CLASSIFICAÇÃO DOS SERES

VIVOS
O Reino Protista

6 DE SETEMBRO DE 2018
Manuel Araújo
Eduardo Soares
António Sousa
Ana Marta Tavares
Jorge Tavares
 Classificação Seres Vivos – O Reino Protista

Índice

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................................. 2

2. SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS ............................................................................. 2

3. REINO PROTISTA ............................................................................................................................ 4

3.1-Filos do Reino Protista .......................................................................................................................................... 5

3.2-Doenças Transmitidas Por Protozoários ............................................................................................................... 8

4. CONCLUSÕES ................................................................................................................................. 8

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1. Introdução

A sociedade moderna desperdiça grande quantidade de recursos naturais, o que constitui uma verdadeira
ameaça á biodiversidade do planeta.

Desde os anos 80, o termo e conceito de Biodiversidade tem sido bastante utilizado por políticos, cientistas e
sociedade em geral. No entanto ainda não se conhece o
número exato de espécies (animais e plantas) existentes
no planeta, estima-se que existam entre 10 e 50 milhões
de espécies, mas até agora os cientistas classificaram e
deram nome a somente 2 milhões.

Apesar deste desconhecimento a poluição, o uso

excessivo dos recursos naturais, o desenvolvimento da
agricultura em detrimento dos habitats naturais, a
expansão urbana e industrial, tudo isso tem levado
espécies vegetais e animais à extinção. A cada ano,
aproximadamente 17 milhões de hectares de floresta
tropical são desmatados. As estimativas sugerem que, se
isso continuar, entre 5% e 10% das espécies que
Figura 1-Biodiversidade do planeta
habitam as florestas tropicais poderão estar extintas
dentro dos próximos 30 anos.

2. Sistema de Classificação dos Seres Vivos

A biodiversidade do planeta é tão extensa que para sistematizar o seu estudo foi necessário criar uma ciência
que se dedicasse ao seu estudo, assim nasceu a sistemática.

A sistemática dedica-se ao estudo da biodiversidade e das relações filogenéticas entre organismos. Esta é
subdividida em dois ramos a taxonomia e a filogenia.

A taxonomia dedica-se á descrição e classificação das espécies e grupo de espécies, com as suas normas e
princípios) a filogenia estuda as relações evolutivas entre os organismos

O objetivo da classificação dos seres vivos, chamada taxonomia, foi inicialmente de organizar as plantas e
animais conhecidos em categorias que pudessem ser referidas, com base em características externas.
Posteriormente, e com a evolução da ciência, a classificação passou a respeitar as relações evolutivas entre
organismos, organização mais natural do que a baseada apenas em características externas.

Para isso utilizam-se características ecológicas, fisiológicas, e todas as outras que estiverem disponíveis para
os táxones em questão. é a esse conjunto de investigações a respeito dos táxones que se dá o nome de
sistemática. Nos últimos anos têm sido tentadas classificações baseadas na semelhança entre genomas.

O primeiro sistema de classificação foi o de Aristóteles no século IV a.C., que ordenou os animais pelo tipo de
reprodução e por terem ou não sangue vermelho. O seu discípulo Teofrasto classificou as plantas por seu uso

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e forma de cultivo.

O Reino Plantae incluía todos os seres vivos fotossintéticos, sem locomoção, sem ingestão, bactérias e fungos.

O Reino Animal incluída todos os seres vivos que não faziam a fotossíntese, com locomoção, com ingestão,
incluindo seres unicelulares (protozoários) e seres multicelulares (metazoários).

Com o avanço da ciência e a descoberta do microscópio, nos séculos XVII e XVIII os botânicos e zoólogos
começaram a delinear o atual sistema de categorias, ainda baseados em características anatômicas
superficiais, este sistema aproxima-se bastante da natureza, e continua a ser base da classificação atual. Lineu
fez o primeiro trabalho extenso de categorização, em 1758, criando a hierarquia atual.

Em 1866 o biólogo alemão Ernest Haeckel, propõe o Reino Protista, passaram a ser 3 reinos. O Reino protista
incluída todos os seres simples: bactérias, protozoários e fungos.

Herbert Copeland (1902-1968) introduziu o quarto reino, o Monera, considerando um novo critério: seres
procariontes e eucariontes. Monera- procariontes, e os restantes eucariontes.

Só em 1969 com o biólogo H. Wittaker apareceu uma nova classificação com 5 reinos em que os fungos
passam a constituir um reino à parte. Esta classificação só foi possível com as novas técnicas bioquímicas e
microscopia eletrónica.

Ele tem como base as características fisiológicas destes seres. Como existem milhões de espécies de seres
vivos, em nosso planeta, este sistema de classificação é extremamente útil. Ele facilita a identificação dos
seres, as relações existentes entre as espécies de cada reino, além de ajudar no estudo e entendimento da
evolução.

Figura 2-Quadro resumo dos reinos de Whitlaker

De acordo com a classificação vigente as espécies descritas são agrupadas em gêneros. Os gêneros são
reunidos, se tiverem algumas características em comum, formando uma família. Famílias, por sua vez, são

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agrupadas em uma ordem. Ordens são reunidas em uma classe. Classes de seres vivos são reunidas em filos.
E os filos são, finalmente, componentes de alguns dos cinco reinos (Monera, Protista, Fungi, Plantae e
Animalia), o reino é a categoria superior da classificação científica dos seres vivos.

Figura 3-Classificação dos seres vivos

3. Reino Protista

O reino protista é constituído por seres unicelulares eucariontes, como as amebas e as algas unicelulares, e
por seres multicelulares capazes de fazer a fotossíntese, mas com pouca diferenciação do corpo de que são
exemplo as algas multicelulares.

A célula de um protista é eucariótica, ou seja, o material genético é

separado do citoplasma por um núcleo individualizado.

Segundo Whitlaker o reino dos protistas agrupa organismos

eucariontes, unicelulares, autótrofos (fotossintetizantes). e
heterótrofos. Neste reino incluem-se por exemplo as amebas, os
dinoflagelados e as diatomáceas.
Figura 4-Exemplo de um ser protista
A complexidade da célula eucariótica de um protozoário é tão grande,
que ela, sozinha, executa todas as funções que tecidos, órgãos e sistemas realizam num ser pluricelular
complexo, locomoção, respiração, excreção, controle hídrico, reprodução e relacionamento com o ambiente,
tudo é executado por uma única célula, que conta com algumas estruturas capazes de realizar alguns desses
papéis específicos, como num ser pluricelular.

A célula de um protista é bastante semelhante às células de animais e plantas, mas estas possuem adaptações
de forma e estrutura, de acordo com o seu modo de vida parasita, ou de vida livre.

Os protozoários constituem um grupo de eucariontes diversificado e heterogéneo com cerca de 20 mil

espécies. Que evoluíram a partir de algas unicelulares. Há registos de fosseis de protozoários que viveram há
mais de 1,5 bilhão de anos, na Era Proterozoica.

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Os protozoários são, na sua grande maioria seres aquáticos, vivem em mares, rios, tanques, aquários, poças,
lodo e terra húmida. Há espécies mutualistas (por exemplo os que vivem no estomago de ruminantes) e
parasitas de invertebrados e vertebrados. São essencialmente organismos microscópicos, mas há espécies de
2 a 3 mm.

Os protistas que vivem em meio aquático fazem parte do plâncton (conjunto de seres que vivem em suspensão
na água dos rios, lagos e oceanos, carregados pelas ondas e correntes). No plâncton distinguem-se dois
grupos de organismos:

 fitoplâncton: organismos produtores, ou seja, seres autótrofos, representados principalmente por

dinoflagelados e diatomáceas, constituem a base de sustentação da cadeia alimentar nos meios
aquáticos.
 zooplâncton: organismos consumidores, isto é, heterótrofos, representados principalmente por
protozoários, pequenos crustáceos e larvas de muitos invertebrados e de peixes.

3.1-Filos do Reino Protista

Atualmente, os protozoários estão

incluídos no Reino Protista, subdivididos
em quatro filos, de acordo com
reprodução e a forma de locomoção

A locomoção faz-se por batimento ciliar,

flagelar, por pseudópodes e até por
simples deslizamento de todo o corpo
Figura 5-Filos do Reino Protista celular.

A maioria dos protozoários apresenta reprodução assexuada, principalmente por cissiparidade. Mas algumas
espécies podem se reproduzir sexuadamente. Observe, no esquema abaixo, a reprodução assexuada de um
paramécio:

igura 6-Reprodução assexuada por cissiparidade.

Na tendência moderna, os protozoários estão incluídos no Reino Protista, subdivididos em filos:

1- Rizópodes ou Sacorníceos
2- Ciliados

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3- Flagelados
4- Esporozoário ou Apicomplexos
5- Algas

Rizópodes ou Sacorníceos

São seres essencialmente aquáticos ou parasitas, estes caracterizam-se por apresentarem pseudópodes como
estrutura de locomoção (contraem-se e alongam-se para irem arrastando-se).

Neste filo a reprodução é assexuada é por bipartição simples ou cissiparidade (mecanismo semelhante a
mitose).

Dentre os seres deste filo podemos referir a Entamoeba histolytica, que parasita o intestino humano, causando
a disenteria amebiana ou amebíase.

Figura 7-Vista microscópia de um Rizópode

Ciliados

O ciliado tem o corpo coberto por muitos cílios que funcionam como remos e fazem o protozoário deslocar-se
rapidamente na água

Neste filo a reprodução é assexuada e sexuada. A reprodução assexuada, como na ameba, ocorre por divisão
binária, a reprodução sexuada faz-se fusão, de dois paramécios, e em seguida troca de material genético dos
micronúcleos. Depois os paramécios separam-se e reproduzem-se assexuadamente.

Figura 8-Ilustração (a esquerda) e microscopia eletrônica (a direita) de um paramécio.

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Flagelados

Este filo é constituído essencialmente por parasitas humanos, a sua célula é alongada e possui um ou mais
flagelos (que são fios) que se agitam como chicotes permitindo a sua deslocação. A reprodução é sexuada ou
assexuada por divisão longitudinal.

Como exemplos de flagelados que parasitam o corpo humano podemos referir:

 Leishmania braziliensis: causa a leishmaniose tegumentar ou úlcera de Bauru ('ferida brava'). Vive
no interior das células da pele e é transmitida pelo mosquito-palha (birigui).
 Trypanosoma cruzi: Causa a doença das Chagas, comum na América do Sul é transmitida por
percevejos popularmente conhecidos como barbeiros.
 Giardia lamblia: Causa a giardíase (intestinal).
 Trichomonas vaginalis: Causa a tricomoníase (no aparelho genital).

Figura 9-Protozoários flagelados do gênero Leishmania causam a leishmaníase

Esporozoário ou Apicomplexos:

Os esporozoários não possuem estruturas de locomoção. São todos parasitas e apresentam um tipo de
reprodução assexuada especial chamada de esporulação:

O principal gênero é o Plasmodio, com várias espécies causadoras da malária. O Toxoplasma gondii, causador
da doença toxoplasmose, é de grande seriedade em mulheres grávidas.

Figura 10-Células vermelhas do sangue infetadas com o Plasmodium falciparum, causador da malária (nas setas)

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Algas

Nos sistemas aquáticos marinhos, existe uma comunidade formadora de uma verdadeira floresta.

Ela é constituída por inúmeros protistas conhecidos simplesmente por algas. Assim como as florestas
terrestres, essa comunidade aquática contribui para o
abastecimento do oxigênio da biosfera.

Sob a denominação algas enquadram-se diversos grupos de

protistas diferentes entre si, mas que mantém uma
característica em comum: são todos eucariontes, autótrofos
fotossintetizantes dotados de clorofila.
Figura 11-Algas com diversos pigmentos
As algas apresentam reprodução sexuada e assexuada

3.2-Doenças Transmitidas Por Protozoários

As protozooses são doenças transmitidas por protozoários. Apesar de, na maioria dos casos, serem organismos
de vida livre, alguns protozoários são parasitas de animais incluindo o Homem-

Os parasitas são geralmente transmitidos por água e alimentos contaminados por fezes, que contém os cistos
desses microrganismos. Os cistos são uma forma inativa, que permite aos protozoários resistir por longos
períodos no ambiente, sendo ativados no corpo do hospedeiro.

Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e
o tubo digestivo. No entanto, a pele, o coração, os órgãos do sistema genital e o sistema linfático também
constituem locais em que os parasitas podem instalar-se.

A Amebíase, Giardíase, Malária, Doença de Chagas são algumas protozooses mais comuns.

4. Conclusões

Com a realização deste trabalho podemos alguns conceitos já esquecidos. Nomeadamente a hierarquia de
classificação dos seres vivos em filo, classe, ordem, família e gênero e reino, cujo objetivo é agrupar as
espécies, de acordo com características específicas.

A análise mais aprofundada do reino protista levou-nos a conhecer de uma forma mais aprofundada este
reino, que tantas implicações tem no homem.

O reino protista é bastante numeroso, constituído essencialmente por seres microscópicos unicelulares
eucariontes autótrofos (fotossintetizantes). e heterótrofos que se reproduzem essencialmente de forma
assexuada, apesar de existirem elementos que se reproduzem de forma sexuada, e que se movem através de
cílios, flagelos e pseudópodes.

Os protozoários são essencialmente seres aquáticos, que vivem livremente em lagos, rios e mares, contudo
existem elementos parasitas (que dependem de um hospedeiro para sobreviver e que provocam nestes efeitos
negativos) que provocam graves doenças ao seu hospedeiro, nomeadamente ao ser humano, como exemplo
destas doenças podemos referir a malária, a doença das chagas, a disenteria.

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O reino protista é subdividido em filos tendo em conta o tipo de reprodução e a forma de locomoção, assim
podemos considerar como filos deste reino os Rizópodes, os Ciliados, os Flagelados, os Esporozoário e as algas
(que são um caso muito especial dentro deste reino).

Finalmente com a realização deste trabalho podemos compreender da enorme importância da proteção da
biodiversidade terreste, pois apesar do enorme numero de espécies conhecidas estas constituem apenas uma
pequena parte das espécies existentes. No entanto o ser humano com as suas atividade e consumo
desenfreado está a levar a extinção massiva de espécies e em ultima análise á sua própria extinção.

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