSULTA DE CONTROLE
 Atendimento à criança que regressa para consulta de controle usando os quadros que incluem todas as classificações anteriores da criança.
 Se a criança apresentar qualquer novo problema, fazer uma reavaliação completa e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
.

MALÁRIA FEBRE SEM MALÁRIA


Se a febre persistir ao fim de 2 dias: Se a febre persistir após 3 dias:
 Fazer uma reavaliação completa da criança. Consultar o Quadro  Fazer uma reavaliação completa da criança. Veja AVALIAR e CLASSIFICAR.
AVALIAR E CLASSIFICAR e determinar se há outras causas de febre.  Repetir o teste da malária. (porque na consulta anterior tinha sido negativo)
 Investigar se a criança tomou correctamente o medicamento, ou se vomitou o
medicamento. Tratamento:
 Se a criança tem qualquer sinal geral de perigo ou rigidez do pescoço, tratar como
 Não repetir o TDR faça o HTZ (microscopia óptica)
DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE.
 Se uma criança tem TDR positivo a malária, dar antimalárico da primeira linha.
Tratamento:  Aconselhar a mãe para voltar depois 3 dias SE a febre persistir.
 Se a criança apresentar qualquer outra causa de febre, que não seja malária, tratar
 Se o teste HTZ (microscopia óptica) para malária for positivo e a criança de acordo com a causa.
tiver terminado o tratamento completo de primeira linha  Se não há outra causa aparente de febre, e se a febre esteve presente durante 7 dias,
antimalárico, considerar MALARIA GRAVE e administrar Artesunato IM ou TRANSFERIR PARA O HOSPITAL para avaliação
Quinino IM, e TRANSFERIR PARA O HOSPITAL
 Se a criança apresentar qualquer sinal geral de perigo ou rigidez da nuca,
tratar como DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE. SARAMPO COM COMPLICAÇÕES NOS OLHOS OU NA
 Se a criança apresentar qualquer outra causa de febre, que não seja malária, BOCA
tratar.
 Se não há nenhuma outra causa aparente de febre, e se a febre esteve presente Depois de 3 dias:
durante 7 dias, encaminhe-a para avaliação Verificar se os olhos vermelhos ou se há secreção dos olhos verificar se há lesões na
 Se não houver outra causa aparente
PNEUMONIA, de febre
DIARREIA e você não tem um microscópio
PERSISTENTE, boca.
para verificar se há parasitas, TRANSFERIR
DISENTERIA, PARA O HOSPITAL
FEBRE, SARAMPO
 Se a criança não tomou correctamente
RETORNO o medicamento e não tem sinais de Tratamento para infecção dos olhos:
perigo, explicar a mãe como tomar e recomeçar o tratamento completo.  Se ainda houver secreção dos olhos, pedir à mãe que descreva como tratou a
 Se a malária for a única causa presente para a febre (parasitas a microscopia): infecção dos olhos. Se deu tratamento correcto, transferir para o hospital. Se não
deu tratamento correcto, ensinar o tratamento correcto à mãe.
- Tratar com um antimalárico oral alternativo, segundo as normas.
- Se o antimalárico não estiver disponível, TRANSFERIR. Tratamento para as lesões na boca:
- Informar à mãe para voltar dentro de 3 dias se a febre persistir e, neste  Se as lesões da boca forem extensas transferir para o hospital.
caso, TRANSFERIR para o hospital.  Se as lesões da boca estiverem a melhorar, continuar a usar violeta de genciana
durante 5 dias.
33

CONSULTA DE CONTROLE
 Assistira a criança que regressa para reavaliação e controle, usando todas as classificações anteriores da criança.
 Se a criança apresentar qualquer problema novo, fazer uma nova reavaliação e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR .

PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO ANEMIA


Depois de 5 dias:
Depois de 14 dias
Reavaliar a alimentação. Consultar as perguntas da parte superior do quadro
‘’ACONSELHAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE’’. Perguntar se a criança está a tomar sulfato ferroso como foi indicado.
 Se estiver a tomar:
o Dar mais Sulfato ferroso e orientar à mãe para voltar ao controle dentrode 14
 Perguntar sobre quaisquer problemas de alimentação identificados na primeira dias para receber mais ferro.
consulta. o Continuar a dar Sulfato ferroso durante 2 meses.
 Pesar a criança e determinar se está ou não a ganhar peso.  Se não estiver a tomar (geralmente porque a criança apresenta vómitos ou diarreia):
 Aconselhar à mãe sobre qualquer problema de alimentação novo ou persistente. Se -Reduzir para a metade da dose e voltar ao controle dentro de 14 dias para receber
aconselhar a mãe a fazer mudança importante na alimentação, pedir-lhe para trazer mais Sulfato ferroso.
a criança a consulta de controle dentro de 5 dias. -Continuar a dar Sulfato ferroso durante 2 meses.
 Se a criança for classificada como “DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA”, pedir a  Reforçar a orientação sobre alimentos ricos em ferro.
mãe para voltar dentro de 30 dias.  Se a criança ainda tiver palidez palmar depois de 2 meses, Transferir para o hospital.

INFECÇÃO DO OUVIDO
Depois de 5 dias:
 Reavaliar o problema do ouvido. Consultar o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
 Avaliar a temperatura da criança.
Tratamento:
 Se houver tumefacção dolorosa ao toque atrás da orelha, ou febre alta (38,5ºC ou mais), TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital.
Infecção aguda do ouvido: se a dor do ouvido ou secreção purulenta persistem: Continuar a secar o ouvido com algodão ou pano limpo.
 Fazer o controle após 5 dias.
 Despiste de HIV, caso não tenha feito na consulta inicial
Infecção crónica do ouvido: Assegurar que a mãe esteja a secar correctamente o ouvido.
 Despiste de HIV, caso não tenha feito na consulta inicial. Transferir para o hospital se possível.
 Se não houver dor do ouvido nem secreção. Elogiar à mãe pelo tratamento cuidadoso dispensado e orientá-la a terminar o tratamento indicado.

SE, COM BASE NA PRIMEIRA CONSULTA OU NESTA, FOREM NECESSÁRIAS CONSULTAS DE CONTROLE ADICIONAIS, INFORMAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE PARA VOLTAR NA
PRÓXIMA CONSULTA DE CONTROLE.
INFORMAR TAMBÉM À MÃE OU AO ACOMPANHANTE SOBRE QUANDO VOLTAR IMEDIATAMENTE (CONSULTAR O QUADRO “RECOMENDAÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA”)
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CONSULTA DE CONTROLE
 Assistira a criança que regressa para reavaliação e controle, usando todas as classificações anteriores da criança.
 Se a criança apresentar qualquer problema novo, fazer uma nova reavaliação e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.

DESNUTRIÇÃO AGUDA GRAVE SEM COMPLICAÇÕES DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA


Após 14 dias
Depois de 30 dias:
 Pesar /medir a criança e classificar o grau de desnutrição tal como foi feita na 1ª visita
(P/A; A/I; P/I; PB)  Pesar /medir a criança e classificar o grau de desnutrição
 Verificar se tem edemas em ambos pés. tal como foi feita na 1ª visita (P/A; A/I; P/I; PB)
 Verificar se tem sinais de perigo  Verificar se tem edemas em ambos pés
 Reavaliar a alimentação (Fazer o teste de apetite se a criança tiver 6 meses ou mais)  Reavaliar a alimentação da criança.
 Se a classificação for de desnutrição aguda grave com complicações:  Se estiver a ganhar peso, e já não tem a classificação
o P/A < -3DP OU Perimetro braquial <11,5 cm OU edema em ambos pés E tem DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA elogiar à mãe
algum sinal de perigo OU não tem apetite e incentivá-la a continuar e voltar ao controle dentro de
 dar tratamento pré-referencia e Transferir urgentemente para o Hospital 30 dias.
 Se a classificação for desnutrição aguda grave sem complicações:  Se a criança continua com a classificação
o P/A < -3DP OU Perimetro braquial <11,5 cm OU edema em ambos pés mas SEM DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA aconselhar a
sinal de perigo E tem apetite mãe para qualquer problema de alimentação encontrado.
 Aconselhar a mãe a continuar a dar o Plumpy Nut por mais 2 semanas. Peça a mãe para voltar ao controlo dentro de 30 dias.
 Aconselhar a mãe a voltar dentro de 14 dias  Continuar a seguir a criança até que seua alimentação
melhore e que aumente de peso
 Se a classificação for desnutrição aguda moderada:
o P/A entre -3DP e -2DP OU Perimetro braquial entre 11,5 e 12,5 cm  Se julgar que a alimentação não vai melhorar, ou se a
 Aconselhar a mãe a continuar a dar o Plumpy Nut. criança tiver perdido peso, TRANSFERIR para o
 Aconselhar a mãe a introduzir outros alimentos de acordo com a idade (Ver oquadro hospital
alimentação da criança)
 Aconselhar a mãe a voltar dentro de 14 dias  Testar para HIV caso não tenha feito na consulta
 Se a classificação for SEM BAIXO PESO: inicial
 elogiar à mãe e interromper o Plumpy Nut

 Quando parar com a alimentação terapêutica (Plumpy Nut):


 Se a classificação é de -2 z-score e não há edema dos pés por pelo menos 2 semanas
 Se o perimetro braquial é > 12,5 cm e não há edema dos pés por pelo menos 2 semanas
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ACONSELHAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE

ALIMENTAÇÃO

AVALIAR A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA EXTRAÇÃO E AQUECIMENTO DO LEITE MATERNO

 Fazer perguntas sobre qual é a alimentação habitual da criança e, No caso de uma mãe estar ausente por mais de 3h00 e não poder dar o
em particular, qual a alimentação durante esta doença: peito diretamente, ela poderá expremer o leite do peito e deixar para que
outra pessoa alimente o seu bébé.
 Comparar as respostas da mãe com as das recomendações para a
alimentação, consoante a idade da criança. Extração do leite

 A mulher deve ficar numa posição confortável segurando um recipiente


PERGUNTAR:
próximo à mama.
 Colocar o polegar na aréola acima do mamilo e o indicador abaixo.
Amamenta a sua criança?  Pressionar o polegar e o indicador um pouco para dentro contra a parede do
- Quantas vezes dá o leite do peito durante o dia? tórax.
- Também amamenta à noite?  Em seguida pressionar a aréola entre o polegar e o indicador.
 Pressionar e soltar (repetir esta manobra algumas vezes). No começo é
possivel que o leite não “desça”, mas depois de pressionar algumas vezes o
A criança ingere algum outro alimento ou bebe algum leite começa a pingar.
 Retirar o leite de uma mama pelo menos durante 3 a 5 minutos até que a
outro líquido?
“descida” diminua; a seguir retire do outro lado. Repitir nos dois lados
- Que alimentos ou líquidos?
novamente. Usar a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a
- Quantas vezes ao dia? mama direita.
- Como dá de comer à criança?
Aquecimento o leite materno

O leite materno espremido deve ser aquecido em banho maria do seguinte modo:
*Se o peso for muito baixo para a idade,  Colocar o recipiente com leite espremido numa panela;
- Que quantidade de comida dá à criança?  Ferver água noutro recipiente e, depois de fervida colocar a água fervida na
- A criança come do seu próprio prato? panela onde está o recipiente com o leite;
- Quem dá de comer à criança e como?  Deixar a água da panela arrefecer e, quando ela fôr capaz de mergulhar o seu
dedo nesta água sem se queimar, então o leite já poderá ser dado ao bebé.
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança?  O leite de peito espremido e aquecido deverá ser dado a criança até uma 1
hora após o aquecimento.
Se houve, qual?
 O leite aquecido deverá ser dado à criança através de um copo
 Não se deve guardar as sobras de leite para a próxima refeição da criança
36

RECOMENDAÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA SAUDÁVEL OU DOENTE


NOTA: Estas recomendações aplicam-se a crianças de mães com ou sem HIV. As mães QUE NÃO SABEM se têm HIV devem ser
aconselhadas a fazer o teste
.
Até aos 6 meses de 6 a 7 meses 8 a 9 meses 10 a 11 meses 12 meses a 24 meses 2 anos em diante
idade
Amamentar sempre que a Amamentar sempre • Manter o esquema Manter o esquema A primeira refeição do dia
Aleitamento Materno criança quiser . que a criança quiser. anterior (dos 10 aos11 deverá ser papa de cereais
anterior (dos 8 aos 9
Exclusivo. meses). enriquecida.
meses).
• Introduzir papas de cereais •Manter as papas • Oferecer a comida da • Dar alimentos que a família
• Amamentar sempre disponíveis localmente (1 enriquecidas (1 vez por família 3 vezes por dia. consome em 3 refeições
• Introduzir gradualmente
que a criança vez por dia), enriquecidas dia). (1 vez por dia) a comida da • Dar fruta fresca em diárias
quiser, de dia e de noite, com amendoim pilado, óleo pedaços ou amassada sempre seguida de frutas
família, devendo ser
pelo menos 8 vezes por ou leite de côco e folhas •Oferecer papas de esmagada. e/ou papas de cereais frescas da época.
dia. verdes, alimentos de origem legumes, caldo de enriquecidas ou • Dar também, 2-3 vezes por
animal (peixe ou carne, ou feijão, carne ou gema de • No intervalo das tubérculos 2 vezes por dia, entre as refeições, fruta
• Não dar outros gema de ovo esmagada). ovo bem cozidos, e dia fresca, batatadoce, mandioca.
refeições, dar fruta fresca
alimentos ou cereal (arroz, massa) em • Pode-se oferecer também o
da época, em pedaços
líquidos nem mesmo Aumentar as quantidades pequenas quantidades (1 leite artitifcial completo 1-2
pequenos ou amassada, 1 a
água. progressivamente conforme vez por dia). vezes por dia se a criança já
2 vezes por dia.
a aceitação pela criança. não mama.
•No intervalo das
• No intervalo das refeições refeições, dar fruta
dar fruta fresca da época, fresca da época, em
em pedaços pequenos ou pedaços
amassada, 1 vez por dia pequenos ou amassada,
1 a 2 vezes por dia.

Recomendações para a Alimentação da Criança com DIARREIA PERSISTENTE


Se ainda estiver a ser amamentada, dar de mamar com mais frequência e durante mais tempo, de dia e de noite.
Se estiver a tomar outro tipo de leite: substituir por amamentação reforçada; OU substituir por produtos lácteos fermentados, como iogurte; OU substituir
metade do leite por alimentos semi-sólidos, ricos em nutrientes.
37

ACONSELHAR A MÃE EM RELAÇÃO A PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO

 Se a criança não estiver a ser alimentada conforme se  Se a mãe estiver a usar biberão para alimentar a criança:
recomenda, aconselhar a mãe sobre o que fazer. Adicionalmente:  Recomendar que use um copo em vez do biberão.
 Mostrar à mãe como alimentar a criança usando um copo.
 Se a mãe declarar ter dificuldade com a amamentação, avaliar a
amamentação (CONSULTAR O QUADRO REFERENTE A
 Se a criança doente não estiver a alimentar-se bem, aconselhar a
CRIANÇAS COM MENOS DE 2 MESES)
 Mostrar à mãe a posição mais adequada para o aleitamento mãe a:
 Amamentar com mais frequência e, se possível, por mais tempo.
materno.
 Usar os alimentos favoritos, leves, variados e apetitosos para
 Se a criança tiver menos de 6 meses e estiver a tomar outro tipo encorajar a criança a comer tanto quanto possível, e dar pequenas
de leite ou alimentos: quantidades com frequência.
 Fazer ver à mãe de que é capaz de produzir todo o leite materno  Limpar o nariz entupido se estiver a atrapalhar a alimentação.
de que a criança necessita.  Esperar que o apetite melhore à medida que a criança se vai
 Sugerir que amamente com maior frequência e por mais tempo, restabelecendo.
de dia e de noite, e que reduza gradualmente outro tipo de leite
ou alimentos.  Se a criança tem pouco apetite:
 Todas as mães devem ser aconselhardas sobre a importancia de  Preparar, com frequência, pequenas refeições.
evitar a alimentação mista.  Dar leite em vez de outros líquidos, excepto quando tiver diarreia
 TODAS as crianças até os 6 meses de idade devem ser com alguma desidratação.
alimentadas exclusivamente com leite materno  Dar pequenas quantidades de comida entre as refeições.
 Dar alimentos de alto teor energético.
 Se for necessário continuar a dar outro tipo de leite (casos  Verificar, com regularidade, se a boca da criança tem candidíase
raros), aconselhar a mãe a: ou estomatite.
 Amamentar tanto quanto possível, inclusive à noite. (não aplica
no caso de mães HIV positivas – elas devem dar aleitamento  Se a criança tiver a boca inflamada ou com estomatite:
materno ou aleitamento artificial apenas)  Dar alimentos leves que não façam arder a boca, tais como ovos,
 Certificar-se que o outro tipo de leite é um substituto apropriado puré de batata, abóbora ou abacate.
do leite materno.  Evitar alimentos picantes, salgados ou ácidos.
 Assegurar que o outro tipo de leite é preparado correcta e  Cortar os alimentos em pedaços pequenos.
higienicamente e administrado em quantidades apropriadas.  Dar líquidos frescos ou gelo, se estiver disponível.
 Usar o leite preparado no espaço de uma hora.

Fazer o acompanhamento de qualquer problema alimentar após 5 dias.


38

ACONSELHAR A MÃE A AUMENTAR A QUANTIDADE DE LÍQUIDOS DURANTE A DOENÇA DA CRIANÇA


PARA QUALQUER CRIANÇA DOENTE:
 Se a criança estiver a ser amamentada, dar mamadas com mais frequência e por período mais longos.
 Se a criança estiver a tomar leite de substituição, aumentar a quantidade de leite.
 Aumentar a quantidade de outros líquidos. Por exemplo, dar sopa, água de arroz, iogurtes líquidos ou água limpa.

PARA A CRIANÇA COM DIARREIA:


 Administrar líquidos adicionais pode salvar a vida da criança. Dar líquidos segundo o indicado no Plano A ou Plano B, tal como aparece no quadro
TRATAR A CRIANÇA.

ACONSELHAR A MÃE SOBRE A ALIMENTAÇÃO DA ACONSELHAR A MÃE EM RELAÇÃO À SUA PRÓPRIA


CRIANÇA E O DESMAME SAÚDE

 TODAS as crianças até os 6 meses de idade devem ser alimentadas Se a mãe estiver doente, prestar-lhe tratamento ou
exclusivamente com leite materno transferi-la para uma consulta.
 Depois dos 6 meses, a mãe deve introduzir alimentos complementares
adequados, e continuar a amamentação durante os 12 primeiros meses
de vida.  Se tiver algum problema no seio (tais como engurgitamento, mamilos
 Após os 12 meses, a amamentação deve continuar até que uma dieta inflamados, infecção no seio), tratá-la ou transferi-la para a consulta
complementar e nutricionalmente adequada e segura possa ser médica.
oferecida sem leite materno  Recomendar-lhe que coma bem para manter o vigor e a saúde.
 O desmame deve ser gradual, em um período de 1 mês  Verificar o estado vacinal da mãe e, se necessário, administrar-lhe
VAT (vacina antitetânica).
 Se a infecção por HIV é confirmada, é necessário encorajar a mãe a  Aconselhar-lhe para fazer o Planeamento Familiar
continuar com a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, e dar  Aconselhar-lhe sobre infecções de transmissão sexual e prevenção do
o tratamento ARV HIV.
 Aconselhar a mãe sobre a sua própria nutrição e sobre a importância de  Encorajá-la a procurar aconselhamento sobre o HIV e a ser testada, se
uma dieta equilibrada para a manter saudável. Encorajá-la a estiver preocupada com a possibilidade dela própria estar infectada
plantar vegetais para uso na alimentação da familia. pelo HIV ou alguém da sua família.
 Realçar a importância da higiene pessoal e a importância da lavagem  Referir todas as mães HIV positivas para o exame de CD4 e para o
das mãos. TARV se fôr elegível
QUANDO
 Com o VOLTAR
consentimentoA UNIDADE SANITÁRIA
da mãe, informar o trabalhador de saúde
comunitário e/ou um grupo de apoio local.
39

INFORMAR A MÃE
Se a criança tiver:SOBRE QUANDO VOLTAR À UNIDADE SANITÁRIA

CONSULTA DE CONTROLE

Se a criança tiver: Regressar para o


controle em Informar a mãe para voltar imediatamente se a criança
apresentar qualquer um dos sinais a seguir indicados
DISENTERIA
FEBRE SEM MALÁRIA, se a febre persistir 2 dias
Qualquer criança doente Não consegue beber ou mamar.
PNEUMONIA Agravamento do estado geral
MALÁRIA, se a febre persistir Aparecimento ou agravamento
SARAMPO com complicações nos olhos ou na 3dias da febre.
boca Se a criança não TIVER Apresentar respiração rápida.
QUALQUER OUTRA DOENÇA (se não melhorar) PNEUMONIA, TOSSE OU Dificuldade em respirar.
INFECCOES NA BOCA, ULCERAS CONSTIPAÇÃO
DIARREIA PERSISTENTE
INFECÇÃO AGUDA DO OUVIDO Se a criança estiver com Tem sangue nas fezes.
INFECÇÃO CRÓNICA DO OUVIDO 5 dias Diarreia Tem dificuldade em beber.
PROBLEMA DE ALIMENTAÇÃO
TOSSE ou CONSTIPACAO (se não melhorar)
ANEMIA
14 dias
AVALIAR, CLASSIFCAR E TRATAR A CRIANÇA (DE 1 SEMANA ATÉ 2 MESES DE IDADE)
DESNUTRIÇÃO AGUDA MODERADA/BAIXO
PESO/ CRESCIMENTO INSUFICIENTE 30 dias

Avisar a mãe quando voltar para a próxima consulta e vacina, segundo o calendário de vacinação
40

AVALIAR, CLASSIFICAR E TRATAR A CRIANÇA DOENTE COM IDADE ENTRE 1 SEMANA E 2 MESES
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR
FAZER UMA AVALIAÇÃO RÁPIDA DE TODAS AS CRIANÇAS PERGUNTAR À MÃE QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA CRIANÇA USAR TODOS OS QUADROS QUE
CORRESPONDAM AOS SINTOMAS E PROBLEMAS DA CRIANÇA PARA CLASSIFICAR A DOENÇA
Verificar se é a primeira consulta para este problema ou se é uma consulta para reavaliação.
 Se for uma consulta para reavaliação, utilizar as instruções aplicáveis.
 Se for a primeira consulta, avaliar a criança como se segue:

DETERMINAR SE HÁ POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO BACTERIANA


SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
PERGUNTAR: OBSERVAR, ESCUTAR, Qualquer um dos sinais seguintes:  Se tiver convulsões Tratar com diazepam
PALPAR: intrarectal
Não chupa OU Tem Convulsões, OU Fontanela  Dar a 1ª dose dos antibióticos por via
abaulada OU
 Contar o número de respirações intramuscular (IM)
O bebé A Respiração rápida (≥60 ciclos por minuto), OU
num minuto. Lenta (≤ 30 ciclos por minuto) OU POSSÍVEL  Tratar para evitar hipogilcémia
Consegue criança Classificar
mamar?  Repetir se a contagem for deve TODAS Retracção subcostal grave, OU INFECÇÃO  Transferir URGENTEMENTE para o
elevada. estar AS Batimento das asas do nariz, OU Gemido, OU BACTERIANA Hospital.
O bebé teve  Observar se há retracção calma CRIANÇAS Umbigo vermelho que se alastra à pele do GRAVE  Manter o bébé aquecido durante a
subcostal grave. abdomen, OU
convulsões? transferência
T° > 37,5°C OU T° < 35,5°C OU
 Observar se há batimento das  Aconselhar a mãe a manter a criança
Pústulas no corpo numerosas (>10) ou
asas no nariz (adejo nasal) graves,OU agasalhada durante o percurso para o
A mãe colocou  Escutar se há gemido Letárgico ou inconsciente, OU Movimenta-se hospital.
alguma menos que o normal.
substância  Examinar o umbigo. Está vermelho
No Umbigo?
ou com secreção purulenta ou Um dos sinais seguintes:  Administrar um antibiótico oral
cheiro fétido?  Umbigo vermelho OU com secreção INFECÇÃO apropriado.
 A vermelhidão alastra-se à pele do OU com cheiro fétido OU BACTERIANA
 Ensinar a mãe a cuidar, em casa, da
abdomen? LOCALIZADA
 Pustula(s) na pele infecção localizada.
- Observar se há secreção purulenta nos olhos, se os  Aconselhar a mãe sobre os cuidados a
olhos estão vermelhos com edema prestar à criança em casa.
- Procurar pústula (s) na pele  Reavaliar após 2 dias
- Verificar e palpar se a fontanela está abaulada  Pus nos olhos sem edema OU Olhos  Administrar dose única de Kanamicina 25
- Verificar se a criança está letárgica ou inconsciente inchados vermelhos com secreções INFECÇÃO mg/kg IM.
estimular a criança purulentas OCULAR  Aplicar 1ª dose de Tetraciclina oftálmica.
- Verificar os movimentos da criança. GRAVE
 Caso não tenha Kanamicina referir
- Movimenta-se menos do que o normal ? URGENTEMENTE para o hospital
- Medir a temperatura axilar para ver se tem febre:  Aconselhar a mãe a tratar ITS
(T°> 37,5°C ou quente ao toque)
ou se a temperatura corporal está baixa (hipotermia):  Sem sinais de possível infecção bacteriana INFECÇÃO  Aconselhar a mãe sobre os cuidados a
T° < 35,5°C (pés frios ao toque) grave ou infecção bacteriana localizada BACTERIANA prestar à criança em casa.
POUCO  Aconselhar a mãe sobre aleitamento materno
PROVÁVEL exclusivo.
 Aconselhar quando voltar imediatamente
41

AVALIAR HIPOGLICEMIA – HIPOTERMIA:


PERGUNTE A MÃE QUE PROBLEMAS TEM O BÊBE USAR TODOS OS QUADROS QUE CORRESPONDEM AOS SINTOMAS E
Determinar se é primeira consulta ou visita de controlo para este problema.
- se for visita de controlo siga as instruções de seguimento AOS PROBLEMAS QUE O RECÉM NASCIDO/PEQUENO LACTENTE TEM.
- se for consulta inicial, avaliar o Recém-nascido ou pequeno lactente como segue:

DETERMINE SE O BEBÉ TEM HIPOGLICEMIA SINAIS CLASSIFICAR TRATAR


OU HIPOTERMIA
Um dos sinais seguintes  Aquecer o bebé:
PERGUNTAR: VERIFIQUE, ESCUTE,PALPE:
 Cobri-lo com roupa aquecida
 Não consegue mamar
incluindo a cabeça.
 Medir a temperatura axilar ou  Não chora quando é HIPOTERMIA–  Colocar o bebé pele-a-pele
O bebé teve tocar a pele: estimulado
 a temperatura axilar está  Tratar a hipoglicemia
convulsões? Classificar  A temperatura axilar esta HIPOGLICEMIA  Aconselhar a mãe como manter o seu
< 36.5ºC OU a pele do bebé TODAS abaixo de 35.5°C
está fria bebé aquecido durante o trajecto para o
 O bebé consegue AS  O torax e o abdomen estão GRAVE hospital.
CRIANÇAS frios e cianoticos
mamar?
 Verifique a cor da pele:  Referir URGENTEMENTE para o
Esta Sonolento OU pouco hospital de acordo com as normas de
 O tórax e o abdomén estão
 O bebé mama bem, activo OU Letárgico OU transporte.
frios e com cianose? inconsciente OU hipotonico
com vigor?
 As mãos e os pés estão frios
e com cianose? Um dos sinais seguintes:  Aquecer o bebé cobrindo-o com roupa
 O bebé tem choro
fraco ou não chora  Choro fraco aquecida incluindo a cabeça.
 Verifique o estado de consciência  Colocar o bebé em contacto pele-a-
quando é estimulado?
Veja se o RN está:  Sucção fraca
HIPOTERMIA– pele
· Sonolento OU  Temperatura axilar entre  Aconselhar a mãe sobre o aleitamento
· Letárgico OU 35.5°C-36.4°C HIPOGLICEMIA materno exclusivo.
· pouco activo OU Só as mãos e os pés estão frios  Observar o RN durante 2h até a Tº
· inconsciente. e cianoticos voltar ao normal / voltar a ser activo.
 Se não melhorar após 2h referir
URGENTEMENTE para o hospital.
 Ensinar a mãe quando voltar
imediatamente.
 Aconselhar a mãe a voltar para
controlo dentro de 1 dia.
 Sem nenhum dos sinais  Aconselhar a mãe continuar o
anterior SEM aleitamento materno exclusivo.
 Manter o RN aquecido.
HIPOTERMIA–  Ensinar a mãe quando voltar
imediatamente
HIPOGLICEMIA  Dizer a mãe para voltar ao controlo de
rotina depois de 15 dias de vida.
42

AVALIAR ICTERICIA NEONATAL:


SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
PERGUNTAR: OBSERVE,  Inicio da Ictericia antes das  Prevenir Hipoglicemia: encorajar o
ESCUTE,PALPE: primeiras 24 h de vida, aleitamento materno, se a mamada for fraca,
A data do inicio da OU dar líquidos extras com chávena e colher
Avaliar a icterícia:
ictericia:  Ictericia até os pés, ou  Aconselhar a mãe como manter o seu bebé
- Menos de 24h00? - tem a pele amarela? ICTERICIA
palmas das mãos e plantas aquecido durante o trajecto para o hospital.
- Mais de 24h00? - tem os olhos amarelos? GRAVE
dos pés (Zona 4 e 5)  Referir URGENTEMENTE para o hospital
Classificar iIndependentemente da
Observar se as palmas das mãos de acordo com as normas de transporte.
 A mãe já teve outros ICTERÍCIA idade
e plantas dos pés, estão
filhos que ficaram  Aconselhar a mãe amamentar
amarelos  A icterícia apareceu depois
amarelos ao nascer ? frequentemente e quantas vezes o bebé quiser
de 24 h
dia e noite
 A mãe conhece o seu  Aconselhar sobre os cuidados do RN em
 E sem icterícia nas palmas
grupo sanguíneo? ICTERICIA casa
das mãos e plantas dos pés MODERADA
 Ensinar a mãe quando voltar
Se sim é Rh negativo?*  imediatamente.
 Se a criança tiver mais de 14 dias referir
para avaliação no hospital
 Aconselhar a mãe a voltar para controlo
dentro de 1 dia.
Grau da ictericia:
^ só na cara/face (Zona 1)  Sem icterícia Aconselhar a mãe sobre:
^ até o umbigo (Zona 2)  O aleitamento materno exclusivo.
^ até os joelhos (Zona 3)
^ até os tornozelos (pés) (Zona 4)
SEM  Os cuidados do RN em casa.
ICTERICIA  Ensinar a mãe quando voltar imediatamente
^ incluindo palmas das mãos e plantas dos pés (Zona 5)
 Aconselhar a mãe a voltar para controlo
dentro de 2 dias.

 Os PREMATUROS e RN de BAIXO PESO tem maior risco de desenvolver Ictericia GRAVE.


 A ICTERICIA que aparece nas PRIMEIRAS 24 h de vida é sempre GRAVE. A causa mais frequente é quando a mãe é Rh Negativo

 O aleitamento materno NUNCA deve ser interompido num RN com ictericia


43

AVALIAR PARA A DIARREIA


PERGUNTAR: Apara
crianca
o caso esta com diarreia ?
de DESIDRATAÇÃO SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
Dois do sinais que se  Se a criança NÃO tiver OUTRA CLASSIFICAÇÃO
seguem: GRAVE, Dar líquidos para desidratação grave (plano C).
SE A OBSERVAR E PALPAR:
 Letárgica ou inconsciente  Se a criança tiver OUTRA CLASSIFICAÇÃO GRAVE
RESPOSTA Observe o estado geral e Classificar  Olhos encovados
COM
TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital
FOR SIM, os movimentos da DESIDRATAÇÃO
a Diarreia  Sinal da prega: a pele com a mãe a dministrar goles frequentes de SRO, de
PERGUNTAR criança. GRAVE
volta muito lentamente baixa osmolaridade, durante o percurso.
A criança está: (> 2 segundos) ao estado
 Há quanto anterior  Recomendar à mãe a continuação do aleitamento.
tempo? -Com movimentos
espontâneos? Dois dos sinais que se  Dar líquidos e zinco (plano B).
 Tem Move-se apenas quando seguem:  Recomendar à mãe a continuação do aleitamento.
sangue nas estimulado?
Letárgica ou  Agitada ou, irritada COM SINAIS DE  Informar qdo voltar imediatamente, controlo em 2
fezes?
inconsciente?  Olhos encovados dias
-Agitada ou irritada?  Sinal da prega: a pele DESIDRATAÇÃO  Se a criança tiver OUTRA CLASSIFICAÇÃO GRAVE
- Observar se os olhos volta lentamente ao TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital
estão encovados. estado anterior. com a mãe a dministrar goles frequentes de SRO, de
baixa osmolaridade, durante o percurso.
- Fazer sinal da prega (na
pele do abdómen).  Sem sinais suficientes  Dar líquidos e zinco para tratar a diarreia em casa
A pele volta ao estado para classificar SEM (plano A).
anterior: como: “com DESIDRATAÇÃO
 Informar qdo voltar imediatamente
- Muito lentamente (mais Desidratação grave”
de 2 segundos) ? ou como “com sinais  Controlo em 2 dias
- ou Lentamente? de desidratação”

COM
O que é diarreia no pequeno lactente? DIARREIA  Com diarreia há 14  Se a criança estiver desidratada, tratar a desidratação
HÁ dias ou mais COM DIARREIA antes de transferir, a não ser que o lactente também
 Mudança do padrão habitual das fezes 14 DIAS OU PERSISTENTE tenha uma POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA
e se elas são mais numerosas e aquosas MAIS
GRAVE GRAVE.
(mais água do que matéria fecal).
 TRANSFERIR para o hospital.
 No pequeno lactente que toma leite do
peito as fezes são normalmente COM SANGUE
frequentes e/ou semi-sólidas, mas neste NAS FEZES  Com sangue nas  TRANSFERIR para o hospital
caso não se trata de diarreia. fezes SANGUE NAS
FEZES
44
AVALIAR PARA A INFECÇÃO POR
HIV

SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

PERGUNTAR:
 Dar profilaxia com cotrimoxazol a partir das 4
 a mãe ou a criança já Teste PCR semanas
fizeram o teste de HIV? Positivo INFECÇÃO  Transferir para TARV se possível
POR HIV  Avaliar a alimentação e aconselhar sempre que
Se sim anote os resultados da CONFIRMADA for necessário
mãe e do bebé:  Aconselhar a mãe sobre cuidados a ter em casa
 Seguimento após 14 dias
 Para a mãe: o teste rápido
Classificar A mãe é HIV  Dar profilaxia com cotrimoxazol a partir das 4
por Anticorpo foi positivo
Infecção por HIV positivo EXPOSIÇÃO semanas
ou Negativo?
com base no OU
AO HIV  Avaliar a alimentação e aconselhar, quando
 Para o bebé: resultado do teste A criança é necessário, sobre as opções alimentares
•o teste rápido por PCR DNA
negativo
 Referir para CCR *
Anticorpo foi positivo ou
OU  Seguimento após 14 dias
Negativo?
• o teste PCR DNA foi Teste
positivo ou Negativo? rápido foi
positivo
Se não fizeram teste de HIV:
 Fazer teste HIV a mãe Teste de HIV INFECÇÃO  Tratar, aconselhar e fazer o seguimento de
 Se mãe HIV positiva testar negativo para POR HIV infecções, se existentes
a criança usando o PCR a mãe e para POUCO  Aconselhar a mãe acerca da alimentação e
DNA a criança acerca da sua própria saúde.
PROVÁVEL
 Aconselhar a mãe sobre os cuidados a ter com a
criança em casa

* Nas US com TARV a mulher lactante HIV positiva deve inciar o TARV para toda vida e a criança dela deve receber a profilaxia com
ARV durante 6 semanas
Nas US sem TARV a criança exposta deve receber profilaxia com ARV durante o periodo de amamentação e 2 semanas após o desmame
45

AVALIAR SE HÁ PROBLEMAS RELACIONADOS COM A ALIMENTAÇÃO OU BAIXO PESO EM CRIANÇAS


QUE RECEBEM ALEITAMENTO MATERNO

Se uma criança não tem indicações para ser referida


urgentemente para o hospital SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

PERGUNTAR: OBSERVAR, OUVIR, Qualquer um dos sinais  Se a criança não estiver bem posicionada
PALPAR : seguintes ou se não estiver a sugar bem, ensinar a
Se o lactente é amamentado? posição correcta e ensinar como agarrar o
- Se sim quantas vezes dá de ►Não chupa bem OU mamilo.
 Determinar o peso para a  Se a criança não consegue agarrar bem o
mamar em 24h?
idade. ►Não agarra bem o mamilo, ensinar a mãe a espremer o leite e
Se o lactente recebe outros mamilo (não tem boa pega) amamentar por um copo
alimentos ou líquidos para além  Verificar o peso ao nascer OU  Se amamentar menos de 8 vezes em 24
do leite materno? Classificar a PROBLEMAS DE horas, aconselhar a mãe a aumentar a
- Se a resposta for sim, com que  Verificar se há lesões ou Alimentação ►Mama menos de 8 vezes
placas brancas na boca frequência das mamadas.
frequência? em 24 horas, OU ALIMENTAÇÃO
(monilíase oral)  Aconselhar a mãe a amamentar as vezes e o
- Se sim que tipo de outros
OU tempo que a criança quiser, durante o dia e
alimentos ou liquido dá? ►Recebe outros alimentos
OBSERVAR SE TEM a noite.
ou líquidos para além do BAIXO PESO
AVALIAR A  Se a criança receber outros alimentos ou
SINAL DE BOA PEGA: leite do peito, OU
AMAMENTAÇÃO líquidos, aconselhar a mãe a amamentar
 O queixo da criança toca o mais vezes, reduzindo os outros alimentos e
►A criança mamou na última seio. ►Tem baixo peso para a líquidos e a usando um copo.
hora?  A boca está bem aberta. idade, OU  Se a criança estiver com monilíase oral,
 Se não pedir à mãe para lhe dar  O lábio inferior está ensinar a mãe a tratá-la em casa.
peito. Observar a amamentação curvado para fora. ► Tem lesões ou placas  Informar a mãe sobre como cuidar da
durante 4 minutos.  A aréola é mais visível na brancas na boca criança em casa.
 Se sim perguntar à mãe se pode parte de cima do seio do  Marcar, para os próximos 2 dias, consulta
esperar e pedir-lhe que informe que de baixo. de controle referente a problemas de
quando a criança quiser mamar alimentação ou de monilíase oral.
novamente.  Fazer o controle referente ao baixo peso
(todos estes sinais devem estar
 A criança consegue agarrar presentes se a prática de
para a idade num período de 7 dias.
bem o mamilo? Tem boa pega? aleitamento é boa).
Não tem boa pega? ► Não tem baixo peso SEM PROBLEMA  Elogiar a mãe por estar a alimentar bem o
Limpar o nariz se obstruido com A criança está a chupar bem para a idade e não há lactente.
(isto é, tem sucções lentas e DE
gotas de solução salina, se estiver outros sinais de  Aconselhar a mãe sobre como cuidar da
a atrapalhar a amamentação. profundas, com pausas alimentação inadequada ALIMENTAÇÃO criança em casa.
ocasionais)?  Informar quando voltar imediatamente
46

AVALIAR SE HÁ PROBLEMAS RELACIONADOS COM A ALIMENTAÇÃO OU BAIXO PESO EM CRIANÇAS


QUE NÃO RECEBEM ALEITAMENTO MATERNO
(Utilizar este quadro para uma mãe HIV positivo que tenha optado por não amamentar e se a criança não tem indicações para ser referida urgentemente
para o hospital )

SINAIS CLASSIFICAR TRATAR


PERGUNTAR: OBSERVAR,  Leite prepado de modo  Aconselhar sobre a alimentação
OUVIR incorrecto e anti-higiénico,  Explicar as recomendações para
 Que tipo de leite está a dar? PALPAR : OU uma alimentação de substituição
 Quantas vezes dá durante o dia  Administração de leite de segura
e durante a noite? substituição e outros  Identificar as preocupações da
 Determinar o Alimentos / líquidos não mãe e da família sobre a
 Que quantidade dá de cada peso para a apropriados, alimentação
vez? idade. PROBLEMAS  Ajudar a mãe a retirar
OU
 Administração de DE gradualmente outros alimentos ou
 Como está a preparar o  Identificar alimentos de substituição ALIMENTAÇÃO
líquidos
leite? lesões ou Classificar a insuficientes,  Se a mãe estiver a usar o biberão,
placas brancas ALIMENTAÇÃO OU ensinar a usar o copo
OU
 Deixar a mãe na boca  Amamentação mista BAIXO PESO  Se houver monilíase, ensinar a
demonstrar ou explicar (candidíase) (mistura de leite do peite mãe a tratá-la em casa
como prepara e como dá
com leite artificial),  Reavaliar PROBLEMAS DE
o leite à criança.
OU ALIMENTAÇÃO OU A
 Utilização de biberão, MONILÍASE ao fim de 2 dias
 Dá algum leite materno?
OU  Reavaliar o baixo peso passados 7
 Que alimentos ou líquidos dá à  Monilíase Oral, OU dias
criança, para além do leite de  Baixo peso para a idade
substituição?
 Não tem baixo peso para  Elogiar a mãe por estar a
 Como está a ser dado o leite? idade e não há outros NENHUM alimentar bem a criança.
Com copo ou biberão? sinais de alimentação PROBLEMA DE  Aconselhar a mãe sobre como
inadequada ALIMENTAÇÃO cuidar da criança em casa
 Como faz a lavagem dos  Instruir a mãe a continuar a
utensílios que usa? alimentação e garantir uma boa
higiene.
 Recomendar a mãe o seguimento
na CCS
47

EM SEGUIDA, VERIFICAR O ESTADO VACINAL DA CRIANÇA COM IDADE COMPREENDIDA ENTRE


1 SEMANA E 2 MESES:

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO:
 Dar todas as doses em falta nesta visita
IDADE VACINAS
 Incluir as crianças doentes
 Nascimento BCG OPV-0
 Informar a mãe quando voltar para a
 2 meses DPT-1+HEP-B+ Hib1+PCV10-1 OPV-1 RTV1 próxima dose

AVALIAR OUTROS PROBLEMAS

AVALIAR AS NECESSIDADES DE SAÚDE DA MÃE

ex: o estado nutricional e anemia, a contracepção, etc. Verificar as práticas de higiene.


48

TRATAR O PEQUENO LACTENTE

DAR A PRIMEIRA DOSE DE ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR


 Dar a primeira dose de cada um dos antibióticos: Penicilina Cristalina + Gentamicina por via intramuscular ou : Ampicilina +
Gentamicina

GENTAMICINA AMPICILLINA PENICILINA CRISTALINA


PESO
Dose: 50 mg por kg/dose/8h Dose: 50.000 unidades por Kg/dia/4x ao dia
Dose: 7.5 mg por kg/dose/dia
Se for ampola de de 2 ml que contem
20 mg = 2 ml a 10 mg / ml  Não diluír
Acrescentar 1,3 ml de água destilada à Adicionar ao frasco de 10 000 000 unidades,
Se for ampola de 2ml contendo 80 mg, Ampola de 250 mg para obter 20 ml de água destilada para
adicionar 6 ml de água destilada/estéril 250 mg / 1.5 ml obter 500.000 unidades por ml
para obter 80 mg* =8 ml a 10 mg / ml

1 – 1.5 kg 0.9 ml* 0.4 ml 0.15 ml


1.5 – 2 kg 1.3 ml* 0.5 ml
0.20 ml
2 – 2.5 kg 1.7 ml* 0.7 ml
0.25 ml
2.5 – 3 kg 2.0 ml* 0.8 ml
0.30 ml
3 – 3.5 kg 2.4 ml* 1 ml
0.35 ml
3.5 – 4 kg 2.8 ml* 1.1 ml
0.40 ml
4 – 4.5 kg 3.2 ml* 1.3 ml
0.45 ml
4.5 – 5 kg 3.5 ml* 1.5 ml
0.50 ml

* Evitar usar 40 mg/ ml de gentamicina não diluida.


 Transferir é a melhor opção para o menor de 2 meses classificado como “POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA GRAVE”. Se não for possível transferir,
continuar a dar Ampicilina e Gentamicina por 5 dias. Administrar Ampicilina de 12/12h para criança com menos de 1 semana de vida e de 8 em 8 horas para
criança de mais de 1 semana de vida. Administrar Gentamicina uma vez ao dia.
49

TRATAR O PEQUENO LACTENTE

TRATAR O PEQUENO LACTENTE PARA PREVENIR HIPOGLICEMIA


 Se a criança consegue mamar:
Peça à mãe para amamentar o seu bebé.

 Se a criança não consegue mamar, mas consegue engolir:


Dar 20-50 ml (10 ml / kg) leite materno antes da partida.
 Se não for possível dar leite materno espremido, dar 20-50 ml (10 ml / kg) de agua com açúcar (para preparar água com açúcar: dissolver 4
colheres de chá de açúcar (20 gramas) em um copo de 200 ml de água limpa).

 Se a criança não consegue engolir:


Dar 20-50 ml (10 ml / kg) de leite materno ou água com acucar por sonda nasogástrica.

ENSINAR A MÃE COMO MANTER A CRIANÇA AQUECIDA DURANTE O TRAJECTO PARA O HOSPITAL

 Providenciar contacto pele -a- pele OU


 Manter o bebé vestido ou coberto quanto mais possivel ou todo tempo.
 Vestir o bebé com roupa suplementar incluindo boné, luvas, peúgas, e cobrir-lo com com uma roupa seca e suave ao toque e com um cobertor.

 Para tratar a diarreia, consultar o quadro TRATAR A CRIANÇA.

 Vacinar todas as crianças, sempre que for necessário.


50

TRATAR O PEQUENO LACTENTE

 DAR ANTIBIOTICO ORAL PARA TRATAR INFECÇÃO BACTERIANA LOCALIZADA:

AMOXICILINA: 50 mg / kg / 12h00, durante 5 dias

IDADE ou PESO Xarope: 125 mg em 5 ml Xarope: 250 mg em 5 ml


Nascimento a 1 meses (< 4 kg) 6 ml 10 ml
1 mês a 2 meses (4 – < 6 kg) 10 ml 5 ml

ENSINAR A MÃE A TRATAR AS INFECÇÕES LOCALIZADAS EM CASA


 Explicar como fazer o tratamento.
 Observá-la a fazer o primeiro tratamento na unidade sanitária.
 Orientá-la para fazer o tratamento duas vezes ao dia. Deve voltar à unidade sanitária se a infecção piorar.

Para tratar Pústulas da Pele Para tratar Candidíase oral Para prevenir a Infecção Umbilical
com Violeta de Genciana com Nistatina ou Violeta de Genciana com clorexidina tópica à 4%
A mãe deve fazer o tratamento 2 vezes ao dia A mãe deve fazer o tratamento durante 7 dias: A mãe deve fazer o tratamento 2 vezes
durante 5 dias: ao dia durante 5 dias:
 Lavar as mãos  Lavar as mãos  Lavar as mãos
 Retirar o pús e crostas lavando suavemente  Lavar a boca da criança usando um pano macio  Aplicar clorexidina tópica à 4% no
com água e sabão enrolado no dedo e humedecido com água e sal coto umbilical
 Secar a zona  Administrar 1 ml de Nistatina 4 vezes ao dia  Lavar as mãos
 Pincelar com Violeta de Genciana aquosa OU pincelar a boca com Violeta de Genciana
0.5% . diluída a 0.5% 2 vezes ao dia
 Lavar as mãos.  Lavar as mãos
51

ACONSELHAR A MÃE

ENSINAR O POSICIONAMENTO E PEGA ADEQUADOS PARA A AMAMENTAÇÃO


 Mostrar à mãe como segurar a criança
- com a cabeça e o corpo alinhados;
- virada para o peito, com a ponta do nariz defronte ao mamilo;
- com o corpo da criança junto ao corpo da mãe;
- segurando todo o corpo, não apenas o pescoço e os ombros.
 Mostra à mãe como ajudar a criança a pegar o seio.
- tocar os lábios da criança com o mamilo;
- esperar até a boca da criança estar completamente aberta;
- mover a criança em direcção ao seio, pondo o lábio inferior abaixo do mamilo.
 Observar sinais de boa pega e de sucção efectiva.
 Se a pega e a sucção não são adequadas, tente novamente.
ENSINAR A MÃE COMO ESPREMER O LEITE DO PEITO
Peça à mãe que:
 Lave as mãos cuidadosamente com água e sabão.
 Fique numa posição confortável segurando um recipiente próximo à mama. (debaixo do mamilo e aréola
 Coloque o polegar na aréola acima do mamilo e o indicador de baixo do peito, (pelo menos a 4 cm da ponta do bocal).
 Em seguida pressionar a aréola entre o polegar e o indicador.
 Pressionar e soltar (repetir esta manobra algumas vezes). No começo é possivel que o leite não “saia”, mas depois de pressionar algumas vezes o leite começa a
gotejar. Se o leite não sair, ela deve re-posicionar o polegar e o indicador mais perto do mamilo e voltar a pressionar e soltar o peito como antes.
 Expremer uma mama pelo menos durante 3 a 5 minutos até que diminua a quantidade de leite que sai. Em seguida expremer a outra mama até que diminua a
quantidade de leite que sai. Repetir o exercício alternando os seios 5 ou 6 vezes, pelo menos 20 a 30 minutos.

ENSINAR A MÃE COMO MANTER O LACTENTE DE BAIXO PESO AQUECIDO EM CASA


 Manter a criança pequena na mesma cama com a mãe.
 Manter o quarto aquecido pelo menos 25C e certificar-se de que não há corrente de ar frio .
 Evite dar banho ao lactente com baixo peso. Ao lavar, faça-o numa sala muito bem aquecida com água morna , seque imediatamente e completamente após o
banho e vestir o imediatamente.
 Trocar de roupa (por exemplo, fraldas ) , sempre que eles estiverem molhados.
 Proporcionar contato pele a pele , tanto quanto possível , o dia ea noite. Para contato pele a pele :
 Vista a criança com uma camisa quente aberto na frente, uma fralda, chapéu e meias.
 Coloque o bebê em contato pele a pele no peito da mãe entre os seios. Mantenha a cabeça da criança virada para o lado.
 Cobrir a criança com roupas da mãe (e um cobertor quente adicional no tempo frio ) .
 Quando não estiver em contato pele a pele , manter a criança vestida ou coberta , tanto quanto possível. Vista a criança com roupa adicional , incluindo chapéu e
meias, envolver a criança num pano macio e seco e cubri-lo com um cobertor.
 Verifique com frequência se as mãos e os pés estão quentes. Se tiverem frio , re- aquecer o bebê usando contato pele a pele .
 Amamente o bebê com freqüência ( ou dar leite materno por copo ) .
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ACONSELHAR A MÃE

COMO PREPARAR DE FORMA SEGURA O COMO ALIMENTAR O PEQUENO LACTENTE COM O COPO
SUBSTITUTO DE LEITE MATERNO
 Pôr a criança sentada no colo na posição vertical ou semi-vertical.
 Utilizar sempre uma chávena ou um copo e uma
colher para medir a água e uma colher de cabo  Levar um pequeno copo de leite aos lábios da criança:
comprido, em forma de concha, para medir o leite o inclinar o copo de modo a que o leite toque nos lábios
artificial. o o copo deve pousar suavemente no lábio inferior da
 Lavar sempre as mãos antes de preparar a refeição criança e a borda do copo deve tocar na parte exterior do
 Ferver a água e depois deixá-la arrefecer. Manter o lábio superior
recipiente com água coberto enquanto arrefece. o a criança fica alerta e abre a boca e os olhos.
 Medir a quantidade do pó de leite artificial numa
chávena ou copo com medidas, seguindo as  Não verter o leite para a boca da criança. Apenas segurar no copo
recomendações escritas para cada tipo de leite. colocando-o junto aos lábios e deixar que a criança, ela própria,
absorva o leite.
 Adicionar uma pequena quantidade da água fervida e
arrefecida e agitar. Encher com água a chávena ou o
copo até a marca. Agitar bem.  Quando a criança estiver satisfeita, fecha os olhos e não absorve
mais.
 Alimentar a criança com copo.
 Lavar os utensílios usados
QUANTIDADE NECESSÁRIA DE SUBSTITUTOS DO LEITE
MATERNO, POR DIA
ACONSELHAR A MÃE HIV-POSITIVA NO CASO DE
ESTA OPTAR POR NÃO AMAMENTAR Idade Peso (Kg) Quantidade Número de
A mãe deverá receber aconselhamento antes de tomar esta decisão ! (meses) aproximada em 24 h refeições por dia
 Assegure-se que a mãe tenha uma fonte apropriada de alimentação substituta Nascimento 3 400ml 8x 50ml
 Assegure-se que a mãe sabe preparar correcta e higiénicamente o leite e tenha 4 semanas 3 450ml 8x 60ml
facilidades e recursos para o fazer 2 meses 4 600ml 7x90ml
 Demonstre como alimentar com o copo e uma colher
3 meses 5 750ml 6x120ml
 Certifique-se que a mãe compreende que a alimentação preparada deve ser
4 meses 5,5 750ml 6x120ml
terminada dentro de uma hora após a preparação.
5 meses 6 900ml 6x150ml
 Certifique-se que a mãe compreende que misturar o aleitamento materno com a
alimentação de substituição pode aumentar o risco da infecção de HIV e é uma 6 meses 8 900ml 6x150ml

prática que não deve ser feita.


53

ACONSELHAR A MÃE SOBRE OS CUIDADOS À PRESTAR A CRIANÇA EM CASA E QUANDO VOLTAR

1. LÍQUIDOS: Consulta de seguimento


Voltar para
 Amamentar com frequência as vezes e o Se o lactente estiver com:
controle em:
tempo que o lactente quiser, de dia e de
 INFECÇÃO BACTERIANA LOCALIZADA
noite, doente ou saudável.  QUALQUER PROBLEMA COM
ALIMENTAÇÃO
2 dias
 MONILÍASE ORAL

 BAIXO PESO 7 dias


2. ASSEGURAR QUE O LACTENTE
ESTEJA SEMPRE AGASALHADO.  INFECÇÃO POR HIV CONFIRMADA 14 dias
 POSSIBILIDADE DE INFECÇÃO POR
 Quando estiver frio, cobrir a cabeça e os HIV/EXPOSIÇÃO AO HIV 30 dias
pés da criança e vesti-la com roupa
adicional.
Quando voltar imediatamente:
Recomendar a Mãe / acompanhante para voltar
3. QUANDO VOLTAR imediatamente se o lactente apresentar
alguns destes sinais:
 Consulta de seguimento
> Não mamar ou não beber bem
 Quando voltar imediatamente
> Piorar
> Tiver febre
> Respiração rápida
> Dificuldade em respirar
> Sangue nas fezes
> Vomitar tudo
> Manifestar-se irritável ou letárgica
> Ter convulsões.
> Sangue nas fezes
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CUIDADOS A TER NO CONTROLE E SEGUIMENTO DA CRIANÇA

 INFECÇÃO BACTERIANA LOCALIZADA  MONILÍASE ORAL


Ao fim de 2 dias: Ao fim de 2 dias:
Examinar o umbigo. Está vermelho ou está com secreção purulenta ? A vermelhidão Verificar se há lesões ou placas brancas na boca (monilíase oral).
estende-se à pele ? Reavaliar a alimentação. Consultar o Quadro relativo a problemas de
Examinar as pústulas na pele. As pútulas são muitas ou graves? alimentação ou baixo peso.
Tratamento:  Se a monilíase oral piorar, verificar se o tratamento está a ser bem
 Se o pús ou a vermelhidão persistirem ou tiverem piorado, transferir para o feito; colocar a hipótese do HIV.
hospital.  Se o lactente tiver problemas em agarrar o mamilo ou com a
sucção, transferir para o hospital.
 Se a situação tiver melhorado, recomendar à mãe que continue a dar os 5 dias
 Se a monilíase estiver na mesma ou melhor e se o lactente estiver a
de antibióticos e continue a tratar a infecção localizada em casa.
alimentar-se bem, continuar com Nistatina (ou Violeta de Genciana)
durante 5 dias.

 BAIXO PESO  PROBLEMA RELACIONADO COM A ALIMENTAÇÃO


Ao fim de 7 dias:
Ao fim de 2 dias:
Pesar o lactente com menos de 2 meses e determinar se continua com baixo peso para
a idade. Reavaliar a alimentação. Consultar o Quadro relativo a problemas de
Reavaliar a alimentação. Consultar o Quadro relativo a problemas de alimentação ou alimentação ou baixo peso.
baixo peso. Perguntar sobre qualquer problema de alimentação identificado na primeira
 Se o peso do lactente já não estiver baixo para a idade, elogiar a mãe e consulta.
incentivá-la a continuar.  Aconselhar a mãe sobre qualquer problema novo ou que persista em
 Se o lactente continuar com baixo peso para a idade, mas estiver a alimentar- relação à alimentação. Se aconselhar a mãe a fazer mudanças
se bem, elogiar a mãe. Pedir-lhe que volte para pesar o lactente 14 dias depois ou significativas na alimentação, peça-lhe que volte a trazer a criança à
quando voltar para a vacinação, dependendo do que for mais cedo. unidade sanitária.
 Se o lactente continuar com baixo peso para a idade e continuar a ter  Se o peso da criança for baixo para a idade, pedir à mãe que volte 14
problema com a alimentação, ensinar à mãe a solucionar o problema. Pedir-lhe dias depois da primeira consulta para reavaliação do peso. Continue a
que regresse 7 dias depois (ou quando voltar para vacinação, se for dentro de 2 reavaliação até que a criança comece a ganhar peso.
semanas). Continuar a examinar o lactente periodicamente ao fim de algumas
semanas até que esteja a alimentar-se bem e a aumentar o peso com regularidade Excepção:
e até que o peso deixe de ser baixo para a idade. Se achar que a alimentação não vai melhorar, transfira a criança para o
Excepção: hospital.
Se achar que a alimentação não vai melhorar, ou se o lactente perdeu peso, transferir
para o hospital.
55

CUIDADOS A TER NO CONTROLE E SEGUIMENTO DA CRIANÇA

 DIARREIA
Ao fim de 2 dias:

Perguntar se a diarreia parou?


Tratamento:
- Se a diarréia não parou, avaliar e tratar a criança pequena para a diarreia
- Se a diarréia parou, diga a mãe a continuar o aleitamento materno exclusivo

 ICTERICIA
Ao fim de 1 dia:
Procure icterícia. As palmas das mãos e plantas dos pés estão amarelo?
- Se as palmas e plantas dos pés estão amarelos, transferir para o hospital.
- Se as palmas e plantas dos pés não estão amarelos, mas a icterícia não diminuiu, aconselhar a mãe sobre os cuidados a ter em casa e pedir-lhe para
voltar para o controlo dentro de 1 dia.
- Se a icterícia começou a diminuir, tranquilizar a mãe e e pedir-lhe para continuar com os cuidados em casa. Peça-lhe para voltar ao controlo quando
o bebé tiver 2 semanas de vida.
- Se icterícia continua para além de duas semanas de idade, referir para o hospital para uma avaliação mais aprofundada

 INFECÇÃO POSSÍVEL PELO HIV/ EXPOSIÇÃO AO HIV


Fazer o acompanhamento mensal do pequeno lactente.
 Fazer o teste de HIV o mais cedo possível
 Fazer uma avaliação completa em cada visita de seguimento e reclassificar o HIV (Ver Tabela do Estadiamento da OMS para HIV)
 Continuar a dar cotrimoxazol profiláxico, a partir das 4 semanas
 Aconselhar acerca das boas práticas de alimentação, tal como aconselhar a mãe a não dar em simultâneo o leite do peito e substitutos do leite
materno ( alimentação mista) nos primeiros 6 meses de vida.
 Transferir para ARV se a criança tem o teste do anti-corpo positivo e qualquer um dos seguintes sinais: monilíase oral, pneumonia aguda ou
malnutrição aguda
 Aconselhar a mãe em relação ao seu estado de saúde e preparar aconselhamento e teste para ela se for requisitado.
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AVALIAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Um desenvolvimento infantil satisfatório, principalmente nos primeiros anos de vida, contribui para a formação de um sujeito com suas
potencialidades desenvolvidas, com maior possibilidade de tornar-se um cidadão mais resolvido, apto a enfrentar as adversidades que a vida
oferece, reduzindo-se assim as disparidades sociais e econômicas da nossa sociedade.

 Acompanhar o desenvolvimento da criança nos dois primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta etapa da vida extra-uterina que o
tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando portanto mais sujeito aos agravos. Devido a sua grande plasticidade, é também nesta época que a criança
melhor responde às terapias e aos estímulos que recebe do meio ambiente.
 Portanto, para que se possa realizar a vigilância do desenvolvimento infantil na atenção primária à saúde, é necessário que os profissionais de saúde tenham
conhecimentos básicos sobre desenvolvimento infantil. É importante que este profissional conheça como se comporta uma criança normal, que factores
podem contribuir para que seu desenvolvimento possa se alterar e reconhecer comportamentos que possam sugerir algum problema.

Até 6 meses de vida Dos 6 – 9 meses Dos 9 – 12 meses Dos 12 – 24 meses Depois dos 24 meses

 Proporcione formas de  Proporcione ao seu  Esconda o seu brinquedo  Dê ao seu filho objectos  Ajude o seu filho a
seu bebê ver, ouvir, sentir, filho um ambiente favorito debaixo de um pano para empilhar ou colocar contar, nomear e
mover-se livremente e limpo e seguro para ou numa caixa, e veja se a em recipientes e retirar. comparar dando lhe por
tocar em você. ele brincar. criança consegue encontrá-  Comunique com sua exemplo objectos de
 Olhe nos olhos do bebê e  Dê-lhe brinquedos lo. criança fazendo-lhe cores e formas
fale com ele quando que ele possa  Ensine ao seu filho os nomes perguntas simples. diferentes
estiver amamentando. manipular, bater e das coisas e das pessoas.  Responda a suas tentativas  Incentive seu filho a
Afinal mesmo um recém- largar, por exemplo Ensine lhe como dizer coisas de conversar. falar e responder as
nascido consegue ver o recipientes com com as mãos, como por  Mostre-lhe fotos e coisas perguntas.
seu rosto e ouvir sua voz. tampas, panela e exemplo “adeus, tata” da natureza.  Ensine-lhe histórias
colher canções e jogos de
criança.
57

OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA MENOR DE 1 MÊS:


Sinal a ser procurado Posição da criança Resposta esperada
1. Reflexo de Moro coloque a criança de costas sobre uma superfície lisa, forrada extensão, abdução e elevação de ambos os membros
com uma fralda ou manta superiores, seguida de retorno à habitual atitude flexora em
adução.
2. Reflexo cócleo-palpebral Bata palmas a cerca de 30 cm da orelha DIREITA da criança e piscamento dos olhos.
verifique a sua resposta. Repita o mesmo do lado ESQUERDO e
verifique sua resposta.
3. Reflexo de sucção peça a mãe que coloque a criança ao peito e observe, ou a crinça deverá sugar o seio ou realizar movimentos de sucção
estimule os lábios do bebé com o dedo e observe. com os lábios e línguaao ser estimulado com o dedo.
4. Braços e pernas flexionados coloque a criança deitada de costas e observe. devido o predomínio do tónus flexor nesta idade, os braços e
pernas da criança deverão estar flexionados.
5. Mãos fechadas com a criança em qualquer posição observe suas mãos. suas mãos, nesta faixa etária, permanecem fechadas.

OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA MAIOR DE 1 MÊS E MENOR QUE 2 MESES:


Sinal a ser procurado Posição da criança Resposta esperada
1. Vocaliza durante o exame da criança, em qualquer posição observe se se a criança produzir o som ou se o acompanhante diz
ela emite algum som, como som gutural, sons curtos de que ela o faz, considere alcançado este marco.
vogais, mas que não seja choro. Caso não seja observado,
pergunte ao acompanhante da criança se ela faz estes sons
em casa.
2. Esperneia com a criança deitada de costa, observe os movimentos de movimentos de flexão e extensão dos membros
alternadamente suas pernas. inferiores, geralmente sob a forma de pedalagem ou de
cruzamento entre eles, algumas vezes com descargas em
extensão.
3. Sorriso social com a criança deitada de costas, sorria e converse com ela. a criança sorri em resposta. O objetivo é obter mais uma
Não lhe faça cócegas e/ou toque sua face. resposta social do que física.
4. Abre as mãos com a criança deitada de costas observe suas mãos. em alguns momentos a criança
deverá abrir as mãos espontaneamente.
58

VERIFICAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA MENOR DE 2 MESES DE IDADE

Sempre que não houver uma classificação grave que necessita transferência urgente para o hospital
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
PERGUNTAR OBSERVAR
 Fez consulta pré-natal?
 Houve algum problema durante a MENOR DE 1 MÊS  Ausencia de um ou mais PROVAVEL ATRASO  Referir para avaliação
gravidez, o parto ou o nascimento  Reflexo de moro
reflexos / habilidades para NO psicomotor
da sua criança?  Reflexo
sua faixa étaria, OU
 Nasceu prematuro? cocleopalpebral DESENVOLVIMENTO
 PC < p10 ou > p90 OU
 Quanto pesou ao nascer?  Reflexo de sucção
 Presença de 3 ou mais
 A criança chorou logo quando  Braços e pernas
alterações fenotipicas
nasceu? flexionados
 A sua criança já teve alguma  Mãos fechadas
doença como meninigite,
Classificar o  Reflexos / habilidades  Aconselhar a mãe
traumatismo craniano ou
desenvolvimento presentes para sua faixa DESENVOLVIMENTO sobre como estimular
convulsões?
étaria sua criança
 A mãe e o paí da criança são NORMAL COM
 PC entre p10 e p90  Aconselhar a voltar ao
parentes? 1 MÊS A MENOS DE 2
 Ausencia ou presença de FACTORES DE RISCO controlo em 15 dias
 Existe alguma deficiência ou MESES
menos que 3 alterações  Informar a mãe sobre
problema de desenvolvimento na  Vocaliza
fenotipicas quando deve voltar
família?  Esperneia
 Existe um ou mais factor imediatamente (sinais
 Acha que a sua criança está alternadamente
de risco de alerta)
desenvolvendo-e bem?  Abre as mãos
 Sorriso social
FAÇA PERGUNTAS  Reflexos / habilidades  Elogiar a mãe
ADICIONAIS presentes para sua faixa  Aconselhar a mãe para
 Existem risco de violência étaria continuar a estimular
domestica?  PC entre p10 e p90 sua criança
DESENVOLVIMENTO
 Depressão materna? Alcoolismo?  Ausencia ou presença de  Aconselhar a mãe para
menos que 3 alterações NORMAL fazer as consultas de
OBSERVE E DETERMINE fenotipicas controlo
 Perimetro craniano (PC)  Não existe factor de risco  Informar a mãe sobre
 Presença de alterações fenotipicas quando deve voltar
imediatamente (sinais
LEMBRE-SE: de alerta)
Se a mãe da criança disse que seu
filho tem algum problema no
desenvolvimento ou se existe algum
fator de risco, fique mais atento na
avaliação desta criança
59

OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA DE 2 MESES A 2 ANOS DE IDADE :


Sinal a ser
Idade Posição da criança Resposta esperada
procurado
1. Fixa o olhar no Ela deitada de costas, coloque seu rosto de frente para o rosto da criança a Se a criança olhar para você ou para a mãe, ela alcançou
rosto do uma distância de aproximadamente 30 cm e observe se ela fixa o olhar no este marco.
examinador ou rosto. Caso a criança não fixe o olhar no seu rosto, peça a mãe que repita o
da mãe procedimento.
2. Fique atrás da criança e segure o pompom vermelho em cima do rosto dela, Se a criança acompanhar o
entre 20 e 30 cm, de maneira que ela possa vê-lo. Balance suavemente o pompom, somente com os olhos ou com os olhos e a
Segue objeto na pompom para atrair a atenção da criança. Quando tiver certeza que a cabeça, para os dois lados, ela alcançou este marco.
linha média. criança está fixando, mova o pompom lentamente para o lado DIREITO, e
2 depois faça o mesmo do lado ESQUERDO. Caso a criança perca de vista o
pompom você pode reiniciar o movimento (3 tentativas).
MESES:
3. Ela deitada de costas fique atrás da criança e segure o chocalho do lado e Se a criança demonstrar qualquer mudança de
próximo à orelha DIREITA (20 a 30 cm), de tal modo que a criança não comportamento tais como movimento dos olhos,
Reage ao som. possa vê-lo. Balance o chocalho suavemente e pare (1ª tentativa). Se a mudança de expressão facial ou de freqüência
criança não responder, repita o procedimento (no máximo 3 vezes). respiratória, ela alcançou este marco.
Novamente comece a prova, agora na orelha ESQUERDA.
4. Coloque a criança em decúbito ventral (barriga para baixo) na maca ou Se a criança levantar a cabeça na linha média,
colchonete. desencostando o queixo da superfície mesmo que
Eleva a cabeça.
momentaneamente, sem virar-se para um dos lados, ela
alcançou este marco.
1 Ela deitada de costas, fique em pé à frente da criança de maneira que ela Se a criança olhar no olho do examinador ou da mãe, se
possa ver o seu rosto. Converse com ela: “Oi, (diga o nome da criança), que ela sorrir ou emitir sons tentando “conversar”, ela terá
Responde ao
lindo bebê!” ou algo semelhante. Observe a reação da criança (sorriso, atingido este marco.
examinador.
vocalização, choro). Caso a criança não responda peça a mãe que posicione
o rosto à frente da criança e fale com ela.
4 2 Segure o chocalho e toque o dorso ou a ponta dos dedos da criança. Se a criança segurar o objecto por alguns segundos, terá
Segura objectos.
Observe a reação da criança. alcançado este marco.
MESES:
3 Fique em pé à frente da criança de maneira que ela possa ver o seu rosto. Se a criança emitir sons (gugu, aaaa, eeee, etc), considere
Emite sons. Converse com ela: “Oi, (diga o nome da criança), que lindo bebê!” ou algo alcançado este marco.
semelhante. Observe se a criança responde a sua fala com vocalizações.
4 Coloque a criança sentada mantendo suas mãos apoiando-lhe o tronco, ou Se a criança mantiver a cabeça firme, sem movimentos
Sustenta a
peça para mãe fazê-lo. oscilatórios, durante alguns segundos, considere atingido
cabeça.
este marco.
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OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA DE 2 MESES A 2 ANOS DE IDADE:


Sinal a ser
Idade Posição da criança Resposta esperada
procurado
1. Sentada no colo da mãe, de frente para o examinador. Pegue um cubo vermelho e Se a criança tentar apanhar o brinquedo estendo o
Alcança um coloque-o ao alcance da criança (sob a mesa ou na palma de sua mão, por braço ou lançando seu corpo até ele, ela terá
brinquedo. exemplo). Chame a atenção da criança para o cubo, tocando ao lado dele. Você atingido esse marco. Ela não precisa
não deve dar o cubo na mão da criança. necessariamente apanhar o brinquedo.
2. Sentada no colo da mãe, de frente para o examinador. Pegue um cubo vermelho e Se a criança levar o cubo à boca, ela terá alcançado
Leva objectos a coloque-o ao alcance da criança (sob a mesa ou na palma de sua mão, por ex). este marco.
6 boca. Chame a atenção da criança para ocubo, tocando ao lado dele. Caso a criança não
o alcance ou não tente alcançar, você deve colocar o cubo na mão da criança.
MESES:
3. Sentada no colo da mãe, de frente para o examinador. Ofereça um brinquedo Se a criança responder voltando a cabeça para o
(caneca ou o cubo) para a criança se distrair. Coloque-se atrás dela, fora da sua som em ambos os lados, ela terá atingido este
Localiza o som.
linha de visão e balance o chocalho suavemente próximo da sua orelha DIREITA. marco
Observe a resposta e registre. Repita o estímulo na orelha ESQUERDA.
4. deitada de costasColoque ao lado da criança deitada o chocalho chamando a Se a criança mudar de posição, virando-se
Rola. atenção dela para o mesmo. Observe se a criança consegue virar-se sozinha para totalmente, ela terá atingido este marco.
pegar o chocalho (posição de decúbito dorsal para decúbito ventral).
1. sentada no colo da mãe. Coloque-se na frente da criança e brinque de desaparecer Se ela tentar tirar o pano do seu rosto ou olhar
Brinca de esconde e aparecer, atrás de um pano ou atrás da mãe. Observe se a criança faz atrás da mãe, terá alcançado este marco.
–achou. movimentos para procurá-lo quando desaparece, como tentar puxar o pano ou
olhar atrás da mãe.
2. criança: sentada no colo da mãe. De frente para a criança, ofereça um cubo para Se ela transfere o primeiro cubo para a outra mão,
Transfere objetos
que ela segure. Observe se ela tenta passar de uma mão para a outra. Caso não o terá alcançado este marco.
de uma mão para
9 faça, ofereça outro cubo, estendendo sua mão na direção da linha média da
outra
criança, e observe.
MESES: 3. Observe se a criança fala “papa”, “dada”, “mama” durante a consulta. Se não o Se a criança produz sílabas duplicadas, ou se a
fizer, fale com ela ou peça para a mãe faze-lo, na tentativa de provocar a produção mãe referir que ela o faz, terá alcançado este
Duplica sílabas.
do balbucio. Pergunte a mãe se ela o faz em casa. As palavras não precisam, marco.
necessariamente, ter significado.
4. na maca ou no colchonete Dê um chocalho ou a caneca para a criança segurar e Se ela conseguir ficar sentada segurando o objeto
Senta sem apoio verifique se ela fica sentada sem o apoio das mãos. com as mãos, sem qualquer outro tipo de apoio,
terá alcançado este marco.
61

OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA DE 2 MESES A 2 ANOS DE IDADE:


Sinal a ser
Idade Posição da criança Resposta esperada
procurado
1. Sentada no colo da mãe. Pergunte para a mãe que tipo de gesto ela já ensinou para Se a criança imitar o gesto, terá alcançado este
seu filho (por exemplo: “bater palmas”, “jogar beijo”, “dar tchau”, etc). De frente marco. Caso a mãe diga que ela faz em casa
Imita gestos. para a criança faça um destes movimentos e verifique se a criança o imita. Caso a registre,
criança não imite, peça para a mãe tentar estimulá-la. Se mesmo assim a criança se
recusar a fazê-lo, pergunte a mãe se ela o faz em casa.
2. Sentada no colo da mãe Coloque sobre o colchonete ou sobre a palma da mão do Se a criança pegar a semente usando o
examinador, uma semente de milho ou feijão, Chame a atenção da criança para que movimento de “pinça” com qualquer
12 Faz pinça. ela tente pega-lo. Observe e verifique como a criança pega a semente parte do polegar associado ao dedo indicador, terá
MESES: atingido este marco.
3. Observe se a criança produz uma conversação incompreensível consigo mesma ou Se a criança emitir os sons ou se a mãe informar
com o examinador ou mãe, usando pausas e inflexão (isto é um “jargão” no qual os que ela o faz em casa, terá alcançado este marco.
Jargão.
padrões de voz variam e poucasou nenhuma palavra é distinguível). Se não for
possível observar, pergunte a mãe se a criança emite esses sons em casa e registre.
4. criança em pé, apoiada num móvel ou na perna da mãe. Estando a criança de pé, Se a criança conseguir dar alguns passos com
Anda com
peça a mãe que ofereçalhe um apoio (como a mão, uma toalha, ou um móvel, etc) apoio, terá alcançado este marco.
apoio.
encorajando-a a andar.
1. Sentada no colo da mãe. Pergunte para a mãe que tipo de gesto ela já ensinou para Se a criança o fizer, terá atingido este marco.
seu filho (por exemplo: “bater palmas”, “jogar beijo”, “dar tchau”, etc). De frente Caso a mãe diga que ela faz em casa registre, mas
Executa gestos a para a criança solicite VERBALMENTE que ela faça um destes movimentos e compute o que você verificou.
pedido. verifique se a criança o faz. Caso a criança não faça, peça para a mãe pedir que o
faça. Se mesmo assim a criança se recusar a fazê-lo, pergunte a mãe se ela o faz em
casa. Cuidado, você não deve demonstrar o gesto, apenas solicite verbalmente
2. Sentada no colo da mãe Pegue a caneca e 3 cubos e ponha ao alcance da criança Se a criança colocar pelo menos um cubo dentro
15 Coloca blocos na sobre a mesa ou colchonete. Certifique-se que a criança está atenta a sua realização. da caneca e o soltar, ela terá atingido este marco.
caneca. Pegue um dos cubos e demonstre a colocação dele na caneca. Retire o cubo e peça
MESES: para a criança: “Ponha os cubos na caneca.
3. Observe se durante a consulta a criança produz palavras espontaneamente. Registre. Se a criança fala pelo menos uma palavra que não
Produz uma seja “papa”, “mama”, nome de membros da
palavra. família ou de animais de estimação, terá atingido
este marco.
4. criança em pé. Peça à mãe que chame a criança. Observe o andar da criança. Fique Se ela anda bem, com bom equilíbrio, sem se
Anda sem apoio. próximo para oferecer apoio caso a criança necessite. apoiar, terá alcançado este marco.
62

OBSERVAR OS SEGUINTES COMPORTAMENTOS NA CRIANÇA DE 2 MESES A 2 ANOS DE IDADE:


Sinal a ser
Idade Posição da criança Resposta esperada
procurado
5. Sentada no colo da mãe ou no colchonete. lápis, a bola e a caneca, um ao lado Se a criança apontar ou pegar corretamente dois
do outro e próximo à criança. Solicite para a criança: “Mostre a bola”. Registre a dos três objetos, considere o marco alcançado.
resposta da criança. Se a criança aponta ou pega um outro objeto, acolha sem Caso a mãe diga que ela faz em casa registre, mas
Identifica 2 demonstrar sinais de reprovação e recoloque o objeto no local retirado. Solicite compute o que você verificou.
objectos. novamente para a criança: “Mostre o lápis”. Registre a resposta da criança.
Aceite o objeto que a criança der sem reprova-la. Finalmente, peça para a
criança mostrar a caneca.
6. Sentada no colo da mãe ou no colchonete. Coloque uma folha de papel (sem Se a criança faz rabiscos no papel,
18 Rabisca pauta) e um lápis sobre a mesa, em frente da criança. Você poderá colocar o espontaneamente, terá atingido este marco.
MESES: lápis na mão da criança e estimulá-la a rabiscar, mas não mostrar a ela como Desconsidere rabiscos acidentais causados por
espontaneamente.
fazê-lo. batidas de lápis no pape
7. Observe se durante a consulta a criança produz palavras espontaneamente. Se a criança fala três palavras além de “papai“ e
Produz 3 Registre. Caso ela não o faça, pergunte à mãe quantas palavras a criança fala e mamãe” nome de membros da família ou de
palavras. quais são. animais de estimação, terá atingido este marco.
Considere a informação da mãe
8. criança em pé. Observe se durante a consulta a criança anda para trás. Caso isto Se a criança der 2 passos para trás sem cair ou se a
Anda para trás. não ocorra, peça à criança que abra a porta da sala de exame e verifique se ela mãe referir que ela o faz, terá alcançado este
anda para trás. marco.
5. qualquer posição. Durante o exame da criança, solicite que ela tire qualquer peça Se a criança for capaz de remover qualquer peça
de roupa, exceto a meia, fraldas ou chinelos, fáceis de retirar. O objetivo é de roupa, ou se a mãe relata que ela faz em casa,
Tira roupa. verificar se a criança é capaz de remover uma peça de roupa, demonstrando terá alcançado este marco.
independência.
6. Sentada no colo da mãe ou no chão. Coloque 3 cubos sobre a mesa ou no chão Se a criança colocar os 3 cubos, um cubo sobre o
Constrói torre de em frente à criança. Pegue outros 3 cubos e faça um torre com eles. Diga para a outro e eles não caírem quando ela retirar sua
24 3 cubos. criança: “Faça uma torre como a minha. Construa uma torre”. São permitida mão, terá alcançado este marco.
3 tentativas.
MESES: 7. Sentada no colo da mãe Mostre a folha de papel com as 5 figuras pássaro, Se a criança apontar correctamente 2 das 5
cachorro, menina, carro e flor. (Anexo, Quadro de Figuras). Solicite à criança: figuras, terá alcançado este marco.
Aponta 2 figuras. “Mostre a menina” ou “Cadê a menina?” Registre a resposta da criança.
Repita o mesmo procedimento para todas as figuras.
8. em pé. Posicione a bola a mais ou menos 15 cm da criança ou jogue a bola para Se a criança chutar a bola sem apoiar-se em
Chuta a bola. a mesma. Verifique se ela chuta a bola. Pode demonstrar como fazê-lo. objetos terá alcançado este marco.
63

VERIFICAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA DOS 2 MESES AOS 2 ANOS DE IDADE

Sempre que não houver uma classificação grave que necessita transferência urgente para o hospital
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR

PERGUNTAR OBSERVAR OBSERVAR


 PC < p10 ou > p90 OU PROVAVEL  Referir para
 Fez consulta pré-natal? 2 MESES  Presença de 3 ou mais ATRASO NO avaliação
12 MESES DESENVOLV
 Houve algum problema durante a Fixa com o olhar o Imita gestos
alterações fenotipicas psicomotor
 Ausência de um ou mais IMENTO
gravidez, o parto ou o nascimento da rosto do examinador Segura pequenos
sua criança? ou da mãe marcos para a faixa étaria
objecto (faz a pinça)
 Nasceu prematuro? Segue objecto na Produz jargão
anteriror
 Quanto pesou ao nascer? linha media Anda com apoio
 A criança chorou logo quando Reage ao som  Ausência de um ou mais POSSIVEL  Aconselhar a mãe
nasceu? Classificar o marcos para a sua faixa ATRASO NO sobre como
Eleva a cabeça
 A sua criança já teve alguma doença desenvolvimento étaria DESENVOLV estimular sua
IMENTO criança
como meninigite, traumatismo 4 MESES
craniano ou convulsões? Responde ao 15 MESES  Aconselhar a voltar
 A mãe e o paí da criança são examinador Executa gestos a ao controlo em 30
parentes? pedido dias
Segura objecto  Todos os marcos para a sua
 Existe alguma deficiência ou Emite sons Coloca cubos na
faixa étaria estão presentes DESENVOLV  Informar a mãe
problema de desenvolvimento na Sustenta a cabeça caneca IMENTO sobre quando deve
mas existem um ou mais
família? Produz uma palavra NORMAL voltar
factores de risco
 Acha que a sua criança está 6 MESES Anda sem apoio COM imediatamente
desenvolvendo-e bem? FACTORES (sinais de alerta)
Alcança um DE RISCO
brinquedo 18 MESES
FAÇA PERGUNTAS ADICIONAIS Leva objecto a boca Identifica 2 objectos  Todos os marcos para a sua  Elogiar a mãe
 Existem risco de violência Localiza o som Rabisca faixa étaria estão presentes  Aconselhar a mãe
domestica? Rola espontaneamente para continuar a
 Depressão materna? Alcoolismo? Produz 3 palavras DESENVOL estimular sua
9 MESES Anda para traz criança
VIMENTO
OBSERVE E DETERMINE Brinca de esconde –  Aconselhar a mãe
 Perimetro craniano (PC) achou 24 MESES NORMAL para fazer as
 Presença de alterações fenotipicas Transfere objecto de Tira roupa consultas de
uma mão para outra Constrói torre com 3 controlo
LEMBRE-SE: cubos
Duplica sílabas  Informar a mãe
Se a mãe da criança disse que seu Aponta 2 figuras
Senta sem apoio sobre quando deve
filho tem algum problema no Chuta bola com o pé voltar
desenvolvimento ou se existe algum
imediatamente
factor de risco, fique mais atento na
(sinais de alerta)
avaliação desta criança
ANEXOS
1
TESTE DE HIV NA CRIANÇA NASCIDA DE MÃE INFECTADA
(ALGORITMO)
Diagnóstico de TUBERCULOSE em crianças
menores de 14 anos

Tem actualmente 2 ou mais sinais/sintomas


sugestivos de TB ?
(Tosse há mais de 2 semanas, febre há mais de 2 semanas, perda de peso,
falência de crescimento/perda ponderal, fadiga, adenomegalia)
Fazer teste de HIV para
todas as crianças com
qualquer sintoma
sugestivo de TB
NÃO SIM
Antibioterapia 7 a 10 dias

Curado Não curado Tem contacto com TB


pulmonar no último ano?

ALTA
NÃO SIM

Fazer Mantoux

Mantoux negativo ou Mantoux


não possível fazer positivo
Mantoux

Antibioterapia 7 a 10 dias

Tratar para TB

Curado Referir para consulta médica


Não curado se não responde ao
tratamento depois de 1 mês

ALTA
MANEJO DA DESNUTRIÇÃO AGUDA
CURVA DE CRESCIMENTO PARA RAPAZES

CURVA DE CRESCIMENTO PARA RAPARIGAS


CARTAO DE SAUDE DA CRIANCA

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