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Universidade iCatólica ide iMoçambique

Instituto ide iEducação ià iDistância

ANÁLISE iDA iRELAÇÃO iDO iHOMEM-AMBIENTE i

iCaterino iBonifacio iMuavenche i

Código: i i708215234

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iLicenciatura iem iensino ide iGeografia i

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii iDisciplina: iEstudos iAmbientais i1


Oi
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii i iAno ide ifrequencia: i4 Ano
iiii iTurma: il

iiiiiiiiiiiii

iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iNampula, iMaio ide i2024

1
Universidade iCatólica ide iMoçambique
Instituto ide iEducação ià iDistância

ANÁLISE iDA iRELAÇÃO iDO iHOMEM-AMBIENTE i

Caterino iBonifacio iMuaven


Código: i708215234

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iLicenciatura iensino ide igeografia i

i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iDisciplina: iEstudos iAmbientais i1

iiiiiiiii O i itutor: i i iCarlos iPires i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i


iiiiiiiiiiiiii

Nampula, iMaio i ide i2024

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Folha ide iFeedback

Classificação
Indicadore
Categorias Padrões Pontuaçã Nota ido
s Subtotal
o imáxima itutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos
Introdução 0.5
Estrutura iorganizacio
nais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
i(Indicação iclara ido 1.0
iproblema)
Descrição idos
Introdução 1.0
iobjectivos
Metodologia iadequada
iao iobjecto ido 2.0
itrabalho
Articulação ie idomínio
ido idiscurso
iacadémico i(expressão
Conteúdo 2.0
iescrita icuidada,
icoerência i/ icoesão
Análise ie itextual)
idiscussão Revisão ibibliográfica
inacional ie
iinternacionais 2.
irelevantes ina iárea ide
iestudo
Exploração idos idados 2.0
Contributos iteóricos
Conclusão 2.0
ipráticos
Paginação, itipo ie
itamanho ide iletra,
Aspectos Formatação iparagrafo, 1.0
igerais i
iespaçamento ientre
ilinhas
Normas
Referência
iAPA i6ª Rigor ie icoerência idas
s
iedição iem icitações/referências 4.0
iBibliográf
icitações ie ibibliográficas
icas
ibibliografia

3
Folha ipara irecomendações ide imelhoria: iA iser ipreenchida ipelo itutor
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iv
Índice
I. iIntrodução ................................................................................................................................... 6

II. iMetodologia ............................................................................................................................... 7

III. iObjectvos .................................................................................................................................. 7

4. iA irelação ido ihomem icom ia inatureza ...................................................................................... 8

4.1.A ivulnerabilidade ida inatureza ............................................................................................... 10

4.2. iEquilíbrio io ihomem ie ia inatureza ........................................................................................ 12

4.3. iMeio iambiente ...................................................................................................................... 14

4.4. iAções ido ihomem isobre io iambiente .................................................................................... 14

4.5. iEducacao iAmbiental ............................................................................................................. 15

4.6. iEducação iambiental ie ia iconsciência iecológica .................................................................. 16

4.7.Princípios ida ieducação iambiental ......................................................................................... 19

8. iConclusão ................................................................................................................................. 20

6. iBibliografia............................................................................................................................... 21

5
I. iIntrodução i
Ao ilongo ida ihistória, i ios ihomens ijá icriaram iinúmeras isociedades ie idiversos itipos ide

irelaçãoicom ia inatureza. iEm icada iuma idessas isociedades, ia inatureza ipossuía ium isignificado

ipróprio, isegundo ios ivalores ie iobjetivos ido ipovo. iSeria iarrogância inossa ipensar ique iaquilo

ique ientendemos ipor inatureza inos idias ide ihoje iseja io iseu iconceito idefinitivo. iA irelação ido

ihomem icom ia inatureza ifoi ise imodificando iao ilongo ido itempo, icolocando iambos iem

icampos idiferentes. iDo iperíodo ide iuma irelação ide imedo, iadmiração, irespeito ie ihierarquia,

iaté ios idias iatuais, ia ihumanidade ifoi ise iafastando ida inatureza, ideixando ide iser io i“homem

ida icaverna” ie iao ipoucos ipassou ia iusar ia inatureza iá iseu ifavor, imantendo iainda iuma irelação

ide imedo irespeito iadmiração ie igratidão. iA ievolução ihumana icom iao iaprimoramento idas

itécnicas ie ida itecnologia iproporcionaram imudanças ina iprodução idos imeios ipara ia isua

iexistência, igerando itransformações ina isociedade, ina irelação ihomem-natureza ie ihomem-

homem. iA iprodução ide ibens ide iconsumo ià imedida ique iaumentou, idemandou imaior
iexploração idos irecursos inaturais, idesencadeando iimpacto iambiental ie iredefiniu io ilugar ido

ihomem ina inatureza ie ina isociedade.

6
II. iMetodologia i
No ique iconcerne ià imetodologia iutilizada ifoi ia ipesquisa ibibliográfica, ipor iestar iem
concordância ie iharmonia icom io itema iproposto. iBaseado iem iautores icompetentes, ique
dominam ibem io iassunto ie ia iutilização ide isuas iobras ique ideram isuporte ia ieste itrabalho. iA
icolecta ifoi ifeita iatravés ide ilivros, imateriais iimpressos ie isites ida iinternet. iPara imelhor

icompreensão io itrabalho ieste iorganizado ida iseguinte imaneira: iIntrodução; iDesenvolvimento;

iConclusão ie iReferência ibibliográfica.

III. iObjectvos i
Objectivos igeral i

 Analisar ia irelacao iexistente io ihomem ie ia inatureza i

Objectivos iesecificos

 Descrever ia irelacao ido ihomem icom ia inatureza;

 Reconhecer ia iimportancia ida inaturaza ina ivida ido iser ihumano;

 Descriminar io ivalor ida ieducacao iambiental ina irelacao ihomem ie ia inatureza.

7
4. iA irelação ido ihomem icom ia inatureza
A irelação ido ihomem icom ia inatureza ié iuma iconstrução ihistórica ie isocial ique ifoi ise
imoldando iao ilongo idos itempos. iCompreender ia iconcepção ida inatureza inos ipermite itambém

ia icompreensão idas iquestões ique ienvolvem ia irelação ihomem-natureza ie ia iruptura ique

icolocou iambos iem iposições icontraditórias ideterminando, ia icrise iambiental iagravada iem

idecorrência ido imodelo ieconômico ique ivem ise ireconfigurando. iPorém, iembora ise itenha itido

ium iintenso idesenvolvimento ie imaior iconhecimento itécnico icientífico ique iproporcionou io

imaior iaprofundamento idos iconhecimentos isobre ios iprocessos iecológicos, iainda inão ise

iconseguiu ireverter iessa irelação idicotomizada i iTOZONI-REIS, i(2004).

A idicotomia ihomem-natureza icomo icaracterística ido imundo iocidental ifoi


ifundamentada ina ifilosofia iclássica ida iGrécia ie ida iRoma iAntiga.
iLembrando ique io imodo ide ise ipensar ia inatureza ino imundo iocidental
imoderno ie icontemporâneo ié iradicalmente idiferente ide iépocas ianteriores.
iDaí ia iimportância ide ise iconsiderar io icontexto ihistórico ie ia ipluralidade
ida isociedade ie isuas iimplicações inas iquestões isocioambientais ida
iatualidade ie ino ifazer ida iEducação iAmbiental iPORTO-GONÇALVES,
i(2000).

A irelação ido ihomem icom ia inatureza iPara iKUPSTAS, i(2005), ia irelação ido ihomem icom ia
inatureza ié iuma iconstrução ihistóricae isocial ique ifoi ise imoldando iao ilongo idos itempos.

iCompreender ia iconcepção ida inatureza inos ipermite itambém ia icompreensão idas iquestões ique

ienvolvem ia irelação ihomem-natureza ie iaruptura ique icolocou iambos iem iposições

icontraditórias ideterminando, ia icrise iambiental iagravadaem idecorrência ido imodelo

ieconômico ique ivem ise ireconfigurando.

Buscando io iapoio ide iDuarte i(1986), io iautor ipara iaponta ias idiferentes iconcepções ida irelação
ihomem-natureza iao ilongo ida ihistória icomo isendo: ia iconcepção imágica; ia icosmologia igrega

iou iconcepção icientífica; ia iconcepção imecanicista ie ia iconcepção imarxista. iA ibase ida

iconcepção imágica ida inatureza ié ia iexistência ide iuma imentalidade iprimitiva, ina iqual io

ihomem ibuscava icompreender io imundo inatural, icomo ise irelacionar icom iele ie icomo

iconhecer ia isi imesmo ipor imeio idas irepresentações imíticas. ie isob ia iintervenção ide iDeuses,

ijustificava ia iexistência ido ique ilhe iparecia iabsurdo, icolocando ios ifenômenos inaturais icomo

ialgo iinexplicável iou icomo iuma iação isupra-humana, iou imelhor, idivina. iO ihomem iprojetava

8
ina inatureza iseus itraços ihumanos, io ique io iautor isupracitado idenominou ide icomo

iantropomorfização ido imundo ifísico, ina iqual i“ ios ifenômenos inaturais iganham iatributos ique,

ia irigor ideveriam ise icircunscrever iao iâmbito ihumano: iamor, iódio, icompaixão ietc., iquase

isempre isob ia iforma ide iposturas iadotadas ipor ipotências idivinas” iDUARTE, i(1986, ip. i15),

ibuscando iformas ide idesvendar ios imistérios ie ireverter ias iforças ida inatureza.

Relação ihomem inatureza ie ios ilimites ipara io idesenvolvimentosustentável. ique isurgem ia


ipartir ida iprópria iconstrução isocial, ide icada iindivíduo ie ilocalidade, iassim icomoas idiferentes

ivisões iacerca ide icomo io iser ihumano ipercebe ia inatureza, inecessitando iassim ide iavaliações

iinterdisciplinares ipara icontemplar ias idiferentes iinterfaces. iGonçalves i(2006) icomenta ique ida

imesma iforma ique ise inecessita ide iuma ijunção idas iciências ihumana ie ida inatureza ipara ium

imelhor ientendimento idas idinâmicas iambientais, inão ise ipode iexcluir io isocial ida ianálise

iambiental, icompreendendo iassim iuma imaior iparcela ida icomplexidade iambiental.O ihomem

ipassou ipor idiversas iesferas ina isua irelação icom ia inatureza. i

Oliveira i(2002) iaponta io itrabalho icomo imodificador idessas iesferas:

No iprincípio ida ihumanidade, ihavia iuma iunicidade iorgânica ientre io


ihomem ie ia inatureza, ionde io iritmo ide itrabalho ie ida ivida idos ihomens
iassociava-se iao iritmo ida inatureza. iNo icontexto ido imodo ide iprodução
icapitalista, ieste ivínculo ié irompido, ipois ia inatureza, iantes ium imeio ide
isubsistência ido ihomem, ipassa ia iintegrar io iconjunto idos imeios ide
iprodução ido iqual io icapital ise ibeneficia iOLIVEIRA,( i2202, ip.5).

O icapitalismo isegrega ia irelação iharmônica ientre io itrabalho ie io iritmo ida inatureza, iinduzindo
ia iuma iforma iutilitarista idos irecursos inaturais, iproduzindo iem igrande iescalas. iCom ia

iartificialização idos iespaços inaturais ia ipartir ida iocupação ie iverticalização idos iprojetos

iurbanísticos, icria-se idois iconjuntos idistintos ida isuperfície ida iterra, isendo ios ilocais inaturais

ie iartificiais iSANTOS, i(1995). iAssim icomo ia iorganização ido iespaço igeográfico, ia irelação

ihomem-natureza iapresenta imarcadores ihistóricos idefinidos ia ipartir idas iformas ide iutilização

ie iapropriação ida inatureza, ipartindo ide irelações iharmônicas ida ipréhistória iaos idias iatuais,

imarcado ipor iuma iforma ipredadora ie iutilitarista. iMariano i(2011) icomentam ique imesmo icom

iuma iforte ibase icapitalista io idesenvolvimento ihumano iestá iinterligado icom ia inatureza,

ihavendo ia inecessidade ide irelacionar ias iações icom isuas idecorrentes iproblemáticas

9
iambientais. iA ipartir idessa idependência iexistente, ia ihistória inatural ipode iser ianalisada iem

iconjunto icom ia ihistória isocial, iremetendo ie icorrelacionando ios iconflitos isociais icom ios

iambientais, ivisto ique io ihomem ideve iser iapresentado icomo iparte ido imeio inatural. iTrazer ia

ihistória isocial iagregada ià ihistória inatural inecessita ide imudança ide iparadigmas ijá

iestabelecidos. iDrummond i i(1991) iaponta ique:

Precisa ificar iclaro ique ipensar isobre ia irelação ientre io i“tempo igeológico” ie io i“tempo isocial”,
icombinar ia ihistória inatural icom ia ihistória isocial, icolocar ia isociedade ina inatureza, ienfim i–

implica inecessariamente iatribuir iaos icomponentes inaturais i“objetivos” ia icapacidade ide


icondicionar isignificativamente ia isociedade... iTrata-se ide iuma imudança iséria ide iparadigma

inas iciências isociais. iSignifica ique io icientista isocial idá iàs i“forças ida inatureza” ium iestatuto

ide iagente icondicionador iou imodificador ida icultura iDRUMMOND, i(1991, ip.5).Naves ie

iBernardes i(2014) irelatam ique ia ipartir idessa ijunção ientre ia ihistória inatural ie isocial, item-se

io ientendimento ide icomo ia isociedade ise irelaciona icom ia inatureza, icorrelacionando ios

iProblemas iambientais icom ifatores iantrópicos. iComo iforma ide iprevenir ie ide idebater iessas

iproblemáticas, isurgem idiversos inovos iconceitos icomo io iecodesenvolvimento,

isustentabilidade, idesenvolvimento isustentável, isustentabilidade ieconômica, ientre ioutras

ivertentes ique iao ilongo ido itempo ipodem iir isendo iagregadas iou isubstituídas. i

4.1.A ivulnerabilidade ida inatureza


A inatureza ivem isendo iutilizada icomo ium ielemento iinfinito, ipassível ide iextração ia itodo
imomento, iservindo ide imatéria-prima ipara io idesenvolvimento. iA ielevação ida idensidade

idemográfica inos icentros iurbanos, ias icondições iambientais ie ia iqualidade ida isaúde

idecrescem, icomo ia iutilização idesenfreada ide iágua ipotável, ifalta ide isaneamento, iaumentando

icasos ide idoenças iLOPES, i(2011). iO icrescimento ipopulacional inas igrandes icidades itraz io

iaumento ida iexploração idos irecursos inaturais, idesmatando iáreas ipara imoradia, iantropizando

irios idevido ia isua iutilização, ialém ida iexplosão ido isistema iindustrial. i

A iRevolução iIndustrial iteve isua iparcela ino idesmerecimento ido inatural, iempregando iuma
ieconomia ibaseada ina ipropriedade iprivada ido icapital, idividindo io icontexto isocial iem idois

igrupos ique ivão igerir io idesenvolvimento, isendo ios iproprietários i(donos ido icapital) ie ios

iempregados, ique iforam ia ibase ipara io isucesso ieconômico idesse imovimento iSINGER,

10
i(2004). iAinda isegundo io iautor, ia isociedade imoderna ivem ipassando ipela iterceira irevolução

iindustrial, ique iassim icomo ias idemais, ivem iembebida ina iconcentração ido icapital. iA

imodernização idas itécnicas ida iagricultura icom ia iutilização ide ifertilizantes ie iagrotóxicos,

iapoiadas ipor iprogramas igovernamentais, icontribuiu ipara ia idegradação iambiental. iA

iRevolução iVerde iiniciou iem i1950 inos iEstados iUnidos ie ina iEuropa, isendo icaracterizado

icomo ium iperíodo iem ique ia iagricultura ipassava ipara iuma iconfiguração icapitalista,

iocasionando iem idestruição ide iflorestas, idiminuição ida ibiodiversidade igenética, ierosão ido

isolo ie ipoluição idos irecursos iambientais, iincluindo ios iutilizados ina ialimentação

i(ANDRADES ie iGANIMI, i2007; iBALSAN, i2006). iA iideia ida iRevolução iVerde ifoi ivendida

icomo ibenéfica ipara io imeio iambiente ie isustentável.

As inovas itécnicas iutilizadas iatingiram itanto ios iprodutores ido icampo,


iquanto ios idas icidades, iutilizando iagrotóxicos ie iimplantação ida
imonocultura icomo ia ibase ipara ique ia iatividade iseja irentável. iNesse
icontexto, ias ipráticas ie iforma ide imanejo ido isolo iartesanais iforam ificando
iem idesuso, itidas icomo iantiquadas, ialém ide inão iproduzir iem igrande
iescala. iOutro iproblema iambiental ique icresceu ifortemente, ifoi ia ipoluição
ido iar iprincipalmente inos igrandes icentos iurbanos, icom ia iutilização ide
iautomóveis ie ia ipresença ide ipolos iindustriais i(BRAGA iet ial., i2001).
iCada ipedaço ido isolo iurbano ié iagregado ium icapital, iimpulsionando ia
idisputa iterritorial, ipara iuso ie iocupação, idemonstrando ipoder iSINGER,
i(1978).

Fora ios iproblemas iem ique io ihomem iéatingido idiretamente, item-se ia iintensa idevastação
iambiental, ique ipode iocorrer ipor idiversas ifinalidades, imas ique ivai iinfluir ina idinâmica ido

ipróprio imeio iambiente. iA icapacidade ide isuporte ié ium iconceito ifrequentemente iencontrado

iquando io iassunto ié ia iproblemática ida ipoluição iambiental, idemonstrando ique ia ipreocupação

ié iapenas iquando io idescaso iambiental iafeta ia iexistência ido ihomem ina iterra. iPoucas ivezes ia

iexistência idos idemais iorganismos ié ilevada iem iconsideração, iapenas iquando ia inão

iexistência idesses iorganismos iinfluencie idiretamente ina ivida ido ihomem, icomo iaconteceu ino

icaso idas iabelhas, ique isão ifundamentais ipolinizadoras ie irealizam ium iimportante iserviço

iecossistêmico i(IMPERATRIZ-FONSECA ie iNUNES-SILVA, i2010). iNesse icaso, ihouve

igrande iinteresse ida imídia ie ida ipopulação iacerca ido itema, ivisto iser ide igrande irelevância

ipara ia ivida ido ihomem, ie ipela imensuração ide ivalor ido iserviço igerado ipelas iabelhas.A

ivaloração ida inatureza, iassim icomo idos iseus iserviços iecossistêmicos ipode isubsidiar ia

11
iimplementação ide iações iconservacionistas, ipois ise ium ideterminado iproblema iambiental

icontinuar, icomo io idesaparecimento ide iuma iespécie, iserá inecessário io ipagamento ide icerta

iquantia ipara irealizar iartificialmente io ique iera ifeito ide iforma inatural. iExiste ium iamplo

idebate iacerca idas imotivações ipara ia ivaloração, icontemplando ifins ieconômicos ie inão-

econômicos, ique ivão ipartir ide ipreferências iindividuais ie ida ivisão ide imundo ique io itomador
ide idecisão ipossui i(NOGUEIRA ie iMEDEIROS, i1999). i iMesmo ique ia ivaloração iseja

iconstruída isob ium iviés ieconômico iou inão-econômico, ijá ise ipercebe ia i

necessidade ide iolhar ipara io imeio iambiente ia ipartir idos iimpactos igerados ipela iação
iantrópica. iFica iperceptível ia icondição ide ivulnerabilidade ida inatureza, iprincipalmente iapós ia

irevolução iindustrial. iA ipartir idesse iponto icomeçam ia isurgirquestionamentos isobre ia

iconstrução ide irelações iequilibradas ientre io ihomem ie ia inatureza.

4.2. iEquilíbrio io ihomem ie ia inatureza i


O iequilíbrio ientre ia isociedade ie ia inatureza, icom ibase ino ipensamento ide iMarx, iestá ina iluta
ide iclasses, ionde io icapitalismo iimposto ié icombatido ie iderrubado ia ipartir ida iluta ipopular,

ireformulando io ipadrão ide iutilização imaçante ida inatureza ipara ifabricação ide iobjetos

iinsignificantes, ipara ia iprodução ide ivalores ide iuso, iapenas isatisfazendoas iprincipais

inecessidades ihumanas iCROSI, i(2011).O isistema ide iconsumo ié iconstruído ia ipartir ide iuma

ibase icapitalista, irelacionando io ibem-estar iindividual icom ia iquantidade ide ibens iadquiridos,

iimpulsionados ipela idivulgação iexcessiva ide inovos iprodutos i(ESPÍNDOLA ie iARRUDA,

i2008; iFOLADORI, i2008). iA iquebra ida iprodução iem imassa ie ida isistematização ido inatural

ié ia ibase ipara ia iconstrução ide inovas iesferas isociais, ipossibilitando ium iuso iconsciente

iembasado ina iconcepção ido ipróprio iindivíduo, ifugindo ido iproposto ipelo iDScom ibase ina

ieconomia. iDentro idesse icontexto isurge iuma iquestão iimportante: iComo iharmonizar ia irelação

isociedade-natureza?

A iresposta ié ibastante icomplexa, iapresentando icomo iprimeira iação iolhar ipara ia iproblemática
iambiental ide iforma iinterdisciplinar, ivisto ique ia icategorização ientre ias idisciplinas inão

iabrange ia icomplexidade ida itemática i(FOLADORI ie iTAKS, i2004). iCada iesfera ide iinteresse

ideve iser iintegrada, iolhando ia ipartir ido isocial, ieconômico, iecológico, ie ientre ias idemais

ivertentes. iOlhar ipara ia inatureza ide iforma iinterdisciplinar ipode iser io iprimeiro ipasso ipara ia

12
iconstrução idessa iharmonia, ivisto ique ia ipartir idessa inova iinterpretação ipode-se icriar

iatributos ipara icombater ia ivisão icapitalista iutilitária, icomo ia inatureza ié ivista inas irelações

iatuais. iO ihomem iem idiversos imomentos ida ihistória ivem irenegando ia isua iparticipação

iquanto inatureza, iconduzindo iapenas isuas irelações isociais, idiminuindo isua idependência ido

imeio iambiente iRAMALHO, i(2010). iPara icompreender ia inecessidade ida iquebra ientre

idesenvolvimento icapitalista ie idesenvolvimento isustentável ié inecessário ientender ias iformas

ide iuso ida inatureza iperante io ihomem, iem iuma iescala iatual.

(i) iMística: iEssa ié ia iforma ide iutilização imais iprimitiva, ionde ia inatureza ié ivista icomo
isagrada, itanto icomo ium itodo, iquanto ia ipartir idos iseus ielementos. iUma irepresentação idessa

iforma ide ientendimento ida inatureza iestá ipresente iem ialgumas ireligiões, icomo iexemplo io

iCandomblé, itrazendo ios iorixás ide iforma iintegrada ià inatureza, iagregando ium ivalor

iecológico, ipor itrazer irespeito ie idevoção i(NETO; iALVES, i2010).Nesse icontexto iexiste iuma

irelação iharmoniosa ia ipartir ido irespeito.

(ii) iEconômica: iSurge ibasicamente icom ia iestruturação ido icapitalismo, ino iqual ia imensuração
ide ivalor ipara itoda ia inatureza ie isuas ipartes ivai isuprir ia iindústria, iquanto ià i iutilização idos

irecursos inaturais iCAVALCANTI, i(2010). iQuanto imais ivalor ibiológico/ecológico io ielemento

ipossuir, imais iapreciado iele iserá. iAlém ida imensuração icapitalista, ia irelação ieconômica

iinclui itodas ias iformas ide iextração ida inatureza ipara ifins ieconômicos.

(iii) iSubsistência: iDifere ipouco ida ieconômica, ipois inesta irelação ide iuso io ihomem itambém
ivai iutilizar ios irecursos inaturais, imas iapenas ipara isubsistência, irealizada iprimariamente ide

iforma itradicional ie iartesanal, ideixando ide ilado ios ipadrões ide ilarga iescala iimpostos ipelo

icapitalismo i(CECHIN, i2010). iA ipartir ido ientendimento ide icomo io ihomem iusa ie ise

iapropria ido imeio iambiente ie idos iseus irecursos, ifica iperceptível ique, ipara ise ichegar ia iuma

irelação iharmônica, io iprimeiro ipasso ié ia iruptura ido icapitalismo idas iações ide

isustentabilidade. iCom iesse idesmembramento ia inatureza ipode iser irequalificada

iintrinsecamente.

13
4.3. iMeio iambiente
A iexpressão i“meo iambiente” iou ienvironment i(inglês), ileenvironnement i(francês), idie
iUmwelt i(alemão) iou imédio iambiente i(espanhol) irefere-se ia itudo io ique ienvolve ie

icondiciona io ihomem, iincluindo ios icomponentes ibióticos ie iabióticos iCompreender io

iconceito ide imeio iambiente igera icondições ipara iuma imudança ide ipostura inesta iconjuntura,

iuma ivez ique ifavorece io ianseio ide iresponsabilidade ibuscando ia imelhoria ino itocante ia isaúde

ie ia iproteção ida inatureza. iSendo iassim, icompreende-se ique io imeio iambiente ié io iconjunto

ide icondições, ide ileis, ide iinfluências, ide ialterações ie ide iinterações icompreendendo ia ifísica,

iquímica ie ibiológica, ipermitindo iabrigar ie iconduzir ia ivida iem itodas ias isuas iformas. i

4.4. iAções ido ihomem isobre io iambiente


Historicamente, io iser ihumano isurgiu ina iera iCenozoica ino iperíodo idenominado iQuaternário,
ie idesde iseu iaparecimento ievoluiu iaprendendo isobre icomo iviver ina iTerra. iNa ipré-história io

ihomem ivive iem iuma iconstante iinteração icom inatureza iexistindo iuma iharmonização ientre

iambos iRODRGUEZ, i(2000). iPercebia-se ia iinteração ihomem-natureza, ipois ias iações

idesenvolvidas ipor iee iseguiam ios iprincípios inaturais. iO ihomem iprimitivo iapreciava ia

inatureza ium isinônimo ide iDeus, iassim, ia imesma idevia ide iser irespeitada, itemida ie

iconservada i(DREW, i1998) iE iassim ia ieducação inão iformal inasceu icom ios iprimeiros

icaçadorcoletores iobservando ios iprocessos ide ireprodução ide ivegetas ie ianimais, ibuscando

ialimentos ipara iuma imelhor iqualidade ide ivida.Foi icom io isurgimento ida iagricutura, iiniciou

ios iprimeiros isinais ide iuma ieducação iforma idespertando ie ia ivisão iecoógica, ipossibilitando

iao iser ihumano ia iuma ivida iurbana, icom iespecialização iprofissional ie idivisão ide icasses

isociais i(RODRÍGUEZ i2000; i2002.

A icontemporaneidade ios idanos iao iambiente ise itornam itão iexpícitos ique idespertam ia
ipreocupação ide ipessoas ide idistintos ipaíses iocasionando ios iprimeiros idebates ipela

ipreservação ido iambiental iO iano ide i1948, iem iParis, io iEncontro ida iUnião iInternacional ipara

ia iConservação ida iNatureza i(UICN) iencontramos ios iprimeiros iregistros ida iutilização ido

itermo i“Educação iAmbiental” i(RODRÍGUEZ, i2000; iSECAD/MEC, i2007). iE idurante itodo

iesse iprocesso ide icrescimento ie idesenvolvimento ida icivilização ia iterra ipassou ipor idiversas

imudançasConstatamos ique ios iabusos icometidos iao iambiente iconstituem iresultados ida ivisão

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ifracionada ique ihomem item ido imundo, ipois iele iapenas iobserva iaqulo ique ilhe iproporciona

ibenefício ipróximo, isem iidentificar ios iimplicações ie iconsequências i(LINDAHL; iapud

iMAGALHÃES, i1978).Podemos icompreender ios iefeitos ida iglobalização iao imeio iambiente,

icausou isérios iefetos ià inatureza, icom iconsequências irreparáveis, ipor iexemplo:

 A iexploração iexacerbada ide irecursos inaturais irenováveis ie inão irenováveis; iaumento ide
itodo itipo ide iresíduos;

 idanos iirreparáves ià ibiodiversidade ido iplaneta; i

 O icrescente iaumento ido iconsumo ide ienergia, idevido iao isistema ide itransporte ia ilongas
idistâncias ilevando ibens ie imercadoras;

 O iaumento ide ipoluentes inos irios;

 O iaquecimento iglobal, ique iestá irelacionado ià iprodução idos icombustíves i ifósseis;

 iA ipoluição ida iatmosférica ie io iaumento ida iliberação ide igás icarbônico i(CO2),

iproveniente isobretudo idos icombustíveis ifósses i(petróleo)

 iO icrescente iaumento ino idesmatamento ipara iamplação idas iáreas iurbanas ie

iagropecuárias ie ia iextração idesenfreada ide imadeira, icomo iexemplo ia iFloresta

iAmazônica; i

 iA iocupação irregular ido isoo icausando iinundações ie ios ideslizamentos i ide iterra.

4.5. iEducacao iAmbiental i


Existem ivárias idefinições ide ieducação iambiental. iO iCongresso ide iBelgrado, ipromovido ipela
iUNESCO iem i1975, idefiniu ia iEducação iAmbiental icomo isendo ium iprocesso ique ivisa:“(...)

iformar iuma ipopulação imundial iconsciente ie ipreocupada icom io iambiente ie icom ios

iproblemas ique ilhe idizem irespeito, iuma ipopulação ique itenha ios iconhecimentos, ias

icompetências, io iestado ide iespírito, iasmotivações ie io isentido ide iparticipação ie iengajamento

ique ilhe ipermita itrabalhar iindividualmente ie icoletivamente ipara iresolver ios iproblemas iatuais

ie iimpedir ique ise irepitam i(..(citado ipor iSEARA iFILHO, iG. i1987).

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No iCapítulo i36 ida iAgenda i21, ia iEducação iAmbiental ié idefinida icomo io iprocesso ique
ibusca:“(...) idesenvolver iuma ipopulação ique iseja iconsciente ie ipreocupada icom io imeio

iambiente ie icom ios iproblemas ique ilhes isão iassociados. iUma ipopulação ique itenha

iconhecimentos, ihabilidades, iatitudes, imotivações ie icompromissos ipara itrabalhar, iindividual ie

icoletivamente, ina ibusca ide isoluções ipara ios iproblemas iexistentes ie ipara ia iprevenção idos

inovos. i(Capítulo i36 ida iAgenda i21).“A ieducação, iseja iformal, iinformal, ifamiliar iou

iambiental, isó ié icompleta iquando ia ipessoa ipode ichegar inos iprincipais imomentos ide isua

ivida ia ipensar ipor isi ipróprio, iagir iconforme ios iseus iprincípios, iviver isegundo iseus icritérios”

iReigota, i(1997). iTendo iessa ipremissa ibásica icomo ireferência, ipropõese ique ia iEducação

iAmbiental iseja ium iprocesso ide iformação idinâmico, ipermanente ie iparticipativo, ino iqual ias

ipessoas ienvolvidas ipassem ia iser iagentes itransformadores, iparticipando iativamente ida ibusca

ide ialternativas ipara ia iredução ide iimpactos iambientais ie ipara io icontrole isocial ido iuso idos

irecursos inaturas.

4.6. iEducação iambiental ie ia iconsciência iecológica


Sabe-se ique ià ipreservação ido imeio iambiente iestá idiretamente irelacionada icom ia iconsciência
iecológica, ie ié inesse ipontoque ia ieducação iambiental item ipapel iimportante, ipois iatitudes

iambientalmente icorretas idevem iser itemas iamplamente iabordados idesde icedo inas iséries

iiniciais ida ieducação iinfantil, ipara ique ipossam iser iassimiladas ipelas icrianças ifazendo iparte

ido iseu idia ia idia inoconvívio ido iambiente iescolar. iNessa ilinha ide ipensamento iMeirelles ie

iSantos i(2005) idizem:

A ieducação iambiental, ie iuma iatividade imeio ique inão ipode iser ipercebida icomo imero
idesenvolvimento ide i“brincadeiras” icom icrianças ie ipromoção ide ieventos iem idatas

icomemorativas iao imeio iambiente. iNa iverdade, ias ichamadas ibrincadeiras ie ios ieventos isão

iparte ide ium iprocesso ide iconstrução ide iconhecimento ique item io iobjetivo ide ilevar ia iuma

imudança ide iatitude. iO itrabalho ilúdico ie ireflexivo ie idinâmico ie irespeita io isaber ianterior idas

ipessoas ienvolvidas. i(MEIRELLES ie iSANTOS i2005, ip. i34). iA iescola item ipapel ide isuma

iimportância identro ido iprocesso ide idesenvolvimento ida iconsciência iecológica ina ivida ide

icada iindivíduo, iporque ios idesequilíbrios iecológicos iestão idiretamente irelacionados iàs

iatitudes iinadequadas iestimuladas ipor imeio idos iapelos iconsumistas identro ide iuma isociedade

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ialtamente icapitalista ique item iprovocado igrande idesperdício igerando ium igrande ivolume ide

iresíduos idevido iao iuso idescontrolado idos irecursos inaturais iocasionando idegradação iaomeio

iambiente.Longe ide iser imera icumpridora ide icurrículo iprogramático, ia iescola item ipapel

iimportante ina iformação ide icidadãos iecologicamente iconscientes ie iresponsáveis icom io imeio

iambiente ie icom ia isociedade ide imodo igeral. iÉ iverdade ique imuitos idos iproblemas isão ifruto

ide ium imodelo ieducacional ideficitário ique iexerce ipouca iou inenhuma iinfluência ina iformação

ide ieducandos iconscientes ie iresponsáveis. iMas ipara ique ia ieducação itenha io ipoder ide

iinfluenciar ina ivida idos ieducandos ié iimportante ique iaqueles ique idetêm io ipoderde iinfluência

isobre iestes, ios iprofessores, isejam irealmente iexemplos. iPois iquando io iprofessor iaplica ium

ideterminado iassunto icom itema ivoltado ipara io imeio iambiente iem isala ie ios ieducandos

iobservam ias iatitudes ideles iincoerentes, ios imesmos ipassam ienxergar ios itemas iestudados

icomo imero iconteúdo, isem ivalor ino icotidiano ifora ida iescola. iNa ivida ie ina iescola io

iexemplo icontinua isendo ia imelhor itécnica ide iensino ie io iprofessor ideve iter iciência ida

iresponsabilidade ique iexerce iao ise iportar identro ie ifora ido iambiente ieducacional, ifrente ia

iseus ialunos ie ia isociedade ide imodo igeral. iOs iobstáculos ino imeio ieducacional isão iinúmeros,

imas ié ipreciso isuperá-los ie idescobrir iquais isão ias imelhores imaneiras ide itrabalhar ios itemas

ida ieducação iambiental identro ie ifora ido iambiente iescolar. iSato i(2002) idiz io iseguinte:

Há idiferentes iformas ide iincluir ia itemática iambiental inos icurrículos


iescolares, icomo iatividades iartísticas, iexperiências ipráticas, iatividades ifora
ide isala ide iaula, iprodução ide imateriais ilocais, iprojetos iou iqualquer ioutra
iatividade ique iconduza ios ialunos ia iserem ireconhecidos icomo iagentes
iativos ino iprocesso ique inorteia ia ipolítica iambientalista. iCabe iaos
iprofessores, ipor iintermédio ide iprática iinterdisciplinar, iproporem inovas
imetodologias ique ifavoreçam ia iimplementação ida iEducação iAmbiental,
isempre iconsiderando io iambiente iimediato, irelacionado ia iexemplos ide
iproblemas iatualizados. iSATO i(2002, ip. i25).

É ipreciso iconscientizar inossos ieducandos ique ia iresponsabilidade ipela ipreservação iambiental


ié ide itodos, ique inossos iatos ivão irefletir isobre io ifuturo idetodos. iIsso ifaz icom ique icada ium

ivenha iperceber ia iimportância ido iseu ipapel icomo icidadão iresponsável ipela iconservação iou

idegradação ido imeio iambiente ia isua ivolta. iMesmo idiante idos iavanços ino icampo ida

ipreservação iambiental, iem inosso ipaís imuitos iainda itêma ivisão ide ique ia ipreocupação icom io

imeio iambiente ié ialgo isem iimportância, idesnecessário, iperda ide itempo, iisso ifez iparte ide

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iuma ivisão icultural ido ipassado, imas ique iainda ise iencontraenraizada iem ideterminados

iextratos isociais. iEsse iranço icultural itende ia iser imudado ina iescola, ipor imeio ido iensino ida

iEducação iAmbiental, iconscientizando ios ieducandos ique ipreservar io imeio iambiente inão ié

iapenas itema iescolar, imas iuma iquestão inecessária ie iurgente ipara iconservação ida ivida ino

iplaneta, ide imaneira ique ios itemas ivoltados ipara io imeio iambiente idevam iser itratados inas

iescolas ide iforma iinterdisciplinar ie ique ios itemas iambientais ise itornem icada ivez imais

ipresentes iem isala ide iaula ie ifora idela. iSobre ia ieducação iambiental ina iformação ida

ipersonalidade ido ieducando iLanfredi i(2002) ifala io iseguinte: iA ieducação iambiental iobjetiva

ia iformação ida ipersonalidade idespertando ia iconsciência iecológica iem icrianças ie ijovens,

ialém ide iadulto, ipara ivalorizar ie ipreservar ia inatureza, iporquanto, ide iacordo icom iprincípios

icomumente iaceitos, ipara ique ise ipossa iprevenir ide imaneira iadequada, inecessário ié

iconscientizar ie ieducar. iA ieducação iambiental ié ium idos imecanismos iprivilegiados ipara ia

ipreservação ie iconservação ida inatureza, iensino ique ihá ide iser iobrigatório idesde ia ipréescola,

ipassando ipelas iescolas ide i1° ie i2º igrau, iespecialmente ina izona irural, iprosseguindo inos

icursos isuperiores. iLANFREDI, i(2002. ip. i197)

A ieducação iambiental iensinada inas iescolas inão ideve iestar ilimitada iapenas ia iconceitos
icientíficos ide iforma iabstrata, ideve iestar iconectado icom io imeio iexterno ido ialunado, icom io

imeio inatural ionde ieste ivive ie ifazendo iuma iponte icom io imeio iambiente ia isua ivolta, itornar

io iensino iambiental iprático ie iprazeroso ipara io ieducando. iDentro idessa ilinha ide ipensamento

iJúnior i(2013) iafirma io iseguinte:

A ieducação iambiental ideve ise iconstituir iem iuma iação ieducativa ipermanente ipor iintermédio
ida iqual ia icomunidade item ia itomada ide iconsciência ide isua irealidade iglobal, ido itipo ide

irelações ique ios ihomens iestabelecem ientre isi ie icom ia inatureza, idos iproblemas iderivados ie

ide iditas irelações ie isuas icausas iprofundas. iEste iprocesso ideve iser idesenvolvido ipor imeio ide

ipráticas ique ipossibilitem icomportamentos idirecionados ia itransformação isuperadora ida

irealidade iatual, inas isearas isociais ie inaturais, iatravés ido idesenvolvimento ido ieducando idas

ihabilidades ie iatitudes inecessárias ipara idita itransformação. i(JÚNIOR i2013, ip. i100) iÉ ipor

imeio ida ieducação iambiental ique iconsegue ialcançar io itão isonhado idesenvolvimento

isustentável, ide iforma ique ihaja idesenvolvimento ijunto ià ipreservação iambiental. i

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4.7.Princípios ida ieducação iambiental
Ainda ide iacordo icom ia iConferência ide iTbilisi, ios iprincípios ique idevem inortear iprogramas
ie iprojetos ide itrabalho iem ieducação iambiental isão:

 Considerar io iambiente iem isua itotaidade, iou iseja, iem iseus iaspectos inaturais ie iartificiais,
itecnológicos ie isociais i(econômico, ipolítico, itécnico, ihistórico-cultural ie iestético);

 Construir-se inum iprocesso icontínuo ie ipermanente, iiniciando ina ieducação iinfantil ie


icontinuando iatravés ide itodas ias ifases ido iensino iformal ie inão iformal;

 Empregar io ienfoque iinterdisciplinar, iaproveitando io iconteúdo iespecífico ide icada


idisciplina, ipara ique ise iadquira iuma iperspectiva iglobal ie iequilibrada;

 Examinar ias iprincipais iquestões iambientais iem iescala ipessoal, ilocal, iregional, inacional,
iinternacional, ide imodo ique ios ieducandos itomem iconhecimento idas icondições iambientais

ide ioutras iregiões igeográficas;

 Concentrar-se inas isituações iambientais iatuais ie ifuturas, itendo iem iconta itambém ia
iperspectiva ihistórica; i iInsistir ino ivalor ie ina inecessidade ide icooperação ilocal, inacional ie

iinternacional, ipara iprevinir ie iresolver ios iproblemas iambientais;

 iConsiderar, ide imaneira iclara, ios iaspectos iambientais inos iplanos ide idesenvolvimento ie

icrescimento;

 Fazer icom ique ios ialunos iparticipem ina iorganização ide isuas iexperiências ide
iaprendizagem, iproporcionando-lhes ioportunidade ide itomar idecisões ie ide iacatar isuas

iconseqüências;

 Estabelecer iuma irelação ipara ios ialunos ide itodas ias iidades, ientre ia isensibilização ipelo
iambiente, ia iaquisição ide iconhecimentos, ia icapacidade ide iresolver iproblemas ie io

iesclarecimento idos ivalores, iinsistindo iespecialmente iem isensibilizar ios imais ijovens

isobre ios iproblemas iambientais iexistentes iem isua iprópria icomunidade;

 iContribuir ipara ique ios ialunos idescubram ios iefeitos ie ias icausas ireais idos iproblemas

iambientais;

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8. iConclusão i

A irelação ido ihomem icom ia inatureza ie icom io iambiente ique io icerca isofreu imodificações
iconceituais idesde ios iprimórdios iaté ios idias iatuais. iO iser ihumano ijá ifoi ivisto icomo iparte

iintegrante ido iecossistema, icomo itambém ijá ifoi iconcebido icomo ielemento ique ideve idominar

ia inatureza, icolocando-a ia iseu iserviço. iNa icontemporaneidade, ientretanto, ios iproblemas

iambientais iexsurgem icomo ialgo ique ideve iser iestudado ie isolucionado, ihaja ivista ique

icolocam iem irisco ia iprópria isobrevivência ida ihumanidade.Nesse iaspecto, ia ieducação

iambiental ideve iexercer ipapel iprimordial, icomo iinstrumento ide ipromoção ida imudança ide

iatitudes, ide iconceitos iéticos ie imorais, ide ivalores ie, ipor ifim, ide icomportamentos.

O imeio iambiente i(e isua ipreservação) inão ipode iser ivisto icomo ielemento iisolado ie
idissociado ide ioutros ielementos ida isociedade, icomo ipolítica, icultura ie ieconomia. iPara ique

ise idê ium itratamento iadequado ià iquestão iambiental ié ipreciso ireconhecêla icomo iintegrante

ide ium isistema, ino iqual iestão ipresentes ioutros ielementos ie ivalores isociais. iO iprocesso ide

ieducação iambiental ié, iportanto, icomplexo, inão ise iesgotando iem ipráticas ique, iapesar ide

ilouváveis, iestão ilonge ide iconduzirem io iindivíduo ia iuma imudança iefetiva ide iatitude

A ieducação iambiental, ipara ique ise itorne iefetiva, inão ipode ise ipautar iem imeras iações imas,
idiferentemente, ideve ipromover ia imudança ide iatitudes ie ide ivalores ipessoais, iéticos ie imorais,

ido iindivíduo ie ida isociedade, iem irelação iao imeio iambiente, ide imodo ique io ihomem ise iveja

iparte iintegrante ide ium isistema ique iinevitavelmente iincorpora, ialém idos iaspectos iambientais,

itambém ias inuances ida icultura, ida ipolítica ie ida ieconomia. iÉ iessa ipercepção isistêmica ique

ipropiciará imudanças iconsistentes ide iatitudes, iviabilizando io idenominado idesenvolvimento

isustentável ie ia isobrevivência ida iespécie ihumana.

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6. iBibliografia i

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