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ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA

INTRODUÇÃO À ANATOMIA HUMANA


E
SISTEMA TEGUMENTAR

PROFº SERINEU PINTO


1. OBJETIVOS
 Conhecer a história e o conceito de anatomia humana.

 Oferecer uma visão panorâmica, didática e objetiva dos aspectos


morfológicos relevantes do sistema orgânico do homem.

 Constituição física do corpo humano.

 Analisar os diferentes sistemas do corpo humano.

 Compreender a importância da anatomia humana no ensino da saúde.

 Apresentar as primeiras formas estruturais do corpo humano.

 Expor sobre a importância e função do sistema tegumentar.


2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
A anatomia foi consagrada como ciência graças ao contributo do belga André Versalius
(1514-1564), médico particular do Imperador Romano Carlos V e do Rei Espanhol Felipe
II.

Este Ramo da Medicina estuda, sobretudo, a estrutura e a organização do corpo humano,


desde os músculos, os ossos e os órgãos, ate às mais infinitas estruturas celulares, que
só podem ser observadas ao microscópio óptico ou eletrônico.

No âmbito da Anatomia cabe também o conhecimento das diferentes características da


constituição física, a divisão em regiões anatómicas e a descrição da pele enquanto
revestimento exterior do corpo.
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o
cadáver desconhecido, lembra-te que este corpo nasceu do
amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela
esperança daquela que em seu seio o agasalhou. Sorriu e
sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por certo
amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e
sentiu saudades dos outros que partiram. Agora jaz na fria
lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima
sequer, sem que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus
sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e a grandeza de
servir à humanidade. A humanidade que por ele passou
indiferente“

(Rokitansky, 1876)
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
O conhecimento anatômico do corpo humano data de quinhentos anos antes de Cristo no sul da
Itália com Alcméon de Crotona, que realizou dissecações em animais. Pouco tempo depois, um
texto clínico da escola hipocrática descobriu a anatomia do ombro conforme havia sido estudada
com a dissecação. Aristóteles mencionou as ilustrações anatômicas quando se referiu aos
paradigmas, que provavelmente eram figuras baseadas na dissecação animal.

No século III A.C., o estudo da anatomia avançou consideravelmente na Alexandria. Muitas


descobertas lá realizadas podem ser atribuídas a Herófilo e Erasístrato, os primeiros que
realizaram dissecações humanas de modo sistemático.

A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e
religiosas. O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico,
porém só se conhecia através das dissecações em animais.

No século II D.C., Galeno dissecou quase tudo, macacos e porcos, aplicando depois os
resultados obtidos na anatomia humana, quase sempre corretamente; contudo, alguns erros
foram inevitáveis devido à impossibilidade de confirmar os achados em cadáveres humanos.
Galeno desenvolveu assim mesmo a doutrina da “causa final”, um sistema teológico que
requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a compreendia.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Porém não chegaram até nós as ilustrações anatômicas do período clássico, sendo as “séries de
cinco figuras” medievais dos ossos, veias, artérias, órgãos internos e nervos são provavelmente
cópias de desenhos anteriores. Invariavelmente, as figuras são representadas numa posição
semelhante a de uma rã aberta, para demonstrar os diversos sistemas, às vezes, se agrega uma
sexta figura que representa uma mulher grávida e órgãos sexuais masculinos ou femininos. Nos
antigos baixos-relevos, camafeus e bronzes aparecem muitas vezes representações de
esqueletos e corpos encolhidos cobertos com a pele (chamados lêmures), de caráter mágico ou
simbólico mais que esquemático e sem finalidade didática alguma.

Parece que o estudo da anatomia humana recomeçou mais por razões práticas que intelectuais. A
guerra não era um assunto local e se fez necessário dispor de meios para repatriar os corpos dos
mortos em combate. O embalsamento era suficiente para trajetos curtos, mas as distâncias
maiores como as Cruzadas introduziram a prática de “cocção dos ossos”. A bula pontifica De
sepulturis de Bonifácio VIII (1300), que alguns historiadores acreditaram equivocadamente proibir
a dissecção humana, tentava abolir esta prática. O motivo mais importante para a dissecação
humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões essencialmente médico-legais, de
averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra
enfermidade infecciosa.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
O verbo “dissecar” era usado também para descrever a operação cesariana cada vez mais
frequente. A tradição manuscrita do período medieval não se baseou no mundo natural. As
ilustrações anteriores eram aceitas e copiadas. Em geral, a capacidade dos escritores era limitada
e ao examinar a realidade natural, introduziram pelo menos alguns erros, tanto de conceito como
de técnica. As coisas “eram vistas” tal qual os antigos e as ilustrações realistas eram consideradas
como um curto-circuito do próprio método de estudo.

A anatomia não era uma disciplina independente, mas um auxiliar da cirurgia, que nessa época era
relativamente grosseira e reunia sobre todo conhecer os pontos apropriados para a sangria.
Durante todo o tempo que a anatomia ostentou essa qualidade oposta à prática, as figuras não-
realistas e esquemáticas foram suficientes.

O primeiro livro ilustrado com imagens impressas mais do que pintadas foi a
obra de Ulrich Boner Der Edelstein. Foi publicada por Albrecht Plister em
Banberg depois de 1460 e suas ilustrações foram algo mais que decorações
vulgares. Em 1475, Konrad Megenberg publicou seu Buch der Natur, que
incluía várias gravuras em madeira representando peixes, pássaros e outros
animais, assim como plantas diversas. Essas figuras, igual a muitas outras
pertencentes a livros sobre a natureza e enciclopédias desse período, estão
dentro da tradição manuscrita e são dificilmente identificáveis.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Dentre os muitos fatores que contribuíram para o desenvolvimento da técnica ilustrativa no começo
do século XVI, dois ocuparam lugar destacado: o primeiro foi o final da tradição manuscrita
consistente em copiar os antigos desenhos e a conversão da natureza em modelo primário.
Chegou-se ao convencimento de que o mais apropriado para o homem era o mundo natural e não
a posteridade. O escolasticismo de São Tomás de Aquino havia preparado inadvertidamente o
caminho através da separação entre o mundo natural e o sobrenatural, prevalecendo a teologia
sobre a ciência natural.

O segundo fator que influiu no desenvolvimento da ilustração científica para o ensino foi a lenta
instauração de melhores técnicas. No começo os editores, com um critério puramente quantitativo,
pensaram que com a imprensa poderiam fazer grande quantidade de reproduções de modo fácil e
barato. Só mais tarde reconheceram a importância que cada ilustração fosse idêntica ao original. A
capacidade para repetir exatamente reproduções pictórica, daquilo que se observava, constituiu a
característica distinta de várias disciplinas científicas, que descartaram seu apoio anterior à
tradição e aceitação de uma metodologia, que foi descritiva no princípio e experimental mais tarde.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
As primeiras ilustrações anatômicas impressas baseiam-se na tradição manuscrita medieval. O
Fasciculus medicinae era uma coleção de textos de autores contemporâneos destinada aos
médicos práticos, que alcançou muitas edições. Na primeira (1491) utilizou-se a xilografia pela
primeira vez, para figuras anatômicas. As ilustrações representam corpos humanos mostrando os
pontos de sangria, e linhas que unem a figura às explicações impressas nas margens. As
dissecações foram desenhadas de uma forma primitiva e pouco realista.

Na Segunda edição (1493), as posições das figuras são mais naturais. Os textos de Hieronymous
Brunschwig (cerca de 1450-1512) continuaram utilizando ilustrações descritivas. O capítulo final de
uma obra de Johannes Peyligk (1474-1522) consiste numa breve anatomia do corpo humano como
um todo, mas as onze gravuras de madeira que inclui são algo mais que representações
esquemáticas posteriores dos árabes. Na Margarita philosophica de George Reisch (1467-1525),
que é uma enciclopédia de todas as ciências, forma colocadas algumas inovações nas tradicionais
gravuras em madeira e as vísceras abdominais são representadas de modo realista.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Além desses textos anatômicos destinados
especificamente aos estudantes de medicina e aos
médicos, foram impressas muitas outras páginas com
figuras anatômicas, intituladas não em latim (como todas
as obras para médicos), mas sim em várias línguas
vulgares. Houve um grande interesse, por exemplo, na
concepção e na formação do feto humano. O uso
frequente da frase “conhece-te a ti mesmo” fala da
orientação filosófica e essencialmente não médica. A
“Dança da Morte” chegou a ser um tema muito popular,
sobretudo nos países de língua germânica, após a Peste
Negra e surpreendentemente, as representações dos
esqueletos e da anatomia humana dos artistas que as
desenharam são melhores que as dos anatomistas.

Os artistas renascentistas do século XV se interessavam


cada vez mais pelas formas humanas, e o estudo da
anatomia fez parte necessária da formação dos artistas
jovens, sobretudo no norte da Itália.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro
artista que considerou a anatomia além do
ponto de vista meramente pictórico. Fez
preparações que logo desenhou, das quais
são conservadas mais de 750, e representam
o esqueleto, os músculos, os nervos e os
vasos. As ilustrações foram completadas
muitas vezes com anotações do tipo
fisiológico. A precisão de Leonardo é maior
que a de Vesalio e sua beleza artística
permanece inalterada. Sua valorização
correta da curvatura da coluna vertebral ficou
esquecida durante mais de cem anos.
Representou corretamente a posição do fetus
in utero e foi o primeiro a assinalar algumas
estruturas anatômicas conhecidas. Só uns
poucos contemporâneos viram seus folhetos
que, sem dúvida, não foram publicados até o
final do século passado.
Homem Vitruviano de Leonardo da Vinci
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Nos séculos XVIII e XIX, o estudo cada vês pormenorizado das técnicas
operatórias levou à subdivisão da anatomia, dando-se muita importância
à anatomia topográfica. O estudo anatômico-clínico do cadáver, como
meio mais seguro de estudar as alterações provocadas pela doença, foi
introduzido por Giovan Battista Morgani. Surgia a anatomia patológica,
que permitiu grandes descobertas no campo da patologia celular, por
Rudolf Virchow, e dos agentes responsáveis por doenças infecciosas, por
Pasteur e Koch.

Recentemente, a anatomia tornou-se submicroscópica. A fisiologia, a


bioquímica, a microscopia eletônica e positrônica, as técnicas de difração
com raios X, aplicadas ao estudo das células, estão descrevendo suas
estruturas íntimas em nível molecular.

Hoje em dia há a possibilidade de estudar anatomia mesmo em pessoas


vivas, através de técnicas de imagem como a radiografia, a endoscopia,
a angiografia, a tomografia axial computadorizada, a tomografia por
emissão de positrões, a imagem de ressonância magnética nuclear, a
ecografia, a termografia e outras.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
No seu conceito mais amplo, a Anatomia é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a
constituição e o desenvolvimento dos seres organizados.

Um excelente e amplo conceito de Anatomia foi proposto em 1981 pela American Association of
Anatomists: anatomia é a análise da estrutura biológica, sua correlação com a função e com as
modulações de estrutura em resposta a fatores temporais, genéticos e ambientais.

Tem como metas principais a compreensão dos princípios arquitetônicos da construção dos
organismos vivos, a descoberta da base estrutural do funcionamento das várias partes e a
compreensão dos mecanismos formativos envolvidos no desenvolvimento destas.

A amplitude da anatomia compreende, em termos temporais, desde o estudo das mudanças a


longo prazo da estrutura, no curso de evolução, passando pelas das mudanças de duração
intermediária em desenvolvimento, crescimento e envelhecimento; até as mudanças de curto prazo,
associadas com fases diferentes de atividade funcional normal.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Em termos do tamanho da estrutura estudada vai
desde todo um sistema biológico, passando por
organismos inteiros e/ou seus órgãos até as organelas
celulares e macromoléculas.

A palavra Anatomia é derivada do grego anatome (ana


= através de; tome = corte). Dissecação deriva do
latim (dis = separar; secare = cortar) e é equivalente
etimologicamente a anatomia. Contudo, atualmente,
Anatomia é a ciência, enquanto dissecar é um dos
métodos desta ciência.

Seu estudo tem uma longa e interessante história,


desde os primórdios da civilização humana.
Inicialmente limitada ao observável a olho nu e pela
manipulação dos corpos, expandiu-se, ao longo do
tempo, graças a aquisição de tecnologias inovadoras.
2. INTRODUÇÃO – HISTÓRIA DA ANATOMIA
Atualmente, a Anatomia pode ser subdividida em três grandes grupos: Anatomia Macroscópica,
Anatomia microscópica e Anatomia do Desenvolvimento.

A Anatomia Macroscópica é o estudo das estruturas observáveis a olho nu, utilizando ou não
recursos tecnológicos os mais variáveis possíveis, enquanto a Anatomia Microscópica é aquela
relacionada com as estruturas corporais invisíveis a olho nu e requer o uso de instrumental para
ampliação, como lupas, microscópios ópticos e eletrônicos. Este grupo é dividido em Citologia
(estudo da célula) e Histologia (estudo dos tecidos e de como estes se organizam para a formação
de órgãos).

A Anatomia do Desenvolvimento estuda o desenvolvimento do indivíduo a partir do ovo fertilizado


até a forma adulta. Ela engloba a Embriologia que é o estudo do desenvolvimento até o
nascimento.

A Anatomia Humana, a Anatomia Vegetal e a Anatomia Comparada também são especializações da


anatomia. Na anatomia comparada faz-se o estudo comparativo da estrutura de diferentes animais
(ou plantas) com o objetivo de verificar as relações entre eles, o que pode elucidar sobre aspectos
da sua evolução.
2. INTRODUÇÃO – CONCEITOS ANATÔMICOS
Normal Variação anatômica
É tudo aquilo que esta presente na maioria das É uma diferença do normal que não prejudica
pessoas, o mais frequente, um dado puramente em nada a função ou o indivíduo
estatístico que determina um padrão de normalidade. Ex: ausência da veia intermédia do cotovelo.
Ex: 5 dedos em uma mão, dois olhos, um nariz,
2. INTRODUÇÃO – CONCEITOS ANATÔMICOS
Anomalia Monstruosidade
É uma alteração morfológica, que difere do normal, É uma alteração morfológica, que difere do normal,
trazendo prejuízo a função, porém é compatível com a trazendo prejuízo a função, sendo incompatível com
vida. a vida.
Ex: ter uma dedo a mais na mão, fenda palatina, irmãos
siameses, Na figura é possível perceber pela seta branca o 3º
irmão que não sobreviveu.
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Idade Gênero
As variações anatômicas ditas individuais devem-se Anatomicamente é o caráter de masculinidade ou
acrescentar aquelas decorrentes da idade, do gênero, feminilidade.
da etnia, do tipo constitucional (biótipo) e do ambiente. É possível reconhecer órgãos de um e de outro
Estes são, em conjunto, denominados fatores gerais sexo, graças a características especiais, mesmo
de variação anatômica. fora da esfera genital.
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
CONSTITUIÇÃO FÍSICA E DIFERENÇA ENTRE OS SEXOS

Corpo humano dividido por sexo:


Corpo humano dividido por sexo:
Masculino e Feminino Vista Anterior
Masculino e Feminino Vista Anterior
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Etnia Ambiente
É a denominação conferida a cada grupamento Sabe-se que fatores ambientais como o sol, clima
humano que possui caracteres físicos comuns, e alimentação exercem influência no
externa e internamente, pelos quais se distinguem desenvolvimento do indivíduo (ex. pessoas com
dos demais. má nutrição podem não crescer o que poderiam).
Conhecem-se, por exemplo, representantes das
raças Branca, Negra e Amarela e seus mestiços, ou
seja, “o produto do seu entrecruzamento”.
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Biótipo
É a resultante da soma dos caracteres herdados e
dos caracteres adquiridos por influência do meio e da
sua interrelação.
Os dois tipos extremos são chamados longilíneo e
brevilíneo e sua comparação denota melhor as
diferenças, tanto nos caracteres morfológicos
internos quanto os externos, acarretando uma
construção corpórea diversa.
Os longilíneos são indivíduos magros, em geral altos,
com pescoço longo, tórax muito achatado ântero-
posteriormente, com membros longos em relação à
altura do tronco.
Os brevilíneos são indivíduos atarracados, em geral
baixos, com pescoço curto, tórax de grande dia metro
ântero-posterior, membros curtos em relação à altura
do tronco.
Os mediolíneos também chamados de normolíneos
apresentam caracteres intermediários aos dos tipos
precedentes.
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Ectomorfos: Tem uma constituição leve, com
articulações pequenas e predominância de massa
muscular magra.
Normalmente o ectomorfo tem membros longos e
finos com a musculatura fibrosa.
Ombros tendem a ser mais finos que a cintura.
As pessoas que tem esse tipo de corpo, tem uma
maior dificuldade para ganhar peso devido ao
seu metabolismo rápido.
Mesomorfos: Tem como principal característica uma
estrutura óssea grande, grandes músculos e um
corpo naturalmente atlético.
Mesomorfos tem o melhor tipo de corpo quando o
assunto é musculação.
Tem extrema facilidade em ganhar e perder peso.
Endomorfos: Ganham gordura com
muita facilidade, geralmente tem membros mais
curtos, com braços e pernas grossas.
Tem a musculatura forte, especialmente nas pernas.
2. INTRODUÇÃO – FATORES GERAIS DE VARIAÇÃO
Da menor até a maior dimensão de seus componentes, seis níveis de organização são relevantes para a
compreensão da anatomia e fisiologia: os níveis químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e
organísmico.
Nível Químico: Inclui os átomos (menores unidades de matéria que participam de reações químicas) e
as moléculas (dois ou mais átomos ligados entre si).
Nível Celular: A união das moléculas formam as células. As células são as unidades básicas, estruturais
e funcionais do corpo humano.
Nível Tecidual: Os tecidos são grupos de células e materiais em torno delas, que trabalham juntos para
realizar uma determinada função celular. Existem quatro tipos básicos de tecidos, em seu corpo: tecido
epitelial, conjuntivo, muscular e nervoso.
Nível Orgânico: Os órgãos são estruturas compostas por dois ou mais tipos de tecido diferentes. Eles
têm funções específicas e, usualmente, têm formas reconhecíveis.
Nível Sistêmico: Um sistema consiste em órgãos relacionados que têm a mesma função.
Nível Organísmico: É o maior nível organizacional. O organismo é um indivíduo vivo. Todas as partes
do corpo, funcionando umas com as outras, constituem o organismo total – uma pessoa viva.
3. O CORPO HUMANO –
CONSTITUIÇÃO DO
CORPO
4. A CÉLULA
Célula é a menor unidade estrutural e funcional básica do ser vivo, sendo
considerada a menor porção de uma matéria viva.

Todas as células, exceto os glóbulos vermelhos, têm a mesma composição e


dimensões variadas consoante a sua função. A célula mais pequena não tem mais
de 2 milésimas de milímetros de diâmetro.

Hemácias, também conhecidas


como glóbulos vermelhos ou eritrócitos.
4. A CÉLULA
5. SISTEMA TEGUMENTAR
O tegumento ou pele cobre a superfície do corpo protegendo-o das influências ambientais danosas.
Como a pele é facilmente acessível, ela é importante nos exames físicos.

A Pele propicia:
 Proteção do corpo contra o meio ambiente, abrasões, perda de líquido, substâncias nocivas e
microrganismos invasores.
 Regulação do calor através das glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos.
 Sensibilidade por meio dos nervos superficiais e suas terminações sensitivas.

A pele forma um envoltório para as estruturas do corpo e substâncias vitais (líquidos), formando assim o
maior órgão do corpo.

A maioria dos adultos tem uma pele que pesa mais ou menos 9 quilos. Naturalmente, o peso da pele
varia de acordo com seu proprietário, com os mais magros tendo peles menos pesadas. Se
retirássemos e esticássemos a pele de um adulto médio, ela cobriria cerca de 2 metros quadrados.
.

A5.pele é composta
SISTEMA de:
TEGUMENTAR
• Epiderme: camada celular superficial.
• ADerme:
pele é composta
camadade : de tecido conectivo profunda

• Epiderme: camada
celular superficial.

• Derme: camada de
tecido conectivo
profunda
.

A5. pele é composta


SISTEMA de:
TEGUMENTAR - EPIDERME
• Epiderme: camada celular superficial.
• AseDerme:
epiderme, ou cutícula, não é vascularizada, consiste de epitélio estratificado, amolda-
camada de tecido conectivo profunda
perfeitamente sobre a camada papilar da derme, e varia de espessura em diferentes
partes.

Em alguns lugares como na palma da mão e planta dos pés, ela é espessa, dura e de
textura córnea.

O epitélio estratificado da epiderme compõe-se de várias camadas denominadas de


acordo com diversas categorias, tais como o aspecto das células, textura, composição
e posição.

Essas camadas são, de superficial para profundo: estrato córneo, estrato lúcido, estrato
granuloso, estrato espinhoso e estrato basal.

O estrato córneo é remanescente das células que contém uma proteína fibrosa, a
queratina.
.

A5.pele é composta
SISTEMA de:
TEGUMENTAR – DERME
• AEpiderme: camada celular superficial.
derme, cório, cútis verdadeira ou pele verdadeira é rija, flexível e elástica. É mais espessa na
• superfície
Derme:dorsal
camada dequetecido
do corpo conectivo
na ventral profunda
e na parte lateral mais que na medial dos membros. Nas
pálpebras, escroto e pênis é excessivamente fina e delicada.

A pele consiste em um tecido conjuntivo com quantidade variável de fibras elásticas e numerosos
nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. O tecido conjuntivo se dispõe em duas camadas: uma
profunda ou reticular e a outra superficial ou papilar.

A camada reticular consiste de tecido conjuntivo fibroelástico, composto sobretudo de feixes


colágenos. As células desta camada são principalmente fibroblastos e histiócitos. Nas camadas
mais profundas da camada reticular encontram-se glândulas sudoríparas, sebáceas, folículos do
pêlo e pequenos acúmulos de células.
.

A5.
pele é composta
SISTEMA de:
TEGUMENTAR
• Epiderme: camada celular superficial.
• Derme: camada de tecido conectivo profunda
.

A
5.pele é composta
SISTEMA de:
TEGUMENTAR – TECIDO SUBCUTÂNEO
• Epiderme: camada celular superficial.
A derme está situada sobre a tela subcutânea. Esta
• última
Derme: camada
camada não deé tecido conectivo
considerada como profunda
pertencente à pele e por isso é chamada de tela ou
tecido subcutâneo ou hipoderme.

O tecido subcutâneo é composto principalmente por


tecido conjuntivo frouxo e tecido adiposo. Ela
desempenha duas funções principais: auxilia a
isolar o corpo das variações extremas do meio
ambiente e fixa a pele às estruturas subjacentes.

Poucas áreas do corpo não possuem esse tecido;


nestes locais, a pele está fixada diretamente no
osso. A pele das articulações e dos dedos
apresenta dobras e é enrugada porque está aderida
ao osso.
.

5. SISTEMA TEGUMENTAR
A pele é composta de:
• OsEpiderme: camada
anexos da pele celular
são as unhas, superficial.
os pêlos e as glândulas sudoríparas e sebáceas com
• seus respectivos ductos.
Derme: camada de tecido conectivo profunda
Unhas: são estruturas achatadas, elásticas, de textura córnea, aplicadas sobre a
superfície dorsal das falanges distais. Cada unha está implantada por uma porção
chamada raiz em um sulco da pele; a porção exposta é denominada corpo e a
extremidade distal, borda livre.
A unha é firmemente aderente ao cório e exatamente moldada sobre a superfície; a
parte de baixo do corpo e da raiz da unha é chamada matriz da unha porque é esta que
a produz. Próximo a raiz da unha o tecido não está firmemente aderido ao tecido
conjuntivo, mas apenas em contato com o mesmo; por isso esta porção da unha é
esbranquiçada e chamada lúnula devido a sua forma.
.

A5.peleSISTEMA
é composta TEGUMENTAR
de:
• Pelos: são encontrados em quase toda superfície do corpo. Variam muito
em comprimento, camada
Epiderme: espessura e celular superficial.
cor nas diferentes partes do corpo e nas
• várias
Derme: camada
raças humanas. Umdepelotecido conectivo
consiste em raiz (a parteprofunda
implantada na
pele) e haste (a porção que se projeta da superfície).
Glândulas Sudoríparas (Gl. do suor): são encontradas em quase toda a
parte da pele. Consistem de um simples tubo cuja a parte profunda
constitui uma bolsa esférica ou oval chamada corpo da glândula,
enquanto a porção superior ou ducto atravessa a derme e a epiderme,
abrindo-se na superfície da pele por uma abertura afunilada.

Nas camadas superficiais da derme o


ducto é retilíneo, mas nas camadas
profundas o ducto é enrolado ou mesmo
retorcido. São muito abundantes na palma
das mãos e planta dos pés.
.

A pele é composta de: 5. SISTEMA


• Epiderme: camada celular superficial. TEGUMENTAR
• Derme: camada de tecido conectivo profunda RECEPTORES SENSITIVOS
ENCONTRADOS NA PELE:

Terminações Nervosas Livres: são


encontradas em todos os tecidos
conjuntivos. São mielinizadas ou
amielínicas, mas sempre de diâmetro
pequeno e baixa velocidade de
condução (Grupo III ou Grupo IV).
Podem ser polimodais ou unipodais
(nociceptores). São sensíveis aos
estímulos mecânicos, térmicos e
especialmente aos dolorosos.

São formadas por um axônio


ramificado envolto por células de
Schwann sendo, por sua vez, ambos
envolvidos por uma membrana basal.
.

5. SISTEMA TEGUMENTAR
A pele é composta de:
• Epiderme: camada celular superficial.
• Derme: camada de tecido conectivo profunda
.

A5. SISTEMA
pele TEGUMENTAR
é composta de:
• Epiderme: camada
ESQUEMA RESUMIDO celular superficial.
DOS RECEPTORES SENSITIVOS ENCONTRADOS NA PELE:
• Derme: camada de tecido conectivo profunda
6. CONCLUSÃO
Ao fim desta aula conseguimos assimilar:

• A historia e a importância da anatomia no conhecimento dos estudantes de técnico em


enfermagem.

• A importância da compreensão das funções do corpo humano.

• As divisões do corpo, as diferenças entre sexo, feminino e masculino, as partes


anatômicas.

• O que é uma célula e as estruturas que à compõem, eucariontes e procariontes, e as


anucleadas como as hemácias.

• O que é sistema tegumentar, o que compõem, derme e epiderme, tecido subcutâneo e


estruturas anexas, suas funções de proteção e aquecimento do corpo humano.
7. MATERIAL DE APOIO
Acesse o link abaixo para conferir a pagina oficial da Sociedade Brasileira de Dermatologia, onde
mostra-se as diferentes patologias que acometem a pele.

Link para acesso: https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/

Em anexo à aula estará disponível um texto para aprofundamento.

AGOSTINHO, Kamilla Maestá et al. Doenças dermatológicas frequentes em unidade básica de saúde. Cogitare
Enfermagem, v. 18, n. 4, 2013.
.

A8. REFERÊNCIAS
pele é composta de: BIBLIOGRÁFICAS
• Epiderme: camada celular superficial.
CALAIS-GERMAIN, Blandine. Anatomia para o Movimento. V. I: Introdução à
• Análise
Derme: das camada de tecido
Técnicas Corporais conectivo
/ Blandine Calaisprofunda
– Germain; [tradução Sophie
Guernet]. São paulo: Manole, 1991.

DÂNGELO, José Geraldo; FATTINI, Carlo Américo. Anatomia Humana Sistêmica e


Segmentar. 2ed. São Paulo: Atheneu, 2001.

NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2000.

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