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TCC de Riler Fabrício Da Silva Ferreira - RELATO E REFLEXÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR EDUARDO LIMA E SILVA SOBRE O ENSINO DA ARTE
TCC de Riler Fabrício Da Silva Ferreira - RELATO E REFLEXÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO NA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROFESSOR EDUARDO LIMA E SILVA SOBRE O ENSINO DA ARTE
Porto Velho - RO
2024
RILER FABRICIO DA SILVA FERREIRA
Porto Velho - RO
2024
RILER FABRICIO DA SILVA FERREIRA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Prof. Dr. ..............
Universidade ..............
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Prof. Dr. ..............
Universidade ..............
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Prof. Dr. ..............
Universidade ..............
Dedico este trabalho aos meus pais e amigos que
sempre me motivaram na busca pelo conhecimento.
AGRADECIMENTOS
Introdução .................................................................................................................. 10
1 - Reflexões geradas a partir do estágio supervisionado na escola ................ 12
2 - Panorama do ensino das artes .......................................................................... 20
3 - Resultado da pesquisa ........................................................................................ 24
Tabela 1 — Respostas dos professores..................................................................... 24
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 30
Anexos......................................................................................................................33
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Lista de Tabelas:
Tabela 1 – Respostas dos Professores....................................................................24
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Introdução
Educação de Jovens e Adultos, alunos com idade entre 18 anos até adultos acima de
50 anos.
Ainda, de acordo com o PPP da escola, pode-se verificar que 73% dos alunos
matriculados na Escola Prof. Eduardo Lima e Silva são nascidos em Porto Velho, 3%
nos demais municípios do Estado de Rondônia e 24% em outros estados, como
Amazonas, Acre e outros. (Projeto Político Pedagógico Escolar, p.12 a 15).
Como metodologia neste estudo, será utilizada a abordagem qualitativa.
“Nesse modelo de estudo, há uma relação entre o pesquisador e o sujeito da pesquisa
a partir de questões discutidas durante o próprio estudo” (Denzin et al 2006). Neste
caso, a relação entre pesquisador e sujeito aconteceu com o estágio supervisionado,
realizado em 2023, para o curso de licenciatura em Artes Visuais na Fundação
Universidade Federal de Rondônia.
Minayo (2007) diz que, a pesquisa qualitativa responde a questões particulares
e trabalha com um universo de múltiplos significados. Essa prática dá ao pesquisador
a oportunidade de observar, no âmbito do objeto de estudo, a visibilidade da
problemática.
Sendo assim, no capítulo um serão apresentadas experiências e reflexões
resultantes do estágio supervisionado realizado em uma instituição educacional
estadual no ensino médio.
O foco principal é nas observações práticas obtidas durante o estágio,
destacando a interação com alunos, a vivência na prática pedagógica e os
aprendizados adquiridos.
O capítulo dois concentra-se em oferecer uma visão do estado atual do ensino
nas artes no estado de Rondônia. Inclui questões educacionais relacionadas às
escolas públicas com os desafios enfrentados pelas escolas no que diz respeito à falta
de professores.
No capítulo três serão apresentados os resultados da pesquisa. Inclui uma
descrição do método utilizado para coleta das informações. Em seguida, completa
esse texto, as considerações finais, com aspectos relacionados à experiência do
estágio supervisionado.
12
Masschelein & Simons (2015) referem-se aos professores como alguém que é
bem adaptável em algo, que também está interessado em algo e ativamente envolvido
em algo. Nesse caso, deve-se questionar se o professor que está atuando com as
disciplinas de artes nas escolas públicas de Porto Velho tem formação na área de
conhecimento. “É precisamente a maestria e o engajamento interessado e inspirado
por parte do professor magistral que lhe permite inspirar e envolver os alunos”
(Massclain et al, 2015, p. 80), isso reforça a necessidade de aprender arte, estudar,
ler, descobrir o que se oferece na cidade, no país, no mundo, para poder provocar a
reflexão sobre um dos saberes essenciais que são fornecidos na escola.
Se fossem estimulados a conhecer a cultura da cidade em que vivem, ou
buscarem material complementar regional, com o objetivo de conhecer a si mesmo,
seguindo com atividades relacionadas à arte para criar um ambiente favorável à
identificação cultural e ao desenvolvimento individual, Ana Mae Barbosa diz que:
Questões que transitam sobre temas ampliados e que dialogam com o “[...]
reconhecimento da subjetividade do sujeito, no livre diálogo entre estudantes e
professores, na participação democrática ou na construção de um
conhecimento não fragmentado e não alheio à experiência dos alunos”
(Carbonell, 2016, p. 55).
falta de educadores nessa área pode ter efeitos negativos no processo educacional
dos estudantes. O Artigo 215 da constituição diz que “O Estado garantirá a todos o
pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará
e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais” (Brasil, 1988, p.
126). Para isso as escolas precisam planejar e executar projetos pedagógicos que
contemplem a lei.
O processo de construção do Projeto Político Pedagógico (PPP) pode ser feito
de diversas formas. Isso geralmente é aplicado pelas secretarias de educação, um
plano bem pensado dá voz aos membros da comunidade escolar, famílias,
professores, alunos e funcionários.
Para as escolas públicas, os PPP também podem ser implementados pelos
conselhos escolares porque envolvem membros de diferentes segmentos da
comunidade escolar.
Embora se recomende que todo o processo de elaboração do plano seja
democrático, recomenda-se que o texto final seja elaborado por um grupo de
especialistas da área de educação para dar consistência e qualidade à proposta.
Missão da escola, em geral, o Projeto Político Pedagógico deve conter informações
básicas para identificar a escola, a missão, características do aluno - quando aplicável
- aprendizagem dos alunos, professores que integram o corpo docente, organização
da assessoria e ações desenvolvidas durante o ano letivo.
Além dessas informações, o PPP mostra como os alunos serão avaliados,
quais projetos serão realizados, quais temas serão discutidos em aula e quais serão
os temas desenvolvidos pelos professores em aula.
Informações adicionais e mais detalhadas também devem ser incluídas em
projetos de política educacional, como: Métodos pedagógicos, criadores fundamentais
dos processos educativos utilizados nas escolas, modelos educativos e práticas de
sala de aula, os projetos educacionais geralmente orientam os passos a serem
seguidos a cada ano.
É importante ressaltar que a PPP também deve ser flexível, isso significa
adaptar conforme necessário para atender às necessidades da comunidade escolar,
mas isso não significa ignorar ou adaptar de tal modo que professores de outras
titulações possam praticar a regência no âmbito das artes.
Veiga (2002, p. 13) complementa, afirmando que:
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[...] todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar
intimamente articulado ao compromisso sócio político com os interesses reais
e coletivos da população majoritária. É político no sentido de compromisso com
a formação do cidadão para um tipo de sociedade (...). Pedagógico, no sentido
de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de
cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.
Ainda há muito a ser feito para lidar com a falta de educadores em artes na
Escola Eduardo Lima e Silva. Uma medida importante seria a contratação de
professores de arte em tempo integral, o que permitiria aos alunos terem aulas com
um professor qualificado.
Por isso uma educação que apenas pretenda transmitir significados que estão
distantes da vida concreta dos educandos, não produz aprendizagem alguma.
É necessário que os conceitos (símbolos) estejam em conexão com as
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Sem uma compreensão dos princípios básicos da arte, os alunos podem ter
dificuldades em se comunicar através das linguagens artísticas, o que pode prejudicar
suas chances de sucesso nas áreas profissionais. A falta de educação em artes pode
afetar a autoconfiança dos alunos e sua capacidade de se expressar de maneira
criativa e significativa, sendo a arte uma das formas importantes de expressão e
exploração do mundo.
Portanto, como ressalta Silva (2010, p. 78) “as práticas e as manifestações
ocorrem de acordo com as circunstâncias específicas. Por isso com base nos estudos
culturais, as relações da cultura dão suporte ao currículo pedagógico como formas de
aprendizado”.
3 - Resultado da pesquisa
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Professor (M) Sim, ela pode até mesmo reprovar e segue os mesmos critérios de uma disciplina
como Português e Matemática.
Professor (A) Sim, é obrigatório. A disciplina foi várias vezes escalada entre os professores da
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Professor (M) Sim. Primeiro que não tem repasse dos materiais, um pincél está por volta dos 7
reais. Imagine isso dividido por 25 a 30 alunos.
Professor (A) Sim. Às vezes só sou requisitada quando precisa ''enfeitar'' fazer bandeirinhas ou nos
dias especiais como o dia da mulher.
Professor (D) Sim. Principalmente por que não tenho autonomia sobre os assuntos da arte como
assuntos mais delicados como o estudo das artes das matrizes africanas.
Pergunta 5: A escola possui uma estrutura adequada para as aulas de Arte (teórica e prática)?
A escola possui materiais suficientes e adequados para as aulas?
Professor (M) Não. A sala que tinha está desativada, não há qualquer material. Eu tenho sempre
que comprar as folhas A4 que é o básico para desenhar e uso os lápis que eu tenho há anos.
Professor (A) Não. O que eu tenho é o que uso com eles.
Professor (D) Não. Eu uso o livro do MEC.
Professor (M) Com certeza, as vezes eu passo mais tempo andando entre os corredores que
dandoaula.
Professor (A) Sim.
Professor (D) Sim.
Pergunta 8: Os alunos demonstram gostar e interagir nas aulas de Arte ou participam apenas
por ela ser obrigatória?
Professor (M) É difícil definir isso sabe, muitos deles tem talento e experiência em desenhar, mas
por falta de incentivo às vezes eles se desmotivam.
Professor (A) Sim, eles gostam.
Professor (D) Sim, acho que eles gostam.
Professor (M) Compra de materiais, uma sala própria para produção, cavaletes, pincéis e tintas
acho que por aí já podemos começar.
Professor (A) Sim, tem que levar eles mais nos museus e casas de cultura.
Professor (D) Sim, a arte tem que ser levada a sério.
Saldaña (2016) afirma que apenas 26% dos graduados em arte atuam com
esse componente. Contudo, Alvarenga (2014) também afirma que houve um aumento
de 1500% (mil e quinhentos por cento) nos cursos de Licenciatura em arte no Brasil
entre os anos de 2004 e 2012.
A falta de educadores em artes nas escolas é uma realidade que tem sido
amplamente discutida e que levanta questões importantes sobre o impacto no
desenvolvimento dos alunos e na qualidade do ensino como um todo.
Especificamente, na Escola Eduardo Lima e Silva, em um determinado contexto, essa
ausência de profissionais especializados em artes visuais tem despertado
preocupações acerca do potencial prejuízo para o crescimento acadêmico e artístico
dos estudantes, conforme estabelecido pelo Projeto Político-Pedagógico (PPP) da
instituição.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
SAEB - Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) (2021) Disponível em; <
https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/avaliacao-e-exames-
educacionais/saeb >
SALDAÑA, J. Coding Manual for Qualitative Researchers. 3a. edição. Los Angeles:
SAGE Publications, Inc, 2016.
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