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EXERCÍCIOS

CONTEMPORÂNEA IV
Professor Admilson Costa
Então, a era moderna é uma era obtusa de carnificina, guerra e
opressão, tipificada pelas trincheiras da Primeira Guerra Mundial, pela
nuvem de fumaça nuclear sobre Hiroshima e pelas manias sangrentas de
Hitler ou de Stalin? Ou é uma era de paz, simbolizada pelas trincheiras
nunca cavadas na América do Sul, as nuvens de cogumelo que nunca
apareceram sobre Moscou e Nova York e as visões serenas de Mahatma
Gandhi e Martin Luther King? Para satisfazer otimistas e pessimistas,
podemos concluir dizendo que estamos no limiar do céu e do inferno,
movendo-nos nervosamente dos portões de um para a antessala do outro.
(HARARI, Yuval Noah. Sapiens – Uma breve história da humanidade. Trad.
Janaína Marcoantonio. 38. ed. Porto Alegre: L&PM, 2018, p. 385)
Questão 01)
Mahatma Gandhi é um símbolo

a) de luta pela independência da Índia, por meio de ações não violentas e uma grande campanha que
clamava pela saída dos ingleses do território indiano.
b) da resistência não violenta contra a intolerância religiosa exercida pelos muçulmanos aos hindus, no
contexto de disputas entre esses dois grupos na Índia, após a independência.
c) da estratégia de desobediência civil, durante a II Guerra Mundial, quando milhares de indianos foram
recrutados à força pelo Exército Britânico, e, em protesto, suas famílias fizeram greve de fome.
d) da mobilização popular armada contra o colonialismo inglês, por meio de alianças com os japoneses,
que passaram a apoiar a independência na Índia ao se tornarem inimigos da Inglaterra.
e) do uso das mídias para a divulgação de uma causa, uma vez que os discursos de Gandhi ganharam
repercussão mundial ao denunciarem injustiças como o sistema de castas e o domínio inglês na Índia.
Questão 02)
O processo de descolonização afro-asiático foi embalado pela ação de vários fatores conjuntos como a proclamação da
autodeterminação dos povos, o apoio da ONU, a decadência dos impérios coloniais com a guerras mundiais. Além disso, com
a expansão da Guerra Fria, os Estados Unidos e União Soviética apoiavam os movimentos de emancipação em troca da
adoção de suas ideologias. Nesse processo, intensificado com o término da Segunda Guerra verificou-se que

a) as independências da Argélia e Angola podem sem vistas como exemplos em que o processo de emancipação ocorreu por
vias legais, e a transição para o governo local foi pacífica.
b) a Revolução dos Cravos apressou o processo de independência das colônias portuguesas, que foram beneficiadas pela
queda do salazarismo.
c) a Indochina, anteriormente, colonizada pela Inglaterra, libertou-se do jugo imperialista europeu, adotando, após a
independência, um modelo político-econômico capitalista.
d) a China, dominada por várias potências estrangeiras desde o século XIX, proclamou sua independência na primeira década
do século XX, mantendo a monarquia parlamentarista.
e) o Sudeste da Ásia, apesar da diversidade étnica, manteve a unidade territorial após a independência, graças às pregações
de Mahatma Gandhi.
Questão 03)
DESCOLONIZAÇÃO NA ÁFRICA

Adaptado de skocky-alcyone.blogspot.com, 06/07/2011.


De acordo com o mapa, a maior concentração de processos
de descolonização na África, em determinados períodos,
está relacionada à seguinte conjuntura histórica:

a) hegemonia das políticas norte americanas


b) bipolaridade das relações internacionais
c) globalização das economias regionais
d) crise das metrópoles europeias
Questão 04)
Em 2018, o líder sul-africano Nelson Mandela completaria cem anos, e o regime oficial do Apartheid
completaria sessenta. Acerca desse regime nefasto, que levou Mandela a permanecer por 27 anos na
prisão, assinale a alternativa correta:

a) O regime do Apartheid era uma política estatal assistencialista, próxima ao modelo do Bolsa-Família,
que, ao distribuir renda ao povo negro, aumentou a vadiagem, o vício e a corrupção na África;
b) O regime do Apartheid era um elaborado sistema jurídico que instituía limites à habitação, ao
emprego e à educação, especialmente de negros e negras;
c) O regime do Apartheid visava principalmente “apartar” o povo pobre e doente da classe rica, em sua
maioria branca, que investiu na África do Sul e tornou-a um dos países mais ricos do continente;
d) O regime do Apartheid foi instituído durante a colonização britânica, para que os negros, dominados,
não se revoltassem. Ele foi extinto quando a independência da África do Sul foi consolidada.
Questão 05)

Os anos de 1945 a 1960 foram marcados pela explosão do sentimento nacional nas dezenas de
países da Ásia, da África e do Oriente Médio. É na modificação das relações de força no seio de
cada colônia ou em cada grupo de colônias que se devem procurar as causas do enfraquecimento
do velho sistema de dominação. Nenhum movimento de libertação nacional podia esperar a
vitória se não contasse com o apoio total de sua população.
Uma das consequências da Segunda Guerra Mundial foi o enfraquecimento da Europa e a
emergência de duas grandes potências: a União Soviética e os Estados Unidos da América. As duas
tomaram posições anticolonialistas.
(Carlos Serrano e Kabengele Munanga.
A revolta dos colonizados, 1995. Adaptado.)

De acordo com o excerto, esses movimentos de independência conjugavam

a) o pacifismo nas colônias e o desenvolvimento dos países capitalistas.


b) a unificação política das colônias e a ascensão de partidos comunistas.
c) a conscientização dos povos coloniais e as tensões da Guerra Fria.
d) o nacionalismo dos dominados e a hegemonia das potências europeias.
e) a ação de elites coloniais e os confrontos militares entre as superpotências.
Questão 06)
Quando as colônias europeias da Costa do Ouro e do Sudão Francês, após as
independências, escolheram os nomes de República de Gana e de República do Mali,
respectivamente, procuravam

a) recuperar a independência política dos Estados sahelianos conquistados pelos europeus


no século XVI.
b) homenagear as regiões de onde vieram os ancestrais de seus líderes Kwame Nkrumah e
Jomo Kenyatta.
c) restabelecer a independência política dos estados bambara e bacongo conquistados
pelos europeus no século XIX.
d) mostrar que a África possuía uma longa e rica história que o colonialismo europeu
procurara negar e esquecer.

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