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A história da anatomia animal e humana

A história da anatomia animal e humana remonta à antiguidade, com os primeiros


registros de estudo e dissecação de corpos de animais e humanos. Ao longo dos séculos,
a anatomia evoluiu como um campo de estudo independente, e cientistas notáveis
fizeram contribuições significativas para o nosso conhecimento sobre a estrutura e
funcionamento do corpo humano e animal.

Na Grécia Antiga

De acordo com Standing (2016), na Grécia Antiga, o médico e filósofo Hipócrates (460-
370 a.C.) foi um dos primeiros a fazer estudos sistemáticos sobre anatomia. Ele
desenvolveu uma teoria de que o corpo humano é composto por quatro humores:
sangue, fleuma, bile amarela e bile negra, que afectam a saúde e o equilíbrio do corpo.

No período helenístico

No período helenístico como citado por Shampo (1996), o anatomista grego Herófilo de
Calcedônia (335-280 a.C.) realizou estudos detalhados sobre a anatomia humana,
usando dissecação em cadáveres. Ele fez várias descobertas, incluindo a diferenciação
entre nervos motores e sensoriais, além de descrever órgãos como o fígado e o baço.

Outro importante médico e anatomista da Grécia Antiga foi Cláudio Galeno (129-200
d.C.), que sistematizou o conhecimento anatômico existente até então. Ele aperfeiçoou a
técnica de dissecação e descreveu as funções dos órgãos internos, além de ter realizado
experimentos em animais para entender a fisiologia do corpo humano.

No período medieval

No entender de Richardson (2010), no período medieval, o estudo da anatomia não


avançou significativamente devido às restrições impostas pela Igreja Católica. No
entanto, médicos árabes, como Ibn al-Nafis (1213-1288), fizeram avanços significativos
na compreensão da anatomia pulmonar e circulatória.
N o Renascimento

Durante o Renascimento, houve um ressurgimento do interesse pela anatomia. Andreas


Vesalius (1514-1564), considerado o pai da anatomia moderna, publicou em 1543 o
livro "De humani corporis fabrica", no qual descreveu detalhadamente a anatomia
humana com base em suas próprias dissecações. Vesalius rejeitou muitos dos erros e
conceitos antigos e forneceu uma base sólida para o estudo da anatomia.

Outro nome importante nessa época foi William Harvey (1578-1657), que fez
descobertas significativas sobre a circulação sanguínea. Em 1628, ele descreveu o
sistema circulatório e como o coração bombeia o sangue.

No século XIX

No século XIX, com o avanço das técnicas de microscopia, cientistas como Marcello
Malpighi (1628-1694) e Theodor Schwann (1810-1882) fizeram importantes
descobertas no campo da histologia, que estuda os tecidos biológicos. Eles foram
fundamentais para a compreensão da estrutura microscópica dos tecidos e órgãos.

No século XX

No século XX, o desenvolvimento da microscopia electrónica e outras técnicas


avançadas permitiu um estudo ainda mais aprofundado da anatomia. Avanços na
biologia molecular e genética também contribuíram para uma melhor compreensão dos
processos celulares e moleculares subjacentes à anatomia animal e humana.

Referência bibliográfica
Standring, S. (Ed.). (2016). Anatomia de Gray: A Base Anatómica da Prática Clínica.
Elsevier Health Sciences.
Richardson, R. (2010). Morte, Dissecação e a Despossuída. University of Chicago
Press.
Shampo, M. A., & Kyle, R. A. (1996). Andreas Vesalius e a anatomia do cérebro: uma
redescoberta renascentista. Mayo Clinic Proceedings.

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