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MINISTÉRIO DA SAÚDE
DIRECÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PÚBLICA
FICHA TÉCNICA
Titulo: Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) - Caderno de Mapas para a Atenção Integrada à Criança Doente de 1 semana aos 2 meses e
dos 2 meses aos 5 anos
Ministério da Saúde
Direcção Nacional de Saúde Pública
Departamento de Saúde da Mulher e Criança
Av. Eduardo Mondlane /Salvador Allende
1008 – Maputo
Mocambique
Website – www.misau.gov.mz
Colaboradores:
Munira Abudou (MISAU-DNSP/DSMC); Gisela Azambuja (MISAU-DNSP/DSMC); Marta Chemane (MISAU-DNSP/DSMC); Irene Rungo
(MISAU-DNSP/DSMC); Bernardina Gonçalves (MISAU-DNAM); Iolanda Santos (MISAU); Elisa Chapola (ICSM); Ana Tovela (ICSM); Norgia
Machava (ISCISA); Nazir Amade (ISCISA); Daisy Trovoada (OMS); Alicia Carbonell (OMS); Natércia Fernandes (MCHIP/Jhpiego); Catarina Regina
(Save the Children);Arsenio Xavier (Save the Children); Raquel Zaqueu (USAID); Dulce Nhassico (USAID); Maria Grazia Lain (ICAP); Tatiana
Bocharnikova (HAI); Silvia Mikusova (EGPAF); Eduarda Gusmão (EGPAF); Luigi de Aquino (UNICEF).
PREFÁCIO
A Atenção Integrada às Doenças da Infância (AIDI) é uma abordagem integrada à sobrevivência, crescimento e desenvolvimento das crianças, que tem como
objectivos a redução da mortalidade em crianças com idade inferior a 5 anos, a melhoria da qualidade, da eficácia e da eficiência da atenção nos serviços de saúde,
a melhoria das práticas que dizem respeito à família e a comunidade, assim como da atenção prestada através do sistema de saúde. Essa abordagem integrada da
atenção à saúde da criança, desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), caracteriza-se
pela consideração simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, ao invés do enfoque tradicional que busca abordar cada doença
isoladamente, como se ela fosse independente das demais doenças que atingem a criança e do contexto do país em que ela está inserida. A Estratégia AIDI em
Moçambique está sendo implementado desde 1998 e está estruturada de acordo com os três componentes recomendados pela Organização Mundial de Saúde,
nomeadamente: melhorar as competências dos profissionais de saúde, melhorar a prestação do sistema de saúde e melhorar as práticas familiares e comunitárias.
Apesar dos progressos realizados nos últimos 15 anos, dado aos esforços desenvolvidos pelo Ministério da Saúde (MISAU), nos programas dirigidos à saúde da
criança, uma em cada 10 crianças ainda morre antes do quinto aniversário, segundo o IDS 2011, devido a doenças comuns da infância ( pneumonia, diarréia,
malária) e condições neonatais ( prematuridade, baixo peso ao nascer, infecções neonatais, e asfixia) das quais grande parte é atribuida a desnutrição. A AIDI
continua a ser uma estratégia fundamental para a melhoria da qualidade dos cuidados prestados às crianças nas unidades sanitárias de nível primário, na maioria
dos países em desenvolvimento, e em Moçambique. As avaliações da sua implementação ao longo dos anos, tem demonstrado que melhora o desempenho dos
profissionais de saúde e a qualidade dos cuidados das crianças. Se for implementada correctamente ainda pode reduzir a mortalidade infantil e melhorar o estado
nutricional e vale a pena o investimento, pois custa até seis vezes menos por criança corretamente manejada.
Desde da primeira edição do caderno de mapa o Ministério da Saúde tem vindo a actualizar as normas AIDI seguindo as revisões dos diferentes programas. Na
última revisão de 2006 foram introduzido as componentes neonatal e HIV bem como as recomendações da OMS de 2005. Nessa última edição, sob a liderança do
departamento de saúde da mulher e da criança em parceria com a OMS, UNICEF, USAID e MCHIP/Jhpiego, foi feita a revisão e actualização da Atenção
Integrada à Criança de 1 semana aos 2 meses e dos 2 meses aos 5 anos, levando em conta as condições neonatais, as novas curvas de crescimento, as últimas
versões das normas nacionais de malária, HIV, TB, vacinação e nutrição, assim como as recomendações de 2014 da OMS para o AIDI com base em novas
evidencias científicas que surgiram desde 2008.O presente documento constituí, uma ferramenta dinâmica e importante de orientação que deverá ser usada por
todos os profissionais e provedores de cuidados de saúde às crianças doentes menores de 5 anos à nível primário.
O Ministro da Saúde
AVALIAR, CLASSIFICAR E TRATAR A CRIANÇA DOENTE DOS 2 MESES AOS 5 ANOS DE IDADE
Uma criança que apresente qualquer sinal geral de perigo precisa de ser URGENTEMENTE assistida
Complete imediatamente a avaliação e administre o tratamento indicado antes de a transferir de forma a não perder tempo.
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NOTA:
* Se oxímetro de pulso estiver disponível, determinar a saturação de oxigênio e se < 90%referir a criança.
**Se não for possível usar o broncodilatador inalado, o Salbutamol oral pode ser tentado, mas não é recomendado para o tratamento de sibilância aguda grave.
***Nas US onde haja disponibilidade de aerossol ou salbutamol inalatório (bombinhas) dar 2 ‘’puffs’’ e repetir 3 vezes, a cada 15 minutos, antes de classificar como
pneumonia
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Fazer sinal da prega Sem sinais suficientes para SEM Dar alimentos e líquidos para tratar a diarreia em casa
na pele da região lateral classificar como: DESIDRATAÇÃO (Plano A)
com alguns sinais de Dar suplementos de Zinco por 14 dias , segundo as normas.
do abdómem. A pele
desidratação ou desidratação Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
volta ao estado anterior: grave. Voltar dentro de 5 dias para o controle
Muito lentamente
(mais de 2 segundos)?
Lentamente? Há desidratação DIARREIA Tratar a desidratação antes de transferir a criança a não ser
Imediatamente? PERSISTENTE que esta se enquadre noutra classificação grave.
Se diarreia há GRAVE Transferir para o hospital.
14 dias ou mais
Não há desidratação Fazer teste para o HIV
DIARREIA Aconselhar a mãe como alimentar uma criança com
PERSISTENTE DIARREIA PERSISTENTE.
Dar Multivitaminas e Zinco
Seguimento em 5 dias.
E fácil confundir o MARASMO com a DESIDRATAÇÃO GRAVE caso haja diarreia associada. Nesses casos deve-se dar RESOMAL e não SRO
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Toda criança com febre deve fazer TDR ou HTZ para Malária
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
Qualquer sinal geral de MALÁRIA GRAVE Se TDR Positivo Dar ARTESUNATO (IM) OU
perigo OU SUPOSITORIO de Artesunato para malária grave (primeira dose).
A SEGUIR, OBSERVAR E PALPAR: OU DOENÇA FEBRIL Dar a 1ª dose de Penicilina Cristalina (IM) ou Ampicilina (IM)+
PERGUNTAR: Rigidez da nuca e ou MUITO GRAVE Gentamicina (IM).
Observe e palpe o pescoço: Fontanela abaulada Tratar a criança para evitar hipoglicémia.
Há quanto tempo? - Tem rigidez da nuca? Classificar Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar uma dose de paracetamol
E
Se for há mais de Observe a fontanela: a FEBRE Transferir URGENTEMENTE para o hospital.
TDR +
7 dias, tem tido - está abaulada?
febre todos os Procure outras causas de febre Febre determinada Tratar com a primeira linha da malária ou com outro
dias? por anamnese ou ao antimalárico recomendado, segundo as normas.
Se tem febre há toque ou Temperatura axilar Se tiver febre ou se estiver quente ao toque, ou com uma
mais de 15 dias? de 37,5º C ou mais MALÁRIA Temperatura axilar de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
Observar se há sinais de Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
A criança teve SARAMPO: E Voltar ao controle em 3 dias se a febre persistir.
sarampo nos Se tiver febre todos os dias por mais de 7 dias, TRANSFERIR
Erupção generalizada e
últimos3 meses? TdR +. ou HTZ + para o hospital.
Um dos seguintes sintomas: Se tiver febre há mais de 15 dias, fazer o teste para o HIV e fazer
Tosse, corrimento nasal ou olhos o rastreio da TB acordo com as normas
avermelhados
Febre sem sinais de Perigo Dar paracetamol.
Faça TDR ou HTZ para confirmar a Malária DOENÇA FEBRIL Informar à mãe sobre quando voltar imediatamente.
E Voltar ao controle em 2 dias se a febre persistir.
SEM
Se tiver febre todos os dias por mais de 7 dias, TRANSFERIR
TDR ou HTZ negativo MALARIA para o hospital.
Se tiver febre há mais de 15 dias, fazer o teste para o HIV e
fazer o rastreio da TB acordo com as normas
Se a criança estiver com sarampo
agora ou se teve nos últimos 3
meses: Qualquer sinal geral de Dar Vitamina A, segundo as normas
Observe se há úlceras na boca perigo OU SARAMPO GRAVE Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
(estomatite) Opacificação da córnea OU COM Dar a primeira dose de um Antibiótico (IM) recomendado
As úlceras são alastradas s e Úlceras nos olhos OU COMPLICAÇÕES Se houver opacificação da córnea ou secreção dos olhos, aplicar
profundas? Classificar o
SARAMPO Úlceras alastradas e pomada oftálmica de Tetraciclina.
Observe se há secreção ou úlcera profundas na boca Transferir URGENTEMENTE para o hospital.
nos olhos (estomatite grave )
Observe se há opacificação da
córnea. Secreção nos olhos SARAMPO COM Dar Vitamina A.
COMPLICAÇÕES Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
OU NOS OLHOS OU Se houver secreção nos olhos, aplicar Tetraciclina oftálmica.
NA BOCA Tratar as lesões da boca com Violeta de genciana.
Estomatite Informar a mãe sobre quando voltar imediatamente
*Outras causas de febre: Voltar para o controle em 3 dias
Úlceras na boca, infecção urinaria, infecção da pele, Sarampo agora ou nos Dar Vitamina A.
Furúnculos, infecção das vias aéreas superiores, etc últimos 3 meses SARAMPO Se tiver febre de 37,5º C ou mais, dar paracetamol.
Informar a mãe sobre quando voltar imediatamente
NOTA: Nos casos de Malária Grave, se não for possível fazer ARTESUNATO (IM), administrar ARTESUNATO RECTAL, antes da transferência, segundo as normas.
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SE A RESPOSTA FOR OBSERVAR E PALPAR: Febre OU dor de garganta Dar Amoxicilina por 5 dias
SIM, E mais 2 dos sinais Dar um remédio inócuo para aliviar
- Observar se há exsudato seguintes: a dor de garganta
PERGUNTAR: Se a dor não passa ou a criança tem
esbranquiçado ou Gânglios linfáticos do FARINGOAMIGDALITE
- A criança tem febre? amarelado na garganta pescoço aumentados e AGUDA SUPURADA
febre alta, dar paracetamol
(historia de febre, quente ao dolorosos Voltar ao controlo em 5 dias
toque, ou com uma - Observar se a garganta Garganta eritematosa
Temperatura axilar de 37,5º está eritematosa (Vermelha) Exsudato branco ou
C) Classificar o
amarelado na garganta
- Palpar se há gânglios no
- Está com dor de PROBLEMA DA
pescoço, aumentados e
garganta? GARGANTA
dolorosos Febre ou dor de garganta Dar um remédio inócuo para aliviar
E a dor de garganta
Garganta eritematosa mas sem FARINGITE VIRAL Se a dor não passa ou a criança tem
gânglios linfáticos aumentados e febre alta, dar paracetamol
dolorosos no pescoço Aconselhar a mãe sobre os cuidados
a ter em casa
Verificar se há anemia?
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
Se a criança tem desnutrição aguda Sem palidez palmar SEM Dar vitamina A de rotina de 6 em 6 meses, a partir dos
grave e está recebendo Plumpy Nut, ANEMIA 6 meses
não dê ferro porque já existe uma Dar Mebendazol de rotina de 6 em 6 meses se a criança
quantidade adequada de ferro no tiver mais de 1 ano de idade, e repetir de 6 em 6 meses
Plumpy Nut Recomendar a mãe quando voltar imediatemente
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A SEGUIR, AVALIAR A INFECÇÃO POR HIV
Use esse quadro caso a criança não esteja seguido na consulta TARV
CANDIDIASE
Faça cuidados orais ao bebé ou à criança
ESOFÁGICA Se a mãe estiver a amamentar verifique a mama e a trate se tiver infecção.
Testar para HIV
Informar quando voltar imediatamente
Controlo em 2 dias
Placas brancas na boca que Trate a infecção e os problemas associados a alimentação de acordo com AIDI Define estádio III
podem ser removidas.
INFECÇÃO ORAL
Aconselhe a mãe acerca dos cuidados domiciliários em relação a infecção oral. A mãe deve:
Se estiver a amamentar, verifique as mamas da mãe . Em caso de infecção (camadas secas e brilhantes
sobre o mamilo e aréola), trate com nistatina ou violeta de genciana
Aconselhe a mãe a lavar as mamas depois de amamentar. Se estiver a alimentar com biberão, aconselhe
a mudar para copo e colher.
Se a infecção for severa, recorrente ou faríngea, avalie para HIV.
Dê paracetamol, para a dor.
Lesões brancas nos bordes LEUCOPLASIA ORAL Não requer tratamento mas pode-se administrar aciclovir Define estádio III
laterais da língua
Testar para HIV
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO
CONTRA-INDICAÇÕES AO BCG:
Lactente com infecção por HIV confirmada ou presuntiva;
Peso < 2Kg
Mãe com TB pulmonar em tratamento há menos de 2 meses
OU
SUPLEMENTAÇÃO COM VITAMINA A
Mãe com TB pulmonar em tratamento há mais de 2 meses, sem BK de controle ou com BK de
controle +: Dar a cada criança uma dose de vitamina A de 6
em 6 meses a partir dos 6 meses de idade.
o lactente deve fazer profilaxia com INH durante 6 meses após ter excluido a TB
congenita; Registar a dose no cartão de saúde da criança
o lactente pode fazer o BCG quando tiver acabado a profilaxia com INH e não
ter sinais/sintomas sugestivos de TB
ASSEGURE-SE DE QUE A CRIANÇA COM QUALQUER SINAL DE PERIGO SEJA TRANSFERIDA, depois de receber a primeira dose de um antibiótico apropriado e
/ou quaisquer outros tratamentos urgentes.
Verificar o nível de glicose no sangue em todas as crianças com sinais gerais de perigo, e no caso de hipoglicémia tratar.
Excepção: a rehidratação da criança indicada no plano C poderá resolver os sinais de perigo e não ser mais necessário transferir.
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TRATAR A CRIANÇA
ADMINISTRAR OS TRATAMENTOS E AS CONDUTAS IDENTIFICADAS NO QUADRO AVALIAR E CLASSIFICAR
ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ORAIS EM CASA DAR UM ANTIBIÓTICO ORAL APROPRIADO
PARA PNEUMONIA: AMOXICILINA – 50 mg/Kg; 2 vezes por dia – durante 5
Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais a serem dias
PARA INFECÇÃO AGUDA NO OUVIDO DAR: AMOXICILINA – 50 mg/Kg 2 vezes
administrados em casa.
por dia – durante 10 dias
Demonstrar como medir a dose. PARA DISENTERIA DAR: CIPROFLOXACINA: 15mg/Kg; 2 vezes por dia
- durante 3 dias
Observar a mãe enquanto pratica a medição da dose por si mesma.
Comprimidos de Comprimidos de
Pedir à mãe para administrar a primeira dose à criança na US. IDADE
250 mg 500mg
Explicar como administrar o medicamento, depois rotular e empacotar Menos de 6 meses 1/2 1/4
o medicamento (se for o caso). 6 meses – 5 anos 1 1/2
Se houver mais de um medicamento a ser administrado, contar e
empacotar separadamente cada medicamento.
DAR COTRIMOXAZOL (CTZ) PARA CRIANCAS COM HIV
Explicar que todos os comprimidos/cápsulas ou xaropes têm que ser COMFIRMADO OU CRIANCAS EXPOSTAS
usados até ao fim do tratamento, mesmo que a criança melhore. Não dar a crianças com menos de 4 semanas de idade.
Dar uma vez por dia CTZ a partir de 4 semanas de vida a todas as crianças expostas.
Assegurar-se que a mãe compreendeu todos os procedimentos Para crianças com HIV + confirmado, continuar CTZ e transferir para a consulta de
doenças crónicas segundo as normas nacionais
anteriores, antes de deixar a unidade sanitária.
PESO (Kg) XAROPE (40/200mg/5ml) COMPRIMIDOS (80/400mg)
<7 2.5 ml -
7-10 5 ml ½ comprimido
10-15 7.5 ml 1 comprimido
15-20 10 ml 1 comprimido
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TRATAR A CRIANÇA
Dar SAL FERROSO em caso de Anemia: uma dose diária durante 15 dias Tratamento alternativo da Malária
IDADE OU Comprimidos de sal ferroso XAROPE: fumarate ferroso Amodiaquina+ Artesunato (Combinação a dose fixa de AS+AQ)
PESO (200 mg de sal ferroso e 60 mg 100 mg/5 ml (20 mg de ferro Dar a primeira dose no centro de saúde e observar por uma hora, se a criança
vomitar dentro de uma hora repetir a dose.
de ferro elementar) elementar / ml) Em seguida dar uma vez por dia por dois dias, usando a combinação de dose fixa.
2-4 meses 1 ml Comprimidos
Peso (kg) Idade (AS+AQ)
(4-<6 kg)
em mg Dia 1 Dia 2 Dia 3
4-12 meses 1, 25 ml < 4.5 Não Recomendado
(6 - <10 kg)
1 – 3 anos > 4.5- < 9 2-11 meses 25 /67.5 mg 1 1 1
½ cp 2 ml
(10- <14 Kg) > 9 - < 18 1- 5 anos 50mg/135mg 1 1 1
3 – 5 anos ½ cp 2,5 ml > 18 - < 36 6 – 13 anos 100mg/270mg 1 1 1
(14 – 19 Kg) > 36 > 14 anos 100mg/270mg 2 2 2
TRATAR A CRIANÇA
ENSINAR À MÃE COMO DAR OS MEDICAMENTOS ORAIS EM CASA
Seguir as instruções abaixo para todos os medicamentos orais a serem administrados em casa.
Seguir, também, as instruções fornecidas na tabela de dosagem para cada um dos medicamentos.
TRATAR A CRIANÇA
GRISEOFULVINA
PESO COMPRIMIDOS (500 mg)
3-<6kg Se for criança de 3kg – 30mg; se for criança de 6kg – 60mg; uma vez por dia
6-<10kg 10mg/kg/dia uma vez por dia
10-19kg 10mg/kg/dia uma vez por dia
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Explicar à mãe ou ao acompanhante de que tratamento se trata e porquê deve ser dado.
Descreve as etapas do tratamento segundo o quadro apropriado.
Observar à mãe enquanto ela administra o primeiro tratamento na unidade sanitária (excepto xaropes para a tosse ou dor de garganta).
Informá-la sobre quantas vezes deve administrar o tratamento em casa.
Se for necessário o tratamento no domicilio, entregar à mãe o tubo de pomada de Tetraciclina e um pequeno frasco de Violeta de Genciana.
Antes da mãe deixar a unidade sanitária, assegurar-se de que ela tenha compreendido todos os procedimentos anteriores.
Tratar as infecções dos olhos com pomada de tetraciclina oftálmica Secar o ouvido usando algodão ou pano limpo
Limpar ambos os olhos antes de aplicar a pomada
Lavar as mãos Secar o ouvido pelos menos 3 vezes por dia.
Pedir a criança que feche os olhos Torcer um pano absorvente, ou um lenço de papel macio e resistente formando um
Usar um pano limpo e água para limpar e remover delicadamente toda a secreção rolo.
Aplicar a seguir a pomada de Tetraciclina em ambos os olhos, 3 vezes por dia Colocar o rolo de pano ou compressa no ouvido da criança, e remover as secreções
Pedir à criança que olhe para cima do ouvido.
Aplicar uma pequena quantidade da pomada na parte interna da pálpebra inferior
Substitua o rolo por outro limpo e repita o mesmo procedimento até que o ouvido
Tornar a lavar as mãos
esteja seco.
Não usar nenhuma outra pomada nem gotas para os olhos, nem colocar nenhuma outra
Colocar gotas de quinolona para ouvidos, na otite crónica, depois de secar três vezes
coisa nos olhos
ao dia durante duas semanas
Tratar até que a vermelhidão desapareça
Tratar Úlceras na Boca com Violeta de Genciana (VG) Tratar a candidíase / aftas com Nistatina
Tratar as úlceras na boca 2 vezes por dia. Tratar aftas quatro vezes ao dia durante 7 dias
Lavar as mãos.
Lavar as mãos Limpar a boca da criança usando um pano limpo e macio enrolado no dedo e
Limpar a boca da criança usando um pano limpo e macio enrolado no dedo e humedecido humedecido com água e sal.
com água e sal. Instilar 1ml nistatina quatro vezes por dia.
Pintar a boca com Violeta de Genciana (VG). Evite alimentar durante 20 minutos após medicação.
Tornar a lavar as mãos. Se a criança mama verifique os seios da mãe, se apresentam aftas trate com nistatina.
Continuar a usar VG durante mais 48 horas depois das úlceras terem sido curadas Aconselhar a mãe a lavar os seios depois de dar de mamar. Se a criança usa biberão
Dar paracetamol para aliviar as dores aconselhar a mudar para o copo e colher
Dar Paracetamol, se necessário para a dor
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DÊ ALIMENTO PRONTO PARA USO TERAPÊUTICO (APUT) “PLUMPYNUT” PARA CRIANÇAS QUE VÃO CONTINUAR O
TRATAMENTO DA DESNUTRIÇÃO EM CASA
O PlumpyNut (1 saqueta = 500kcal) usa-se para crianças com desnutrição grave mas sem complicações e para aquelas que vão continuar
o seu tratamento em casa na fase 2.
Estas crianças já devem estar dentro dos critérios para receber (na Fase 2) que são:
Bom apetite
Desaparecimento completo dos edemas
Sem outro problema médico
Se o PlumpyNut (alimento pronto para uso terapêutico) estiver disponível, a mãe ou quem cuida da criança deve levar uma quantidade para 30 dias de acordo com a tabela abaixo.
A mãe ou a pessoa que cuida da criança deve voltar de 15 em 15 dias para a unidade sanitária mais próxima, que estiver a fornecer o PlumpyNut, para a criança ser avaliada e receber mais
PlumpyNut, se for necessário (se ainda não atingiu o P/A esperado).
4 - 5,4 2 14 30 60
7 - 8,4 3 21 45 90
> 12 5 35 75 150
Lavar as mãos antes de dar o alimento pronto para uso terapêutico (o PlumpyNut).
Sente-se com a criança no colo e gentilmente oferecer o alimento pronto para uso terapêutico.
Incentive a criança a comer o PlumpyNut, sem forçar.
Dê pequenasquantidades regulares de PlumpyNut e incentivar a criança a comer, muitas vezes 5-6 refeições por dia.
Se a criança ainda é amamentada, deve continuar oferecendo leite materno antes de dar o PlumpyNut.
Ofereça bastante água limpa, para beber num copo, quando a criança estiver comendo PlumpyNut.
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DAR ARTESUNATO INJECTAVEL PARA MALÁRIA GRAVE DAR QUININO INJECTAVEL PARA MALÁRIA GRAVE
O risco de morte por malária grave é mais elevado nas primeiras 24 horas. O tempo entre a
transferência e a chegada à unidade sanitária de referência é geralmente longo, atrasando o Se o artesunato não estiver disponível ou for contra-indicado, o QUININO
início do tratamento correcto da malária. Neste período, o doente pode agravar ou até mesmo parenteral é uma alternativa aceitável ao tratamento da malária grave.
morrer
Dar a primeira dose de quinino por via intramuscular e transferir
Recomenda-se portanto, como medida pré-referência: URGENTEMENTE para o hospital
Artesunato IM
Artesunato rectal (supositório) em crianças SE NÃO FOR POSSÍVEL TRANSFERIR:
A ampola contendo 60 mg ácido artesúnico anídrico (pó) adicionar 1ml de solução de Dar a primeira dose de quinino por via intramuscular
bicarbonato de sódio (agitar muito bem 2-3´para boa diluição). Adicionar 2ml de dextrose a A criança deve permanecer deitada durante 1 hora
5% para obter uma concentração final de 60 mg/3ml (20mg/ml) para administração IM. Repetir a infecção de 8/8 horas, até que acriança esteja em condições de
tomar um antimalárico oral. Não continuar a administrar injecções de
Peso kg Artesunato por via IM quinino por mais de 1 semana
(20 mg/ml)
5-9 Kg 1 ml No caso de ampola de 300 mg/1 ml adicionar 4 ml de água destilada para fazer
10-13 Kg 1.5 ml uma concentração final de 300 mg/ 5ml (60 mg/ml)
14-17 Kg 2 ml
18-21 Kg 2.5 ml No caso de ampola de 600 mg/2 ml adicionar 8 ml de água destilada para fazer
22-25 Kg 3 ml uma concentração final de 600 mg/ 10ml (60 mg/ml)
26-30 Kg 3.5 ml
31-34 Kg 4 ml IDADE PESO Quinino por via IM Quinino oral
(60 mg/ml) (200 mg)
Administrar ARTESUNATO RECTAL (se Artesunato IM não disponível) 2-3 meses 4-6 Kg 1 ml -------------
4-12 meses 6- < 10Kg 1,5 ml 1/3
Nº total de
Peso Idade Artesunato em mg
supositórios 1-2 anos 10-12 Kg 2 ml 1/2
5-8.9 kg 0-12 meses 50 1
2-3 anos 12-14 Kg 2,5 ml 3/4
9-19 kg 13-42 meses 100 1
20-29 kg 43 – 60 meses 200 2 (de100 mg cada) 3-5 anos 14-19 Kg 3 ml 1
30-39 kg 6-13 anos 300 3 (de 100mg cada)
No caso do supositório de artesunato ser expelido até 30 minutos após a inserção, um 2º N.B. As crianças com menos de 5kg de peso e com malária grave, devem ser
supositório deve ser inserido e especialmente nas criançinhas, as nádegas devem ser mantidas tratadas com Quinino (EV/IM)
juntas durante 10 minutos para assegurar a retenção da dose rectal de artesunato.
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Administrar Vitamina A a todas as Crianças de 6 em 6 meses DAR UM ANTIBIÓTICO POR VIA INTRAMUSCULAR
PARA AQUELAS CRIANÇAS QUE SÃO TRANSFERIDAS:
PREVENÇÃO: Administrar AMPICILINA (50 mg / kg) OU PENICILINA CRISTALINA (50.000 UI/Kg) +
Administrar Vitamina A a todas as crianças para prevenir doenças graves GENTAMICINA (7,5 mg / kg)
- A primeira dose é aos 6 meses AMPICILINA:
- Depois, dar vitamina A de seis em seis meses a TODAS AS Diluir a ampola de 500 mg com 2,1 ml de água destilada 500 mg/2,5 ml
CRIANÇAS menores de 5 anos Se a transferência não é possível ou é atrasada, repetir a dose a cada 6 horas
Sempre que houver uma forte suspeita de meningite, a dose de ampicilina pode
TRATAMENTO: ser aumentada ate 4 vezes
Dar uma dose extra de vitamina A (mesma dose) para tratamento se a crianca PENICILINA CRISTALINA:
tiver XEROFTALMIA, SARAMPO ou DIARREIA PERSISTENTE. Diluir o frasco de 10.000.000 U com 20 ml de agua destilada para obter uma
concentracao de 500.000 U/ml
Se a criança tiver tido uma dose de vitamina A no mês anterior, NÃO DAR GENTAMICINA:
VITAMINA A. 7,5 mg / kg/ dia uma vez por dia
Registar sempre a dose de Vitamina A no cartão de saúde
IDADE OU AMPICILINA PENICILINA GENTAMICINA
PESO (Ampola de 500 CRISTALINA Ampola de 2 ml
Idade DOSE DE VITAMINA A – cápsula de 200.000 IU mg) (Ampola de (40mg / ml)
(½ Cápsula = 4 gotas) 10.000.000 U)
6-<12 meses 100 000IU ½ capsula 2 – 4 meses 1 ml 0,4 ml - 0,6 ml 0.5 ml – 1.0 ml
(4 – 6 Kg)
1 ano ou mais 200 000IU 1 capsula
4 – 12 meses 2 ml 0,6 ml - 1 ml 1.1 ml – 1.8 ml
(6 – 10 Kg)
Administrar: 100 mg – 2 vezes por dia, durante 3 dias OU uma 3 – 5 anos 5 ml 1,4ml - 1,9 ml 2.8 ml – 3.5 ml
(14 – 19 Kg)
dose única de 500 mg, a todas as crianças com idade de 1 ano ou
mais para prevenção das parasitoses.
E se a criança não recebeu o medicamento nos últimos 6 meses
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DAR LIQUIDOS ADICIONAIS PARA COMBATER A DIARREIA E CONTINUAR A ALIMENTAR
RECOMENDAR À MÃE: IDADE* Até 4 meses 4 até 12 meses 12 até 24 meses 2 até 5 anos
- Amamentar com maior frequência e por tempo mais longo de cada vez. PESO <6Kg 6 - <10kg 10 - <12kg 12 – 20kg
- Se a criança se alimenta exclusivamente de leite materno, pode-se dar SRO de baixa Quantidade de
osmolaridade ou água limpa além do leite materno com colher ou copo. líquidos depois
- Se a criança não estiver em regime exclusivo de leite materno, dar um ou mais dos de 4 horas, em
200 – 400 450 - 800 800 - 960 960 – 1600
seguintes: líquidos com base em alimentos (tais como sopa, água de arroz, papas ml
fermentadas) ou SRO de baixa osmolaridade. *Somente utilizar a idade da criança quando desconhecer o seu peso. A quantidade aproximada de
É especialmente importante dar SRO, de baixa osmolaridade, em casa quando: SRO de baixa osmolaridade necessária (em ml) também pode ser calculada multiplicando o peso da
- Durante esta visita a criança recebeu o tratamento do Plano B ou do Plano C. criança (em kg) por 75.
- A criança não pode voltar a Unidade Sanitária e se a diarreia piorar.
Se a criança quiser mais SRO de baixa osmolaridade, do que a quantidade citada, dar mais.
ENSINAR À MÃE A PREPARAR E A DAR SRO. Para a criança com menos de 6 meses que não estejam sendo amamentadas ao peito, dar
ENTREGAR DOIS PACOTES DE SRO À MÃE PARA UTILIZAR EM CASA. também 100 – 200 ml de água limpa durante este período.
MOSTRAR À MÃE A QUANTIDADE DE LÍQUIDOS ADICIONAIS A DAR EM DEMOSTRAR PARA À MÃE COMO ADMINISTRAR A SOLUÇÃO DE SRO DE
CASA ALÉM DOS LÍQUIDOS DADOS HABITUALMENTE: BAIXA OSMOLARIDADE.
Até 2 anos 50 a 100 ml depois de cada dejecção aquosa 2 anos ou mais 100 a 200 ml Dar com frequência pequenos goles de líquidos usando copo ou colher.
depois de cada dejecção aquosa Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos s depois continuar, porém mais lentamente.
Continuar a amamentar sempre que a criança o desejar.
Recomenda à mãe ou ao acompanhante a:
Administrar frequentemente pequenos goles de líquidos de uma chávena. APÓS 4 HORAS:
Se a criança vomitar, aguardar 10 minutos e depois continuar, porém mais lentamente. Reavaliar a criança e classificá-la quanto à desidratação.
Continuar a dar líquidos adicionais até a diarreia parar. Seleccionar o plano apropriado para continuar o tratamento.
Se possível, começar a alimentar a criança na Unidade Sanitária.
2. DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO CONFORME AS NORMAS SE, EM SITUAÇÕES EXCEPCIONAIS, À MÃE PRECISAR IR PARA CASA
INFORMAR A MÃE SOBRE A QUANTIDADE DE ZINCO QUE DEVE DAR: ANTES DE TERMINAR O TRATAMENTO:
Até 6 meses ½ comprimidos durante 14 dias Mostrar como preparar a solução de SRO, de baixa osmolaridade, em casa.
6 meses ou mais 1 comprimido durante 14 dias Mostrar sobre a quantidade de SRO, de baixa osmolaridade, a ser administrada de modo a
terminar as 4 horas de tratamento em casa.
MOSTRAR À MÃE COMO DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO
Bebés- dissolver o comprimido numa pequena quantidade de leite materno, SRO de baixa Explicar as 4 regras do tratamento domiciliar:
osmolaridade ou água limpa numa chávena 1. DAR LÍQUIDOS ADICIONAIS
Crianças maiores - os comprimidos podem ser mastigados ou dissolvidos numa pequena 2. DAR SUPLEMENTOS DE ZINCO
quantidade de água limpa numa chávena 3. CONTINUAR A ALIMENTAR
3. CONTINUAR A ALIMENTAR 4. QUANDO VOLTAR
4. QUANDO VOLTAR
30
Começar a dar líquidos imediatamente por via endovenosa (EV). Se a criança consegue beber, dar SRO de baixa
Pode administrar osmolaridade por via oral enquanto o gotejador estiver a ser montado. Dar 100 ml/kg de solução de Lactato de Ringer ( ou, se
imediatamente líquidos não for disponível, Soro Fisiológico) como se segue:
por via endovenosa SIM
(EV) IDADE Dar primeiro 30 ml/kg em: A seguir dar 70 ml/kg em:
LACTENTE (menor de 12 meses) 1 hora 5 horas
CRIANÇA (12 meses até 5 anos) 30 minutos 2 1/2 horas
Não Reavaliar a criança após 1-2 horas. Se não houver melhoria no estado de desidratação, aumentar a velocidade do gotejo
do soro EV.
Também dar SRO de baixa osmolaridade (cerca de 5 ml/kg/hora) logo que a criança conseguir beber: geralmente depois de
3-4 horas (bebés) ou 1-2 horas (crianças).
Reclassificar a desidratação dos bebés após 6 horas, e das crianças após 3 horas.
O tratamento Escolher, a seguir, o Plano apropriado (A, B ou C) para continuar o tratamento .
por via EV pode ser
feito nas
proximidades ? SIM TRANSFERIR URGENTEMENTE ao hospital para tratamento EV.
(há uns 30 minutos?) Se a criança consegue beber, entregar à mãe SRO, de baixa osmolaridade, e mostrar-lhe como administrar goles frequentes
durante o trajecto ou dar SRO de baixa osmolaridade através da sonda nasogástica.
Não
A criança consegue Reavaliar a criança 6 horas depois. Classificar a desidratação. A seguir seleccione o Plano apropriado (A, B ou C) para
beber?
SIM continuar o tratamento.
Não
NOTA:
Transferir URGENTEMENTE Se a criança não for transferida ao hospital, observá-la pelo menos durante 6 horas após a reidratação, a fim
para o hospital para de se assegurar que a mãe pode manter a hidratação dando a solução de SRO, de baixa osmolaridade, à criança
tratamento EV ou por SNG por via oral.
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SEGUIMENTO
CONSULTA DE CONTROLE
DIARREIA PERSISTENTE
Atendimento à criança que regressa para consulta de controle usando
os quadros que incluem todas as classificações anteriores da criança. Depois de 5 dias:
Se a criança apresentar qualquer novo problema, fazer uma reavaliação Perguntar:
completa e tratar tal como especificado no quadro A diarreia parou?
Quantas dejecções aquosas a criança tem por dia?
AVALIAR E CLASSIFICAR.
Tratamento:
Se a diarreia não tiver parado (a criança continua com mais de 3 dejecções
PNEUMONIA aquosas ao dia) faça uma avaliação completa da criança. Tratar a desidratação se
estiver presente. Depois TRANSFERIR ao hospital.
Depois de 3 dias:
Se a diarreia tiver parado (a criança tem menos de 3 dejecções aquosas ao dia)
Examinar a criança quanto aos sinais gerais de perigo. informar a mãe para seguir as recomendações da alimentação gerais de acordo com a
Avaliar a criança para determinar se tem tosse ou idade da criança
dificuldade de respirar. Se a criança tiver mais de 2 episódios de diarreia persistente, nos últimos 2 meses,
Perguntar: considerar uma possível infecção por HIV
.
A criança está a respirar mais lentamente? Consultar o quadro
A criança tem retração costal? AVALIAR E
A febre baixou? DISENTERIA
CLASSIFICAR
A criança está a alimentar-se melhor? Depois de 2 dias:
Avaliar a criança quanto a diarreia. Consultar o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
Tratamento:
Perguntar:
Se houver retracção subcostal ou algum sinal de perigo, dar uma dose de um As dejecções diminuíram?
antibiótico apropriado por via intramuscular. Há menos sangue nas fezes?
A seguir, TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital. A febre baixou?
As dores abdominais diminuíram?
Se não verificar nenhuma alteração na frequência respiratória, febre e A criança está a alimentar-se melhor?
alimentação for a mesma TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital Tratamento:
Se a criança estiver desidratada, tratar a desidratação.
Se a respiração estiver mais lenta, se a febre tiver baixado e se estiver a Se o número de dejecções, a quantidade de sangue nas fezes, dor abdominal ou a
alimentar-se melhor, completar os 5 dias de antibiótico. alimentação iguais ou estiverem pior TRANSFERIR PARA O HOSPITAL
Se a criança tiver mais que dois episódios de pneumonia, nos últimos 2 meses, Se a criança tiver menos dejecções, menos sangue nas fezes, a dor abdominal tiver diminuído
considerar uma possível infecção por HIV e a alimentar-se melhor, continuar a dar ciprofloxacina até ao fim do tratamento.
Assegure-se que:
A mãe compreende completamente o método de rehidratação oral
A mãe compreende a necessidade de uma refeição adicional em cada dia durante uma
semana
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CONSULTA DE CONTROLE
Atendimento à criança que regressa para consulta de controle usando os quadros que incluem todas as classificações anteriores da criança.
Se a criança apresentar qualquer novo problema, fazer uma reavaliação completa e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
.
CONSULTA DE CONTROLE
Assistira a criança que regressa para reavaliação e controle, usando todas as classificações anteriores da criança.
Se a criança apresentar qualquer problema novo, fazer uma nova reavaliação e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR .
INFECÇÃO DO OUVIDO
Depois de 5 dias:
Reavaliar o problema do ouvido. Consultar o quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
Avaliar a temperatura da criança.
Tratamento:
Se houver tumefacção dolorosa ao toque atrás da orelha, ou febre alta (38,5ºC ou mais), TRANSFERIR URGENTEMENTE para o hospital.
Infecção aguda do ouvido: se a dor do ouvido ou secreção purulenta persistem: Continuar a secar o ouvido com algodão ou pano limpo.
Fazer o controle após 5 dias.
Despiste de HIV, caso não tenha feito na consulta inicial
Infecção crónica do ouvido: Assegurar que a mãe esteja a secar correctamente o ouvido.
Despiste de HIV, caso não tenha feito na consulta inicial. Transferir para o hospital se possível.
Se não houver dor do ouvido nem secreção. Elogiar à mãe pelo tratamento cuidadoso dispensado e orientá-la a terminar o tratamento indicado.
SE, COM BASE NA PRIMEIRA CONSULTA OU NESTA, FOREM NECESSÁRIAS CONSULTAS DE CONTROLE ADICIONAIS, INFORMAR À MÃE OU AO ACOMPANHANTE PARA VOLTAR NA
PRÓXIMA CONSULTA DE CONTROLE.
INFORMAR TAMBÉM À MÃE OU AO ACOMPANHANTE SOBRE QUANDO VOLTAR IMEDIATAMENTE (CONSULTAR O QUADRO “RECOMENDAÇÕES PARA A ALIMENTAÇÃO DA CRIANÇA”)
34
CONSULTA DE CONTROLE
Assistira a criança que regressa para reavaliação e controle, usando todas as classificações anteriores da criança.
Se a criança apresentar qualquer problema novo, fazer uma nova reavaliação e tratar tal como especificado no quadro AVALIAR E CLASSIFICAR.
ALIMENTAÇÃO
Fazer perguntas sobre qual é a alimentação habitual da criança e, No caso de uma mãe estar ausente por mais de 3h00 e não poder dar o
em particular, qual a alimentação durante esta doença: peito diretamente, ela poderá expremer o leite do peito e deixar para que
outra pessoa alimente o seu bébé.
Comparar as respostas da mãe com as das recomendações para a
alimentação, consoante a idade da criança. Extração do leite
O leite materno espremido deve ser aquecido em banho maria do seguinte modo:
*Se o peso for muito baixo para a idade, Colocar o recipiente com leite espremido numa panela;
- Que quantidade de comida dá à criança? Ferver água noutro recipiente e, depois de fervida colocar a água fervida na
- A criança come do seu próprio prato? panela onde está o recipiente com o leite;
- Quem dá de comer à criança e como? Deixar a água da panela arrefecer e, quando ela fôr capaz de mergulhar o seu
dedo nesta água sem se queimar, então o leite já poderá ser dado ao bebé.
Durante esta doença, houve mudança na alimentação da criança? O leite de peito espremido e aquecido deverá ser dado a criança até uma 1
hora após o aquecimento.
Se houve, qual?
O leite aquecido deverá ser dado à criança através de um copo
Não se deve guardar as sobras de leite para a próxima refeição da criança
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Se a criança não estiver a ser alimentada conforme se Se a mãe estiver a usar biberão para alimentar a criança:
recomenda, aconselhar a mãe sobre o que fazer. Adicionalmente: Recomendar que use um copo em vez do biberão.
Mostrar à mãe como alimentar a criança usando um copo.
Se a mãe declarar ter dificuldade com a amamentação, avaliar a
amamentação (CONSULTAR O QUADRO REFERENTE A
Se a criança doente não estiver a alimentar-se bem, aconselhar a
CRIANÇAS COM MENOS DE 2 MESES)
Mostrar à mãe a posição mais adequada para o aleitamento mãe a:
Amamentar com mais frequência e, se possível, por mais tempo.
materno.
Usar os alimentos favoritos, leves, variados e apetitosos para
Se a criança tiver menos de 6 meses e estiver a tomar outro tipo encorajar a criança a comer tanto quanto possível, e dar pequenas
de leite ou alimentos: quantidades com frequência.
Fazer ver à mãe de que é capaz de produzir todo o leite materno Limpar o nariz entupido se estiver a atrapalhar a alimentação.
de que a criança necessita. Esperar que o apetite melhore à medida que a criança se vai
Sugerir que amamente com maior frequência e por mais tempo, restabelecendo.
de dia e de noite, e que reduza gradualmente outro tipo de leite
ou alimentos. Se a criança tem pouco apetite:
Todas as mães devem ser aconselhardas sobre a importancia de Preparar, com frequência, pequenas refeições.
evitar a alimentação mista. Dar leite em vez de outros líquidos, excepto quando tiver diarreia
TODAS as crianças até os 6 meses de idade devem ser com alguma desidratação.
alimentadas exclusivamente com leite materno Dar pequenas quantidades de comida entre as refeições.
Dar alimentos de alto teor energético.
Se for necessário continuar a dar outro tipo de leite (casos Verificar, com regularidade, se a boca da criança tem candidíase
raros), aconselhar a mãe a: ou estomatite.
Amamentar tanto quanto possível, inclusive à noite. (não aplica
no caso de mães HIV positivas – elas devem dar aleitamento Se a criança tiver a boca inflamada ou com estomatite:
materno ou aleitamento artificial apenas) Dar alimentos leves que não façam arder a boca, tais como ovos,
Certificar-se que o outro tipo de leite é um substituto apropriado puré de batata, abóbora ou abacate.
do leite materno. Evitar alimentos picantes, salgados ou ácidos.
Assegurar que o outro tipo de leite é preparado correcta e Cortar os alimentos em pedaços pequenos.
higienicamente e administrado em quantidades apropriadas. Dar líquidos frescos ou gelo, se estiver disponível.
Usar o leite preparado no espaço de uma hora.
TODAS as crianças até os 6 meses de idade devem ser alimentadas Se a mãe estiver doente, prestar-lhe tratamento ou
exclusivamente com leite materno transferi-la para uma consulta.
Depois dos 6 meses, a mãe deve introduzir alimentos complementares
adequados, e continuar a amamentação durante os 12 primeiros meses
de vida. Se tiver algum problema no seio (tais como engurgitamento, mamilos
Após os 12 meses, a amamentação deve continuar até que uma dieta inflamados, infecção no seio), tratá-la ou transferi-la para a consulta
complementar e nutricionalmente adequada e segura possa ser médica.
oferecida sem leite materno Recomendar-lhe que coma bem para manter o vigor e a saúde.
O desmame deve ser gradual, em um período de 1 mês Verificar o estado vacinal da mãe e, se necessário, administrar-lhe
VAT (vacina antitetânica).
Se a infecção por HIV é confirmada, é necessário encorajar a mãe a Aconselhar-lhe para fazer o Planeamento Familiar
continuar com a amamentação exclusiva até os 6 meses de idade, e dar Aconselhar-lhe sobre infecções de transmissão sexual e prevenção do
o tratamento ARV HIV.
Aconselhar a mãe sobre a sua própria nutrição e sobre a importância de Encorajá-la a procurar aconselhamento sobre o HIV e a ser testada, se
uma dieta equilibrada para a manter saudável. Encorajá-la a estiver preocupada com a possibilidade dela própria estar infectada
plantar vegetais para uso na alimentação da familia. pelo HIV ou alguém da sua família.
Realçar a importância da higiene pessoal e a importância da lavagem Referir todas as mães HIV positivas para o exame de CD4 e para o
das mãos. TARV se fôr elegível
QUANDO
Com o VOLTAR
consentimentoA UNIDADE SANITÁRIA
da mãe, informar o trabalhador de saúde
comunitário e/ou um grupo de apoio local.
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INFORMAR A MÃE
Se a criança tiver:SOBRE QUANDO VOLTAR À UNIDADE SANITÁRIA
CONSULTA DE CONTROLE
Avisar a mãe quando voltar para a próxima consulta e vacina, segundo o calendário de vacinação
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AVALIAR, CLASSIFICAR E TRATAR A CRIANÇA DOENTE COM IDADE ENTRE 1 SEMANA E 2 MESES
AVALIAR CLASSIFICAR TRATAR
FAZER UMA AVALIAÇÃO RÁPIDA DE TODAS AS CRIANÇAS PERGUNTAR À MÃE QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DA CRIANÇA USAR TODOS OS QUADROS QUE
CORRESPONDAM AOS SINTOMAS E PROBLEMAS DA CRIANÇA PARA CLASSIFICAR A DOENÇA
Verificar se é a primeira consulta para este problema ou se é uma consulta para reavaliação.
Se for uma consulta para reavaliação, utilizar as instruções aplicáveis.
Se for a primeira consulta, avaliar a criança como se segue:
A ICTERICIA que aparece nas PRIMEIRAS 24 h de vida é sempre GRAVE. A causa mais frequente é quando a mãe é Rh Negativo
COM
O que é diarreia no pequeno lactente? DIARREIA Com diarreia há 14 Se a criança estiver desidratada, tratar a desidratação
HÁ dias ou mais COM DIARREIA antes de transferir, a não ser que o lactente também
Mudança do padrão habitual das fezes 14 DIAS OU PERSISTENTE tenha uma POSSÍVEL INFECÇÃO BACTERIANA
e se elas são mais numerosas e aquosas MAIS
GRAVE GRAVE.
(mais água do que matéria fecal).
TRANSFERIR para o hospital.
No pequeno lactente que toma leite do
peito as fezes são normalmente COM SANGUE
frequentes e/ou semi-sólidas, mas neste NAS FEZES Com sangue nas TRANSFERIR para o hospital
caso não se trata de diarreia. fezes SANGUE NAS
FEZES
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AVALIAR PARA A INFECÇÃO POR
HIV
PERGUNTAR:
Dar profilaxia com cotrimoxazol a partir das 4
a mãe ou a criança já Teste PCR semanas
fizeram o teste de HIV? Positivo INFECÇÃO Transferir para TARV se possível
POR HIV Avaliar a alimentação e aconselhar sempre que
Se sim anote os resultados da CONFIRMADA for necessário
mãe e do bebé: Aconselhar a mãe sobre cuidados a ter em casa
Seguimento após 14 dias
Para a mãe: o teste rápido
Classificar A mãe é HIV Dar profilaxia com cotrimoxazol a partir das 4
por Anticorpo foi positivo
Infecção por HIV positivo EXPOSIÇÃO semanas
ou Negativo?
com base no OU
AO HIV Avaliar a alimentação e aconselhar, quando
Para o bebé: resultado do teste A criança é necessário, sobre as opções alimentares
•o teste rápido por PCR DNA
negativo
Referir para CCR *
Anticorpo foi positivo ou
OU Seguimento após 14 dias
Negativo?
• o teste PCR DNA foi Teste
positivo ou Negativo? rápido foi
positivo
Se não fizeram teste de HIV:
Fazer teste HIV a mãe Teste de HIV INFECÇÃO Tratar, aconselhar e fazer o seguimento de
Se mãe HIV positiva testar negativo para POR HIV infecções, se existentes
a criança usando o PCR a mãe e para POUCO Aconselhar a mãe acerca da alimentação e
DNA a criança acerca da sua própria saúde.
PROVÁVEL
Aconselhar a mãe sobre os cuidados a ter com a
criança em casa
* Nas US com TARV a mulher lactante HIV positiva deve inciar o TARV para toda vida e a criança dela deve receber a profilaxia com
ARV durante 6 semanas
Nas US sem TARV a criança exposta deve receber profilaxia com ARV durante o periodo de amamentação e 2 semanas após o desmame
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PERGUNTAR: OBSERVAR, OUVIR, Qualquer um dos sinais Se a criança não estiver bem posicionada
PALPAR : seguintes ou se não estiver a sugar bem, ensinar a
Se o lactente é amamentado? posição correcta e ensinar como agarrar o
- Se sim quantas vezes dá de ►Não chupa bem OU mamilo.
Determinar o peso para a Se a criança não consegue agarrar bem o
mamar em 24h?
idade. ►Não agarra bem o mamilo, ensinar a mãe a espremer o leite e
Se o lactente recebe outros mamilo (não tem boa pega) amamentar por um copo
alimentos ou líquidos para além Verificar o peso ao nascer OU Se amamentar menos de 8 vezes em 24
do leite materno? Classificar a PROBLEMAS DE horas, aconselhar a mãe a aumentar a
- Se a resposta for sim, com que Verificar se há lesões ou Alimentação ►Mama menos de 8 vezes
placas brancas na boca frequência das mamadas.
frequência? em 24 horas, OU ALIMENTAÇÃO
(monilíase oral) Aconselhar a mãe a amamentar as vezes e o
- Se sim que tipo de outros
OU tempo que a criança quiser, durante o dia e
alimentos ou liquido dá? ►Recebe outros alimentos
OBSERVAR SE TEM a noite.
ou líquidos para além do BAIXO PESO
AVALIAR A Se a criança receber outros alimentos ou
SINAL DE BOA PEGA: leite do peito, OU
AMAMENTAÇÃO líquidos, aconselhar a mãe a amamentar
O queixo da criança toca o mais vezes, reduzindo os outros alimentos e
►A criança mamou na última seio. ►Tem baixo peso para a líquidos e a usando um copo.
hora? A boca está bem aberta. idade, OU Se a criança estiver com monilíase oral,
Se não pedir à mãe para lhe dar O lábio inferior está ensinar a mãe a tratá-la em casa.
peito. Observar a amamentação curvado para fora. ► Tem lesões ou placas Informar a mãe sobre como cuidar da
durante 4 minutos. A aréola é mais visível na brancas na boca criança em casa.
Se sim perguntar à mãe se pode parte de cima do seio do Marcar, para os próximos 2 dias, consulta
esperar e pedir-lhe que informe que de baixo. de controle referente a problemas de
quando a criança quiser mamar alimentação ou de monilíase oral.
novamente. Fazer o controle referente ao baixo peso
(todos estes sinais devem estar
A criança consegue agarrar presentes se a prática de
para a idade num período de 7 dias.
bem o mamilo? Tem boa pega? aleitamento é boa).
Não tem boa pega? ► Não tem baixo peso SEM PROBLEMA Elogiar a mãe por estar a alimentar bem o
Limpar o nariz se obstruido com A criança está a chupar bem para a idade e não há lactente.
(isto é, tem sucções lentas e DE
gotas de solução salina, se estiver outros sinais de Aconselhar a mãe sobre como cuidar da
a atrapalhar a amamentação. profundas, com pausas alimentação inadequada ALIMENTAÇÃO criança em casa.
ocasionais)? Informar quando voltar imediatamente
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CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO:
Dar todas as doses em falta nesta visita
IDADE VACINAS
Incluir as crianças doentes
Nascimento BCG OPV-0
Informar a mãe quando voltar para a
2 meses DPT-1+HEP-B+ Hib1+PCV10-1 OPV-1 RTV1 próxima dose
ENSINAR A MÃE COMO MANTER A CRIANÇA AQUECIDA DURANTE O TRAJECTO PARA O HOSPITAL
Para tratar Pústulas da Pele Para tratar Candidíase oral Para prevenir a Infecção Umbilical
com Violeta de Genciana com Nistatina ou Violeta de Genciana com clorexidina tópica à 4%
A mãe deve fazer o tratamento 2 vezes ao dia A mãe deve fazer o tratamento durante 7 dias: A mãe deve fazer o tratamento 2 vezes
durante 5 dias: ao dia durante 5 dias:
Lavar as mãos Lavar as mãos Lavar as mãos
Retirar o pús e crostas lavando suavemente Lavar a boca da criança usando um pano macio Aplicar clorexidina tópica à 4% no
com água e sabão enrolado no dedo e humedecido com água e sal coto umbilical
Secar a zona Administrar 1 ml de Nistatina 4 vezes ao dia Lavar as mãos
Pincelar com Violeta de Genciana aquosa OU pincelar a boca com Violeta de Genciana
0.5% . diluída a 0.5% 2 vezes ao dia
Lavar as mãos. Lavar as mãos
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ACONSELHAR A MÃE
ACONSELHAR A MÃE
COMO PREPARAR DE FORMA SEGURA O COMO ALIMENTAR O PEQUENO LACTENTE COM O COPO
SUBSTITUTO DE LEITE MATERNO
Pôr a criança sentada no colo na posição vertical ou semi-vertical.
Utilizar sempre uma chávena ou um copo e uma
colher para medir a água e uma colher de cabo Levar um pequeno copo de leite aos lábios da criança:
comprido, em forma de concha, para medir o leite o inclinar o copo de modo a que o leite toque nos lábios
artificial. o o copo deve pousar suavemente no lábio inferior da
Lavar sempre as mãos antes de preparar a refeição criança e a borda do copo deve tocar na parte exterior do
Ferver a água e depois deixá-la arrefecer. Manter o lábio superior
recipiente com água coberto enquanto arrefece. o a criança fica alerta e abre a boca e os olhos.
Medir a quantidade do pó de leite artificial numa
chávena ou copo com medidas, seguindo as Não verter o leite para a boca da criança. Apenas segurar no copo
recomendações escritas para cada tipo de leite. colocando-o junto aos lábios e deixar que a criança, ela própria,
absorva o leite.
Adicionar uma pequena quantidade da água fervida e
arrefecida e agitar. Encher com água a chávena ou o
copo até a marca. Agitar bem. Quando a criança estiver satisfeita, fecha os olhos e não absorve
mais.
Alimentar a criança com copo.
Lavar os utensílios usados
QUANTIDADE NECESSÁRIA DE SUBSTITUTOS DO LEITE
MATERNO, POR DIA
ACONSELHAR A MÃE HIV-POSITIVA NO CASO DE
ESTA OPTAR POR NÃO AMAMENTAR Idade Peso (Kg) Quantidade Número de
A mãe deverá receber aconselhamento antes de tomar esta decisão ! (meses) aproximada em 24 h refeições por dia
Assegure-se que a mãe tenha uma fonte apropriada de alimentação substituta Nascimento 3 400ml 8x 50ml
Assegure-se que a mãe sabe preparar correcta e higiénicamente o leite e tenha 4 semanas 3 450ml 8x 60ml
facilidades e recursos para o fazer 2 meses 4 600ml 7x90ml
Demonstre como alimentar com o copo e uma colher
3 meses 5 750ml 6x120ml
Certifique-se que a mãe compreende que a alimentação preparada deve ser
4 meses 5,5 750ml 6x120ml
terminada dentro de uma hora após a preparação.
5 meses 6 900ml 6x150ml
Certifique-se que a mãe compreende que misturar o aleitamento materno com a
alimentação de substituição pode aumentar o risco da infecção de HIV e é uma 6 meses 8 900ml 6x150ml
DIARREIA
Ao fim de 2 dias:
ICTERICIA
Ao fim de 1 dia:
Procure icterícia. As palmas das mãos e plantas dos pés estão amarelo?
- Se as palmas e plantas dos pés estão amarelos, transferir para o hospital.
- Se as palmas e plantas dos pés não estão amarelos, mas a icterícia não diminuiu, aconselhar a mãe sobre os cuidados a ter em casa e pedir-lhe para
voltar para o controlo dentro de 1 dia.
- Se a icterícia começou a diminuir, tranquilizar a mãe e e pedir-lhe para continuar com os cuidados em casa. Peça-lhe para voltar ao controlo quando
o bebé tiver 2 semanas de vida.
- Se icterícia continua para além de duas semanas de idade, referir para o hospital para uma avaliação mais aprofundada
Um desenvolvimento infantil satisfatório, principalmente nos primeiros anos de vida, contribui para a formação de um sujeito com suas
potencialidades desenvolvidas, com maior possibilidade de tornar-se um cidadão mais resolvido, apto a enfrentar as adversidades que a vida
oferece, reduzindo-se assim as disparidades sociais e econômicas da nossa sociedade.
Acompanhar o desenvolvimento da criança nos dois primeiros anos de vida é de fundamental importância, pois é nesta etapa da vida extra-uterina que o
tecido nervoso mais cresce e amadurece, estando portanto mais sujeito aos agravos. Devido a sua grande plasticidade, é também nesta época que a criança
melhor responde às terapias e aos estímulos que recebe do meio ambiente.
Portanto, para que se possa realizar a vigilância do desenvolvimento infantil na atenção primária à saúde, é necessário que os profissionais de saúde tenham
conhecimentos básicos sobre desenvolvimento infantil. É importante que este profissional conheça como se comporta uma criança normal, que factores
podem contribuir para que seu desenvolvimento possa se alterar e reconhecer comportamentos que possam sugerir algum problema.
Até 6 meses de vida Dos 6 – 9 meses Dos 9 – 12 meses Dos 12 – 24 meses Depois dos 24 meses
Proporcione formas de Proporcione ao seu Esconda o seu brinquedo Dê ao seu filho objectos Ajude o seu filho a
seu bebê ver, ouvir, sentir, filho um ambiente favorito debaixo de um pano para empilhar ou colocar contar, nomear e
mover-se livremente e limpo e seguro para ou numa caixa, e veja se a em recipientes e retirar. comparar dando lhe por
tocar em você. ele brincar. criança consegue encontrá- Comunique com sua exemplo objectos de
Olhe nos olhos do bebê e Dê-lhe brinquedos lo. criança fazendo-lhe cores e formas
fale com ele quando que ele possa Ensine ao seu filho os nomes perguntas simples. diferentes
estiver amamentando. manipular, bater e das coisas e das pessoas. Responda a suas tentativas Incentive seu filho a
Afinal mesmo um recém- largar, por exemplo Ensine lhe como dizer coisas de conversar. falar e responder as
nascido consegue ver o recipientes com com as mãos, como por Mostre-lhe fotos e coisas perguntas.
seu rosto e ouvir sua voz. tampas, panela e exemplo “adeus, tata” da natureza. Ensine-lhe histórias
colher canções e jogos de
criança.
57
Sempre que não houver uma classificação grave que necessita transferência urgente para o hospital
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
PERGUNTAR OBSERVAR
Fez consulta pré-natal?
Houve algum problema durante a MENOR DE 1 MÊS Ausencia de um ou mais PROVAVEL ATRASO Referir para avaliação
gravidez, o parto ou o nascimento Reflexo de moro
reflexos / habilidades para NO psicomotor
da sua criança? Reflexo
sua faixa étaria, OU
Nasceu prematuro? cocleopalpebral DESENVOLVIMENTO
PC < p10 ou > p90 OU
Quanto pesou ao nascer? Reflexo de sucção
Presença de 3 ou mais
A criança chorou logo quando Braços e pernas
alterações fenotipicas
nasceu? flexionados
A sua criança já teve alguma Mãos fechadas
doença como meninigite,
Classificar o Reflexos / habilidades Aconselhar a mãe
traumatismo craniano ou
desenvolvimento presentes para sua faixa DESENVOLVIMENTO sobre como estimular
convulsões?
étaria sua criança
A mãe e o paí da criança são NORMAL COM
PC entre p10 e p90 Aconselhar a voltar ao
parentes? 1 MÊS A MENOS DE 2
Ausencia ou presença de FACTORES DE RISCO controlo em 15 dias
Existe alguma deficiência ou MESES
menos que 3 alterações Informar a mãe sobre
problema de desenvolvimento na Vocaliza
fenotipicas quando deve voltar
família? Esperneia
Existe um ou mais factor imediatamente (sinais
Acha que a sua criança está alternadamente
de risco de alerta)
desenvolvendo-e bem? Abre as mãos
Sorriso social
FAÇA PERGUNTAS Reflexos / habilidades Elogiar a mãe
ADICIONAIS presentes para sua faixa Aconselhar a mãe para
Existem risco de violência étaria continuar a estimular
domestica? PC entre p10 e p90 sua criança
DESENVOLVIMENTO
Depressão materna? Alcoolismo? Ausencia ou presença de Aconselhar a mãe para
menos que 3 alterações NORMAL fazer as consultas de
OBSERVE E DETERMINE fenotipicas controlo
Perimetro craniano (PC) Não existe factor de risco Informar a mãe sobre
Presença de alterações fenotipicas quando deve voltar
imediatamente (sinais
LEMBRE-SE: de alerta)
Se a mãe da criança disse que seu
filho tem algum problema no
desenvolvimento ou se existe algum
fator de risco, fique mais atento na
avaliação desta criança
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Sempre que não houver uma classificação grave que necessita transferência urgente para o hospital
SINAIS CLASSIFICAR TRATAR
ALTA
NÃO SIM
Fazer Mantoux
Antibioterapia 7 a 10 dias
Tratar para TB
ALTA
MANEJO DA DESNUTRIÇÃO AGUDA
CURVA DE CRESCIMENTO PARA RAPAZES