Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
F
F
FLORIANÓPOLIS
2010
CLÁUDIO BÖING
FLORIANÓPOLIS
2010
DEDICATÓRIA
This monograph examines how the knowledge about the progressive use of force and the use
of non-lethal technologies has widespread among the military police officers that work or
execute an operational activity.
To realize this analysis was chosen one military police region, in this case the 11ª RPM,
where were chosen 45 (forty-five) police officers at random, who answered one standard
questionnaire that evaluates their knowledge and experience through questions that handle
with the use-of-force concepts and/or practices and the use of non-lethal-technologies
concepts and/or practices.
To make possible such analysis, this research began with a historical and conceptual
approach; and the legal aspects of the Military Police performance, highlighting the
preservation of the social order and the police power, in view of that, these subjects are the
base to the Military Police performance, mainly referenced to the subject of this research.
Then, we dealt specifically about the use of force, conceptualizing force, differentiating the
police actions that lawfully use the force and the violence. In addition, it presents the lawful
fundaments and the juridical orderings that guide the police actions on the practice of this
institution‟s prerogative.
Without forgetting that, in this moment we showed the many existents models around the
world, which guides the progressive use of force.
We dealt also, into a particular form about the non-lethal technologies, nowadays existents at
the Military Police of Santa Catarina, their effects and utilization ways. Finally, we examined
through graphics, created through the answers of the interviewed police officers, how are the
knowledge and experience of the military police officers in order to serve following the
precepts of the progressive use of force and the use of non-lethal technologies.
Art. Artigo
CN Cloroactofenona
CP Código Penal
CS Ortoclobenzalmalonitrila
N.º Número
OC Oleoresina de Capsaisina
1 INTRODUÇÃO ..........................................................................................................16
3.2.1.1 Código de Conduta dos Funcionários Encarregados pela aplicação da lei .........43
4.1.3.2.1 CN ....................................................................................................................74
4.1.3.2.2 CS .....................................................................................................................74
4.1.3.2.3 OC ....................................................................................................................75
7 CONCLUSÃO ..........................................................................................................106
REFERÊNCIAS ..........................................................................................................108
ANEXOS ......................................................................................................................116
1 INTRODUÇÃO
1
Localizada na cidade de São José, abrangendo as seguintes unidades operacionais: 7o BPM – São José, 16o
BPM – Palhoça, 24o BPM – Biguaçu e GESA – Guarnição Especial de Santo Amaro da Imperatriz.
18
1.1 TEMA
1.3 JUSTIFICATIVA
1.4 OBJETIVOS
A função administrativa que tem por objeto aplicar concreta, direta e imediatamente
as limitações e os condicionamentos legais ao exercício de direitos fundamentais,
compatibilizando-os com interesses públicos, também legalmente definidos, com a
finalidade de possibilitar uma convivência ordeira e valiosa (MOREIRA NETO,
2009, p. 442).
Depois desta breve contextualização da criação das polícias nos mais importantes
períodos históricos da civilização e nos Estados mais importantes para o seu
desenvolvimento, parte-se para a apresentação do surgimento das formações policiais no
Brasil.
A história das polícias no Brasil inicia-se com a vinda da Família Real
Portuguesa, fugindo da invasão de Napoleão a Portugal. “Ao chegar ao Brasil, D. João VI traz
junto consigo a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia, considerada como sendo embrião
da Polícia Militar do Rio de Janeiro, iniciando assim a história das polícias no país”
(MARCINEIRO, 2005, p. 27), sendo, então, em 10 de maio de 1808, no Rio de Janeiro,
criada a primeira instituição policial brasileira, com o nome de Intendência Geral da Polícia e
da Corte. Já, em 13 de maio de 1809, foi criada a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia
do Rio de Janeiro (COSTA, 2004, p. 86).
A primeira baseava-se no modelo francês introduzido em Portugal em 1760. Era
responsável pelas obras públicas e por garantir o abastecimento da cidade, além da segurança
pessoal e coletiva, o que incluía a ordem pública, a vigilância da população, a investigação
dos crimes e a captura dos criminosos (COSTA, 2004, p. 87).
Já a segunda era uma força policial de tempo integral, organizada militarmente e
com ampla autoridade para manter a ordem e perseguir criminosos. Foi a Guarda Real de
Polícia, formada com Oficiais e Soldados oriundos das fileiras do Exército, os quais recebiam
uma remuneração simbólica, além de alojamento e comida nos quartéis e uniforme (COSTA,
2004, p. 88).
Ocorre que, em 17 de julho de 1831, a Guarda Real de Polícia foi abolida, em
razão de sua insubordinação coletiva levada a efeito 3 dias antes, quando tomou seus
integrantes de assalto à cidade, saqueando lojas, atacando as pessoas e, segundo alguns
relatos, matando diversas pessoas, enfim, espalhando o pânico (PEDROSO, 2005, p. 77).
Como consequência da abolição da Guarda Real de Polícia, foi criada, em 18 de
agosto de 1831, a Guarda Nacional, com função genérica de defender a Constituição e a
liberdade, a independência e a integridade, o auxílio do Exército nas fronteiras da nação, além
de policiar a cidade, prestando obediência à lei, preservando ou restabelecendo a ordem e a
tranquilidade públicas (CARDOSO, 2010).
25
No mesmo sentido, Silva (1963, p.1101) entende a Ordem Pública como sendo:
Seria, então, uma situação de pacífica convivência social, o que não deve ser
entendido como ausência de conflitos, de divergências, de debates e até mesmo de
controvérsias interpessoais, e sim como uma convivência isenta de ameaça de violência ou de
sublevação que possa produzir, em curto prazo, a prática de crimes, ou seja, “é extremamente
vaga e ampla, não se tratando apenas da manutenção material da ordem na rua, mas também
da manutenção de uma certa ordem moral” (CRETELLA JÚNIOR, 1978, p. 370), “para que a
sociedade viva em harmonia e possa atingir seu objetivo principal, qual seja, o bem comum”
(MARCINEIRO, 2005, p. 40).
Por fim, destaca-se que a Ordem Pública, atualmente, apresenta-se não apenas
como um conceito, mas como uma “situação fática de respeito ao interesse da coletividade e
aos direitos individuais que o Estado assegura, pela Constituição da República e pelas leis, a
todos os membros da comunidade” (MEIRELLES apud LAZZARINI, 1987, p. 157).
Portanto, a Ordem Pública “é a situação de tranqüilidade e normalidade que o
Estado assegura – ou deve assegurar – às instituições e a todos os membros da sociedade,
consoante as normas jurídicas legalmente estabelecidas” (LAZZARINI, 1992, p. 92).
Compreendendo o seu significado, não se pode deixar de relacioná-lo a outros
conceitos não menos importantes, pois a ordem pública abarca a noção de segurança pública,
tranquilidade pública e salubridade pública, conceitos que serão explorados no próximo
subtítulo.
Por fim, a dignidade da pessoa humana, a qual surgiu como mais um elemento da
ordem pública, e por esta razão a salubridade pública deixou de ser o último elemento. Porém,
31
a dignidade, para alguns doutrinadores, é considerada como inerente aos demais elementos, e
por essa razão não é considerada isoladamente.
Independente desta discussão, o importante é salientar que “[...] a ordem pública
não pode ser concebida senão sob a medida desse conceito de dignidade [...] sempre que a
ordem pública é expressamente invocada, a dignidade da pessoa humana não está longe”
(LEBRETON apud JUSTEN FILHO, 2005, p. 388), principalmente quando se observa que
esta é prevista como um dos direitos fundamentais elencados na Constituição Federal, mais
precisamente em seu art. 1º, III (BRASIL, 1988), sendo, portanto, considerada um dos
Princípios do nosso Estado Democrático de Direito.
Por fim, trata-se da ultima das ampliações de competência das polícias militares,
que é a preservação da ordem pública, e não mais a manutenção, como era previsto
anteriormente a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, ou seja, na
Constituição de 1967, mais precisamente no parágrafo quarto do art. 13, in verbis:
Quando se fala que a competência da Polícia Militar foi ampliada com a troca da
expressão manutenção por preservação, é porque a preservação da Ordem Pública dá-se em
duas fases distintas: a primeira em situação de normalidade, ou seja, quando se atua na
manutenção da ordem existente, assegurando tal condição através de ações preventivas por
meio do exercício da polícia ostensiva, da qual já se tratou anteriormente, e se refere a um
sentido mais amplo que o policiamento ostensivo; e a segunda, em situação de anormalidade,
ou seja, na quebra da ordem pública, quando se tem o restabelecimento através de ações
repressivas enérgicas e imediatas.
Este é o entendimento de Lazzarini (1999, p. 105) ao lecionar que:
firmar-se agora com plena convicção que a polícia de preservação da ordem pública
abrange as funções de polícia preventiva e a parte da polícia judiciária denominada
de repressão imediata, pois é nela que ocorre a restauração da ordem pública [...].
Portanto, a prevenção pode ser caracterizada pela “previsão, ou seja, por medidas
que tenham como finalidade evitar a violação da ordem jurídica, da incolumidade do Estado,
das instituições e dos indivíduos; tanto pode atender a comportamentos como situações
potencialmente perigosas” (MOREIRA NETO, 2009, p. 462).
Já a repressão ou o restabelecimento caracteriza-se pela “provisão, ou seja, pela
efetivação de medidas e realização de ações que visem à cessação de comportamentos
adversativos e ao restabelecimento da normalidade de situações que põem em risco a ordem
jurídica, a incolumidade nacional e a segurança individual” (MOREIRA NETO, 2009, p.
462).
Neste sentido, pode-se afirmar que preservação é a soma da manutenção mais a
repressão ou restabelecimento, permitindo que sejam protegidos o livre exercício dos direitos
e liberdades e garantida a segurança do cidadão.
O Poder de Polícia pode ser entendido como mais uma das atribuições das
Polícias Militares, porém deve-se ter em mente que ele não é apenas uma atribuição, mas um
instrumento para ações fiscalizadoras, como se poderá verificar nos conceitos apresentados a
seguir.
Neste sentido, leciona Carvalho Filho (1999, p. 49-50):
O Estado precisa ter mecanismos próprios que lhe permitam atingir os fins que
colima, mecanismos esses inseridos no direito positivo e qualificados como
verdadeiros poderes ou prerrogativas especiais de direito público. Um desses
poderes resulta exatamente do inafastável confronto entre os interesses público e
privado, e nele há a necessidade de impor, às vezes, restrições aos direitos dos
indivíduos.
[...] Quando o poder público interfere na órbita do interesse privado para
salvaguardar interesse público, restringindo direitos individuais, atua no exercício do
poder de polícia.
33
Por fim, deve-se esclarecer que o poder de polícia, diante de sua amplitude e
complexidade, possui determinadas características, como atributos que lhe são específicos,
quais sejam: o da discricionariedade, o da autoexecutoriedade e o da coercibilidade; limites e
fases, estas podendo ser compreendidas como: ordem de polícia, consentimento de polícia,
fiscalização de polícia e sanção de polícia, conforme explica o Parecer GM-25 (BRASIL,
2001), ao tratar da atuação do Estado, sendo todos tratados a seguir individualmente.
2.2.4.1.1 Autoexecutoriedade
2.2.4.1.2 Discricionariedade
2.2.4.1.3 Coercibilidade
administrado, de vez que todo ato de polícia tem a coercibilidade estatal para efetivá-lo.
Quando este opõe resistência, admite-se, até mesmo, o emprego da força para o seu
cumprimento” (LAZZARINI, 2003, p. 269).
A ordem de polícia se contém num preceito ou, conforme Moreira Neto (2009, p.
444), “é o preceito legal básico”, que, necessariamente, nasce da lei, salvaguarda dada por
uma reserva legal, embasando-se constitucionalmente no art.5º, II, podendo ser enriquecido
discricionariamente, consoante as circunstâncias e observando os limites legais, dando inicio
ao seu ciclo de atuação (BRASIL, 2001).
Moreira Neto (2009, p. 444), novamente, contribuindo com o tema, leciona que
tal fase do Poder de Polícia pode ser dividida em duas modalidades, sendo a primeira “um
preceito negativo absoluto”, e o segundo “um preceito negativo com reserva de
consentimento”. Na primeira a Administração Pública impõe restrições aos exercícios de
determinados direitos e/ou atividades; já na segunda modalidade a Administração impõe
condicionamentos para o exercício.
Portanto, pode-se verificar que a Ordem de Polícia é um preceito para que não
faça aquilo que pode prejudicar o interesse coletivo; em essência, consiste em uma série de
limitações à propriedade e à liberdade em prol do interesse coletivo, podendo ela ser
vinculada ou discricionária (MOREIRA NETO, 1998 apud LAZZARINI, 2003, p. 54).
37
extrema cautela nesse aspecto, cuidando para não aplicar meios mais enérgicos do que o
suficiente para se alcançar o fim almejado.
Neste sentido, em caso da infração à ordem pública, “a atividade administrativa,
autoexecutória, no exercício do poder de polícia, deve se esgotar no constrangimento pessoal,
direto e imediato, na justa medida para restabelecê-la” (BRASIL, 2001).
Para Meirelles (2002, p. 133), a desproporcionalidade do ato de polícia ou seu
excesso equivale a abuso de poder e, como tal, tipifica ilegalidade nulificadora da sanção.
Enfim, o poder de polícia jamais deve ir além do necessário para satisfação do interesse
público pretendido.
Tais sanções, embora variadas nas espécies, iniciam-se pela conhecida multa e
vão aumentando, após, no rigor, como, pelo exemplo, interdição de atividade, fechamento de
estabelecimento [...] (LAZZARINI, 1999, p. 197).
Por fim, pode-se resumir a Sanção de Polícia em um ”ato unilateral, extroverso e
interventivo, que visa assegurar, por sua aplicação, a repressão da infração e a restabelecer o
atendimento ao interesse público, compelindo o infrator à prática do ato corretivo”
(MOREIRA NETO, 2009, p. 447).
Por fim, para que a polícia possa exercer seu poder, o legislador entendeu que ele
não poderia ser ilimitado, impondo barreiras ou obstáculos ao poder de polícia exercido pelos
encarregados de aplicação da lei ou por quem exerce atividades da Administração Pública.
Portanto, não é uma carta branca, que permite fazer ou deixar de fazer algo pelo seu livre
arbítrio (LAZZARINI, 2003, p. 268), isto com a finalidade de manter este poder alinhado aos
propósitos da sociedade.
Neste sentido, Cretella Júnior (2001, p. 543) ensina:
[...] não basta que a lei possibilite a ação coercitiva da autoridade para justificação
do ato de polícia. A coexistência da liberdade individual com o poder de polícia
repousa na harmonia entre a necessidade de respeitar essa liberdade e a de assegurar
a ordem social. O requisito de conveniência ou de interesse público é, assim,
pressuposto necessário à restrição dos direitos individuais.
Estes limites são impostos, principalmente, pelas Leis em vigor no país e pelos
40
Neste sentido, Gasparini leciona que há dois limites para os atos de polícia:
Neste sentido, para se utilizar da força, o policial militar deve fazê-lo através de
níveis: “é entendido desde a simples presença policial em uma intervenção até a utilização da
arma de fogo, em seu uso extremo (uso letal)” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006, p. 2).
Diante destes esclarecimentos, faz-se necessário apresentar uma discussão sobre a
correta forma de se utilizar a expressão “força”, quando relacionada à atividade estatal de
preservação da ordem pública.
Para que o Estado possa utilizar-se da força, este deve estar basilado na lei e em
princípios, sejam eles Constitucionais, legais ou mesmo Administrativos. Por esta razão,
necessário se faz apresentar, neste momento, os fundamentos legais e principiológicos
permissores do uso da força pelos agentes do Estado.
Um dos principais instrumentos para que o Estado, através dos seus agentes, possa
utilizar da força para “responder a qualquer situação que aconteça no seio da sociedade”
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006, p. 4) é o Código de conduta para encarregados da
aplicação da lei. Código adotado através da Resolução 34/169 da Assembléia Geral das
Nações Unidas, em 17 de dezembro de 1979, “instrumento internacional, com o objetivo de
orientar os Estados membros quanto à conduta dos policiais” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA,
2006, p. 6).
Esse código “busca criar padrões para que as práticas de aplicação da lei estejam
de acordo com as disposições básicas dos direitos e liberdades humanas” (MINISTÉRIO DA
44
JUSTIÇA, 2006, p. 6), elencando regras que devem ser cumpridas pelos Funcionários
Encarregados de Aplicação da Lei2.
Com relação ao assunto em pesquisa, importante se faz destacar, dentre os oito
artigos que compõem o código, o seu artigo 3º, que prevê a limitação do uso da força para os
encarregados de aplicação da lei, quando prevê que os mesmos devem empregar a força
apenas quando tal conduta se configure extremamente necessária, com a ressalva de que deve
ser na medida, ou seja, proporcional para o cumprimento da lei (ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS, 1979).
Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade3;
II - em legítima defesa4;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.
[...]
Exclusão de crime
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
2
Refere-se a todos os executores da lei, nomeados ou eleitos, que exerçam poderes de natureza policial,
especialmente o poder de efetuar detenções ou prisões. Nos países em que os poderes policiais são exercidos por
autoridades militares, uniformizadas ou não, ou por forças de segurança do Estado, a definição de encarregados
da aplicação da lei deverá incluir os agentes desses serviços (CCEAL) (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 1979).
3
Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo atual, que não
provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas
circunstâncias, não era razoável exigir-se (BRASIL, 1984).
4
Art. 25 - Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta
agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem (BRASIL, 1984).
45
Art. 284. Não será permitido o emprego de força, salvo a indispensável no caso de
resistência ou de tentativa de fuga do preso (BRASIL, 1941).
Os outros preceitos que tratam do uso da força no mesmo texto legal referem-se a
sua utilização, quando da existência, na prisão em flagrante ou no cumprimento da
determinação da autoridade competente, de resistência por parte de terceiros.
46
Art. 292. Se houver, ainda que por parte de terceiros, resistência à prisão em
flagrante ou à determinada por autoridade competente, o executor e as pessoas que o
auxiliarem poderão usar dos meios necessários para defender-se ou para vencer a
resistência, do que tudo se lavrará auto subscrito também por duas testemunhas.
Art. 293. Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou
se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem
de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas
testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso;
sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará
guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça,
arrombará as portas e efetuará a prisão.
Parágrafo único. O morador que se recusar a entregar o réu oculto em sua casa será
levado à presença da autoridade, para que se proceda contra ele como for de direito
(BRASIL, 1941).
No Código de Processo Penal Militar, destaca-se o art. 234, o qual, além de prever
em qual circunstância o uso da força é permitido, elenca modalidades específicas, que é o
caso do emprego de algemas e de armas de fogo ao regular a conduta do policial militar da
seguinte forma:
Emprego de força
Art. 234. O emprego de força só é permitido quando indispensável, no caso de
desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de
terceiros, poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para defesa do
executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará auto
subscrito pelo executor e por duas testemunhas.
Emprego de algemas
§ 1º O emprego de algemas deve ser evitado, desde que não haja perigo de fuga ou
de agressão da parte do preso, e de modo algum será permitido, nos presos a que se
refere o art. 242.
Uso de armas
§ 2º O recurso ao uso de armas só se justifica quando absolutamente necessário para
vencer a resistência ou proteger a incolumidade do executor da prisão ou a de
auxiliar seu (BRASIL, 1969).
Art. 2º. Os governos e entidades responsáveis pela aplicação da lei deverão preparar
uma série tão ampla quanto possível de meios e equipar os responsáveis pela
aplicação da lei com uma variedade de tipos de armas e munições que permitam o
uso diferenciado da força e de armas de fogo (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 1990).
Mesmo que aparentemente este Princípio não condiga com o assunto em tela, ou
seja, o uso da força, ele tem extrema importância, pois ele é um dos princípios basilares do
Estado para utilizar-se deste instrumento. Isto porque este princípio serve “até mesmo, para
sobrevivência e asseguramento „do Estado‟. É pressuposto de uma ordem social estável, em
que todos e cada um possam sentir-se garantidos e resguardados” (MELLO, 2007, p. 69).
Este princípio confere ao Estado uma posição de privilégio sobre o particular,
além de “assegurar conveniente proteção aos interesses públicos instrumentando os órgãos
que os representam para um bom, fácil, expedito e resguardado desempenho de sua missão”
(MELLO, 2007, p. 70). Ou seja, ele é, também, um dos autorizadores dos agentes do Estado
em utilizar-se da força, quando do cumprimento de sua missão, pois, agindo para que o
interesse público prevaleça sobre o privado, pode necessitar-se do uso da força, o qual, sendo
necessário, será utilizado, devendo ser de forma razoável, como se poderá ver a seguir.
seja, da medida que, em cada situação, atenda de modo perfeito à finalidade da lei.
Como se pôde observar nas palavras dos doutrinadores acima citados, toda
conduta dos agentes do Estado deve ser razoável, ou seja, não deve haver excessos, o que nos
faz pensar, através do tema em tela, que todo uso da força deve ser limitado à medida
necessária para o cumprimento da missão e aplicação da lei.
Após as fundamentações necessárias para a compreensão do uso da força pelos
agentes do Estado, no próximo subtítulo tratar-se-á sobre o uso progressivo da força.
51
Para utilizar-se da força ou do seu uso progressivo, deve o policial militar ter
diante de si quatro princípios primordiais: Legalidade, Necessidade, Proporcionalidade e
Conveniência, além de todos estarem protegidos por condutas éticas. Estes princípios serão
apresentados individualmente, a seguir, através de seus conceitos e entendimentos
doutrinários.
Bastos (1989, p. 23) traz grande colaboração sobre o assunto ensinando que o
princípio da legalidade “assegura, ao particular, a prerrogativa de repelir as injunções que lhe
sejam impostas por uma outra via que não seja a da lei”. Por essa razão, o agente do Estado só
poderá utilizar-se da força quando acobertado pela lei, pois, se não for nesta situação, o
particular persuadido poderá repelir tal força de agressão.
53
Para que o Estado, em sua atividade, atenda aos interesses da maioria, respeitando os
direitos individuais fundamentais, se faz necessário não só a existência de normas
para pautar essa atividade e que, em certos casos, nem mesmo a vontade de uma
maioria pode derrogar (Estado de Direito), como também há de reconhecer e lançar
mão de um princípio regulativo para se ponderar até que ponto se vai dar preferência
ao todo ou às partes (Princípio da Proporcionalidade), o que também não pode ir
além de um certo limite, para não retirar o mínimo necessário a uma existência
humana digna de ser chamada assim.
Restringir abusos de toda espécie. Dessa maneira, não se pode, invocando-o coibir
abusos ou excessos esgrimindo com mais abusos ou excessos. Indubitavelmente, não
se devem combater desproporcionalidades com outras maiores. Com efeito, o
princípio da proporcionalidade quer dizer finalística e essencialmente isto: temos de
fazer concordar os valores jurídicos e, quando um tiver que ponderar sobre o outro,
mister salvaguardar, ao máximo, aquele que restou relativizado.
Neste sentido, pode-se afirmar que o uso da força deve ser empregado
proporcionalmente à resistência oferecida pelo opressor, considerando os meios que o policial
dispõe. Por isso, o objetivo não é ferir ou matar, mas apenas cessar ou neutralizar uma injusta
agressão.
Sendo, então, o uso da força legal, necessário e proporcional, basta para, que este
esteja dentro dos parâmetros esperados, ser convenientes. Por esta razão, no próximo subtítulo
será tratado o Princípio da Conveniência.
Mesmo que, num caso concreto, o uso da força seja legal, necessário e
proporcional, é preciso observar se não coloca em risco outras pessoas, ou seja, se é
conveniente utilizar desse meio. Como, por exemplo, “reagir a uma agressão por armas de
fogo, se você estivesse em um local de grande movimentação de pessoas, tendo em vista o
risco que sua reação ocasionaria naquela circunstância, ainda que fosse legal, proporcional e
necessário” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006, p. 4). Neste sentido, pode-se afirmar que o
Princípio da Conveniência “diz respeito ao momento e ao local da intervenção policial”
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006, p. 4).
Portanto, para que o uso da força esteja amparado, ele deve ser legal,
proporcional, necessário e, por fim, conveniente, mas lembrando sempre que, deve ser
pautado em ações éticas. Por este motivo, tratar-se-á deste instituto no próximo subtítulo.
3.3.2.5 Ética
A ética pode ser considerada, também, um dos princípios para o uso da força e
pode ser entendida como “o conjunto de princípios morais ou valores que governam a conduta
de um indivíduo ou de membros de uma mesma instituição” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA,
2006, p. 2).
Para Rosa (2010, p. 7), a ética “trata do que é certo e errado e o que é dever e
obrigação moral”.
56
5
É um esquema que contém linhas gerais sobre determinado assunto, sobre determinadas ações, sobre
determinados procedimentos… e que pode, quando utilizado, orientar a execução de algo (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2006, p. 1).
57
O Modelo Canadense, que pelo próprio nome deixa claro sua origem, é composto
por círculos sobrepostos e subdivididos em níveis diferentes, sendo o circulo interno
correspondente ao comportamento do sujeito, e o círculo externo, à ação de resposta do
policial.
Analisando mais especificamente cada um dos círculos, pode-se afirmar que, no
círculo interno, existem cinco subdivisões; para cada situação, uma ação do suspeito. Neste
círculo é utilizada uma graduação de tonalidades, que vai da cor branca para a ação de menor
ameaça do suspeito, até a cor preta, para a ação de maior ameaça.
Já o círculo externo refere-se à ação de resposta do policial, que está graduada em
sete níveis diferentes. Em cada nível, existe uma interação com o outro através da mudança de
cores. Esclarece-se que a mudança não é estanque, ou seja, ao terminar um nível de força,
haverá outros ainda disponíveis a serem aplicados na situação. Por fim, esclarece-se que são
usadas sete cores para cada uma das graduações de força ou níveis de uso da força
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2006).
Destaca-se que é um modelo “muito prático, de fácil entendimento e memorização
por parte do policial. Pode ser facilmente adaptado pela Polícia Brasileira” (MINISTÉRIO
DA JUSTIÇA, 2006, p. 6).
61
No capítulo anterior, ao tratar sobre o uso da força, falou-se sobre os seus níveis,
porém nada mais foi falado sobre ele. Isso porque é neste momento que será necessário
conhecer os seis níveis, que podem ser assim elencados: nível 1 – presença física; nível 2 –
verbalização; nível 3 – controles de contato ou controle de mãos livres; nível 4 – técnicas de
submissão (controle físico); nível 5 – táticas defensivas não-letais; e nível 6 – força letal.
Destes destaca-se o quinto nível, que trata do uso de tecnologias não-letais, objeto de estudo
deste capítulo.
JUSTIÇA, 2007, p. 4). Dentro deste conceito estão englobados diversos outros, tais como:
técnicas não-letais, armas não-letais e munições não-letais.
As técnicas não-letais são “o conjunto de métodos utilizados para resolver
determinado litígio ou realizar uma diligência policial, de modo a preservar as vidas das
pessoas envolvidas na situação” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 4).
Tratando sobre o mesmo objeto, a Polícia Militar de São Paulo, ao pesquisar sobre
o assunto, produziu o seguinte entendimento: “é toda ação coroada de êxito, onde o Policial
Militar atua em uma ocorrência policial que, dependendo do desfecho, faça correto emprego
dos meios auxiliares para contenção da ação ilícita, somente utilizando a arma de fogo após
esgotarem tais recursos” (PMSP apud MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007).
As armas não-letais, também, possuem sua conceituação, podendo ser entendidas,
conforme Alexander (2003, p. 19), como “as projetadas e empregadas especificamente para
incapacitar pessoal ou material, minimizando mortes, ferimentos permanentes no pessoal,
danos indesejáveis à propriedade e comprometimento do meio ambiente”.
As munições não-letais “são as munições desenvolvidas com o objetivo de causar
a redução da capacidade operativa e/ou combativa do agressor ou oponente. Podem ser
empregadas em armas convencionais ou específicas para atuações não-letais” (MINISTÉRIO
DA JUSTIÇA, 2007, p. 4).
E, por fim, os equipamentos não-letais “são todos os artefatos, inclusive os não
classificados como armas, desenvolvidos com finalidade de preservar vidas, durante atuação
policial ou militar, inclusive os Equipamentos de Proteção individual” (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2007, p. 5).
As tecnolologias não-letais, conforme verificou-se, estão divididas da forma com
que são caracterizadas. Por esta razão, elaborou-se a representação que segue, a qual servirá
de base para a sequência da pesquisa, tendo em vista que, nos próximos subtítulos, cada um
dos assuntos serão tratados individulamente, respeitando sua posição no organograma.
67
Tecnologias Não-Letais
Perneiras Explosivas
Granadas Emissão
Luvas e Balaclavas
Elastômeros
68
4.1.1.2 Capacetes
4.1.1.5 Perneiras
Além dos equipamentos de proteção individual, há, também, aqueles que servem
de proteção à coletividade de policiais, ou seja, que se prestam a defender um conjunto. Como
exemplo, citam-se os Escudos, os quais serão tratados em seguida.
72
4.1.2.1 Escudos
O bastão deve ser adequado ao biotipo do policial e à habilidade no uso daquele tipo
específico de equipamento;
O bastão deve permitir um acondicionamento adequado junto ao corpo do policial,
permitindo-lhe manter as mãos livres;
O bastão deve ser produzido com material adequado e resistente (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2007, p. 13).
Neste subtítulo, serão tratados os agentes químicos utilizados pela polícia Militar
de Santa Catarina em suas diversas tecnologias não-letais, tais como munições lacrimogêneas,
espargidores e granadas.
Antes de tratar-se especificamente sobre os agentes químicos, importante destacar
as palavras de Alexander (2003, p. 98), o qual afirma que “o emprego policial de agentes
químicos contra seres humanos compreende dispersar multidões, dominar um criminoso
suspeito e isolar uma área. Em todos os casos, é necessário que todas as providências sejam
tomadas, para garantir a recuperação da pessoa atacada”. Portanto, antes de utilizar o agente
químico, o policial deve estar ciente da sua verdadeira utilização.
Conforme Rosa (2009, p. 42), os agentes químicos são “empregados em instrução
de tropa como simulador de gases de guerra e no controle de distúrbios civis e motins. São
[...] mais usados no serviço policial militar, devido sua eficiência”.
Os agentes químicos são “classificados taticamente como inquietante, tendo como
objetivo quebrar a resistência do oponente, diminuindo sua capacidade combativa” (ROSA,
2009, p. 42).
4.1.3.2.1 CN
O agente químico CN, também conhecido como Cloro Aceto Fenona, é um “gás
com cheiro adocicado, comparado a botões de macieira; tem como princípio ativo o cloro; age
nas vias aéreas superiores, traqueias, brônquios, pulmões, além da pele úmida, é pouco
solúvel em água e causa hipersensibilidade nos brônquios” (ROSA, 2009).
O CN pode ser muito prejudicial à saúde e à vida humana, tendo em vista suas
características. Isso fez com que o seu uso, que até anos atrás era comum, acabou se
restringindo, devido “a vários históricos de acidentes, inclusive fatais” (MACHADO, 2010, p.
297), pois o “tampamento que o agente químico produz não deixando efetuar a troca gasosa
de O por CO, causando por fim edema pulmonar” (ROSA, 2009, p. 43), é extremamente
danoso aos alvéolos pulmonares.
75
Além desta ação fisiológica, o CN ainda pode causar “dor e irritação intensa,
espasmo das pálpebras e provocando abundante lacrimejamento, além do poderoso efeito
lacrimogêneo” (ROSA, 2009, p. 43).
4.1.3.2.2 CS
4.1.3.2.3 OC
solanáceas (pimenta malagueta), possui como princípio ativo a capsaicina, causadora da forte
irritação produzida pelo gás pimenta.
No composto existe ainda um segundo princípio ativo, “a dihidrocapsaicina,
juntos os dois princípios formam 80 a 90% das substâncias do OC”. Ele “é insolúvel em água
fria e parcialmente solúvel em água morna, e solúvel em álcool, éter, benzeno e clorofórmio”
(ROSA, 2009, p. 44).
O OC “é classificado como um agente natural, irritante, que causa grande
desconforto devido à dificuldade de respiração, impossibilidade de abertura dos olhos e
sensação de forte ardência nas áreas afetadas” (MACHADO, 2010, p. 298).
O gás não possui efeito tóxico ou colateral adverso, quando utilizado
corretamente, porém possui como principais efeitos fisiológicos: “ardor, lacrimejamento,
contração involuntária das pálpebras, tosses e espirros, rinorreia, efeitos dermatológicos, eritema
(podendo evoluir para queimadura de 1º e 2º graus), sensação de queimadura com dores que irradiam
para o braço e dermatite (inflamação da pele) (ROSA, 2009, p. 45).
Após o entendimento sobre os agentes químicos, neste momento necessário se faz
apresentar um dos meios que comumente é utilizado para dispersão destes agentes.
Voltando aos espargidores, eles “podem ser usados por encarregados de aplicação
de lei para defesa pessoal, nos casos de agressão à sua incolumidade física ou para atingir um
objetivo, dentro do amparo legal, que justifique o seu emprego” (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2007, p. 14).
No mesmo sentido leciona Rosa (2009) ao afirmar que eles foram desenvolvidos
“para a autodefesa e controle de pequenos distúrbios, mas podem ser utilizados em ações
policiais para conter pessoas em desvio de comportamento momentâneo e em criminosos
confinados em recintos fechados, exceto para ocorrências onde há envolvimento de reféns”.
A espingarda calibre 12 foi concebida inicialmente como uma arma letal, porém
“é essencial como arma não-letal, devido à grande quantidade de munições não-letais
desenvolvidas nesse calibre” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 16).
Para a espingarda calibre 12, há uma ressalva, quando de sua utilização, pois se
deve “evitar o lançamento de munições detonantes nessa arma devido ao risco de detonação
das mesmas no interior do cano, o que pode causar danos à arma ou lesões ao atirador”
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 16).
78
4.1.3.4 Granadas
Mesmo havendo doutrinadores como Rosa (2009), que ao tratar do assunto refere-
se às granadas como estando no mesmo âmbito das munições, nesta pesquisa preferiu-se
entender as granadas como armas de arremesso simples, diferentes das espingardas,
lançadores e projetores, os quais são considerados armas de arremesso complexas, conforme
Rabello (1982).
Neste diapasão, a pesquisa resolveu separar as granadas das munições, tendo em
vista, suas peculiaridades e características. Desta forma, tratar-se-ão neste momento das
granadas explosivas, de emissão e as granadas de impacto controlado.
A granada explosiva, em geral, pode ser dividida quanto suas partes em:
Acionador EOT (espoleta de ogiva de tempo): Capacete (argola, grampo de segurança,
percussor, espoleta, coluna de retardo e alça da EOT);
Tampa;
Corpo (PVC rígido ou flexível);
Carga de Depotagem (pólvora negra);
Retardo da Carga de Explosiva (pólvora branca em ogiva plástica);
Carga Inócua ou Agente Químico (conforme a granada) (Rosa, 2009).
Este tipo de granada possui grande efeito atordoante “provocado pela detonação
da carga explosiva, associado ao efeito do agente lacrimogêneo ou mesmo de uma nuvem de
fumaça inócua, criando condições favoráveis para uma rápida intervenção, sem causar
ferimentos letais” (CONDOR, 2010). Deve ser “lançada para explodir a uma distância
mínima de 10m dos cidadãos infratores, pois a distâncias menores existe a possibilidade de
projeção de partículas irregulares, oriundas da fragmentação do corpo plástico da granada”
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 27).
Destaca-se, nesta granada, a existência do duplo estágio de acionamento, o qual
“faz com que o corpo rígido do acionador seja ejetado antes da explosão da granada”
(CONDOR, 2010).
Uma das tecnologias mais comumente utilizadas pelos policiais militares que
atuam na atividade operacional são as munições não-letais, as quais mesmo aparentemente
populares no meio policial são de grande custo para a corporação.
Além disso, as munições não-letais não são resumidas apenas nas tradicionais
munições de borracha, por esta razão esta pesquisa preocupou-se em apresentar as suas
diversas espécies, as quais serão tratadas neste subtítulo.
4.1.4.1.1 Elastômero
Do material elastômero, que nada mais são do que formas de borracha, são
fabricadas munições e granadas, estas tratadas no subtítulo sobre granadas. Já as munições
podem ser divididas em dois diferentes calibres, no calibre 12 e no calibre 38,1mm, os quais
serão objeto a seguir desta pesquisa.
Assim como o calibre 12, o calibre 38,1mm possui variáveis em suas espécies,
podendo conter em seu interior três ou doze projéteis arredondados de borracha macia.
A munição consiste resumidamente “num corpo cilíndrico de metal leve que pode
ser disparado contra uma ou mais pessoas, com a finalidade de deter ou dispersar pessoas, em
alternativa ao uso de munições convencionais” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 23).
84
Assim como os projéteis de calibre 12, o projétil de 38,1mm “possui alto poder de
intimidação psicológica, podendo provocar hematomas e fortes dores. Deve ser disparado
apontando-se para os membros inferiores da pessoa ou grupo de pessoas” (MINISTÉRIO DA
JUSTIÇA, 2007, p. 23).
A munição de jato direto “pode ser usada com projetores ou com espingardas de
repetição calibre 12. Porém, tem funções semelhantes aos espargidores, o que torna
desinteressante seu uso, deixando estes equipamentos livres para uso de outros tipos de
munição” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 18). Há também no calibre 38,1mm, o qual
necessita de lançadores de munição não-letal, e pode ser composta por substância
lacrimogênea e pimenta.
Esta munição “destina-se a ser lançada a curtas distâncias das pessoas, a um
ângulo tal que permita que a carga química se disperse pouco acima da cabeça do elemento
agressor, com uma distância mínima de disparo de 3m” (MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007,
p. 17).
“O tiro não deve ser feito contra o rosto do cidadão infrator, pois a ação mecânica
da carga lacrimogênea contra os olhos ou contra as mucosas da região pode provocar
ferimentos graves e irreversíveis” (SENASP, 2007, p. 18).
Neste sentido, a Condor (2006, p. 26) afirma que a “arma deve ser apontada a um
ângulo tal que permita que a carga lacrimogênea se disperse pouco acima da cabeça do
agressor, e não atirar contra o rosto do agressor, respeitar uma distância mínima de 3 (três)
metros, e evitar o disparo contra o vento”.
Por fim, deve-se esclarecer que, quando da utilização deste tipo de munição, a
“percussão da espoleta transmite chama à carga de projeção que provoca a ejeção da carga
lacrimogênea, formando-se uma nuvem de cristais de CS (ortoclorobenzalmalononitrilo)”
(CONDOR, 2006, p. 27).
Após esta explanação sobre os elementos componentes dos agentes químicos e
das munições jato direto, que se utilizam destas substâncias em sua composição, no próximo
subtítulo serão tratadas especificamente sobre as munições de impacto controlado.
85
4.1.5.1 Taser M 26
os aparelhos de choque elétrico causam uma dor que é transmitida dos nervos espalhados pelo
corpo ao cérebro, o Taser também causa interrupção dos comandos enviados do cérebro aos
músculos, causando desordem muscular na pessoa atingida”.
Por essa razão, o Taser “não é uma arma de submissão pela dor. Em vez disso,
emprega a tecnologia do descontrole eletro-muscular” (ALEXANDER, 2005, p. 39).
O Taser, como informado anteriormente, possui como acessório padrão uma mira
laser, que é extremamente importante na sua utilização, porque, “aumenta,
consideravelmente, a possibilidade de o policial acertar o alvo e, por si só, é um fator de
imposição de respeito à autoridade, afinal, basta posicionar o ponto luminoso sobre o corpo
do suspeito e dar-lhe “voz de prisão” para que este se sinta inibido em esboçar reação”.
(MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, 2007, p. 30).
De uso desta arma, um policial “pode, rapidamente e com segurança, incapacitar
um indivíduo agressivo” (ALEXANDER, 2003, p. 98).
Por fim, é importante ressaltar que o Taser possui diversos modelos, sendo que a
Polícia Militar de Santa Catarina atualmente utiliza-se do M-26, o qual possui vinte e seis
watts de potência, pesa, aproximadamente, meio quilo e tem como fonte de energia oito pilhas
comuns do tipo AA, as quais ficam alocadas no punho da arma (ALEXANDER, 2005, p. 39).
5 A ATUAÇÃO POLICIAL MILITAR SEGUNDO OS PRECEITOS DO USO
PROGRESSIVO DA FORÇA E O EMPREGO DAS TECNOLOGIAS NÃO-LETAIS
Neste último capítulo foi dado o mesmo título que o da pesquisa, pois é neste
momento, após todo o embasamento teórico apresentado nos capítulos anteriores, que serão
analisados dados e informações que permitam verificar como se desenvolve a atuação policial
militar segundo os preceitos do uso progressivo da força e das tecnologias não-letais.
Para esta análise, utilizou-se como instrumento de pesquisa um questionário
aplicado ao efetivo das unidades operacionais da 11ª Região de Polícia Militar, com a
intenção de verificar e/ou medir o grau de conhecimento, utilização e intimidade dos policiais
militares com o uso progressivo da força e o emprego das tecnologias não-letais utilizadas
pela corporação no atendimento de ocorrências policiais. O questionário foi aplicado a um
total de 45 (quarenta e cinco) policiais militares escolhidos aleatoriamente, dentre aqueles que
trabalham na atividade operacional, buscando relacionar os dados obtidos, ou seja, o grau de
conhecimento com o período de atividade policial militar e a função que realiza.
O questionário que foi aplicado divide-se em três grandes blocos: o primeiro
busca informações sobre a carreira do policial, a função que exerce atualmente e sobre sua
formação na área operacional; o segundo busca medir o seu conhecimento quanto ao uso da
força e seu escalonamento; e o terceiro busca verificar se o policial está habituado a algumas
nomenclaturas e normas de emprego de tecnologias não-letais.
Neste subtítulo, serão apresentados dois gráficos, tendo em vista que a pergunta
feita aos policias militares, neste momento, necessitava de duas respostas dependendo do
resultado da primeira pergunta.
Primeiro foram questionados os policiais militares sobre o lapso temporal do
último curso/estágio e/ou treinamento na área operacional que o mesmo participou. Nesta
pergunta, foi obtido o seguinte resultado:
Técnicas de Polícia Ostensiva que a Polícia Militar de Santa Catarina adota como padrão,
quando o assunto é escalonamento do uso da força ou uso progressivo da força.
Nesta pergunta, elencaram-se os diversos modelos apresentados pelo Curso de
Uso Progressivo da Força disponibilizado no módulo a distância pela SENASP, obtendo-se as
seguintes respostas:
Gráfico 6: Conhecimento sobre o modelo de uso progressivo da força utilizado pela PMSC.
5.3.1 Generalidades
Gráfico 10: Distância mínima para aplicação de agentes químicos por espargidor.
O resultado, pode-se dizer, foi positivo, tendo em vista que mais de 50% dos
policiais assinalou a resposta certa, ou seja, 1 (um) metro de distância, e quase 25% assinalou
2 (dois) metros, o que pode ainda ser considerado, tendo em vista a proximidade com a
resposta correta; porém, os demais 25% é que acabam sendo um índice preocupante, já que,
pela distância que entendem ser a correta, podem não ter os efeitos esperados.
Em seguida, questionou-se o efetivo sobre o tempo de execução do jato suficiente
para incapacitar o alvo, com a intenção de verificar o tempo de uso do agente químico, como
forma de analisar se está havendo, por parte do efetivo, o mau uso, seja com desperdício de
material ou mesmo o uso deficiente. Nesta questão, foi possível construir o seguinte gráfico:
98
O resultado obtido acabou por vir a confirmar o que se pretendia verificar, ou seja,
que o efetivo está utilizando-se de forma desnecessária desta tecnologia não-letal, aplicando
demasiadamente o agente químico, tendo em vista que mais da metade do efetivo pesquisado
acabou por entender que o seu jato deve ser superior a 1 (um) segundo, o que vai de encontro
ao que prescreve o manual do fabricante.
Após esta análise dos agentes químicos, no próximo subtítulo, será analisada a
utilização das granadas pelos policiais militares.
5.3.3 Granadas
Gráfico 15: Área do corpo a ser atingida por uma Munição de Impacto Controlado.
Como se pode observar, a maioria do efetivo acertou a área a ser atingida, ou seja,
os membros inferiores, porém chama a atenção para respostas como membros superiores e
para o baixo ventre, este, no caso, completamente proibido pelo fabricante deste tipo de
tecnologia não-letal.
Na sequência, foram feitas duas perguntas numa mesma questão, com o objetivo
de verificar se o efetivo conhecia a nomenclatura das munições de impacto controlado e qual
a situação em que deveria ser utilizada cada uma. Na primeira pergunta, queria-se saber qual a
munição cal. 12 a ser utilizada quando se deseja fazer um tiro seletivo, ou seja, quando se
quer acertar um determinado alvo. Neste caso, foi possível construir o seguinte gráfico:
102
Neste caso, o resultado acaba sendo um pouco mais satisfatório, pois se pretendia
que o efetivo realmente assinalasse a munição AM-403-A, a qual é composta por três esferas
de borracha, e serve para dispersar grandes públicos, pois, ao ser efetuado um disparo, ela
acaba atingindo mais de um alvo ao mesmo tempo, o que faz a turba se dispersar.
6 METODOLOGIA
Com referência aos objetivos propostos, a pesquisa será exploratória, isso porque:
[...] estas pesquisas têm como objetivo proporcionar maior familiaridade com o
problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se
dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de idéias ou
a descoberta de intuições. Seu planejamento é, portanto, bastante flexível, de modo
que possibilite a consideração dos mais variados aspectos relativos ao fato estudado
(GIL, 2002, p. 45).
BERVIAN, 1996, p. 46), será utilizada a bibliográfica, pois deseja-se “[...] explicar um
problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos”; “[...] busca conhecer e
analisar as contribuições culturais ou científicas do passado existentes sobre um determinado
assunto, tema ou problema” (CERVO; BERVIAN, 1996, p. 65).
E, em relação à abordagem, a pesquisa será qualificativa, pois “[...] considera que
há uma relação dinâmica entre o real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o
mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números.”
(SILVA, 2001, p. 20).
7 CONCLUSÃO
como Taser, assim como o investimento em formação, como a disponibilidade dos cursos de
habilitação do próprio Taser e do uso progressivo da força e tecnologias não-letais para o
efetivo das diversas organizações policiais militares, há um grande desconhecimento dos
princípios destes instrumentos pelos policiais militares.
Esta conclusão foi possível após constatar-se, pelas respostas fornecidas ao
questionário, que um grande número de policiais militares ainda não possui um conhecimento
que se possa afirmar ser razoável para uma aplicação eficiente dos preceitos do uso da força e
do emprego das tecnologias não-letais. Isso é preocupante, pois qualquer uso de forma
incorreta ou que não siga os preceitos determinados poderá acarretar danos, tanto a pessoas
inocentes, como à imagem da corporação, além de possíveis procedimentos administrativos e
judiciais em desfavor do policial militar.
REFERÊNCIAS
ALEXANDER, John B. Armas não-letais: alternativas para os conflitos do século XXI. Rio
de Janeiro: Condor, 2003.
AMARAL, Luiz Otávio de. O poder de polícia. Revista Jurídica Consulex, Rio de Janeiro,
n. 110, ago. 2001.
_______. Decreto Federal n.º 3.689, de 03 de outubro de 1941. Dispõe sobre o Código de
Processo Penal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 25 abr.2010.
______. Decreto Federal n.º 667, de 02 de julho de 1969. Reorganiza as Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em:
25 abr.2010.
_______. Decreto Federal n.º 1.002, de 21 de outubro de 1969. Dispõe sobre o Código de
Processo Penal Militar. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 25
abr.2010.
_______. Lei n.º 5.172, de 25 de outubro de 1966. Dispõe sobre o Sistema Tributário
Nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 25 abr.2010.
CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. 4.ed. São Paulo: Saraiva, 2002. v.1.
______, Fernando. Curso de Direito Penal: parte geral. São Paulo: Saraiva, 2008.v.1.
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Direito Administrativo. 4. ed. Rio de Janeiro:
Editora Lúmem Júris, 1999.
110
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica. 4. ed. São Paulo:
Makron Books, 1996.
COSTA, Arthur Trindade Maranhão. Entre a lei e a ordem: violência e reforma nas polícias
do Rio de Janeiro e Nova York. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 15.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
111
GOMES FILHO, Manoel. Fatores preditores do uso da força por policiais militares
durante a interação com cidadãos em abordagens e detenções. Florianópolis, 2006.
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Saraiva, 2005.
_______. Estudos de Direito Administrativos. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1995.
_______. Estudos de Direito Administrativo. 2 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
_______. Estudos de Direito Administrativo. 5 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
_______. Temas de Direito administrativo. 2.ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
LIMA, João Cavalim de. Atividade policial e confronto armado. Curitiba: Juruá, 2006.
MARTINS, João Mário. Instituição policial militar e segurança pública: análise à luz da
política jurídica. 2008. 138 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Jurídica) – Universidade do
Vale do Itajaí, Itajaí, 2008.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. 14. ed. São Paulo: Malheiros,
1990.
_______. Direito Administrativo Brasileiro. 25. ed. São Paulo: Malheiros, 2000.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 22. ed. São Paulo:
Malheiros, 2007.
MIRABETE, Julio Fabbrini. Direito Penal: parte geral. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2001. v.1.
_______. Manual de Direito Penal: parte geral. 18. ed. São Paulo: Atlas, 2002. v. 1.
_______. Curso de Direito Administrativo. 15. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009.
_______. Princípios Básicos sobre o uso da força e armas de fogo pelos funcionários
responsáveis pela aplicação da Lei. Nova York. [s.n.], 1990.
PEDROSO, Regina Célia. Estado autoritário e ideologia policial. São Paulo: Fapesp, 2005.
PEREIRA, Augusto Heleno Ribeiro. A alternativa das armas não-letais. O globo, Rio de
Janeiro, 18 jan.2007. Opinião, p. 7.
PESSOA, Mário. O direito da segurança nacional. São Paulo: Biblioteca do Exército; RT,
1971.
ROSA, José Aurélio Pelozato da. Apostila de Policiamento Ostensivo. Florianópolis. [s.n.],
2010.
SILVA, Jorge da. Violência Urbana e suas Vítimas. Caderno de Polícia nº 20. Polícia,
Violência e Direitos Humanos. Rio de Janeiro: Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro,
1994.
115
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 20.ed. São Paulo:
Malheiros, 2001.
I – INFORMAÇÕES GERAIS
3 – Há quanto tempo foi seu último curso e/ou estágio e/ou treinamento realizado na área
operacional (exceto revitalização)?
( ) Até 1 ano ( ) Entre 2 e 5 anos ( ) Entre 5 e 10 anos( ) Mais de 10 anos ( ) Nunca fez
Se você fez, qual foi?
( ) Táticas ( ) COESP ( ) Uso progressivo da força e Tecnologias não-letais
( ) TASER ( ) Outros __________________
2 – Dos modelos existentes para o uso progressivo da força abaixo listados, você sabe qual
deles é aplicado na polícia militar de Santa Catarina, conforme Manual de Técnicas Policiais?
( ) Fletc ( ) Giliespie ( ) Remsberg ( ) Canadense
( ) Nashville ( ) Phoenix ( ) Básico (SENASP)
117
3 – Das fases do escalonamento ou do uso progressivo da força utilizadas pelo policial militar,
você poderia enumerá-las?
( ) Tecnologias não-letais ( ) Controle de Contato
( ) Controle Físico ( ) Presença Policial
( ) Verbalização ( ) Força Letal
4 – Com referência ao uso progressivo da força, você poderia descrever alguma experiência
em que o conhecimento dos seus conceitos o ajudou a resolver uma ocorrência de forma mais
pacífica ou menos traumática?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
1 – Qual (is) a(s) Tecnologia(s) Não-Letais você normalmente usa em seu serviço
operacional?
( ) Tonfa ( ) Munição de impacto controlado ( ) Capacete
( ) Granadas ( ) Coletes balísticos ( ) Máscara contra gases
( ) Extintor de incêndio ( ) Perneiras ( ) Balaclavas
( ) Luvas ( ) Espargidor de agente químico ( ) Taser
( ) Lançador de Munições ( ) Projetor ( ) Munições explosivas
( ) Munição de emissão ( ) Munição de jato direto ( ) Escudo
2 – O Taser é uma das mais novas tecnologias não-letais existentes no mercado. Você possui
habilitação neste equipamento? ( ) Sim ( ) Não
Mesmo se você não possui habilitação, você acha um meio seguro e confiável para se aplicar
em um agente? ( ) Sim ( ) Não Por quê?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
IV – AGENTE QUÍMICO
1 – Você, ao aplicar o gás de pimenta, pode acabar atingindo um de seus colegas ou o vento
pode estar num sentido contrário e atingi-lo. Para reduzir os efeitos do gás, você indicaria
tomar quais atitudes?
( ) Esfregar bem as mãos nos olhos para que o agente possa sair mais rapidamente;
( ) Ficar abrindo e fechando os olhos constantemente com a intenção de aumentar o
lacrimejamento;
( ) Jogar água em abundância logo após o fato, se possível com sabão neutro;
( ) Tentar manter sempre os olhos abertos, pois isso possibilitará que permaneça enxergando;
( ) Ficar contra o vento com a intenção de maior ventilação;
V - GRANADAS
1 – Qual a diferença entre granadas outdoor e indoor, além do ambiente a ser utilizada?
( ) Apenas o tamanho ( ) Material de produção ( ) Elementos químicos
( ) As cores ( ) Tamanho e tempo de retardo ( ) Não há ou não sabem
2 – A que distância mínima dos infratores deve ser lançada uma granada de explosão
outdoor?
( ) 5 metros ( ) 10 metros ( ) 15 metros ( ) 20 metros
1 – De posse de uma espingarda calibre 12 com munições de borracha, estando numa situação
que necessita de sua utilização, conforme as técnicas preveem, você utilizaria a qual distância
do agente?
( ) Até 5 metros ( ) Entre 5 e 10 metros ( ) Entre 10 e 15 metros ( ) Mais de 20 metros
2 – Em qual a área do corpo deve ser efetuado um disparo com munições de borracha?
( ) Cabeça ( ) Membros Superiores
( ) Baixo ventre ( ) Membros Inferiores
3 – Você necessita realizar um tiro seletivo (acertar um determinado alvo). Qual a munição
cal 12 de borracha você utilizaria?
( ) AM-403 (balote) ( ) AM-403-A (três esferas) ( ) AM-403-P
E para o controle de uma grande turba, que a sua intenção é apenas dispersar o mais rápido
possível?
( ) AM-403 (balote) ( ) AM-403-A (três esferas) ( ) AM-403-P