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Anatomia no Renascimento
O período conhecido com Renascimento
foi caracterizado pelo renascimento da
ciência. Estende-se aproximadamente do
século XIV ao XVI e foi um período de
transição entre a idade Média e a idade
moderna da ciência.
O Renascimento foi introduzido nas
grandes universidades européias
estabelecidas em Bolonha, Salermo,
Pádua, Montpeiller e Paris.
A primeira dissecação humana registrada
nestes centros de aprendizado recém-
estabelecidos foi a obra do cirurgião
William de Saliceto (1215 – 1280) da
Universidade de Bolonha. O estudo da
anatomia humana difundiu-se
rapidamente pelas outras universidades e
pelo ano de 1300, as dissecações
humanas tinham se tornado parte
integrante do currículo médico. Porém, o
dogma Galênico de que a anatomia
humana normal era suficientemente
conhecida persistia e, assim, o interesse
nesse tempo centralizava-se em métodos
e técnicas de dissecação em lugar de
avançar no conhecimento do corpo
humano.
O desenvolvimento da imprensa com os
tipos removíveis em torno de 1450
revolucionou a produção de livros. Celsus
cujo De re medicina foi “redescoberto”
durante o Renascimento, foi o primeiro
autor médico a ser publicado dessa
maneira. Entre os primeiros livros de
anatomia a serem impressos em tipos
removíveis estava o de Jacopo
Berengario de Carpi, professor de
cirurgia em Bolonha. Ele descreveu
muitas estruturas anatômicas, inclusive o
apêndice, o timo e a laringe. O texto
mais influente desse período foi escrito
por Mondino de’ Luzzi, também da
Universidade de Bolonha, em 1316.
Publicado inicialmente em 1487, era
mais um guia de dissecação do que um
estudo de anatomia macroscópica e,
apesar de seus numerosos erros
galênicos, até o tempo de Versalius.
Por cauda da rápida putrefação de um
cadáver não embalsamado, os livros de
anatomia do início do Renascimento
eram organizados de moda que as
porções mais perecíveis do corpo fossem
descritas inicialmente. As dissecações
começavam pela cavidade abdominal, a
seguir o tórax, seguindo da cabeça e
finalmente os membros. Uma dissecação
era uma verdadeira maratona que
freqüentemente se prolongava durante 4
dias.
Com o aumento pelo interesse na
anatomia humana durante o
Renascimento, a obtenção de cadáveres
para dissecação tornou-se um problema
sério. Estudantes de medicina
praticavam regularmente a violação de
sepulturas para rouba-los até que
finalmente um decreto oficial emitido
permitiu usar os corpos de criminosos
executados como espécimes.
Os cadáveres eram embalsamados para
prevenir a deterioração, mas o processo
ainda não era especialmente eficiente, e
o cheiro dos cadáveres em decomposição
ainda persistia. Os professores de
anatomia proferiam suas aulas de
cátedras um pouco distantes do local do
corpo. A frase “Eu não devo toca-lo com
uma vara de 10 pés” provavelmente
originou-se durante esse tempo em
referência ao cheiro de um cadáver em
decomposição.
Os principais avanços em anatomia
ocorridos durante o renascimento foram,
em grande parte, decorrentes das
habilidades artísticas e científicas de
Leonardo Da Vinci e Andréas Vesalius.
Trabalhando nos séculos XV e XVI, cada
um deles produziu estudos monumentais
da forma humana.
Da Vinci
Vesalius
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