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Anatomia Humana
Os Primeiros Anatomistas
A importância do médico que cuidava dos animais era tão grande para os Mesopotâmios. Essa
importância era devida aos cavalos, pois estes eram: o meio de transporte, máquina de guerra e moeda de
escambo.
O impulso à Anatomia
Já Erasístrato de Quios colaborador de Herófilo também dissecou cadáveres humanos.
Com isso, ele formou a Escola de Alexandria, a qual deu, a partir dali, impulso às ciências anatômicas.
A partir do ano 150 A..C. a dissecação humana foi de novo proibida por razões éticas e religiosas.
Parece que o estudo da anatomia humana, segundo Petrucelli (1997) e Wecker (2002), recomeçou mais
por razões práticas que intelectuais.
E o motivo mais importante para a dissecação humana, foi o desejo de saber a causa da morte por razões
essencialmente médico-legais.
De averiguar o que havia matado uma pessoa importante ou elucidar a natureza da peste ou outra
enfermidade infecciosa.
O conhecimento anatômico sobre o corpo humano continuou no mundo helenístico.
Porém só se conhecia através das dissecações em animais.
No século II D.C., Galeno, é considerado o primeiro anatomista do mundo, nunca abriu um cadáver de
gente.
Mesmo tendo escrito um tratado que por séculos foi a bíblia da anatomia humana, só tinha experiência em
dissecar porcos, macacos e outros animais.
Um sistema teológico que requeria que todos os achados confirmassem a fisiologia tal e qual ele a
compreendia.
A localização da sepultura era descoberta por espiões que se infiltravam em enterros, até conseguir abrir a
parte do caixão onde ficava a cabeça.
Retiravam toda a roupa, joias e o que mais houvesse de valor (para não correr os risco de serem presos).
Colocavam tudo de volta no caixão, cobriam com terra, punham o cadáver num saco e se dirigiam para a
escola de medicina mais próxima.
É a história desse período e o contato com as imagens de mais de 1200 desenhos anatômicos produzidos
pelo próprio Leonardo da Vinci que tornam interessante o livro “Os Cadernos Anatômicos de Leonardo
da Vinci” (Leonardo on the Human Body).
Leonardo de ser Piero da Vinci era observador, cientista e inventor. Capaz de representar arte em
anatomia (ou vice-versa).
É um estudo das proporções do corpo humano, ligando arte e ciência numa obra singular que representa o
Humanismo Renascentista.
Leonardo da Vinci (1452-1519) foi o primeiro artista que considerou a anatomia além do ponto de vista
meramente pictórico.
Fez preparações que logo desenhou, das quais são conservadas mais de 750, e representam o esqueleto, os
músculos, os nervos e os vasos.
A precisão de Leonardo é maior que a de Vesalio e sua beleza artística permanece inalterada.
Sua valorização correta da curvatura da coluna vertebral ficou esquecida durante mais de cem anos.
Representou corretamente a posição do fetus in útero e foi o primeiro a assinalar algumas estruturas
anatômicas conhecidas.
Só uns poucos contemporâneos viram seus folhetos que, sem dúvida, não foram publicados até o final do
século passado.
Ele acreditava que a verdade anatômica na arte só poderia ser atingida na mesa de dissecação.
Os desenhos de Da Vinci evidenciam, não só a arte, mas também um profundo conhecimento anatômico.
Mostrando não apenas anatomia de superfície, mas grupos musculares perfeitos, como os músculos do
dorso e membros superiores.
A osteologia também teve uma atenção toda especial nas dissecações de Da Vinci.
A comparação de imagens obtidas nos modernos aparelhos de tomografia computadorizada com seus
desenhos sobre a anatomia oferece uma espécie de revelação.
Leonardo acertou com exatidão espantosa, por exemplo, detalhes sobre a posição do feto no interior do
útero antecipando imagens modernas.
Arte e Ciência
Da Vinci é a maior prova de que a arte e ciência caminham juntas de mãos dadas.
Segundo Freud, apud Teixeira, “Leonardo da Vinci acordou do sono da Idade Média antes dos outros
homens”.
A força e o dinamismo desmedidos do corpo humano atingiram seu ápice com Michelangelo Buonarotti.
Ele passou pelo menos vinte anos adquirindo conhecimentos anatômicos através das dissecações que
praticava pessoalmente.
E para isso, dissecou e desenhou até que a figura deixasse de ter quaisquer segredos.
Usava modelos vivos para capturar a realidade, sendo retratado em obras como: David uma obra-prima de
anatomia.
escultura de Moisés concluída em 1516, traz a estrutura de um ombro dissecado na perna do patriarca
bíblico e as imagens do teto da Capela Sistina, que são imensas mas anatomicamente corretas.
Leonardo Da Vinci, por exemplo, manteve as anotações de seus estudos anatômicos escondidas.
Os lugares eram tão seguros que elas só foram ser descobertas 300 anos depois.
No Reino Unido, entre os séculos 16 e 17, as escolas de anatomia utilizavam em suas aulas corpos de
criminosos condenados à forca.
E em certos casos eles não tinham funeral nenhum: seus esqueletos eram mantidos nas universidades e
expostos ao público.
Isso não ajudou a melhorar a imagem do estudo de cadáveres. Pelo contrário, as pessoas tinham horror a
imaginar os corpos de parentes sendo abertos em escolas de medicina.
A anatomia foi totalmente reformada por Andreas Vesalius, em seu livro “De humani corporis fabrica”.
Insistia que o conhecimento derivava da confiança nos exame de cadáveres, e não apenas de textos
antigos.
Ele submeteu os antigos tratados anatômicos a um rigoroso teste: uma comparação com a observação
direta do corpo dissecado.
A Fábrica de Corpos Humanos tornou-se o texto fundador da anatomia moderna, e inspirou uma série de
sucessores.
Como Vesalius, eles compararam seus resultados com os textos existentes, os erros foram corrigidos e
produziu-se novos textos com ilustrações.
O Reconhecimento da Anatomia
Com grande arte, um conhecimento mais sofisticado e perceptivo mais aguçado das fronteiras e das
superfícies do corpo.
Nos dias de hoje, radiografia, fotografia, imagem digital e computacional multiplicaram as possibilidades
de manipulação.