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LEONARDO DA VINCI (1452 – 1519) HOMEM VITRUVIANO (1490)

AULA VIRTUAL 2 – A REVOLUÇÃO CIENTÍFICA


O HOMEM
VITRUVIANO

O Homem Vitruviano ou Homem de


Vitrúvio é um desenho de Leonardo
da Vinci (1452-1519) que foi
produzido em 1490, durante o
Renascimento.
Ele representa o ideal clássico de
beleza, equilíbrio, harmonia das
formas e perfeição das proporções.
O Homem Vitruviano foi inspirado na obra De Architectura do arquiteto
romano Marcus Vitruvius Pollio, o Vitrúvio.
Segue o trecho da obra em que Leonardo utilizou para produzir seu desenho:
“Um palmo é o comprimento de quatro dedos
Um pé é o comprimento de quatro palmos
Um côvado é o comprimento de seis palmos
Um passo são quatro côvados
A altura de um homem é quatro côvados

O comprimento dos braços abertos de um homem (envergadura dos braços) é


igual à sua altura
A distância entre a linha de cabelo na testa e o fundo do queixo é um décimo
da altura de um homem
A distância entre o topo da cabeça e o fundo do queixo é um oitavo da altura
de um homem
CONTINUAÇÃO...
A distância entre o fundo do pescoço e a linha de cabelo na testa é um sexto da
altura de um homem
O comprimento máximo nos ombros é um quarto da altura de um homem
A distância entre a o meio do peito e o topo da cabeça é um quarto da altura de
um homem
A distância entre o cotovelo e a ponta da mão é um quarto da altura de um homem
A distância entre o cotovelo e a axila é um oitavo da altura de um homem
O comprimento da mão é um décimo da altura de um homem
A distância entre o fundo do queixo e o nariz é um terço do comprimento do rosto
A distância entre a linha de cabelo na testa e as sobrancelhas é um terço do
comprimento do rosto
O comprimento da orelha é um terço do da face
O comprimento do pé é um sexto da altura”
O PERSPECTIVISMO NA ARTE DO RENASCIMENTO

Pintura românica no altar da Igreja de Santa Maria de Aviá em


Barcelona, Espanha

A Visão de um Cavaleiro, c.1504, Rafael Sanzio, National


Gallery, Londres.
Obra: “Monalisa” (1503-1506)
Leonardo Da Vinci
CARACTERÍSTICAS DO PENSAMENTO MODERNO

“A valorização da razão e do pensamento crítico pelos renascentistas (séculos XV e


XVI) e o questionamento da autoridade do Papa pelos movimentos reformistas
religiosos (século XVI) possibilitaram a mudança de valores na Europa Ocidental.
Entre as características decorrentes desse momento histórico destacam-se:

• Antropocentrismo: o indivíduo moderno coloca a si próprio no centro dos


interesses e das decisões. Às certezas da fé, contrapõe-se a capacidade de livre
exame. E até na religião adeptos da Reforma Protestante defendem o acesso
direto ao texto bíblico, dando a cada um o direito de interpretá-lo. A invenção
da imprensa por Gutemberg contribuiu para a democratização da leitura pelo
homem comum. ‘O Homem é a medida de todas as coisas’ [Protágoras].
Continuação...

• Racionalismo: o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir e comparar opõe-


se ao critério da fé e da revelação. A atitude polêmica perante a tradição revelava
recusa do dogmatismo.

• Saber ativo: o saber adquirido devido à aliança entre ciência e técnica deve
retornar à realidade para transformá-la. ‘Savoir-faire’= saber fazer.

• Método: o rompimento entre a ciência e a filosofia aristotélico-escolástica instigou


intelectuais na busca de novos métodos de investigação filosófica e científica. Isto
representou o abandono da metafísica especulativa de Aristóteles, focada no ser.”

FONTE: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia, volume único. 6 ed.
São Paulo: Moderna, 2016, p. 318 [Texto adaptado].
GALILEU GALILEI (1564 – 1642) E A NOVA FÍSICA

“Galileu não se interessava em explicar por que os corpos caem, mas como eles caem.
A fim de apurar a observação e facilitar a experiência, recorreu a técnicas e
instrumentos que pudessem auxiliá-lo, dispondo, em sua oficina, de recursos como
plano inclinado, termômetro, telescópio e relógio de água (clepsidra). Embora ainda
fossem engenhocas um tanto primitivas, mostraram-se suficientes para abandonar a
ciência especulativa e caminhar em direção à construção de uma ciência ativa.
Por meio do método experimental, Galileu elaborou a descrição quantitativa dos
fenômenos, desprezando aspectos subjetivos e investigando os aspectos objetivos.”

FONTE: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia, volume único. 6 ed.
São Paulo: Moderna, 2016, p. 319 [Texto adaptado].
Galileu realizando a experiência do plano inclinado (1841), afresco de
Giuseppe Bezzuoli (1784 – 1855)
MODELOS DE UNIVERSOS

Universo segundo as concepções de Aristóteles Diagrama feito por Copérnico em 1543 mostra os planetas girando em torno do sol.
O CONCEITO DE PARADIGMA NA CIÊNCIA

Paradigma: do grego, paradeigma, modelo, exemplo. Na obra A estrutura das


revoluções científicas (1962), o filósofo estadunidense Thomas Khun desenvolve uma
nova noção de paradigma para a ciência. Para ele, o paradigma é a visão de mundo
assumida pela comunidade científica, que levanta problemas e apresenta soluções
exemplares para a pesquisa futura. Ou seja, a ciência progride pela tradição
intelectual do seu tempo. Enfim, o paradigma é o modelo consensual adotado pelos
cientistas.
FONTE: ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à filosofia, volume único. 6 ed. São Paulo:
Moderna, 2016, pág, 332.
Continuação...

T. Khun distingue três momentos de uma ciência:

a) No período pré-paradigmático ou imaturo, problemas originados no cotidiano


pedem explicações que ainda não apresentam consenso.

b) A ciência normal consiste no consenso alcançado e o trabalho científico passa a se


desenvolver com base no paradigma adotado, que dirige a resolução dos problemas
e a acumulação de descobertas.

c) O momento de crise ocorre quando o paradigma é questionado porque já não


resolve uma série de anomalias acumuladas, processo que pode levar a alguma
revolução científica.
FONTE: Idem.
A Ciência NÃO progride por acumulação linear. O acúmulo se dá apenas durante a ciência normal.

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