Você está na página 1de 22

Atualizações da ferramenta

CICLO 2023
EXPEDIENTE

REALIZAÇÃO
Fundação Getulio Vargas
Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV EAESP)
Centro de Estudos em Sustentabilidade (FGVces)

COORDENAÇÃO GERAL
Mario Monzoni
Guarany Osório

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Guilherme Borba Lefèvre

EQUIPE
Lucas C. de Souza
Carolina P. Bastos
Juliana F. Picoli

DATA DE PUBLICAÇÃO
Março, 2023
ATUALIZAÇÕES DA FERRAMENTA DE CÁLCULO DO CICLO 2023
PROGRAMA BRASILEIRO GHG PROTOCOL

Sumário

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4

2. ATUALIZAÇÃO GERAIS..................................................................................... 4

3. ATUALIZAÇÃO ESPECÍFICAS ............................................................................ 5

3.1. Biogás e biometano ................................................................................. 5

3.2. Transporte - caminhões .......................................................................... 7

3.3. Lenha ....................................................................................................... 9

3.4. Resíduos ................................................................................................ 10

3.5. Efluentes................................................................................................ 11

3.6. Outras atualizações ............................................................................... 16

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 17

ANEXO ................................................................................................................... 18
1. INTRODUÇÃO

Este relatório tem como objetivo sintetizar as atualizações que foram feitas na
ferramenta de cálculo no Ciclo 2023 do Programa Brasileiro GHG Protocol (PBGHG) de
forma a aprimorar e atualizar a ferramenta de contabilização disponibilizada
gratuitamente pelo Programa. Para utilizar a ferramenta, basta acessar o site do
Programa (www.fgv.br/ghg).
Nesta nova versão foram realizadas atualizações gerais que são realizadas todos
os anos e algumas atualizações específicas e extraordinárias que foram motivadas,
principalmente, pelas atualizações no guia de 2019 do IPCC. As atualizações que foram
realizadas são descritas nas próximas seções.

2. ATUALIZAÇÃO GERAIS

Todo ano, algumas atualizações gerais são realizadas na planilha, tais como a
inclusão do Fator de Emissão da eletricidade distribuída pelo Sistema Interligado
Nacional (SIN) para o ano vigente, o teor atualizado de biodiesel no diesel e de etanol
na gasolina, os novos Fatores de Emissão de veículos leves e dos meios de transporte
baseados na referência do DEFRA (caminhões, aviões, navios), bem como as eventuais
novidades dos Fatores de Emissão e as propriedades de diferentes combustíveis
baseados no Balanço Energético Nacional.
Todas as referências utilizadas na ferramenta podem ser consultadas nas abas de
“Fatores de Emissão” e “Fatores Variáveis”. Um resumo geral das atualizações pode ser
consultado na aba de “Atualizações”. Nos próximos tópicos, detalhamos algumas
atualizações específicas que buscaram atualizar o memorial de cálculo, criar novas
opções de contabilização, bem como corrigir algumas inconsistências levantadas pelos
usuários ao longo do tempo.
3. ATUALIZAÇÃO ESPECÍFICAS

3.1. Biogás e biometano

Motivações
As antigas versões da ferramenta do PBGHG não possuíam o biometano como
opção de combustível na aba de combustão estacionária. Tendo em vista o interesse
crescente das organizações pelo biocombustível, optou-se por inseri-lo na nova versão.
Adicionalmente foi identificada a necessidade de se atualizar as propriedades e os
fatores de emissão do biogás, considerando uma composição média de CH4 e CO₂ tanto
para um biogás padrão, como para o biogás produzido em aterros sanitários.
Considerando as atualizações feitas para essa última versão da ferramenta, temos
agora a possibilidade de selecionar, para fins de cálculo de emissões associadas à
combustão estacionária, os combustíveis Biogás (outros), Biogás de aterro e Biometano.
As definições para cada combustível estão na aba “fatores de emissão” da referida
ferramenta.

Atualizações
Foram alteradas as propriedades do biogás na ferramenta e inseridas as
propriedades do biometano, conforme os valores expressos na Tabela 1.

Tabela 1: Propriedades biogás e biometano


Biogás Biogás de
Propriedades Biometano
(outros) aterro
Teor CH4 (%mol) 65% 50% >95%
Densidade (kg/Nm³) 1,15 1,30 0,73
PCI (MJ/kg) 20,0 12,3 49,0
Fonte: (DEFRA, 2022)

Adicionalmente, foram ajustados os fatores de emissão de CO₂ da combustão do


biogás, considerando não só a emissão de CO₂ proveniente da combustão do metano
como também a emissão do CO₂ que já está presente na mistura do biogás (anterior à
queima) e que é emitida no escape, junto com os produtos da combustão. O teor de
carbono do biogás foi calculado por meio das equações abaixo (IPCC, 2006a). Os
resultados são expressos na Tabela 2.

𝑘𝑔𝐶 𝑀𝑀𝐶
𝑇𝑒𝑜𝑟 𝐶𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 [ ]= Equação 1
𝐺𝐽 𝑀𝑀𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 ∗ 𝑃𝐶𝐼𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠
𝑀𝑀𝑏𝑖𝑜𝑔á𝑠 = %𝑚𝑜𝑙𝐶𝑂2 ∗ 𝑀𝑀𝐶𝑂2 + %𝑚𝑜𝑙𝐶𝐻4 ∗ 𝑀𝑀𝐶𝐻4 Equação 2

Em que:
MMC: massa molar do carbono [kgC/kmol]
MMbiogás: massa molar do biogás [kg biogás/kmol]
PCIbiogás: Poder calorífico inferior biogás [GJ/kg biogás]
%molCO2 e %molCH4: fração molar de CO2 e CH4 na mistura do biogás
MMCO2 e MMCH4: massa molar do CO2 e do CH4 [kg biogás/kmol]

Tabela 2: Fatores de emissão para combustão do biogás e do biometano


CO₂ (kg/TJ) por setor de atividade
Residencial,
Manufatura ou Comercial ou Agricultura,
Combustível Energia
Construção Institucional Florestal ou
Pesca
Biometanoi 56.100 56.100 56.100 56.100
ii
Biogás (outros) 85.271 85.271 85.271 85.271
Biogás de aterroii 119.241 119.241 119.241 119.241

i
Considerado os mesmos fatores de emissão do Gás natural (IPCC, 2006a).
ii
Calculado por meio da Equação 1 expressa acima, considerando o teor de CH4 e CO2 da mistura

Desse modo, com as alterações foi possível criar três categorias de combustão
estacionária: o biogás (outros), biogás de aterro e o biometano.
3.2. Transporte - caminhões

Motivações
Em uma análise da ferramenta versão 2022 do PBGHG, motivada por
questionamentos de membros do Programa, se encontraram diferenças significativas
nos resultados de emissões de GEE do transporte para caminhões ao utilizar diferentes
abordagens na aba de Transporte & Distribuição (Upstream ou Downstream), mais
especificamente entre as Tabelas 3 (input por carga fracionada, em t.km) e na Tabela 4
(input por distância, em km).
A Tabela 3 da referida aba da planilha, utilizava dados de emissões do DEFRA
(2021) por t.km, ao passo que a Tabela 4 calculava o consumo de diesel dos caminhões
baseado nos dados de autonomia da CETESB, (2021) em km/L.
Desse modo, optou-se por padronizar as referências entre ambas as tabelas para
a referência do DEFRA, (2022), que apresentou uma melhor distinção para as emissões
de diferentes portes de caminhões.

Atualizações
Para padronizar a Tabela 4 da ferramenta para a referência do DEFRA, foi
calculado a autonomia em km/L de cada tipo de caminhão. Para tal, utilizou-se a
equação abaixo, considerando os fatores de emissão dispostos no DEFRA, (2022).

𝐴𝑢𝑡𝑜𝑛𝑜𝑚𝑖𝑎 [𝑘𝑚/𝐿] = 𝐹𝐸1 [𝑘𝑔𝐶𝑂2 𝑒/𝐿] / 𝐹𝐸2 [𝑘𝑔𝐶𝑂2 𝑒/𝑘𝑚]

Os parâmetros utilizados podem ser consultados com maiores detalhes na versão


2023 da ferramenta na aba de “Fatores de Emissão”.
Importante: Algumas organizações estavam realizando o preenchimento incorreto
da Tabela 3 de carga fracionada, inserindo em cada linha da tabela valores de carga
total transportada no ano e valores da distância total percorrida no ano de cada trecho,
resultando em emissões bastante expressivas. O preenchimento correto de cada linha
da tabela deve contemplar, por exemplo, a carga total transportada no ano e a distância
média por viagem e não a distância total. Essa orientação foi incluída na ferramenta
para o correto preenchimento da Tabela 3. Para entender, siga o racional abaixo.
As emissões de cada viagem, podem ser calculadas considerando o Fator de
Emissão do caminhão em tonelada-quilômetro (FEt.km), multiplicando pela carga
transportada na viagem (em tonelada) e pela distância percorrida no trecho (em km).

𝐸𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑚 = 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡 ∗ 𝐹𝐸𝑡.𝑘𝑚

Desse modo, supondo que o caminhão realizou nviagens no ano inventariado,


considerando uma determinada distância média e uma carga média transportada por
viagem, as emissões totais no ano deste trecho podem ser calculadas pela expressão
abaixo.

𝐸𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 = 𝑛𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∗ [𝐹𝐸𝑡.𝑘𝑚 ∗ 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑚 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑎 ]

A expressão acima ainda pode ser simplificada em termos da carga total


transportada no ano (em toneladas), que é o valor da carga média transportada por
viagem multiplicada pelo número de viagens realizadas no ano, resultando na expressão
abaixo.

𝐸𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 = 𝐹𝐸𝑡.𝑘𝑚 ∗ 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑎

Desse modo, para uma estimativa correta das emissões, pode ser utilizado como
dado de entrada na ferramenta a carga total transportada pelo veículo no ano e a
distância média em quilômetros do trecho considerado.
Por outro lado, se utilizada a carga total e a distância total como dados de
entrada, a estimativa considerará um fator de número de viagens ao quadrado
(nviagens²), levando à uma superestimativa das emissões, conforme racional abaixo.

𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑛𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∗ 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑚


𝑑𝑖𝑠𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑛𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑎
𝐸𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 = 𝐹𝐸𝑡.𝑘𝑚 ∗ 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 →
2
→ 𝐸𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠𝑡𝑜𝑡𝑎𝑖𝑠 = 𝑛𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑛𝑠 ∗ [𝐹𝐸𝑡.𝑘𝑚 ∗ 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎𝑣𝑖𝑎𝑔𝑒𝑚 ∗ 𝑑𝑖𝑠𝑡𝑚é𝑑𝑖𝑎 ]
3.3. Lenha

Motivações
No Ciclo 2022, algumas perguntas foram feitas a respeito das referências
utilizadas para determinar o poder calorífico inferior (PCI) da lenha e seus fatores de
emissão, pois as referências eram antigas e com valores distintos do expresso no
Balanço Energético Nacional (BEN).

Atualizações
Neste caso, a referência de PCI da lenha foi atualizada pelos dados do Balanço
Energético Nacional (BEN, 2022), atualizando também a denominação para “Lenha
comercial”. Adicionalmente foi excluída a opção de lenha para carvoejamento como
uma das opções na ferramenta de cálculo, uma vez que o cálculo das emissões
considerava a combustão completa da lenha, o que não ocorre neste tipo de atividade.
3.4. Resíduos

Motivações
As diretrizes de 2019 do IPCC apresentaram algumas atualizações nos valores dos
parâmetros utilizados no cálculo das emissões dos resíduos sólidos aterrados. Também
foi discutida a opção de calcular emissão de CO2 proveniente da decomposição dos
resíduos aterrados, que até então não estavam sendo consideradas na ferramenta.
Desse modo, foram atualizados os parâmetros de cálculo para a emissão de CH4
seguindo as diretrizes do guia de 2019 do IPCC. Também foram criados campos de
cálculo para as emissões de CO2 decorrentes da decomposição dos resíduos aterrados.
Estas aplicações foram realizadas tanto para a aba de Escopo 1, como para Escopo 3.
Adicionalmente, para a aba de Escopo 3, foram ajustados os campos de cálculo
relacionados com a recuperação de metano dos resíduos aterrados.

Atualizações
De modo geral foram atualizados alguns elementos textuais, inseridas novas
categorias de resíduos (Tabela 3), novas classificações de aterros e inseridos novos
parâmetros de cálculos, seguindo as atualizações do IPCC, (2019). Também foram
criados campos para cálculo da emissão de CO2 oriundo da decomposição dos resíduos
aterrados. Este último caso é explicado em maiores detalhes no anexo.

Tabela 3: Parâmetros de cada tipo de resíduo.

DOC - Carbono Orgânico Degradável / tipo DOC %C %C %C


Umidade
resíduo (bui) (bu)ii (bs) fóssiliii
A - Papéis/papelão 0,40 10% 41% 46% 1%
B - Resíduos têxteis 0,24 20% 40% 50% 20%
C - Resíduos alimentares 0,15 60% 15% 38% 0%
D - Madeira 0,43 15% 43% 50% 0%
E - Resíduos de jardim e parque 0,20 60% 20% 49% 0%
F - Fraldas 0,24 60% 28% 70% 10%
G - Borracha e couro 0,39 16% 56% 67% 20%
H - Resíduos clínicos 0,15 35% 40% 62% 25%
I - Lodo de esgoto doméstico 0,05 90% - - -
J - Lodo industrial 0,09 65% - - -
Fonte: (IPCC, 2006b, 2019)
i
bu: base úmida; bs: base seca.
ii
O IPCC apresenta o teor de carbono em base seca (kgC/kg resíduo seco). Para calcular o teor de carbono
em base úmida (kgC/kg resíduo úmido) foi utilizada a seguinte equação: %𝐶 (𝑏𝑢) = %𝐶 (𝑏𝑠) ∗ (1 −
𝑢𝑚𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒). Este cálculo foi feito pois os dados de entrada de massa de resíduos na planilha são feitos em
base úmida.
iii
Teor de carbono fóssil em % de massa de carbono total.

Para a compostagem, foram atualizados os fatores de emissão de N2O, mas não


foi possível adicionar as emissões de CO2 biogênico, pois o IPCC não apresenta as
informações necessárias para dedução da equação como para o caso dos resíduos
aterrados.
Outra importante atualização está relacionada com a recuperação de metano dos
resíduos enviados para aterrados (Escopo 3).
Até então, a ferramenta considerava que em caso recuperação de metano, 100%
do gás gerado no aterro seria queimado, o que não é um cenário factível nos aterros,
que apresentam uma eficiência de recuperação abaixo de 100% (IPCC, 2019).
Na nova ferramenta, caso haja recuperação de metano, o usuário deverá informar
a eficiência de recuperação. Caso não tenha este valor, será assumido um valor default
de recuperação de 20% (IPCC, 2019). Caso o usuário não tenha a informação se o aterro
possui ou não sistema de recuperação, a ferramenta considera uma eficiência de 9,3%
que foi obtido da 4ª Comunicação Nacional à UNFCCC como o percentual médio de
metano recuperado no Brasil em relação ao metano total gerado nos aterros e lixões
em todo o território nacional (MCTI, 2020).

3.5. Efluentes

Motivações
Assim como para resíduos aterrados, as diretrizes de 2019 do IPCC trouxeram
atualizações nos parâmetros de cálculo para o tratamento e disposição final de
efluentes líquidos. Conforme ilustrado na figura abaixo, as diretrizes também
apresentaram as fontes de emissão a serem consideradas na contabilização, que vão
desde as emissões do tratamento do efluente (se houver) até as emissões da sua
disposição final.
Fonte: IPCC, (2019)

Desse modo, a estrutura da inserção dos dados na aba de efluentes tanto de


Escopo 1 como Escopo 3 foi atualizada, contemplando os dados de entrada para
tratamento de efluentes e da sua disposição final nos corpos d’água, seguindo as
diretrizes de 2019 do IPCC.
Também foram inseridos valores default apresentados pelo IPCC em alguns
campos da ferramenta, como teor de N de efluentes industriais e fator de emissão (FE)
de N2O para diferentes tipos de tratamento e para disposição final.
Para a aba de Escopo 3, foram criados campos de cálculo para uma estimativa
mais simplificada das emissões do tratamento e/ou disposição final de efluentes
domésticos gerados em diferentes tipos de atividades. Este campo foi criado para
atender a demanda de muitas organizações que desejam relatar as emissões da geração
de efluentes no Escopo 3, mas que não possuem os dados de carga orgânica e teor de N
do efluente necessários para a realização dos cálculos na ferramenta. Este campo não
foi aplicado para a aba de Escopo 1, tendo em vista de que se trata de uma estimativa
simplificada.
Vale destacar que o processo de atualização desta aba de efluentes no Escopo 1
passou por um processo de consulta das organizações membro do PBGHG do setor de
saneamento, sendo estas a AEGEA, BRK, Iguá e Sanepar. Diversas sugestões trazidas por
esse grupo foram acatadas pelo PBGHG, tornando o resultado final mais pertinente e
compatível com o contexto nacional.

Atualizações
O primeiro ponto de atualização foi a inserção de um campo adicional de
preenchimento para determinar o tipo de efluente a ser considerado, de maneira que a
ferramenta possa escolher um valor default do teor de nitrogênio (N) do efluente, caso
a organização não possua esse dado de entrada. A Tabela 4 apresenta os valores default
utilizados na planilha para o teor de N para alguns tipos de efluentes industriais. Para o
teor de nitrogênio de esgoto doméstico, o IPCC não apresenta um valor default. Neste
caso, para a aba de Escopo 1, é preciso obter estes dados ou calcular, caso a
organização inventariante não possua essas informações. Para Escopo 3, como já
mencionado, foi criado uma alternativa que oferece um valor default destas
informações para se obter uma estimativa simplificada.

Tabela 4: Valores padrão de teor de nitrogênio por tipo de resíduo


Teor de N
Tipo de efluente Referência
(kgN/m³ efluente)
Esgoto doméstico - -
Efluentes do refino de álcool 2,40 IPCC, 2019
Efluentes da produção de cerveja e malte 0,06 IPCC, 2019
Efluentes do processamento de peixes 0,60 IPCC, 2019
Efluentes da produção de ferro e aço 0,25 IPCC, 2019
Efluentes de frigoríficos 0,19 IPCC, 2019
Efluentes da produção de fertilizantes nitrogenados 0,50 IPCC, 2019
Efluentes da produção de plásticos e resinas 0,25 IPCC, 2019
Efluentes da produção de amido 0,90 IPCC, 2019
Outros - -

Também foram adicionados valores default da emissão de N2O por tipo de


tratamento ou disposição final do efluente, conforme dados do IPCC, (2019). Algumas
novas categorias de tratamento e disposição final dos efluentes foram acrescentadas à
ferramenta como a planta de tratamento aeróbio e lançamento de efluentes em
diferentes corpos d’água. Foram retiradas das opções de tratamento o lodo ativado,
que já fica contemplado na planta de tratamento aeróbio do IPCC, e a vala aberta, que
também está contemplada nas novas categorias de disposição final do IPCC, sendo
substituída pelo termo “Esgoto parado a céu aberto”. Todos os valores de Fator de
correção de metano (MCF) foram atualizados. Isso foi feito, pois os valores de MCF
eram referenciados na 4ª Comunicação Nacional, que por sua vez, considera
informações das diretrizes de 2006 do IPCC. A opção “digestor anaeróbio” foi retirada
da lista de tratamentos por se tratar de um tratamento destinado para tratar resíduos
sólidos e não efluentes líquidos, segundo informado pelas empresas de saneamento
consultadas pelo PBGHG. Para as lagoas, foram inseridas as classificações de
profundidade, parâmetro que é utilizado pelo IPCC para indicar o valor de MCF. A
Tabela 5 apresenta os tratamentos/disposições finais considerados na nova versão da
ferramenta e os valores default de MCF e FE de N2O obtidos do IPCC, (2019).

Tabela 5: Tipos de tratamento/disposição e parâmetros de cálculo


kgN2O-
Tipos de tratamento e/ou disposição final MCF Referência
N/kgN
Tratamento aeróbio (lodo ativado, lagoa aerada, etc) 0,03 0,016 IPCC, 2019

Fossa séptica 0,50 0,000 IPCC, 2019

Reator anaeróbio 0,80 0,000 IPCC, 2019

Lagoa anaeróbia profunda (profundidade > 2 metros) 0,80 0,000 IPCC, 2019

Lagoa anaeróbia rasa (profundidade < 2 metros) 0,20 0,000 IPCC, 2019

Lagoa facultativa (profundidade < 2 metros) 0,20 0,000 IPCC, 2019

Lagoa de maturação (profundidade < 2 metros)i 0,20 0,000 IPCC, 2019

Fossas secas 0,10 0,000 MCTI, 2020

Lançamento em cursos d'água (não especificado) 0,11 0,005 IPCC, 2019


Lançamento em cursos d'água (que não reservatórios, lagos e
0,04 0,005 IPCC, 2019
estuários)
Lançamento em reservatórios, lagos e estuários 0,19 0,005 IPCC, 2019

Efluente parado a céu aberto 0,50 0,005 IPCC, 2019

i
Foi considerado que as lagoas de maturação possuem tipicamente profundidade inferior a 2 metros
(CETESB, 2014)
Outro ponto importante de atualização diz respeito à estrutura do preenchimento
de dados da aba de efluentes, passando a contemplar o cálculo das emissões
tratamento e disposição final como etapas distintas. Desse modo, com as atualizações,
a aba permite calcular as emissões tanto do tratamento como da disposição final em
corpos d’água tanto de efluentes líquidos não tratados, como os efluentes líquidos que
passaram por algum tipo de tratamento, pois ainda possuem uma carga orgânica
residual. Anteriormente, havia a possibilidade de calcular as emissões da disposição
final apenas de efluentes não tratados. A mudança na estrutura é exemplificada na
imagem abaixo.

Versão 2022 e anteriores Versão 2023

Efluente Emissões Efluente Emissões


tratado tratamento tratado tratamento

Emissões Emissões
Efluente ñ Efluente ñ
disposição disposição
tratado tratado
final final

IPCC, 2006 IPCC, 2019

Para facilitar o entendimento, também foram realizados alguns ajustes textuais na


ferramenta e nos campos de orientação. Sendo assim, as mudanças textuais e de
estrutura dos dados de entrada tiveram como objetivo deixar claro que após o
tratamento, as emissões do efluente também devem considerar a etapa de disposição
final. Também foi inserida uma nota explicativa para o caso da disposição final dos
efluentes em solos agrícolas, cuja emissão deve ser contemplada na aba de “Atividades
de Agricultura”.
Outro ponto de melhoria foi a criação de campos para inserir valores de carga
orgânica removidos com o lodo. Caso haja remoção de lodo no tratamento, as emissões
da disposição final do lodo devem ser inseridas na aba de resíduos sólidos (se for
enviada para aterros, por exemplo), em “Atividades de Agricultura”, se for utilizada
como adubo ou na própria aba de efluentes caso seja tratado separadamente dentro da
própria estação de tratamento de efluente.
Por fim, novos campos de cálculo foram desenvolvidos na aba de efluentes de
Escopo 3 para auxiliar nas estimativas de emissões do tratamento e disposição final de
efluentes líquidos domésticos, principalmente para as organizações que não possuem
informações de carga orgânica e teor de N do efluente doméstico gerado. Esta
alternativa apresenta um cálculo simplificado e com menor precisão quando comparada
a alternativa que usa dados específicos das propriedades do efluente e só deve ser
usada caso a organização não possua os dados mencionados. Os campos de
preenchimento podem ser encontrados, conforme imagem abaixo e o racional de
cálculo pode ser consultada no Anexo.

3.6. Outras atualizações

Algumas inconsistências da planilha foram mapeadas. Uma delas foram as


diferenças no valor total em CO2e entre as Tabelas 2.1 e 2.2 da aba de consolidação
“Registro Público de Emissões” para o caso das emissões fugitivas, ocasionadas por
arredondamentos em algumas das células da planilha. Tais diferenças representavam
erros não materiais, mas os arredondamentos foram padronizados para evitar
divergências mínimas. Por fim, foram atualizados diversos elementos textuais da
ferramenta para aprimorar as orientações de preenchimento e uso da planilha.
REFERÊNCIAS

BEN. Ministério de Minas e Energia. Balanço Energético Nacional 2022 (ano base 2021).
[s.l.] Empresa de Pesquisa Energética - EPE, 2022. Disponível em:
<https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/balanco-
energetico-nacional-ben>. Acesso em: 12 jan. 2023.

CETESB. Emissões do Setor de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos, 2009-2010:


Relatório de Referência. Inventário de Emissões Antrópicas de GEE Diretos e Indiretos
do Estado de São Paulo. São Paulo: [s.n.]. Disponível em:
<https://cetesb.sp.gov.br/inventario-gee-sp/wp-
content/uploads/sites/34/2021/09/primeiro_inventario_setor_residuos_web_2009-
2010.pdf>. Acesso em: 3 mar. 2023.

CETESB. Emissões Veiculares no Estado São Paulo. [s.l.] COMPANHIA AMBIENTAL DO


ESTADO DE SÃO PAULO (CETESB), 2021. Disponível em:
<https://cetesb.sp.gov.br/veicular/relatorios-e-publicacoes/>. Acesso em: 31 maio.
2022.

DEFRA. UK Government conversion factors for Company Reporting. United Kingdom:


Department for Business, Energy & Industrial Strategy, 2 jun. 2021. Disponível em:
<https://www.gov.uk/government/publications/greenhouse-gas-reporting-conversion-
factors-2021>. Acesso em: 31 maio. 2022.

DEFRA. UK Government conversion factors for Company Reporting. United Kingdom:


Department for Business, Energy & Industrial Strategy, 20 jun. 2022. Disponível em:
<https://www.gov.uk/government/publications/greenhouse-gas-reporting-conversion-
factors-2022>.

EPA. Greenhouse Gas Emissions Estimation Methodologies for Biogenic Emissions from
Selected Source Categories. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://www.epa.gov/air-
emissions-factors-and-quantification/greenhouse-gas-emissions-estimation-
methodologies-biogenic>. Acesso em: 12 jan. 2023.

IPCC. 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 2 -
Energy - Chapter 2 - Stationary Combustion. , 2006a. Disponível em: <https://www.ipcc-
nggip.iges.or.jp/public/2006gl/vol2.html>. Acesso em: 20 maio. 2022

IPCC. 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories - Volume 5- Waste.
Japan: [s.n.]. Disponível em: <https://www.ipcc-
nggip.iges.or.jp/public/2006gl/vol5.html>. Acesso em: 23 dez. 2022b.

IPCC. 2019 Refinement to the 2006 IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas
Inventories - Volume 5 - Waste. Switzerland: [s.n.]. Disponível em: <https://www.ipcc-
nggip.iges.or.jp/public/2019rf/vol5.html>. Acesso em: 23 dez. 2022.

MCTI. QUARTO INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES E REMOÇÕES ANTRÓPICAS DE


GASES DE EFEITO ESTUFA SETOR RESÍDUOS. [s.l: s.n.].
ANEXO

Cálculo CO₂ da decomposição dos resíduos sólidos

De todo o carbono presente nos resíduos, uma fração é degradada (carbono


orgânico degradável – DOC), e parte desse DOC é decomposto (carbono orgânico
degradável decomponível – DDOC) e emitido na forma de CH4 e CO2. No cálculo das
emissões de CO2 fóssil e biogênico, foi assumido que os valores da parcela de carbono
fóssil e biogênico na composição do DOC e DDOC se mantem na mesma proporção da
parcela de carbono fóssil e biogênica do carbono dos resíduos (Tabela 3). O
esquemático deste processo de emissão pode ser visualizado na figura abaixo.

DOC DDOC
(carbono CO2
%C (carbono
fóssil orgânico orgânico
degradável) degradável
%C decomponível)
biog. Carbono não
Resíduo
degradado CH4

A quantidade de metano gerada da decomposição dos resíduos pode ser


calculada conforme equação abaixo, em que DDOCdecomp é referente à parcela do
DOC que é decomposto em biogás, F é o teor de metano desse biogás (em volume),
16/12 é o fator de conversão de C em CH4 e o termo ‘i’ representa o tipo de resíduo
analisado (IPCC, 2019).

16
𝐶𝐻4,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 = ∑ 𝐷𝐷𝑂𝐶𝑑𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝,𝑖 ∗ 𝐹 ∗
𝑖 12
Contudo, parte do metano gerado é oxidado pelas bactérias no solo, sendo
decomposto em água e CO2. Desse modo, o CH4 efetivamente emitido para a atmosfera
é corrigido pela equação abaixo, descontando a parcela do CH4 que é oxidado (OX).

𝐶𝐻4,𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 = 𝐶𝐻4,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 ∗ (1 − 𝑂𝑋)

Já o cálculo das emissões de CO2 não são diretamente expressas no guia do IPCC,
mas podem utilizar o racional de cálculo do CH4. Neste caso, o CO2 emitido para a
atmosfera pode ser estimado pela soma da parcela do carbono orgânico degradável
que não foi decomposto em CH4 com a parcela do CH4 que é oxidado no solo. A
equação que define este cálculo é expressa abaixo, em que 44/12 é o fator de
conversão de C para CO2 e 44/16 é o fator de conversão de CH4 para CO2.

44
𝐶𝑂2,𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 = ∑ 𝐷𝐷𝑂𝐶𝑑𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝,𝑖 ∗ (1 − 𝐹 ) ∗
𝑖 12
16 44
+ ∑ 𝐷𝐷𝑂𝐶𝑑𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝,𝑖 ∗ 𝐹 ∗ ∗ 𝑂𝑋 ∗
𝑖 12 16

A partir da equação acima, foi possível simplificar a equação, conforme racional


expresso abaixo.

44
𝐶𝑂2,𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 = ∑ 𝐷𝐷𝑂𝐶𝑑𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝,𝑖 ∗ ∗ [ (1 − 𝐹 ) + 𝑂𝑋 ∗ 𝐹 ]
𝑖 12
16 (1 − 𝐹 ) 12 44
= ∑ 𝐷𝐷𝑂𝐶𝑑𝑒𝑐𝑜𝑚𝑝,𝑖 ∗ 𝐹 ∗ ∗[ + 𝑂𝑋 ] ∗ ∗
𝑖 12 𝐹 16 12
(1 − 𝐹 ) 44
= 𝐶𝐻4,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 ∗ [ + 𝑂𝑋 ] ∗
𝐹 16

Desse modo, foi possível estruturar abaixo uma equação para a emissão de CO2
da decomposição dos resíduos sólidos, considerando a parcela de CO2 do biogás e o CH4
gerado da decomposição dos resíduos e que é oxidado no solo. Esta equação também é
expressa em EPA, (2010).
(1 − 𝐹 ) 44
𝐶𝑂2,𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑜 = 𝐶𝐻4,𝑔𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜 ∗ [ + 𝑂𝑋 ] ∗
𝐹 16

Para estimar a parcela do CH₄ e CO2 emitidos da decomposição do resíduo


aterrado e que é de origem fóssil, foi empregado o valor da parcela fóssil de cada tipo
de resíduo (Tabela 3). Para as emissões da queima do metano recuperado, também
foram calculadas as parcelas de emissão de CO2 fóssil, oriundo da queima de CH4 fóssil
e de CO2 biogênico oriundo da queima de CH4 biogênico.

Cálculo simplificado das emissões de efluentes domésticos

Os cálculos desta alternativa simplificada são realizados em função do número de


colaboradores da organização contemplados na geração dos efluentes domésticos. O
cálculo da carga orgânica do efluente doméstico (CO) foi realizado pela equação abaixo,
adaptada do IPCC, (2019), para estimar a Carga Orgânica do efluente doméstico na
geração, isto é, sem nenhum tipo de tratamento.

𝐶𝑂 = 𝑃 × 𝐷𝐵𝑂 × 𝑑𝑎𝑛𝑜 × ℎ𝑑𝑖𝑎 /24

Em que:
CO é a carga orgânica gerada no efluente doméstico [kgDBO]
P é o número de pessoas considerados no cálculo do efluente;
DBO é a demanda bioquímica de oxigênio por pessoa por dia em
[kgDBO/(pessoa.dia)];
dano são os dias trabalhados ou de permanência dos colaboradores na atividade
que gerou o efluente doméstico no ano inventariado;
hdia são as horas trabalhadas ou de permanência dos colaboradores na atividade
que gerou o efluente doméstico por dia;
24 é o número de horas no dia.

Para o fator DBO, a ferramenta do PBGHG utiliza o valor default para o Brasil
obtido do IPCC, (2019) de 0,05 kgDBO/(pessoa.dia).
Para o cálculo do teor de N do efluente doméstico, a ferramenta utiliza a equação
abaixo, adaptada do IPCC, (2019).

𝑁𝑒𝑓𝑙𝑢𝑒𝑛𝑡𝑒 = 𝑃 × 𝑃𝑟𝑜𝑡𝑒í𝑛𝑎 × 𝑑𝑎𝑛𝑜 × ℎ𝑑𝑖𝑎 /8760 × 0,16

Em que:
Nefluente é a massa de nitrogênio gerada no efluente doméstico [kgN]
P é o número de pessoas considerados no cálculo do efluente;
Proteína é o consumo anual de proteína por pessoa em [kg/(pessoa.ano)];
dano são os dias trabalhados ou de permanência dos colaboradores na atividade
que gerou o efluente doméstico no ano inventariado;
hdia são as horas trabalhadas ou de permanência dos colaboradores na atividade
que gerou o efluente doméstico por dia;
8760 é o número de horas totais no ano;
0,16 é o teor de nitrogênio na proteína em [kgN/kg proteína];

Para o consumo de proteína, a ferramenta de cálculo do PBGHG utiliza o valor de


31 kg proteína/(pessoa.ano) obtido do MCTI, (2020).
Em ambos os casos, a ferramenta considera a geração de carga orgânica e de
nitrogênio proporcional ao período de permanência do colaborador em cada tipo de
atividade (Fábricas, escritórios, edifícios públicos e comerciais, escolas e alojamentos).
Para alojamentos, a ferramenta considera um período de permanência diário (h dia) de
16 horas, considerando que as 8 horas diárias restantes o colaborador passa fora do
alojamento a trabalho. Para as demais ocupações, a ferramenta considera um período
de permanência (hdia) de 8 horas, que é o horário de trabalho padrão no Brasil.
Caso seja indicado que o fluído passa por tratamento, a ferramenta considera
uma remoção da carga orgânica de 40% e remoção do teor de N de 10%. Estes valores
são referenciados no IPCC, (2019) para remoções mais conservadoras que são de
tratamentos primários (planta de tratamento mecânico).

Você também pode gostar