AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 283.628 - PE (2013/0008492-9)
RELATOR : MINISTRO BENEDITO GONÇALVES
AGRAVANTE : INSTITUTO DE RECURSOS HUMANOS DE PERNAMBUCO - IRH/PE PROCURADOR : JOSÉ CARLOS ARRUDA DANTAS E OUTRO(S) AGRAVADO : FRANCISCO DE ASSIS HOLANDA DE OLIVEIRA - ESPÓLIO ADVOGADOS : TOMAZ TIMES ALUÍSIO TIMES E OUTRO(S) EMENTA
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RAZÕES
RECURSAIS NÃO IMPUGNAM ESPECIFICAMENTE OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO QUE INADMITIU O RECURSO ESPECIAL. AGRAVO NÃO CONHECIDO.
DECISÃO
Trata-se de agravo interposto pelo Instituto de Recursos Humanos de Pernambuco -
IRH/PE contra decisão que inadmitiu recurso especial ante a incidência das Súmulas 282/STF, 211, 7 e 83 do STJ. O apelo nobre obstado enfrenta acórdão, assim ementado (fl. 354): EMBARGOS À EXECUÇÃO. NULIDADE DE SENTENÇA POR AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO OU DO PRÓPRIO JULGAMENTO DA OPOSIÇÃO. LIVRE CONVENCIMENTO FUNDAMENTADO. EXCESSO DE EXECUÇÃO. AUSÊNCIA DE PROVA. RECURSO DE APELAÇÃO IMPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - O fato de ter o julgador homologado os cálculos apresentados, logo se vê que rejeitou os embargos à execução opostos, sendo irrelevante - nesse caso - consignar expressamente a rejeição ou acolhimento da oposição. 2 - No que se refere ao alegado excesso de execução, anoto que descuidou o apelante de provar qualquer fato desconstitutivo do direito do autor. Limitou-se a asseverar a ocorrência de suposto excesso, sem - contudo - demonstrar efetivamente o quantum devido. 3 - Recurso de apelação improvido. 4 - Decisão unânime. Os embargos de declaração foram rejeitados, conforme ementa de fl. 16. No apelo especial, a parte recorrente alega violação aos artigos 162, § 1º, 458, II, 459, 467, 468 e 730, do CPC. Para tanto argumenta que o acórdão recorrido padece de nulidade, uma vez que ignorou a natureza jurídica da decisão, mero despacho ordinatório, desconsiderando, assim, a imutabilidade da coisa julgada. Contrarrazões às fls. 81-86. Neste agravo afirma que seu recurso especial satisfaz os requisitos de admissibilidade e que não se encontram presentes os óbices apontados na decisão agravada. Sem contraminuta (certidão à fl. 130). É o relatório. Decido. O recurso de agravo não reúne condições para ser conhecido por esta Corte Superior, isso porque o agravante não impugnou, especificamente, os fundamentos utilizados pelo Tribunal de origem para inadmitir o recurso especial, conforme determina o inciso I do § 4º do artigo 544 do CPC (incluído pela Lei n. 12.322/10), in verbis :
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Superior Tribunal de Justiça Art. 544. Não admitido o recurso extraordinário ou o recurso especial, caberá agravo nos próprios autos, no prazo de 10 (dez) dias. [...] § 4o No Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os fundamentos da decisão agravada; Ante o exposto, não conheço do agravo em recurso especial. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 13 de setembro de 2013.
Ministro BENEDITO GONÇALVES
Relator
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