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RIO DAS OSTRAS

2024
Este manual tem o objetivo de
orientar os pré-canditatos quanto às
atualizações da Legislação Eleitoral.

02
PALAVRAS DE ESPERANÇA
No coração dos riostrenses, há um sonho além das fronteiras da política. A
união de uma só voz que clama por dignidade e qualidade de vida. Esse sonho já
é a esperança para mais de 155 mil corações riostrenses que batem pela força
do nosso trabalho, que acreditam na transformação que estamos lutando para
a nossa amada Rio das Ostras. Nós não somos apenas alguns partidos, somos a
união das pessoas de bem, somos grandes, somos a esperança de prover uma
qualidade de vida para nossa população. Somos a emoção no olho de cada mãe
ao ver seu filho prosperar, a mão de cada trabalhador que desperta para mais
um dia, somos cada jovem que acredita no futuro, somos os idosos que buscam
a inclusão social, somos aqueles que estão em estado de vulnerabilidade e
necessita de uma mão amiga. Vamos seguir olhando para frente, sem olhar
para os lados que dividem nossa população, porque nós somos filhos da cidade
mãe de quem nasce ou de quem vem pra ela. E quando as urnas nos testarem
mais uma vez, estaremos prontos, prontos para mostrar que é o começo de
uma nova era, prontos para mostrar que representamos a esperança da nossa
população, que ousamos acreditar que uma Rio das Ostras melhor é possível,
através da política, da democracia, do diálogo, da união, dos nossos valores e
princípios. Se orgulhem do que já foi realizado e não temam o futuro, pois
enquanto a população de Rio das Ostras clama por mudanças, nós seremos a
resposta. Sejam bem-vindos a realização do sonho da nossa população!

Carlos Augusto Carvalho Balthazar Dr. Fábio Simões


Pré-candidato a prefeito Pré-candidato a vice-prefeito

03
LEGISLAÇÃO ELEITORAL
E CORRELATA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA LEI Nº 4.737/65 - CÓDIGO


FEDERATIVA D BRASIL ELEITORAL

LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90 - LEI Nº 9.096 -


LEI DA INELEGIBILIDADE LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS

LEI Nº 9.504/97 - RESOLUÇÕES DO TSE SÚMULAS DO TSE


LEI DAS ELEIÇÕES

04
ELEIÇÕES 2024: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEGISLAÇÃO

A legislação que guiará o processo de seleção de candidatos nesta


eleição traz novidades para fortalecer a participação política das
mulheres e outros grupos sub-representados, combater a desinformação
e introduzir as federações partidárias.

COMBATE À DESINFORMAÇÃO

A veiculação de qualquer tipo de


conteúdo na propaganda eleitoral,
inclusive por terceiros, requer que
candidatos, partidos, federações ou
coligações tenham certificado a
confiabilidade da informação, sob pena de
multa e possíveis responsabilidades
criminais (art. 9º da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

A classificação de conteúdo por agências de verificação de


fatos, em colaboração com o Tribunal Superior Eleitoral, será
independente e de responsabilidade dessas agências (art. 9º, §1º, da
Resolução do TSE nº 23.610/2019).

As verificações feitas por essas agências serão disponibilizadas


no site da Justiça Eleitoral, e outras fontes confiáveis poderão ser
utilizadas como referência para identificar violações ao dever de
diligência e presteza atribuído a candidatos, partidos políticos,
federações e coligações (art. 9º, §2º, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

A veiculação de conteúdo sintético multimídia criado por


inteligência artificial na propaganda eleitoral exige que os responsáveis
informem explicitamente que o conteúdo foi fabricado ou manipulado e
qual tecnologia foi utilizada (art. 9º-Bº, da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

05
A utilização de conteúdo sintético multimídia gerado por meio de
inteligência artificial para criar, substituir, omitir, mesclar ou alterar
imagens ou sons na propaganda eleitoral, em qualquer formato, exige que
o responsável pela propaganda informe de forma explícita, destacada e
acessível que o conteúdo foi fabricado ou manipulado e qual tecnologia
foi utilizada (art. 9º-Bº, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

Essas informações devem ser apresentadas de acordo com o


formato da veiculação da propaganda:

I - No início das peças ou da comunicação feitas por áudio;

II - Por rótulo (marca d’água) e na audiodescrição, nas peças que


consistam em imagens estáticas;

III - Da mesma forma que nos itens I e II acima, nas peças ou


comunicações feitas por vídeo ou áudio e vídeo;IV - Em cada página ou face
de material impresso em que o conteúdo produzido por inteligência
artificial for utilizado.

Essas regras não se aplicam:

I - A ajustes destinados a melhorar a qualidade de imagem ou som;

II - À produção de elementos gráficos de identidade visual, vinhetas e


logomarcas;

III - A recursos de marketing usuais em campanhas, como a


montagem de imagens em que pessoas candidatas e apoiadoras
aparentam figurar em um registro fotográfico único utilizado na
confecção de material impresso e digital de propaganda.

O uso de chatbots, avatares e conteúdos sintéticos para intermediar


a comunicação de campanha com pessoas naturais está sujeito às regras
gerais acima, sendo vedada qualquer simulação de interlocução com a
pessoa candidata ou outra pessoa real (art. 9º-Bº, §3º, da Resolução do TSE
nº 23.610/2019).

O não cumprimento das regras resulta na imediata remoção do


conteúdo ou na indisponibilidade do serviço de comunicação, por
iniciativa do provedor de aplicação ou por determinação judicial (art. 9º-B,
§4º, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

06
É proibida a utilização, na propaganda eleitoral, de conteúdo
fabricado ou manipulado para difundir fatos notoriamente inverídicos ou
descontextualizados que possam prejudicar o equilíbrio do pleito ou a
integridade do processo eleitoral (art. 9º-C, §4º, da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

Também é vedado o uso, para prejudicar ou favorecer candidaturas,


de conteúdo sintético em formato de áudio, vídeo ou ambos, que tenha
sido digitalmente gerado ou manipulado para criar, substituir ou alterar
imagem ou voz de pessoa viva, falecida ou fictícia (deep fake) (art. 9º-C,
§1º, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

O descumprimento configura abuso do poder político e uso


indevido dos meios de comunicação social, podendo resultar na cassação
do registro ou do mandato, além de impor a apuração das
responsabilidades nos termos do § 1º do art. 323 do Código Eleitoral, sem
prejuízo de outras medidas cabíveis quanto à irregularidade da
propaganda e à ilicitude do conteúdo (art. 9º-C, §2º, da Resolução do TSE
nº 23.610/2019).

É obrigação do provedor de aplicação de internet, que permita a


veiculação de conteúdo político-eleitoral, adotar e divulgar medidas para
impedir ou reduzir a circulação de fatos notoriamente inverídicos ou
gravemente descontextualizados que possam afetar a integridade do
processo eleitoral. Isso inclui a elaboração e aplicação de termos de uso e
políticas de conteúdo, bem como a implementação de instrumentos
eficazes de notificação e canais de denúncia acessíveis às pessoas usuárias
e a instituições e entidades públicas e privadas (art. 9º-D, da Resolução do
TSE nº 23.610/2019).

07
I - Desenvolver e aplicar termos de uso e políticas de conteúdo
adequados a esse propósito;

II - Estabelecer mecanismos eficazes de notificação e canais de


denúncia acessíveis aos usuários, bem como a instituições e entidades
públicas e privadas;

III - Planejar e executar ações corretivas e preventivas, incluindo


melhorias em sistemas de recomendação de conteúdo;

IV - Garantir transparência nos resultados das ações mencionadas no


item III;

V - Realizar, durante anos eleitorais, uma avaliação de impacto dos


serviços sobre a integridade do processo eleitoral, visando implementar
medidas eficazes e proporcionais para mitigar os riscos identificados,
incluindo violência política de gênero, e aplicar as medidas previstas
neste artigo;

VI - Aprimorar as capacidades tecnológicas e operacionais, com


ênfase em ferramentas e funcionalidades que contribuam para alcançar o
objetivo estabelecido neste artigo.

É proibido ao provedor de aplicação que ofereça qualquer forma de


impulsionamento de conteúdo, inclusive mediante a priorização nos
resultados de busca, disponibilizar esse serviço para a veiculação de
informações notoriamente falsas (art. 9º-D, §1º, da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

O provedor de aplicação, ao detectar conteúdo ilícito conforme


mencionado acima, ou ao ser notificado pela comunidade de usuários
sobre sua circulação, deve tomar medidas imediatas e eficazes para
interromper o impulsionamento, a monetização e o acesso ao conteúdo.
Além disso, deve conduzir uma investigação interna para evitar a
recorrência do problema, incluindo a indisponibilização de serviços de
impulsionamento ou monetização (art. 9º-D, §2º, da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

A Justiça Eleitoral pode ordenar que o provedor de aplicação


promova, sem custo, o impulsionamento de conteúdo informativo que
corrija informações falsas ou gravemente descontextualizadas
previamente impulsionadas de forma irregular, seguindo os mesmos
moldes e alcance da contratação original (art. 9º-D, §3º, da Resolução do
TSE nº 23.610/2019).

08
Essas medidas derivam da responsabilidade social e do dever de
cuidado dos provedores de aplicação, que orientam seus termos de uso e
ações preventivas para evitar ou minimizar o uso indevido de seus
serviços em atividades ilegais durante o período eleitoral,
independentemente de notificação judicial (art. 9º-D, §4º, da Resolução
do TSE nº 23.610/2019).

As ordens para remoção de conteúdo, suspensão de perfis,


fornecimento de dados ou outras medidas determinadas pelas
autoridades judiciárias, no exercício do poder de polícia ou em ações
eleitorais, devem seguir as disposições desta Resolução e da Resolução do
TSE nº 23.608/2019. Os provedores de aplicação têm a obrigação de
cumpri-las e, se necessário, fornecer de forma objetiva os dados
complementares solicitados, dentro do prazo estabelecido (art. 9º-D, §5º,
da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

Os provedores de aplicação serão solidariamente responsáveis, civil


e administrativamente, caso não tomem medidas imediatas para
indisponibilizar conteúdos e contas durante o período eleitoral em casos
de risco especificados (art. 9º-E, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

I - Condutas, informações e atos antidemocráticos que violam os


artigos 296, parágrafo único; 359-L, 359-M, 359-N, 359-P e 359-R do Código
Penal;

II - Divulgação ou compartilhamento de informações falsas ou


gravemente descontextualizadas que comprometem a integridade do
processo eleitoral, incluindo os procedimentos de votação, contagem e
totalização de votos;

III - Ameaças graves, diretas e imediatas, de violência ou incitação à


violência contra a integridade física de membros e servidores da Justiça
Eleitoral e do Ministério Público Eleitoral, ou contra a infraestrutura física
do Poder Judiciário, com o objetivo de restringir ou impedir o exercício
dos poderes constitucionais ou de subverter o Estado Democrático de
Direito;

IV - Manifestações ou discursos de ódio, incluindo a promoção de


racismo, homofobia e ideologias nazistas, fascistas ou outras formas de
discriminação contra indivíduos ou grupos com base em sua origem, raça,
sexo, cor, idade, religião ou qualquer outra característica;

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V - Divulgação ou compartilhamento de conteúdo fabricado ou
manipulado, total ou parcialmente, por meio de tecnologias digitais,
incluindo inteligência artificial, sem a devida rotulagem conforme
estabelecido nesta Resolução.

No caso de propaganda eleitoral na internet veicular informações


notoriamente falsas ou gravemente distorcidas sobre o sistema
eletrônico de votação, o processo eleitoral ou a Justiça Eleitoral, os juízes
mencionados no artigo 8º desta Resolução estarão vinculados, no
exercício do poder de polícia e nas representações, às decisões colegiadas
do Tribunal Superior Eleitoral sobre o mesmo assunto, nas quais tenha
sido determinada a remoção ou a manutenção de conteúdos idênticos.
(art. 9º-F, da Res. do TSE nº 23.610/2019).

Essa disposição se aplica aos casos em que, apesar de edições,


reestruturações, alterações de palavras ou outros métodos para evitar
detecção automática de conteúdo duplicado ou dificultar a verificação
humana, haja semelhança substancial entre o conteúdo removido por
ordem do Tribunal Superior Eleitoral e o veiculado na propaganda
regional ou municipal. (art. 9º-F, §1º, da Res. do TSE nº 23.610/2019).

LIVES ELEITORAIS

As transmissões ao vivo realizadas por candidatos ou candidatas em


meio digital, com ou sem participação de terceiros, com o intuito de
promover suas candidaturas e conquistar a preferência do eleitorado,
mesmo sem solicitação explícita de voto, são consideradas atos de
campanha eleitoral de natureza pública. (art. 29-A, da Res. do TSE nº
23.610/2019).

A partir de 16 de agosto do ano eleitoral, o uso de lives por


candidatos para promoção pessoal ou de atos referentes ao exercício do
mandato, mesmo sem menção ao pleito, é equiparado à promoção de
candidatura, conforme estabelecido neste artigo. (Incluído pela
Resolução nº 23.732/2024) (art. 29-A, §1º, da Res. do TSE nº 23.610/2019).

A transmissão ou retransmissão de lives eleitorais é proibida em


sites, perfis ou canais de internet pertencentes a pessoas jurídicas, com
exceção do partido político, da federação ou da coligação vinculados à
candidatura. Além disso, é vedada a transmissão por emissoras de rádio e
televisão. (art. 29-A, §2º, da Res. do TSE nº 23.610/2019).

A cobertura jornalística das lives eleitorais deve obedecer aos


limites legais aplicáveis à programação normal de rádio e televisão,
garantindo que a exibição de trechos não configure tratamento
privilegiado ou exploração econômica de atos de campanha. (art. 29-A,
§3º, da Res. do TSE nº 23.610/2019).

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COMBATE À VIOLÊNCIA POLÍTICA CONTRA A MULHER

A violência política contra a mulher compreende qualquer ação,


conduta ou omissão destinada a impedir, obstaculizar ou restringir seus
direitos políticos. Constitui também violência política contra a mulher
qualquer forma de discriminação em relação ao reconhecimento,
exercício ou desfrute de seus direitos e liberdades políticas fundamentais
devido ao seu gênero. Serão garantidos os direitos de participação
política da mulher, sem discriminação de gênero ou raça, no acesso às
instâncias de representação política e no exercício de funções públicas. As
autoridades competentes darão prioridade à proteção dos direitos
violados, levando em consideração as declarações da vítima e as
evidências disponíveis.

USO DE JINGLES

O criador de obras artísticas ou audiovisuais usadas sem autorização


na produção de jingles, mesmo que sob a forma de paródia ou outra peça
de propaganda eleitoral, tem o direito de solicitar o fim dessa prática por
meio de petição dirigida aos juízes. (art. 23-A da Res. TSE nº 23.610/2024).

FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS

A criação das federações representa outra mudança substancial.


Inserida na Lei dos Partidos Políticos pela Lei nº 14.208/2021, a federação
possui um estatuto próprio e os mesmos direitos e obrigações de um
partido. A união entre os partidos tem alcance nacional e serve como um
teste para uma possível fusão ou incorporação das legendas participantes
da federação.

Os partidos que compõem a federação devem permanecer nela por


um período mínimo de quatro anos, preservando sua autonomia. Se um
dos partidos decidir deixar a federação, fica impedido de acessar o Fundo
Partidário pelo tempo restante até completar os quatro anos, entre
outras restrições.

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PARTICIPAÇÃO POLÍTICA

A Lei 14.211/2021 também trata dos debates eleitorais em eleições


proporcionais. Agora, além de garantir a presença de candidatos de todos
os partidos ao mesmo cargo, é necessário respeitar a proporcionalidade
entre homens e mulheres, com um mínimo de 30% de cada gênero.

A Emenda Constitucional nº 117/2022 determina que cada partido


deve destinar recursos do Fundo Eleitoral, do Fundo Partidário e tempo
gratuito de rádio e televisão respeitando uma proporção mínima de 30% e
máxima de 70% entre homens e mulheres, o mesmo percentual exigido
para o registro de candidaturas de cada gênero.

Outra decisão jurisprudencial consolidada da Corte Eleitoral é que os


valores desses fundos e o tempo de rádio e TV devem ser distribuídos na
mesma proporção do número de pessoas negras registradas pelo partido
para concorrer ao pleito.

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CONSULTAS POPULARES

A emenda Constitucional nº 111/2021 introduziu uma novidade ao


permitir a realização de consultas populares sobre questões locais
simultaneamente às eleições municipais. Para isso, as Câmaras de
Vereadores devem aprovar e enviar os questionamentos à Justiça Eleitoral
até 90 dias antes do pleito.

FIDELIDADE PARTIDÁRIA

Além disso, a norma também flexibilizou a fidelidade partidária.


Agora, os vereadores podem mudar de partido com o consentimento da
sigla, sem perder o mandato. Anteriormente, a perda do mandato só não
ocorria em caso de desfiliação por justa causa ou durante a janela
partidária, que é um período de 30 dias, seis meses antes das eleições em
anos eleitorais.

ARRECADAÇÃO DE RECURSOS VIA PIX

Destaca-se também a inovação que permite a arrecadação


financeira de campanhas através do Pix, desde que a chave do recebedor
seja o CPF. Essa permissão foi concedida pelo TSE em resposta a uma
consulta pública do Partido Social Democrático (PSD) em 2022.

Outra mudança recente, resultado da ADI nº 5.970/DF julgada pelo


Supremo Tribunal Federal (STF) em 2021, é a autorização para a realização
de apresentações artísticas ou shows musicais com o objetivo específico
de arrecadar fundos para campanhas, sem fazer promoção de
candidaturas.

#DEMOCRACIA

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DA PRÉ-CAMPANHA

Um indivíduo que almeja concorrer a um cargo eletivo, mas ainda


não teve seu registro de candidatura formalizado pela Justiça Eleitoral, é
denominado pré-candidato. Ao contrário do candidato em plena
campanha, imerso na disputa eleitoral, o pré-candidato apresentará sua
potencial candidatura, estando sujeito às restrições estabelecidas para
esse período.

A propaganda eleitoral, característica das campanhas dos


candidatos, é permitida somente após o prazo de registro de
candidaturas. Caso um candidato ou terceiros promovam propaganda
antes desse prazo, com solicitação explícita de voto, podem incorrer em
multa por propaganda antecipada.

Não são consideradas propaganda eleitoral antecipada, desde que


não incluam pedido explícito de voto, a menção à candidatura em
potencial, a exaltação das qualidades pessoais dos pré-candidatos e os
seguintes atos, que podem ser cobertos pelos meios de comunicação
social, incluindo a Internet:

- A participação de membros filiados a partidos políticos ou pré-


candidatos em entrevistas, programas, reuniões ou debates na rádio,
televisão e internet, com exposição de plataformas e projetos políticos,
desde que as emissoras de rádio e televisão garantam tratamento
igualitário;

- A realização de encontros, seminários ou congressos, financiados


pelos partidos políticos, para discutir processos eleitorais, políticas
públicas, planos de governo ou alianças partidárias, podendo tais
atividades ser divulgadas pelos meios de comunicação internos dos
partidos;

- A realização de prévias partidárias, divulgação dos nomes dos filiados


que participarão da disputa e debates entre os pré-candidatos;

- A divulgação de atividades parlamentares e debates legislativos,


desde que não haja pedido de votos;

- A manifestação de opiniões pessoais sobre questões políticas,


incluindo apresentações artísticas, redes sociais, blogs e aplicativos,
excluindo a contratação ou remuneração de indivíduos para divulgar
conteúdo político-eleitoral em benefício de terceiros;

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- A realização, com custos do partido político, de reuniões da
sociedade civil, veículos de comunicação ou do próprio partido político
para promover ideias, objetivos e propostas partidárias;

- A campanha de arrecadação prévia de recursos.

Esses atos podem ser realizados em lives exclusivamente nos perfis e


canais dos pré-candidatos, partidos políticos e coligações, sendo proibida
a transmissão por emissoras de rádio, televisão ou sites de pessoas
jurídicas.

O QUE CONFIGURA
PROPAGANDA
ANTECIPADA ?

A propaganda antecipada passível de multa é aquela divulgada


indevidamente que contenha solicitação explícita de voto ou veicule
conteúdo eleitoral em local proibido ou por meio proscrito durante o
período de campanha. O pedido explícito de voto não se limita à
expressão “vote em”, podendo ser inferido de termos e expressões com o
mesmo teor.

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DO IMPULSIONAMENTO PAGO

O patrocínio pago de conteúdo político-eleitoral só é autorizado


durante a pré-campanha quando os seguintes critérios são cumpridos
simultaneamente (Art. 3º-B da Resolução do TSE nº 23.610/2019):

I - O serviço deve ser contratado por um partido político ou


pela própria pessoa que pretende se candidatar diretamente com o
provedor da plataforma;

II - Não deve haver um apelo explícito por votos;

III - Os custos devem ser razoáveis, proporcionais e


transparentes;

IV - As normas aplicáveis ao patrocínio durante a campanha


devem ser seguidas.

Observações:

- Decisão do TSE, em 2 de setembro de 2021, no Agravo Regimental


no Recurso Especial Eleitoral nº 060006586; em 14 de novembro de 2019,
nos Embargos de Declaração no AI nº 060003326 e, em 30 de outubro de
2018, no Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 2931: a
solicitação explícita de votos pode ser identificada pelo uso de certas
"palavras-chave", como "apoiem" e "elejam".

- Decisão do TSE, em 16 de março de 2023, no Agravo Regimental no


Recurso Especial Eleitoral nº 060006951 e, em 12 de maio de 2022, no
Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 060001836: "[...] a
configuração de propaganda eleitoral antecipada negativa pressupõe
uma solicitação explícita de não votar ou qualquer ação que difame a
honra ou imagem de um pré-candidato ou divulgue informações
sabidamente falsas sobre ele".

- Decisão do TSE, em 17 de junho de 2022, no Agravo Regimental no


Recurso Especial Eleitoral nº 060022259: publicar em um perfil de rede
social uma imagem de uma urna eletrônica com o número do candidato
na tela e a tecla "confirmar" em evidência constitui propaganda eleitoral
antecipada, evidenciando um apelo explícito por votos.

- Decisão do TSE, em 2 de junho de 2022, no Agravo Regimental no


Agravo em Recurso Especial Eleitoral nº 060009625: divulgar em uma rede
social a distribuição de kits de proteção individual contra a Covid-19,
mesmo sem um pedido explícito de votos, configura propaganda
eleitoral antecipada.

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- Decisão do TSE, em 19 de abril de 2022, no Agravo Regimental no
Recurso Especial Eleitoral nº 060035225: "[...] a configuração de
propaganda eleitoral antecipada requer um pedido explícito de votos,
que não pode ser inferido a partir de pesquisas sobre a intenção oculta do
responsável pela publicidade ou do contexto em que a mensagem é
veiculada".

- Decisão do TSE, em 19 de abril de 2022, no Agravo Regimental no


Recurso Especial Eleitoral nº 060043260: a divulgação de atividades
parlamentares ou projetos por pré-candidatos, mesmo por meio de
outdoors, não constitui propaganda extemporânea.

- Decisão do TSE, em 24 de fevereiro de 2022, na Consulta Eleitoral nº


060077185: é proibida a veiculação de propaganda eleitoral por
telemarketing ativo, definido como qualquer contato telefônico feito por
atendentes, candidatos ou candidatas, excluindo-se dessa proibição o
telemarketing receptivo, em que a iniciativa parte do eleitor.

- Decisão do TSE, em 10 de fevereiro de 2022, no Agravo Regimental


no Recurso Especial Eleitoral nº 060004918 e, em 9 de setembro de 2021,
no Agravo Regimental no Recurso Especial Eleitoral nº 060009423: a
utilização de adesivos plásticos em veículos automotores não constitui
propaganda eleitoral antecipada na ausência de um apelo explícito por
votos.

- Decisão do TSE, em 25 de novembro de 2021, no Agravo Regimental


no Recurso Especial Eleitoral nº 060002747: para configurar propaganda
eleitoral extemporânea, positiva ou negativa, é necessário haver um
pedido explícito de votos ou de "não votos".

- Decisão do TSE, em 18 de novembro de 2021, no Agravo Regimental


no Recurso Especial Eleitoral nº 060003828: a realização de uma carreata
pouco antes do período eleitoral, com reprodução de jingle de campanha
e presença de candidatos, constitui propaganda eleitoral antecipada.

- Decisão do TSE, em 9 de setembro de 2021, no Agravo Regimental


no Agravo em Recurso Especial Eleitoral nº 060007690: a divulgação de
uma enquete na rede social Instagram, que se limita a expor um projeto
para possível candidatura sem um pedido explícito de votos, não constitui
propaganda eleitoral antecipada.

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Decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

1. Não é considerada propaganda eleitoral extemporânea a


veiculação de jingle ou pedido de votos no aplicativo WhatsApp. (1º de
julho de 2021, Agravo Regimental no Agravo em Recurso Especial Eleitoral
nº 060004981; 7 de maio de 2019, Recurso Especial Eleitoral nº 13351).

2. A propaganda eleitoral antecipada massiva, mesmo sem violação


explícita à legislação, pode ser considerada abusiva do ponto de vista
econômico, podendo ser corrigida por ação própria. (10 de dezembro de
2019, Recurso Ordinário nº 060161619).

3. A regra permissiva do artigo 36-A da Lei das Eleições não autoriza a


veiculação de propaganda proscrita durante a pré-campanha. (9 de abril
de 2019, Recurso Especial Eleitoral nº 060022731).

4. Elogios feitos por parlamentares a postulantes a cargos públicos


na tribuna da Casa Legislativa não são considerados propaganda eleitoral
antecipada. (2 de fevereiro de 2017, Recurso Especial Eleitoral nº 35094).

5. A ampla divulgação de ideias, menção à candidatura e exaltação


das qualidades pessoais dos pré-candidatos não configura propaganda
extemporânea, desde que não haja pedido explícito de voto. (18 de
outubro de 2016, Recurso Especial Eleitoral nº 5124).

Além disso:

I. A participação de filiados a partidos políticos ou pré-


candidatos em entrevistas, programas, encontros ou debates nos meios
de comunicação deve ser realizada com tratamento isonômico.

Observações adicionais:

- Decisão do TSE, em 13 de outubro de 2022, na Consulta Eleitoral nº


060039939: Debates entre pré-candidatos podem ser transmitidos ao vivo
nas redes sociais do partido político, mas não em emissoras de televisão
por assinatura.

- Decisão do TSE, em 16 de outubro de 2012, no Agravo Regimental no


Recurso Especial Eleitoral nº 394274: Propaganda institucional que não
inclui pedido de votos não é considerada propaganda eleitoral
antecipada.

18
- Decisão do TSE, em 31 de maio de 2011, no Recurso Especial Eleitoral
nº 251287: Entrevistas em programas de televisão que promovem
candidatos e solicitam votos são consideradas propaganda eleitoral
antecipada.

- Decisão do TSE, em 5 de agosto de 2010, nos Recursos em


Representação nº 165552 e nº 134631: Entrevistas jornalísticas não são
propaganda eleitoral antecipada, desde que haja tratamento isonômico.

- Decisão do TSE, em 16 de junho de 2010, na Consulta nº 79636: Os


debates na internet não precisam seguir o princípio da isonomia como
rádio e televisão.- Decisão do TSE, em 25 de março de 2010, no Agravo
Regimental no Recurso em Representação nº 20574: Discursos
transmitidos ao vivo pela televisão pública não se enquadram na exceção
prevista.

II. Encontros, seminários ou congressos financiados pelos


partidos políticos para tratar de assuntos eleitorais são permitidos e
podem ser divulgados internamente.

Decisões recentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):

1. A realização de audiências públicas para discutir questões de


interesse da população não é considerada propaganda eleitoral
antecipada, desde que não haja pedido de votos ou menção à eleição. (24
de abril de 2014, Recurso Especial Eleitoral nº 1034).

2. Discursos feitos em encontros partidários, sem pedido explícito


de votos, não configuram propaganda eleitoral antecipada. No entanto, a
sua divulgação na Internet ultrapassa os limites da exceção prevista,
sendo responsável pela divulgação o provedor de conteúdo da página da
Internet. (16 de novembro de 2010, Recursos em Representação nº
259954).

Além disso:

III. A realização de prévias partidárias, distribuição de material


informativo, divulgação dos nomes dos filiados participantes e debates
entre pré-candidatos são permitidos.

IV. A divulgação de atos de parlamentares e debates


legislativos é permitida, desde que não haja pedido de votos.

19
V. A expressão de posicionamento pessoal sobre questões
políticas, inclusive nas redes sociais, é permitida.

VI. Reuniões para divulgar ideias, objetivos e propostas


partidárias, realizadas às custas do partido político ou de iniciativa da
sociedade civil, veículo de comunicação ou do próprio partido, são
permitidas em qualquer localidade.

VII. Campanhas de arrecadação prévia de recursos são


permitidas.

PROCEDIMENTO DE REGISTRO DE CANDIDATURAS

O Requerimento de Registro de Candidaturas (RRC) é o


procedimento formal pelo qual um partido político ou federação
apresenta à Justiça Eleitoral os seus possíveis candidatos. É importante
observar que, nos pedidos de registro, é obrigatório respeitar a cota
mínima de 30% para candidaturas de cada gênero, sob pena de
indeferimento de toda a chapa.

Assim que o interessado for escolhido em


convenção partidária, o registro pode ser
apresentado à Justiça Eleitoral.

Para a elaboração do requerimento de


registro de candidatura, o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) disponibiliza um sistema em meio
magnético de uso obrigatório, conhecido como
Sistema de Candidaturas (CANDex).

Todos os processos de registro de candidatura são autuados e


processados eletronicamente, através do Processo Judicial Eletrônico
(PJe), sendo acessíveis ao público. No entanto, a divulgação de dados
pessoais é restrita ao mínimo necessário, conforme previsto na Lei Geral
de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

Além disso, todas as informações dos candidatos, como certidões,


filiação partidária, nome e foto de urna, idade, escolaridade, declaração
de bens e propostas de governo (para os concorrentes ao Executivo), são
divulgadas em uma plataforma própria do TSE, o DivulgaCand. Isso
proporciona mais transparência e possibilita a criação de um banco de
dados sobre as candidaturas, separadas por eleição.

20
É possível substituir um candidato cujo registro tenha sido
indeferido, cancelado ou cassado, ou ainda que tenha renunciado ou
falecido após o término do prazo de registro. A escolha do substituto
deve seguir as regras estabelecidas no estatuto do partido ou da
federação à qual pertence a candidatura substituída, e o pedido de
registro deve ser feito em até dez dias após o evento. Em caso de suposta
inconsistência no requerimento de algum candidato, partidos políticos,
coligações, federações ou o Ministério Público Eleitoral podem apresentar
impugnações. Durante esse processo, são garantidos o contraditório, a
ampla defesa e o direito de realizar atos de campanha até que haja uma
decisão definitiva.

Os processos de registro de candidaturas têm prioridade sobre os


demais, cabendo à Justiça Eleitoral adotar todas as providências
necessárias para cumprir os prazos estabelecidos, inclusive realizando
sessões extraordinárias e convocando juízes suplentes, se necessário.

REGULAMENTAÇÃO DA PROPAGANDA ELEITORAL

A propaganda eleitoral é permitida somente após o dia 15 de agosto


do ano da eleição. Qualquer forma de propaganda deve mencionar
sempre a legenda partidária e ser veiculada em língua nacional, sem
utilizar meios publicitários para criar estados mentais, emocionais ou
passionais artificialmente (art. 10 da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

A proibição de criar artificialmente estados mentais, emocionais e


passionais na opinião pública não deve ser interpretada de maneira a
impedir a publicidade das candidaturas ou dificultar a crítica política,
preservando-se ao máximo a liberdade de pensamento e expressão (art.
10, §1º, da Resolução do TSE nº 23.610/2019).

Além disso, o uso de ferramentas tecnológicas para adulterar ou


fabricar áudios, imagens, vídeos ou outras mídias destinadas a difundir
fatos falsos ou gravemente descontextualizados sobre candidatos ou
sobre o processo eleitoral é vedado (art. 10, §1º-A, da Resolução do TSE nº
23.610/2019).

21
TIPOS DE PROPAGANDA ELEITORAL

De forma geral, a propaganda eleitoral é permitida desde que esteja


em conformidade com a legislação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 41). A
seguir, serão apresentadas as diretrizes da legislação eleitoral referentes
aos seguintes tipos de propaganda:

1. PROPAGANDA IMPRESSA

A distribuição de material de campanha impresso não requer


licença municipal ou autorização da Justiça Eleitoral. Todo material
eleitoral impresso deve ser feito sob responsabilidade do partido,
coligação ou candidato, com a devida identificação do responsável e da
tiragem para fins de prestação de contas (Lei nº 9.504/97, art. 38, § 1º). Esse
tipo de propaganda é permitido até as vinte e duas horas do dia anterior à
eleição (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 9º).

Afixar adesivos em veículos particulares é permitido, pois são


considerados propaganda impressa (Resolução do TSE nº 23.084, de
10.6.2009).

2. PROPAGANDA EM BENS PARTICULARES

A veiculação de propaganda em bens particulares, como faixas,


placas, cartazes e pinturas, é permitida desde que não exceda a quatro
metros quadrados e não viole a legislação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 37,
§ 2º). Essa propaganda deve ser espontânea e gratuita, sendo proibido o
pagamento em troca de espaço para esse fim. Se realizada sem
autorização do proprietário do imóvel, a propaganda é considerada
irregular, podendo ser exigida sua retirada pela Justiça Eleitoral, com
eventual reparação do bem.

22
3. PROPAGANDA EM BENS PÚBLICOS E BENS DE USO COMUM

A propaganda é vedada em bens públicos, bens cujo uso dependa de


autorização do poder público e bens de uso comum do povo (Lei nº
9.504/97, art. 37). Bens de uso comum incluem todos os espaços públicos
acessíveis à população, como estradas, praças, postes de iluminação,
viadutos, paradas de ônibus, cinemas, clubes, lojas, templos, entre outros
(Lei nº 9.504/97, art. 37, § 4º).

Decisões do TSE, como a Ac.-TSE de 11.2.2014, no AgR-REspe nº 85130,


esclarecem que condomínios residenciais fechados não se enquadram
nessa categoria.

Outras decisões, como Ac.-TSE de 7.3.2006, no REspe nº 25428; de


8.9.2005, no REspe nº 25263 e, de 7.12.2004, no AgRgREspe nº 21891,
ampliam o conceito de bens de uso comum para incluir até mesmo
propriedades privadas de livre acesso ao público.

Bancas de revista, conforme decisão do Ac.-TSE de 30.3.2006, no


REspe nº 25615, também são consideradas bens de uso comum, uma vez
que dependem de autorização pública para funcionar.

4. PROPAGANDA NAS SEDES DO PODER LEGISLATIVO

A veiculação de propaganda eleitoral nas dependências do Poder


Legislativo fica a critério da Mesa Diretora.

5. PROPAGANDA EM VIAS PÚBLICAS, ÁRVORES E JARDINS

É permitido colocar cavaletes, cartazes, mesas para distribuição de


material de campanha e bandeiras ao longo das vias públicas, desde que
não atrapalhem o trânsito (Lei nº 9.504/97, art. 37, § 6º).A propaganda em
árvores, jardins e outros espaços públicos é proibida, assim como em
muros, cercas e tapumes, mesmo sem causar danos (Lei nº 9.504/97, art. 37,
§ 5º).

6. PROPAGANDA POR MEIO DE ALTO-FALANTE, COMÍCIO,


SHOWMÍCIO E TRIO ELÉTRICO

O uso de alto-falantes é permitido das 8h às 22h, desde que não


estejam próximos a determinados locais, como sedes de poderes
públicos, tribunais, quartéis, hospitais, escolas e igrejas em
funcionamento (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 3º).

23
Comícios podem ocorrer entre 8h e 24h, com aparelhagem de som
fixa no local (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 4º).

Showmícios e eventos similares para promover candidatos são


proibidos, assim como a apresentação de artistas remunerados ou não
para animar comícios (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 7º).

Ac.-TSE, de 30.9.2022, no REC-Rp nº 060087980: Embora não haja uma


definição precisa de showmício ou evento similar na legislação, a intenção
da norma é evitar que a presença de artistas seja usada para atrair pessoas
a eventos claramente eleitorais e promover candidatos que não teriam
comparecido de outra forma.

Ac.-TSE, de 29.9.2022, no Ref-AIJE nº 060127120: A participação de


artistas, intelectuais e líderes políticos em comícios para executar jingles
de campanha ao vivo é considerada propaganda eleitoral.

Ac.-TSE, de 17.2.2022, no AgR-REspEl nº 060021882: A divulgação de


lives em redes sociais (Instagram e Facebook) e a realização de showmícios
configuram propaganda eleitoral antecipada.

Ac.-TSE, de 28.8.2020, na CtaEl nº 060124323: Eventos com a presença


de candidatos e artistas, transmitidos pela Internet e chamados de lives
eleitorais, são proibidos, pois são equivalentes aos showmícios, mesmo
em formato diferente.

O uso de trio elétrico em campanhas é proibido, exceto para


sonorização de comícios (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 10).Res.-TSE nº
22267/2006: Telões e palcos fixos são permitidos em comícios, mas é
proibida a retransmissão de shows artísticos e o uso de trio elétrico.

24
7. PROPAGANDA POR DISTRIBUIÇÃO DE BRINDES

Na campanha eleitoral, é proibida a confecção, utilização e


distribuição de brindes, como camisetas, chaveiros, bonés, canetas e
outros itens que possam favorecer o eleitor (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 6º).

Res.-TSE nº 22274/2006: Em eventos privados, não é permitida a


presença de artistas ou animadores nem a distribuição de materiais que
possam favorecer o eleitor.

Res.-TSE nº 22247/2006: É permitido o uso de displays, bandeirolas e


flâmulas em veículos particulares, mas é proibida a propaganda em
veículos de serviços públicos, como ônibus urbanos.

Ac.-TSE, de 2.6.2022, no AgR-AREspE nº 060009625: A divulgação em


redes sociais da distribuição de kits de proteção contra a Covid-19
configura propaganda eleitoral antecipada, mesmo sem um pedido
explícito de votos.

Ac.-TSE, de 28.10.2010, no RO nº 1859: A proibição desta norma não se


aplica ao fornecimento de pequenos lanches, como café da manhã e
caldos, em reuniões cidadãs para sensibilizar sobre candidaturas.

25
8. PROPAGANDA POR OUTDOORS, PAINÉIS ELETRÔNICOS,
BACKLIGHT E SIMILARES

O uso de outdoors, inclusive eletrônicos, é proibido (Lei nº 9.504/97,


art. 39, § 8º).

A propaganda em ônibus, conhecida como outbus ou busdoor, é


terminantemente proibida, pois as empresas de ônibus não podem fazer
doações a partidos ou candidatos (Res.-TSE nº 23.084 de 10.6.2009).

Da mesma forma, é proibida a propaganda em táxis, pelas mesmas


razões que os ônibus.

26
9. CARREATA, PASSEATA E CARRO DE SOM

A distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou


carro de som que circule pela cidade divulgando jingles ou mensagens de
candidatos é permitida até as vinte e duas horas do dia que antecede a
eleição (Lei nº 9.504/97, art. 39, § 9º).

10. PROPAGANDA NA IMPRENSA ESCRITA

Até a antevéspera das eleições, é permitida a divulgação paga e a


reprodução na Internet do jornal impresso de até dez anúncios de
propaganda eleitoral por jornal, em datas diferentes, para cada
candidato, no espaço máximo, por edição, de um oitavo de página de
jornal padrão e de um quarto de página de revista ou tabloide (Lei nº
9.504/97, art. 43). O valor pago pelo anúncio deve ser claramente indicado
(Lei nº 9.504/97, art. 43, § 1º).

Ac.-STF, de 17.2.2022, na ADI nº 6281: A constitucionalidade da


restrição à veiculação de propaganda eleitoral em meios de comunicação
impressos e na Internet, conforme previsto neste dispositivo, foi
confirmada.

11. PROPAGANDA ASSEMELHADA À PROPAGANDA PÚBLICA

É proibido, na propaganda eleitoral, o uso de símbolos, frases ou


imagens associados ou semelhantes aos utilizados por órgãos de governo,
empresas públicas ou sociedades de economia mista (Lei nº 9.504/97, art.
40).

PROPAGANDA ELEITORAL NA INTERNET

A propaganda eleitoral na Internet só é permitida após o dia 15 de


agosto do ano da eleição.Ac.-TSE, de 24.2.2015, no AgR-REspe nº 27354 e,
de 5.8.2014, no REspe nº 2949: A propaganda eleitoral antecipada por
meio de manifestações de partidos políticos ou possíveis futuros
candidatos na Internet só é caracterizada quando há propaganda
explícita, com pedido de voto e referência expressa à futura candidatura.

27
A propaganda eleitoral na Internet pode ser feita das seguintes
maneiras:

I. Em um site do candidato, com um endereço eletrônico


informado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, por
um provedor de serviços de Internet estabelecido no país;

II. Em um site do partido ou da coligação, com um endereço


eletrônico informado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou
indiretamente, por um provedor de serviços de Internet estabelecido no
país;

III. Por meio de mensagem eletrônica para endereços


cadastrados gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação;

Ac.-TSE, de 4.12.2018, no REspe nº 1011: Essa permissão se aplica


apenas à propaganda realizada na Internet e não inclui o envio de
mensagens de texto entre telefones celulares.

IV. Por meio de blogs, redes sociais, serviços de mensagens


instantâneas na Internet e aplicativos semelhantes cujo conteúdo seja
gerado ou editado por:

a) candidatos, partidos ou coligações; ou

b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate a


promoção de conteúdo.

Ac.-TSE, de 6.5.2021, no AgR-REspEl nº 060009791: É proibida a


contratação de promoção eletrônica por candidatos em pré-campanha
eleitoral.

Ac.-TSE, de 27.11.2018, no R-RP nº 060158942: A promoção de


propaganda na Internet por pessoa jurídica constitui violação desta alínea
e do art. 57-C, que permite tal prática apenas para partidos políticos e
coligações.

Ac.-TSE, de 13.9.2018, na Rp nº 060096323: A proibição do uso de


promoção, por pessoas naturais, está relacionada ao controle e
fiscalização pela Justiça Eleitoral das quantias destinadas por cada
candidato.

28
Os endereços eletrônicos das aplicações, exceto aqueles iniciados
por pessoa natural, devem ser comunicados à Justiça Eleitoral. É
permitido manter os mesmos endereços eletrônicos utilizados antes do
início da propaganda eleitoral durante todo o processo eleitoral.

Ac.-TSE, de 30.11.2023, no AgR-AREspE nº 060028372: A falta de


comunicação oportuna do endereço eletrônico não justifica a isenção da
multa prevista em lei.

Ac.-TSE, de 28.10.2021, no AgR-AREspE nº 060046528: Mesmo que a


exigência seja regularizada posteriormente, a multa ainda é aplicável.

Ac.-TSE, de 9.9.2021, no AgR-AREspE nº 060055780: A solicitação


prévia do endereço eletrônico não viola a liberdade de expressão.

Ac.-TSE, de 27.5.2021, no AgR-REspEl nº 060068797: A falta de


comunicação ou a comunicação tardia do endereço eletrônico da rede
social utilizada na campanha comprometem o propósito da norma
estabelecida neste parágrafo.

É proibida a divulgação de conteúdo eleitoral através do cadastro de


usuário em aplicativos de internet com o intuito de falsificar identidades.

É vedado o uso de ferramentas de impulsionamento de conteúdo e


digitais não fornecidas pelo provedor da aplicação de internet, mesmo
que gratuitas, para modificar o conteúdo ou a repercussão da propaganda
eleitoral, tanto por conta própria quanto por terceiros.

O provedor de aplicação de internet que permitir o


impulsionamento pago de conteúdo deve ter um canal de comunicação
com seus usuários e só pode ser responsabilizado por danos decorrentes
do conteúdo impulsionado se não tomar as medidas necessárias para
tornar o conteúdo apontado como infrator indisponível após uma ordem
judicial específica da Justiça Eleitoral.

É proibida a veiculação de qualquer forma de propaganda eleitoral


paga na internet, exceto o impulsionamento de conteúdo, desde que seja
identificado claramente como tal e contratado exclusivamente por
partidos, coligações, candidatos e seus representantes.

29
Ac.-TSE, de 30.11.2023, no AgR-REspEl nº 060276016: A
disponibilização do CNPJ do contratante na biblioteca de anúncios do
Facebook não equivale à inclusão de um hiperlink, um ícone presente na
própria propaganda impulsionada que direciona o eleitor para acessar os
dados do responsável pelo conteúdo digital visualizado.

Ac.-TSE, de 6.11.2023, no AgR-REspEl nº 060276623: A exigência de


que o número de inscrição no CNPJ ou no CPF do responsável pela
propaganda eleitoral patrocinada seja claramente mencionado e legível,
não é suficiente apenas na biblioteca de anúncios.

Ac.-TSE, de 14.9.2023, no AgR-AREspE nº 060211108; de 10.3.2022, no


AgR-REspEl nº 060055085 e, de 7.5.2019, no AgR-AI nº 060888240: É
contrário à norma deste artigo a propaganda eleitoral realizada através
do impulsionamento de conteúdo na internet com o propósito de
criticar, prejudicar ou desencorajar o voto em candidatos a cargos
eletivos.

Ac.-TSE, de 28.4.2023, no Rec-Rp nº 060130410 e, de 28.10.2021, no


AgR-AREspe nº 060009685: É exigido que a expressão "propaganda
eleitoral", juntamente com o número de inscrição no Cadastro Nacional da
Pessoa Jurídica (CNPJ) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do
responsável, estejam presentes no impulsionamento.

Ac.-TSE, de 24.2.2022, no AgR-AREspE nº 060025892: É proibido que


uma pessoa natural não candidata a cargo eletivo veicule propaganda
eleitoral na internet usando impulsionamento.Ac.-TSE, de 2.9.2021, no
AgR-REspEl nº 060006586: Não é considerada propaganda eleitoral
antecipada a veiculação de conteúdo impulsionado em redes sociais sem
um pedido explícito de votos.

Ac.-TSE, de 8.10.2020, no REspEl nº 060531076: Utilizar o nome de um


candidato adversário como palavra-chave para impulsionar propaganda
eleitoral através da priorização paga de conteúdo em plataformas de
busca na Internet (links patrocinados) não viola as disposições deste artigo
e do art. 248 do CE.

Ac.-TSE, de 17.10.2017, no AgR-REspe nº 10826 e, de 14.10.2014, na Rp


nº 94675: A ferramenta do Facebook conhecida como página patrocinada,
quando usada como propaganda eleitoral paga, não está em
conformidade com as regras estabelecidas neste artigo e, portanto, sua
utilização para disseminar mensagens eleitorais é proibida.

30
É proibido, mesmo que de forma gratuita, fazer propaganda
eleitoral na Internet em sites:

I - de pessoas jurídicas, com ou sem fins lucrativos;

Ac.-TSE, de 23.4.2015, na Rp nº 128704: Divulgar propaganda eleitoral


em um site de propriedade de uma empresa de propaganda e marketing
está sujeito à restrição deste dispositivo.

Ac.-TSE, de 19.8.2014, na Rp nº 84975: A divulgação de análises


financeiras, projeções econômicas e cenários políticos potenciais não é
considerada propaganda eleitoral irregular.

Ac.-TSE, de 17.3.2011, no R-Rp nº 380081: A liberdade de expressão é


priorizada quando a opinião é expressa por um indivíduo identificado
adequadamente.

Ac.-TSE, de 16.11.2010, no R-Rp nº 347776: Não há irregularidade


quando sites da Internet, mesmo de pessoas jurídicas, divulgam peças de
propaganda eleitoral dos candidatos com propósito informativo e
jornalístico.

II - Oficiais ou hospedados por órgãos ou entidades da


administração pública direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito
Federal e dos municípios.

Ac.-TSE, de 10.11.2015, no RO nº 545358 e, de 21.6.2011, no AgR-REspe


nº 838119: Incluir um link para o site pessoal de um candidato viola esta
restrição.

A violação deste artigo sujeita o responsável pela divulgação da


propaganda ou pelo impulsionamento de conteúdo, e, se comprovado
seu conhecimento prévio, o beneficiário, a uma multa que varia de
R$5.000,00 (cinco mil reais) a R$30.000,00 (trinta mil reais) ou o dobro do
valor gasto, se este cálculo ultrapassar o limite máximo da multa.

Ac.-TSE, de 19.4.2022, no AgR-AREspE nº 060038493: A multa prevista


neste parágrafo é aplicável quando o impulsionamento de conteúdo na
Internet tem a intenção de criticar candidatos a cargos eletivos.

Ac.-TSE, de 24.3.2022, no AgR-AREspE nº 060015236: A falta de clareza


na identificação do CNPJ do responsável pelo impulsionamento de
conteúdo na propaganda eleitoral resulta na aplicação da multa
mencionada neste parágrafo.

31
Ac.-TSE, de 24.2.2022, no AgR-AREspE nº 060025892: Em caso de
reincidência, a multa pode ser aumentada.

Ac.-TSE, de 13.4.2011, no R-Rp nº 320060: Para que uma


representação por propaganda eleitoral em um site eletrônico da
Administração Pública seja procedente, é necessário identificar com
precisão o responsável direto pela publicação do material.

O impulsionamento de conteúdo deve ser contratado diretamente


com um provedor de aplicação de Internet com sede e jurisdição no país,
ou com sua filial, sucursal, escritório, estabelecimento ou representante
legalmente estabelecido no país, e deve ser feito exclusivamente para
promover ou beneficiar candidatos ou suas agremiações.

Ac.-TSE, de 21.9.2023, no AgR-REspEl nº 060231722; de 8.8.2023, no


AgR-AREspE nº 060194296 e, de 9.9.2021, no AgR-AREspE nº 060026664: É
proibido impulsionar conteúdo eletrônico negativo.

A expressão do pensamento é livre durante a campanha eleitoral na


Internet, desde que não seja anônima, e é garantido o direito de resposta,
conforme estipulado nas alíneas a, b e c do inciso IV do § 3º do art. 58 e do
58-A, bem como por outros meios de comunicação interpessoal por
mensagem eletrônica.

32
Ac.-TSE, de 15.6.2023, no Rec-Rp nº 060156220: Este artigo permite
interpretações que não se limitam explicitamente ao anonimato, sendo
possível ajustar a interpretação para garantir a integridade das
informações divulgadas na propaganda eleitoral.

Ac.-TSE, de 6.10.2015, no REspe nº 186819: O direito constitucional à


livre manifestação do pensamento não protege um criador de página
anônima no Facebook de críticas à administração municipal e aos
candidatos, podendo ser considerado crime contra a honra.

Ac.-TSE, de 29.6.2010, no AgR-AC nº 138443: A falta de identificação


do autor não é suficiente para suspender a propaganda eleitoral pela
Justiça Eleitoral; é necessário identificar a frase ou o artigo que caracterize
a propaganda irregular para a suspensão, respeitando ao máximo a
liberdade de expressão.

A violação deste artigo resultará em multa para o responsável pela


divulgação da propaganda e, se comprovado seu conhecimento prévio,
para o beneficiário, variando de R$5.000,00 a R$30.000,00.

Ac.-TSE, de 22.6.2023, no AgR-AREspE nº 060409878: A multa por


anonimato não se aplica quando o responsável pelo conteúdo
supostamente ofensivo é identificado.

Ac.-TSE, de 25.5.2023, na Rp nº 060136565: A multa deste artigo se


aplica em casos de abuso da liberdade de expressão na Internet, como
disseminação de discurso de ódio, ideias contrárias à ordem
constitucional e ao Estado democrático, e informações injuriosas,
difamantes ou mentirosas.

Ac.-TSE, de 17.2.2022, no REspEl nº 060002433: A sanção deste artigo


se aplica a todos os usuários identificados em grupos de WhatsApp que
compartilham mensagens ofensivas a candidatos, mesmo sem
informações sobre a origem e autoria do conteúdo.

Além das sanções civis e criminais aplicáveis ao responsável, a Justiça


Eleitoral pode ordenar, a pedido do ofendido, a remoção de publicações
que contenham agressões ou ataques a candidatos em sites da Internet,
incluindo redes sociais.

Ac.-TSE, de 9.11.2023, na Rp nº 060175280: Mesmo após as eleições, a


Justiça Eleitoral mantém a competência para tomar medidas cautelares
ou reparatórias em relação à propaganda ilícita.

33
As pessoas listadas no art. 24 estão proibidas de usar, doar ou ceder
cadastros eletrônicos de clientes em favor de candidatos, partidos ou
coligações, bem como é vedada a venda de cadastros de endereços
eletrônicos.

A violação deste artigo sujeita o responsável pela divulgação da


propaganda e, comprovado seu conhecimento prévio, o beneficiário, a
multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.

As penalidades desta lei se aplicam ao provedor de conteúdo e de


serviços multimídia que hospeda a propaganda eleitoral de candidato,
partido ou coligação, caso não tome providências para cessar a divulgação
após notificação da Justiça Eleitoral sobre a existência de propaganda
irregular, dentro do prazo determinado.

O provedor de conteúdo ou de serviços multimídia só será


responsabilizado pela divulgação da propaganda se tiver conhecimento
prévio da publicação do material.

Todas as mensagens eletrônicas enviadas por candidato, partido ou


coligação, por qualquer meio, devem incluir um mecanismo que permita
ao destinatário cancelar o recebimento, e o remetente deve providenciar
esse mecanismo dentro de 48 horas. O envio de mensagens eletrônicas
após o término desse prazo sujeita os responsáveis ao pagamento de
multa no valor de R$100,00 por mensagem.

Além disso, quem realizar propaganda eleitoral na Internet


atribuindo indevidamente sua autoria a terceiros, inclusive a candidato,
partido ou coligação, será punido com multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.

É considerado crime contratar diretamente ou indiretamente um


grupo de pessoas com o objetivo específico de emitir mensagens ou
comentários na Internet para difamar a honra ou denegrir a imagem de
candidato, partido ou coligação, sujeito a detenção de 2 a 4 anos e multa
de R$15.000,00 a R$50.000,00.

Também é crime para as pessoas contratadas dessa maneira incorrer


em detenção de 6 meses a 1 ano, com a opção de prestação de serviços à
comunidade pelo mesmo período, e multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.

34
A pedido de candidato, partido ou coligação, a Justiça Eleitoral pode
ordenar, seguindo o procedimento estabelecido no artigo 96 desta lei, a
suspensão do acesso a todo conteúdo veiculado na Internet que não
cumpra as disposições desta lei. O período de suspensão será proporcional
à gravidade da infração em cada caso, com um máximo de 24 horas. Em
caso de reincidência, o período de suspensão será dobrado.

Durante o período de suspensão, a empresa informará a todos os


usuários que tentarem acessar seus serviços que está temporariamente
inoperante devido à violação da legislação eleitoral.

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