Exposição de Motivos - Projeto de Lei de Criação Dos Juizados Especiais de Pequenas Causas (1983)

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Agosto de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sexta-Ieira 26 8013

PROJETO DE LEI N.o 1.950, DE 1983 .empresas ,púbDcas da União, a massa fali- § 4.° As normas locais disporão .sobr,e la.
da -e o inwlvente ,civil. consE·rvação das peças do processo e de-
Poder Exe'cutivo)
(Do mais documentos que o instruem.
§ 1.0 Somente aspes,soas fÍSlÍca& ca,pazes
:MENSAGEM N.o 313/8,3 serão admitid3is a propor ação peranne o VI
Dispõe sobre a criação e o funciona- Juizado Es'pecial de Pequenas Oausas,ex- Do Pedido
mento do Juizado Especial (te Pequenas c1uidos os cessionários de direito de pes-
Causas. soas jutidica;s. Aort. 15. O prc'cesso instaurar-se-á com
a apres:entação do pedido,esc,rito ou verhal,
(A Comissão de Constituição e Justi- § 2.° O maior de 18 (dezoito) anos pod,e-
à S,ecreta;ria do Juizado.
ça.) rá ser autor, ind,ependennementie de ,a:ssis-
tência, il1clus'ive :paa:a fins de 'conciliação. § 1.0 Do p'edido constall'ão, de forma sim-
O Congvesro Nacional decreta: ples e em linguagem 'acelSsível:
Ad. 9.0 As palltes oompa,rece,rão sempre
I pessoaLmente, podendo \S1er amis.tidas por I - o nome, a quailincação le o 'endel'eço
Disposições Gerais 3idrogado. das pa:l,tes;
§ 1.0 Se uma das par1)es 'comp3il'eoea- as- TI - os fa'tos e fundamentos, 'em f'o,rma
Avt. 1.0 Os Juizados Especiais de Beque- sucinta;
nas Clausas, órgãos da Justiça ordinã.n,a, sÍl'ilt~da por ,advogado, ou se o lI'éu por iPes-

poà:e'rão s'er cn:ados nos Estados, no Distri- soa jurídica 'Ou firma individual, terá :a ou- TIl - o objeto e SleU valor.
to Federal ,e 111'00 Tffi1ritórios, para processo tra, se quiser, assistência judiciária presta- § 2.0 É líci'oo formular pedido genérico
~ julgamen·to, pÚ'r opção do auOOr, das ca:u- d,a 'por órgão instituído junto '00 Juizado
Especial de p,equenasCausas, na forma da quando não for possível :d!etenninar, desde
sas de JJeduzido v,alor econômico. logo, aeXitensão da obrigação.
lei looa-l.
!Art. 2.° O processo, 'pelfan1Je o Juiz.ado § 3.° O pedido V'erbal slerá lJ:leduzIdo a es-
Especial de Pequena:s Oa,usas, ori,enta:r-se-á § 2.0 Se a causa apve8>entar questões
comple.xas, o juiz :a,lentará as par1)es da oon- crito pela Se'cretaria do Juizooo, podelIldo
pelos critérios da ol.'alidade, simplicidade, ser utilizado o sistema de fichas' ou formu-
veniênc~a dO' 'patrociltlio por adrogado.
informalidad'e, 'economia Pl'OO€SSlual 'e celee- lárioo impressos.
ridade, busc'a:ndo sempl.'e qU1B possív-el a § 3.0 O mandrutollJo ,advogado podetl"á ser Art. 16. Os :pedidos mencionado& IIlO 'art.
conciliação d3iS ,paT'tes. verbal, salvo quanto 'aos poderes especia:il3. 3·.° ,pod'erão '&e,r ·alternativos ou 'cumulados;
Art. 3.° Consideram-se 'causas de Iredu- § 4.° O réu, rendo pessoa juridica ou ti- nesta última hipótese, desdle que coneXI(}& e
zido valor eCúnômico las que versem sobre tular de firma individual, poderá ser r€- a :soma não ultrapasse o limite fixa{fl(} na-
direitos patrimoniais e decorram de pedido pr-esentado por pl'eposOO criedenci3ido. queLe disposttiro.
que, à data do ,a:jui2lamento, não 'excedia a A!llt. 10. Não se ,admitká, no processo, cl\.rt. 17. Registrado o pedido, indepen-
20 (vinte) v'ez8s o maior salá,rio minimo dentemente de distribuição leautuação, a
vig,ente no Baís !E; :tenha por objeto: qua;\quer fOl1"ma de inúervençã:o de terceko.
Admitir-s'e-á o litisconsórcio. Secrletaria do Juizado IcJiesign3ifá .a sessão de
I - a condenação em dtnheiiOO; 'conciliação, a reallza,r-Sledent,ro ,de 10 (dez)
Art. 11. O Ministério Público iItl,tervirá dias.
l i - a condenação à ,entrega de coisa nos ,casos previ'stos em lei.
'"erta mõv-el ou ao cumprimenOO dle obruga- Al't. 18. Comparecendo inicialmente ·am-
ção de faze,r,a ca:rgo de fabricante ou il'0Ir- IV bas ,aos -pa.rtes, instaurar-se-á, desdle logo, a
necedorde bens e serviços p3il'a consumo; sessão de conciliação, ,dispensados I(} ,regis-
Da Competência tro prévio do pedido e a cit3ição.
UI - ~" desoonstituição e a deda,ração de
filU'lida·à!e ti" {;únt'l'Bto ,Del'a'iivoa coísas mó- Aõt. 12. Écompetent~pR,ra, 'ai> C8.l1'SaS P8:n5_,e'~2,fü ún4'c-o. Hav-en~io 'lY~-iUdcg -'Con-
vei:s ,e ~sle?x}'/YiJ'en-G8s. previshw nesta lei o .Juizado do ,fom: tra.p:fi!s;t·0t~9 pnderá ser,clisl>91u:ada 2J {)Oilt;sim"'"
,tacá,1{) :f..Or.-Q'18J e ·a:m.bc!s s2'r.1T~o .il.1J'I\sei.a-d'Ü.8' 2B.8,
§ 1." fEIs/;ll, Lei não ;s'e .aplica às 'Causas I - do donticílio do réu ou, a cr1tério do n'1i':·:;,:rüJ.. ~';I~ntenç:a. -
de n,a,:;uH,2)a ,alimentar, falimentar, fiscal e autor, ,do local ondie, aque,[,e 'exel'Ça a>t.ivlda-
de in.te'!!18ó,s3 ,d31 Faf,1;.;n;l.a Pública, nJem às de", iProIi&ionai8 ou ,econÔorrlli;oas ou ma-nte- l/II
l:'elati1T~'! 'a ;aC'!d-,ootes do :trabalho, a resí·· nha es,tabeledmento, filial,agih1cia. 6ucur- TJas Citmções e Illl~::lll1naçij'le~
duos 'I'! ,a'l) estado 'e ,capacid<lid,e das, pessoas, sal ou esc·ritório;
,a1nd,a que de CUi'lhO patrimonial. Art. !ri. A eitaçã'O fa'r~"e-á IH]]: ·C:C:l.',rI3Z-
TI - do luga-r onde a obrig.ação d'eva ser oondência com avilso :de l'sc&bwfl;êntG '0m
§ 2." li opção- pelo proc'edimento pve:vis- satisf'eita; inãos 'Próprias 'ou, traJt3indo-seélJa pessoa
t..o nes,ta 1(,1 :ínmúrtaiJ:'á ,em renúncia ao c:ré- UI - do ,domicílio do ~l1tc'r ou do 10,cal jurídica 011 firma. individua,1, mediante 0D-
d-ito -excede'ntJl'l -ao limite estabel!ec!ido ne~te tregaaooocaJ:"l."eg,ado da.1'ecepçãÚ', que ISB-
artigo, ,excetuada a hipótese de 'Conciliação. do ato ou ,fato, 'na,s 'ações p,a:ra ·repa·ração
de dano de qualquer natureza. rá obrlgaooriamente identificado, '~ll :B!J:tl[ia,
sendo ne0essárIo, ,por ondal de j"1!!2Ii:.iça, m-
IL Parágxafo únil:lO. Em qualquer hi,póiJes'e, depenfl;e~temente de mm':ldado 011 'ca,l'ta
Do Juiz, dos Conciliadores e poderá a ação s'er proposta no foro previlS- preca"or!i'l,.
dos Arbitros to UI) inciso I de."te aI"tigo. § 1.0 i'I. citação conterá 'CÓ,pill, do pedido
Ar,t. 4.° O juiz dirigirá o processo ·com V inicial. di~J '8 hora para compareeim€11to do
ampla liberdade para ,determiltlar ~ provas ci,tando e adv'e.rtência de que, ,lJiS.'c' oompa-
Dos Atos Prooessuans [!'ie{~e1J.;éh)rJ (';Ú'lMide'rar-{;;e~§Jn ve~vdad;::i1'a~~, ~;
a sevem produzidas, pa'I1a .a,pr<lciá-las e pa- aI€g~~çõesi iniciais; e será prof'f!!.'1cIa, ju]g.2-
m dar especial va,[or fus regI1as ·de :expe>riên- A11t. 13. Os atos ~rocessua;1s serão pú- menta: da ;planoo
ci;a comum ou ,técnica. blic{J,g 'e poderão reaili2Ja:r-se em hor:1ri{} no-
turno, ,conforme displlige!'em ,as ;norm,a.~' rue § 2.° Não se farú 'cltaç.l0 por 'edi,tal.
ATt. 5.° O juiz 'adota.rá lem c3,da caro a
decisão que repuúa:r mais; justa e ;equânime, organização j ud1ciária. ~ 3.° ~) ,comp:.:u.'i2cllneu'-bo esp.n·n.t,âu€ü 8U~
a.tendendo 'aos fins sociai.s 0.3. lei e à." exi- prÍ'rá a falta -cu nulidade da citaç20i,
gências dO' bem comum. Á!vt. 14. Os atos 'Processuais serãio váli-
dos Slempre que prelencheI"em ,as finailida- Art. 2'0. As intlmaçõell ,s",rlk, f,ett:o:s 211'\
A!I1t. 6,0 Os ronciltadores são auxiUares des pa~aa8 quai.s fOII'€m realizados, wten- fcrma porevis<ta Da:~R ia citação, '0'11. p0'1' l'l:lJ:<I]~
da Justiça pa'!'a os fins do a,rt. 22, l'ecruta- didos os critérios indicados no :at1i. 2.° quer outWl mieiü' ~dô!l!eo, ,ele eomunh:;a'Ção.
dos ,pref,el'ent,emIEm'úe dentre bacharéis em § 1.0 'Dos ,atos DrHltl'Cf~doB, na (;1oUdi,§.l1<}Íl1,
DireIto, na for.tna d'a lei looal. § 1.0 Não se pronuncia1.'á qualqU&I nuli-
dade sem que tenha havido prejuiz.(J'. comüd€ITal'-se-ão desde logo ctenú8S ;a,s p;llJ:r.-
Art. 7.° Os á:rbitl'os \Selrão escolhidos den- tes,.
tveadvogados j,ndicados pelB, Ordem dos Ad- § 2.° A iprã.tica de tatos pl'<.J.C€Ii:lSuais iem § 2.° ,As pa!l"tes ,oomunic:lirão l:\'C juízo ~
vogados do B!!JasU e ,aprovados 'p!E;ID Ooooe- 011WasCOID3il'Ca:s poderá ser solic1tad-a1 por mud:anç3is de endel1'eço ooorricia,1;) .no CU:!I'lD
lho Superior da Magistratura, na forma da qualque,r meio idônoo de comunicação. do proc'~sso, reputando-se ·eficazes as inti-
lei l'Ocal, ouvido o Milnistério Público. mações lenv~a-das ao local3ilt1,tetr.iomnente in-
§ 11.° Serão objeto de registro escrito ex-
III clusIvamenrte osa.tos havidos iPOO' 'eooenci3iis. dicado, na ausência da comunicação,
Das Partes Os ,atos ll.'eali2lados em audiência de, instru- :vIII
çãJo '6- jlU1~am€'Iltto
poderão lSler gravadoo em Da. Revelia
Art. 8.0 Não poderão Self pavtes no pro- f~ta magnétiCa! ou eqW"I'alen'te, que Ilerá inu-
eesSlO inlStttuídlO nesta lei o inca~, O' preso, tilizada ,após: o 1Irâooito lem julgooo da de· Art. 21. Não romparecendo o demanda-
118 pesooas juridica:s de dí.reito público, as cisã'o. do à sessão d.'e conciliação ou à audiência
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die ÍThS'trução e julgamento, reputar-lS'e-ão fesa, exceto argüição de suspelçao ou im- juiz'es, em exercício no primeiro grau de ju-
verãad1eiros os fatos al,egados· no pedido 1ni- pedimento do juiz, que se processará na risdição, reunidos na sede do Juizado.
eial, SMVO \Se () cOil1trá,rio ·l.'esu1tar da convic- foOl'ma da legislação em vigor. § 2.0 Nos embargos infringentes as par-
ção do juiz. Art. 32. Não se admitirá a reconvenção. tes serão obrigatoriamente .repr.esentadas
IX É licito ao réu, na contestação, formular por advogado.
Da Conciliação e do pedido em seu favor, nos limites do art. 3.0 ,
Juizo Arbitral desde que fundado nos mesmos fa,tos que Art. 42. Os embargos infringentes serão
constituem obje·to da controvérsia. opostos no prazo de 10 (dez) dias, contados
:!I.rt. 22. Aberta a sessão, o juiz esclare- da ciência da sentença, por petição escrita,
c·erá as partes presentes sobre as vantagens Parágrafo único. O autor poderá res- da qual constarão as razões e o pe'dido do
da conciliação, mostrando-lhes os riscos e ponder ao pedido do réu na própria audiên- embargante.
as conseqüências do litígio, especialmente cia ou requerer a designação de nova data,
quanto ao disposto no art. 3.0 , § 2. 0 § 1.0 O preparo será feito, inde:penden-
que será desde logo fixada, cientes todos os
presentes. temente de intimação, nas 48 (quarenta e
Art. 23. A conciliação será conduzida oito) horas seguintes à interposição, sob
pelo juiz ou por conciliador sob sua orien- XII l)ena de deserção.
tação.
Das provas § 2. 0 Após O' preparo, a Secretaria inti-
Parágrafo único. Obtid:?" a conciliação, mará o embargado para oferecer resposta
será reduzida a escrito e homolog;ada pelo Art. 33. Todos os meios de proova mo- escrita no prazo de 10 (dez) dias.
juiz mediante sentença com eficácia de tí- ralmente legitimos, ainda que não especi-
tulo executivo. ficados em. lei, são hábeis para prova.r a Art. 43. Os embargos infringentes terão
veracidade dos fatos alegados pelas partes. somente efeito devolutivo, püdendo I} juiz
Art. 24. Não comparecendo o deman- dar-lhes efeito suspensivo, para evit.ar dano
dado, o juiz proferirá sentfmça. Art. 34. Todas as provas ser3D produzi- irrep·arável para ao parte.
Art. 25. Não obtida a conciliação, as das na audiência de instrução e julgamen-
to.. ainda que não· requeridas previamente, Art. 44. As partes poderão requerer a
partes poderão optar, de comum acordo, podendo O' juiz limitar ou eX!cluir as que transcrição da gravação da fita magnética
pelo juízo al.'bitral, na forma prevista nesta considerar excessivas, impertinentes ou n1'o- a que alude o § 3.° do art. 13, correndo v<Jr
lei. telatórias. - conta ela requerente as despesas respecti-
Parágrafo· único. O juizo al'bitral con- vas.
siderar-se-á instaurado, independentemente Art. 35. As testemunhas, até o máximo
de termo de <lompromisso, com a escolha de três para cada paJrte, comparecerão à Art. 45. As partes serão intimadas da
do árbitro pelas partes, dentre aqueles que audiência era instrução e julgamento espon- data da sessão de julgamento.
estiverem presente.,> à sessão. taneamente ou. se assim for requerido, me-
diante intimação. Ar.t. 45. Se a sentenca fo.r confirmada
Art. 26. O árbitro conduzirá processo°
segundo as necessidades da instrução, sem § 1." O requeriment<J para intimação
pelos próprios fundamentos, a súmula do
julgamento servirá de acórdão.
sujeição ao critério da legalidade el;;trita das testemunhas será apresentado à Sem'e-
e estando autorizado a julgar pO't' eqüidade. taria no minimo 5 (cinco) dias antes da XV
audiência de instrução e julgamento.
Art. 27. Ao término da instrução, ou nos Dos embargos de declall'ação
5 (cinco) dias subseqüentes, o árbitro apre- § 2.° Não compal'acendo a testemunha
sentará o laudo ao juiz para homologação iutimada, o juiz poderá determinar sua ime- Arf~. 47. Caberão embargos de declara-
por sentença irreeorrível. diata condução, valendo-se, se necessiirio, ção quando, na sentenç'a ou acórdão, hou-
do concurso de fl}rça púbUca. ver ob.scur~dade, contradição, omissão, ou
X dúvida.
Art. 36. Quando a prova do fato exigir,
Da, Instruçãu e Julgamento o juiz poderá inquirir técnicos àe sua con- Parágrafo ÚlUCO. Os erros materiais po..
Art. 28. Não instituído o juizo arbitral, fiança, permitida às partes a apr,esentação dem s,sr corrigidos de ofício.
proeeder-se-á imedia·tamente à audiência de parecer técnico.
de instrução e julga,mento, desde que não Parágrafo único.. ,No eurso da audiência, Art. 48. Os embargos de declaração se-
resulte prejuizo para. a defesa. pode-rá o juiz, de oficio ou a requerimento rão opostos por escrito ou oralmente, no
das partes, realizar inspeção em p·essoas ou prazo de 5 (cinco) dias, contados da ciência
Pa;rágrafo único. Não sendo possível a da decisão.
realização imediata, será a llIudiênci-a de- coisas, ou detel'minar que o faça pessoa de
signada para um dos dez dia"'> subseqüen- sua confiança, que lhe relatará infonnal- Art. 49. Quando opostos contra senten-
tes, cientes desde logo as partes e teste- mente o verificado. ça, os embargoes de declar-ação suspende-
mun1J.as eventua~mente presentes. Art. 37. A prova oral não será reduzida rão o prazo para os embargos infringenbes.
Avt. 29. Na audiência de instrução e a escrito, devendo a sentenº,a referir, no
essencial, os informes trazidos nos depoi- XVI
julgamento serão ouvídas as partes, colhi-
da a prova e, em seguida, proferida a sen- mentos. Da extinção do processo
tença. XIBJ sem julgamento do mérito
§ 1.0 Serão decididos de plano todos os Da sentença olllt. 5.0 Extingue-se o proc'esso', além dos
incidentes que possam interferir no regular casos !previstos em lei:
prosseguimento da audiência. As d'emais Art. 38. A sentença mencionará os ele-
questões serão decidídas na sentença. mentos de convicção do juiz, com breve re- I - quando o autor deix;ar de comparecer
sumo dos fatos relev3Intes ocorridos em au- a qualquer das 13;udJências do !processo;
§ 2.° Sobre os documentos apresentados diência, dispensado o relatório.
pOr uma das partes, manifestar-se-á ime- l i - quand:o ina;d1nissível o proc'8dimen-
diatamente a parte contrária, sem intzorrup- Parágrafo único. Não se admitirá sen-
tença condenat6ria por quantia Híquida, to instiJ1lUido rpor esta lei ou seu porossegui-
ção da audiência. ffilenlto a.pós a conciliação·;
ainda que genérico o pedido.
Art. 30. O disposto neste c3!pitulo apli-
ca-se também quando o credor estiver mu- Art. 39. :I!: ineficaz a sentenca condena- [lI - quando for reconhecida ao incompe-
nido de titulo executivo e:ll!trajudicial. tória na parte que exceder a álçada esta- tênc~a temtorial;
belecida nesta lei.
§ 1.0 Obtida a conciliação entre as par- IV - quando sobrevier qualquer dos im-
tes, será proferida .a sentença homologa- Art. 40. A execução da sentença se'rá pedimentos (previstos no aDt. 8.0 ;
tória prevista no art. 23, parágrafo único. Drocessada no juizo ordinário competente.
V - quando, falecidbo o autor, a habili-
§ 2. 0 Não comparecendo o devedor, será XIV tação depender de sentença ou não se der
proferida sentença prevista no art. 24. no ipr:aoo de 30 (.trinta) dias;
Dos embargos infringentes
§ 3. 0 A sentenc'a valerá como t~tulo exe-
cutivo judicial. - Art. 41. Da sentenç~, excetuada a ho- VI - quando, f,alecido () réu, () autor não
mologatória de conciliação ou la1J!do arbi- promovera (:·iIlJacáo dos suC'essores em trin-
XI tral, caberão embargos infringentes para () ta dias da ciência do fato.
Da, resposta do réu próprio Juizado. iPllIrágrafo único. A extinção do prooe8-
Art. 31. A contestação, que será verbal S 1.0 Os embargos infringentes ,'lerã.o 00 1ndependerá, em qU:ai}que[' mJ)Ótesei de
'ou escrita, conterá toda a matéria de de- julgados por tur-ma composta de 3 (três) prévia intimação pessoal. das paIltes.
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XVII EXPOSIÇAO -DE MOTIVOS N.O 007, -DE O alto custo da demanda, a lentidão e a
Das despesas 17 DE MAIO DE 1983, !DO SENHOR quase certeza da inviabilidade ou inutili-
MINISTRO DE iEST.ADO ORIElN'J1ADOR E dade do ingresso em Juízo são fa,tores res-
Art. 51. O a.eesso ao Juizado de Peque- COORDENADOR !DO PROGRAiMA NA- tritivos,cuja eliminação constitui a base
nas Oausas independerá do pa,gamento de OIONAL DE DESBUROCRATIZAÇÃO. fundamental da criação de novo procedi-
custas, taxas ou despesas em primeiro grau mento judi,cial e do próprio órgão encarre-
de jurisdição. ExcelentíssimoSenhor :Pa:esidente da Re- gado de sua aplicação, qual seja o Juizado
pública. Especial de Pequenas Causas.
Arit. &2. O ,preparo dos emball'gos inlfrin-
gentes, na forma do art. 42, § 1.0, compreen- Tenh·o 1'1. hanra de submeter à considera- 7. Pelo sístema previsto no anteprojeto,
derá todas as de&pesas prooossuaiis, inJcl'USi- ção. de Vossa Excelência o ianteproje,1Jo de o Juizado Especial de pequenas Ca,usas com-
ve aquelas di.~penswdas em prim<eiro grau Lei, ,em anexo, que' .dfsrpõe SO'bre a criação bina os dois regimes tradicionais de solução
de jurisdição. ressalvada 'a íllipótese de as- do Juiza:do ~ecial de Pequenas Caus'as. de conflitos, atrll!vés da conjugação de me-
sistência judiciária g'l'altuita. integrado na Justiça ordinã-ria dos Estados, canismos el<trajudici·ais de composição (con-
e regula o processo a ser adotado para o ciliação e arbitra;gem) e de solução judicial
Art. 53. A sentença de primeiro gr8iU julgamento doo U-tigios de na1Jureza patri- propriamente dita (prestação jurisdicional
não condenM"á o vencido em custas e ho- monial e de reduzido valor levados à sua específü:a) .
norálrios do advogado do vencedor, ressal- a.preciação.
vados os caBOS de litigância de má fé. Em 2. A elaboxação do texto final do ante- 8. Para atingir seus objetivos primor-
5eglmdograu, o apelante wncido pagará as projeto de lei foi precedida de ampla con- diais, 'O anteprojeto idealizou o Juizado Es-
custas e honorários de 1l'dvog'sdo, que I'l'erão sulta à opinião pública e aos setores en- pecial de Pequenas Causas e o processo a
f,rnados ,entre 10% e 20% 00 valor da con- volvidos na implantação e funcionameIllto ser nele seguido, com obediência a vários
denação ou, não havendo condenação, do do Juizado de Pequenas Causas. Em setem- princípios básicos e especificas, a saber (a)
V1alor corrigido ,da cama. bro de 1982, o Mi.nl:stério da iDesburoc,rati- faculta:tividade; (b) busca pennanente de
zação publicou o esboço do anteprojeto que, conciliação; (c) simplicid,ade; (d) celerida-
Parágrafo único. O litigante de má fé de; (e) economia; Cf) amplitu<l.e dos pode-
será ·condenado a pagar mu1ta à parte con- juntameIllte comas sugestões ll1ooebid'as, foi
iI.1evisto por uma comissão, 'cool1den3!da pelo res do juiz.
trária, a qual não ex:cederá o valor da causa.
Secretádo Ex:eoutivo 00 Programa NalCional 9. A facuItativid'ade está presente não
XVIII de -Desburocratização, e inte'grada pelos ju- só na previsão de criação do Juizado Espe-
ristas: Nilson Vital Naves, do Gabinete Ci- cial de Pequenas Causas à opção dos Esta-
Disposições finais vil da Bresidência da República; Kazuo dos, como ainda na sua. utilização faculta-
Watanabe e Cândido Dln·amarreo, da AJ:.isQ- tiva, a critério exclusivo do autor da ação,
Art. 54. Não se iIlSitituirá o Juizado de mação Ba'Ulista ,d;e Magistrados; Luiz MeU- titular do direito viola;do ou exigível.
Pequenas Causassem a COl1responàente im- bio Machado, da A.gsoc~ação ,dos J'1lÍzes do
plantação das 'curadorias ncc,essárlas e do Rio Grande do Sul; Paulo salvador Fronti- 10. ,Preocupa-se o anteprojeto com a dis-
serviço de assistência judiciária. iIli 11! Mauro José Ferraz LQlpes, do Ministério tinção 'entre as normas de processo civil,
Público doe São 'Paulo e Rio de Janeiro, res- inseridas na ,competência da União, por
Ar.t. &5. O a:cordo extrajudicial, de qual- ;pretivamente; e Ruy Carlos de Barros Mon- força do disposto no· art. 8.°, item XVII,
quer nrutureza ou valor. poderá sea:" homolo- teiro, do Ministério da Desburocmtização. letra b. da Constituição, e as regras ine-
gado, no juizo competente, independente- rentes à organização judiciária local, afe-
mente de termo, vaLendo a ~entença como 3. Os problemas mais prementes, que tadas à competência da legislação local.
titulo executivo judicial. prejudicam o des,empenho do Poder J.udi-
ciário, no campo civil, podem ser analisllJdos 11. Desta forma, além da própria cria-
lParág'rafo único. Valerá como titulo sob, pelos menos, três enfoques distintos, a ção do Juizado Especial de Pequenas Cau-
exooUitivo ex:trajudicial o acordo celebrado saber: (a) inadequação da atual estrutura s'as, foram deixadas para a disciplina da lei
pelias partes, por inSltrumento escTi1Jo, refe- do Judiciário para a solução dos litígios que local diversas outras questões de organiza-
rendado [pelo órgão competente' do Minísté- a ele já afluem, na sua concepção clássica ção judiciá'l:ia, tais como: (a) o horário de
rio Público. de litígios individuais; (b) tratamento 118- funcionamento do Juizado.; (b) as condi-
AJJt. 56. AI!, nonnas de organização ju- gisl8!tivo insuficiente, tanto no plano mate- ções e as formas de recrutamento dos árbi-
diciária local poderão: rlalcomo no processual, dos conflitos de in- tros e conciliadores; (c) 'a organização da
teresses coletivos ou dif.usos que, por en- secretaria do Juizado e de se·us serviços au-
I -estender a concilia~ã:o !prevista nos xiliares ou correlatos; (d) o uso de meios
al"ts. 22 e- 23 'a CllJiUllas não ·abra;ngidas nesta quanto, não dispõem de tutela jurisdicional
especifica; (c) tratamento processual ina- técnicos. magnéticos ou eletrônicos, para
lei; gravação dos atos processuais.
dequa;do das causas de reduzido valor eco-
II - orlar coLegiados cons1Jiltuídoo por nômico e conseqüente inaptidão do Judi- 12. Respeitada a competência da lei que,
juízes em exereício no primeiro gI"an de- j'1l- ciário atual para a solução barata e rápida seguramente, irá atender às peculiaridades
riscllção e atribu.tr-~hes competência pam os desta espécie de controvérsia. regionais ou locais, o anteprojeto disciplinou
recursos inter:postos contra decisães profe- o processo, a se desenrolar perante o Jui-
:ridas em pequenas causas não processadas 4. A ausência de tratamento judicial
a;dequado 'Para as pequenas causas - o zado Es'Pecial de Pequenas Causas, de ma-
na fonna desta lei. neira uniforme, em todo o terrI.tório nacio-
terceiro problema acima enfocado - afeta.
AxIt. 57. Não se adruiJt1rá a~ão ll.1€scÍSól1a em regra, gente humilde, desprovida de ca- nal, como não poderia deixar de ser di,ante
nas 'causas sujeitas ao procedimento insti- pacidade econõmic·a para ·enfrenta,r os custos do sistema constitucional vigente; todavia,
tuído nesta lei. e a demora de uma demanda judicial. A é assegurado ao autor da ação o direito de
&'t. 58. Esta leientrarã em vigor na garantia meramente formal de acesso ao escolha pelo processo especial e prÓiprio das
data de sua publicação" Judiciário, sem que se criem as condições pequenas causas, regulado no anteprojeto,
básicas para o efetivo exercício do direito ou pelo rito comum, estatuidonas normas
Brasilia, de de '1983. de postular em Juízo, não aten<l.e a Um dos gerais do Código de Processo Civil. A opção
princípios basilares da democracia, que é o do autor pelo Juizado Especial de pequenas
MENSAGEM N.o 313, DE 1983 da proteção judiciária dos direitos indivi- Causas foi permitida, inclusive, nos casos
DO !PODER EXECUTIVO duais. em que o valor econômico do seu direito
lExooleIlltíssimoo Senhores Membros do individual supere o limite fixado no ar,t. 3.°,
5.- A elevada concentração populacional mas esta opção importará, sempre e auto-
Congresso Nacional: nas áreas ul'banas, aliada ao desenvolvimen- maticamente, na renúncia do titular do di-
Nos termos do art. 51 da ConStituição, 'te- to acelerado das formas de produção e con- reito ao crédito excedente a esse limite (ar-
nho a honro de submeter à. elevooa deUbe~ sumo de bens e serviços, atua como f!lltor tigo 3. 0 , ,§ 2. 0 ).
raç:ão de Vossas Excelências, acompanhado de intensificação e multiplicação de confli-
tos, principalmente no plano das relações 13. O Juizado Especial de Pequenas Cau-
de Ex;posição de Motivos do Benà1m' Minis- sas, !por outro lado, tem por objetivo iper-
tro de Estado Orientador e cooroenador do econômIcas. Tais conflitos, quando não 00-
lucionados, constLtuem fonte geradora de manente a busca. da conciliação das partes,
Programa Nacional de iDeSburocra;1;Waçâo" o o que inspirou vários díspositivos constan-
anexo ipl'Ojeto de lei que "dis(põe sobr,e a tensão social e podem facilmente transmu-
dar-se em comportamento anti-social. tes do anteprojeto.. A luz deste princípio,
criação e o funcionamellito do .Juizardo Es- limitou-se a competência do Juizado às cau-
pe!Cial de Pequenas Causas". 6. Impõe-se, portanto, facilitar ao cida- sas patrimoniais, de valor até 20 vezes o
BIl3iSilia, 24 de agosto de 1983. - Aurelia- dão comum o acesso à J.ustiça, removendo Maior Salário Mínimo, e, dentre est.as, pela
no Chaves. todos os obstáculos que a isso se antepõem. razão prática da ·eliminação de dúvidas
8016 Sexta-feira 26 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1983

quant-o a valor, às causas que objetivassem cutado como parte integrante da sessão de entre as p.artes litigantes, sem qualquer pre-
cond'cnação ai quantia certa, entr6gla de conciliação e julgamento, realizada ordina- juízo :para;) ideal de Justiça que continua
coisa certa ou cumprimento de obrigação riamente num mesmo dia, salvo motivo re- subsistente, apesar da simplicidade dos pro-
de fazer derivada de relação de consumo levante e excepcional. cedimentos idealizaàps no anteprojeto.
de -bens ou serviços e, finalmente, às que 19. Em respeito ao mesmo principio de
visassem à desconstituiçáo ou declaração de 2'i, A facultatividade da aJJsistência da
nulidade de contrato relativo a coisas mó- celeridade, foram reduzidas -as h~pÓ'teses parte. por advogado, no primeiro grau de
veis ou semoventes (art. 3.0, l, II e UI). possíveis de incidentes processuais, proi- jurisdição, não preval-ece na fase recursal
Igual principio inspirou a ell!clusão do Jrui- ,bindo-se, definitivamente, a intervenção de (art. 41, § 2.°), seja porque há intel"esse em
za-do para o julgamento de causas de natu- terceiros ,e reduzllldo-se os prazos proces- desestimular o oferecimento de recursos
reza alimentar, falimentar, fisc'al e de inte- suais. Foi admitido o litisconsórcio que, na meramente protelatórios, seja :porque a par-
resse da Fazenda Pública, bem como as re- prática, só irá existir à opção do autor, uma ticipação técnica de profissionais habilita-
IlJ;tivas a acidentes de trabalho, a resíduos vez que, tratando-se de causas limitadas, dos passa a ser necessária para permtir o
e ao estado e à capacidade das pessoas, de cunho patrimonial, dificilmente poderá oferecimento, quando for o caso, de recurso
estas últimas, mesmo que de cunho patrí- configurar-se o litisconsórcio unitário 011 eficaz contra sentença judicial injusta, que
monial (an. 3.0 , § 1.0). neces.sário. a parte não poderia combater por seus pró-
20. A gratuidade do processo no primei- prios meios.
14. Da mesma forma, a necessidade de ro grau de jurisdição, consistente na isen- 25, principío fundamental seguido pelo
plena disponibilidade dos direitos,s,ubmeti- ção de custas e 'taxa judiciária, teve como anteprojeto é, também, o da ampliação dos
dos à apreciação do Juizado teve como con- fundamento o principio de economia, aqui poderes do juiz, A ele se reservou posição
seqüência correla.ta a exigência de total ca- entendido como barateamento de custos pa- de extrema relevância, através da atribui-
:pacIdade civil das partes envolvidas no pro- ra os litigantes. A isenção, porém, não tem ção de dirigir o processo com ampla liber-
cesso, eis que somente eatas podem tr,ansi- aplicação em caso de recurso, que é sujeito dade: (a) para determinar as provas a se-
gir livremente, sem reatriões de ordem for-
mal ou procedimental. a preparo especifico (art. 52). Por outro la- rem produzidaJJ; (b) para .apreciar aque-
do, se a parte sucumbente recorrer e per- las que, efetivamente, o forem; e (c) para
15. Resulta daí que somente pessoas ca- manecer sucumbente, será condenada a pa· dar especial valor às regras de experiência
pazes podem ser parte no processo desenvol- gar as custas e a taxa judiciária, inclusiv€ comum ou técnica, ainda que não expressas
vido perante o Juizado Especial de Peque- as que foram dispensadas no primeiro grau -em qualquer ato material do processo (art.
nas Oausas, excluídos, ail1d,a, o preso, as de jurisdição, como se isenção nenhuma 4.0). Além disso, desde que atendidos os fins
pessoas j'urídicas de direito público, a mas- houvesse existido (art. 53). Nesta úUima hi- sociais da lei e as exigênciaJJ do bem co-
sa f'alida e o insorvente civil (art. 3.°, ea- póte.se, o vencido no segundo grau de ju- mum, ao juiz foram conferidos po-deres pa-
put). Excepcionalmente, foi admi,tida a ca- risdição pagará ainda os honorários do ad- ra dar ,a cada caso a solução que reputar
pacidade processual ativa do menor de 21 vogado do vencedor (art. 53). Idêntica me- mais justa e equânime (art. 5.°),
e maior de 18 anos, sem necessidade de dida é aplicada lJ;O litigante de má fé, em 26. Observados os princípios fundamen-
assistência (art. 8.0 , § 2.0), sob a conside- qualquer grau de jurisdição. Acrescente-se
ração de que tais pessoas já dispõem de que o desestímulo ,ao recurso funciona, tam- tais acima expostos, o anteprojeto adotou
discernimento suficiente para, por si sós, bém, como fator de celeridade do proc·esso. ,esquema procedimental .bastante simples.
cuidarem de seus interesses patrimoniais de Supõe ele. após a apresentação do pedido
21. Considerações de economia ou ba- e a citação do réu, ;) desenvolvimento de
pequeno valor. As empresas públicas da n1.teamento de custos levaram o anteoro-
União não ]Jodem ser parte no processo L'e- ;[ase previa de conciliação, anunciada às
guIado no anteprojeto, j3m'que sUj,eitas à jeto a prever a facultatividade de assistên- partes pelo juiz, que as advertirá. dos riscos
\Ôr~) das por farto 2'0°). I~rão e das üOl'llieqüêl1~i3Jj do (art~
22)." P:~
j1.1!1sdição til!, J-us,tiça b~ederai, nos 'úermos
do "11.18 o.ispõe 'i} llXÚ. 125, I, da O{)mti[,1)jç~,{). ~i~~C'~;~~~1'~~~V~(J~,~V:;9~J~~Ol~ aBS~,8téen!JlCVlaú'-lVjda~1J ten";j8,:t,i"la de cúnq;,iliaGB.,{}
pelo próprio jW2 ou condu~ida ou
conciliadDr, solJ
::H'J, ~ {]I ,Jhilz8.t:lo de r;18~lTIe}J.~/J CEHll~ sna Clrientl1o;:-ã-o (art.
S·B!Si 9-1 d-efeg·8, de 2'L Ç~htlo.j:lI B COYrcHi8f°f3;ü ;;<er,!~ ,;=-la )er--du.'Y"j=
~1~tre:itaz " [j'8~'3"O·g E] ~ ,da a t3icl'itô 'e ~ iln8dia:ba~~Brlte: '"'hornÕlD·g;ad@,
r

o •

m:ca, l'kl{Jt2VO lJ~lo qlJal SOíi1.WC1L:G'8 ~8te pode po!.' com força de ·tÍ"~ulo
s'ar pal<>-G8 ative. :no r€:S},Jeetivo !Ji'X'OCBS$i}. d.~ 23, pa.rágraio único). Nào
juridleiõ'5 'cem legitiilli1'i:l~'~d~a~~el~:e~~~~i~~"i:~~.~
lJ8L8S!Vü da., r-alí?lA~ã,c p
fTãudeg 8J egtfjJ rig)."a, XOra;iTI evita,das
POg~ acesso 3J) JudicHi,l""lo
tl.jIleitos individuais j~
~~~~~,:~:~l~~'~l~;~~ 3endo te conciliação. du])la alterna~
tiva é ,~prelJ'8ntada às pai,tes: ,(á) ou optam
i->B. Ieg6es (l,i.rr:GItos ij~A;I'ifj.ea.:tY!í'
amhéS, por ;;,cordo, pela instauraçãD do jui-
:i1 p.-eoH:dGáo illS~3rta D9J parte final ,do dO a,l'bitral, o que é efoe'i;ivado pela escolha
B5', Z'i3t51J11(1,Ct/ ü qU8J cst~iO:8JReh;:lj\~ os mais afor~
do âr,bitro, indepe:ndentemente de tel"lllO de
dos do de ])r,,!J;\~~ aç:5cCl, ;n0 Juizll":l.o, IÍJ1Jlarlo.s, a eh COlllU:ml1lissG (art. 25); 'Ou (b) são elas en-
Os de dlrenü8 í(J,a:r-c,encentss 'B~ 8, judiciá~
,'ia g-ratuita. Todavia, a parre que não é ca,mJuhaclas ao juiz }}ar,'3, a realização da
pessoa, jurídicas, - ,lJ,udi,ô:,wia d,e instrução e julgamentAJ< (art.
pobre basl;ante para (loi;,,!.· este direito pas-
17. l'l. SiIDIJl.iciilaiJe 'do :pL'Cle8,SSO roi o1J.tid!l, sa a não mspeio de condições para buscar, 2a).
através da l:1JdÚí,ão dos critérios de mfl[J'i10~:i1;­ no Judiciario, a realização do seu pequeno 23. Na audiência, {I ),uiz ouve ,as ~Jartes,
llidado e I!1ralUladü, Oi !l,l'tigD 14 do ·d.i:ri~itD UnlG1 ViéS iCWiG () seu reduz.1do COJJJ. 8 a-G p:eova8 e~ '.:n'JTiXl; prolat::t 0, se11-
1

jeto dispê-e que Os aoos proee.ssuals serão vblJor 118.0 corn·OQr'lia 1) i:i>:l,ga.m_elll- tença (art. 29) . .;], aT1J,êprojeto nf\.o estabe-
vál1dos .sempr~ que 'Px'eencherBlll as iínali- to dos honorários - tllH~ln J80e" Ord€111 lJf:,rg a, f€aHzaç'M des-
dacles para aa quais forem realizados, indA> lha ira !Jl'estaT ta que é dirigida, excllmivamen-
pendentemente da fü'rma de que ae rBvis- 'úe, co,elo juiz. Náü foi p:r.evi-sta exptessamen-
ta:rrL Prafere:n:temente, estes atos sel'ão ürals,
Ix),atetiallzand'1' em r,agLstros escritos
22. Ê '\n:rpDTt2.r/Ge cOT<sjder;:;,l: que o Ju'l-
Zoado 1~-<;:·u-eci21 ele P<SOHé;l1aS Causas 80 !l~E!~
i;13 a, hinótes-a ele
sllilúentação oral do direito
da parb, quando e,n';iver- ela 3asistida por
fi H0 formarão antos, bast::mdo o uso d-e processar e julg.,;'!: C1?~u·S1ôl!J ~oatl'ill1oniajs de advog,="do, ,eis qoo esta assistência é facul-
iichas ou fommlários especi!l,is. 1P,equ.eno valor ,!in in.ter·a,sge doe 13ar"bes (;2,-
'I;a~iva. Mé~ disso, fi, .elqJ,?s~ção feita. }Jela
0011 ssja, só za cUlidars de dlreHos proprla :p,arG'8 eorr1J S!111J:)hm.-àade e SInge-
Ui. A celeridade do "l:Jl"oces.,ü motivol! o dj~sp;[ll1í.v"?is entre j:Hl.ri;es que pod"m livre-
j

"sts,bel0Cimento de ato 1:ínico, <Jéilde Se; de- leza, elemento importante ]Jar,~, permitir
mente tl'1111,sigir, Lv que, por. si só, permite a ao jU!S decidir {} caso, dando-lhe a solução
~Jeíl1 desenvolver todas cu quase tocla.s 9.-'\
et",paoS pertinffill1e.s à ex-posl§,o, instrução e dispBl1S8.. da assistência técnica Dor adJvo-
mat3 justa. € ·equânim-e.
gados. -
julgamento da causa, isto é, a sessão de 21]< _I),s questões 'i;i:ue possam interferir
cm:u:üliação e ,julgamento. Nesta sessiIo 11ni- 23. Por outro !::M:lO, se bem que í'aculta-
tiva, a interV8l.'lçãlJ) d.o advogado, CV1YHJ as- na J:icé9Jização normal ela audiência serão
!JlJ, as par,tes SÓ}!) ouvidas e é tentaàl1 a 3m"
,sÍ:stente 011 repres€ntanta-pL'eposto da par- decic1itias de plano pelo juiz (art. ,29, § 1.0).
<!';onciliação; .são colhida.s todas as provas e, QuaIC]l.!:3r outra questão deve ser decidida
enfim, é proferida a sentença. Praticamen- te, não é proibida,. O anteprojeto prevê, m-
te, só se realizam fora desta sessão os atos clusive, que, se uma parte corn-YJarecer as- na sentença.
concernentes à a.presentação da petição ini- sistida por advogado ou, ainda, se for pes- SO. For questões de ordell1 prática, não
cial e à citação do réu ou intim:ação de soa jurídica ou firma individual, terá a ou- se previu, no anteprojeto, a execução da
testemunhas, os quais se- passam perante tra, se qUis,er, direito à aJJslstência judiciá~ sentença proferida, a qual será realizada
a Secretaria do Juizado, sem necessidade ria (art. 9.°, § 1.0), Assegura-se, com isso, em qualquer juizo competente da juatiça
de intervenção do juiz. Tudo mais é exe- :perfeita equivalência ou igualdade juridica comum (art. 40). A impossihilidade do es-
Agosto de 1983 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Sexta-feira 26 80 f7

t3lbelecimento de atos exclusiv.amente orais o anteprojeto de lei destina-se precisamen- LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA
na fase de execução torna inconvenie~te te a dar cumprimento a esse dever. Na me- PELA COORDENAÇÃO DAS
a ooa realização no próprio Juizado EspeCial dida em que estende a proteção judiciária, COMISS(5ES PERMANENTES
de Pequenas Causa, onde se desenvolveu o hoje insuficiente, ao homem comum, inse-
processo de conhecimento. Assim, excep- ne-se ele, por inteIro, no processo de de- LEI N.o 5.890, DE 8 DE JUNHO DE 1973
cionamlente, a execução da sentença passa mocratização oJ)a conduzido por Vossa Ex-
a ficar a cargo de outro juizo que não o celência com o apoio de todos os brasileiros. Altera a legislação de previdência so-
seu próprio prolator. Ao. ex~pcional~dade, cial, e dá outras providências.
Aproveito a oportunidade para renovar
todavia não traz consIgo mconvementes a Vossa Excelência os protestos do meu
absolutOO nem invalidam as inovações in- mais profundo respeito. - Hélio Beltrão, M,t. 9. 0 A 31posentadoria especial será
troduzidas pelo anteprojeto, as quais cons- Ministro Coordenador e Orientador do Pro- concedMa ao segurado que, oon1Joodo no
tituem, apenas, o instrumento legal neces- grama Nacional de Desburocr.atização. mínimo 5 (cinco) anos de contribuição, te-
sário para a criação efetiva do ~1:!izado Es- nha trabalhado durante 15 (quinre) , 20
pecial de Pequenas Causas ql!e Ira atend.er, ERRATA (vinte) ou 25 (vinrlJe e cinco) anos pelo me-
em cada unidade da federaçao, as peculla- nos, conforme a ·a.tividll!de ([loofissionaJ1, em
ridades e as necessidades ali verificadas. Republica-s,e em virtude de novo de~pa­ ooDViços que, para esse cf·eIto, forem consi-
31. As sentenças homologatórias de con- cho ,dCl Sr. Presidente, face ao desarqUlva- derados penosos, insalubres ou 'Perigoso,~,
ciliação ou laudo arbitral são irreco~riv~is. menta da proposição. !pOr d·e0reto do :Poder Executivo.
Contra as demais cabem embargos mfrm- PROJETO DE LEI N.o 2.526, DE 1979 § 1.0 A a,posentadoria eSiplecial consistirá
gentes a serem julgados no próprio Juiza~o numa rrenda mensal calculwdia na forma do
(art. 41). Os julgadores do recurso serao (Do Sr. JOsé F1reja,t) § 1.0 ,do art. 6.0, desta lei, ,aplioando-se·-lhe
três juizes em exercicio no primeiro grau Concede direito à aposentadoria es- ainda o disposto no § 3.° do art. 10.
de jurisdição que se reunirão na sede do pecial a operadores e supervisores de
Juizado para proferir sua decisão (.art. 41, § 2.0 Reger-se-á pela !reSpectiva legisla-
telefonia, telegrafia, radiotelegrafia, ra- ção especial· aaposenta.doria dos aerOlliaJU-
§ 1.0). Desta forma, acelera-se o julgamen- diotelefonia e teleimpressão.
to dos embargos infringentes, sem conges- tlllSe a dos jornalistas II!rofis\S.ionais.
tionamento dos Tribunais de 2." Instância, (Aos Oonnissõe·s de· Constituição e Jus- § 3.° Os periodos em que os 'tl"abalha-
ao mesmo tempo em que se assegura às tiça, Ide 'J:1mbalbo e Degislação Social e dores integrantes das categorias profissio-
paro:es a revisão da ser,tença por outros de Finanças.) nais, enquadradill!S neste acrtigo, permanece-
juizes que não o seu original prolator. O Oongresso NaJcional decreta: rem licenciados do emprego ou ati'Vidade.
32. Os embargos infringentes, em regra, desde que para exercer cavgos de Adminis-
.A:nt. 1.0 Os operadores e sl1pervlsm:es de iJração ou de ~preSientação Sindical, serão
terão efeito meramente devolutivo e seu telefonia, te1e~rafia, radiotelegrafia, Iradio- computados, rpara efleito de tempo de servi-
processamento independe de despacho do telefonia e teleimpressão, 'QIUe cOl1lplefbarem ço, pelo regime de llJposenrtadoria especial,
juiz cabendo à própria Secretaria do Jui- 2·1} (vinte e cinoo) anos de sCJr:Viço, têm di- na >forma da regulamentação exrpedida pelo
zadó roeceber a petição escrita do embar- reito ·à 3Jposentadoria especilllJi de que trata Podei!." Exooutivo.
gante (art. 42) e providenciar o preparo o arot. 9.° da Lei n.O 5.890, >de 8 de. juruto de
do recurso (art. 42, § 1.0 ), bem como a in- 1973. iExcelel1ltissimo Senhor Presidente da Câ-
timação do embargado para a devida res- mara, dos iDeputados.
posta (art. 42, § 2.°). Excepcionaln:l.ente, o Axt. 2.° O Pode,r Executivo ["eguJa;men1la.-
rá a presente lei, no pl.'aZO de 60 (sessenta) Requeiro a V. Ex.a, na forma regimental,
juiz poderá dar aos embargos efeIto sus- o desa:rquiva,mento dos Projetos de IJei de
pensivo, para evitar dano irreparável à dias.
minha aUitoria, abaixo relacionados:
parte (arto 43). Art. 3.° Esta Lei en,tra em vigor na data
de sua !publicação, rre,vogadas 'as disposições 2.526/79, 5.983/82, 6.167/82 e 6.458/82.
33. Os casos de obscuridade, contradi- em cantráJrio.
ção, omissão ou dúvida, na senteJ?ça.ou no Sala das Sessões, 16 de a:gos!io de 1983.
acórdão que julgar os embaJ)gos mfrmgen- José Frejat.
Justificação
tes, serão solucionados por meio de em-
bargos declaratórios (art. 47>' Os erros ma- O 'arot. 9.° da Lei n.O 5.890173, que alterou ERRATA
teriais podem ser corrigidos de oficio (art. a Lei Ongânlca Icl!a a?Tevidência Social, es- Republica-s·e em vir.tude de novo despa-
47, parágrafo únicO). tatui que e. a.posentadoria especial será cho do Sr. Pr.esidente, face ao desarquiva-
34. Não se admitem quaisquer outros concedida ao segurado que tenha wa,balha- menta da proposição.
recursos sendo, inclusive, inadmitida a ação do em serviços que forem considen!OO.os pe-
nosos, insalubres ou perigosos, por decre,to PROJETO DE LEI N.o 6.167, DE 1982
rescisóri~ (art. 57), esgotando-se, assim, to- do Poder ExJecutivo.
da a prestação jurisdicional no próprio (Do Sr. José Frejat)
Juizado Especial de Pequenas Causas. Dian- :Fa,ce la esse rpreceilto le.gal infere-se que
te disso, foi necessário preVJer a ineficácia ao Poder Executivo reservou-se a incum- Veda a cobrança ô:e taxa de inscrição
da sentença condenatória deste Juizado, na bência de disíPor sobre a matéria, conferin- nos concursos e provas de seleção pú-
parte que exceder a sua alçada legal (art. do-se-lhe, com antecipação, aJUtori~ação' le- blica, realizados por órgãos da Admi-
39). gisLativa para tanto. nistração Direta e Indireta, e dá outras
35. Por fim, o anteprojeto previu a ho- Assim, o Executivo passou 'a tnata:r do as- providências.
mologação judicial ou o referendo do Mi- sunto ,através da edição de quadiros :pró- (As 'Comissões de Constituição e Jus-
nistério Público aos acordos ou transações pl.'ioo, 'em que as llJtividade>s que propiciam tiça e de Serviço Público.)
extrajudiciais, para dar-lhes eficácia de tí- apose>tlJ\JaJdoria espedal são cllJtalo.gadas 00-
tulo executivo farto 55), bem como .autori- ~undo os la~entes nocivos e os grUJpOs pro- Q Congresso Nacional decreta:
zou a legislação local a: (a) estender a fase flisskmais.
,Art. 1.0 l!: vedada a cobl1ança de taxlll de
de conciliação a causas não llJbrangidas na OCONe, porém, qU!e, enquanto a medicina inscrição nos 'concuroos e ,proV./W de releção
competência jurisdicional do J.uizado e (b) do traJbalho vai dienun'Ciando ll1iQIV'os caoos públicos realizadoo paI1a o preenchimento
criar colegiados compostos de juizes em de atividades rpenoolliS, pe'.rigosas ou insalu- de clllrgos,fUJIlções ou eIllpne.gos, ,promovidos
exercicio no primeiro gr.au de jurisdição, bres, o Executivo não aJliuaJ1J.za os seus qua- por órgãos daadministraçoo públioa dIre1la.
dando-lhes competência para julgar os re- dros, poomoV'elIldo, com isso, inac,eitáveis [n- e indireta, fundações públicas e sociedades
cursos de decisões proferidas em pequenas justiças no âmbito de nossa legisLação so- de economia mista >de que o- Pod€ll.' Público
causas não processadas perante o Juizado cial. detenha mais da metade >do ca;pital: votanrne.
Especial de Pequenas Causas (art. 56, I e !PIor conseguinte, entendemos opoDtuna a
II). Art. 2.0 A inobservância do <:ti.srpooto no
presente liniciati"a que, a1JieSllJr de ["c!p!OO- ar,tigo anterior implicará Ill>a devolução ,em
36. A implantação efetiVa das curado- seIlJIiar 'llIJna medida isolada, poo.sui o mérilto dobro da importância ·oobraid:llJ.
rias necessárias e do serviço de assistência de desag:l1avar, [)CIo menos, algl1lIl1tlS caJ1Je-
judiciária foi, ainda, erIgida em condição gOI'illlS !profissiO!llJais que, por direito e tl,usti- Art. 3.0 O Poder Executivo ['Cgulamenta-
indispensável para a própria instituição do ça, há muito já merecem o benefício ora Irá 'esta lei no pram de 60 (ressentia) dIas.
Juizado (art. 54). ooncediido.
Airt. 4.° Esta lei entra lem vigor na data
37. Enfim, assegurar justiça ampla e Sala Idas sessões, 4 de dezembro de 19·79. d~ sua public·ação, rev:ogad,as ,as disposições
efioaz constitui O dever maior do Estado e - .José Frejat. em. contrário.

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