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2CPL24_ES

“ATRIBUIÇÃO DE LICENÇA DE UTILIZAÇÃO PRIVATIVA


DO DOMÍNIO PÚBLICO HÍDRICO PARA A EXTRAÇÃO DE
INERTES NA FOZ DAS RIBEIRAS DE SANTA LUZIA E DE
JOÃO GOMES”

Peças do procedimento aprovadas por despacho do DRESC de 07/02/2024


INDICE GERAL

ANÚNCIO
PROGRAMA DE CONCURSO
CADERNO DE ENCARGOS

• AS INDICAÇÕES CONSTANTES DO PROGRAMA DE CONCURSO E DO CADERNO DE ENCARGOS PREVALECEM


SOBRE AS INDICAÇÕES DO ANÚNCIO, EM CASO DE DIVERGÊNCIA.

• AS PEÇAS DO PROCEDIMENTO PREVALECEM SOBRE AS INDICAÇÕES CONSTANTES DA PLATAFORMA


ELETRÓNICA DE CONTRATAÇÃO, EM CASO DE DIVERGÊNCIA.

ATRIBUIÇÃO DE LICENÇA DE UTILIZAÇÃO DO DOMÍNIO PÚBLICO HÍDRICO PARA A EXTRAÇÃO DE INERTES NA FOZ DAS
RIBEIRAS DE SANTA LUZIA E DE JOÃO GOMES

2/CE
CADERNO DE ENCARGOS
Resumo

Parte I – CLÁUSULAS JURÍDICAS

• Capítulo I – Disposições Gerais


1. Objeto
2. Epígrafes e remissões
3. Elementos do Contrato
4. Deveres de informação
5. Esclarecimento de dúvidas na interpretação dos documentos que regem a execução do
Contrato
6. Responsabilidade do Adjudicatário

• Capítulo II – Obrigações do Adjudicatário


Secção I – Título de utilização de recursos hídricos
7. Licença de Extração de Inertes
8. Extração e destino dos materiais inertes extraídos
9. Regime legal aplicável e condições da licença
Secção II – Condições gerais de execução do contrato
10. Organização e meios do Adjudicatário
11. Obrigações principais do Adjudicatário
12. Local de execução do Contrato
13. Encargos do Adjudicatário
Secção III – Obrigações de pagamento
14. Obrigações de Pagamento do Adjudicatário
15. Condições de pagamento
16. Reporte dos volumes extraídos
Secção IV – Execução do Contrato
17. Início de produção de efeitos e prazos de execução do Contrato
18. Conclusão da execução do Contrato

• Capítulo III -Fiscalização e acompanhamento da execução do Contrato


19. Acompanhamento do Contrato pela Entidade Adjudicante
20. Gestor do contrato

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3/CE
• Capítulo IV – Seguros
21. Seguros

• Capítulo V – Modificações subjetivas, incumprimento e extinção do Contrato


22. Cessão da posição contratual e subcontratação
23. Mora do Adjudicatário
24. Sanções pecuniárias contratuais
25. Resolução do Contrato por parte da Entidade Adjudicante
26. Indemnização por resolução por parte da Entidade Adjudicante
27. Resolução do Contrato por parte do Adjudicatário

• Capítulo VI – Força maior


28. Força maior

• Capítulo VII – Disposições finais


29. Comunicações e notificações
30. Contagem dos prazos
31. Foro

Anexo I – Especificações e Requisitos Técnicos


Anexo II – Planta de localização das áreas de intervenção

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4/CE
Parte I
cláusulas Jurídicas

Capítulo I
Disposições Gerais

Cláusula 1.ª
Objeto
1. O presente Caderno de Encargos compreende as cláusulas a incluir no contrato a celebrar
na sequência do procedimento de Concurso Público n.º 2CPL24_ES (“Contrato”), que tem
por objeto a atribuição de licença de utilização privativa do domínio público hídrico para a
extração de inertes na foz das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes, bem como a
definição das respetivas condições, nos termos do disposto na legislação aplicável,
designadamente no Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, na Lei n.º 58/2005, de 29
de dezembro, e no Decreto Legislativo Regional n.º 33/2008/M, de 14 de agosto;
2. Será emitida uma licença respeitante á localização geográfica, tal como identificado na
peça desenhada que integra o Anexo II ao presente Caderno de Encargos.

Cláusula 2.ª
Epígrafes e Remissões
1. As epígrafes utilizadas no Caderno de Encargos foram incluídas por razões de mera
conveniência, não fazendo parte da regulamentação aplicável às relações contratuais deles
emergentes, nem constituindo suporte para a interpretação ou integração do mesmo;
2. As remissões ao longo do Caderno de Encargos para cláusulas, alíneas ou anexos referem-
se, respetivamente, a cláusulas, alíneas ou anexos do próprio Caderno de Encargos, salvo
se do contexto resultar sentido diferente.

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5/CE
Cláusula 3.ª
Elementos do Contrato
1. O Contrato é composto pelo respetivo clausulado contratual e seus anexos;
2. O Contrato a celebrar integra os seguintes elementos:
a) Os suprimentos dos erros e das omissões do Caderno de Encargos identificados
pelo Adjudicatário, desde que tenham sido expressamente aceites pelo órgão
competente para a decisão de contratar;
b) Os esclarecimentos e as retificações relativos ao Caderno de Encargos;
c) O presente Caderno de Encargos;
d) A proposta adjudicada;
e) Os esclarecimentos sobre a proposta prestados pelo Adjudicatário;
3. Em caso de divergência entre os documentos referidos no número anterior, a respetiva
prevalência é determinada pela ordem pelo qual aí são indicados.
4. Em caso de divergência entre os documentos referidos no n.º 2 e o clausulado do
Contrato e seus anexos, prevalecem os primeiros sobre os segundos, salvo quanto aos
ajustamentos propostos de acordo com o disposto no artigo 99.º do Código dos Contratos
Públicos e aceites pelo Adjudicatário nos termos do disposto no artigo 101.º desse
mesmo diploma legal.

Cláusula 4.ª
Deveres de informação
1. O Adjudicatário obriga-se a prestar a informação e os esclarecimentos que lhe forem
solicitados pela Entidade Adjudicante, com a periodicidade que esta razoavelmente
entender conveniente, quanto ao cumprimento das obrigações que para aquele
emergirem do contrato.
2. A obrigação prevista no número anterior compreende o dever de o Adjudicatário
participar em reuniões, com a Entidade Adjudicante ou com outras entidades, que se
mostrem objetivamente necessárias em função do objeto do Contrato.

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6/CE
3. Cada uma das Partes informará de imediato a outra de quaisquer circunstâncias que
cheguem ao seu conhecimento e possam afetar a execução do Contrato, de acordo com a
boa-fé;
4. A Entidade Adjudicante e o Adjudicatário obrigam-se a comunicar entre si, no prazo de 5
(cinco) dias a contar do seu conhecimento, a ocorrência de quaisquer circunstâncias,
constituam ou não força maior, designadamente de qualquer facto relevante que
previsivelmente impeça o cumprimento ou o cumprimento tempestivo de qualquer das
respetivas obrigações contratuais; bem como a informar do tempo ou da medida em que
previsivelmente será afetada a execução do Contrato, sem prejuízo do disposto no n.º 2
da Cláusula 6.ª.

Cláusula 5.ª
Esclarecimento de dúvidas na interpretação dos documentos que regem a
execução do Contrato
1. As dúvidas que o Adjudicatário tenha na interpretação dos documentos por que se rege a
execução do Contrato devem ser submetidas ao Gestor do Contrato antes de se iniciar a
respetiva execução.
2. No caso de as dúvidas ocorrerem somente após o início da execução do Contrato, deve o
Adjudicatário submetê-las imediatamente ao Gestor do Contrato, juntamente com os
motivos justificativos da sua não apresentação antes do início daquela prestação.
3. A falta de cumprimento do disposto no número anterior torna o Adjudicatário
responsável por todas as consequências da errada interpretação que porventura haja
feito, perante a Entidade Adjudicante ou terceiros, ficando sujeito às penalizações
previstas na lei e no Caderno de Encargos.

Cláusula 6.ª
Responsabilidade do Adjudicatário
1. O Adjudicatário é o único e exclusivo responsável pelo cumprimento do plano de
trabalhos, ainda que recorra a subcontratados nos termos previstos na Cláusula 22.ª.

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7/CE
2. Sempre que o Adjudicatário sofra atrasos ou impedimentos na execução de quaisquer
obrigações no âmbito do Contrato, em virtude de qualquer facto imputável a terceiros,
deverá, no prazo de 24 horas a contar do momento em que tome conhecimento da
ocorrência, informar a Entidade Adjudicante desse facto, por escrito.
3. O Adjudicatário responde, nos termos da lei geral, por quaisquer danos causados na
execução do Contrato.
4. O Adjudicatário é responsável, perante terceiros, pelos prejuízos, direta ou
indiretamente, causados no exercício das atividades que constituem o objeto do
contrato.
5. O Adjudicatário responde também, nos termos em que o comitente responde pelos atos
do comissário, pelos prejuízos causados por terceiros contratados no âmbito do contrato.

Capítulo II
Obrigações do Adjudicatário

Secção I – Título de Utilização de Recursos Hídricos

Cláusula 7.ª
Licença de Extração de Inertes
1. Cabe ao Adjudicatário obter o título legalmente exigível para o desenvolvimento da
atividade de extração de inertes compreendida no objeto do Contrato e pagar a respetiva
taxa de recursos hídricos, nos termos previstos na Cláusula seguinte.
2. A licença de extração de inertes em domínio público hídrico é emitida e atribuída pela
Entidade Adjudicante na data da celebração do Contrato, desde que o Adjudicatário, até
essa data, cumpra seguintes obrigações:
a) Entrega da documentação solicitada pela Entidade Adjudicante, ao abrigo da
legislação aplicável, devendo o Adjudicatário ser notificado para o efeito
juntamente com a notificação do local e data em que deve comparecer para a
celebração do Contrato, nos termos do artigo 104.º do Código dos Contratos
Públicos;

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8/CE
b) Apresentação de comprovativo do pagamento da taxa de recursos hídricos
correspondente ao volume máximo de inertes a extrair ao abrigo do Contrato, no
valor resultante da soma do valor base de € 3 (três euros) por m3, tendo por
referência o valor da taxa devida para a extração de materiais inertes do domínio
público hídrico do Estado previsto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11
de junho, republicado pelo Decreto-Lei n.º 46/2017, de 3 de maio, com o valor
adicional indicado na proposta adjudicada, o qual não pode ser inferior a 0,01€
(um cêntimo) por m3.
3. A licença de extração de inertes atribuída ao Adjudicatário nos termos dos números
anteriores caduca nas situações previstas no artigo 33.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007,
de 31 de maio, ou logo que tenha sido extraído o volume máximo de materiais inertes
previsto na Cláusula seguinte.
4. No prazo de 15 (quinze) dias a contar da data da respetiva caducidade, o Adjudicatário
deverá proceder à entrega à Entidade Adjudicante da licença a que se refere o número
anterior.

Cláusula 8.ª
Extração e destino dos materiais inertes extraídos
1. O volume máximo de inertes a extrair ao abrigo do presente Contrato, é de 1 500m3.
2. Os materiais de inertes extraídos suscetíveis de aproveitamento económico serão
propriedade do Adjudicatário.
3. Os materiais de inertes extraídos e que não sejam suscetíveis de aproveitamento
económico deverão ser transportados pelo Adjudicatário para um vazadouro licenciado.

Cláusula 9.ª
Regime legal aplicável e condições da licença
1. A licença rege-se pela legislação específica aplicável aos títulos de utilização privativa de
bens do domínio público hídrico, nomeadamente a Lei n.º 58/2005, de 29 de dezembro, o
Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, bem como a Portaria n.º 1450/2007, de 12 de
novembro, sendo-lhe aplicável, subsidiariamente, com as necessárias adaptações, a Parte

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9/CE
III do Código dos Contrato Públicos, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de
janeiro.
2. Nos termos do n.º 3 do artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, fica o
titular da licença dispensado da prestação de caução para recuperação ambiental.
3. O titular da licença obriga-se a cumprir todas as disposições do contrato, bem como todas
as normas e condicionamentos ambientais e de segurança e demais disposições legais e
regulamentares em vigor que à licença sejam aplicáveis, bem como as instruções
respeitantes à execução do Contrato que forem dadas pela Entidade Adjudicante.

Secção II - Condições Gerais de Execução do Contrato

Cláusula 10.ª
Organização e meios do Adjudicatário
1. O Adjudicatário obriga-se a executar o contrato de forma profissional e competente,
utilizando os conhecimentos técnicos, a diligência, o zelo e a pontualidade próprios das
melhores práticas, com o nível de qualidade e de acordo com as especificações e os
requisitos técnicos definidos no Anexo I do Caderno de Encargos.
2. O Adjudicatário obriga-se ainda a afetar ao cumprimento das obrigações decorrentes do
Contrato todos os meios humanos, materiais e informáticos ou outros que sejam
necessários e adequados à execução do contrato.
3. No caso de a Entidade Adjudicante verificar que os meios utilizados pelo Adjudicatário
são insuficientes ou inadequados à boa execução do contrato, pode impor o seu reforço,
incluindo a aquisição de meios materiais ou a sua modificação ou substituição, sem
encargos adicionais para a Entidade Adjudicante.
4. A Entidade Adjudicante pode ordenar ao Adjudicatário que retire da equipa afeta à
execução do contrato qualquer elemento que revele deficiente desempenho das funções
que lhe estão cometidas, que desrespeite os trabalhadores daquela, seus colaboradores
ou quaisquer outras entidades intervenientes na execução do contrato ou ainda que
provoque indisciplina no desempenho dos seus deveres, devendo tal ordem ser
fundamentada e emitida por escrito.

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10/CE
5. No caso previsto no número anterior, o Adjudicatário deve substituir o membro da
equipa no prazo determinado pela Entidade Adjudicante por um outro elemento com o
perfil, qualificações e competências iguais ou análogos ao membro substituído.
6. O Adjudicatário deve cumprir todas as obrigações legais com respeito aos seus
trabalhadores, nomeadamente laborais e de segurança social.

Cláusula 11.ª
Obrigações principais do Adjudicatário
Sem prejuízo de outras obrigações previstas no presente Caderno de Encargos, no contrato
e na legislação aplicável, da celebração do presente contrato decorrem para o Adjudicatário
as seguintes obrigações principais:
a) Proceder à extração dos volumes de matéria inerente referidos na Cláusula 8.ª, n.º 1;
b) Proceder à remoção de todo o material aluvial, incluindo detritos lenhosos grosseiros,
resíduos, resíduos sólidos urbanos e entulhos, acumulados no leito fluvial;
c) Cumprir o Plano de Trabalhos constante da proposta adjudicada;
d) Entregar, semanalmente, as guias de transporte de material correspondentes a todos
os transportes de inertes extraídos na semana anterior, nos termos constantes da
Cláusula 16.ª;
e) Obter as autorizações, licenças e aprovações que, nos termos da lei e regulamentação,
lhe sejam aplicáveis e/ou se mostrem necessárias para o cumprimento das obrigações
decorrentes do Contrato, bem como o pagamento de quaisquer emolumentos exigidos
pelas autoridades competentes relativamente ao cumprimento das respetivas
obrigações contratuais;
f) Transportar e depositar o material não suscetível de aproveitamento económico para
um local devidamente autorizado ou licenciado, nos termos do n.º 3 da Cláusula 8.ª;
g) Abster-se da prática de atos ou atividades que causem a degradação do estado das
massas de água e que gerem outros impactes ambientais negativos ou inviabilizem
usos alternativos considerados prioritários;
h) Informar a Entidade Adjudicante, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas, de
qualquer acidente grave que afete o estado das águas;

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11/CE
i) Facultar o acesso à área e aos equipamentos afetos à execução do Contrato aos
agentes de todas as entidades com jurisdição no local e acatar prontamente as suas
ordens;
j) Cumprir todas as normas e condicionamentos ambientais e de segurança e demais
disposições legais e regulamentares em vigor que ao Contrato sejam aplicáveis;
k) Proceder à reposição das devidas condições de segurança, e à retirada dos respetivos
materiais, equipamentos utilizados e inertes extraídos, na área onde se procedeu à
extração;
l) Assegurar o bom estado de conservação das vias de circulação de acesso aos locais de
execução do Contrato;
m) Assegurar a integridade do ensoleiramento do canal de escoamento e dos respetivos
muros de canalização.

Cláusula 12.ª
Local de execução do Contrato
1. As atividades objeto do contrato serão executadas no local identificado no Anexo II.
2. Independentemente das informações fornecidas no caderno de encargos, entende-se que
o Adjudicatário se inteirou localmente das condições de execução do contrato, não
podendo invocar quaisquer condicionalismos para eximir ou atenuar as responsabilidades
que assume no âmbito do Contrato.

Cláusula 13.ª
Encargos do Adjudicatário
1. Todas as despesas ou encargos em que o Adjudicatário incorra para o cumprimento das
obrigações emergentes do contrato são da sua exclusiva responsabilidade e não podem
ser reclamados à Entidade Adjudicante, a menos que outro regime decorra da lei ou do
contrato;
2. São, designadamente, da responsabilidade do Adjudicatário:

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12/CE
a) Quaisquer impostos, taxas, direitos de qualquer natureza ou outros encargos
exigidos pelas autoridades competentes e relativos à celebração e execução do
Contrato em Portugal;
b) Encargos com a obtenção de autorizações, licenças e/ ou aprovações que, nos
termos da lei e regulamentação, lhe sejam aplicáveis e/ou se mostrem necessárias
para o cumprimento das obrigações decorrentes do contrato, bem como o
pagamento de quaisquer emolumentos exigidos pelas autoridades competentes
relativamente ao cumprimento das obrigações contratuais do Adjudicatário;
c) Encargos respeitantes ao cumprimento da obrigação de subscrição de seguros
legalmente obrigatórios;
d) Quaisquer despesas emergentes de atos de vistoria decorrentes do
acompanhamento do contrato pela Entidade Adjudicante realizados,
nomeadamente, nos termos do disposto na Cláusula 19.ª;
e) Despesas respeitantes ao cumprimento da obrigação de prestação de quaisquer
garantias exigidas no contrato, designadamente de bom e pontual cumprimento.

Secção III – Obrigações de Pagamento

Cláusula 14.ª
Obrigações de Pagamento do Adjudicatário
1. O Adjudicatário obriga-se a pagar à Entidade Adjudicante a Taxa de Recursos Hídricos
devida pela atribuição da licença de extração de inertes, aplicável ao volume máximo de
inertes a extrair, conforme previsto na Cláusula 7.ª.
2. O valor da Taxa de Recursos Hídricos referida no número anterior resulta da soma das
seguintes componentes:
a) O valor base de € 3 (três euros) por m3, tendo por referência o valor da taxa
devida para a extração de materiais inertes do domínio público hídrico do Estado
previsto no artigo 9.º do Decreto-Lei n.º 97/2008, de 11 de junho, republicado
pelo Decreto-Lei n.º 46/2017, de 3 de maio;

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13/CE
b) O valor adicional indicado na proposta adjudicada, o qual não pode ser inferior a
0,01€ (um cêntimo) por m3;
3. O Adjudicatário não tem direito a receber qualquer quantia da Entidade Adjudicante no
âmbito do contrato.

Cláusula 15.ª
Condições de pagamento
O pagamento da Taxa de Recursos Hídricos referida na Cláusula anterior deverá ser efetuado
pelo Adjudicatário até à data da celebração do contrato.

Cláusula 16.ª
Reporte dos volumes extraídos
1. O Adjudicatário deve reportar, semanalmente, à Entidade Adjudicante, os volumes dos
inertes extraídos na semana anterior, apresentando como comprovativo as respetivas
guias de transporte, devidamente preenchidas;
2. Sem prejuízo do número anterior, a Entidade Adjudicante pode adotar as medidas de
fiscalização que considere necessárias para verificar os volumes de inertes efetivamente
extraídos;
3. Os métodos e os critérios a adotar para a realização das medições dos volumes extraídos
respeitam a seguinte ordem de prioridades:
a) O volume teórico extraído considerando a área de intervenção e a profundidade
média verificada;
b) As normas oficiais de medição que porventura se encontrem em vigor;
c) Os critérios geralmente utilizados ou, na falta deles, os que forem acordados entre
a Entidade Adjudicante e o Adjudicatário.

Secção IV – Execução do Contrato

Cláusula 17.ª

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14/CE
Início de produção de efeitos e prazos de execução do Contrato
1. O Contrato produz efeitos no dia seguinte ao da sua assinatura pelas Partes.
2. O Adjudicatário obriga-se a executar o contrato no prazo máximo de 30 (trinta) dias a
contar da data da sua produção de efeitos referida no número anterior.
3. O incumprimento pelo Adjudicatário da obrigação de executar o contrato dentro do prazo
estabelecido no n.º 2 dá lugar à aplicação de penalidades nos termos da Cláusula 24.ª.

Cláusula 18.ª
Conclusão da execução do Contrato
As obrigações do Adjudicatário apenas se consideram integralmente executadas quando este
tiver comprovado a extração do volume máximo de inertes previsto no contrato ou tenha
terminado o prazo previsto na respetiva licença.

Capítulo III
Fiscalização e Acompanhamento da Execução do Contrato

Cláusula 19.ª
Acompanhamento do Contrato pela Entidade Adjudicante
Com vista a verificar o cumprimento do contrato, a Entidade Adjudicante exerce as seguintes
competências:
a) Acompanhamento e monitorização da execução das atividades objeto do contrato;
b) Verificação do cumprimento das obrigações do Adjudicatário, designadamente por
referência ao plano de trabalhos constante da proposta adjudicada;
c) Solicitação de informações adicionais;
d) Outras que resultem do contrato ou que venham a ser determinadas pelo
Contraente Público e comunicadas ao Adjudicatário.

Cláusula 20.ª
Gestor do contrato

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15/CE
1. Para efeitos de acompanhamento da execução do contrato e das demais funções
atribuídas nos termos do artigo 290.º-A do Código dos Contratos Públicos e do artigo 8.º-
A do Decreto Legislativo Regional n.º 34/2008/M, de 14 de agosto, na sua redação atual,
a Entidade Adjudicante nomeia um Gestor do Contrato que a representa perante o
Adjudicatário, nos termos previstos no contrato e no seu despacho de nomeação, o qual
constará de anexo ao contrato.
2. O Adjudicatário obriga-se a cooperar com o Gestor do Contrato na prossecução das
atividades de acompanhamento do contrato que este tem a seu cargo, atuando de boa-fé
e sem reservas.
3. Caso o Gestor do Contrato detete desvios, defeitos ou outras anomalias na execução do
contrato, pode propor ao Adjudicatário que adote as medidas que, em cada caso, se
revelem adequadas à correção dos mesmos.
4. As comunicações entre o Gestor do Contrato e o Adjudicatário, designadamente no que
respeite ao acompanhamento do contrato, são efetuadas por escrito, não podendo ser
invocadas entre ambas quaisquer comunicações ou determinações que não tenham sido
submetidas a essa forma.
5. Em caso de subcontratação, o Adjudicatário assegurará, na celebração do correspondente
contrato, que o disposto na presente Cláusula é igualmente respeitado, com as devidas
adaptações, pela entidade subcontratada.

CAPÍTULO IV
SEGUROS

CLÁUSULA 21.ª
Seguros
1. O Adjudicatário obriga-se a celebrar e manter em vigor, pagando periodicamente os
respetivos prémios, as apólices de seguros necessárias para garantir uma efetiva e
compreensiva cobertura dos riscos inerentes às atividades a desenvolver.
2. Caso a Entidade Adjudicante entenda que os contratos de seguro celebrados pelo
Adjudicatário não garantem uma efetiva e compreensiva cobertura dos riscos inerentes
às atividades objeto do contrato, aquele notifica o Adjudicatário para que, no prazo que

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16/CE
for razoavelmente determinado, proceda à substituição ou celebração de novos
contratos seguros, devendo o Adjudicatário remeter cópia dos mesmos à Entidade
Adjudicante.
3. O Adjudicatário obriga-se a manter as referidas apólices em vigor e a comprová-lo
perante a entidade adjudicante sempre que tal lhe seja solicitado.
4. O Adjudicatário obriga-se a fazer consignar as disposições aplicáveis aos seguros
contratados no âmbito do contrato, em todos os contratos e subcontratos que celebre;
5. A Entidade Adjudicante deve ser indicada como o beneficiário nos contratos de seguro
referidos no presente artigo.
6. Em caso de incumprimento pelo Adjudicatário da obrigação de manter as apólices de
seguro a que está obrigado, a Entidade Adjudicante pode proceder diretamente ao
pagamento dos prémios das referidas apólices e à eventual contratação de novas
apólices em substituição das que possam ter caducado ou sido resolvidas ou revogadas,
correndo os respetivos custos por conta do Adjudicatário.
7. Quaisquer alterações das apólices de seguros ou da entidade seguradora devem ser
objeto de autorização prévia a prestar pela Entidade Adjudicante.

CAPÍTULO V
MODIFICAÇÕES SUBJETIVAS, INCUMPRIMENTO E EXTINÇÃO DO CONTRATO

CLÁUSULA 22.ª
Cessão da posição contratual e subcontratação
1. Sem prejuízo das regras especiais aplicáveis à licença de extração de inertes atribuída ao
Adjudicatário, conforme previsto na Cláusula 9.ª, são ainda aplicáveis ao contrato as
disposições seguintes.
2. O Adjudicatário não poderá ceder a sua posição contratual ou qualquer dos direitos e
obrigações decorrentes do contrato sem prévia autorização escrita da Entidade
Adjudicante.

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17/CE
3. É admitida a subcontratação desde que sejam observados os requisitos e limites
previstos nos artigos 317.º e 318.º do CCP, apenas podendo a Entidade Adjudicante
recusar a subcontratação com os fundamentos previstos no artigo 320.º do CCP.
4. Nos casos de subcontratação, o Adjudicatário permanece integralmente responsável
perante a Entidade Adjudicante pelo exato e pontual cumprimento de todas as
obrigações contratuais.
5. Sem prejuízo do disposto no número anterior, o Adjudicatário deve dar imediato
conhecimento à Entidade Adjudicante da ocorrência de qualquer diferendo ou litígio com
os terceiros subcontratados relacionados com a execução do contrato e prestar-lhe toda
a informação relativa à evolução dos mesmos.
6. Sempre que seja necessário para a avaliação do pontual cumprimento e execução do
contrato, a Entidade Adjudicante poderá conhecer todos os subcontratos que o
Adjudicatário celebrou a propósito do contrato, devendo, quando solicitado, fornecer no
prazo que lhe for estipulado cópias dos contratos em causa.

CLÁUSULA 23.ª
Mora do Adjudicatário
1. Considera-se haver mora do Adjudicatário quando se verifique um atraso no
cumprimento das obrigações contratuais por parte do Adjudicatário, designadamente
nos seguintes casos:
a) Quando o Adjudicatário não assegure a execução do contrato dentro do prazo
previsto na Cláusula 17.ª, por facto que lhe seja imputável;
b) Sempre que o Adjudicatário tenha conhecimento de uma qualquer circunstância,
ainda que lhe não seja imputável, que impeça o cumprimento tempestivo das
suas obrigações, e não dê cumprimento aos respetivos deveres de informação;

2. Não haverá mora do Adjudicatário quanto às respetivas obrigações se o incumprimento


dos prazos previstos no contrato se ficar a dever à Entidade Adjudicante.

3. O Adjudicatário será responsável, para efeitos do contrato, pelos atos dos seus
trabalhadores e subcontratados, como se por ele fossem praticados.

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18/CE
4. Quando o atraso de qualquer uma das obrigações do Adjudicatário seja superior a 30
(trinta) dias, tem a Entidade Adjudicante o direito de considerar como definitivamente
incumprida a obrigação do Adjudicatário em causa, salvo o disposto no número seguinte.

5. Decorrido o prazo referido no artigo anterior, e caso a Entidade Adjudicante comunique


ao Adjudicatário manter o interesse no cumprimento da obrigação, o Adjudicatário
permanece vinculado a esse cumprimento, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

6. As situações de mora e de incumprimento definitivo previstas na presente Cláusula têm


as consequências previstas nas Cláusulas 24.ª e 25.ª, consoante o caso.

7. É aplicável o disposto nesta Cláusula quando o Adjudicatário declarar que não cumprirá
ou não cumprirá tempestivamente uma obrigação contratual, desde que tal declaração
seja efetuada por escrito e por sujeitos com capacidade para vincular o mesmo.

CLÁUSULA 24.ª
Sanções pecuniárias contratuais
1. Com exceção do disposto no número seguinte, pelos dias de mora, imputáveis ao
Adjudicatário, no cumprimento de qualquer obrigação prevista no Contrato, o
Adjudicatário paga à Entidade Adjudicante, a título de penalidade, as seguintes
importâncias:
a) Entre o 1.º e o 10.º dia de atraso, € 100 (cem euros) por dia, excluindo IV!-
b) Entre o 11.º e o 20.º dia de atraso, € 400 (quatrocentos euros) por dia, excluindo
IVA;
c) A partir do 21.º dia de atraso, € 650 (seiscentos e cinquenta euros) por dia,
excluindo IVA.
2. As penalidades previstas nos números anteriores consideram-se aplicadas ao
Adjudicatário mediante comunicação, com identificação do período de atraso e do
montante global das mesmas, sem prejuízo do direito de audiência prévia do
Adjudicatário, direito que pode ser exercido por escrito e no prazo de 5 (cinco) dias úteis
a contar da notificação da Entidade Adjudicante para o efeito.

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19/CE
3. As penalidades previstas na presente Cláusula devem ser pagas pelo Adjudicatário no
prazo máximo de 30 (trinta) dias a contar da comunicação prevista no número anterior;
4. A aplicação das penalidades por mora não prejudica qualquer direito de indemnização,
legal ou contratualmente fixado.

CLÁUSULA 25.ª
Resolução do Contrato por parte da Entidade Adjudicante
1. Para além dos fundamentos previstos no Código dos Contratos Públicos, a Entidade
Adjudicante pode resolver o contrato nos seguintes casos:

a) Incumprimento definitivo do Contrato por facto imputável ao Adjudicatário;

b) Incumprimento, por parte do Adjudicatário, de ordens, diretivas ou instruções


transmitidas no exercício do poder de direção sobre matéria relativa à execução
das prestações contratuais;

c) Se o Adjudicatário violar de forma grave ou reiterada qualquer das obrigações que


lhe incumbem no âmbito do contrato;

d) Se o Adjudicatário se atrasar no cumprimento, total ou parcial, da obrigação de


assegurar a conclusão da execução do contrato, por período superior a 30 (trinta)
dias ou caso o Adjudicatário declare por escrito que o atraso excederá esse prazo;

e) Incumprimento pelo Adjudicatário de decisões judiciais ou arbitrais respeitantes


ao contrato;
f) Quando o valor do somatório das penalidades aplicadas ultrapassarem 20% do
preço contratual global;
g) Se o Adjudicatário ceder a respetiva posição contratual a terceiro ou celebrar
qualquer subcontrato sem autorização prévia da Entidade Adjudicante;
h) Se ocorrer o início da fase jurisdicional de um processo de insolvência, ou de um
processo com fins análogos, relativamente ao Adjudicatário;

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20/CE
i) Se se verificarem os pressupostos da força maior, desde que a mesma inviabilize o
cumprimento total ou parcial do contrato ou implique comprovadamente um
atraso no cumprimento de qualquer prazo superior a 30 (trinta) dias;
j) Por razões de interesse público, nos termos do disposto no artigo 334.º do CCP.

2. O direito de resolução referido no número anterior exerce-se mediante declaração


enviada ao Adjudicatário e não determina a repetição das prestações já realizadas.

CLÁUSULA 26.ª
Indemnização por resolução por parte da Entidade Adjudicante
1. A resolução do contrato pela Entidade Adjudicante, nos termos da Cláusula anterior,
fundada em incumprimento contratual do Adjudicatário, constitui este no dever de
indemnizar a Entidade Adjudicante, nos termos gerais de direito, por todos os prejuízos
sofridos;
2. O disposto na presente Cláusula não prejudica a aplicação de quaisquer penalidades que
se mostrem devidas.

CLÁUSULA 27.ª
Resolução do Contrato por parte do Adjudicatário
O Adjudicatário pode resolver o contrato nos casos previstos na lei, nomeadamente nos termos
do disposto no artigo 332.º do CCP.

CAPÍTULO VI
FORÇA MAIOR

CLÁUSULA 28.ª
Força maior
1. Nenhuma das partes é responsável pelo incumprimento ou pelo cumprimento defeituoso
das obrigações emergentes do contrato na estrita medida em que estes resultem de
casos de força maior.

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21/CE
2. São consideradas de força maior as circunstâncias que impossibilitem o cumprimento por
uma das Partes das obrigações emergentes do contrato, alheias ao seu controlo, que a
mesma não pudesse conhecer ou prever à data da celebração do contrato e cujos efeitos
não lhe fosse razoavelmente exigível contornar ou evitar;
3. Os pressupostos do conceito de força maior estipulados no número anterior são
cumulativos.
4. Podem constituir força maior, se se verificarem os pressupostos do n.º 2,
designadamente, tremores de terra, inundações, incêndios, epidemias, sabotagens,
embargos ou bloqueios internacionais, atos de guerra ou terrorismo, motins e greves.
5. Não constituem força maior, designadamente:

a) Circunstâncias que não constituam força maior para os eventuais subcontratados


pelo Adjudicatário, na parte em que intervenham;
b) Greves ou conflitos laborais limitados ao Adjudicatário ou a grupos de sociedades
em que se integre, bem como a sociedades ou grupos de sociedades dos seus
subcontratados;
c) Determinações governamentais, administrativas ou jurisdicionais de natureza
sancionatória ou de outra forma resultantes do incumprimento pelo Adjudicatário
de deveres ou ónus que sobre ele recaiam;
d) Avarias nos sistemas informáticos ou mecânicos do Adjudicatário que não
decorram dos fatores referidos no n.º 1.

6. A ocorrência de circunstâncias que possam consubstanciar força maior deve ser


imediatamente comunicada à outra parte, devendo a parte que a invoca indicar as
obrigações emergentes do contrato cujo cumprimento, no seu entender, se encontra
impedido ou dificultado por força de tal ocorrência, e as medidas que pretende pôr em
prática a fim de mitigar o impacto da referida situação e os respetivos prazos e custos.
7. A comunicação a que se refere o número anterior tem lugar no prazo máximo de 5
(cinco) dias a contar da verificação do facto ou do respetivo conhecimento.

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22/CE
8. Quando uma das Partes não aceite por escrito que certa ocorrência invocada pela outra
constitua força maior, cabe a esta fazer prova de que não se verificam os respetivos
pressupostos.
9. A força maior tem as seguintes consequências:

a) Sem prejuízo da alínea seguinte, os prazos de execução contratualmente


estabelecidos são acrescidos do período de tempo comprovadamente
correspondente ao impedimento resultante da força maior acrescido de um
período que seja comprovadamente indispensável para recomeçar os trabalhos.
b) Desde que se verifiquem os pressupostos da alínea i) do n.º 1 da Erro! A origem
da referência não foi encontrada., a Entidade Adjudicante pode resolver o
contrato.

CAPÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

CLÁUSULA 29.ª
Comunicações e notificações
1. As notificações dos atos no âmbito da execução do contrato são efetuadas nos termos do
disposto no artigo 467.º do CCP, preferencialmente, através de correio eletrónico, para o
endereço que for indicado.
2. As comunicações entre as partes no âmbito da execução do contrato são efetuadas nos
termos do disposto no artigo 468.º do Código dos Contratos Públicos, preferencialmente,
através de correio eletrónico, para os endereços que forem indicados.
3. As notificações/comunicações que sejam realizadas por via postal, serão efetuadas para o
endereço postal que for indicado.
4. Qualquer alteração dos endereços constantes do contrato deve ser comunicada à outra
parte.

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23/CE
CLÁUSULA 30.ª
Contagem dos prazos
1. Salvo quando expressamente se disponha em contrário, os prazos previstos no contrato
são contínuos, correndo em sábados, domingos e dias feriados, e não se suspendem nem
interrompem em férias.
2. Os prazos previstos no contrato que terminem em sábado, domingo ou dia feriado
transferem-se para o primeiro dia útil seguinte.

CLÁUSULA 31.ª
Foro
Para a resolução de todos os litígios relativos, designadamente, à interpretação, execução,
incumprimento, invalidade, resolução ou redução do contrato é competente o Tribunal
Administrativo do Funchal.

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24/CE
ANEXO I
Especificações e Requisitos Técnicos

O Plano de Trabalhos apresentado pelo Adjudicatário deverá prever o modo de execução das
atividades de remoção de todo o material aluvial, incluindo detritos lenhosos grosseiros,
resíduos, resíduos sólidos urbanos e entulhos, acumulados no leito fluvial, prevendo as
seguintes atividades:
a) Operações de corte de vegetação, limpeza de detritos e remoção de material
aluvial;
b) Intervenção mecânica com equipamentos pesados;
A. EXTRAÇÃO DE INERTES

➢ A extração dos materiais inertes tem por finalidade o desassoreamento do segmento


terminal, foz, das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes, limitando-se à área no Anexo II;

➢ Os materiais a extrair consistem em areias, areão, burgau, godo, cascalho e detritos


diversos;

➢ O volume máximo de inertes a extrair é de cerca de 1 500 m3;


➢ Os materiais inertes só podem ser carregados e transportes em viaturas pesadas depois de
escoada a água e devidamente acondicionados e, ainda, em condições que obstem a
escorrências para os pavimentos.
A.1. EQUIPAMENTOS A AFETAR À EXTRAÇÃO DE INERTES

➢ A extração de inertes apenas poderá ser efetuada com recurso aos equipamentos
constantes do plano de maquinaria e do equipamento apresentado na proposta
adjudicada;
➢ Nenhum equipamento ou maquinaria pode ser gerador de focos de poluição,
designadamente dos combustíveis ou lubrificantes utilizados.

A.2. PERÍODO DE EXTRAÇÃO DE INERTES

➢ A extração de materiais inertes deverá ocorrer nos dias úteis e sábados.

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25/CE
Anexo II
(Planta de Localização das Áreas de Intervenção)

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26/CE

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