TCC - Centro de Dança Juliana Yanakieva

CENTRO DE DANÇA
JULIANA YANAKIEVA
Universidade Federal Fluminense - UFF
Escola de Arquitetura e Urbanismo - EAU
Introdução ao Trabalho de Conclusão de Curso
Aluna Juliana Ruchaud Nazareth
Caderno de Trabalho de Conclusão de Curso
Orientador Caio Nogueira
Discente - Juliana Ruchaud Nazareth
Orientação - Caio Nogueira
Supervisão TCC - Gustavo Martins Niterói, Mês 2022
Niterói, Julho 2023

PRÓLOGO ATO III
05 INTRODUÇÃO 31 O PROJETO
ÍNDICE Apresentação 32 Criação da forma

Quem foi Juliana Yanakieva? 34 Imagens externas da construção
A arte da dança 40 Plantas do Térreo
43 Ambientes do Térreo
ATO I 60 Plantas do 1º Pavimento
09 MOTIVAÇÃO 63 Ambientes do 1°Pavimento
Vivência pessoal 76 Planta da Cobertura
11 METODOLOGIA 77 Planta de Implantação
Entrevista com profissionais 78 Áreas Externas
Referências projetuais 89 Cortes e Fachadas
Considerações 94 Análise Solar
ATO II REVERÊNCIA
24 TERRENO 97 Agradecimentos Finais
Escolha do local
Análise do terreno
Análise do entorno
29 DIRETRIZES
Programa de necessidades
"Antes da linguagem, antes da música, a necessidade de extravasar um
sentimento fez o homem dançar. Com passos simples, movimentos místicos,
dançou de alegria, de tristeza, de gratidão, dançou até para anunciar a guerra
e descobriu, em sua longa e difícil trajetória, que poderia dançar por prazer
para ostentar sua riqueza e afirmar seu poder." ¹
¹ ACHCAR, Dalal. Balé uma Arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.
CENTRO DE DANÇA JULIANA YANAKIEVA - 04

INTRODUÇÃO

APRESENTAÇÃO
Como bailarina, professora e estudante, sempre tento relacionar
minhas duas paixões na vida, a dança e a arquitetura. Acompanhar de
perto e ver como a arte ajuda na educação e evolução de crianças e
adolescentes, me faz acreditar que a proximidade com a dança pode
ser benéfica para todos. Além de atuar na saúde física e mental do ser
humano, ela estimula o desenvolvimento cognitivo, a criatividade, a
disciplina, a boa expressão de ideias e é um forte aparelho de inclusão
social.
O trabalho consiste no projeto de um Centro de Dança para Niterói,
que concentre todas as manifestações dessa arte e atenda a demandas
e carências da cidade. Com espaços preparados para aulas, oficinas,
reuniões, ensaios, apresentações e exposições sobre o tema. A
intenção da proposta é de proporcionar à população fácil acesso à
dança, trazendo um equipamento cultural com uma estrutura de
qualidade para o desenvolvimento físico e criativo e para o registro e
preservação da história local.
O partido arquitetônico adotado foi inspirado em passos
coreográficos, transmitindo a importância dos movimentos, tanto
dentro quanto fora da construção.
Foi escolhido para o projeto o nome Centro de Dança Juliana
Yanakieva como homenagem à bailarina, professora e coreógrafa
austríaca, por ela ter sido pioneira a investir nos artistas da cidade.

QUEM FOI JULIANA YANAKIEVA?
A russa Juliana Yanakieva encontrou a dança quando começou a

estudar com Madame Olga Preobrajenska, primeira bailarina do Teatro
Mariinski, em São Petersburgo. Foi então convidada a participar da
Opéra Russe Privé de Paris onde, em 1929, fez turnê passando por
países como Brasil, Uruguai, Argentina, Chile, Peru, Panamá, Cuba e
México.
Em Paris, iniciou sua vida profissional, trabalhando em teatros
famosos, ganhando alguns prêmios e criando renome. Voltou ao Brasil
aos 16 anos, em 1939, com a Opera Cómica de Paris, que havia sido
convidada para uma temporada no Teatro Municipal do RJ.
Retornando a Paris, recebeu a notícia do início da 2ª Guerra Mundial.
Para se manter no Brasil, começou a dar aulas e aceitou o convite de
dançar em cassinos. Assim se apaixonou por Niterói, dançando no
Casino Icarahry, prédio onde hoje é a reitoria da UFF.
Dançou em teatro de revista e chanchadas na década de 40. Foi a
primeira coreógrafa da TV Tupi comandando um programa de ballet,
com participação de suas alunas de Niterói. Com coragem e idealismo,
lutou para impor sua arte numa época em que dançar em palco era
sonho impensável para moças de família. Lecionou na Escola de
Bailados, onde ensinou e coreografou grandes bailarinos, entre eles, a
aspirante a bailarina niteroiense Márcia Haydée. Em 1976, comandou o
recém criado Ballet Oficial da Cidade de Niterói, que estreou no
Theatro Municipal em setembro daquele ano.
Fundada em 1954, O Ballet Juliana Yanakieva foi uma das escolas
que mais contribuiu para o ensino da dança na cidade de Niterói.
Formou grandes nomes, como Aurea Hammerli, Mirian Santos, Sonia
Vilela, Maria Helena Brandão, René Simon e Cláudia Araújo, entre
outros. Depois de sua morte, em maio de 1994, em Niterói, sua escola
de ballet continuou funcionando sob a direção de sua filha Vera, até
fechar definitivamente em 2000.

A ARTE DA DANÇA
A dança é a arte mais antiga criada pelo homem e nasceu com o
início da humanidade. Surgiu como a maneira mais primitiva de
expressão. Os povos Pré-Históricos usavam dessa arte como forma de
exteriorização emocional, para se comunicar e para agradecer à
natureza por seus presentes.
A arte da dança tem sua evolução juntamente com o ser humano,
aperfeiçoando-se à medida que ele se civilizava. Aos poucos os gestos
instintivos foram dando lugar a movimentos calculados. Com o
aperfeiçoamento das técnicas e a criação de metodologias, foi
evoluindo, parando de ser praticada apenas em datas comemorativas e
rituais e assumindo um caráter de entretenimento.
No Brasil, essa manifestação recebeu influência das mais variadas
culturas. As danças indígenas e folclóricas são exemplos das danças
nativas brasileiras mais antigas. Hoje, além delas, podemos observar a
prática dos mais diversos estilos, desde as danças mais populares até
as consideradas eruditas (introduzidas pelas companhias de ballet
europeias por volta de 1930).
A primeira escola de dança brasileira foi criada em 1927, no Rio de
Janeiro, pela bailarina russa Maria Olenewa. Em 1931 foi vinculada ao
Theatro Municipal do RJ e funciona assim até hoje, sendo esta (Escola
Estadual de Dança Maria Olenewa - EEDMO) uma das principais do país.
Curiosamente, Niterói é a cidade brasileira que, em termos
profissionais, tem formado mais bailarinos e escolas de ballet. Em 2023
encontramos mais de 70 escolas e academias de dança particulares
registradas na cidade de Niterói, além de projetos sociais e grupos de
dança independentes. Essa arte tem um forte impacto social e
econômico no município, estando ativamente presente na história da
cidade, porém é perceptível a ausência de uma estrutura local pública
voltada para seu estudo, aperfeiçoamento e apreciação. Merece ser
exaltada e apreciada como tal.

MOTIVAÇÃO

VIVÊNCIA PESSOAL
Desde de que eu me lembro, a dança faz parte da minha vida.
Comecei a dançar ballet clássico com 2 anos em uma academia de
dança de Niterói. A ideia inicial dos meus pais, em me botar nas aulas,
era para melhorar minha postura e criar desde cedo um senso de
disciplina, mas acabei me apaixonando pela arte e encarando-a como
algo além de um hobby.
Com 11 anos fiz prova e entrei para a Escola Estadual de Danças
Maria Olenewa (EEDMO) no Rio. Fui aluna por 5 anos da escola e tive
aulas de ballet clássico, música, terminologia, história da arte, história
da dança, comportamento, entre outras. Acompanhei de perto a obra de
restauro do Theatro Municipal e me encantei com a arquitetura, história
e importância que aquela construção tem para a cidade do Rio. Convivi
com muitos bailarinos com condições de vida muito diferentes das
minhas, que usavam a dança como uma oportunidade de mudar a
realidade de suas famílias.
Em 2016 precisei sair para poder estudar para o Enem e enfim
ingressar na Escola de Arquitetura e Urbanismo da UFF (EAU). Foi um
ano muito difícil para mim pois, além de uma paixão, a dança servia
quase como uma válvula de escape e uma terapia.
Em 2017 comecei a estudar na UFF e sinto que minha formação e
estudo na Escola de Danças fez grande diferença, pois sempre tento
trazer comigo os ensinamentos do ballet clássico: organização, estudo,
trabalho em equipe e a vontade de sempre fazer o melhor.
Ingressei no Bello Balletto Escola de Danças (Niterói), em 2018, onde
venho ministrando aulas de ballet clássico, jazz dance e danças
urbanas, voltando minha formação para o trabalho didático com
crianças. Atualmente atuo como professora e bailarina.

METODOLOGIA

O desejo de desenvolver o tema escolhido sempre foi uma certeza para mim, desde que ingressei na faculdade.
Com a minha vivência na dança, venho há alguns anos, observando e coletando pontos que gostaria de abordar projetualmente.
I PESQUISA E ESTUDO DE REFERÊNCIAS
Busca por referências de projetos arquitetônicos que abordassem e transmitissem a ideia da dança, e do movimento, em seu uso e/ou
estética.
Levantamento das instituições, escolas, academias e outros estabelecimentos que têm a dança como foco, na cidade de Niterói.
Procura por material digital que fizesse referência aos eventos de dança realizados na cidade.
Entrevista com profissionais da dança atuantes e naturais da cidade de Niterói.
Levantamento bibliográfico sobre dança e movimento, como inspiração que contribuísse na geração do conceito criativo da forma do
II
projeto.
ANÁLISE DA ÁREA E DO TERRENO ESCOLHIDO
Estudo do entorno e dos aspectos do terreno escolhido para implantação do projeto.

Análise da acessibilidade do local, com o objetivo de que o complexo seja de fácil acesso, tanto para a população de Niterói, como para
quem vem do Rio de Janeiro.
Levantamento dos aspectos ligados à cultura e lazer das áreas do entorno, para garantir que o tema do projeto se enquadre ao local de
implantação, atraindo a população local, com bastante visibilidade para quem circula pela cidade.
III DEFINIÇÃO DO PROGRAMA
Definição do programa de necessidades com base nas carências encontradas e nos objetivos do trabalho almejados.
IV DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Definição do partido formal remetendo ao tema; elaboração do projeto arquitetônico, baseado nos pontos destacados das referências
pesquisadas, com atenção ao conforto ambiental e interferências climáticas; adequação às necessidades pontuadas e, por fim, elaboração
de desenhos, imagens ilustrativas e esquemas para apresentação do projeto.

VISÃO DE PROFISSIONAIS ATUANTES
A partir da minha vivência no meio da dança, consigo observar com clareza que a cidade de Niterói carece de um incentivo e infraestrutura maior para que essa arte,
que possui tanto valor social e econômico para o município, possa ser bem explorada, abordada e ensinada. Mesmo sendo uma cidade com bastente público e com um
nível cultural considerado elevado em relação a outras do mesmo porte, ainda se encontra bem atrasada nesse quesito. Assim, entrevistei alguns profissionais da área,
com diferenciados tipos de atuação no meio, que deram seus pareceres a respeito e reforçaram que essa não é uma visão só minha, e sim um problema de consenso
geral.
PROFISSIONAIS ENTREVISTADOS
Alex Sena é formado em Letícia Araujo começou a Paula Pires estuda dança Victor Ciattei é Fran Mello, Diretor Artístico
ballet clássico e dançar aos 5 anos, em um há 35 anos, desde que tinha 8 niteroiense, professor, diretor da Companhia de Ballet da
especializado em dança projeto social próximo à sua anos de idade. Trabalha como de arte e coreógrafo. Formado Cidade de Niterói (CBCN)
contemporânea. Trabalha há casa. Em 2009 recebeu uma professora e coreógrafa há 24 em dança (pela Escola desde 2019, tem bacharelado
13 anos na cidade, como bolsa integral da escola anos (desde 1998) e é diretora Estadual de Danças Maria em Educação Física e é
bailarino profissional da Allegro, em Niterói. de escola de danças há 13 Olenewa - EEDMO) e em mestrando em
Companhia de Ballet da Quando a escola fechou as anos. Licenciatura em Artes. Performatividade
Cidade de Niterói (CBCN) e portas, ela continuou junto da Atualmente dirige a escola Estagiou no ballet do Theatro Contemporânea na Faculdade
como professor. antiga diretora Paula Pires BelloBalletto, que oferece Municipal RJ e foi bailarino de Dança Angel Vianna, do RJ.
Participa da maioria dos até o nascimento de sua nova aulas de ballet clássico, jazz contratado da Cia. Atuou Já atuou como bailarino
eventos ligados a Cia e à escola de dança, o dance, hip hop e sapateado como professor de ballet profissional, ensaiador, mestre
Prefeitura, e em alguns BelloBalletto, onde iniciou a para crianças, adolescentes e clássico da Escola por 8 anos. e coreógrafo, formado pelo
espetáculos de final de ano prática de novas modalidades adultos, com um olhar Faz parte do cenário da Sindicato dos Profissionais de
de escolas locais. e se formou. acolhedor e inclusivo. dança em Niterói há 4 anos e, Dança RJ.
Como profissional já Trabalha há 5 anos Todo ano participa com sua atualmente, é coordenador e Trabalha com dança em
participou de outras atuando na área da dança em equipe e alunos dos professor da escola Âmbar + Niterói desde 2004 (há 18
companhias, viajou bastante e Niterói (2018 e 2019 como Espetáculos das Escolas de Ana Botafogo. anos), quando entrou para o
conheceu vários espaços e monitora em turmas de Dança particulares de Niterói, Participa de diversos concurso da CBCN.
teatros voltados para nossa BabyClass e 2020 até os dias que acontecem eventos, como professor, Acompanha anualmente os
arte (tanto no Brasil quanto atuais como professora de tradicionalmente entre os ensaiador e jurado convidado, eventos ligados a companhia e
no exterior). ballet clássico, jazz dance e meses de novembro e e oferece cursos e workshops as escolas de dança locais.
danças urbanas). dezembro. pelo Brasil.

NECESSIDADES PONTUADAS
As principais carências apontadas pelos profissionais mas que se encontra isolado do resto da cidade fazendo com que seu
entrevistados foram: a divulgação precária de espetáculos e cursos acesso seja dificultado e seu terreno seja deserto para os pedestres.
ao público; a falta de eventos para mesclar e unir mais as pessoas da Seria importante ter um espaço exclusivo voltado para
dança; a falta de espaço e atenção para os projetos sociais na cidade; apresentações frequentes e não só em épocas específicas do ano,
e a dificuldade de encontrar locais disponíveis para realização de trazendo a arte para mais perto do público geral.
apresentações mais frequentes, sem necessidade de grandes Com isso, a ideia de um Centro, que traga todas essas vantagens,
produções. que seja integrado à cidade, unindo diversos usos voltados para nossa
Os profissionais de diferentes abordagens da dança (companhias, arte, é algo interessante e fundamental, principalmente sendo aberto
academias e escolas particulares, bailarinos autônomos, grupos ao público. Um local acessível que atenda a todos amantes da arte,
independentes e sociais etc.) acabam não dialogando tanto, mesmo independente de suas possíveis limitações.
tendo interesses e assuntos em comum. Isso ocorre muito por não O acesso às pessoas menos favorecidas financeiramente é difícil
existirem espaços adequados para eventos. pois, mesmo tendo várias academias de dança, as mensalidades não
Possuímos teatros razoavelmente bons mas que possuem a agenda são baratas e as bolsas disponíveis são poucas. Com certeza temos
cheia, principalmente nos últimos meses do ano quando, muitas vezes, diversos talentos escondidos esperando por uma oportunidade de
não são suficientes pela demanda elevada. O Teatro Popular Oscar mostrar e descobrir seu valor.
Niemeyer, por exemplo, é um espaço com estrutura e equipamento Além disso, um local em que a história da dança do país e,
adequados, para a maioria dos eventos ligados à dança, e com uma principalmente, da cidade de Niterói seja registrada e catalogada é
vista privilegiada da Baía de Guanabara (que muitas das vezes é essencial, pois é um acervo vasto que ajudaria a incentivar quem
aproveitada como cenário de apresentações externas e gravações), pretende seguir no caminho da profissionalização.

REFERÊNCIAS PROJETUAIS

CENTRO DE ARTES CÊNICAS
GLÓRYA KAUFMAN
Arquitetos: AUX Architecture
Localização: Los Angeles, Estados Unidos
Área: 10.550 m²
Ano: 2021
Remodelação do Templo de 1950 no campus da Vista Del Mar (ONG
de capacitação) , criado para abrigar o programa de artes cênicas
terapêuticas do complexo. O equipamento oferece espaço para
aprendizado e apresentações de dança, música e produções teatrais,
além de salas de aula multiuso. Foi projetado com a intenção de
expressar movimento. A fachada semitranslúcida de policarbonato
envolve a estrutura e, à noite, o edifício se transforma em uma obra de
arte brilhante. Atrás da fachada, uma série de colunas rítmicas cria
uma interação de luz e sombra. O edifício conta ainda com espaços
confortáveis para aprendizado flexível, paleta de cores claras e
sistemas acústicos que auxiliam quem tem sensibilidade sonora.

DIAGRAMA DA
FACHADA

EDIFÍCIO ENGLISH NATIONAL BALLET
Arquitetos: Glenn Howells Architects
Localização: Londres, Reino Unido
Área: 9.300 m²
Ano: 2019
A demanda do projeto era desenvolver um espaço para criação e

dança que serviria como um novo ponto focal para o balé em Londres. O
principal desafio era fornecer uma ampla gama necessária de
instalações flexíveis, com um orçamento desafiador. Isso foi
conseguido com a criação de algo elegante, leve e de espaços amplos.
O caráter da construção foi definido pela escolha de matérias-primas
expostas, como tetos de concreto e paredes de revestimento branco
translúcido, a limitada paleta de materiais e o uso de componentes
padrão.

MAR - MUSEU DE ARTE DO RIO
Arquitetos: Bernardes + Jacobsen Arquitetura
Localização: Rio de Janeiro, Brasil
Área: 11.240 m²
Ano: 2013
O projeto uniu construções existentes, de características

arquitetônicas distintas, com o objetivo de abrigar o Museu de Arte do
Rio, a Escola do Olhar, além de espaços para cultura e lazer.
Para equilibrar a altura dos prédios foi feita a substituição das
alvenarias de fechamento das fachadas por perfis translúcidos,
tornando visível o sistema estrutural de colunas recuadas e revelando
os pilotis. Como marca do projeto, temos a cobertura da praça suspensa
de forma abstrata e etérea. Uma estrutura fluida, extremamente leve,
simulando a ondulação da superfície da água. Uma arquitetura de
caráter poético, cheia de significado, simples e moderna na questão de
cálculo estrutural.

CONSIDERAÇÕES
As referências projetuais selecionadas abordam e transmitem a

ideia da dança e do movimento em seu uso e/ou estética.
Detalhes pontuados e considerados dos projetos de referência:
O uso de material translúcido na fachada, que valoriza a

movimentação interna através do contraste de luz e sombra e
possibilita maior aproveitamento da iluminação natural.
O uso de materiais com acabamento natural e predominância da cor

branca, transmitindo simplicidade e elegância à construção.
Paleta de cores claras, para tranquilidade dos ambientes.
Cobertura com forma trabalhada e sinuosa, transmitindo a ideia de

movimento, equilíbrio e leveza.
O uso de grandes vãos e espaços longilíneos, com colunas expostas,

remetendo aos movimentos alongados do ballet.
Espaços confortáveis, de uso flexível e de fácil ocupação.

O TERRENO

ESCOLHA DO LOCAL
Com localização privilegiada, o terreno escolhido tem vista para a

Baía de Guanabara e seu entorno possui várias vantagens para abrigar
um espaço como o proposto. Está situado, portanto, em um bairro que já
"respira" cultura.
Localiza-se à Av. Visconde do Rio Branco, 778 (São Domingos,
Niterói - RJ), e tem, aproximadamente, 12.950 m² de área livre. Sua
proximidade do espaço Reserva Cultural, do Plaza Shopping, da
Cantareira, do futuro Parque Esportivo Municipal (que será
implementado na praça da Concha Acústica), do Campus da UFF, da
estação das Barcas e dos terminais do Centro, torna fácil o acesso e
visibilidade do local.
O projeto pretende, além de fornecer mais espaço para o estudo e
prática da dança, trazer mais vida e movimento para região e
transformá-la em um polo cultural atrativo para a cidade.
BAÍA DE
GUANABARA
INSTITUTO
ED. FÍSICA
TERRENO
ESCOLHIDO
CO
AN
BR
O
RI
O
ED
O ND
I SC
.V
AV
CONCHA
ÁREA ESPORTIVA ACÚSTICA
GRAGOATÁ
AN E DO
CO
D
R I OI S C O N
BR
.V
AV
RESERVA
CULTURAL

ANÁLISE BIOCLIMÁTICA
A cidade de Niterói, de acordo com a NBR 15220-3/2005, pertence a
5ª Zona Bioclimática do Brasil. Com temperaturas elevadas, até mesmo
no inverno, o clima tropical predomina e o volume de chuvas durante o
verão é maior do que no inverno. A norma apresenta também algumas
diretrizes construtivas a serem atendidas pelas construções
localizadas nessa Zona.
De acordo com o site ProjetEEE, Niterói passa 25% do ano em
desconforto por frio, 37% em desconforto por calor e 39% em conforto
térmico. Com isso ele apresenta 3 estratégias bioclimáticas principais
para ajudar a manter o conforto dentro das construções: ventilação
natural (aplicabilidade 44% do ano, mais no verão), inércia térmica para
aquecimento (aplicabilidade 31% do ano, mais no inverno) e
sombreamento (aplicabilidade 14% do ano, mais no verão).

VENTO SUL - DIURNO
VENTO NORDESTE - NOTURNO
VENTO SUDESTE - DIURNO E NOTURNO
ROSA DOS VENTOS ROSA DOS VENTOS

DIA - NITERÓI NOITE - NITERÓI
ANÁLISE DOS
VENTOS
FLUXO DOS CARROS

ANÁLISE DOS
PONTO DE ÔNIBUS FLUXOS
ESTACIONAMENTO
NORTE
MAIOR INCIDÊNCIA SOLAR
LESTE
OESTE SOL DA MANHÃ
SOL DA TARDE
ANÁLISE SOLAR

ANÁLISE DO ENTORNO
O terreno escolhido situa-se no bairro de São Domingos, um dos
bairros mais antigos da cidade. Suas ruas ainda preservam um pouco da
arquitetura do final do século XIX e o ar de cidade do interior.
O bairro de São Domingos abriga a Cantareira (Praça Leoni Ramos)
que é considerada a "Lapa de Niterói", em comparação ao bairro da
Lapa na cidade do Rio de Janeiro, reduto da boemia carioca. Em volta da
praça há vários bares e restaurantes em casarões históricos, que
reúnem jovens e estudantes, principalmente da Universidade Federal
Fluminense.
Nas casas do bairro de São Domingos, atualmente funcionam
dezenas de ateliers de artes plásticas, formando um corredor cultural,
reforçando o perfil artístico do bairro.
São Domingos está diretamente ligado ao Centro, Gragoatá, Ingá e
Boa Viagem. Muitas vezes, se confunde com esses três últimos bairros
por serem pequenos e muito próximos. Nesses bairros encontramos
espaços históricos e culturais da cidade como museus, construções
antigas e o próprio MAC, cartão postal da cidade de Niterói.

DIRETRIZES
A partir de toda a análise da área escolhida e das características

predominantes do bairro em que ela se localiza, as diretrizes principais
do projeto foram definidas.
Devido ao terreno ser de propriedade da UFF, sem um uso
estabelecido, ele acaba se desconectando de seu entorno imediato e se
tornando um hiato na cidade. O Centro de Dança Juliana Yanakieva
pretende então ressignificar o terreno, unindo esse espaço novamente
à cidade e trazendo usos de permanência (tanto internos quanto ao ar
livre), para povoá-lo e movimentá-lo mais.
O projeto também pretende dar maior destaque para a vista do mar,
muitas vezes escondida pelas construções da orla. Ela servirá como
cenário para o trabalho e ajudará a fazer o escoamento visual, trazendo
um respiro no meio urbano. O projeto do Complexo Esportivo da Concha
acústica, no terreno vizinho, também contribuirá para a melhor
visualização da paisagem, por ser horizontalizado. Além disso, com a
estética da construção transmitindo a ideia de movimento e dança, o
padrão dos edifícios repetitivos do Centro de Niterói e do Campus do
Gragoatá, ao lado, será quebrado.
Com sua forma inspirada em passos coreográficos, o Centro de
Dança fará uso do auto sombreamento, principalmente na fachada
norte que terá a maior incidência solar ao longo do dia. Nas fachadas
será utilizado um material que permita o maior aproveitamento da
iluminação natural durante o dia (como nas referências). Além disso, as
paredes externas terão acabamento na cor branca, remetendo ao
padrão das construções do entorno, como o Reserva Cultural e o
Caminho Niemeyer. A implantação da construção também será
pensada de forma a aproveitar ao máximo os ventos predominantes no
terreno. Assim será possível a redução dos gastos de energia para
iluminação e climatização do interior da construção.

PROGRAMA DE NECESSIDADES
SALAS DE AULA MULTIUSO RECEPÇÃO CAFÉ
AUDITÓRIO ESCRITÓRIOS GALERIA
MIDIATECA SEGURANÇA LOJA DE ARTIGOS DE DANÇA
AUDITÓRIO ENFERMARIA ANFITEATRO
DEPÓSITO E ALMOXARIFADO MIDIATECA
AUDITÓRIO
LAZER E SERVIÇO
EDUCACIONAL
ADMINISTRATIVO ÁREA EXTERNA - PRAÇA AO AR LIVRE

- MIRANTE DA ORLA

O PROJETO

CONTRAESPAÇOS
A forma da construção do Centro de Dança Juliana Yanakieva então
foi definida através do estudo do movimento de diversos passos do
ballet clássico, tomando como inspiração a pesquisa e o trabalho do
bailarino, coreógrafo, professor e pesquisador Cláudio Marcelo
Carneiro Leão Lacerda, registrado no livro Contraespaços: Criação
Coreológica em dança e a arquitetura de Zaha Hadid.
Seu processo de criação se deu através da análise de rascunhos e
obras arquitetônicas de Hadid e da assistência a vídeos e
documentários sobre ela e sua arte. Cláudio cita que seu método de
trabalho englobou 3 fases que aconteceram como um grande jogo entre
planejamento e caos, já que a necessidade de retroceder no trabalho às
vezes faz-se necessária para evolução criativa. A primeira foi a
elaboração de propostas de movimentos, improvisação e estímulos
corporais impulsionados pela pesquisa. Em seguida veio a fase de
seleção e aperfeiçoamento de recortes específicos e, por fim, nasceu o
produto final que se materializou como um conjunto de apresentações
de dança em grupo. Uma das principais propostas para seu trabalho foi
a de não traduzir ao pé da letra a arquitetura, mas sim beber desse
material e transformá-lo em algo novo.
Em meu trabalho pretendo apresentar um processo criativo que
caminhe de acordo com as etapas de Cláudio, porém no sentido inverso,
utilizando a dança como inspiração e a arquitetura como obra e
transmitindo os conceitos de leveza, fluidez, equilíbrio, força e impulso
que são indispensáveis para todo bailarino.

ENSAIO DA FORMA
O passo escolhido como inspiração inicial foi o Fouetté. A palavra

francesa significa "chicoteado" por ser um movimento giratório,
desenvolvido em séries, em que a perna de trabalho é estendida e
"chicoteia" para o lado, a medida que o bailarino gira sobre a perna de
base e se fecha novamente no passé. O bailarino deve se manter no
eixo e usar os braços para ajudar no impulso.
Por ser um passo extremamente técnico, ele requer do bailarino
muito equilíbrio, alongamento, fortalecimento, concentração e treino, e
pode ser considerado um dos passos mais difíceis do ballet clássico.
Existem variações dependendo do método do ballet ensinado, mas o
escolhido para o projeto foi o Fouetté Rond de Jambe en Tournant, por
ser o mais executado por bailarinas e bailarinos em apresentações de
ballets de repertório.
A intenção principal é que o pedestre tenha a sensação de que a
edificação está dançando à medida que vai caminhando ao seu redor.

FACHADA

9
6
8
5
2 1 3
VISTA AÉREA DO COMPLEXO 1. Entrada principal TÉRREO 1ºPAVIMENTO COBERTURA

2. Entrada estacionamento Recepção Salas de aula Casa de máquinas
3. Entrada carga e descarga Midiateca Auditório Caixa d'água
4. Térreo Galeria Banheiros Placas fotovoltaicas
5. Primeiro Pavimento Administração Terraço
6. Cobertura Enfermaria
7. Anfiteatro Loja
8. Praça do jardim Café
9. Mirante da orla Banheiros
6
8
4
5
VISTA AÉREA DO COMPLEXO 4. Térreo

5. Primeiro Pavimento
6. Cobertura
7. Anfiteatro
8. Praça do jardim
9. Mirante da orla

4
3
2
1 5
VISTA LATERAL DA FACHADA 1. Painéis de Policarbonato Alveolar Translúcido

2. Forro Colmeia Metálico Modular
3. Cobertura fluida de concreto
4. Acabamento externo na cor branca
5. Letreiro Block Letter em aço

ESTRUTURA DA CONSTRUÇÃO
Paredes em concreto armado
Vigas e Pilares em concreto
Lajes Alveolares Protendidas
LAJE ALVEOLAR PROTENDIDA
Vantagens do material:
Facilidade de transporte
Simplicidade e rapidez de montagem
Redução de serviços da obra (carpintaria; amarração e revestimento; estoque; etc)
Eliminação de cibramento
Capacidade de alcançar grande vãos
CENTRO
CENTRO DE
DE DANÇA
DANÇA JULIANA
JULIANA YANAKIEVA
YANAKIEVA -- 00
38
POLICARBONATO ALVEOLAR
Os painéis de policarbonato alveolar translúcido
apresentam uma estética única e marcante, ao mesmo
tempo que mantêm uma eficiência na funcionalidade. É
um material de altíssima durabilidade, tanto em
ambientes internos quanto externos, inclusive com
propriedades que podem trazer grande conforto
térmico ao projeto.
Propriedades do material:
Permite cobrir grandes vãos, retos ou curvos
Resiste à temperaturas extremas e ventos fortes
(de -40 a 120°C)
Resistente ao impacto (200 vezes mais que o vidro)
Isolamento térmico e acústico (câmaras de ar
internas)
Possui tratamento UV e filtro infravermelho,
oferecendo conforto térmico
Autoextinguível, não propaga chama e não é tóxico
em contato com o fogo (fornecido com retardante à
chama, de acordo com a Norma IT10 do Corpo de
Bombeiros)
Instalação rápida, limpa e fácil (moldura e estrutura
de perfis + encaixe dos painéis)
Possui grande gama de opções de cores e efeitos
como cintilante, metálico e perolado
Tem alta durabilidade tanto em ambientes internos
quanto externos
Excelente transmissão de luz natural, gerando
economia de energia

FLUXO VISITANTES
FLUXO FUNCIONÁRIOS
FLUXO ALUNOS
ENTRADA PRINCIPAL
HALL DE ENTRADA TÉRREO
HALL DE ENTRADA TÉRREO
CORREDOR E ENTRADA SECUNDÁRIA
ESCADA
CORREDOR POSTERIOR
GALERIA
GALERIA
Área total- 206,42 m²
Espaço para mostras e exposições de temas ligados à

dança. 1/2
1. Acesso à sala de administração

2. Acesso ao depósito
3. Trilhos eletrificado com spots
4. Piso acarpetado
Imagens ilustrativas retiradas da exposição virtual “Juliana Yanakieva

– 3 movimentos”, Biblioteca Municipal Popular Cora Coralina
(https://app.emaze.com/@AOQCLTTRF/-Juliana-Yanakiewa)
4

GALERIA
MIDIATECA
MIDIATECA
Espaço para pesquisa e conservação de materiais

relativos à dança, tais como:
Livros e revistas
Vídeos de espetáculos e festivais 5
Acervo de eventos de dança 2
Biografias de grandes nomes 1
Memórias de espetáculos realizados na cidade
1. Recepção
2. Computadores para pesquisa
3. Espaço para reunião
4. Estantes e armários para acervo
5. Lounge para leitura

MIDIATECA
MIDIATECA
MIDIATECA
MIDIATECA
FLUXO VISITANTES
FLUXO FUNCIONÁRIOS
FLUXO ALUNOS
HALL SUPERIOR
TERRAÇO
AUDITÓRIO
3 10
AUDITÓRIO
6
Capacidade - 110 pessoas (2 assentos P.C.R.)
Área do palco – 60.65 m²
Espaço destinado a:
Audições
Exposições audiovisuais
Cursos
4
Palestras
Reuniões pré espetáculo
Pequenas apresentações
8
1. Painel difusor acústico em MDF (diminui o tempo de
reverberação no ambiente e minimiza interferências
de sons externos)
2. Carpete com isolamento acústico
3. Forro tipo Colmeia em madeira natural
4. Poltronas estofadas, com detalhes em madeira, e
assentos rebatíveis para melhor circulação
5. Paredes com tratamento acústico (MDF e lã natural)
1
6. Cabine de controle de luz e som
7. Sala de apoio
7
8. Palco em tablado de madeira revestido de linóleo;
9. Portas Corta Fogo (PCF) duplas com barra
antipânico
10. Iluminação e climatização embutidas no forro
11. Caixas de som
9
5
2

AUDITÓRIO
A visão normal, em descanso, tem um ângulo de caimento em relação à linha horizontal de 15 graus. Quando o posicionamento do palco ou da tela de projeção
são definidos em ângulos acima dessa linha, o espectador é obrigado a forçar a musculatura do olho ou do pescoço, o que é desconfortável e cansativo.
ÂNGULO VISUAL DOS ESPAÇOS DA PRIMEIRA
E ÚLTIMA FILEIRAS - ABNT NBR 9050
ÂNGULO VISUAL DOS ESPAÇOS PARA
PCR - ABNT NBR 9050

CORREDOR DAS SALAS
CORREDOR DAS SALAS
SALAS DE AULA
SALAS DE AULA
Capacidade – aproximadamente 20 alunos

2 4
Área total das salas 1, 2 e 3 - 87,50 m²
Área total da sala 4 - 107,50 m²
Aulas
Ensaios
3
1. Piso revestido de linóleo
2. Cortinas para ocultar os espelhos em ensaios
1
3. Barras fixas
4. Divisórias sanfonadas acústicas para divisão da
sala em dois ambientes, de acordo com a demanda
5. Painéis superiores de marcenaria para ocultar
trilhos das cortinas, fios elétricos e tubulação dos
ares
6. Armários
5
7. Porta de entrada de 80cm, com banda de 40cm para
cargas maiores
6
7

4 4
DIVISÓRIA SANFONADA CENTRAL ABERTA
DIVISÓRIA SANFONADA CENTRAL FECHADA

PARA DIVISÃO DA SALA EM DOIS AMBIENTES
4

ANFITEATRO
ANFITEATRO
ANFITEATRO 3
Capacidade - aproximadamente 200 pessoas (4

assentos P.C.R.)
Área total- 1300 m²
3
Área do palco – 314 m²
1
Apresentações sem necessidade de grandes
aparatos, como cenários e figurinos especiais, de
forma a tornar viável que ocorram eventos com
maior frequência, popularizando mais a arte. A
proposta é ser um espaço sempre aberto, próximo
ao público, para livre expressão da dança. É o
espaço para “dançar só por dançar”.
1. Palco
2. Espelho d’água
3. Arquibancada
4. Pergolado

ANFITEATRO
1 3
4
2
PRAÇA DO JARDIM
1. Espelho d'água
2. Cobertura pergolada
3. Deck sobre o espelho d'água
4. Banco

PRAÇA DO JARDIM
PRAÇA DO JARDIM
MIRANTE DA ORLA
MIRANTE DA ORLA
MIRANTE DA ORLA
MIRANTE DA ORLA
VISTA 1
VISTA 2
VISTA 3
VISTA 4
ANÁLISE SOLAR (PLATAFORMA SUN-PATH)
SOLSTÍCIO DE INVERNO (22/06)
08:00 10:00 12:00
14:00 16:00 17:00

EQUINÓCIO (21 OU 23/09)
08:00 10:00 12:00
14:00 16:00 17:00

SOLSTÍCIO DE VERÃO (22/12)
08:00 10:00 12:00
14:00 16:00 17:00

AGRADECIMENTOS FINAIS
Finalizando esse projeto, gostaria de agradecer a todos que contribuíram na minha jornada até aqui.
Agradeço à minha família, mestres e amigos, mas em especial às seguintes pessoas:
À minha mãe Adriana, sem a qual esse trabalho não existiria. Não apenas pela ajuda e por ficar do meu lado
em todas as horas, mas também por encorajar minha paixão pela dança e pela arquitetura.
Ao meu pai Guilherme, por sempre aguçar minha imaginação e estimular minha criatividade com seu jeito
único.
Ao meu namorado Rafael, por acreditar no meu potencial e ser meu parceiro e amigo em todos os
momentos.
À minha sempre presente amiga Laura, por todo incentivo.
A todos os professores com os quais tive o prazer de estudar durante o período do curso, mas
principalmente ao meu orientador Caio que, desde o começo da faculdade, incentivou minha carreira de
bailarina, sendo compreensível com meus horários de ensaios. Obrigada por todo ensinamento, por confiar no
meu trabalho e me guiar ao longo do processo.
E por fim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente na estruturação desse projeto, fosse através de
dicas valiosas ou apenas oferencendo um ombro amigo.
Foram meses intensos, mas extremamente gratificantes.

BIBLIOGRAFIA E CONSULTAS
ACHCAR, Dalal. Balé uma Arte. Livro, Rio de Janeiro. 1998.
LACERDA, Cláudio Marcelo C. L. Contraespaços: Criação coreológica em dança e a arquitetura de Zaha Hadid. Livro, Curitiba. 2021.
CAMARGO, L. Estação da Dança. TCC Universidade de Brasília, Brasília. 2014.
PEREIRA, Roberto. Os Passos de Juliana Yanakieva. Livro, Niterói. 2001.
NEUFERT, Ernst. Arte de projetar em Arquitetura. Livro, Trad. Benelisa Franco 18a Edição. 2013.

CHING, Francis D. K. Arquitetura: Forma, Espaço e Ordem. Livro, Trad. Alexandre Salvaterra. Porto Alegre. 2013.
Sites: Aluna Juliana Ruchaud Nazareth

https://www.paixaopeladanca.com.br/passo-fouette-saiba-como-e-um-dos-passos-mais-lindos-do-ballet/

https://tutudaju.com/curiosidades-sobre-o-fouette-no-ballet-classico/
https://app.emaze.com/@AOQCLTTRF/-Juliana-Yanakiewa
Niterói, Mês 2022

https://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pre-moldados/lajes_alveolares.pdf
https://culturaeumdireito.niteroi.rj.gov.br/cms/uploads/ACADEMIA_DE_DANCA_2022_final_docx_90c8c119a0.pdf
http://www.culturaniteroi.com.br/busca?_token=oY9e0A9mxcOxr1nVGz6BdFKNQdnGfoVrkkjN4ZlM&busca=dan%C3%A7a
https://primeiroato.com.br/blog/historia-da-danca-voce-conhece/
https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/artes/historia-da-danca-no-brasil
https://www.archdaily.com.br/br/936909/
BIBLIOGRAFIA E CONSULTAS
https://www.unstudio.com/en/page/11944/dance-palace
http://tatjanagorbachewskaja.com/dance-palace/
https://archello.com/project/dance-palace
https://ignea.eco.br/zoneamento-bioclimatico-norma-de-desempenho/
https://www.arthurelgort.com/ballet

http://www.mme.gov.br/projeteee
Aluna Juliana Ruchaud Nazareth

https://www.culturaniteroi.com.br/blog/mapeamentocultural/251

https://spcd.com.br/verbete/juliana-yanakieva/
Publicações:
Montjoy, Valeria. (Como usar policarbonato translúcido em Fachadas) 17 abr 2022. Archdaily Brasil
Niterói, Mês 2022

Cao, Lilly. (How to Design and Install Seamless Translucent Polycarbonate Facades) 05 Set 2021. ArchDaily Brasil
Millena. (Policarbonato e suas vantagens na construção e design de ambientes) 2 ago 2019. Revista Arquitetura & Construção Civil
Empresas:
POLYBRASIL (polybrasil.com.br)
RODECA- Translucent Building Elements (rodeca.de)
POLYSOLUTION- Soluções sustentáveis em policarbonato (polysolution.com.br)
ACTOS (actos.com.br)

TCC - Centro de Dança Juliana Yanakieva

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CENTRO DE DANÇA

Niterói, Julho 2023

ÍNDICE Apresentação 32 Criação da forma

09 MOTIVAÇÃO 63 Ambientes do 1°Pavimento

Vivência pessoal 76 Planta da Cobertura

11 METODOLOGIA 77 Planta de Implantação

Entrevista com profissionais 78 Áreas Externas

Referências projetuais 89 Cortes e Fachadas

Considerações 94 Análise Solar

¹ ACHCAR, Dalal. Balé uma Arte. Rio de Janeiro: Ediouro, 1998.

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A russa Juliana Yanakieva encontrou a dança quando começou a

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I PESQUISA E ESTUDO DE REFERÊNCIAS

ANÁLISE DA ÁREA E DO TERRENO ESCOLHIDO

Estudo do entorno e dos aspectos do terreno escolhido para implantação do projeto.

III DEFINIÇÃO DO PROGRAMA

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A demanda do projeto era desenvolver um espaço para criação e

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O projeto uniu construções existentes, de características

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As referências projetuais selecionadas abordam e transmitem a

Detalhes pontuados e considerados dos projetos de referência:

O uso de material translúcido na fachada, que valoriza a

O uso de materiais com acabamento natural e predominância da cor

Paleta de cores claras, para tranquilidade dos ambientes.

Cobertura com forma trabalhada e sinuosa, transmitindo a ideia de

O uso de grandes vãos e espaços longilíneos, com colunas expostas,

Espaços confortáveis, de uso flexível e de fácil ocupação.

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Com localização privilegiada, o terreno escolhido tem vista para a

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ROSA DOS VENTOS ROSA DOS VENTOS

FLUXO DOS CARROS

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A partir de toda a análise da área escolhida e das características

CENTRO DE DANÇA JULIANA YANAKIEVA - 29

SALAS DE AULA MULTIUSO RECEPÇÃO CAFÉ

AUDITÓRIO ESCRITÓRIOS GALERIA

MIDIATECA SEGURANÇA LOJA DE ARTIGOS DE DANÇA

AUDITÓRIO ENFERMARIA ANFITEATRO

DEPÓSITO E ALMOXARIFADO MIDIATECA

ADMINISTRATIVO ÁREA EXTERNA - PRAÇA AO AR LIVRE

CENTRO DE DANÇA JULIANA YANAKIEVA - 30

CENTRO DE DANÇA JULIANA YANAKIEVA - 31

CENTRO DE DANÇA JULIANA YANAKIEVA - 32

O passo escolhido como inspiração inicial foi o Fouetté. A palavra

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