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As Mentiras em que Acreditamos

J. R. Nyquist

Tradução:
Wilson Filho Ribeiro de Almeida, 2021

Em pântanos rasos
24/09/2019

— E eu vi uma grande tristeza cair sobre a humanidade. Os


melhores se cansaram de suas obras. Surgiu uma doutrina,
acompanhada pela fé: 'Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado!' E
de todas as colinas ecoou: 'Tudo é vazio, tudo é um, tudo é
passado!' De fato, nós colhemos: mas por que todas nossas frutas
tornaram-se podres e marrons? O que foi que caiu da lua do mal na
noite passada? Em vão foi todo o nosso trabalho; o nosso vinho se
tornou veneno; um mau-olhado murchou nossos campos e
corações. Todos ficamos secos... Todos os nossos poços secaram;
até o mar se retraiu. Todo o solo deveria rachar, mas a profundeza
se recusa a devorar. 'Ai de nós, onde haverá ainda um mar em que
se possa se afogar?' Assim lamuriamos em pântanos rasos.

— Friedrich Nietzsche, Assim Falou Zaratustra

Nossa grande vergonha — a vergonha da geração atual — é a forma


como fomos enganados: primeiro, pelo suposto colapso do comunismo;
segundo, por nossa tolerância para com as promessas de políticos socialistas
que negam ser socialistas; e, terceiro, chegando a tolerar um falso conjunto de
alegações que deveriam ter sido descartadas como sendo loucura — como a
obsessão de gênero e raça dos dias de hoje, como a política da mudança
climática, como o romance de nossa cultura com os homossexuais e os
transexuais. É, como Nietzsche intuiu, um pântano raso no qual ouvimos o
refrão: "Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado." É a crise do niilismo
europeu.
Quando a União Soviética de certa forma desapareceu, fomos
informados de que a subversão comunista era coisa do passado. Depois
elegemos os comunistas internamente, embora essas pessoas negassem o seu
marxismo e ocultassem suas conexões subversivas — alguns de nós não
foram enganados. Mas o público não quis ouvir nosso aviso. O socialismo
avança de forma constante, em ritmo acelerado, de forma insistente,
militante, com presas e garras de prontidão. Agora estamos presos à medicina
socializada, que corrompe a boa medicina. A carga tributária da saúde
"gratuita" irá efetivamente tomar o lugar dos gastos com a defesa. Ninguém
se atreve a rejeitar dinheiro de impostos para as cirurgias da vovó (embora a
medicina socializada tenha mais probabilidade de matar a vovó do que de
salvá-la). Em prol de nossa compaixão, diga adeus aos batalhões navais,
divisões de tanques e alas aéreas. Nós, afinal de contas, não precisamos deles,
né? A ameaça do socialismo totalitário terminou em 1991.
Mas não terminou, e eles nos seguram pela garganta. E agora ficamos
presos numa situação insustentável depois da outra. Sim, eles nos levaram à
medicina socializada e estão nos levando à histeria do aquecimento global.
Em breve nossa sociedade estará financeiramente arruinada e nossos inimigos
terão a balança do poder em suas mãos. Nossos intelectuais do "mainstream",
que dominam o governo e a mídia, já garantiram que o nosso arsenal nuclear
se desmantelasse. Não há como sobreviver a esses idiotas educados — gente
com cérebros enormes, mentes pequenas e nenhum instinto sequer.
William F. Buckley reconhecidamente disse que ele "preferiria viver
numa sociedade governada pelos primeiros dois mil nomes da lista telefônica
de Boston do que numa sociedade governada pelos dois mil membros do
corpo docente da Universidade de Harvard". Mas Harvard venceu, e Stanford
e Yale, e…
Recentemente terminei de ler as memórias do professor de Stanford
Michael McFaul, sobre a formulação de políticas no governo Obama. Foi
uma leitura difícil, porque McFaul é um entusiasta politicamente correto do
tipo mais enfadonho, repetitivo e exasperante. Ele acredita em feminismo,
mudanças climáticas, paz mundial e democracia. Ele é um fantasista político
pronto para investir numa fazenda de raios lunares se tiver a menor
oportunidade. Eis um trapalhão bem-intencionado, um arquiteto da política
de reconfiguração de Obama na Rússia, que vagamente (meio que) admitiu
ter traduzido mal a palavra "reset" ("reconfigurar", "reiniciar") no botão que
Hillary Clinton deu de presente ao ministro das Relações Exteriores russo,
Sergei Lavrov, em 2009. McFaul tem uma seriedade multicultural tão
ofuscante que nunca deveriam ter-lhe ensinado a ler ou dado permissão para
escrever. A doença interna que aflige pessoas desse tipo já foi descrita por H.
L. Mencken como "a vontade de acreditar". Como formulador de políticas,
McFaul é perigoso em qualquer velocidade; um simplório inteligente cujo
conselho nunca deve ser seguido e cujas prescrições são fatais.
McFaul, é claro, detesta o presidente Trump; provavelmente pelas
mesmas razões por que Claire Berlinski o detesta; a saber, por conta da
evidente inclinação não-intelectual do presidente, a qual se classifica, na
análise de Claire, como "analfabetismo". Somos informados de que o
presidente não gosta de ler. A incapacidade de Trump para cargos
importantes começa aqui, precisamente onde começa o autismo da classe
dominante. Ah sim, eu sei que eles lêem. Mas, na minha experiência, eles não
lêem com discernimento, e são atraídos pelos livros errados. É um
intelectualismo permeado de autopiedade, desonestidade e malícia. Pode-se
dizer, neste assunto, que nossos intelectuais são odiosos porque lêem.
Nietzsche sabia que havia um problema com os intelectuais há mais de
130 anos. Em Assim Falou Zaratustra, Nietzsche escreveu: "Mais outro
século de leitores — e o próprio espírito cheirará mal." No parágrafo
seguinte, ele explicava: "A permissão para que todos aprendam a ler arruína,
a longo prazo, não apenas a escrita, mas também o pensamento."
Muito poucos são capazes de pensar, de se ater aos fatos, de adiar o
julgamento. O caráter é decisivo aqui. O entusiasta imediatamente acredita,
se entusiasma, aplaude. Este é McFaul e toda a tribo de idiotas úteis da elite.
Cobrindo o seu flanco, e aproveitando ao máximo a sua ingenuidade, está a
tribo dos gangsters intelectuais, os niilistas e os odiadores revolucionários. Eu
preferiria os instintos "iletrados" de Trump ao niilismo "letrado" dessas
pessoas a qualquer momento.
Não que a aversão de Trump pela leitura seja algo para comemorar. Eu
entendo as limitações de quem não lê bons livros. Porém, mesmo assim,
Trump é melhor do que os literatos de esquerda que o desprezam. Se ele é
mau, como sugere Claire Berlinski, então ele é menos mau do que eles.
A virtude viril combinada com um forte instinto às vezes conta mais do
que a razão na vida do homem. Como geralmente acontece, a razão ou se
prostitui para justificar a arrogância do ego frágil, ou se humilha diante do
fato objetivo motivada por uma abundância de força interior. Este último caso
é relativamente raro hoje em dia. Portanto, é apropriado ter cuidado com os
intelectuais. E digo isso como alguém que reverencia a inteligência, que
acredita na instrução, mas que está decepcionado com os intelectuais como
classe. Tenho visto maldade covarde em demasia em nossos literatos para
alimentar quaisquer ilusões a seu respeito. É preciso ir mais longe que
Nietzsche ao condenar essas pessoas. Conceder instrução aos ímpios é como
dar pedicure a uma hiena.
Considere o que nossas hienas intelectuais fizeram: idéias falsas são
promovidas em toda parte. A nova religião dos intelectuais é o socialismo, e
ele está se instalando em todos os lados. Ele devora a semente de milho do
futuro. Ele engana e corrompe o público. E assim que obtiverem um controle
suficiente do poder, usarão de violência contra qualquer um que os
contradiga. Eles não estão interessados no primado da lei. É por isso que a
nova religião do socialismo estabeleceu tantos estados totalitários em todo o
mundo — na Rússia, na China, em Cuba, na Coréia do Norte, no Vietnã, na
Venezuela, na Nicarágua, em Angola, no Congo e outros mais. As pessoas
nesses países não têm direitos. Elas são bens móveis. E seus governantes
socialistas sempre se revelam criminosos, assassinos e destruidores. Mas
todos eles começaram como intelectuais.
Percebe para onde estamos indo?
Thomas Carlyle certa vez observou que "o homem nunca se entrega
totalmente à Força bruta, mas sempre à Grandeza moral". Eis a base para uma
fraude: a imposição de uma imitação de grandeza moral (também conhecida
como "Politicamente Correto"). Assim, perdemos contato com a verdadeira
grandeza moral.
A nova religião dos intelectuais — o socialismo — é uma doutrina que
promete nos levar à falência, financeira e intelectualmente. Aqueles que têm
dúvidas, que discordam da nova doutrina, são imorais. Devem ser ignorados,
ou então são rotulados de sexistas, racistas ou nazistas. Nós mal
consideramos o que é que racismo ou sexismo seriam, caso fossem algo
diferente de um rótulo usado para destruir pessoas que discordam de políticas
específicas — seja no direito da família, imigração ou segurança nacional.
Um verdadeiro racista não é incomodado por tal rotulagem e certamente
não é destruído por ela. Em vez disso, ela é o seu emblema de honra. Com
mais freqüência, o rótulo de "racista" foi projetado com um conjunto
diferente de vítimas em mente; pois é inteiramente possível concluir que se é
favorável a uma imigração restringida e à eliminação do "direito ao aborto"
devido a um senso superior de moral e prudência; não devido um desprezo
malicioso por mulheres ou estrangeiros.
É possível se opor ao divórcio, ao aborto e ao feminismo sem sentir
animosidade em relação às mulheres. É possível, de fato, que alguns de nós
estejam honestamente preocupados com a sobrevivência de nossa própria
espécie, e de nosso modo de vida, sob um regime que insiste que as mulheres
devem ter carreiras em vez de filhos. Poderíamos admitir que nossos
ancestrais, cujos livros de regras jogamos fora, foram sábios e cuidadosos ao
preservar costumes que eram sustentáveis? E agora que herdamos o que a
prudência e previsão deles obtiveram, chamamos sua prudência de racismo e
sua previsão de sexismo.
Somos estúpidos?
A guerra que realmente está acontecendo, em nosso tempo, é uma guerra
contra nossos ancestrais e contra o Criador; uma guerra de ingratidão — de
ingratidão monstruosa, autodestrutiva.
Veronica Kamenskaya, uma blogueira de Moscou, comentou certa vez o
declínio da civilização ocidental e pós-soviética. Ela disse que a civilização
cristã geralmente não permitia o divórcio. E então, abrimos uma caixa de
Pandora virtual. "Assim que o divórcio foi legalizado na França", escreveu
Veronica, "os homens começaram a se divorciar de suas esposas para se casar
com mulheres mais jovens". No início, 85–90 por cento dos divórcios eram
iniciados por homens. A França viveu um baby boom. Então, observou
Veronica, "a pílula chegou à França em 1969 e o aborto foi legalizado em
1975. Em meados dos anos 80, ocorreu uma mudança drástica". Antes de
1970, a maioria das mulheres francesas, se trabalhassem, eram empregadas
como escriturárias ou secretárias sem muita importância — antes do
casamento. A partir do final da década de 1960, segundo Veronica, "as
francesas começaram a adquirir prestígio e a ganhar um bom dinheiro; de
forma que o casamento deixou de ser a melhor e única solução para os
problemas financeiros e sexuais enfrentados pelas mulheres francesas."
Nesse momento, dar filhos à luz deixou de ser inevitável. Em 1987, 90
por cento dos divórcios franceses eram iniciados por mulheres. A respeito
dessa estatística, Veronica refletiu: "Os franceses causaram isso a si mesmos.
Eles destruíram a família, que é a mais preciosa de todas as instituições." Por
que uma mulher buscaria segurança no casamento quando seu marido poderia
descartá-la para se casar com uma esposa mais jovem? Melhor seria, para
uma mulher, então, se ela tivesse uma carreira em vez de filhos. Veronica não
é uma cientista social, mas mesmo assim ela percebe algumas das forças em
ação por trás da degeneração européia. A taxa de natalidade da Europa entrou
em colapso. O estado facilitou esse colapso, com suas leis de divórcio sem
culpa. Em conseqüência, a Europa está em falta de gente. E isso nos leva à
beira de uma crise sem precedentes. Para compensar essa falta de gente, a
Europa importou milhões de trabalhadores muçulmanos; tantos, na verdade,
que a Europa está gradualmente se transformando em algo chamado Eurábia.
Aqui encontramos uma transição do "sexismo" para o "racismo". Todos,
é claro, já ouviram falar da Constituição dos Estados Unidos. É a lei suprema
do país. As primeiras dez emendas à Constituição são conhecidas como "a
Carta de Direitos". Os americanos hoje ouvem muito sobre "direitos" e muito
pouco sobre as medidas práticas necessárias para garantir esses direitos.
Muitos americanos esqueceram que você não pode ter uma constituição a
menos que tenha um país; e você não pode ter um país a menos que o
defenda contra inimigos, estrangeiros e domésticos. No fundo, toda
constituição deve ser interpretada de forma que o direito natural do país à
autodefesa não seja cancelado por um emaranhado crescente de direitos
individuais e das minorias que sufocam as necessidades da defesa nacional.
Então, aqui estamos nós, lutando com a pergunta: os muçulmanos têm o
direito de erguer uma mesquita próxima ao "marco zero" em Manhattan? O
direito à liberdade religiosa, supostamente garantido pela Constituição,
protege os muçulmanos da discriminação nos Estados Unidos? Ele os protege
contra as barreiras à imigração, contra a desconfiança e a antipatia da
população nativa? Ele permite que eles construam uma mesquita próxima ao
próprio lugar onde "guerreiros" islâmicos fizeram uma grande ferida no
horizonte da maior cidade da América?
O que quer que pensemos da Constituição, ela não pode proteger os
muçulmanos da inimizade que o Islã gera onde quer que o seu estandarte
tenha sido levantado. Na verdade, a Constituição não foi escrita para proteger
a nação do Islã, ou várias colônias dessa nação plantadas em nosso meio. A
Constituição em nenhum lugar diz que os muçulmanos têm o direito de vir
para os Estados Unidos, construir mesquitas ou estabelecer sua própria
cultura como parte de uma colcha de retalhos multicultural celebrada como
um novo tipo de nação (que efetivamente nega o que a América foi outrora).
Não é por isso que a Constituição foi estabelecida. Conforme afirmado no
Preâmbulo, nossa Constituição foi estabelecida "a fim de formar uma União
mais perfeita, estabelecer a Justiça, garantir a Tranqüilidade doméstica,
providenciar a defesa comum, promover o Bem-Estar geral e assegurar as
Bênçãos da Liberdade para nós mesmos e nossa Posteridade..."
Vale a pena repetir a última frase — "para nós mesmos e nossa
posteridade". Não há nenhuma referência aos muçulmanos, explícita ou
implícita. Eles não pertencem à nossa nação. Eles não são "nós mesmos e
nossa posteridade". Além disso, devemos prestar muita atenção aos objetivos
da Constituição. Como é que a presença de milhões de muçulmanos nos
Estados Unidos torna uma "União mais perfeita" ou "assegura a
Tranqüilidade doméstica"? Claramente, a presença de uma colônia
estrangeira em nosso meio serve para promover desunião e agitação.
Como os árabes reagiriam se construíssemos uma igreja cristã em
Meca? Sua reação violenta seria imediata e letal. Os muçulmanos são
inimigos da América? No momento, é inconveniente dizer isso; mas na
medida em que os muçulmanos são como unitaristas, eles não são inimigos.
Na medida em que levam a sério o Alcorão e seus ensinamentos, sua
inimizade é estabelecida por seus próprios preceitos. Se uma pessoa
realmente acredita no Alcorão, ela não pode ser americana sem zombar do
que os americanos são. É importante dizer mais uma vez: se um muçulmano
é apenas um seguidor nominal do Profeta, não há nada de mal nele. Ele
poderia abandonar sua fé e se tornar um americano. Por outro lado, se um
muçulmano é um muçulmano a sério, seguindo os ensinamentos do Profeta
de maneira consistente e consciente, então ele não pode ser um cidadão dos
Estados Unidos de boa-fé. Sua lealdade é para com Alá e para com a Nação
do Islã. Ele não pode servir a dois senhores. Maomé não instruiu seus
seguidores a "dar a César o que é de César…" A fé muçulmana não concorda
com essa máxima. Por essa e outras razões, a cultura muçulmana não pode
coexistir facilmente com a cultura americana.
O Deus adorado pelos muçulmanos é diferente do Deus adorado pelos
americanos. É um erro pensar que muçulmanos e americanos podem, no
final, viver pacificamente juntos no mesmo país. Tal projeto, se persistir,
concederá uma guerra religiosa à nossa posteridade. Poderíamos igualmente
escrever um novo Preâmbulo para a Constituição "a fim de formar uma
Desunião mais perfeita, estabelecer o Politicamente Correto, garantir a
Desordem doméstica, sabotar a defesa comum, promover o caos geral e
assegurar as Bênçãos da Ditadura Militar para nós mesmos e nossa
Posteridade." Então, pelo menos, nossas palavras se alinhariam melhor com
nossa política. Claro, somos tolos e ingênuos em nosso pensamento, e quase
não merecemos nossos ancestrais, na medida em que deixamos de considerar
a verdadeira situação de nossa posteridade.
Poucos têm coragem de apontar o caminho desastroso que estamos
seguindo. Os americanos têm o dever de ler a história do Islã. Ali encontrarão
uma religião espalhada pela espada; um fanatismo militante que varreu o
Império Romano, conquistou a África, a Espanha e os Bálcãs. Eis uma guerra
que durou séculos, na qual milhões de cristãos foram massacrados e
escravizados. Quando exatamente o Islã declarou que a sua guerra contra a
cristandade havia acabado? Quando os muçulmanos devolveram aquelas
terras tomadas dos cristãos?
Ainda assim, a doutrina do politicamente correto faria o Ocidente se
desculpar com o Islã pelo legado do colonialismo. Dada a história do Islã e a
história dos Estados Unidos, apenas um tolo poderia imaginar que o Islã e a
América poderiam ser misturados com segurança. Mas hoje temos esta
fórmula, inventada e levada adiante pela esquerda política, chamada de
"multiculturalismo". Na verdade, o multiculturalismo é meramente uma
negação da cultura americana e uma rejeição da noção de que os imigrantes
devem se integrar e se tornar americanos.
Com relação a isso, uma cultura que é representada por todas as culturas
não é americana. É tudo menos americana. Seria como dizer que todo mundo
na terra é, de fato, americano; que cada cultura representa a cultura
americana. Se isso for aceito como verdade, então não poderá haver cultura
americana e toda a herança real da América será apagada com um único
golpe. Se este não é o objetivo daqueles que promovem o multiculturalismo,
então eles se abriram para um sério mal-entendido. Pois parece que seu
projeto é destruir os Estados Unidos da América usando o multiculturalismo
como arma para desarmar e desorientar o povo americano, retirando o
conceito de "nação", substituindo-o por conceitos que lhes permitirão jogar
um jogo de "dividir e conquistar".
Uma nação é um grupo de pessoas unidas ao longo de gerações por
laços culturais e sociais, pela língua e pela história, por valores e costumes
comuns. Não pode ser um amálgama de todos os povos e todas as culturas,
com conexões tênues e costumes contrários. Isto não é um país ou uma
cultura, mas uma Torre de Babel. No entanto, dizem-nos para nos tornarmos
essa Torre de Babel e, assim, perder nossa identidade nacional única, ao
mesmo tempo em que engendramos uma guerra civil. Essa doutrina
erradicaria totalmente a América, deixando nada além de uma paisagem de
crateras. Permitir que milhões de muçulmanos entrem nos Estados Unidos, e
dizer que são americanos, é uma espécie de insanidade — a menos que sejam
muçulmanos nominais.
Se um muçulmano quer se tornar americano, é evidente que ele deve
abandonar a sua religião em um sentido fundamental, ou então podemos
desistir de nosso país; pois ele não pode acreditar no Islã enquanto faz um
juramento sincero de fidelidade à Constituição; pois o Profeta Maomé não
teria aprovado a Constituição dos Estados Unidos. Ele teria pedido por sua
anulação e pela criação de um califado, e muitos de seus seguidores hoje em
dia entendem isso.
Do lado americano, é claro que os Pais Fundadores não estabeleceram
este país como um lugar para os seguidores de Maomé colonizar e subverter.
Essa não era a intenção deles, nem olhariam com bons olhos para os
descendentes que interpretaram a Constituição como um instrumento para a
proteção de uma colônia islâmica dentro dos Estados Unidos. Eles
considerariam qualquer interpretação assim incrivelmente estúpida,
pertencente a alguma nova espécie de idiota americano.
Como pode já estar imediatamente evidente aos mais inteligentes, é uma
inversão imaginar que uma constituição vem primeiro e uma nação vem em
segundo lugar, como se a nação fosse criada para a constituição em vez de a
constituição para a nação. Com esse erro vem a idéia de que os direitos
individuais superam a existência nacional, de modo que podemos alargar o
conceito de "direitos" mesmo que esse conceito leve a um desmantelamento
geral da existência nacional. Não há direito legítimo que com efeito
desintegre a nação que o observe; pois seria absurdo propor princípios
políticos que pressagiam a destruição daqueles que os defendem, como seria
absurdo propor leis que acabarão levando à negação de toda lei.
Não só o indivíduo tem o direito de legítima defesa, mas também a
nação tem o direito de legítima defesa. Pois, se não houvesse nação, não
poderia haver nenhuma unidade para organizar a defesa efetiva do indivíduo.
Além disso, não devemos fingir que o suicídio nacional é de alguma forma
um ideal iluminado. Não é nada desse tipo. E aqueles que desprezam o
estado-nação não são progressistas, mas sim seguem um caminho que leva de
volta à Idade das Trevas. Patriotismo nacional não é sinônimo de racismo ou
coletivismo. Amor à América não significa ódio contra os muçulmanos, ou
uma campanha para denegri-los. Tal amor, devidamente considerado,
reconhece diferenças irreconciliáveis entre as leis estabelecidas pelo Profeta
Maomé e as leis estabelecidas por nossos Pais Fundadores. As duas coisas
não podem coexistir numa única nação, abaixo de Deus. Pois as concepções
muçulmana e cristã de Deus estão em desacordo, assim como nosso conceito
de lei. Uma criança pode ver isso, e mesmo assim as nossas autoridades
politicamente corretas não reconhecem nenhum problema.
Se alguém censurar o estado-nação por ser a principal causa de guerra,
deveria considerar que as guerras existem desde o início da história humana e
ocorreram entre cidades-estado, tribos, clãs e impérios. É um erro culpar o
estado-nação pela guerra. A guerra faz parte da condição humana. Os homens
lutarão uns com os outros, estejam ou não organizados sob estados-nação ou
sob barões feudais. É uma aflição de todos os estados em todas as épocas,
não uma prerrogativa do estado-nação.
Mas será que não evoluímos? Não deveríamos desistir de nosso
nacionalismo mesquinho? Não somos todos simplesmente "cidadãos do
mundo"? Se abraçarmos os muçulmanos, certamente a paz virá. Somos todos
seres humanos e a tolerância prevalecerá se dermos o tom. Portanto, dizem os
progressistas, precisamos abraçar a unidade da humanidade. É a única
alternativa à guerra destrutiva.
Pergunte a si mesmo: por que à América é negado o direito de defender
suas fronteiras, sua cultura e o próprio marco de seu luto (isto é, o "marco
zero")? Porque a esquerda sonha com um mundo sem nações, onde a própria
guerra tenha sido erradicada. Este sonho é a ilusão de tolos e loucos. É uma
desculpa para travar um tipo de guerra muito mais terrível — uma guerra
contra a própria civilização. Na verdade, nunca haverá um mundo sem
guerra, assim como nunca haverá um mundo sem pobreza ou morte. Fazer
guerra contra a guerra é apenas um pretexto para buscar o poder pelo poder.
Para quem quer o poder total, os Estados Unidos representam uma
barreira que deve ser derrubada; pois impedem todos os lunáticos
revolucionários que sonham com um admirável mundo novo. Ah, sim, a
América está no caminho da grande comunidade socialista da humanidade —
um bloco de açougueiro e um matadouro. Aqui vemos que tipo de arma é o
multiculturalismo e o que ele pretende alcançar.
Nesse contexto, o Islã serve apenas como o "quebra-gelo da revolução".
Uma arma, empregada contra nós pela esquerda revolucionária, tem direitos?
Não. Um inimigo tem direitos? Apenas no que diz respeito às regras de
guerra acordadas. O leitor americano deveria se perguntar, no final das
contas, o que aconteceria se o Islã ou o comunismo ganhassem na América. E
se o Islã assumisse o controle? E se um regime comunista chegasse ao poder?
Nesse caso, não seria justo descrever a América como um país ocupado por
um inimigo interno? Como é, então, que toleramos a aberta subversão de
nosso país? Como é, então, que somos incapazes de chamar nossos inimigos
pelo nome (exceto os que se escondem em cavernas distantes)?
Não temos o direito de reconhecer aqueles que estão contra nós? Ou já
estamos subjugados? O leitor pode ver, com bastante clareza, que todas as
questões — desde o divórcio e o aborto à imigração e o terrorismo — estão
interligadas. O que nossos ancestrais aceitavam como sábio e prudente nós
descartamos como sexismo e racismo. Portanto, abraçamos o feminismo em
detrimento de nossa taxa de natalidade; e abraçamos o multiculturalismo em
detrimento de nossa segurança nacional. Tanto ao feminismo quanto ao
multiculturalismo caberia exatamente o mesmo título: Suicídio Coletivo.
No fundo, os argumentos a favor do Suicídio Coletivo são argumentos
hedonistas. Pois é o hedonismo que leva o homem a se divorciar de sua
esposa e a esposa a escolher uma carreira. É o hedonismo que adota a pílula e
o aborto. É hedonista rejeitar os filhos em favor de uma carreira e postular-se
como o princípio e o fim da existência. É o hedonismo que suscita o
multiculturalismo, visto que estamos muito ocupados fazendo compras e nos
divertindo para perceber que temos inimigos.
É, como Nietzsche predisse, um pântano raso sobre o qual ecoa o refrão:
"Tudo é vazio, tudo é um, tudo é passado".

A Rússia é comunista em segredo?


27/09/2019

Muitos não acreditarão na verdade. Mas aqui está: a camarilha


dominante na Rússia não é nacionalista. Os verdadeiros grupos nacionalistas
são perseguidos na Rússia. Os principais partidos políticos do país são
liderados por apparatchiks; isto é, por pessoas "soviéticas".
Um famoso desertor da KGB certa vez sugeriu que os partidos políticos
da Rússia são meros ramos do Partido Comunista, separados em subunidades
para dar a aparência de uma democracia. Se um partido verdadeiramente
independente aparecesse na Rússia, os comunistas e seus amigos (que ainda
controlam a segurança do Estado) rapidamente se infiltrariam e tomariam
conta dele.
O que vemos hoje na Rússia é uma clássica trapaça ao estilo soviético.
A prova dessa trapaça pode ser encontrada no discurso pró-comunista de
Putin no Festival Mundial da Juventude e dos Estudantes de 2017, realizado
em Sóchi. Putin declarou abertamente o seu apoio aos jovens comunistas,
dizendo que eles representam o futuro e que ele está por trás deles.
O apoio russo ao comunismo hoje é mais do que mera propaganda da
boca para fora. O governo russo apóia regimes comunistas em todo o mundo.
Moscou está ajudando o regime marxista-leninista na Nicarágua. Moscou
enviou tropas para defender a Venezuela comunista. Moscou ajudou a Coréia
do Norte com tecnologia militar e também facilitou o crescimento militar da
China.
Em que sentido essas ações são nacionalistas? Os verdadeiros
nacionalistas não apóiam o comunismo global. Se analisarmos isso com
cuidado, indo caso a caso, descobriremos que a Rússia ainda faz parte do
Bloco Comunista e que o Bloco está se preparando para a guerra.
No que diz respeito a fingir-se de nacionalista, a Rússia se aproveita de
nossa ingenuidade. A política russa freqüentemente se baseia numa
"estratégia das tesouras", na qual o Kremlin apóia os dois lados de um
conflito local. Nessa estratégia, um lado é apoiado de maneira aberta (e
enganosa), assim como Putin parece apoiar Trump. Enquanto isso, o lado
oposto recebe orientação clandestina para apoderar-se do processo de
segurança do inimigo.
As guerras afegãs (1979 até o presente) são um exemplo da estratégia
das tesouras conforme praticada por Moscou ao longo de quatro décadas.
Outro exemplo é a luta contra o extremismo muçulmano de modo mais geral.
Mas o exemplo mais ousado é o suposto apoio da Rússia ao nacionalismo,
mesmo quando os agentes de influência esquerdistas de Moscou chamam os
nacionalistas de "nazistas" e "traidores".
Quando a esquerda totalitária assumir abertamente o poder nos Estados
Unidos, eles podem prender todos os "inimigos de classe" sob o argumento
de que são traidores em conluio com a Rússia. E Putin vai rir — porque a
Rússia sempre depositou suas esperanças na esquerda americana, não na
direita. Mas quase ninguém na mídia entende o jogo.
Poucos especialistas têm uma compreensão real do sofisticado estoque
de truques estratégicos da Rússia. Os historiadores militares não entendem
muitas das batalhas do século passado porque não enxergam o campo de jogo
mais amplo em que as batalhas são apenas um único aspecto de algo que
envolve áreas de atividade aparentemente não relacionadas — da corrupção
da língua e da cultura à erradicação de Deus, da família e do país.
Todavia o problema não é inteiramente devido a uma falha de
compreensão. Grande parte da história recente foi relatada de maneira
enganosa por pessoas que sabem que estão mentindo ou não se importam
com a verdade. Como Diana West escreveu em seu livro, American Betrayal,
"nossos verdadeiros heróis foram marcados com a letra escarlate do século
XX — A de anticomunista". Qualquer pessoa que ameace a narrativa da nova
religião sofre o que Eugene Lyons chamou de "uma espécie de ostracismo
intelectual".
O comunismo se escondeu depois de 1991, mas estava mais ativo do que
nunca — nas escolas, na mídia, nas ciências e nas artes. Depois de 1991, o
Partido Comunista da União Soviética passou à clandestinidade. Esta não foi
uma manobra nova. Os comunistas realizaram um ato semelhante de
desaparecimento com a Comintern em maio de 1943. Aqueles que pensavam
que Stalin havia desistido da idéia da Revolução Mundial estavam tão errados
quanto aqueles que acreditam na queda do comunismo hoje.
Todos esses pontos deveriam ser perfeitamente óbvios, entretanto as
pessoas são incapazes de enxergar através de tantas mentiras. Essas mentiras
agora estão arraigadas na mente popular. Consideramos-nos espertos por
saber tudo sobre as "medidas ativas" soviéticas durante a Guerra Fria. No
entanto, o suposto desaparecimento dessas medidas esconde a maior medida
ativa em andamento de todas.
Comunistas bem informados sabem que a União Soviética ainda existe,
por trás da fachada da Federação Russa. A URSS ainda é a pátria soviética e
"O Estado-Maior" do movimento comunista mundial. Agora mesmo, o
partido comunista está republicando as obras de Lenin com a ajuda da
Editora Progresso de Moscou. Sim, é a mesma editora estatal que imprimia
propaganda soviética na década de 1960. Aqui nós os pegamos. Aqui, a
esquerda não está lamentando o nacionalismo perverso de Putin. Os
comunistas americanos estão trabalhando com o Estado russo — agora
mesmo, hoje, na promoção de Marx e Lenin. Como isso é possível se Putin é
nacionalista?
Obviamente, Putin não é nacionalista. E é por isso que ele está
construindo mísseis e armas nucleares o mais rápido que pode. Seu objetivo é
esmagar o capitalismo, não apoiar o nacionalismo. Os Estados Unidos podem
estar muito próximos da derrota, visto que o momento de "um punho
cerrado" chegou. Todos perderam o jogo e agora provavelmente é tarde
demais.
Boa sorte com a suposição de que nossa esquerda doméstica chegou
onde está sem a orientação russa. Nossos comunistas domésticos estão
apoiando as mesmas medidas ativas que a Academia Soviética de Ciências
obteve para eles em suas operações de sabotagem e subversão de décadas
passadas. Nada mudou de fato desde os anos 1930, exceto que não temos
organizações anticomunistas como o FBI ou a Igreja Católica. O
anticomunista é uma espécie em extinção. E levando em conta o que vemos
por todos os lados, desde a celebridade de Alexandria Ocasio-Cortez até a
crença no aquecimento global, a civilização ocidental está perdendo em todas
as frentes.
A Rússia ainda é a pátria do socialismo. Putin não é um nacionalista,
mas sim um comunista. O Kremlin não queria que Trump fosse presidente.
Eles queriam Clinton, e estão formando a AOC para o futuro. O Kremlin, na
verdade, mente sobre tudo, mesmo quando não há razão aparente para mentir.
Com o tempo, é claro, as razões entrarão em foco.

Quando os traidores bradam traição


22/10/2019

Recentemente, tive uma longa conversa com Simona Pipko, que


trabalhou como advogada soviética dos anos 1950 ao início dos anos 80. Ela
disse que Stalin planejou os sistemas político e jurídico soviéticos. "Ele disse
aos comunistas para nunca admitirem nenhum crime", explicou ela. "Sempre
coloque o crime na conta dos inimigos do comunismo."
O que acontece quando os traidores estão bradando "traição" e
apontando o dedo para os inocentes? Esse é o teatro político de nossos dias;
em que traidores fingem ser contra a traição; em que processam — como
traidores — qualquer um que fique em seu caminho. E tudo está de acordo
com os métodos desenvolvidos por J. V. Stalin, o infame ditador soviético.
Se você é culpado de traição, acuse os seus oponentes políticos de
traição. Se você é corrupto, diga que eles são corruptos. "Eu ouvi Stalin falar
pessoalmente. Ele era muito claro, muito lógico", acrescentou Pipko. E,
obviamente, os métodos de Stalin eram eficazes e foram usados nos famosos
julgamentos-espetáculo da década de 1930. Reiteradas vezes, os asseclas de
Stalin acusaram seus rivais políticos de crimes. Mas quem era o verdadeiro
criminoso?
Simona disse que a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o deputado
Adam Schiff foram obviamente moldados nos moldes de Stalin. Eles estão
usando os métodos de Stalin, observou ela. Pode-se dizer que a homenagem
ao método é uma homenagem ao fim. Para alguns de nós, a agenda
ideológica de Pelosi é óbvia há muitos anos. Afinal, quando você apóia
constantemente políticas prejudiciais, agendas e narrativas subversivas, então
você é um subversivo.
Na semana passada, a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, acusou
Trump de trabalhar para Putin. Durante uma reunião com o presidente, ela
disse: "Com sua política externa, todos os caminhos levam a Putin." Ela já
havia anteriormente chamado o presidente de traidor. Trump saiu e foi
embora? Não, ele revidou. Trump escandalizou Pelosi e os líderes democratas
do Congresso ao dizer que Pelosi era uma política de terceira categoria. Mas
a verdadeira razão pela qual eles saíram enfurecidos pode ter sido devido a
um comentário mais revelador. Parece que Trump deu a entender que os
líderes democratas eram simpatizantes comunistas. Ele disse que havia
comunistas envolvidos na Síria "e vocês talvez gostem disso".
Trump deu aos democratas uma forte dose de seu próprio remédio.
Como eles reagiram? Por incrível que pareça, eles fingiram indignação contra
insultos não relacionados. O New York Times até omitiu qualquer menção à
insinuação de Trump sobre as simpatias comunistas de Pelosi. Isso me parece
calculado.
Por que a insinuação comunista de Trump deveria ser evitada pelo
Times? Dado o avanço do comunismo no país, dada a subserviência do
Partido Democrata à agenda comunista, não se atreveram a realçar a
observação presciente do Presidente.
Relacionada a isso, há outra observação a ser feita — a qual poucos
ousaram fazer. A derrota do comunismo em 1991 não foi nem final nem
completa. Os serviços especiais de Moscou colocaram seus agentes em
muitas posições de liderança nos Estados Unidos. Ao longo das últimas três
décadas, a penetração comunista nos Estados Unidos passou de uma
epidemia a uma pandemia após a eleição de Barack Obama. E é por isso que
estamos na bagunça que vemos hoje.
Muitos discordarão desta análise. Mas o leitor deveria parar e pensar.
Considerando o seu próprio conluio anterior com potências comunistas, por
que Hillary Clinton e Nancy Pelosi deveriam acusar Donald Trump de
conluio com Moscou? E por que o New York Times se absteria de publicar a
sugestão de Trump sobre as simpatias ideológicas de Pelosi?
Porque a observação estava perto demais da verdade.
Se Pelosi finge evitar Moscou e Pequim, não devemos confiar nela. O
seu registro ideológico conta uma história muito diferente. Portanto, devemos
reiterar nossa pergunta: o que acontece quando os traidores estão bradando
"traição" e apontando o dedo para os inocentes?
Observe cuidadosamente o que acontece a seguir...

A rixa do "impeachment"
29/10/2019

Nenhum apóstolo jamais duvidou do futuro de sua fé, e os


socialistas estão persuadidos de seu iminente triunfo. Aos
discípulos dos novos dogmas, nada parece mais simples.

— GUSTAVE LE BON

Se o socialismo é um novo tipo de religião, se eles devem ter o poder


para salvar os oprimidos, se eles são politicamente corretos em palavras e
ações, então eles precisam ter a cabeça de Donald Trump.
Donald Trump, afinal de contas, não é um socialista. Ele não é o
defensor dos oprimidos. Ele é o defensor dos Estados Unidos da América.
Por preceito, ele coloca o povo americano à frente dos oprimidos.
Conseqüentemente, ele se opõe aos princípios básicos da nova religião. Ele se
opõe à teoria do aquecimento global antropogênico. Os acólitos da nova
religião, portanto, odeiam Donald Trump.
Uma vez que essas pessoas dominam a mídia, as falhas de Trump são
amplificadas e exageradas pela mídia. Uma vez que os socialistas controlam a
Câmara dos Representantes, a Câmara inicia um processo de "impeachment".
Uma vez que os marxistas dominam a educação na América, eles educaram
os jovens a votarem no partido do socialismo — contra Trump.
O plano socialista é remover Trump do cargo para consolidar o poder
socialista. Esse poder será baseado em conceitos socialistas de governança, a
economia anti-capitalista, o ateísmo e o evangelho social. Isso é o que
significa o termo "progressismo".
Os socialistas devem vencer ou morrer sob a bandeira do impeachment.
Conforme a narrativa deles evolui, Trump se transforma em um traidor por
definição. Conforme a narrativa deles evolui, todos os que se opõem ao
socialismo também serão listados como traidores. A nova religião ensina que
a própria América é uma espécie de traição — uma mancha que deve ser
apagada do mapa mundial.
Os socialistas acreditam que não deve haver nenhum compromisso com
os ideais obsoletos dos Pais Fundadores da América. Assim que puderem
denunciar os Pais Fundadores sem conseqüências negativas, eles o farão. Se
os mísseis russos precisam destruir os seus alvos na América e as tropas
chinesas precisam aparecer na Califórnia, que assim seja. Essa é a fé
socialista. Ela esconde a sua lealdade estrangeira por trás do álibi do conluio
Trump-Rússia. Eis a sua camuflagem política. Aqui eles armaram uma
emboscada para seus compatriotas.
A Utopia Socialista não pode ser alcançada enquanto Trump for
presidente. Remova-se Donald Trump e o caminho para o paraíso será
desobstruído. Remova-se Donald Trump e a América abrirá suas fronteiras.
Abram-se as fronteiras e o partido do socialismo dominará para sempre.
Alcançando o controle absoluto, eles desarmarão o país contra seus inimigos
estrangeiros.
O mundo então pertencerá a Moscou e Pequim.

São os socialistas, estúpidos: uma nota de Benjamin


Gitlow
02/11/2019

O objetivo do socialista é consolidar o poder político. Só então ele pode


construir o seu mundo ideal, erradicando os "males do capitalismo". A
antipatia cínica dos socialistas pelo sistema existente abre o caminho para a
construção de um sistema ainda mais cínico — longe do mundo ideal que
estão tentando criar. Socialistas devotos podem parecer formidáveis, é claro,
até ferozes; ou podem soar bobos, até infantis.
Um dos socialistas mais interessantes do século XX foi Benjamin
Gitlow, que começou como um comunista devoto e despertou para a sua
imoralidade após um confronto com o ditador soviético Joseph Stalin. Em
sua introdução ao livro de Benjamin Gitlow, The Whole of Their Lives, Max
Eastman descreveu Gitlow como um marxista ideal e "o primeiro homem
preso nos Estados Unidos por defender o comunismo".

Seu julgamento ocorreu em 1919, no meio das famosas "incursões


vermelhas" do procurador-geral Palmer. Clarence Darrow
prometeu libertá-lo encobrindo as implicações das coisas
subversivas que ele havia dito. Mas Gitlow não queria ter nada a
ver com isso. Ele era um revolucionário e insistiu para que Darrow
o defendesse com base apenas no "direito à revolução".

Por ter defendido a derrubada do governo dos Estados Unidos, Gitlow


foi condenado e sentenciado de acordo com o estatuto da Anarquia Criminal
de Nova York de 1902. Gitlow não fez nenhuma tentativa de esconder suas
motivações comunistas. Durante o julgamento, ele denunciou o sistema
político dos EUA como uma "ditadura capitalista". Ele se dirigiu ao júri da
seguinte maneira:

Os socialistas sempre afirmaram que a mudança do capitalismo


para o socialismo seria uma mudança fundamental, que... teríamos
uma reorganização completa da sociedade, que essa mudança não
seria uma questão de reforma; que o sistema capitalista... daria
lugar a um novo sistema de sociedade baseado em um novo código
de leis, baseado numa nova ética e baseado numa nova forma de
governo. Por essa razão, a filosofia socialista sempre foi uma
filosofia revolucionária e as pessoas que aderiram ao programa
socialista… sempre foram consideradas revolucionárias, e… eu
sou um revolucionário.

Em sua sabedoria, o júri o considerou culpado. Ele serviu três anos na


prisão de Sing Sing antes de ser perdoado pelo governador Al Smith. Depois
de sair da prisão, sua carreira revolucionária foi ainda mais espetacular do
que antes. Gitlow prosseguiu até ocupar "todos os cargos importantes no
Partido Comunista Americano": de acordo com Eastman, Gitlow tornou-se
editor-chefe do jornal do Partido Comunista, ele se tornou —

membro de seu Comitê Político, membro de seu Secretariado de


Três, Secretário Geral do partido, diretor de sua política de greve e
comércio sindical, líder secreto da greve dos trabalhadores têxteis
de Passaic, a maior greve comunista de nossa história, e duas vezes
o candidato comunista para vice-presidente. Ele fez sua primeira
viagem a Moscou em 1927, a pedido especial do Kremlin. Uma
longa conversa com Stalin sobre os problemas do movimento
americano garantiu-lhe a mais alta promoção. Ele se tornou
membro do comitê executivo tanto da Internacional Sindical
Vermelha como da Internacional Comunista, e dentro desta última
foi eleito para o Presidium, o grupo dirigente interno do
movimento comunista mundial.

Gitlow foi um dos principais líderes comunistas da América. Mas então


algo aconteceu. Ele começou a duvidar da bondade e infalibilidade de Joseph
Stalin, o chefe número um do movimento comunista mundial. Enquanto
participava da sessão de maio de 1929 do Presidium da Internacional
Comunista em Moscou, Stalin queria remodelar o partido americano de
acordo com suas especificações. Então, Stalin apresentou um "Discurso ao
Partido Americano", no qual denunciava os líderes comunistas americanos
como "desviacionistas de direita" e "oportunistas sem princípios". Dessa
forma, Stalin esperava subordinar os líderes comunistas da América a si
mesmo. Em reação, os comunistas americanos se uniram, reprovando Stalin.
Como Moisés descendo do Sinai, Stalin desceu pessoalmente ao
Presidium da Internacional Comunista. Ele subiu ao pódio e estabeleceu a lei.
Ele se dirigiu aos comunistas reunidos da seguinte forma:

…o extremo partidarismo dos líderes da maioria [da delegação


americana] os levou ao caminho da insubordinação e, portanto, da
guerra contra a Comintern... E agora surge a pergunta: os membros
da delegação americana, como comunistas, como leninistas,
consideram-se no direito de não se submeterem às decisões do
Comitê Executivo da Comintern sobre a questão americana?

A delegação americana ficou aterrorizada com a declaração de Stalin.


Sendo acusados de partidarismo e insubordinação por Stalin, eles imaginaram
o pior. O que Stalin faria com eles? Eles estavam seguros? Eles seriam
expulsos da Internacional Comunista? De forma bem característica, Stalin
exigiu que cada membro da delegação americana se levantasse e declarasse a
sua posição. Um por um, os comunistas americanos, assustados pelo furioso
ditador soviético, se submeteram. Gitlow foi o último americano a falar. Ele
disse:

Não posso aceitar a exigência que me é feita de me desacreditar


perante a classe trabalhadora americana, pois eu não estaria
desacreditando apenas a mim mesmo e à liderança do partido, mas
ao próprio partido que deu origem a essa liderança... Não só voto
contra a decisão, mas também, quando voltar aos Estados Unidos,
lutarei contra ela!

Um longo assobio foi ouvido da multidão. Stalin voltou ao pódio,


enfurecido. O ditador soviético falou o seguinte:

A verdadeira coragem bolchevique não consiste em colocar a


vontade individual acima da vontade da Comintern. A verdadeira
coragem consiste em ser forte o suficiente para dominar e superar a
si mesmo e subordinar a sua vontade à vontade do coletivo, a
vontade do corpo superior do partido... E isso é verdade não apenas
no que diz respeito a partidos individuais e seus comitês centrais; é
particularmente verdade no que diz respeito à Comintern e seus
órgãos de direção, que unem todos os partidos comunistas em todo
o mundo... Eles falam de sua consciência e convicções... Mas o que
fazer se a consciência e as convicções do Presidium entrarem em
conflito com a consciência e as convicções de membros individuais
da delegação americana? O que fazer se a delegação americana
receber apenas um voto para a sua declaração, o voto do Camarada
Gitlow, enquanto os demais membros do Presidium se declararem
unanimemente contra a declaração?

Essa era a lógica de Stalin — a lógica da disciplina política. É


importante lembrar que o movimento Comunista Internacional é e era
governado por consenso. A democracia no movimento comunista não
significava votar na sua consciência. Democracia significava consentimento,
não dissidência. Na prática, o coletivismo requer consenso. Era assim sob as
ordens de Stalin, e continua sendo assim na Rússia de hoje (que ainda é
comunista em segredo) e na China (que é abertamente governada pelo Partido
Comunista Chinês). Por não aceitar o consenso comunista, Gitlow foi
expulso do movimento comunista. De acordo com Eastman,

De um alto funcionário de uma estrutura de poder supostamente a


caminho de dominar o mundo, ele se tornou uma pessoa obscura,
sem dinheiro, sem profissão e quase sem amigos, andando pelas
ruas de Nova York em busca de emprego.

Gitlow foi um dos principais organizadores da esquerda nos Estados


Unidos. Poderíamos dizer que ele foi um dos fundadores do chamado
"movimento progressista". Como tal, ele entendeu como a organização
comunista funcionava na América — nos bastidores. Ele conhecia o
pensamento estratégico da Comintern. Ele sabia tudo o que os comunistas
estavam fazendo naquela época.
Por causa de sua ruptura com Stalin, Gitlow passou a se opor ao
comunismo e alertou publicamente sobre os seus métodos. De acordo com
Gitlow, seria incorreto ver o Partido Comunista como uma facção pequena e
irrelevante da esquerda. Desde a Revolução Russa, a esquerda na América e
na Europa se tornou, com o tempo, um grupo diversificado de facções
políticas involuntariamente dominadas por uma equipe muito pequena de
comunistas que são experientes nas artes de manipulação e controle
clandestino. Gitlow explicou o seguinte:

Durante o período em que o Partido Comunista operou como uma


organização clandestina, eles se introduziram em praticamente todo
aspecto da vida social e política americana. Em suas atividades, os
comunistas eram guiados por uma política geral baseada nas táticas
da Frente Unida.

Lenin foi o criador das "táticas da Frente Unida", as quais colocaram


comunistas dentro de várias organizações não-comunistas com o propósito de
alinhar gradualmente essas organizações com os planos comunistas. Dessa
forma, a esquerda foi reorganizada e os comunistas forneceram um foco ao
todo. Gitlow escreveu:

Pela aplicação habilidosa da política da Frente Unida, os


comunistas se tornaram uma força importante e freqüentemente
decisiva em movimentos e ações, políticos e apolíticos, dos quais,
de outra forma, eles seriam excluídos. O emprego de táticas da
Frente Unida forçou os comunistas a aprenderem a lidar com
pessoas e movimentos fora de seu campo. Assim, os comunistas
tornaram-se negociadores competentes e políticos astutos. Uma vez
que os comunistas colocavam os pés na estreita abertura da porta
de uma organização, eles geralmente conseguiam se espremer até
entrar de corpo inteiro na organização, seja capturando a
organização ou dominando os seus negócios.

Na superfície, o observador casual não vê nenhum comunista. Há


somente uma organização aparentemente respeitável trabalhando por uma
"boa causa". Olhando de perto, entretanto, se encontrarão muitas
organizações apoiando políticas que trazem vantagens aos comunistas. Pegue
alguma causa que qualquer um possa considerar legítima, enfeite-a com
slogans e repita esses slogans milhares de vezes. Em conseqüência, novas leis
serão adotadas, novas formas de pensar serão desenvolvidas. Quem, nesse
ínterim, percebe que as idéias marxistas estão se enraizando cada vez mais?
— que o capitalismo está cada vez mais paralisado? Os ativistas só precisam
de uma causa, desde a opressão das mulheres ou das minorias ao
aquecimento global ou o casamento gay. Como Gitlow explicou,

Com isso, os comunistas criam movimentos populares envolvendo


grandes multidões, por meio das quais podem projetar
publicamente suas opiniões de um modo muito mais amplo do que
se agissem de forma independente. Visto que os comunistas
constituem as únicas forças disciplinadas e estreitamente unidas,
eles têm relativamente pouca dificuldade em obter o controle na
Frente Unida. Jogando com a vaidade de pessoas influentes e
proeminentes, dando-lhes honrarias, posições e lugares em comitês
de nomes pomposos, e explorando habilmente as táticas da Frente
Unida, os comunistas, nos últimos anos, conquistaram para si a
liderança de muitas causas de caráter progressista e humanitário.
A declaração de Gitlow, acima, foi publicada pela primeira vez em
1948, há mais de setenta anos. Ela é tão verdadeira hoje quanto era então. Os
comunistas estavam controlando ou dominando várias organizações não-
comunistas em 1948. E sim, eles estão fazendo a mesma coisa hoje, em 2019.
Fomos enganados de modo a pensar que houve uma "ruptura com o passado".
Imaginamos que não existe mais uma Comintern. Imaginamos que os
comunistas nos Estados Unidos não seguem mais um consenso partidário
rigoroso estabelecido em Moscou ou Pequim. Sem entender as táticas da
Frente Unida dos comunistas, somos incapazes de impedir o seu avanço. E
eles estão avançando.
Nas décadas anteriores, os comunistas se infiltraram em muitas
organizações de esquerda. Hoje eles também se infiltram na direita, que se
tornou incrivelmente mole. Como isso é possível? Porque os comunistas
estavam se infiltrando na direita desde o início, quando a direita era forte em
números e convicção. Hoje é brincadeira de criança para eles.
Em 1921, os comunistas criaram um movimento que passou a ser
considerado como o movimento anticomunista mais importante do mundo.
Ele era chamado de Aliança Monarquista da Rússia Central. Um banco de
Moscou servia como sua sede, e era por esse motivo conhecida
informalmente como a "Trust" ("Crédito"). Seus agentes associavam armas à
diáspora russa branca, planejando assassinatos, emitindo passaportes falsos,
infiltrando-se nos ministérios do governo soviético. Todas as agências de
inteligência da Europa acreditavam na autenticidade da Trust. Também
contavam com ela para fins de inteligência.
Por causa da Trust, os serviços especiais soviéticos conseguiram entrar
em organizações anticomunistas em todo o mundo. Por causa da Trust, os
comunistas puderam conhecer as fraquezas dos serviços de inteligência do
Ocidente. Os livros de história raramente mencionam a Trust, por um motivo
muito especial: quando a inteligência soviética revelou que ela era falsa, a
vergonha foi tão grande, e a humilhação tão dolorosa, que todos quiseram
esquecê-la. Então esqueceram.
Sob as ordens de Lenin, os comunistas aprenderam a se infiltrar em toda
parte, a fingir qualquer coisa para qualquer um. Não havia nenhum limite
para as mentiras que contavam, nenhuma fraude demasiado fantástica,
nenhum tolo demasiado incrédulo, nenhum método conspiratório demasiado
absurdo. Eles tornaram o grotesco aceitável. E agora, olhe para a política de
hoje. O que não é grotesco?
Acabei de lhe dar agora a chave, a explicação de tudo.

O que a aranha fará?


05/11/2019

"Numa selva de espelhos. O que a aranha fará [?] "

— T. S. ELIOT, "GERONTION", 1920

Vinte e cinco anos atrás, um desertor da era soviética chamado Alex me


contou sobre um escritório da KGB na União Soviética. Eles tinham todas as
escrivaninhas dispostas no andar principal, com uma única escrivaninha
grande no meio do escritório, onde se sentava um velho gentil e prestativo.
Ele era amigo de todos. Ele ouvia com simpatia os problemas pessoais dos
funcionários da KGB. Ele os aconselhava sobre todos os assuntos, e atenuava
as coisas com o chefe, cuja porta do escritório estava sempre fechada e
escura. Ninguém jamais via o chefe, exceto o velho. Um dia, o velho se
aposentou e eles lhe fizeram uma festa. Foi nessa festa que o velho revelou
que ele havia sido o seu chefe desde o início. Alex terminou a história
imitando uma aranha com os dedos e disse: "As aranhas estão por toda parte".
Então deu uma piscadela.
Claro, é verdade. As aranhas estão por toda parte. Elas estão à solta —
como T. S. Eliot sugeriu — numa "selva de espelhos". Às vezes, numa selva
de espelhos de parque de diversões. Veja, por exemplo, o caso do deputado
brasileiro Alexandre Frota. Na sexta-feira passada, em entrevista ao UOL
(noticiário), ele acusou várias pessoas de dar início a uma sofisticada
campanha de desinformação no Brasil. Segundo Frota, "[ela é] dirigida pelo...
escritor Olavo de Carvalho e pelo jornalista Allan dos Santos, dono da TV
Terça Livre, que apóia abertamente o [presidente] Bolsonaro".
Detetive intrépido, a "investigação" de Frota desenterrou vários
tentáculos de uma vasta conspiração de "direita":

Comecei a tomar conhecimento desses milicianos digitais,


militantes de extrema direita, que hoje estão vestidos de assessores
parlamentares. Com suas credenciais, eles estão recebendo bons
salários, trabalhando em repartições públicas. Nós já temos
algumas suspeitas concretas de onde eles podem estar escondidos.

O deputado Frota alegou que um "serviço sujo" estava sendo executado


por alguém nos bastidores. "Todo mundo sabe disso", ele explicou. Há uma
pessoa obscura "vivendo ali e apoiada pelo Filipe G. Martins [o assessor
especial para assuntos internacionais do Presidente da República]". É alguém
que se senta numa sala especial, perto do gabinete do presidente. É alguém
que é respeitado pelo "velho".
O jornalista que realizava a entrevista perguntou a Frota o nome dessa
figura obscura; mas ele não conseguia se lembrar perfeitamente. O nome era
algo como Jefferson ou Jeffrey. "Sim", disse o deputado Frota, "Jeffrey
Richard Nyquist... É uma pessoa em quem a gente está de olho... Ele era
freqüentemente visto na Casa [Câmara dos Deputados] e, para minha
surpresa, o nome dele já estava ligado a 'fake news'".
Segundo o deputado Frota, Jeffrey Richard Nyquist tem estado à solta
na Câmara dos Deputados do Brasil, "oferecendo serviço" a uma taxa de
"entre R$ 15 e R$ 20 mil" para manipular redes sociais, mobilizar "milicianos
digitais", orquestrar uma revolução de "extrema direita" no Brasil.
Obviamente, o deputado Frota acusou a mim — o autor deste blog — de
estar no centro de uma vasta teia-de-aranha direitista. De fato, T. S. Eliot
tinha razão em perguntar: "O que a aranha fará?" Em primeiro lugar, desafio
o deputado Frota a documentar essas supostas aparições do Jeffrey na
Câmara dos Deputados. Como residente da região do Noroeste Pacífico da
América, ele vai me achar tão difícil de capturar quanto o meu companheiro
político, o Pé-Grande Sasquatch. As densas florestas ao redor de Brasília nos
fornecem ampla cobertura. Não seja um mariquinhas, deputado Frota.
Conduza uma expedição à verdadeira selva. Afaste-se desse espelho de
parque de diversões. Deixe de lado as suas projeções paranóicas. O meu
disco voador está estacionado numa clareira, coberto por uma rede de
camuflagem. Eu o desafio a me encontrar!

"Boa caçada, Frota!"

O pântano e suas criaturas


08/11/2020
O que é o pântano? Na década de 1950, o senador Joseph McCarthy deu
um nome ao pântano. Ele o chamou de "a conspiração comunista
internacional". Ele falou sobre a penetração comunista no governo, a
subversão da política dos EUA, a traição de nossos militares em campos de
batalha distantes. Ele apontou as nefastas maquinações domésticas do
comunismo. Ele escreveu sobre a nossa "retirada da vitória", o legado do
general George C. Marshall — o presente da Europa Oriental a Stalin, a
traição da China nacionalista a Mao e a perda do nosso monopólio da bomba
atômica.
Um público leitor cronicamente mal informado (ou desinformado)
certamente desprezará McCarthy como um espalhador do medo. "Não havia
nenhuma conspiração comunista", dizem os nossos analistas convencionais
com um sorrisinho característico. "McCarthy se engajou numa caça às
bruxas." Enquanto isso, esses mesmos analistas promoviam uma verdadeira
caça às bruxas. Eles empregam táticas falsamente atribuídas a McCarthy em
sua inaudita campanha de difamação contra o presidente Trump.
Quem se atreve a perceber que ocorreu uma inversão? Aqueles que
podem ser identificados como infiltrados comunistas ou "companheiros de
viagem" agora dominam a grande mídia, o comando da contra-informação e
o sistema de justiça criminal. Conclui-se naturalmente que as bruxas agora
lideram as caças às bruxas. Os próprios comunistas, levemente disfarçados de
liberais[1] do mainstream, ameaçam os anticomunistas com acusações
criminais fabricadas e crimes processuais.
Isso é exatamente o que está acontecendo, embora quase todo mundo se
recuse a ver. Estamos agora colhendo o que plantamos. Há muito tempo a
esquerda conseguiu convencer o país de que McCarthy era um demagogo e
mentiroso, que o medo do comunismo era irracional, que nenhuma infiltração
do governo havia ocorrido, que os Rosenberg (espiões atômicos) eram
inocentes, que o espião comunista Alger Hiss era inocente. E hoje, se
olharmos um livro de história comum do ensino médio, McCarthy é o vilão.
Agora pensem, amigos. Quem escreveu esses livros? Não sabem? Os
comunistas dominaram a educação neste país, sorrateiramente,
pacientemente. É por isso que o Johnny ainda não sabe ler. É por isso que
acordamos um dia e descobrimos que os jovens da América preferem o
socialismo ao capitalismo.
Os comunistas foram dominando o país, pouco a pouco, centímetro por
centímetro. Perguntem a si mesmos por que fortalecemos a China comunista
como potência econômica. Por que a nossa marinha está encolhendo? Por que
permitimos que o nosso meio de dissuasão nuclear se deteriorasse de velhice?
Por que o Partido Democrata quer erradicar a fronteira nacional da América?
Nada disso é acidental. As políticas que nos são impostas pela esquerda
são calculadas para nos desarmar e destruir por dentro. Olhem à sua volta. O
que encontramos? Vocês realmente acham que eles querem reduzir a sua
pegada de carbono para salvar o planeta, ou isso é uma tentativa de sabotar o
capitalismo? Vocês acham que eles realmente se preocupam com o
casamento homossexual, ou acham que isso é um mecanismo legal para
perseguir o núcleo anticomunista do país? — os cristãos que crêem na
Bíblia?
Vocês acham que tudo está culturalmente alinhado com os objetivos
comunistas por acidente? Se sim, tenho um certo terreno pantanoso para lhes
vender. E ele está cheio de criaturas do pântano.

Os segredos do pântano
21/11/2019

As secretas operações internas do pântano se encontram na história da


esquerda revolucionária. É uma história de traição e ganância, roubo e
assassinato. Para alguns, o primeiro segredo do pântano é difícil de
compreender; mas aqui está: o humanitarismo do revolucionário de esquerda
é uma pose. O seu credo verdadeiro é o desejo de poder e riqueza.
O primeiro líder comunista revolucionário americano, Louis C. Fraina,
recebeu $ 386.000 da Comintern para iniciar uma revolução no México. O
que ele fez? Gastou o dinheiro consigo mesmo. A Comintern não o matou
por sua má fé, muito provavelmente porque ele havia chantageado outros
comunistas importantes no que dizia respeito às impropriedades e fraudes
deles próprios.
O jornalista americano John Reed era considerado um comunista de
"grande alma" — honesto e incorruptível. Dizem também que ele morreu de
coração partido em Moscou porque finalmente percebeu que o comunismo
era um movimento de ladrões e assassinos. Sua esposa, Louise Bryant,
escreveu: "Jack morreu devido a uma grande desilusão pessoal." Ela explicou
com mais detalhes numa carta a Benjamin Gitlow:
Jack percebeu como o poder e a sede de poder afetaram os líderes
bolcheviques... Ele estava com um medo terrível de ter cometido
um erro sério em sua interpretação de um evento histórico pelo
qual seria responsabilizado... Ele se culpou...

Reed estava inconsolável. Quando a doença se apoderou dele, ele não


teve nenhum desejo de se recuperar. Sua esposa escreveu: "Implorei a ele,
para o seu próprio bem, que não desistisse. Ele não atendeu." Reed foi
enviado a um hospital de Moscou — onde o atendimento foi mediano, na
melhor das hipóteses. Louise escreveu para Benjamin Gitlow:

Passei dias e noites horríveis com ele, dias e noites que jamais
esquecerei. Ele delirou e chorou. Ele falava constantemente que
tinha caído numa armadilha. Eram palavras terríveis estas que
vinham de Jack. Você sabe o resto. Ele morreu três dias depois...

John Reed morreu em 17 de setembro de 1920. Sua história é uma


tragédia de idealismo que deu errado. Isso nos lembra de que a falta de
sinceridade na política não é pouca coisa. A falta de sinceridade indica
fraqueza de caráter, uma predileção por práticas enganosas, as quais só
deveriam ser reservadas aos inimigos. O que devemos pensar, então, de uma
fraude que abrange tudo? — de uma desonestidade que não tem nenhum
respeito real pelos seus próprios constituintes? Eis uma malevolência
universal. Eis uma política que destrói os fundamentos da organização
política.
Quando vemos as atuais maquinações da esquerda em Washington,
muitos ficam perplexos com a falta de sinceridade de seus porta-vozes. Mas,
na verdade, é isso o que devemos esperar. É isso quem eles são. A
honestidade não fez parte de seu treinamento. A revolução tem uma ética
totalmente diferente.
Quando Alexandria Ocasio-Cortez pergunta aos apoiadores de Bernie
Sanders se estão "prontos para a revolução", ela está falando sobre a criação
de um novo sistema de poder, uma reconfiguração dos ricos e pobres. Ela não
está propondo pobreza e sofrimento para o seu próprio partido e facção. Ela
está defendendo a Revolução Socialista como meio de enriquecimento
pessoal, com a falsa promessa de benefícios para os seus ouvintes. Porém,
nessa revolução, alguns devem ser despojados de suas riquezas. Alguns
devem ser roubados. O sistema capitalista trouxe prosperidade geral para a
América porque é baseado na proteção da propriedade privada. Isso também
coincide com a preservação da liberdade; pois, na verdade, não há direitos
que valham a pena proteger se a propriedade não for protegida. E não pode
haver base de confiança para o crescimento econômico real sem direitos de
propriedade. Isso nos diz, de cara, que o revolucionário socialista não está
interessado no crescimento econômico ou na prosperidade geral. A coisa toda
tem a ver com pilhagem e o enriquecimento de uma facção.
Este é outro segredo do pântano. Saquear a comunidade é o que todos os
verdadeiros estados socialistas fazem. E todo mundo, exceto aqueles ligados
à camarilha dominante, será empobrecido no final do processo.
As verdadeiras motivações dos líderes socialistas e comunistas é uma
questão fascinante. Em seu livro, The Whole of their Lives, Ben Gitlow
descreveu o movimento comunista como uma máquina diabólica para
transformar idealistas em criminosos.

Na política revolucionária, as ambições pessoais dos líderes


desempenham um papel importante. As almas altruístas motivadas
por altos ideais e princípios são comuns na ralé e raras na
liderança. A luta pelo poder na organização comunista ocorre de
forma tão feroz quanto nas cortes reais.

O revolucionário ou revolucionária exige que o poder político se


concentre em suas mãos. E o que os avatares desse novo poder fazem com
ele? Quanto mais poder eles têm, mais eles querem. Não há fim para suas
depredações. Quanto mais cínicas suas mentiras, maior sua ganância, mais
prontos eles estarão para destruir os que ficarem em seu caminho e para
roubar dos que estiverem impotentes.
Afinal, eles afirmam ser justos. Eles são os defensores dos oprimidos.
Todo o mal que fazem é necessário para os fins santificados do socialismo.
Eis a justificativa para um instrumentalismo político animado pelo fanatismo;
uma mistura maligna que pode quebrar a espinha da civilização e sufocar a
alma humana com o travesseiro macio do falso humanitarismo. "Estamos
salvando o planeta", gritam eles.
Não. Eles vão destruir o planeta e desmoralizar a humanidade.
A corrupção que acompanha o idealismo socialista deriva da
combinação do socialista ingênuo que é um adepto sincero com o líder
socialista psicopata que vê o socialismo como o veículo perfeito para
explorar "idiotas úteis" altruístas. Eis a fórmula secreta do Inferno na Terra.
O pântano é a vanguarda deste Inferno. A presunção moral e a corrupção
são os sinais que o denunciam. Conforme a batalha política em Washington
se desenrola, podemos usar esses conhecimentos para interpretar o que
estamos vendo e formar uma imagem mais clara dos jogadores.
Depois que você fica sabendo dos segredos do pântano, a motivação da
esquerda aparece sob um foco mais nítido. O leitor não precisa acreditar
apenas nas minhas palavras. A prova está no pudim; — e que pudim eles
estão preparando![2]

O estado de vigilância está aqui, e a esquerda o está


usando para reprimir a discordância
04/12/2019

Era uma vez uma esquerda preocupada com um estado de vigilância na


América. Juízes liberais proibiram o FBI de monitorar ou manter arquivos
sobre grupos subversivos de esquerda. Mas agora, depois que esses mesmos
grupos subversivos assumiram o controle da mídia e das agências de
inteligência, um deputado democrata, encarregado do Comitê Permanente
Exclusivo de Inteligência da Câmara, está monitorando os conservadores e
(evidentemente) mantendo arquivos sobre eles.[3]
Podemos resumir o que tem acontecido desde 2016 da seguinte maneira:
o Partido Democrata, em busca de poder e vantagem política, transformou em
arma a inteligência dos EUA e o Comitê de Inteligência da Câmara, para
espionar um presidente conservador, um deputado conservador (Nunes), um
jornalista — e até mesmo para registrar as ligações telefônicas privadas do
advogado do presidente (Rudy Giuliani).
Isso descobrimos lendo o Relatório Schiff (consulte a postagem anterior
do blog).[4] A arrogância do relatório só se compara à sua hipocrisia. O
relatório ignora os princípios jurídicos usados (nas últimas décadas) para
neutralizar as funções de contra-informação do FBI e da CIA. Agora os
democratas, que antes detestavam a contra-informação, agem para
restabelecê-la com força total; só que agora a função de contra-informação
pesará sobre os oponentes e críticos da esquerda.
Não pode haver dúvida, a partir deste momento, de que a esquerda está
usando uma estratégia de intimidação. Ela usa abertamente as capacidades
técnicas de vigilância do estado para ameaçar os conservadores, para alegar
crimes secretos e conspirações surgindo do lado republicano do corredor,
para alegar conluio com potências estrangeiras hostis, para criar ciladas, para
retratar atividades legais como ilegais. Todo político republicano foi avisado:
— As suas ligações estão gravadas, os seus negócios secretos serão usados
contra você. Resistir é inútil. Podemos acusá-lo de crimes com base em
evidências circunstanciais. Vamos convocar testemunhas de nossas próprias
fileiras, suprimir as testemunhas a seu favor e — para completar — vamos
julgá-lo na mídia, fazer com que a sua culpa se torne um fato público aceito,
e reduzi-lo à condição de traidor ou criminoso.
Hoje os assim chamados liberais não protestam contra esses abusos de
poder. Agora está evidente que os nossos libertários civis de esquerda não
estavam realmente interessados em liberdade. Seus argumentos anteriores
contra a CIA e o FBI só duraram enquanto essas organizações lutavam contra
o comunismo. Agora que essas instituições estão sob gestão esquerdista, elas
são abertamente usadas como armas contra os conservadores.
Já que os conservadores são maus e os comunistas são bons, a esquerda
não tem escrúpulos em violar o direito à privacidade de um conservador.
Nunca foi aceitável perguntar a um comunista, sob juramento, se ele era
membro do partido. Mas hoje a opinião da esquerda é a de que os
conservadores são os inimigos do planeta. Todas ou quaisquer medidas, por
mais extraordinárias que sejam, devem ser empregadas para criminalizar a
sua atividade política, inutilizar os seus meios de autoproteção e eliminá-los
da vida política do país.
Esse é o significado do que vemos hoje. A esquerda chegou à convicção
de que ela não só está certa como também é virtuosa; de que aqueles que
discordam dela não devem ter direitos, nem voz, nem participação no poder.
Os eventos de hoje em dia são um aviso. A esquerda não será restringida por
princípios, por lei ou decência. Ela não tem nenhuma consideração pela
verdade. Existem indivíduos na esquerda que podem ser pessoas de
princípios, cumpridoras da lei e decentes; mas os poderes políticos de
esquerda, que dominam a nossa mídia e nosso governo, têm uma coloração
totalitária.
A hipocrisia do que estamos vendo está além de qualquer coisa que
poderíamos ter previsto. Como os americanos puderam concordar com isso?
Como não puderam ver o que aconteceu?
Qualquer que seja o partido ao qual você pensa que pertence, está na
hora de abrir os olhos. O inimigo está do lado de dentro do portão. Os países
totalitários, sob a liderança da Rússia e da China, estão aumentando as suas
forças para a guerra que se aproxima. Os fios do perigo externo estão
entrelaçados com os fios da subversão interna.
Embora não pareça provável para o observador ocasional, todos esses
fios pertencem ao comunismo — uma ideologia que mudou de forma,
assumindo vários disfarces; no entanto, seu núcleo revolucionário permanece
o mesmo. Isso serve para explicar a essência totalitária das práticas,
narrativas e aspirações da esquerda.
O estado de vigilância dos EUA e seus agentes, agora sob o comando da
esquerda, só podem ser compreendidos se observarmos todo o processo em
andamento — no aumento das frotas e exércitos da Rússia e da China, na
ardilosa contestação do papel da América na Europa, nas advertências de
Pequim à Austrália, e a relutância da mídia em lidar com o repentino
reaparecimento de um bloco comunista renovado, com muitos novos
Estados-membros em todo o mundo.

As tradições clássicas chinesas e ocidentais: sobre se


o fim justifica os meios
17/12/2019

A literatura clássica da China antiga, como a da Grécia e Roma antigas,


parece enfatizar a bondade moral como o fundamento da sabedoria. Porém os
ensinamentos clássicos chineses sobre a arte de governar oferecem outra
perspectiva: uma que coloca ênfase especial na trapaça, na subversão e em
agentes secretos.
Em um livro intitulado The Tao of Spycraft, o tradutor de Sun-tzu, Ralph
D. Sawyer, descreve os textos clássicos chineses em termos de sua
preocupação com a "astúcia"; primeiro, na estratégia militar; segundo, como
um método de debilitar um inimigo por meio de falsos desertores e agentes
de influência. As primeiras crônicas chinesas oferecem lições objetivas de
"intrigas furtivas... [e] métodos perversos que deveriam ser negados à
iniqüidade e mantidos longe do perigoso", de acordo com Sawyer.
A idéia de usar meios malignos para o avanço do bem estabeleceu-se
com firmeza muito cedo no pensamento chinês clássico. Os sábios do oriente
não tomaram precauções contra a corrupção dos que exercem o poder; em
vez disso, o despotismo chinês surgiu de tradições que justificavam as ações
malignas como indispensáveis à sobrevivência.
Adicionando cinismo ao cinismo, a autocracia chinesa gravitou em torno
da doutrina do "Mandato do Céu", que diz que a aquisição de poder (por
quaisquer meios) era prova do favor divino. De acordo com essa mesma
lógica, a queda de um governante era a prova de sua indignidade. Assim, o
sucesso por quaisquer meios estava moralmente justificado. O uso cínico da
desonestidade e crueldade por aqueles que estavam no poder se mostraria, a
partir de então, incontrolável, num jogo sem fim dentro da lei do cão. Assim,
a era chinesa dos Estados Combatentes se tornaria o foco de um currículo
clássico enraizado no engano, na crueldade e no assassinato.
A idéia de um processo constitucional, com poder limitado sob o
primado da lei, era estranha ao pensamento e à prática chinesa. Os sábios
chineses escreveram sobre a virtude, mas não desenvolveram nenhum meio
prático de limitar os governantes malignos. Não há nenhum Licurgo na
história chinesa — nenhum Marco Júnio Bruto, nenhum Cato, nenhum
Cícero, nenhum defensor prático da liberdade. Os defensores da sabedoria
prática na China eram especialistas na concentração do poder, não
especialistas em sua limitação.
Claro, os antigos gregos e romanos tinham seus tiranos — como
Dionísio de Siracusa e o imperador Nero. Essas duas figuras receberam
educação filosófica (Dionísio foi instruído diretamente por Platão e Nero foi
aluno de Sêneca). No entanto, seu comportamento se opôs aos princípios que
lhes foram ensinados. O mesmo não pode ser dito dos imperadores e generais
chineses que aprenderam A Arte da Guerra de Sun-tzu, enfatizando a
falsidade e a espionagem, juntamente com as idéias de Han Fei-tzu — o
Maquiavel da China antiga.
Se Dionísio e Nero voltaram as costas a Platão e Sêneca, os governantes
chineses receberam evidente incentivo intelectual para agir de forma
contrária aos ensinamentos de Confúcio e Mêncio. Mas mesmo os
ensinamentos de Confúcio se provariam duvidosos, pois entendia-se que ele
dizia que "quem abandona um governante perverso para apoiar... rebeldes
que reivindicam o Mandato do Céu é um desertor perspicaz, antes um herói
que um traidor." (Sawyer). Cinicamente, interpretou-se que Confúcio diz,
com efeito, que, se os rebeldes vencem, eles são virtuosos. Se perdem, não
são. Isso produziu na China um legado rico em traição, uma história
superpovoada por desertores e traidores cujo oportunismo se tornou sinônimo
de "virtude moral".
A idéia de usar métodos malignos para defender o bem não foi
efetivamente defendida no pensamento ocidental até a Renascença, quando
Maquiavel escreveu O príncipe. Mesmo então, Maquiavel foi denunciado por
quase todos. Frederico II da Prússia escreveu um livro contra as idéias de
Maquiavel, intitulado Anti-Maquiavel, no qual afirmava: "Sempre considerei
O príncipe como uma das obras mais perigosas que se espalharam pelo
mundo..." Frederico continuava dizendo:

…É um livro que cai naturalmente nas mãos dos príncipes e


daqueles que gostam de política. É muito fácil para um jovem
ambicioso, cujo coração e julgamento não estão formados o
suficiente para distinguir com precisão o bem do mal, ser
corrompido por máximas que inflamam a sua fome de poder.

Dado o conteúdo hipermaquiavélico de alguns clássicos chineses, só


podemos imaginar os anátemas que Frederico teria despejado contra os
"sábios" do Oriente. Sem dúvida, ele teria notado a triste história da China —
uma história de tirania, traição e fatalismo. Frederico escreveu, a título de
advertência:

As inundações que assolam regiões, o fogo do relâmpago que


reduz cidades a cinzas, o veneno da peste que aflige províncias,
não são tão desastrosos no mundo quanto a moralidade perigosa e
as paixões desenfreadas dos reis; as pragas celestes duram apenas
um tempo, devastam apenas algumas regiões, e essas perdas,
embora dolorosas, são reparadas. Mas os crimes dos reis são
sentidos por muito mais tempo por todo o povo.

Frederico acrescentava que "A verdadeira política dos reis se baseia


somente na justiça, na prudência e na bondade..." Ele caracterizava a filosofia
de Maquiavel como "cheia de horror..." — Uma afronta ao público.
Embora Frederico fosse um rei absoluto, ele se via como submisso a
Deus, como tendo um dever para com seu povo. Ele escreveu o seu Anti-
Maquiavel em nome da tradição filosófica ocidental, que era fundamentada
nos profetas do Antigo Testamento — instruídos pelos filósofos gregos e
romanos — e pelos historiadores clássicos.
Lemos na Guerra do Peloponeso de Tucídides o arrepiante "diálogo de
meliano", no qual a Atenas democrática impunha condições a uma cidade
neutra que eles exterminaram arbitrariamente. Quando os melianos brigaram
por justiça, os atenienses zombaram. Tucídides mostra a maldade e a falta de
visão da política ateniense. Pois Atenas, mesmo então, estava cortejando a
destruição, erroneamente imaginando-se invencível e fora do alcance da
justiça. (Atenas perderia a guerra). Tucídides ressaltou as conseqüências
desastrosas da filosofia da "lei do mais forte" dos atenienses, e o terrível
custo para a sociedade quando homens maus alcançam altos cargos.
Nos Anais da Roma Imperial, Tácito nos mostra como o despotismo dos
Césares declinou para a perversidade da tirania abjeta, desvio sexual,
assassinato e loucura. Quando Tito Lívio escreveu sua História de Roma no
século primeiro, ele a prefaciou com um apelo aos valores morais dos
antepassados de seu país — comparando a nobreza antiga com a depravação
moderna.
Nesse sentido, Tito Lívio narrou o generalato de Marco Fúrio Camilo
diante das muralhas de Falérios. De acordo com Tito Lívio, um tutor grego
traiçoeiramente atraíra seus jovens pupilos, os filhos dos líderes da cidade,
para o acampamento romano — oferecendo essas crianças inocentes como
reféns para quebrar o cerco. Camilo fez com que o tutor grego fosse despido
e açoitado, entregou o chicote ao pupilo mais velho e deixou-os voltar em
segurança para os pais, com seu esfolado e infiel professor a reboque. O povo
de Falérios ficou intimidado com esse nobre ato e prontamente se rendeu ao
general romano por gratidão, confiando-lhe suas vidas e propriedades. Assim,
um estado inimigo foi transformado, pela conduta honrosa, em amigo.
Da mesma forma, o historiador grego Políbio, em seu famoso
comentário sobre a constituição romana, elogiou os antigos romanos por sua
honestidade e piedade, às quais ele creditava o sucesso de seu Império. Foi só
depois, quando o sucesso os estragou, que os romanos caíram na degradação
moral.
Platão, Aristóteles e Cícero defendiam a bondade e a virtude morais —
assim como Confúcio e Mêncio. Mas os chineses mantinham, sob a
superfície, um ensinamento esotérico que fazia Maquiavel parecer um
escoteiro em comparação. Tão maus eram os ensinamentos dos sábios da
China, que os governantes da China os consideravam perigosos nas mãos
erradas. Assim, em tempos muito antigos, esses ensinamentos eram mantidos
em segredo pelos governos de sucessivos reis. O lado negro dos
ensinamentos clássicos da China era concebido como "a essência do nosso
estado" (como explicou um alto funcionário chinês). "Visto que os clássicos
contêm métodos atemporais de governo, eles não podem ser emprestados a
outros povos".
De acordo com os antigos generais e administradores chineses,
governantes sábios não permitem que outros leiam as "estratégias militares e
os livros dos filósofos, com técnicas ardilosas".

Ora, se o imperador Han não estava disposto a mostrar esses livros


à sua amada cônjuge... como podemos hoje entregar clássicos
cheios de tais informações aos nossos grandes inimigos, os
bárbaros ocidentais?

Na tradução de Sawyer, um alto funcionário argumenta que os bárbaros


ocidentais são sensíveis e inteligentes: "Se eles penetrarem no Livro dos
Documentos, certamente saberão como conduzir a guerra". Métodos e
conceitos ardilosos eram, em si mesmos, armas secretas em um tesouro
cultural de armamento secreto.
É prudente conhecer as técnicas do mal — não porque devamos praticá-
las, mas para reconhecer quando os outros as estão praticando contra nós. O
que é evidente, neste momento da história, é que a China e a Rússia, e a
extrema esquerda, empregam consistentemente métodos maquiavélicos — e
aqueles ensinados por Sun-Tzu. Devemos ser claros sobre nossa posição e o
que pensamos sobre o seu uso. A subversão e a trapaça são atividades que
corrompem quem as pratica. Como as armas de guerra, elas só podem ser
usadas reciprocamente, e não sem risco para o usuário. Assim como matar na
guerra é uma coisa terrível, e não deve ser empreendido de forma leviana,
mentir para um inimigo também é perigoso. A pena que a natureza
prontamente impõe aos mentirosos é conhecida pela história por meio da
degeneração cognitiva do tirano. Ele mente e ameaça a todos, e todos são
obrigados a iludi-lo de volta.
Como qualquer um pode ver, a degeneração moral da esquerda é
exemplificada por um pensamento tão corrosivo que a idiotia moral e a
esclerose ideológica são imediatamente visíveis por todos os lados. As elites
dominantes do Ocidente, imersas em fábulas de sua própria criação, não
conseguem mais reconhecer a verdade. Cada vez menos enxergam ou
entendem a situação em que se encontram. Sua tendência é iludir-se; mas de
que isso lhes servirá? Entretanto, o caso deve ser que, por mais invencíveis
que pareçam, elas estão condenadas.
A China e a Rússia, os dois principais impérios do legado de Sun-tzu (e
do legado de Lenin), estão inundadas de corrupção e banditismo. São
impérios degenerados. O poder que acumularam só pode ser usado para
destruição, uma vez que não têm valor moral intrínseco. Serão condenadas
pela história, mesmo quando tentarem enganar os historiadores.
Se o legado de Sun-tzu dominar o mundo, então a história em todos os
lugares se conformará às leis e padrões da história chinesa. O Ocidente então
jazerá enterrado em seus próprios escombros. A humanidade experimentará
uma era sombria — uma era de sangue e ignorância. Talvez a raça humana
morra de vergonha; pois tal resultado seria, na verdade, insuportavelmente
vergonhoso.

O gnosticismo como metáfora para os candidatos


democratas
03/01/2020

O gnosticismo, portanto, produziu algo como os contra-princípios


aos princípios da existência; e, na medida em que esses princípios
determinam uma imagem da realidade para as massas dos fiéis,
eles criaram um mundo de sonho que é ele mesmo uma força social
de primeira importância na motivação de atitudes e ações das
massas gnósticas e seus representantes.

— ERIC VOEGELIN, A NOVA CIÊNCIA DA POLÍTICA


O mundo de sonhos dos gnósticos de Voegelin pode ser vislumbrado
enquanto se assiste aos debates presidenciais democratas. Ouça suas fantasias
absurdas — do aquecimento global e inundações costeiras, de se apagar as
fronteiras nacionais e gastar trilhões em programas para empobrecer a todos
nós. De onde realmente virá o dinheiro? Endividados ao extremo, isso só
pode acelerar a erosão da prosperidade e provocar um deslocamento
econômico sem precedentes; mas, olha, está tudo bem, porque, depois disso,
nós podemos culpar o capitalismo e o sexismo e o racismo — e avançar em
harmonia para construir o verdadeiro socialismo, ou comunismo, ou o Novo
Green New Deal, sem aviões ou vacas ou carros ou liberdade de expressão.
Deus ajude o pobre tolo que se opuser.
Sim. Os candidatos democratas se baseiam todos neste mesmo mundo
de sonhos. São todos gnósticos, no sentido em que Voegelin usa o termo. São
todos dedicados a "contra-princípios". Qual a melhor forma de explicar isso?
Voegelin era um homem muito culto. Ele sabia do que estava falando,
mesmo que seu modo de expressão fosse erudito. Ele estava tentando
expressar percepções que os incultos não têm palavras para expressar. Então,
ele inventou o seu próprio vocabulário, tomando emprestado o termo
"gnóstico" para transmitir sua idéia daquilo que está, mesmo agora, fazendo
guerra contra os alicerces espirituais e intelectuais da civilização mais
avançada já construída pelos humanos.
Voegelin escreveu:

O gnosticismo como um mundo onírico contra-existencial pode


talvez se tornar inteligível como a expressão extrema de uma
experiência que é universalmente humana, isto é, de um horror à
existência e um desejo de escapar dela.

O escapismo pode ser uma coisa perigosa. Uma sociedade rica e bem-
sucedida, enfraquecida patologicamente por décadas de sucesso, pode
considerar a sua permanência garantida; pode confundir seus impulsos
neuróticos com a verdadeira ordem das coisas; pode erguer uma falsa auto-
interpretação sobre uma herança não mais entendida; adotando, em vez disso,
um novo padrão de conduta que promete desemaranhar a própria trama da
civilização.
O que se segue, por necessidade, é um declínio na moralidade cívica,
uma cegueira para os perigos óbvios e — diz Voegelin — uma relutância em
enfrentar esses perigos com seriedade. Ele acrescentava: "É o clima das
sociedades tardias e em desintegração que não estão mais dispostas a lutar
por sua existência".
O mundo dos sonhos gnóstico no palco dos debates presidenciais
democratas reflete esse mesmo processo de desmantelamento — de uma
consideração pouco séria pelos perigos, de neuroticismo e arrogância
existencial. Voegelin escreveu:

No gnosticismo, o não-reconhecimento da realidade é uma questão


de princípio; neste caso, seria necessário falar de uma inclinação
para continuar ciente do risco da existência a despeito do fato de
ele não ser admitido como um problema no mundo dos sonhos
gnóstico; tampouco o sonho prejudica a responsabilidade cívica ou
a prontidão para lutar bravamente em caso de emergência. A
atitude em relação à realidade permanece enérgica e ativa, mas
nem a realidade nem a ação na realidade podem ser colocadas em
foco; a visão é embaçada pelo sonho gnóstico. O resultado é um
estado de espírito pneumopatológico muito complexo...

O não-reconhecimento da realidade, diz ele, é o primeiro princípio do


gnóstico. Ações que os prudentes consideram moralmente insanas são
empreendidas porque são consideradas "morais" pelo sonhador. De acordo
com Voegelin, "A disparidade entre o efeito pretendido e o efeito real será
imputada não à imoralidade do gnóstico de ignorar a estrutura da realidade",
mas à imoralidade daqueles que não compartilham o mesmo sonho maluco.
O método do moralmente insano é inverter a responsabilidade. Suas
falhas são sempre culpa de outra pessoa. Assim, os fracassos econômicos de
Stalin não eram atribuídos às suposições econômicas errôneas do socialismo,
mas à culpa moral de saqueadores, sabotadores e espiões; isto é, qualquer um
que não participasse da loucura gnóstica do comunismo. Portanto, é lógico
que a polícia secreta de Stalin atiraria nos engenheiros e especialistas cujos
relatórios refletissem conhecimento e inteligência que o comunista poderia
considerar ameaçadores.
Voegelin observou: "praticamente todo grande pensador político que
reconheceu a estrutura da realidade, desde Maquiavel até o presente, foi
rotulado de imoralista pelos intelectuais gnósticos..." Os gnósticos fizeram
até mesmo um" jogo de salão" ao rotularem Platão e Aristóteles de"
fascistas". Não devemos nos surpreender, portanto, que os gnósticos
condenem a sabedoria do passado como má.
Quando aparecem perigos, pode apostar que os gnósticos tomarão a
linha de ação errada. Eles se engajarão em múltiplas operações "mágicas" —
amaldiçoando os perversos, proferindo anátemas, resoluções, apelos à
humanidade, etc. Eles podem até proibir a guerra.
Ainda estamos agora?
O gnóstico representa a insanidade política. Basta ouvir Elizabeth
Warren por vinte minutos. Cada vez que ela abre a boca, o judicioso
estremece. "A política gnóstica", dizia Voegelin, "é autodestrutiva". Mais do
que isso, ele alertava que ela inevitavelmente leva a uma guerra contínua. Ele
afirmava:

Este sistema de guerras em cadeia pode terminar apenas em uma


de duas maneiras. Ou resultará em horríveis destruições físicas e
concomitantes mudanças revolucionárias da ordem social que
ultrapassam conjecturas razoáveis; ou, com a mudança natural de
gerações, levará ao abandono do sonho gnóstico antes que o pior
tenha acontecido.

Isso tem um som familiar? Será que lembramos do apelo de Hillary


Clinton por uma "zona de exclusão aérea" na Síria — contra as unidades
aéreas russas?! O mundo de sonhos do gnóstico não invade apenas a política
social. Ele também tem penetrado a política de segurança nacional.
Não devemos esquecer que cada passo de nosso envolvimento no
exterior fortalece o grande governo. Também fortalece a transformação do
liberalismo em comunismo. Voegelin observou:

Se o liberalismo é entendido como a salvação imanente do homem


e da sociedade, o comunismo certamente é a sua expressão mais
radical; é uma evolução que já foi antecipada pela fé de John Stuart
Mill no advento final do comunismo para a humanidade.

A sociedade ocidental, advertiu Voegelin, "está pronta para se apaixonar


pelo comunismo..." E quem negaria nosso constante progresso rumo à
esquerda? Veja os democratas concorrendo à Casa Branca.
Que Deus tenha misericórdia de nós.

O apocalipse da estupidez radical


11/01/2020
"Quais são os sintomas do... descarrilamento do homem?" perguntou
Eric Voegelin em seu livro Hitler e os alemães. O homem tem uma natureza
particular. Ele é um ser espiritual e um ser racional. O Ocidente extraiu a sua
razão dos antigos gregos, a sua base espiritual, dos antigos israelitas. Essa foi
a nossa dupla herança. Só agora a abandonamos em troca do positivismo e do
materialismo. Como conseqüência, a civilização ocidental está se desfazendo
rapidamente.
De acordo com Voegelin, o Antigo Testamento ensina que temos uma
participação no que é divino. O homem é "teomórfico", para usar um termo
grego, ou feito "à imagem de Deus". Voegelin observou: "A dignidade
específica do homem é baseada nisso..." Mesmo assim, chutamos isso para
escanteio, enxergando-nos "à imagem do macaco". O pensamento
predominante desmascarou a idéia da "causa primeira", o criador divino, o
criador de todas as coisas. Esse é o lado espiritual de nossa estupidez radical.
Voegelin escreveu: "Não se pode desdivinizar a si mesmo sem se
desumanizar..."
A brutalidade de nosso pensamento diário, nossa desconexão do espírito,
ficaria logo aparente para uma pessoa medieval ou da antigüidade. De nossa
parte, mal sabemos o que perdemos. Por causa disso, estamos absorvendo
antidepressivos em um ritmo surpreendente. Apesar de nossa relativa riqueza
e conforto, estamos cada vez mais infelizes. Estamos, como observou um
cientista social, "nos desmanchando".
Por todos os lados ressoam os slogans mais brutais. Somos agora as
criaturas de uma era ideológica. Conforme observado por Carl Jung, nós
sucumbimos à mentalidade de massa. "Não há mais deuses que possamos
evocar para nos ajudar", escreveu ele. Levamos agora "uma existência
ignominiosa entre as relíquias do nosso passado..."
Em grande medida nós nos isolamos do espiritual. Muitos líderes
religiosos são fraudes. Muitos dos "fiéis" não têm discernimento para
identificar impostores. É uma situação doentia em todos os sentidos. Quanto
à nossa razão, ela agora está baseada em proposições equivocadas —
desconectada do espírito, da base do ser. Por causa disso, observou Voegelin,
"ocorre uma perda da realidade, na medida em que este ser divino, esta base
do ser, é… realidade também..."
Essa "perda da realidade" leva alguns homens a se colocarem como
Deus. Eles prometem eliminar a pobreza, a guerra, as doenças. Ah, sim, e
eles são capazes de saltar grandes prédios num único pulo, enquanto reduzem
as temperaturas globais. Essa é a essência da Nova Religião — a religião de
nossos idiotas morais, evoluindo dia a dia para a "tirania do radicalmente
estúpido".
Veja, o idiota moral pensa que é mais inteligente do que Deus. Ele é
fabulosamente inteligente da maneira mais radicalmente estúpida que se
possa imaginar. No entanto, o idiota moral não sabe que se perdeu. Como um
desertor da reverência e da verdade, ele conta mentiras irreverentes e vive em
um mundo de fantasia infantil. Não é apenas o mundo de fantasia da CNN,
mas também o mundo de fantasia da Fox News.
De acordo com Hesíodo, existem três tipos de homens: (1) aqueles que
refletem sobre as coisas; (2) aqueles que ouvem os pensadores; e (3) aqueles
que nem pensam nem ouvem e, conseqüentemente, são estúpidos e até
perigosos. Hoje, pessoas desse último tipo estão por toda parte. Estão no
comando de tudo. Voegelin diz que a nossa elite governante inteira é desse
tipo.
Voegelin diz que é "extremamente difícil entender que a elite de uma
sociedade pode consistir numa ralé". Depois ele diz: "[nossa elite] realmente
consiste numa ralé". A prova está aí, diante de nossos olhos. Há algo de
errado com quase todos os nossos líderes. Eles não estão devidamente
orientados. Eles estão profundamente desorientados. De acordo com
Voegelin:

A estupidez significará aqui que um homem, por causa de sua


perda da realidade, não está em condições de orientar corretamente
a sua ação no mundo, no qual ele vive. Assim, quando o órgão
central que guia a sua ação, sua natureza teomórfica e abertura para
a razão e o espírito, tiver deixado de funcionar, aí o homem agirá
de forma estúpida.

Ele assassinará milhões em campos de concentração, cometerá


genocídio contra minorias, jogará bombas incendiárias em cidades cheias de
mulheres e crianças, lançará armas nucleares quando o inimigo já estiver
tentando se render, entregará regiões inteiras à escravidão para manter um
acordo com um assassino em massa aliado, etc. etc. Tal é a nossa história
recente, "cheia de som e fúria", indicando traição.
No entendimento hebraico, um tolo é aquele que cria o caos e a
desordem por causa de sua tolice. Na terminologia de Platão, o tolo "não tem
a autoridade da razão e... não pode se curvar a ela". Olhe para a esquerda e
olhe para a direita. Onde estão os sábios? Quem se curva à razão?
A nossa descida ao caos é progressiva e pode acelerar a qualquer
momento. A estupidez segue a estupidez, o erro segue o erro. Estamos
matando bebês em gestação por meio do aborto, importando forasteiros de
civilizações hostis, ensinando às crianças a virtude da sodomia e aos
beduínos a virtude da democracia; o casamento agora pode ser entre homem
e homem, a guerra é travada nas asas da tagarelice santarrona, para atingir
objetivos inalcançáveis. Desesperai vós todos que aqui entrais.
Vivemos na Era da Estupidez Radical, em que a elite é radicalmente
estúpida — uma ralé de jumentos inteligentes que lutam apaixonadamente
contra a realidade e o bom senso. A nossa falência aumenta de vinte trilhões
para vinte e cinco trilhões, para cento e cinquenta trilhões. Nada pode impedir
a passagem ao caos universal, exceto a razão e o espírito. Mas onde essas
qualidades podem ser encontradas?
Achamos que somos os mocinhos, que sabemos o que estamos fazendo.
Mas não temos idéia. Confundimos bondade com presunção moral.
Confundimos slogans ideológicos com conhecimento e razão. Não sabemos
nossas limitações e não gostamos que nos digam que somos vulneráveis. É
apenas uma questão de tempo até que nossos líderes radicalmente estúpidos
causem um grande descarrilamento. Quando tudo começar a desmoronar,
quando estivermos morrendo às dezenas de milhões, encontraremos líderes
de um tipo diferente? De onde eles virão?
O que estamos fazendo para nos opor à estupidez radical de nossos
governantes?

A estratégia da tesoura como método para o


posicionamento de agentes
13/01/2020
Em ensaios anteriores me referi à "estratégia das tesouras", que também
é conhecida por outros nomes. Muitos leitores não têm uma idéia clara de
como essa estratégia funciona, ou de por que ela é eficaz. Portanto, é útil
apresentar dois ou mais exemplos hipotéticos/históricos para ilustrar.
EXEMPLO UM: AFEGANISTÃO

Em 1979, a União Soviética queria acelerar a sua infiltração no mundo


islâmico. Um objetivo da infiltração era assumir o controle de grupos
muçulmanos e usá-los para criar novos meios de atacar o Ocidente.
O melhor ponto de entrada para essa estratégia era o Afeganistão.
Dentro da União Soviética, havia duas "repúblicas" soviéticas ideais para
lançar operações no Afeganistão. Os dois países eram a RSS do Tajiquistão e
a RSS do Uzbequistão. (Note bem: um número significativo de tadjiques e
uzbeques vive no Afeganistão).
Antes de 1979, a União Soviética usava agentes étnicos tajiques e
uzbeques para se infiltrar no Afeganistão. Para eles, era brincadeira de
criança influenciar esses grupos dentro do país. Enquanto isso, os jovens
tecnocratas afegãos, estando abertos à doutrinação marxista, também eram
vulneráveis à influência soviética e ao recrutamento por canais francamente
comunistas. Os agentes também podiam ser recrutados de outros grupos
tribais por meio de redes criminosas infiltradas pela União Soviética (ou seja,
por meio do domínio soviético do tráfico regional de heroína). Muitas
pequenas operações tinham de ser desenvolvidas, originando-se em partes
muito diferentes do Afeganistão, para tornar a estratégia viável. O objetivo
dessas operações de longo prazo é sempre se infiltrar em todo grupo tribal,
máfia criminosa, organização policial, centro econômico e partido político
importantes do país. Você não pode usar uma estratégia das tesouras sem
colocar agentes nesses (e em outros) setores cruciais. Nem é preciso dizer,
obviamente, que o primeiro alvo da infiltração é sempre a contra-informação
inimiga, de modo que ninguém jamais tenha os meios para identificar os seus
agentes ou os seus modos de operação.
O próximo problema, como estrategista soviético, é como levar seus
agentes a posições de poder dentro de seus respectivos grupos. O conflito é a
melhor maneira, especialmente se o conflito for violento. Em termos de
tráfico de drogas, você promove seus agentes na polícia dando-lhes
orientações vindas de seus agentes entre os traficantes de drogas. A polícia
sob o seu controle prende apenas aqueles traficantes que não estão sob o seu
controle, abrindo o caminho para que você fortaleça o seu controle sobre o
crime organizado. Em última análise, a sua estratégia leva a uma
convergência da polícia e da máfia — de modo que os líderes da polícia são
seus agentes, e eles estão secretamente alinhados com os principais
criminosos do país, que também são seus agentes.
Com seus agentes no submundo do crime, e dentro da polícia, você
adquire acesso a informações sobre corrupção. Especialmente, você obtém
informações sobre corrupção dentro dos serviços de inteligência, do sistema
bancário e dos partidos políticos. Você pode prender quem você quiser. Você
também tem o poder de subornar ou chantagear qualquer pessoa que você
considere vulnerável ou útil. Agora a sua influência dentro do país está
gradualmente tomando forma.
O próximo problema é preparar o país-alvo para uma invasão. Nesta
fase, você pode perguntar: por que invadir o país? Há muitas razões, e você
deve ter cuidado para que o inimigo não suspeite de nenhuma delas. Mas a
razão imediata para o conflito é promover seus agentes dentro do país como
um todo. (Qualquer poder que você tenha não é suficiente, e nunca será).
Idealmente, como estrategista soviético, você quer um pateta no controle
do Afeganistão. Dada a estupidez radical da elite do país educada nos Estados
Unidos, isso não é difícil. Você faz muitos favores ao governo, pedindo
pouco em troca. Você constrói estradas e aeródromos. Você cria a
infraestrutura para a sua futura invasão. Então, você convence o Presidente
Idiota Útil de que os imperialistas americanos estão conspirando para atacar o
país dele. Você encena provocações por meio de agentes em áreas tribais para
assustar o governo. Finalmente, o Presidente Idiota pede que você intervenha.
As tropas soviéticas entram no país. Agora você já criou um conflito maduro
para exploração.
Seus agentes dentro dos grupos tribais há muito já estabeleceram a sua
bona fides, posando como falastrões anti-soviéticos. Depois que as tropas
soviéticas cometem atrocidades específicas, esses agentes ganham maior
estatura. O conflito crescente entre os ocupantes soviéticos e as tribos é o
cenário perfeito para matar vários líderes, abrindo novas vagas de liderança
para seus agentes dentro de cada grupo tribal.
Em seguida, vem a localização de talentos. De todo o mundo
muçulmano, combatentes são recrutados para se juntar à jihad contra o
comunismo ateu. Mas você preparou bem o seu tabuleiro de xadrez. Com
seus agentes firmemente posicionados entre os mujaheddin, você pode dirigir
as operações militares de ambos os lados. Você pode assim eliminar os
combatentes que são genuinamente perigosos para Moscou enquanto
identifica jovens recrutas promissores do mundo árabe. Você pode criar
novos heróis dentro do campo anticomunista. E você pode fazer isso às custas
da América. Esses novos heróis serão seus agentes em futuras ofensivas
terroristas contra o Ocidente.
A CIA se move para armar os rebeldes afegãos, mesmo quando você
está obtendo o controle dos grupos rebeldes por meio de seus agentes. Em
breve, a CIA estará armando e treinando grupos que você efetivamente
controla (assim como grupos que momentaneamente escaparam de seu
controle). Os americanos, com suas próprias mãos, desenvolverão as
organizações que você usará contra eles no futuro.
A operação terá muitos altos e baixos. Não será sem custo. Você perderá
muita gente "boa". Na verdade, todos devem acreditar que você perdeu esta
guerra. Você retirará suas tropas do Afeganistão com grande estardalhaço. O
Ocidente vai bater no peito. Mas você preencheu a liderança mujaheddin com
os seus servos. Você, simultaneamente, passou anos assassinando seus
inimigos dentro do mundo muçulmano e infiltrando as fileiras militantes com
seus agentes.
O ponto culminante virá quando terroristas, abrigados por um grupo
tribal que você não controla, atacar o World Trade Center e o Pentágono.
Aproximadamente ao mesmo tempo, seus representantes organizam o
assassinato de um líder afegão para solidificar o seu controle sobre as facções
anti-Talibã. Sua paciência está prestes a ser recompensada. Quando os
americanos atacarem o Afeganistão pelo ar, seus agentes serão os aliados
deles no solo — junto com outros grupos tribais sob o seu controle. Agora
você promoveu um novo tipo de convergência. A OTAN ocupa o
Afeganistão em seu nome e quase ninguém (exceto Mohammed Karzai)
adivinhará a verdade. Os oficiais e generais da OTAN estão agora na mira de
outra rodada do jogo das tesouras.
Se os soviéticos ficaram no Afeganistão por quase uma década, a Otan
ficará lá por quase duas décadas. Agora a ira do mundo islâmico não está
mais focada na jihad contra o comunismo ateu (que parece ter desaparecido
por completo). Agora a Jihad é contra os Estados Unidos ateus.
Você pode pensar que o resultado aqui é acidental. Mas não, é o
resultado de diligência, disciplina e habilidade superior de inteligência. Por
favor, não entenda mal. Nada aqui foi fácil para os serviços especiais russos.
Eles fizeram enormes sacrifícios, e o valor estratégico do resultado é
impressionante; pois novos jogos podem agora começar, os quais são jogados
a partir dos ganhos do jogo antigo.
EXEMPLO DOIS: CHECHÊNIA, ISIS E OUTROS

Há cinco anos, o pesquisador lituano Marius Laurinavičius deu aos


leitores uma visão inestimável da atual estratégia das tesouras de Moscou
contra o mundo muçulmano, numa série em várias partes.[5]
Laurinavičius documentou várias ligações entre terroristas islâmicos
treinados pelos serviços especiais russos e o ISIS. A própria Guerra da
Chechênia, em todos os seus detalhes improváveis (como a Guerra do
Afeganistão antes dela), é coisa de uma lenda criada por Moscou. Como as
"notícias falsas" de hoje, tivemos propagandistas islâmicos falsos surgindo
em lugares como o Tadjiquistão e o Uzbequistão — na época de um suposto
"renascimento islâmico" autorizado pelo Partido Comunista da União
Soviética (de novo, improvável). Esse renascimento então gerou uma série de
ideólogos islâmicos, como mostra Laurinavičius, em aliança com a KGB ou a
FSB ou com o conselheiro de Putin, Alexandre Dugin.
A narrativa de Laurinavičius é desconcertante ao extremo, a menos que
entendamos o padrão de infiltração e colocação de agentes que ele representa.
Eis aqui os sinais factuais da estratégia das tesouras de Moscou. Eis aqui os
processos da guerra do Afeganistão repetidos no Cáucaso, tendo em vista
estabilizar a região após uma desestabilização intencional. Aqui vemos
terroristas entrando e saindo furtivamente da Rússia sem ninguém saber. Eis
a explicação da bizarra afirmação do ministro da Defesa russo, Pavel
Grachev, de que o Distrito Militar do Cáucaso Norte seria o local de um
enorme exercício da Terceira Guerra Mundial. Essa declaração prenunciou as
guerras chechenas dos anos 1990 antes que alguém percebesse que a Rússia
estava treinando gente como Ayman al-Zawahri (o atual chefe da Al Qaeda).
Por melhor que seja uma trapaça, indícios sempre escapam dos lábios dos
generais ou estadistas russos. (Nota: Grachev havia comandado a 103ª
Divisão Aerotransportada de Guardas do Exército Soviético no Afeganistão
de 1985 a 1988).
"A ascensão dos wahhabitas [na Chechênia] fornece muito alimento à
propaganda russa e aos jogos políticos", observou Laurinavičius. Se você ler
do início ao fim os casos detalhados apresentados por Laurinavičius, a
conclusão dele parece óbvia. Conforme declarado na Parte Dois de sua série,
"O rudimento do wahhabismo na Chechênia está aparentemente...
relacionado a... supostos agentes da KGB."
Nos últimos anos, com relação ao ISIS, alguns dos suspeitos de sempre
aparecem mais uma vez, "envolvidos no recrutamento de novos terroristas
para [o] estado islâmico", explicou Laurinavičius. Se é ridículo propor uma
"teoria da conspiração" em relação à Guerra Civil da Síria, Laurinavičius
deixa de lado a teoria e mergulha diretamente na conspiração como história.
Para entender essa história, devemos entender a estratégia das tesouras.
Uma lâmina da tesoura corta o líder de um grupo. Em retaliação, o líder de
um grupo adversário é eliminado; em cada grupo, os agentes russos sobem na
hierarquia, ocupam o lugar dos líderes mortos, e os russos consolidam sua
posição.
Pense agora nos movimentos finais e definitivos de tal jogo — conforme
jogado desde Cabul até Bagdá até Washington.
Pense!

Magia e destruição
21/01/2020

Aquele que não tem sementes demoníacas dentro de si nunca dará


à luz um novo mundo.

— DR. ERNST SCHERTEL

Essa foi uma anotação encontrada na cópia de Adolf Hitler do livro de


Schertel, Magia: História, Teoria, Prática. Parece que Hitler não tinha
problemas com "sementes demoníacas". E ele queria "dar à luz um novo
mundo" — assim como Karl Marx e Vladimir Lenin.
Hitler anotou outra passagem de Schertel, que remete ao cinismo do
líder nazista. A vontade do mago em relação ao seu "demônio", diz Schertel,
cria um poder que "é completamente deixado a seu [do mago] critério". A
anotação de Hitler continua:

O 'povo' que ele pode reunir em torno de si... representa uma


ampliação de sua esfera-do-eu. Mas já aconteceu de um mago
abandonar, despedaçar ou castigar o seu próprio povo, no caso de
este não mais parecer reativo.

Lembre das, por assim dizer, imagens de Berlim e de outras cidades


alemãs de maio de 1945. Vê-se uma infinita paisagem lunar de prédios
bombardeados. Esse foi para a Alemanha o custo de ampliar a esfera-do-eu
do mago.
No final das contas, as sementes demoníacas de Hitler eram potentes,
germinando em uma guerra mundial, acompanhada pela perseguição,
encarceramento e morte de milhões de inocentes. Da mesma forma, pode-se
dizer que as sementes demoníacas de Lenin também germinaram na matança
e no encarceramento de milhões por Stalin — que se juntou a Hitler para
invadir a Polônia em agosto de 1939. Foi isso que desencadeou a Segunda
Guerra Mundial.
O presidente Vladimir Putin está agora tentando negar a
responsabilidade de Moscou pela invasão da Polônia, justificando a agressão
de Stalin em termos humanitários. Segundo Putin, o Ocidente é o culpado por
Hitler. A política de apaziguamento de Neville Chamberlain, disse Putin, foi
a verdadeira causa da guerra. Quanto à inocência da Polônia, Putin chamou o
ministro das Relações Exteriores da Polônia, coronel Józef Beck, de "um
porco anti-semita".
Eis mais uma pitada de sementes demoníacas para criar um "novo
mundo". Pois esse é o sonho mágico que Putin compartilha com Stalin e
Hitler. Aqui, novamente, o mago não tem nenhuma preocupação real com seu
próprio povo. Ele é um revolucionário que busca derrubar a ordem existente.
Há uma citação sobre revolucionários que Eric Voegelin abonava, de um
livro intitulado Os demônios, de Heimito von Doderer. Aqui Doderer diz que
um revolucionário é "alguém que quer mudar a situação geral por causa da
impossibilidade de sua própria posição..." Doderer também declarava: "Uma
pessoa que era incapaz de aturar a si mesma torna-se um revolucionário,
então são os outros que têm de aturá-la."
Em certo sentido, escreveu Doderer, o revolucionário abandona a "tarefa
extremamente concreta de sua própria vida". Surge então a necessidade de
falsificar o passado. A partir disso, diz Voegelin, segue-se a necessidade de
todos os revolucionários de sistematicamente falsificar a história. Se a
sociedade sucumbir a essa falsificação, logo a própria sociedade "perpetua a
mais alta traição" imaginável. E há um corolário dessa traição. A falsa
realidade assim estabelecida não pode aceitar ninguém que fale a verdade
sobre o passado ou o presente. Essas pessoas são então rotuladas de traidores.
No livro de Schertel sobre magia, Hitler sublinhou uma passagem que
nega a existência da verdade objetiva. Ele chama o "mundo objetivo" de
"ilusionismo da fantasia". A idéia por trás da magia é "mudar o mundo de
acordo com a nossa vontade". Então, pode-se "criar realidade onde nenhuma
realidade existe".
E essa realidade? — uma ruína fumegante onde antes existia uma
cidade.

O asqueroso angu de Wuhan do General Chi: uma


receita para a guerra biológica?
30/01/2020

Somente usando armas não-destrutivas que podem matar muitas


pessoas seremos capazes de reservar a América para nós mesmos.
Tem havido um rápido desenvolvimento da tecnologia biológica
moderna e novas armas biológicas têm sido inventadas uma após a
outra. Obviamente, nós não ficamos ociosos... Somos capazes de
alcançar o nosso propósito de 'limpar' a América subitamente.

GENERAL CHI HAOTIAN


Em um discurso secreto dado a quadros de alto escalão do Partido há
quase duas décadas, o Ministro da Defesa chinês, general Chi Haotian,
explicou um plano de longo prazo para garantir um renascimento nacional
chinês. Ele disse que havia três problemas vitais que deviam ser
compreendidos. O primeiro era a questão do espaço vital — porque a China
está severamente superpovoada e o meio-ambiente da China está se
deteriorando. O segundo problema, portanto, era que o Partido Comunista
devia educar o povo chinês para "sair". Com isso, o general Chi queria se
referir à conquista de novas terras nas quais uma "segunda China" pudesse
ser construída pela "colonização". Disso surge o terceiro problema vital: o
"problema da América".
O general Chi alertou seus ouvintes: "Isso parece chocante, mas a lógica
na verdade é muito simples". A China está "em conflito fundamental com os
interesses estratégicos do Ocidente". Portanto, a América nunca permitirá que
a China conquiste outros países para construir uma segunda China. A
América está no caminho da China. Chi explicou o problema da seguinte
maneira:

Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para ganhar um


novo espaço vital? Em primeiro lugar, se os Estados Unidos estão
resolutos em nos bloquear, é difícil para nós fazer algo
significativo em relação a Taiwan, Vietnã, Índia ou mesmo Japão,
[então] quanto mais espaço vital podemos conseguir? Muito
simples! Apenas países como Estados Unidos, Canadá e Austrália
têm terras vastas para atender à nossa necessidade de colonização
em massa.

"Não somos tolos a ponto de querer morrer junto com os Estados Unidos
usando armas nucleares", disse o general. "Somente usando armas não-
destrutivas que podem matar muitas pessoas seremos capazes de reservar a
América para nós mesmos." A resposta se encontra nas armas biológicas.
"Obviamente", acrescentou ele, "nós não ficamos ociosos, nos últimos anos
aproveitamos a oportunidade para dominar armas desse tipo".
O Partido Comunista Chinês governante considera que as armas
biológicas são as armas mais importantes para cumprir seu objetivo de
"limpar a América". Chi dá a Deng Xiaoping o crédito de colocar as armas
biológicas à frente de todos os outros sistemas de armas do arsenal chinês:

Quando o Camarada Xiaoping ainda estava conosco, o Comitê


Central do Partido teve a perspicácia de tomar a decisão certa de
não desenvolver grupos de porta-aviões e se concentrar, em vez
disso, no desenvolvimento de armas letais que possam eliminar as
populações em massa do país inimigo.

Pode parecer difícil de acreditar, mas o próprio General Chi se


considerava um comunista "humanitário" e, portanto, admitia ter sentimentos
pessoais confusos sobre o assunto: "Às vezes penso como é cruel para a
China e os Estados Unidos serem inimigos..." Afinal, observou ele, a
América ajudou a China na Segunda Guerra Mundial. O povo chinês lembra
que a América se opôs ao imperialismo japonês. Mas nada disso importa
agora. "No longo prazo", disse o General Chi, "o relacionamento da China e
dos Estados Unidos é de uma luta de vida ou morte". Esta situação trágica
deve ser aceita. De acordo com o General Chi, "Não devemos esquecer que a
história de nossa civilização repetidamente tem nos ensinado que uma
montanha não permite que dois tigres vivam juntos."
De acordo com o General Chi, o problema de superpopulação e
degradação ambiental da China acabará por fim resultando em colapso social
e guerra civil. O General Chi estimou que "mais de 800 milhões" de chineses
morreriam em tal colapso. Portanto, o Partido Comunista Chinês não tem
nenhuma alternativa política. Ou a América é "limpa" por ataques biológicos
ou a China sofre uma catástrofe nacional. Chi apresenta o seguinte
argumento:

Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas armas


biológicas tiverem sucesso no ataque surpresa, o povo chinês será
capaz de manter as suas perdas em um número mínimo na luta
contra os Estados Unidos. Se, no entanto, o ataque falhar e
desencadear uma retaliação nuclear dos Estados Unidos, a China
sofreria talvez uma catástrofe na qual mais da metade de sua
população pereceria. É por isso que precisamos estar preparados
com sistemas de defesa aérea para nossas cidades grandes e
médias.

Em seu discurso, o General Chi nos fornece uma chave para entender a
estratégia de desenvolvimento da China. De acordo com Chi, "O nosso
desenvolvimento econômico trata inteiramente de se preparar para as
necessidades da guerra!" Não se trata de melhorar a vida do povo chinês no
curto prazo. Não se trata de construir uma sociedade capitalista voltada para o
consumidor. "Publicamente," disse o General Chi, "ainda enfatizamos o
desenvolvimento econômico como nosso ponto central, mas, na realidade, o
desenvolvimento econômico tem a guerra como seu ponto central!"
O mesmo pode-se dizer acerca do intenso interesse da China pelas
ciências biológicas. O Ocidente ainda não entendeu o motivo subjacente para
a pronta participação da China nos laboratórios de microbiologia P4 do
Ocidente, onde os micróbios mais mortais do mundo são estudados (ou seja,
laboratórios de nível 4 de letalidade de patógenos). Isso agora vem à tona na
pandemia do Novo Coronavírus que ocorreu em Wuhan, no coração da
China, justamente do lado de fora do principal laboratório de virologia P4 da
China (especializado em vírus mortais).
Não muito depois de fazer seu discurso, o General Chi deixou o cargo
de Ministro da Defesa em 2003, mesmo ano do surto de SARS (Coronavírus)
na China. Este também foi (coincidentemente) o mesmo ano em que Pequim
decidiu construir o laboratório de virologia P4 de Wuhan. Dado o discurso
do General Chi, o surto do Novo Coronavírus em Wuhan foi um acidente
ocasionado pela armamentização do vírus no laboratório de microbiologia P4
da cidade?
Três dados devem ser considerados. Primeiro, em 2008, o principal
oficial de segurança de Taiwan disse aos legisladores que "Taiwan tinha
informações ligando o vírus SARS a pesquisas feitas em laboratórios
chineses". Dada a influência econômica da China e a infiltração política da
mídia em língua chinesa, não é de surpreender que o diretor do Departamento
de Segurança Nacional, Tsai Chao-ming, tenha sido forçado a retratar sua
declaração, que não tinha nenhuma das características usuais de uma "gafe".
Teria o diretor Tsai sido forçado a se retratar de uma afirmação que era
verdadeira, já que ele não podia revelar suas fontes de informação dentro da
China?
O segundo dado que vale a pena considerar: o Virology Journal tem um
artigo de Gulfaraz Khan, publicado em 28 de fevereiro de 2013, descrevendo
a descoberta do Novo Coronavírus na Arábia Saudita em junho de 2012.[6]
Sim, é exatamente o mesmo Novo Coronavírus, com a seguinte diferença:
quando descoberto pela primeira vez, ele não podia ser facilmente
transmitido de humanos para humanos. Algo mudou no vírus desde aquela
época. Assim, a versão de Wuhan é rotulada como 2019-nCoV em vez de
simplesmente NCoV. Esta última não é contagiosa, enquanto a primeira está
se espalhando rapidamente pela China enquanto estas palavras são escritas. O
que você acha que mudou a sua transmissibilidade entre 2012 e 2020?
Mutação aleatória ou armamentização? Se o atual surto letal tivesse ocorrido
em qualquer outra cidade que não Wuhan, poderíamos nos inclinar a
acreditar numa mutação aleatória. Mas Wuhan é o marco zero para as armas
biológicas chinesas. Devemos acreditar em tal coincidência?
O terceiro dado que vale a pena considerar: o GreatGameIndia.com
publicou um artigo intitulado "Coronavirus Bioweapon – How China Stole
Coronavirus From Canada And Weaponized It" [Arma biológica Coronavírus
– Como a China roubou o Coronavírus do Canadá e o transformou em arma].
[7]
Os autores foram espertos o suficiente para juntar o artigo de Khan no
Virology Journal com a notícia de uma quebra de segurança por cidadãos
chineses no Laboratório Nacional de Microbiologia Canadense (P4) em
Winnipeg, onde o Novo Coronavírus estava supostamente armazenado com
outros organismos letais. Em maio passado, a Real Polícia Montada do
Canadá foi chamada para investigar e, no final de julho, os chineses foram
expulsos do estabelecimento. O principal cientista chinês supostamente fazia
viagens entre Winnipeg e Wuhan.
Aqui temos uma teoria plausível das viagens do organismo NCoV:
descoberto pela primeira vez na Arábia Saudita, estudado no Canadá, de onde
foi roubado por um cientista chinês e levado para Wuhan. Assim como a
declaração do chefe de inteligência de Taiwan em 2008, a história do
GreatGameIndia.com surgiu sob intenso ataque. Seja qual for a verdade, o
fato da proximidade e a improbabilidade de mutação devem figurar em
nossos cálculos. É altamente provável que o organismo 2019-nCoV seja uma
versão armamentizada do NCoV descoberto por médicos sauditas em 2012.
Ele quase com certeza faz parte do programa de armas biológicas exaltado
pelo general Chi Haotian há quase duas décadas.
Precisamos fazer uma investigação sobre o surto em Wuhan. Os
chineses devem conceder ao mundo total transparência. A verdade deve ser
revelada. Se as autoridades chinesas são inocentes, não têm nada a esconder.
Se são culpadas, elas se recusarão a cooperar.
A real preocupação aqui é se o resto do mundo tem a coragem de exigir
uma investigação real e completa. Precisamos ser destemidos nessa demanda
e não permitir que "interesses econômicos" joguem um recatado e desonesto
jogo de negação. Precisamos de um inquérito honesto. Precisamos dele agora.

Verdade e beleza
07/02/2020

Temos a arte para que não pereçamos com a Verdade.

NIETZSCHE

Em suas meditações errantes sobre pensadores e artistas alemães, Erich


Heller pergunta: "Teria a feiúra da verdade feia aumentado tão drasticamente
desde a época de Platão, que agora qualquer um que associe a verdade à
beleza comete um crime filosófico?"
Os fracos de espírito podem dizer "sim" à pergunta de Heller. Mas a
resposta certa é "não". Não é que a verdade tenha se tornado mais feia; ao
contrário, trata-se da feiúra crescente das mentiras dominantes de hoje. De
fato, uma falsificação doutrinária da realidade prevalece em nossa mídia e
com nossas elites políticas. (Veja a farsa do conluio da Rússia como um
exemplo recente).
Os falsificadores doutrinários de nosso tempo estão na esquerda. Eles
acreditam, erroneamente, em soluções definitivas para os problemas sociais e
políticos do homem: pobreza, guerra, doença e desordem. Porém não existem
soluções definitivas para esses problemas. Aqueles que acreditam em tais
soluções acabam criando um problema pior, a saber: o problema do governo
arbitrário e despótico.
Uma vez que somos mortais que vivem em um universo limitado pela
morte e pela tragédia, ninguém sai deste mundo vivo. Pobreza, guerra e
injustiça sempre estarão conosco. As soluções oferecidas pela esquerda são
cunhadas em moeda falsa. A demagogia deles é a da tirania iminente. E a
tirania não resolve nada. Ela simplesmente aumenta a quota de pobreza,
guerra e injustiça do homem. A condição humana só pode ser mitigada pela
prudência política, por restrições e contrapesos que impedem centros
potenciais de poder absoluto. Mas a esquerda busca construir esses centros de
poder, condenando qualquer restrição de suas ambições utópicas.
A esquerda adere ao socialismo — vagamente definido — como um
dogma flexível e secular com tendências táticas que mudam de forma. Esse
dogma, como todos os dogmas, promove preguiça e desonestidade
intelectuais, degeneração moral, declínio econômico e despotismo político. A
história nos mostra isso repetidas vezes. No entanto, deixamos de aprender
com a história enquanto a doença intelectual se espalha por metástase em
nosso meio. Parecemos incapazes de impedir seu progresso em nossas
escolas, nossa mídia e nosso governo. Portanto, estamos continuamente
sujeitos a emissões de gases conceituais de igualitarismo, darwinismo,
cientificismo — a bobagem da moda que impulsiona essa degeneração
adiante.
A feiúra dessa visão de mundo, que faz do homem uma espécie de
macaco, produz em seu rastro uma arte feia e um mal-estar cultural. As
pessoas estão cada vez mais se voltando para os antidepressivos, porque a
feiúra, a trivialidade e a falta de fé da nova visão de mundo materialista são
deprimentes — e apodrecem a alma. O assim chamado socialismo
"científico", é claro, não acredita na alma. Ele é desalmado, apesar de suas
pretensões humanitárias. Os sábios enxergam através das falsas boas
intenções do mainstream esquerdista. Os tolos não conseguem enxergar, mas
sim participam, acrescentando suas boas intenções genuínas a algo que se
baseia na fraude. Assim, temos a situação confusa de pessoas boas apoiando
uma causa má. Parece que esse mal não é reconhecido devido à ignorância
daquilo que Nietzsche chamou de "os demasiado muitos".
O produto final de tudo isso é uma cultura feia mediada por eruditos
feios e políticos mais feios ainda. A feiúra aqui é espiritual, moral e
intelectual. Os sicofantas do "progressivismo" são acólitos do feio. Como
oponentes da verdade, eles terminam como abastecedores do feio. Ao
combatê-los, também podemos nos tornar feios, porque a inimizade é
recíproca assim como reflexiva.
Diferente da ordem aristocrática de séculos anteriores, a nova ordem,
imbuída das psicopatias do lumpemproletariado, não tem meios para se
embelezar (por mais que se esforce). O "artista" contemporâneo que se junta
aos guerreiros da justiça social pode superar a feiúra em alguns momentos;
mas o mal-estar interno da totalidade não pode celebrar genuinamente a bela
guarnição de prata na nuvem escura da realidade — exceto como uma tela
coberta de vômito. Tal é o imperativo artístico do subversivo, do criminoso,
do revolucionário. Não apenas uma revolta artística, mas também revoltante.
Com o advento do bolchevismo, com o avanço da Grande Mentira, a
arte tornou-se pervertida. Ela gradualmente se voltou para a celebração do vil
e do grotesco. As galerias de arte de hoje nos têm mostrado um crucifixo
mergulhado em urina. No mundo às avessas da Revolução, sob a Epifania
dos Perversos, em meio ao deplorável uivo dos niilistas, o falso artista se
junta à legião dos condenados. Eis a "consciência patologicamente fechada"
contra a qual Eric Voegelin alertava: o sistema de cultura dos deliberados
traidores, inversores, subversores — da ordem humana.

Como lidar com os comunistas chineses


12/02/2020

Primeiro, você precisa descobrir o que os comunistas chineses pensam.


A partir disso, você pode juntar os pedaços da agenda deles. Qualquer um
que estude o Partido Comunista Chinês (PCC) e entenda o pensamento do
presidente Xi Jinping, também entenderá que o comunismo trata inteiramente
de destruir o capitalismo e destruir a principal potência capitalista — a
América. Quem não entende isso, não entende nada.
O PCC quer a América de joelhos. Eles querem tornar-se os mestres da
terra. Eles são implacáveis em seus métodos e não se importam com quantas
pessoas morrerão. O PCC é um partido totalitário que emprega métodos
totalitários. Eles mataram dezenas de milhões em campos de trabalho, com
fuzilamentos e outras formas de pena capital. Os líderes do regime são
assassinos em massa que pisotearam o povo chinês.
Usando o bom senso, você teria relações com esses psicopatas? Você
manteria negócios com alguém que deseja destruí-lo? Você permitiria que um
envenenador preparasse a sua comida? Você permitiria que ele fizesse suas
vitaminas e seus remédios?
Se você responder sim a qualquer uma dessas perguntas, então a sua
prudência está no mesmo nível que a dos estadistas e líderes empresariais da
América. Em geral, eles têm respondido sim a todas essas perguntas. Muitos
líderes empresariais americanos formaram laços estreitos com os assassinos
em Pequim; pois toda a economia chinesa está sujeita ao PCC. Nenhuma
empresa na China é verdadeiramente independente do governo. Quanto aos
estadistas americanos, é vergonhoso eles brindarem com os líderes do PCC. É
vergonhoso vê-los capacitando o inimigo mais perigoso de seu país. É
vergonhoso que sejam tão estúpidos, tão enganados, tão cegos em relação ao
inimigo que estão cortejando.
A melhor receita para lidar com os regimes comunistas diz mais ou
menos assim: Não fale com eles, eles mentem. Não faça acordos com eles,
eles trapaceiam. Não compartilhe dados científicos com eles, eles os
transformarão em arma. Não negocie com eles, eles rebaixarão a sua
economia. Não faça tratados de controle de armas com eles, eles violarão
esses tratados. Não compartilhe microorganismos mortais com eles, ou você
pegará uma gripe muito brava.
É suicídio aproximar-se de um comunista. É como a história do homem
que encontrou uma cobra congelada na estrada, teve pena dela, segurou-a
contra o peito apenas para aquecê-la de volta à vida, e foi fatalmente
mordido. Por que ele fez isso? Foi estupidez? Foi arrogância? Um homem
não pode fazer amizade com um réptil. Um capitalista não pode fazer
amizade com um comunista. Este último é uma serpente cuja única intenção é
picar.
Em seu livro Deceiving the Sky, Bill Gertz escreveu: "Nenhum outro
líder chinês desde Mao abraçou a rígida ideologia comunista ortodoxa mais
do que Xi Jinping..." — Portanto, não deveríamos ser enganados pelo
lisonjeiro exterior capitalista do Dragão Vermelho. O PCC não é uma
organização capitalista. É comunista. E eles querem nos prejudicar.
Sem brincadeira.

Vermelhos Americanos
18/02/2020

Por qual processo o Partido Democrata Americano se tornou um Partido


Comunista alternativo? A resposta é simples. Após um século de subversão e
infiltração, os marxistas gradualmente ganharam o controle nos níveis mais
altos — sendo todos os outros expulsos. Os marxistas muitas vezes
conseguiam se apresentar como moderados. Nos bastidores, porém, conforme
revelado pelo pesquisador Trevor Loudon, a liderança do Partido Democrata
é tudo menos moderada. Sua rede é uma rede vermelha de grupos radicais —
de "organizadores comunitários" alinskyistas e socialistas "democratas" até
fantoches maoístas e do Kremlin.
Para mostrar que isso é verdade (e não uma invenção da imaginação
paranóica de direita), Trevor Loudon escreveu um livro intitulado White
House Reds, com citações e fontes para provar o seu ponto. Loudon nos dá os
nomes de ativistas de destaque e suas organizações. Ele nos mostra como a
safra atual de candidatos presidenciais democratas está toda ligada à esquerda
radical.
Uma situação muito triste agora enfrenta a "terra dos livres", já que
nosso sistema de dois partidos deve, mais cedo ou mais tarde, inclinar-se para
uma vitória democrata em alguma eleição futura. Enquanto isso, os
socialistas democratas têm gradualmente desbastado o capitalismo e a
Constituição. Desde o fim da Guerra Fria, o Partido Democrata tem abalado
as defesas da nação, enfraquecido a economia, dividido o povo em filas
raciais e culpado o capitalismo pelos resultados de seu próprio trabalho.
Ao demolir as imagens falsas de moderação apresentadas pelos
democratas, Loudon mostra que não há direita ou centro viável no Partido
Democrata — exceto como um mito para com o qual ofender os republicanos
que sempre tendem à esquerda como "extremistas de direita". Loudon
percebeu a monocultura marxista subjacente que emerge da fachada de
centro-esquerda do Partido Democrata. Loudon nos dá uma visão de perto
dos candidatos à presidência do Partido Democrata, mostrando-os como
frentes de uma agenda revolucionária e destrucionista.
Entre as muitas curiosidades no livro de Loudon, descobrimos que Joe
Biden se tornou senador com a ajuda do agente soviético Armand Hammer;
que o socialista Bernie Sanders tinha cordial consideração pela União
Soviética dominada pelo gulag; que a radical agenda anti-comércio de
Elizabeth Warren se encaixa com suas associações de esquerda maoísta (sem
mencionar séries de conferências com tipos como Francis Fox Piven); que
Pete Buttigieg se destaca como filho de um estudioso marxista e um
admirador de longa data do sovietófilo Sanders.
Loudon também revela como Julián Castro e Cory Booker combinaram
o marxismo-leninismo com as agendas raciais chicanas/negras na
Universidade de Stanford — e ambos foram promovidos à política pelos
"suspeitos de sempre". Por último, mas não menos importante, Loudon
apresenta a verdadeira bona fides da totalmente incompreendida princesa dos
"moderados" democratas, Tulsi Gabbard — que se mostrou uma companheira
de viagem partidária de Sanders — notoriamente branda com os aliados
comunistas da Rússia na Venezuela e na Coréia do Norte.
Não devemos esquecer que Bill Clinton e Barack Obama por muito
tempo fingiram ser centristas enquanto moviam a política dos EUA cada vez
mais para a esquerda. O partido deles ganhou tanta força e tanto controle
sobre a burocracia e a mídia que pode não haver mais volta neste estágio
avançado do jogo. Já foi até sugerido pelo presidente Donald Trump que as
eleições de 2020 serão uma disputa entre o socialismo e o capitalismo.
Considerando o que Loudon descobriu, o presidente parece estar certo.[8]

A ideação paranóide no discurso político


25/02/2020

…Eu acredito que existe um estilo de mente que está longe de ser
novo e que não é necessariamente de direita. Eu o chamo de estilo
paranóide simplesmente porque nenhuma outra palavra evoca
adequadamente a sensação de exagero acalorado, desconfiança e
fantasia conspiratória que tenho em mente.
RICHARD HOFSTADTER[9]

A prevalência do transtorno de personalidade paranóide na população


em geral foi estimada em cerca de 4,5 por cento.[10] Com efeito, os Estados
Unidos são o lar de mais de 14 milhões de paranóicos. Mas há outra categoria
de pessoas, de número indeterminado, que se entregam a pensamentos
paranóicos sem serem clinicamente paranóicas. Essas são as pessoas que
Richard Hofstadter descreveu como prova de um "estilo paranóide" de
pensamento político.
De acordo com Hofstadter, "este termo é pejorativo, e deve ser; o estilo
paranóde tem maior afinidade com causas ruins do que com boas". Em seu
artigo da Revista Harper's de novembro de 1964, Hofstadter cita três
exemplos da história americana: (1) um discurso populista de 1855 que
afirmava que monarcas e papistas planejavam a destruição da América; (2)
um discurso retórico de 1895 sobre "as tramas secretas do círculo de ouro
internacional"; e (3) um excerto de 1951 do discurso do senador Joseph
McCarthy sobre a manipulação da política externa dos Estados Unidos por
agentes soviéticos.
Não devemos nos surpreender que nenhuma evidência tenha surgido nos
anos subseqüentes sobre o suposto complô monarquista/papista de 1855;
tampouco qualquer evidência de tal complô emergiu de memórias ou
arquivos do estado, ou histórias; e o mesmo pode ser dito sobre a conspiração
do alegado "círculo de ouro" de 1895; e, no entanto, independentemente do
que os historiadores agora aleguem contra o senador Joseph McCarthy, os
arquivos da inteligência mostram que centenas de agentes soviéticos haviam,
de fato, penetrado no Governo dos Estados Unidos na década de 1940.[11]
Portanto, ao contrário das outras duas teorias da conspiração citadas por
Hofstadter, a conspiração comunista era real; e suas conseqüências estão bem
estão bem aí conosco hoje.
A alegação, então, de que a "histeria" anticomunista da década de 1950
era a mesma que a histeria antimonarquista de meados do século XIX, ou a
histeria populista contra o padrão-ouro na década de 1890, é confundir um
medo razoável com paranóia infundada. Como Alexander Solzhenitsyn
demonstrou em sua obra em três volumes, O Arquipélago Gulag, o
comunismo é anti-humano em suas inclinações homicidas — uma raiz
primária de grandiosidade tirânica e destrucionismo. Aqui não estamos
descrevendo uma "teoria da conspiração". Estamos descrevendo um
movimento político conspiratório, esboçado como tal por Vladimir Lenin em
seu panfleto O que fazer? — um movimento que assumiu o poder no maior
país do mundo (Rússia), e no país mais populoso do mundo (China), e em
mais de uma dezena de outros países. É um movimento que tem sido liderado
por pessoas psicologicamente anormais, como Stalin, Mao, Pol Pot e Castro.
É um movimento que não esmoreceu, apesar de suas muitas fraudes para
mostrar o contrário, e mesmo agora continua a empregar redes de subversivos
para realizar um duradouro programa de conquista global.
Foi correto da parte de Hofstadter, então, caracterizar o anticomunismo
de Joseph McCarthy como participante de um "estilo paranóide"? Essa
caracterização pejorativa do anticomunismo foi o primeiro grande erro em
nosso entendimento político do pós-guerra. Foi um erro que beneficiou os
comunistas, reabilitando-os à medida que voltavam ao governo durante os
anos 1960. E nós temos vivido com as conseqüências desde então.
O segundo erro, a partir daí, resultou do primeiro, e do emburrecimento
de inspiração marxista das escolas públicas, que embotou o juízo das
gerações posteriores. Esse segundo erro foi considerar equivocadamente as
grandes explosões subseqüentes de medo sublimado como politicamente sem
sentido e irracionais, garantindo assim a proeminência futura da paranóia.
Com o declínio da compreensão histórica, em meio a um crescente vácuo
filosófico e espiritual, as pessoas sabiam cada vez menos como interpretar os
eventos. Elas logo se tornaram suscetíveis a "teorias da conspiração",
sentindo intuitivamente que algo estava errado, que algo estava determinado
a "pegá-las". Como o mal-estar geral da época não foi devidamente
explicado, e as premissas niilistas da esquerda geralmente não eram
entendidas como sendo uma causa raiz, apenas os processos ocultos do
inconsciente poderiam desempenhar o papel de Oráculo Público.
Os seres humanos têm uma fome inata pela verdade. Se os eventos não
podem se fazer inteligíveis, se as explicações materialistas dialéticas não
satisfazem, a imaginação fará a diferença. A fantasmagoria de mentes
desorientadas, afligidas por oníricas "mensagens" metafóricas e simbólicas,
nos levaram a um grande melodrama de ficção científica; ou seja, ao disco
voador — o que Carl Jung chamou de "um mito moderno das coisas vistas no
céu". Eis uma subcultura emergente que o ufólogo Jacques Vallee descreveu
como "a próxima forma de religião". É uma subcultura que cresce, ano a ano,
até formar algo que pode usurpar toda a cultura. Com a controvérsia de suas
afirmações, ela reinventou um reino de seres sobre-humanos. Desta vez, não
deuses e demônios, mas répteis interestelares de Zeta Reticuli, ultra-
terrestres, grays, e outros humanóides viajantes do espaço ou
interdimensionais.
Há um culto crescente de crentes para quem esses seres são tão reais
quanto Thor e Odin eram para os pagãos da Escandinávia. E aqui, como era
de se esperar, descobrimos que o "estilo paranóide" de Hofstatder foi
rapidamente enxertado num edifício em constante formação, com histórias de
"homens de preto", ocultações do governo, segredos aterrorizantes e uma
guerra galáctica invisível entre as forças do bem e do mal.
Uma nova mitologia está sendo construída, apesar de nossas pretensões
científicas, de mundos invisíveis e forças ocultas. Se Vampiros de Almas (The
Invasion of the Body Snatchers) tornou-se a metáfora da ficção científica para
uma ocupação comunista gradual, o roubo de corpos por meio de "abdução
alienígena" refletiria um processo geral de transformação psíquica — de
engenheiros sociais alienígenas sequestrando seres humanos desavisados para
experimentação de longo prazo e controle social.
A mensagem da metáfora é inequívoca. Entretanto, os sujeitos
desafortunados não tomam suas experiências como metafóricas — e por que
deveriam? A cultura decadente ao redor deles perdeu a linha de seu
significado. E uma coisa é certa sobre o novo fenômeno: os sujeitos parecem
acreditar em algo intensamente significativo. De acordo com o jornal U.K.
Guardian, 12 milhões de americanos acreditam que "lagartos alienígenas"
nos governam.[12] É absurdo, claro — mas fortemente simbólico.
Sem nenhuma indicação prévia de doença mental, David Icke afirma
que alienígenas reptilianos que mudam de forma assumiram o planeta Terra.
[13]
Icke já foi um respeitado locutor de esportes no Reino Unido, um antigo
jogador de futebol. Depois de ouvir "mensagens" do mundo espiritual, suas
declarações tornaram-se decididamente oraculares, paranóicas, bizarras —
apesar de atrair um grande séquito de devotos. Como se pode explicar isso?
Se Alex Jones do Infowars se refere à Terra como um "planeta prisão" e
conta a Joe Rogan em um recente podcast[14] sobre "seres alienígenas"
atraindo a elite global para se entregar a sacrifícios rituais de sangue, existe,
todavia, uma verdade metafórica nisso? O que vemos em todo o espectro de
nossa consciência decrescente é uma crescente histeria vinda de dentro. Se
agora estamos separados da verdade por uma censura generalizada, então a
verdade artificial do réptil extraterrestre deve bastar. É tudo o que restou às
massas enquanto a escuridão se aproxima delas; um símbolo e ponto de
referência para a experiência de serem cutucadas e espetadas por um poder
contra o qual são impotentes.
O senador Joseph McCarthy tentou alertar a América sobre um tipo mais
literal de réptil: o réptil comunista. McCarthy aludiu a um sequestro nacional
por infiltrados "alienígenas". Sua fria astúcia científica, sua hostilidade à vida
humana e o monótono e acinzentado "sistema" soviético do qual jorravam,
valeram-lhes sua estatura diminuta de "zangões" totalitários — os asseclas
sem rosto da revolução mundial.
Espero que ninguém se ofenda com essa interpretação politicamente
incorreta dos "sinais no céu". Para que ninguém levante o porrete do
argumento contra mim, lembre-se da Lei de Nyquist: Todo mundo acredita
em algo que outra pessoa acha que é loucura.
Isso não exclui a possibilidade de sermos todos malucos.

Uma nota sobre anti-semitismo


25/02/2020

O pior erro que já cometi foi aquele preconceito idiota e suburbano


do anti-semitismo.

EZRA POUND

Existem três tipos básicos de anti-semitismo. Existe o anti-semitismo de


esquerda — de Karl Marx e seu ensaio sobre a questão judaica. Existe o
"anti-semitismo" dos muçulmanos que querem lançar Israel ao mar. Existe o
anti-semitismo dos nacional-socialistas. Cada abordagem anti-semita se
conecta a uma forma de totalitarismo — uma forma de governo que suprime
a liberdade de expressão, a liberdade de imprensa e a liberdade econômica.
Mas isso não é tudo.
Um leitor alemão recentemente me confrotou na questão do anti-
semitismo, sugerindo que minha rejeição da teoria da conspiração antijudaica
era devida a uma "lavagem cerebral" cristã. Eu poderia ter respondido que
suas opiniões eram o resultado de uma "lavagem cerebral nazista", mas isso
teria sido trocar um insulto por outro. Existe, é claro, um grande volume de
"literatura" conspiratória antijudaica. Descobri que essa "literatura" é
animada pelo ódio — sejam quais forem suas pretensões de objetividade.
Quanto mais você mergulha nos "historiadores" e "teóricos" anti-semitas,
mais você vê o ódio irracional aos judeus saindo de cada página. Há certa
injustiça nas conclusões dos escritores anti-semitas, certa unilateralidade de
evidência. Depois de algum tempo, eles deixam o leitor exausto e irritado
com sua obsessão fanática pela maldade judaica. Todos os ultrajes, todos os
crimes, todas as injustiças do mundo, os conduzem a um único grupo: os
judeus.
O discurso anti-semita é um lamentável, repetitivo e patológico martelar
contra um único povo, um único grupo étnico, várias e várias e várias vezes.
Para o anti-semita, nada de ruim acontece a não ser que os judeus estejam por
trás. Nenhum desastre acontece a não ser que os judeus sejam os culpados.
Pode-se antecipar a análise do anti-semita sobre cada assunto, a qualquer
momento. É uma batida monótona, invariável, sem graça — um relógio que
bate a mesma hora continuamente, um boletim meteorológico sobre uma
garoa que nunca termina, um disco quebrado que repete a mesma frase, o
mesmo tom, o mesmo som. O anti-semitismo é enfadonho. No entanto, o
anti-semita nunca se cansa de sua obsessão.
Os anti-semitas estão sempre ansiosos para contar ao mundo sobre os
banqueiros judeus, magnatas de Hollywood, conspiradores maçônicos e os
nove Cabalistas ocultos no topo. Sua crença nos Protocolos dos Sábios de
Sião é inabalável. Eles são imunes às evidências. (Quando a Hitler se
apresentou a prova de que Os Protocolos eram uma falsificação, ele rosnou
que isso não importava, porque em todo caso o livro era "verdadeiro em
princípio").
O anti-semita cultural, como Kevin MacDonald, pode vestir seu
cavalinho de pau com chavões da ciência evolucionária, mas suas conclusões
não estão longe do filme de Fritz Hippler, da era nazista, O Eterno Judeu, que
afirmava que "os judeus estão situados na junção dos mercados financeiros
do mundo". Desse modo, os judeus se tornaram "uma potência internacional"
que "aterroriza as bolsas de valores mundiais, a opinião mundial e a política
mundial". Tal era a paranóia de Hitler e dos nazistas. Tal era a justificativa
para a sua fúria assassina.
O anti-semitismo continua a infectar o discurso público. O anti-semita
atribui os problemas econômicos e sociais aos judeus. A decadência
moderna, eles argumentam, é judia. Tudo o que deu errado dentro da
cristandade é atribuído à sabotagem judia. O anti-semita esquece que as
civilizações se tornam senis por causa da prosperidade. É algo que já
aconteceu antes — aos gregos e romanos da antigüidade. Os pagãos do
século IV lamentaram a morte do "Grande Pã" assim como Nietzsche
lamentou a morte de Deus no século XIX. Os judeus não têm culpa. A
história é cíclica.
Há muitos fatores contribuindo para a nossa angústia: materialismo,
ateísmo, urbanização e o colapso da família. Invenções terríveis prometem
nos aniquilar. O vírus da COVID-19, que agora ameaça a humanidade,
parece ser uma criação chinesa — não judia. Nosso estilo de vida perdulário
de endividamento é em toda parte apoiado e encorajado por um regime
hedonista de shopping center — algo tão americano quanto a torta de maçã.
Justificando a sua própria malevolência étnica, o anti-semita é o próprio
modelo da degeneração que ele pretende combater. Suas percepções
manchadas são o resultado de um astigmatismo intelectual. Seus argumentos
sociológicos e "ciência" evolucionária (como a de Kevin MacDonald) soam
vazios. É a mesma velha fórmula do bode expiatório. E, uma vez que todos
os grupos e povos compartilham a culpa pela corrupção dos últimos tempos,
sempre é possível produzir provas para condenar um dentre os outros.
Enquanto assistimos a personagens de desenho animado concorrendo a
altos cargos nos Estados Unidos, com a metástase do contágio socialista no
segundo plano, o anti-semita quer que você acredite que tudo isso faz parte
de uma trama judaica. Nenhum estudante sério de história aceita esta tese. E
por um bom motivo. Se Hitler tivesse o que queria e exterminasse todos os
judeus da terra, nossa situação não seria diferente; pois o Nacional-socialismo
era o seu próprio hospício.
Você não pode confiar nos anti-semitas. Eles não são os patriotas que
fingem ser. Eles se juntarão aos comunistas no final, porque os comunistas
lhes oferecerão um acordo. E, como todos os outros idiotas úteis, eles
terminarão como forragem aproveitável.

Curiosidades inesperadas vindas de um desertor


militar russo
05/03/2020
No final de agosto de 1998, encontrava-me sentado numa sala de
reuniões privada no Cosmos Club em Washington, D.C., ladeado por dois
jornalistas. Pensativo, parado ao lado de sua cadeira do outro lado da mesa,
estava o ex-coronel do GRU, Stanislav Lunev, que havia desertado da
Federação Russa em março de 1992. Enquanto ouvíamos, fascinados por seu
brilhantismo, aprendíamos sobre a queda da Rússia na corrupção. Mas então
ele nos surpreendeu, de forma bastante inesperada, ao dizer que a degradação
da Rússia havia ocorrido como um efeito inesperado após uma campanha de
décadas da KGB para espalhar a corrupção moral na América.
Mesmo? Por que a Rússia soviética desejaria espalhar a corrupção na
América? A que propósito isso poderia servir? "Porque", ele explicou, "os
americanos eram honestos demais. Nós não conseguíamos recrutar
efetivamente o seu povo como espiões. Precisávamos amolecê-los."
Ele disse que agentes soviéticos deram dinheiro a pessoas em
Hollywood com a idéia de colocar mais sexo e violência nos filmes. Foi uma
tentativa de embrutecer a sensibilidade moral dos americanos comuns. Lunev
disse que essa política saiu pela culatra. "Tínhamos nos livrado da religião na
Rússia, então não tínhamos nenhuma proteção. Nosso povo perdeu todo o
senso do certo e errado. O seu país ainda acreditava em Deus, daí o dano não
foi tão grande."
Então me virei e perguntei: "Que tipo de pessoas você recrutava como
espiãs?" Ele tinha uma resposta de uma só palavra, que era inesquecível:
"Jornalistas".
Isso despertou o interesse dos dois jornalistas ao meu lado. "O que é um
jornalista?", Lunev perguntou retoricamente. "Uma pessoa que coleta
informações e faz reportagens."
Muita gente hoje acha que os Estados Unidos são líderes em
desinformação e propaganda. Mas essa idéia pode ser prontamente descartada
pelo fato de que os Estados Unidos há muito foram infiltrados e influenciados
para aceitar mensagens e temas antiamericanos como algo natural. Nossos
centros de aprendizagem são focos antiamericanos. Na verdade, o
antiamericanismo é tão difundido que não é mais reconhecido como tal — de
modo que ser contra o próprio país foi "normalizado".
Como o governo não controla a mídia nos Estados Unidos, a narrativa
cultural mais ampla há muito está dando sopa. Se o país não tivesse sido
infiltrado e parcialmente dominado por dentro, a retórica de muitos políticos
e jornais de hoje não poderia ser explicada.
A nossa realidade, em grande medida, é uma construção
meticulosamente erigida, tijolo a tijolo, com elementos concebidos no
estrangeiro. Os americanos foram persuadidos, por incontáveis artifícios de
retórica, pelo Paraíso dos Tolos do regime dos shoppings, de que a vigilância
contra a ameaça comunista era paranóia, de que a Rússia e a China não eram
governadas por comunistas, de que não estavam usando nossa abertura e
ingenuidade contra nós.
Então veio o ataque de 11 de setembro. De repente, nossos recursos
militares e de inteligência foram desviados de seus alvos da era da Guerra
Fria para um novo inimigo. Terroristas islâmicos, escondidos em cavernas,
eram a nova ameaça. A Rússia seria nossa aliada contra essa ameaça. Fomos
à guerra com Bagdá e Cabul. Gastamos trilhões. Desperdiçamos toda a nossa
atenção, todos aqueles anos, todos aqueles recursos, combatendo pessoas as
quais não tínhamos nenhuma necessidade real de combater. A verdadeira
ameaça foi descartada sem consideração. Os chineses e russos eram agora
nossos parceiros. Esquecemos de manter a nossa indústria de armas
nucleares. A vigilância do país caiu para um novo degrau inferior. Os
marxistas inundaram o governo sob o comando de Obama.
Em novembro de 1998, perguntei ao coronel Lunev como um ataque
nuclear bem-sucedido contra os Estados Unidos poderia ser executado. Ele
disse: "Se você alguma vez ouvir falar que terroristas árabes atacaram uma
cidade americana com armas nucleares... Não acredite."
"Por que não?"
"Porque", disse ele, "será o meu povo". Será o Spetsnaz[15] [russo]."
"O que acontecerá depois desse ataque nuclear [de operação de bandeira
falsa]?", perguntei.
"Algumas semanas ou meses depois, os mísseis virão da Rússia", disse
ele.
Nunca perguntei a Lunev o que significava um intervalo de "semanas ou
meses" entre um ataque de bandeira falsa e ataques nucleares da Rússia.
Voltei e reli vários livros militares soviéticos, em busca de pistas.
Revendo a literatura, fiz a seguinte lista: (1) o livro do marechal
Sokolovskiy, Soviet Military Strategy, diz que a Rússia deve orientar
abertamente seu povo a fazer guerra à América antes que um ataque seja
viável; (2) essa orientação teria de ocorrer "à vista de todos", mas de uma
forma que os americanos não se alarmassem; (3) as primeiras ondas
devastadoras de qualquer ataque aos Estados Unidos, usando armas de
destruição em massa, não poderiam ser ataques diretos; (4) a Rússia e a
China precisariam de um álibi infalível (conforme sugerido pelo cenário de
Lunev de 1998 envolvendo um ataque terrorista de bandeira falsa); (5) o
mistério do intervalo de "semanas ou meses" de Lunev tem a ver com o
objetivo de colapsar a economia dos Estados Unidos antes do advento da
guerra; (6) a agitação doméstica subseqüente, com a presença de divisões
políticas, seria mais efetivamente inflamada; (7) o colapso financeiro anularia
os sistemas de alerta precoce, bem como o comando e controle.
Os sete pontos listados acima podem ser chamados de "A seqüência".
Ou seja, em termos estratégicos, uma série de eventos catastróficos em
cascata que levam à negação das defesas do Ocidente.
Se considerarmos a nossa situação atual à luz da "Seqüência", veremos
muitos pontos se alinhando. Com relação ao surto da COVID-19, pode ter
ocorrido (a esse respeito) uma "evolução das intenções". Uma vez que o
inimigo pretende destruir os Estados Unidos por meio da "Seqüência", a
liberação acidental do patógeno da COVID-19 na China fornece a ocasião
para um desfecho espontâneo, supondo-se que involuntário. Em outras
palavras, por que não seguir com a correnteza?
A COVID-19 oferece o álibi perfeito para a China. Também dá
cobertura para a mobilização de guerra disfarçada de medidas de combate ao
vírus. É óbvio que um surto de COVID-19 atingirá os Estados Unidos nos
próximos dias. O pânico resultante causará uma contração financeira sem
precedentes. A sociedade americana, amolecida por décadas de vida livre,
está ideologicamente dividida. Pior ainda, uma porcentagem significativa do
país acredita que o presidente é um fantoche russo.
As pré-condições para desencadear "A Seqüência" estão colocadas? As
intenções da China em relação ao vírus da COVID-19 estão "evoluindo"?

O socialismo como solvente universal


06/03/2020

Solvente: algo que elimina ou atenua algo especialmente


indesejado.
— DICIONÁRIO MERRIAM-WEBSTER

Suponha que rejeitemos a nossa existência dada por Deus. O que se


segue? A criatura ingrata, ávida por contrariar seu Criador, teria de inventar
um antídoto para a existência — um solvente universal — com o qual
dissolver o Ser Universal.
Dissolver cada pedacinho dele.
Para alcançar resultados duradouros, o seu solvente pode também ter
como objetivo a dissolução de Deus. Portanto, inclua o ateísmo em seu
solvente. Abale a crença no sobrenatural. Declare que Deus está morto.
E se, apesar de seus melhores esforços, Deus permanecesse presente —
em homens fiéis?
Não é um problema! Uma vez que nada foi criado que não mereça o
esquecimento, podemos usar a fórmula de Stalin: "Nenhum homem, nenhum
problema".
Se você matar um homem, nenhuma dificuldade surge de sua não-
existência. (Supondo-se que não haja vida após a morte). O solvente
necessário é, portanto, qualquer coisa que mate o corpo. Mas por que
remover apenas um homem para só resolver um problema? Todos os homens
não são problemáticos? Portanto, o solvente necessário é um elixir de
liquidação em massa.
Você está chocado? Não deveria estar. Lembre-se: — O plano é negar
tudo no universo, incluindo o Criador desse universo. O elixir, é claro, tem
muitos ingredientes corrosivos. Seu principal ingrediente, como mostra a
história, tem sido o "socialismo".
Isso vai surpreender muita gente, mas é verdade.
O socialismo foi projetado pela esquerda — pelos pretensos negadores
de tudo o que tem existido. Como o colega de Marx, Friedrich Engels, certa
vez escreveu: "A... negação da negação... tem aliás de servir aqui como a
parteira para dar à luz o futuro do ventre do passado."
Num país depois do outro, durante cem anos, o socialismo de Marx e
Engels trouxe pobreza, tirania e corrupção. Os socialistas afirmavam estar
dissolvendo a pobreza, a tirania e a corrupção. Eles estavam — nas palavras
de Engels — "negando a negação". Por que, então, a humanidade perdeu com
isso? — na URSS de Stalin, na China de Mao, no Camboja de Pol Pot, na
Venezuela de Chávez?
Por quê?
A negação da negação é uma questão de lambança filosófica? Ou é o
surto malévolo de um desajustado? O socialismo, como sonhado pela
esquerda, é uma impossibilidade lógica? Ou o socialismo, como solvente, é
um projeto malicioso daqueles que almejam a aniquilação?
Sem dúvida, com o socialista bem-intencionado, existe o fator lambão
do idealista ilegítimo — um idealista que inadvertidamente abre a porta para
a astúcia malévola do psicopata. Há uma sensação de que, com o advento do
socialismo, o idealista e o psicopata tornam-se co-dependentes políticos. A
impossibilidade lógica da utopia socialista garante que o lambão e o malfeitor
comparecerão ao seu advento; assim, vemos que seu curso destrutivo é
assegurado por um ambiente "binário". Aqui vemos que dois elementos são
necessários para fazer uma sociedade implodir.
Resultados destrutivos decorrem de princípios destrutivos. E todos os
princípios do socialismo são feitos, consciente ou inconscientemente, para a
liquidação das coisas essenciais. Considere o que é colocado diante de nós
sob a bandeira socialista: É um "ideal" que priva o homem de seus direitos de
propriedade, de sua família, de seu pai, de sua nacionalidade, de sua alma.
Como isso funciona, na prática?
Ele emprega regulamentações ambientais, escolas, tribunais de família e
administrativos, para negar a essência do indivíduo de forma niilista.
Eis uma malevolência especial. Pode-se enfeitá-la com frases refinadas e
poses nobres, mas o objetivo não é criar algo novo. O verdadeiro objetivo é a
destruição por amor à destruição. E é isso que vemos na paixão comunista
pela revolução. Não é uma nova tábua de valores. É a negação de todos os
valores — da possibilidade dos valores.
Se a fé é uma crença na bondade de Deus, então o desespero é uma
crença na malevolência de Deus. O socialismo revolucionário baseia-se neste
último. Uma pessoa verdadeiramente religiosa percebe inevitavelmente que a
revolução socialista é um erro. Não há salvação nele, mas danação em
abundância.
O socialismo se resume a uma pergunta: a criação de Deus é uma dádiva
ou algo contra o qual se rebelar? Qualquer que seja a posição que você tomar,
tudo decorre daí. Pergunte a si mesmo, de forma prática, qual premissa
tornou o mundo melhor? Qual premissa nos torna pessoas melhores? Qual
premissa preserva? Qual destrói?
Apenas uma resposta está certa.

A ascensão e queda do Paraíso dos Tolos


09/03/2020
Vinte anos atrás, um leitor me enviou um e-mail assim: "Li seus artigos
mais recentes com interesse e fascinação." Ele então se descrevia como um
especialista "em biologia, biotecnologia, química e armamento biológico".
Ele aparentemente estava intrigado com minha abordagem do assunto da
guerra biológica e fez a seguinte pergunta: "Você tem alguma idéia de por
que tantos escritores ou vários indivíduos se concentram na ameaça e não
gastam o mesmo tempo com discussões de contra-estratégia?"
Você levanta uma grande questão, respondi. A razão pela qual os
escritores gastam pouco tempo com contra-estratégias é que uma adaptação
realista às armas de destruição em massa requer mudanças institucionais que
há muito são politicamente inaceitáveis para os americanos.
Foi o Comitê Gaither, em 1957, que primeiro tentou uma visão realista
do problema das armas de destruição em massa. O relatório emitido pelo
comitê supersecreto, que incluía importantes oficiais militares e cientistas, é
conhecido como o Relatório Gaither (embora Rowen Gaither tenha tido
pouco a ver com ele, devido a problemas de saúde).
O Relatório Gaither tinha 29 páginas. Seu título oficial era "Dissuasão e
sobrevivência na era nuclear". O relatório foi entregue ao presidente Dwight
Eisenhower em 7 de novembro de 1957. Os autores do relatório viam sérios
perigos de longo prazo para os Estados Unidos e ofereciam uma série de
soluções, das quais apenas algumas, do aspecto militar, foram adotadas
(como manter os bombardeiros do SAC[16] no ar e a colocação de mísseis de
longo alcance em silos subterrâneos).
Como estávamos entrando numa era de bombas de hidrogênio e mísseis
de longo alcance, o Relatório Gaither disse que a América precisava de um
imenso sistema de abrigo para proteger a população civil. Um programa
intensivo de custo superior a $ 20 bilhões (em dólares de 1957) seria
necessário. Se não me falha a memória, o relatório também recomendava
desviar o concreto da construção rodoviária para atender às demandas do
programa de abrigo. Além disso, a população civil precisava ser educada no
anticomunismo (já que o comunismo era a ideologia de nosso adversário).
Insatisfeito com o relatório, Eisenhower rejeitou seus pontos-chave. Ele
foi apoiado pelo Secretário de Estado John Foster Dulles. Ambos previam
uma vitória sem derramamento de sangue contra o comunismo soviético.
Essa vitória seria conquistada com a construção de shoppings e rodovias.
Nosso meio de dissuasão nuclear nos protegeria, ameaçando a União
Soviética com pesada retaliação. Enquanto isso, o povo americano viveria
uma vida despreocupada e feliz, livre da defesa civil ou de programas de
educação anticomunista nas escolas secundárias. De acordo com a visão de
Eisenhower, nós triunfaríamos sobre o comunismo ao viver melhor do que os
russos. Nós mostraríamos a eles como viver uma vida boa. Nós
compraríamos o nosso caminho à vitória.
Sem sacrifícios, sem decisões difíceis, sem confrontos trágicos. A
fórmula de Eisenhower tinha um encanto irresistível. Foi uma fórmula que
rapidamente se tornou institucionalizada e intelectualizada dentro da elite
formuladora de políticas. Nós vivíamos essa política e vivíamos bem. No
final de seu mandato, Eisenhower advertiu indiretamente contra os autores do
Relatório Gaither, conclamando os americanos a "ficarem de guarda contra a
aquisição de influência injustificada... pelo complexo militar-industrial".
A esquerda se apoderou das palavras de Eisenhower. Um estereótipo
surgiu — de militaristas mastigadores de charuto que tinham aprendido a
"parar de se preocupar e amar a bomba". Também fomos ensinados a
desprezar os fornecedores de armas cuja ganância alegadamente alimentou a
Guerra Fria. "O potencial para o aumento desastroso de poder mal aplicado
existe e vai persistir", advertiu Eisenhower. Os militares e seus
patrocinadores industriais representavam uma ameaça.

Nunca devemos permitir que o peso dessa combinação coloque em


risco nossas liberdades... Somente uma cidadania alerta e
informada pode obrigar o adequado entrosamento do enorme
maquinário industrial e militar de defesa com nossos métodos e
objetivos pacíficos, de modo que a segurança e a liberdade possam
prosperar juntas.

Essas são as palavras de um presidente — e de um general cinco estrelas


— que temia mais o anticomunismo do que o comunismo. Ao contrário do
Discurso de Despedida de George Washington, que advertiu sobre os perigos
de envolvimentos estrangeiros e da guerra civil, o Discurso de Despedida de
Eisenhower advertiu sobre um perigo interno das instituições encarregadas de
defender a América do armamento nuclear e biológico do bloco comunista.
Por um lado, a preocupação de Eisenhower era sensata. Por outro lado, o
bloco comunista estava sitiando a América e o Ocidente. Eles foram
preparados para se infiltrar em nossas instituições. Eles já haviam
influenciado as políticas de dois presidentes, Roosevelt e Truman; e haveria
outros. O comunismo era uma ameaça real para a América — interna e
externamente. Com medo de que uma forma de anticomunismo semelhante
ao fascismo se instalasse, Eisenhower não queria enfrentar a ameaça
comunista de frente. Portanto, o discurso de Eisenhower efetivamente
estabeleceu uma evasão psicológica no cerne da política americana. Viver
uma boa vida viria antes da segurança. Por fim, o socialismo pegaria carona
nessa fórmula hedonística, até que a demanda por gastos sociais começasse a
impedir o gasto militar.
Foi assim que chegamos a viver no paraíso dos tolos de hoje —
despreparados para lidar com os métodos nucleares, biológicos e econômicos
de travar guerra de nosso inimigo. Em vez de uma filosofia de prontidão, a
nossa tornou-se uma política impulsionada pelo hedonismo — à esquerda e à
direita. Fazer comércio com a China e a Rússia não transformará essas
nações em democracias amigáveis. O comércio apenas garantirá que o nosso
complexo militar-industrial — há tanto tempo difamado pela esquerda —
seja minado e enfraquecido.
Tivemos nossa chance em 1957. Poderíamos ter construído defesas. Mas
agora estamos viciados no regime de shopping center. Soluções sérias estão
agora além de nosso alcance psicológico. Não temos vontade política ou
integridade intelectual para romper nossa antiga ilusão de supremacia. Algo
vital em nós se deteriorou. Para consertar a situação, devemos primeiro ter
um diagnóstico, uma análise sociológica profunda, seguida por uma
compreensão pública do problema. Mas isso nunca vai acontecer.
Se você apresentasse o Relatório Gaither hoje, as pessoas balançariam a
cabeça como se você fosse um lunático. Abrigos contra precipitação
radioativa? Auto-sacrifício nacional? Educação patriótica para nossos alunos
do ensino médio? A mera sugestão faria com que a esquerda se mobilizasse.
Haveria sangue nas ruas.
Claro, eu sei o que a maioria das pessoas dirá. Numa guerra nuclear,
todos morremos e não há sentido. Então coma, beba e seja feliz. Aproveite o
momento. Esqueça todas aquela bobagem militar. Faça comércio com a
China. Financie o Kremlin. Compre até que ELES caiam!
Eis a sua solução americana moderna. E a maioria das pessoas acha que
funcionou perfeitamente. Vencemos a Guerra Fria vivendo no bem-bom. Não
é essa a verdadeira história aqui? Vencemos os russos pela conversa e pela
retirada, ficando cada vez mais moles sob uma ética de compras. Deixamos
nossos filhos fumarem maconha, nossas escolas caíram no politicamente
correto, enquanto a contra-inteligência entrou em colapso — se é que alguma
vez existiu. Mas então, nós na verdade não vencemos a Guerra Fria.
Qualquer acadêmico ou literato que ousasse sugerir que perdemos a
Guerra Fria, que construímos um regime de auto-indulgência e auto-ilusão,
veria o seu trabalho — se chegasse a ser publicado — completamente
ignorado. Ele seria impedido de seguir uma carreira respeitável e as
autoridades se negariam a escutá-lo. Na igreja e na cidade, as pessoas iriam
cochichar: "Lá vai aquele maluco."
Soluções realistas para problemas realistas nem sempre são realistas.
Este é o Ardil 22[17] de nossa política. E então, vamos analisar uma coisa de
cada vez. Não vamos discutir soluções até que tenhamos um consenso sobre
o problema. E a esquerda, com todo o seu poder cultural, nunca permitirá
isso.
Essa foi minha resposta há vinte anos — alguns meses antes do ataque
de 11 de setembro às Torres Gêmeas. Temos estado em guerra contra o
"terrorismo" desde aquela época. Houve até um pânico do antraz; mas o país
voltou às compras, sob o conselho do presidente Bush. É conveniente que o
nosso inimigo naquela guerra não tivesse fronteira nacional, nenhuma
religião reconhecida (visto que o Islã é a religião da paz) e nenhum apoio
visível de qualquer estado-nação. Nós bombardeamos e invadimos vários
países neste estranho conflito, desperdiçando trilhões de dólares de defesa, o
que Viktor Suvorov previu, em 1987, como uma operação diversiva soviética
conhecida como "terror cinza".
Se Suvorov servir de guia, estamos atualmente experimentando "o
prelúdio", descrito em seu livro intitulado Spetsnaz. À medida que tudo se
aproxima da beira do "terror vermelho", uma pandemia viral da China
comunista derruba o mercado de ações. Hotéis, restaurantes e companhias
aéreas estão fadados ao fracasso. O mercado imobiliário vai quebrar. Um
feriado bancário é inevitável. O regime de shopping center está prestes a
falhar no teste da história.
O sonho de prosperidade sem vigilância, sem medidas defensivas
adequadas, sem a identificação adequada dos inimigos, estava condenado
desde o início. É realmente um sonho encantador; mas era um sonho —
usado contra nós pelo Partido Comunista Chinês, o Kremlin e seus aliados.
Nossa vulnerabilidade à subversão e infiltração foi algo que nunca
reconhecemos. Enquanto os Estados Unidos enfrentam a sua maior crise em
muitas décadas, agora sofreremos as conseqüências de nossa morosidade
crônica. Uma arma biológica chinesa, provavelmente planejada para o
propósito de eliminar o capitalismo global, foi acidentalmente liberada. A
pandemia está ao pé da porta. Pode uma sociedade politicamente dividida e
subvertida enfrentar o desafio?
Vamos rezar.

Marxismo e destruição em massa


24/03/2020

Já dissemos... que a teoria de Marx e Engels da inevitabilidade de


uma revolução violenta refere-se ao estado burguês. Este último
não pode ser desbancado pelo estado proletário... mediante o
processo de 'definhamento', mas, como regra geral, apenas
mediante uma revolução violenta.

— V. I. LENIN

De acordo com os pais fundadores do comunismo, a derrocada final do


capitalismo será violenta. Friedrich Engels disse que as futuras guerras
revolucionárias resultarão no extermínio de classes e raças inteiras de
pessoas.
Como Lenin explicou, "O panegírico que Engels cantou em homenagem
à [violência revolucionária], e que corresponde plenamente às repetidas
declarações de Marx... não é de forma alguma um mero 'impulso', uma mera
declamação ou gracejo polêmico." Os fundadores do comunismo moderno
adoravam a idéia de exterminar a burguesia mundial.
"Só a revolução pode 'abolir' o estado burguês", disse Lenin, que não
acreditava na política pacífica de uma república democrática. "Uma república
democrática é o melhor escudo político possível para o capitalismo",
observou ele. E o capitalismo deve ser erradicado. Este é o ímpeto subjacente
ao dogma revolucionário marxista. A democracia é uma fraude porque —
argumentou Lenin — ela estabelece o poder dos capitalistas "com tanta
segurança, com tanta firmeza, que nenhuma mudança de pessoas, instituições
ou partidos na república democrático-burguesa pode abalá-lo".
Lenin, portanto, acreditava em destruir a democracia e o capitalismo ao
mesmo tempo. Mas ele não parava por aí. Lenin acreditava em nivelar todas
as instituições — a família, a igreja, a propriedade privada, etc. Essa
campanha de erradicação levaria a humanidade ao comunismo; isto é, uma
forma tecnocrática moderna de comunismo.
O credo de Lenin, é claro, é um credo de destruição; pois a Terra
Prometida de paz e abundância nunca será encontrada. No final das contas, a
violência revolucionária do marxismo não pode alcançar resultados positivos.
Na prática, o comunismo sempre traz guerra e pobreza. O comunismo é um
sistema dos psicopatas, para os psicopatas e pelos psicopatas. A forma de
Estado que aperfeiçoaram — na Rússia, na China, na Coréia do Norte, no Irã,
em Cuba, etc. — é voltada para as armas favoritas do psicopata; isto é, as
armas de destruição em massa.
Os governantes criminosos do "bloco socialista" estão sempre
construindo armas nucleares e biológicas. Eles estão sempre sonhando com o
dia em que essas armas serão lançadas em um mundo desavisado. Uma
filosofia de violência revolucionária e extermínio anima os líderes
comunistas.
O governante comunista quer ser Deus. Ele quer virar a criação de
cabeça para baixo. Sua teoria revolucionária começa com a premissa
grandiosa de que a base deve estar no topo, de que a criatura deve suplantar o
Criador, de que a destruição deifica de alguma forma o destruidor.
"A necessidade de sistematicamente imbuir as massas... dessa visão da
revolução violenta está na raiz de toda a teoria de Marx e Engels", escreveu
Lenin em O Estado e a Revolução. Imaginar uma transição pacífica ou
"democrática" para o socialismo é, segundo Lenin, "oportunismo"; isto é, o
pecado de vender a revolução por um pedaço de torta capitalista.
A ênfase na violência, no assassinato em massa e na pilhagem é
intrínseca ao marxismo. Note bem: Marx, Engels e Lenin ensinavam que o
estado é um instrumento de violência. Ele é composto por policiais e
soldados e prisões, dizia Lenin. Estes são sempre usados por uma classe
contra outra. Assim, na visão de Lenin, o estado burguês existe para oprimir
os trabalhadores e o estado dos trabalhadores existe para oprimir — depois
finalmente destruir — a burguesia.
Dado este impulso destrutivo, uma guerra biológica deve ser uma
tentação irresistível. O capitalismo está de aordo com todas as normas de
cooperação social, otimismo econômico e livre associação. Uma doença
contagiosa mortal descarrila o sistema de mercado, pois pulveriza o otimismo
econômico. O medo afasta o investimento. O terror fortalece o estado
socialista e a revolução socialista ao mesmo tempo. A Governança Global da
Saúde torna-se o slogan subversivo do momento.
Dada a sede comunista de poder e a inclinação para destruir, uma guerra
nuclear não deixa de ser atraente. Esse tipo de guerra torna uma nação
dependente da autoridade de cima para baixo. E o que poderia ser mais
inebriante do que o poder de incinerar cidades, frotas e exércitos com bombas
de hidrogênio. O planeta tremerá. A raça humana se submeterá. Os deuses do
socialismo serão exaltados.
Há também a lógica da progressão numérica: Stalin matou 30 milhões,
Mao matou 60 milhões — por que Xi Jinping não mataria 120 milhões? A
ambição é tudo; pois a Revolução Mundial tem muitos agentes e muitos
idiotas úteis. Por trás deles estão os mísseis do novo bloco comunista.
Quando o vírus tiver feito o seu trabalho e o poder financeiro da
América se esvair, os discípulos de Lenin começarão a sua guerra destrutiva.
Se tiverem sucesso, eles ditarão os termos de paz a outros países. Pequim
decidirá a demografia da Ásia, do anel do Pacífico e dos 48 estados
inferiores. A Rússia governará a Europa, o Alasca e partes do Canadá.
A vitória de Moscou e Pequim, se a conseguirem, sinalizará o eschaton
socialista — o "fim da história" como imaginado por Marx, Engels e Lenin.
Sobre este Eschaton, Eric Voegelin escreveu:

A interpretação escatológica da história resulta em uma falsa


imagem da realidade; e erros relativos à estrutura da realidade têm
conseqüências práticas quando a falsa concepção se torna a base da
ação política.

Os estados ditadores não podem construir um novo mundo baseado em


violência e mentiras. Qualquer vitória que obtiverem será temporária. Sua
revolução "é uma história contada por um idiota, cheia de som e fúria, sem
significar nada". O marxismo, como um todo, — em todas as suas
manifestações politicamente corretas — é uma doutrina de contraprincípios
que se opõem aos princípios da existência. Ele facilita a hora da morte. Nada
mais.

Para cada coisa há uma época, E um tempo para cada propósito sob
o céu; Um tempo de nascer e um tempo de morrer.
O atual ciclo autodestrutivo da política trará novas condições e um novo
começo. Aconteça o que acontecer, a primavera voltará.

A estratégia sino-soviética de longo alcance: do


Sputnik à Terceira Guerra Mundial
26/03/2020

A humanidade está entrando em um período da maior revolução


científica e tecnológica, resultante do domínio da energia nuclear e
da conquista do espaço... Esses desenvolvimentos irão determinar
em grande medida a natureza de uma guerra futura...

— SOVIET MILITARY STRATEGY


(ESTRATÉGIA MILITAR SOVIÉTICA)[18]

Nas duas décadas que se seguiram à Segunda Guerra Mundial, ocorreu


uma revolução nos assuntos militares. Nesse período, a Rússia e a América
desenvolveram a bomba H, e a Rússia lançou o primeiro satélite feito pelo
homem, denominado "Sputnik". Esses avanços prefiguraram a futura
implantação de milhares de foguetes intercontinentais armados com ogivas
termonucleares.
Reconhecendo a necessidade de uma revisão estratégica, o ditador
soviético Nikita S. Khrushchev criou um comitê de altos estrategistas
soviéticos sob o comando de Leonid Brezhnev. O papel de Brezhnev foi
crucial, devido ao interesse de Brezhnev em estratégia e sua amizade com
pensadores estratégicos importantes, levando à sua ascensão política após a
misteriosa "aposentadoria" de Khrushchev — anunciada, talvez de maneira
profilática, um ano depois da morte do presidente John Kennedy, e vinte dias
após o relatório final da Comissão Warren omitir a menção ao envolvimento
soviético.
De acordo com informações fornecidas pelo desertor tcheco Jan Sejna, o
comitê Brezhnev tinha quatro subcomitês abaixo dele, cada um chefiado por
um estrategista soviético: Marechal V. D. Sokolovskiy (militar); Dmitry
Ustinov (indústria militar); Boris Ponomarev (relações exteriores); e o
general Nikolai Mironov da KGB (inteligência).
O comitê Brezhnev desenvolveu as seguintes "orientações" estratégicas:
(1) Os militares soviéticos se preparariam para lutar e vencer uma guerra
nuclear-biológica de armas combinadas contra as "potências imperialistas";
(2) todos os meios econômicos e científicos seriam mobilizados para
construir armas de destruição em massa, um sistema nacional de proteção
contra explosão e precipitação radioativa, incluindo minas subterrâneas,
fábricas e "cidades" científicas na região industrial dos Urais; (3) a política
externa do país seria flexível e pragmática, focada em promover tratados de
controle de armas que limitariam as defesas estratégicas americanas, o
armamento biológico e as capacidades nucleares ofensivas; (4) os esforços
militares, industriais e diplomáticos do bloco comunista só teriam sucesso se
o Ocidente pudesse ser persuadido de que o comunismo havia "entrado em
colapso" na esfera soviética. Essa parte da "estratégia de longo alcance"
exigia uma reorganização da KGB em uma camada "externa" de
funcionários, que não tivessem nenhum conhecimento da estratégia ou de
seus princípios orientadores, e uma KGB "interna" altamente secreta,
responsável por organizar trapaças em série.
O subcomitê do General Mironov da KGB recomendou as seguintes
operações de trapaça de longo alcance, exigindo a realização de várias
tarefas: (1) Penetrar os serviços de inteligência do Ocidente com "toupeiras";
[19]
(2) Convencer os serviços de inteligência ocidentais da autenticidade da
informação falsa oferecida por "dangles"[20] e, assim, ganhar promoções para
"fornecedores de uma historia falsa e desarmadora" dadas por agentes de
penetração que inevitavelmente se tornarão as principais figuras da
inteligência ocidental; (3) ao mesmo tempo em que se assume o controle do
jogo de inteligência na base, promover a idéia de que "a ideologia está morta"
no bloco comunista; (4) promover a idéia de uma divisão "ideológica" entre
Moscou e Pequim, de modo que o Ocidente irá "lançar mão da China"; isto é,
invadir cegamente e transformar a China em um gigante industrial e
tecnológico para enfrentar a URSS; (5) promover falsos grupos dissidentes e
celebridades dissidentes na União Soviética e seus satélites; (6) estabelecer
movimentos controlados de oposição nos países do bloco; (7) preparar-se
para organizar, por meio de agentes dos movimentos dissidentes, revoluções
anticomunistas em todo o bloco; (8) promover a idéia de que um futuro líder
soviético é, na verdade, um "reformador liberal"; (9) quebrar o Pacto de
Varsóvia e derrubar a União Soviética de uma forma "controlada"; (10)
preparar comunistas dissimulados como candidatos a altos cargos na América
e na Europa Ocidental. Estes se apresentariam como "moderados", mas
operariam como agentes de "penetração" dedicados a facilitar aspectos
críticos da estratégia; a saber, a sabotagem econômica e a redução ou o desvio
de recursos militares dos EUA.
A complexidade da estratégia de inteligência é impossível de exagerar.
No entanto, o seu conceito abrangente é simples e consistente com as práticas
comunistas anteriores. Aqueles que realizam a "fase final" da estratégia
foram orientados a não se preocupar com perdas no decorrer de uma "grande
manobra". O modus operandi era seguir o exemplo da operação Trust de
Dzerzhinsky, que facilitou a Nova Política Econômica de Lenin e abriu a
União Soviética ao investimento ocidental na década de 1920.
Como o Ocidente é cego em relação aos planos soviéticos, o otimismo
econômico do livre mercado naturalmente obrigaria todos os matizes de
opinião política a aceitar o "colapso do comunismo" como genuíno. Uma
corrida louca pelos mercados se seguiria, embora a maior parte das quantias
de dinheiro investidas fosse perdida.
Os capitalistas, sob essa dinâmica, não puderam agir com prudência.
Eles engoliram a isca e se acharam na ponta afiada de um anzol — seduzidos
por seu inimigo bolchevique a arranjos que comprometeriam a eles e ao seu
sistema comercial. (Um jogo de enganação semelhante já estava se
desenrolando vis-à-vis a China). Enquanto isso, os analistas conservadores
relutariam em admitir que foram enganados quanto a terem vencido a Guerra
Fria. Protegendo suas reputações, os principais conservadores da América
seriam os primeiros na fila para dar prosseguimento ao engano — apesar de
um conjunto cada vez maior de fatos sem explicação (por exemplo, o avanço
contínuo do comunismo na África e na América Latina). Qualquer um que
ousasse questionar a narrativa triunfalista seria condenado ao ostracismo
como alarmista.
Há muito mais neste quadro, tendo a ver com operações conjuntas da
KGB e da inteligência militar, subversão ideológica, terrorismo, movimentos
de libertação nacional, crime organizado e tráfico de drogas. Como essas
operações envolvem orientações estratégicas dos militares soviéticos e da
KGB, é melhor descrevê-las separadamente.
A estratégia de longo alcance exigia maior treinamento para líderes de
movimentos revolucionários — nas áreas de especialização civil, militar e de
inteligência. Conforme observado por Joseph Douglass, "A fundação da
Universidade Patrice Lumumba em Moscou é um exemplo de uma das
primeiras medidas tomadas para modernizar o treinamento da liderança
revolucionária soviética."
Os russos também decidiram montar campos de treinamento terrorista.
Este treinamento ocorreu sob a alçada do apoio aos movimentos de
"libertação nacional" relacionados com a anterior política de descolonização
da Comintern.
Como parte da contínua ofensiva de "libertação" na América Latina
(especialmente na Colômbia), os soviéticos e seus aliados tchecos se
envolveram com o tráfico internacional de drogas e entorpecentes. De acordo
com Douglass,

As drogas foram incorporadas à estratégia para travar a guerra


revolucionária como uma arma política e de inteligência para
mobilização contra as 'sociedades burguesas' e como um
mecanismo para recrutar agentes de influência em todo o mundo.

Antes da ofensiva do tráfico de drogas, a inteligência soviética se


infiltrou no crime organizado. A KGB também estabeleceu "sindicatos do
crime organizado patrocinados e controlados pelo Bloco Soviético em todo o
mundo", explicou Douglass.[21]
O crime organizado, o tráfico de drogas e a conseqüente lavagem de
dinheiro provaram ser a direção estratégica mais lucrativa de todas. Aqui
estava uma combinação irresistível para se infiltrar nos bancos, para adquirir
informação sobre corrupção política, para controlar policiais corruptos,
operadores de inteligência desonestos e empresários. Esse foi um fator na
ascensão dos Clintons, um fator importante nas guerras afegãs, na Guerra dos
Contras na Nicarágua e nas guerras de Pablo Escobar e das FARC.
Terroristas podiam ser financiados por tais operações.
As direções estratégicas relacionadas de sabotagem, operações de desvio
e "exércitos" terroristas podiam agora ser alimentadas com suprimentos de
dinheiro ilícito (lavado por bancos e protegido por políticos corruptos). De
acordo com Jan Sejna, "A rede para essa atividade deveria estar instalada por
volta de 1972." A decisão soviética de entrar no crime organizado ocorreu em
1955 e se tornou parte da estratégia de longo alcance nos anos subseqüentes.
Enquanto a "burguesia mundial" aceitava a liberalização da União
Soviética e o colapso do comunismo como genuínos, os estrategistas russos e
chineses organizavam uma operação terrorista diversiva. O desertor do GRU
soviético, Victor Suvorov, descreveu-a da seguinte maneira:

[Operações generalizadas de terrorismo e sabotagem antes da


Terceira Guerra Mundial] são conhecidas oficialmente no GRU
como o "período preparatório" e não-oficialmente como o
"prelúdio". O prelúdio é uma série de grandes e pequenas
operações cujo objetivo é, antes do início das operações militares
propriamente ditas, enfraquecer o moral do inimigo, criar uma
atmosfera de suspeita, medo e incerteza e desviar a atenção dos
exércitos e forças policiais do inimigo para um grande número de
alvos diferentes, cada um dos quais pode ser o objeto do próximo
ataque.

O prelúdio é realizado por agentes dos serviços secretos... e por


mercenários recrutados por intermediários. O principal método
empregado neste estágio é o "terror cinza", isto é, uma espécie de
terror que não é conduzido em nome da União Soviética. Os
serviços secretos soviéticos não deixam, nesta fase, os seus cartões
de visita, nem deixam os cartões de outras pessoas. O terror é
realizado em nome de grupos extremistas já existentes, sem
qualquer ligação com a União Soviética, ou em nome de
organizações fictícias.[22]

Não devemos nos surpreender ao saber que o desertor da KGB/FSB


Alexander Litvinenko apontou Putin como o verdadeiro patrocinador da Al
Qaeda numa entrevista a um jornal polonês (a qual será postada amanhã neste
site).[23] No ano seguinte, Litvinenko foi fatalmente envenenado com polônio
210 radioativo por agentes dos serviços especiais russos.[24]
Esta visão geral toca de leve na ampla gama de eventos que levaram ao
ataque biológico da COVID-19. Se alguém duvida da existência de uma
estratégia sino-soviética de longo alcance para derrotar o Ocidente, e se
alguém duvida que a COVID-19 faça parte dessa estratégia, basta apenas
consultar o apoio da Rússia à China neste momento. Esse apoio vem na
forma de uma campanha de desinformação contra o Ocidente.[25] Por que
elementos da mídia russa de controle estatal, do Irã e da China iriam todos
sugerir que a COVID-19 é uma arma biológica americana? Nenhum
mexeriqueiro poderia nos contar mais.
A Rússia, o Irã e a China são liderados por pessoas que querem destruir
os Estados Unidos da América. Você pode negar o quanto quiser, mas a
evidência está bem na sua frente. O momento do surto da COVID-19 é mais
do que suspeito. Muitos detalhes sugerem que um ataque começou. Mas o
Ocidente continua dormindo. Diz-se que estamos "lutando contra um vírus".
Ah, não. Outra coisa está vindo atrás de nós; uma coisa que é muito
maior e mais mortal.

China e Rússia vs. América


03/04/2020

O fato de que visitarei a Rússia, nossa afetuosa vizinha, pouco


depois de assumir a presidência, é uma prova da grande
importância que a China atribui às suas relações com a Rússia.

— XI JINPING

O presidente dos Estados Unidos mobilizou um milhão de militares em


27 de março. O "pessoal essencial" do Pentágono foi colocado a 2.000 pés de
profundidade em um bunker do Colorado. Nossos dois porta-aviões no
Pacífico Ocidental, o USS Roosevelt e o USS Ronald Reagan, estão presos
no porto por causa da COVID-19. Há movimentos militares dos EUA no
Caribe que podem estar mascarando preparativos contra Cuba, Venezuela e
Nicarágua.
O que o governo dos EUA está vendo? O que estão pensando? A
mobilização precede a guerra da mesma forma que cozinhar precede o ato de
comer. O presidente Trump está sinalizando para os chineses? Ele os está
alertando por meio de indícios não-verbais? Pelo mundo afora, uma linha
divisória está sendo desenhada. De um lado, países estão se alinhando atrás
da China. Do outro lado, países estão se alinhando com os EUA.
Um evento interessante em tudo isso: a China e a Rússia fecharam suas
fronteiras desde fora — portanto, nada pode entrar. Isso sugere que
movimentos mais sérios estão por vir. Economicamente, o fechamento de
uma fronteira significa autarquia econômica. Sugere uma estocagem pré-
planejada de importações antes da crise. Sugere, de fato, que Moscou e
Pequim estiveram se preparando para este exato momento — que o
planejaram.
Você está chocado?
O fechamento das fronteiras russas e chinesas ao tráfego de entrada tem
um significado adicional. Ele não apenas sugere a possível implantação de
uma cepa mais mortal da COVID-19, mas também apresenta uma barreira a
uma retaliação viral vinda do Ocidente. Eis uma estranha mistura de medo e
premeditação militar. Dos 195 países do mundo, a China e a Rússia são os
únicos que estão se isolando de todos os outros. Também estão usando meios
de vazão propagandística para acusar os Estados Unidos de iniciar uma
guerra biológica. Isso em si é uma medida operacional pré-guerra. É uma
justificativa para fazer-se guerra na América.
Por que tal justificativa seria empregada por Rússia, China e Irã?
Acontece que a China passou muitos anos se preparando para a guerra.
E também a Rússia. Os dois "antigos" parceiros do bloco comunista não
apenas estiveram estocando ouro — uma clássica preparação para a guerra —
mas também estiveram construindo e modernizando suas forças nucleares.
O recente testemunho no Congresso do almirante Charles A. Richard,
comandante do Comando Estratégico dos Estados Unidos, apresentou o
seguinte quadro alarmante, em 27 de fevereiro deste ano:

…a nação está em um momento crítico em relação ao futuro de


nossas forças nucleares. Desde o fim da Guerra Fria, lideramos o
mundo na redução de nosso estoque nuclear e concomitante
aumento da transparência. Enquanto reduzíamos o número e os
tipos de armas nucleares em nosso arsenal, nossos adversários
seguiram na outra direção e continuaram a modernizar e expandir
suas capacidades estratégicas. Agora nos vemos colocando em
campo um arsenal reduzido da era da Guerra Fria contra uma força
russa maior, mais moderna e mais variada e uma força chinesa em
constante aperfeiçoamento e crescimento.

Devo lembrar ao leitor que o major Anatoliy Golitsyn da KGB previu


esta exata situação? No livro de Golitsyn de 1984, New Lies for Old (Meias
Verdades, Velhas Mentiras), aprendemos sobre uma estratégia soviética de
longo alcance baseada numa "liberalização enganosa". Aprendemos sobre um
plano em que o Partido Comunista abre mão do poder na União Soviética.
Ficamos sabendo do planejado colapso da Aliança do Pacto de Varsóvia. De
acordo com Golitsyn, se o Ocidente aceitasse essas mudanças como
genuínas, os chineses e os russos explorariam totalmente a ingenuidade dos
Estados Unidos. Os Estados Unidos parariam de construir armas nucleares
enquanto a Rússia e a China construiriam e se modernizariam. Então chegaria
o momento do "punho cerrado" — quando a Rússia e a China se uniriam para
dominar a América.
Pode ser coincidência que a previsão de Golitsyn tenha se tornado
realidade? — que quase todas as suas previsões se concretizaram?
Considerando o testemunho do almirante Richard no Congresso em 27
de fevereiro, acho que estamos nos aproximando do momento do "punho
cerrado". O plano do inimigo está aparecendo por completo.
É uma vergonha que quase ninguém conheça a verdadeira história dos
últimos trinta anos. E agora temos de agüentar esta confissão patética do
comandante das Comunicações Estratégicas americanas (STRATCOM) —
enquanto ele implora a um governo falido dos EUA pelo dinheiro para
reconstruir um dissuasor nuclear em decomposição. Restará algum dinheiro
no tesouro após o ataque biológico da China ter derrubado as receitas fiscais
do governo federal? Dadas as muitas advertências de desertores e dissidentes,
é claro que ninguém em nossa inteligência, governo, think tanks ou
universidades fez o seu dever de casa. Nenhum deles viu as terríveis
conseqüências que nos aguardam depois de engolir a isca do anzol de
Moscou — junto com a promessa de mão-de-obra barata da China.
O que devemos fazer agora? O que podemos fazer?
Há árduas tarefas políticas que nos aguardam. Temos de colocar a nossa
própria casa em ordem. Em relação à nossa comunidade empresarial e seus
contratados políticos, deve haver um dia do ajuste de contas. Todos os
homens de negócios e políticos que ganharam dinheiro com os comunistas
chineses, que facilitaram as políticas de subversão e guerra de Pequim,
deveriam ser expulsos do mercado, ou expulsos do cargo, e condenados ao
ostracismo. Não precisa haver nenhuma lei, nenhum decreto do governo. Que
seja um ato pessoal e espontâneo de todo americano afastar-se dos "parceiros
de crime" americanos do PCC.
É vital que cultivemos sentimentos adequados a esse respeito. Para
começar, observe a declaração profunda e emocional desta corajosa mulher
chinesa (abaixo).[26] Algumas semanas atrás, ela se levantou contra o Partido
Comunista Chinês (PCC). Ela não tem ninguém a seu lado, nenhuma
esperança além da prisão, nenhum futuro além da execução. Mesmo assim,
ela diz a verdade. Observe o seu exemplo brilhante. Resista com ela. O
inimigo que ela denuncia é o seu inimigo.

O triunfo da inversão
10/04/2020

O socialismo dará início a uma nova era neste país. A grande


riqueza dos Estados Unidos, pela primeira vez, será para o
benefício de todo o povo.

— PROGRAMA DO PARTIDO
COMUNISTA DOS ESTADOS UNIDOS

Vinte e um anos atrás, eu estava tomando café em Washington, D.C.,


com o ex-parlamentar britânico John Browne, a editora-chefe do Newsmax,
Missy Kelly, e o coronel Stanislav Lunev, um desertor do GRU que veio para
os Estados Unidos. John estava ficando cada vez mais eloqüente com a idéia
de que Margaret Thatcher e Ronald Reagan haviam salvado o Ocidente do
socialismo. Enquanto Missy demonstrava interesse na tese de John, Lunev se
inclinou e sussurrou em meu ouvido: "Eu não entendo isso." Lunev então
acrescentou: "A América é o paraíso marxista. A Rússia é um capitalismo
selvagem."
Na mesma linha, Clare Berlinski recentemente observou que a URSS
"poderia ser" definida como um "regime autoritário de extrema direita". Mas
isso está indo longe demais. Em meu livro Origins of the Fourth World War
(Origens da Quarta Guerra Mundial), sugeri que não existe absolutamente
nenhuma direita política; que todos estão agora na esquerda.
Como posso justificar isso?
O principal ideal de nosso tempo, abraçado de leste a oeste, é
esquerdista. Não importa se esse ideal encontra expressão em um governo
autoritário ou em uma democracia. A América está na esquerda porque tudo
aqui é feito em nome do "povo".
Quem é "o povo", nesse contexto? São aqueles retratados como "menos
que iguais", aos quais se deve dar uma mãozinha, os quais devem ser
tornados iguais. E por que eles devem ser tornados iguais? Porque o
socialismo é a religião vindoura — uma religião secular — em que a salvação
do homem é realizada pelo nivelamento político.
Veja o que se está ensinando às crianças na escola. A doutrinação
igualitária está em toda parte. O socialismo se apropriou do sistema
educacional. Como resultado, você não pode falar sobre o tempo sem se
arriscar a ouvir um sermão de um estudante universitário acerca das
mudanças climáticas.
Nossos impostos não podem começar a cobrir as despesas decorrentes
da crescente lista de demandas do socialismo. Estamos gradualmente indo à
falência e, com o pânico econômico resultante da pandemia da COVID-19, o
colapso financeiro agora é inevitável.
O livre mercado está livre apenas no momento. Assim que os mercados
decaírem, os suspeitos de sempre culparão o capitalismo por "falir". Não é
preciso muita imaginação para vislumbrar o que vem a seguir. Intervenção
governamental desastrosa, seguida de escassez, seguida de racionamento,
seguida de uma escassez pior. O exército dos Estados Unidos não será
financiado depois que nossos esquerdistas assumirem o poder. Assim que a
América estiver desarmada, todos verão os mísseis nucleares na Rússia e na
China como um reforço da agenda socialista. Dado o poder irresistível desses
mísseis, como o socialismo poderia ser revogado? Como os Estados Unidos
poderiam recuperar a sua soberania?
À guisa de nota adicional: talvez seja um exagero dizer que "todos"
estão na esquerda. Eu não estou na esquerda. Suponho que meus leitores não
estejam na esquerda. Mas, falando de forma prática, o que podemos fazer?
Estamos presos a uma sociedade em que as principais instituições estão
dominadas por esquerdistas.
O socialismo é uma religião. Não é um fingimento, porque as pessoas
realmente acreditam nele. Mesmo que todos os regimes de esquerda acabem,
na prática, por criar uma ordem autoritária, isso não transforma os
esquerdistas em "direitistas". Eles ainda são adoradores de um ideal de
esquerda: a saber, que todos os homens devem ser irmãos; que o mundo
deveria ser como um só; que não há céu, de modo que devemos tentar
construir um mundo perfeito aqui na terra. Esses são os ideais que tornam a
esquerda perigosa, que levam à "imanentização do eschaton gnóstico".
O socialismo é um credo perigoso porque os socialistas são obrigados a
ocupar o cargo de Deus. Eles devem resgatar o homem da destituição de sua
condição no "estado de natureza" capitalista. É uma missão grandiosa que
requer poder de verdade. E o maior poder disponível ao homem é o poder
estatal. Assim, os socialistas retificaram o seu igualitarismo em princípio —
preferindo a fórmula: "De cada um de acordo com a sua capacidade, a cada
um de acordo com a sua necessidade". Esse refinamento ideológico evita o
paradoxo de uma hierarquia de esquerda. A desigualdade pode ser permitida
em prol do bem maior.
É um erro dizer que o autoritarismo é um fenômeno estritamente de
direita. Clare Berlinski está se confundindo quando sugere que a URSS era
um sistema político de direita. O ideal soviético era de esquerda. Qualquer
que seja a hierarquia que eles construíram, na prática, acabou sendo uma
inversão da aristocracia — com os piores criminosos e psicopatas nos cargos
mais altos. Este é o princípio dominante da Rússia até hoje.
Na verdade, alguns teóricos têm afirmado que o fascismo também é um
fenômeno de esquerda. Ele é coletivista no mesmo sentido que o comunismo.
Ele é revolucionário, garantindo que mediocridades invejosas — como
Himmler ou Goebbels — governarão à sombra de um Hitler. Veja como isso
segue de perto o modelo soviético, onde Stalin, com seu séquito bizarro de
anões e desajustados, conduziu uma campanha paranóica contra a própria
sociedade. Em contraste com isso, a aristocracia é um ideal — em princípio
— onde as melhores pessoas deveriam ocupar sua posição, onde os bons e os
nobres são chamados para liderar, proteger e defender a comunidade. Por pior
que esse ideal tenha sido praticado, ele nunca afundou ao nível da ditadura do
lumpemproletariado de Lenin, ou do estado policial do submundo do crime
de Kang Sheng.
O homem nobre permite a liberdade aos outros porque ele é nobre. O
homem ignóbil vive com medo de que os outros, descobrindo suas más
intenções, o denunciem — porque ele é, na verdade, um vilão.
A liberdade também tem a ver com freios e contrapesos, o que a
esquerda e os fascistas abominam. O homem inferior só pode governar por
meios criminosos. Ele não poderia sobreviver em um ambiente constitucional
adequado. Aquele que é sinistro por natureza se opõe aos freios e contrapesos
motivado pela paranóia. Ele se opõe ao veto aristocrático à inveja, à
multidão, aos instintos inferiores. Ele suspeita de uma conspiração contra si
mesmo e não vai tolerá-la.
Encontramos muitas lições relacionadas na história da antiga República
Romana, com plebeus competindo contra patrícios. Apenas descobrimos que
os plebeus tinham mais bom senso do que os "democratas" de hoje. O que se
desenvolveu em Roma foi uma constituição relativamente equilibrada,
geralmente considerada uma das formas de governo mais eficazes e
singulares em toda a história. De maneira nenhuma ela era utópica ou algo
irrepreensível. Era algo muito mais significativo. Era durável e sensata, e
produziu uma liderança coletiva competente — os pais conscritos do Senado
Romano. Este foi um corpo governante que uniu a Itália e conquistou o
Mediterrâneo. Relembrando o Estupro de Lucrécia, seu ideal era a liberdade
(quer dizer, a liberdade aristocrática, não a liberdade proletária).
Da mesma forma, pode-se elogiar o sistema de governo britânico após a
Revolução Gloriosa — apesar de sua corrupção e venalidade e de toda a
maldade de seu imperialismo. Mas, novamente, havia uma aristocracia
naquela época. Ela permitia o constante aprimoramento moral da sociedade.
Ela também evoluía na direção da liberdade.
Nunca houve um momento perfeito — um ontem ideal. Mas houve
séculos de melhoria e crescimento. Agora tivemos um século de decadência e
declínio. Você pergunta quando isso começou? Devem-se dar datas
diferentes para a Grã-Bretanha e para a América. 1911 serviria para a Grã-
Bretanha? (Se não me falha a memória, em 1911 a Câmara dos Lordes perdeu
o seu poder de veto).
Quando chegamos à teoria de que "todos os homens são criados iguais",
estamos removendo a mola mestra do governo constitucional. A porta está
aberta para nivelamento. Como você pode ter um sistema real de freios e
contrapesos quando você eliminou a sua base aristocrática clássica? Se todos
os homens pertencem a uma única ordem da sociedade, o que acontece com
nosso conceito de posição? — de pais conscritos? — de maternidade e
paternidade? — de família? — da própria autoridade? Resta-nos um
burocrata — um ninguém investido de poder absoluto, com tendência a ter
inveja de seus superiores.
O vento nivelador do igualitarismo leva a outras patologias também. Ele
não só retira a classe. Ele tenta abolir a tribo. Tenta abolir as diferenças
sexuais. Isso pode ser conveniente para os individualistas — que
excentricamente perseveram no desenvolvimento de sua individualidade
única fora das limitações da tribo. Mas a maioria das pessoas não pode existir
como átomos — isto é, como indivíduos solitários. Elas consideram isso um
fardo insuportável. Ai de nós, pensar é a trabalheira mais terrível!
E então, sob a bandeira igualitária, você tem o problema de partidos
competindo para dar "ao povo" mais e mais "coisas", baseando o seu poder
em um desenfreado consumismo do estado assistencial. A falência é apenas
uma questão de guerra, colapso do mercado ou pandemia.
Quando digo que a direita política não existe mais, que todos estão na
esquerda, estou dizendo que a classe representativa da direita — a coluna de
ferro de toda constituição orgânica — se foi. A própria idéia de uma classe
dominante adequada foi deslegitimada. A direita política é agora uma direita
falsificada. É um coletivo que não compreende a si mesmo e cujo
conservadorismo é sustentado por pressupostos esquerdistas. É por isso que
ela inevitavelmente se rende à extrema esquerda. Se você compartilha das
premissas da esquerda, não será capaz de resistir aos argumentos
esquerdistas. E é para isso que somos rotineiramente convidados. Isso é o que
todos nós temos testemunhado.
É importante acrescentar que um sistema de freios e contrapesos, dentro
de uma constituição, depende inteiramente de distinções de classe reais.
Assim que abolir a aristocracia como um constructo, você ficará preso a uma
oligarquia igualitária — a forma mais degenerada de oligarquia. É um regime
em que "todos os homens são criados iguais", sem nenhum ponto de vista
social para refrear os ímpetos licenciosos do povo — sem nenhum argumento
para impedir o povo de devorar as suas próprias sementes de milho.
Defender esse caso a uma pessoa instruída não é tão difícil. Em vista de
um plebeísmo materialista, com todos os seus mal-entendidos, uma pessoa
inteligente fica quieta. Como H. L. Mencken escreveu certa vez: "A
democracia é o sistema em que as pessoas conseguem o que querem, e o
conseguem da maneira mais difícil".
O que chamamos de "direita" (hoje) é meramente uma mistura de
sentimentos nacionalistas/tradicionalistas/cristãos baseados nos princípios da
supremacia plebéia. O que chamamos de esquerda também se baseia na
supremacia plebéia, mas se opõe aos costumes tribais e religiosos. Pode-se
dizer que nossos costumes tradicionais estão em um estado avançado de
decadência e/ou desintegração.
Após essa longa explicação, muitos leitores irão discordar, agarrando-se
à idéia de que realmente existe uma direita política, porque o uso estabelecido
reconhece que existe. Mas eu ofereceria mais um argumento, se me
permitem. A linguagem é importante, e devemos sempre lutar para preservá-
la das maquinações dos subversivos políticos. Como exemplo dessa
corrupção, a palavra "casamento" foi recentemente redefinida pela Suprema
Corte; enquanto que através de toda a história até então o casamento
significava a união de homem e mulher, agora ele não tem esse significado.
Se uma Suprema Corte supostamente conservadora pode redefinir o
casamento e ninguém os enforca como traidores de Deus e do país, então a
direita não tem absolutamente nenhuma existência real. O escândalo está
exposto, embora quase ninguém esteja escandalizado.
Quando a linguagem é politicamente depravada, especialmente pela
esquerda, ela torna o cheiro da carcaça podre do Estado cada vez mais
indecente. E daí, se a chamada direita política faz exatamente a mesma coisa
que a esquerda? — Depravando a linguagem ao aceitar a redefinição de uma
palavra essencial, sem dar um pio!
O partido comunista tem um ditado: "A esquerda de hoje é o centro de
amanhã, o centro de hoje é a direita de amanhã, etc." E isso vai ao cerne da
questão. O espectro político tem se movido constantemente para a esquerda
há cem anos. Isso foi habilmente demonstrado por Tim Groseclose em um
livro intitulado Left Turn. Ele prova — com notável destreza — que o
congresso de maioria democrata em 1980 estava consideravelmente à direita
do Congresso Republicano de 1999. Ele usa critérios objetivos, então não há
como questionar o fato.
Claro, a ordem de posição não desapareceu totalmente. Ela desvanece
por centímetros, mais senil e decrépita, década após década. O nivelamento é
estável e contínuo. O socialismo nos segura com um aperto mortal. Ele pode
ser retardado, mas nunca interrompido. Trump não está à direita de Ronald
Reagan. Ele está à esquerda de Reagan. O mesmo é verdade para todos os
primeiros-ministros tory[27] depois de Thatcher. Para a esquerda, para a
esquerda, sempre para a esquerda. Todos os inimigos à direita. O indivíduo
notável que parece, contra todas as probabilidades, desacelerar a marcha para
a esquerda, é uma exceção à regra. Uma pessoa pode interromper
momentaneamente o processo, mas uma pessoa não faz uma aristocracia.

Guerra psicológica em meio a um ataque biológico


15/04/2020

…nunca usaremos os malditos germes, então de que adianta a


guerra biológica como dissuasor? Se alguém usar germes contra
nós, nós lhe faremos um ataque nuclear.
RICHARD NIXON

O professor Yanzhong Huang é um cientista político e "especialista" em


pandemias. Ele é um exemplar da abordagem da grande mídia para a questão
da COVID-19 como arma biológica. Pode ser mais apropriado classificá-lo
como um especialista em "polêmica". O professor Huang claramente não
gosta da idéia de que o vírus foi transformado em arma em um laboratório
chinês. Pode-se até dizer que ele é sensível acerca da questão.
Ele escreveu um artigo na Foreign Affairs, intitulado "Desconfiança
EUA-China está incitando perigosas teorias da conspiração sobre o
Coronavírus e minando esforços para conter a epidemia". O próprio título do
artigo do professor Huang lê-se como uma acusação a qualquer pessoa que
diga que o vírus é uma arma biológica projetada. Ele alude ao artigo do Zero
Hedge que citou o meu texto do Epoch Times sobre o assunto. O professor
Huang diz, em essência, que tais visões (como as minhas) colocam em risco a
paz mundial e a "cooperação sino-americana".
Mas a "cooperação sino-americana" de hoje nunca significou uma paz
real. Ela sempre foi uma forma de guerra de baixa intensidade, praticada pela
China, enquanto que a América dorme — sem saber que a sua posição está
gradualmente se desgastando.
Para ofuscar a questão da armamentização do vírus, a melhor defesa é
(evidentemente) um forte ataque. Huang nega que o vírus tenha saído de um
programa de armas biológicas. Ele difama qualquer um que diga o contrário
como um "perigoso... teórico da conspiração". Ele censura o Zero Hedge por
me citar. Ele diz que estão contribuindo para a gravidade da pandemia. Dizer
que o artigo do professor Huang é honesto, a esse respeito, é não perceber o
propósito político subjacente às suas declarações.
O mais importante: o professor Huang não está sozinho no que diz.
Acadêmicos marxistas e esquerdistas da mídia se inclinaram de maneira
favaróvel aos regimes comunistas no passado e continuarão a fazê-lo. Esse
tipo de coisa não é totalmente inesperada vindo da revista do Conselho de
Relações Exteriores (Council on Foreign Relations – CFR), no qual o
professor Huang é bolsista. Alguns de nós suspeitam que o CFR é um centro
para infiltrados comunistas, pegando carona no internacionalismo ingênuo da
elite capitalista. Com efeito, o professor Huang usa o CFR como uma
plataforma para atacar os anticomunistas como "perigosos teóricos da
conspiração". Aqueles de nós que escrevem sobre a ameaça comunista são,
na melhor das hipóteses, ignorados pela grande mídia. Nesse caso, somos
escolhidos para o ostracismo; — ou seja, o ostracismo do Establishment. Não
temos voz. Mas o professor comunista chinês, promovendo desinformação
comunista chinesa, tem voz. O Establishment lhe dá uma plataforma para
atacar aqueles que alertam o Ocidente sobre as intenções de Pequim.
O professor Huang e sua laia são publicados prontamente em todos os
grandes jornais e revistas. De sua posição privilegiada, este estrangeiro da
China continental orienta a opinião americana. Quem é ele? O que ele
representa?
Foi interessante ler as muitas críticas positivas de alunos que ele recebeu
como professor na Universidade de Seton Hall. Mas entre elas há algumas
avaliações negativas: "Não gosto dele. Tem uma postura ruim em relação a
alguns alunos... " — e ainda mais específico: "Este homem é ignorante,
teimoso, desrespeitoso e muito difícil de compreender. Um comunista chinês
oculto." [Itálico meu.]
Parece ter havido animosidade entre este professor da China Vermelha e
um subgrupo de seus alunos americanos. Essa animosidade era ideológica? O
professor Huang tem uma dívida de gratidão para com o governo de Pequim?
Por que a revista Foreign Affairs o convidou para escrever uma peça de
propaganda?
Ou é propaganda?
O professor Huang defende boas relações entre a China comunista e os
Estados Unidos. Naturalmente, nenhum de nós quer uma guerra; mas os
comunistas chineses não são amigos de confiança. Eles cometeram muitos
crimes, prejudicaram a economia da América usando o comércio como arma
— roubando tecnologia, corrompendo o nosso sistema político com dinheiro,
tornando-nos dependentes de cadeias de suprimentos que agora são usadas
como armas de coerção econômica e médica.
Vemos, nesta prestigiosa revista, a revista do Council on Foreign
Relations, uma disposição para denegrir o nome de qualquer um que suspeite
que a República Popular da China tenha cometido uma grave violação de
tratado relacionada ao vírus da COVID-19. O artigo é um aviso claro a todo
escritor na América. Alinhem-se atrás do poder da China. Elogiem as boas
intenções da China. Critiquem severamente aqueles que alertem sobre uma
ameaça comunista chinesa.
Se você quiser saber com o que uma guerra biológica se parece,
contemple as nossas praças municipais vazias e os necrotérios
sobrecarregados da Cidade de Nova York. Se você quiser saber com o que a
guerra psicológica se parece, leia o artigo do professor Huang na Foreign
Affairs.[28]

O que o presidente Trump deve fazer para impedir


a invasão da China
17/04/2020

Um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo — na


esperança de que este o comerá por último.

WINSTON CHURCHILL

O Presidente dos Estados Unidos deve mudar publicamente a sua


posição sobre a China. No passado, o presidente Trump descreveu o
presidente da China, Xi Jinping, como seu "amigo". É necessário, neste
momento crucial, que o presidente Trump diga que o presidente Xi não é seu
amigo. Ele deve admitir, em vez disso, que Xi é inimigo da América. Fazer o
contrário é encobrir as muitas ações hostis do presidente Xi, seus
preparativos para a guerra e sua política de culpar a América pela pandemia.
É hora de o presidente dos Estados Unidos enfrentar a verdade — e
dizer a verdade — sobre Xi Jinping e o Partido Comunista Chinês. É hora de
retribuir inimizade com inimizade, retribuir a hostilidade da China comunista
e preparar-se para repelir a sua agressão. Pois ela tem usado a nossa abertura
e generosidade contra nós. Ela tem tomado a nossa gentileza por fraqueza.
Ela tem cometido traição contra a nossa boa-fé, e tem feito guerra contra a
nossa economia. Não podemos mais nos referir aos comunistas como
"amigos". Eles são inimigos.
Precisamos ouvir a verdade de nosso presidente sobre a quinta-coluna
da China comunista nos Estados Unidos. Essa verdade não deve ser
suavizada ou atenuada com as tolices de sempre acerca do livre comércio e
da paz; da concórdia doméstica ou da tolerância racial. Estamos numa
situação de vida ou morte agora. A propaganda inimiga e os propagandistas
do inimigo devem ser identificados e condenados ao ostracismo. Não
podemos permitir que agentes de influência comunistas virem o jogo, culpem
a América, condenem o patriotismo e abram o país ao ataque inimigo.
Em relação àqueles que desejam devolver o país à dependência
econômica da China: os regimes comunistas sempre usarão o comércio como
arma. Eles corromperão a todos e a tudo que tocarem — homens de negócios
e políticos, estrelas do esporte e produtores de Hollywood. Negociar com a
China comunista é uma tolice. Um tratado, para eles, é como uma crosta de
torta — algo que é feito para ser quebrado. A história do comunismo é longa
e a natureza criminosa de todos os regimes comunistas não pode ser negada.
Não há desculpa para ter relações com eles. Fazer parceria com eles é se
tornar parceiro deles no crime.
O presidente Xi tomou uma decisão consciente de permitir que o vírus
do PCC ficasse incubado em Wuhan até o Ano Novo Chinês — o maior dia
do calendário de viagens saindo da China. Os relatórios sobre o surto na
China não são ambíguos a esse respeito.
O que aconteceu em Wuhan foi dirigido — cada passo do caminho — a
partir do gabinete do Presidente Xi. Os oficiais do partido foram forçados a
permitir que as multidões se reunissem durante o feriado de Ano Novo em
Wuhan. Eles foram obrigados por Pequim a hospedar 40.000 pessoas na festa
da cidade, embora uma forma infecciosa de pneumonia viral estivesse se
espalhando pela cidade. As intenções de Xi podem ser lidas em dezenas de
reportagens e editais oficiais. Xi só permitiu que Wuhan combatesse a
pandemia depois que os visitantes da cidade tinham retornado aos seus países
— levando a infecção para a Europa, a Austrália e a América do Norte.
As decisões dos dirigentes chineses, nesse sentido, não foram
improvisadas. As decisões estratégicas chinesas são cuidadosamente
pensadas com antecedência. Já haviam decorrido anos de estudo a respeito de
vírus de morcego no laboratório de virologia Wuhan NBS-4. Na verdade, a
localização das instalações do NBS-4 em Wuhan desafia a lógica — a menos
que reconheçamos a notável previdência de Pequim.
A fim de lançar um ataque biológico, a China precisaria de um álibi para
evitar retaliações. O álibi teria dois lados: um álibi focaria em colocar a culpa
na América, o outro mascararia as intenções malévolas de Xi.
O álibi bilateral teria, por necessidade, as seguintes características: (1)
Para evitar retaliação contra a China, seriam plantados indícios quanto a
questões de segurança e um vazamento num laboratório de virologia chinês;
(2) para silenciar as críticas do público chinês, funcionários do Partido
Comunista afirmariam que a CIA ou os militares dos EUA plantaram o vírus
como parte de um ataque ao povo chinês.
Para tornar esses álibis paralelos executáveis ao mesmo tempo, os
planejadores chineses teriam primeiro considerado qual cidade chinesa um
inimigo atingiria numa guerra biológica. Como eixo central das
comunicações ferroviárias e fluviais da China, Wuhan seria a escolha lógica.
Portanto, os planejadores chineses teriam construído a sua estratégia em torno
de um cenário de infecção em Wuhan. Para tornar este cenário compatível
com o álibi do "laboratório com vazamento", o estrategista da China também
teria de colocar suas instalações NBS-4 em Wuhan, em vez de num local
mais remoto no deserto de Gobi.
É impraticável travar uma guerra biológica sem dar a primeira versão do
vírus ao seu próprio povo. Visto que um álibi é fundamental, Wuhan teve de
se tornar o centro da pandemia. O povo chinês seria o primeiro a sofrer.
Portanto, a versão inicial da arma seria projetada de acordo com os princípios
da guerra assimétrica, com a seguinte estipulação: primeiro, a arma
beneficiaria estrategicamente a China; segundo, ela prejudicaria o Ocidente.
Considere os efeitos do vírus. Ele normalmente mata os idosos e
doentes. Do ponto de vista darwiniano, o vírus favorece a sobrevivência do
mais apto. Para um país superpovoado como a China, esse surto viral é útil
para diminuir o rebanho. Considerando meio século sob a "política do filho
único" da China, esse rebanho é não só muito grande, mas também muito
velho. Enquanto isso, a América e o Ocidente estão irrevogavelmente
comprometidos em proteger os membros mais fracos e menos aptos da
sociedade. Podia-se confiar que o Ocidente gastaria incontáveis trilhões para
deter o vírus. A China sofreria um breve choque, é claro, e perdas
econômicas, mas essas perdas seriam compensadas no final. A China
receberia ordens de voltar ao trabalho — com incontáveis cidadãos idosos
lacrados vivos em sacos de cadáveres para cremação.
Você acha que tal plano é monstruoso demais para alguém como Xi
Jinping?
Xi Jinping é comunista. Seus heróis são Mao, Hitler e Stalin — os três
maiores assassinos em massa da história. Percebe um tema em comum aqui?
Ora, vamos! Uma pessoa assim é tranqüilamente capaz de sacrificar os
idosos! Por que ele hesitaria nessas circunstâncias?
Xi Jinping não é uma pessoa normal. Ele pertence às antigas tradições
maquiavélicas da filosofia chinesa. Ele está imerso nos escritos de Sun Tzu e
Han Fei-Tzu. Esses pensadores acreditavam no uso implacável da força e da
fraude. Eles se opunham à idéia de que os governantes pudessem ser amigos.
Essa idéia, na tradição legalista chinesa, é criticada como perigosa. Portanto,
Xi não é amigo do presidente Trump.
Em 1999, eu entrevistei um famoso dissidente chinês, Harry Wu. Ele
passou dezenove anos no sistema de campos de Lao Gai. Quando pedi a Wu
para descrever os líderes da China, ele disse: "Eles são assassinos."
Como o presidente Trump pode ser amigo de um assassino? Xi Jinping
aprisiona e executa cidadãos chineses honestos por dizerem a verdade. E,
como todos os assassinos, Xi Jinping mente — nem que seja só para esconder
os seus muitos crimes.
Os serviços de inteligência de Xi Jinping têm usado o comércio
internacional e os acordos corporativos para se infiltrar em nosso sistema
político, roubar nossa tecnologia e minar a nossa economia. Seus agentes
usaram o dinheiro como uma cenoura e uma vara. Eles compraram políticos.
Corromperam a nossa mídia. Entraram em nossos institutos de pesquisa.
Os agentes do presidente Xi infestam Washington. Alguns de nós acham
que esses agentes deveriam ser expulsos. Dê-nos uma boa razão para que lhes
seja permitido permanecer em nossa capital? — e dê-nos uma razão que não
esteja manchada de covardia ou ganância.
Pense, agora, no que está por vir. Pergunte a si mesmo para onde o
nosso relacionamento com a China comunista está nos levando. Xi Jinping é
um seguidor de Mao Zedong. Em 1958, Mao deu a seus generais uma
diretiva estratégica. Ele disse: prepare o Exército de Libertação Popular para
o dia em que as tropas chinesas desembarcarão em Manila e São Francisco.
Essa diretiva ainda está em vigor. Como sabemos? Porque a China
construiu uma frota anfíbia com alcance de seis mil milhas.[29] Este é
exatamente o alcance necessário para desembarcar tropas chinesas na costa
oeste dos Estados Unidos — em São Francisco. Duas divisões foram
preparadas para um desembarque imediato (a fim de proteger as instalações
portuárias). Alguém acha que Xi precisava de transportes anfíbios com
alcance de seis mil milhas para invadir Taiwan? Vencer Taiwan não o leva a
lugar nenhum. Taiwan não é o seu objetivo principal. Ele precisa vencer os
Estados Unidos. Se a América perder uma guerra, Taiwan se renderá sem
lutar. Qual é, então, o sentido de invadir Taiwan?
Ignore-o!
Quando um país desenvolve capacidades militares, como uma frota
anfíbia com alcance de seis mil milhas, você tem de começar a prestar
atenção caso você esteja a seis mil milhas de distância. O pensamento
estratégico orienta o desenvolvimento da força chinesa. O alcance de ataque
dessas tropas não foi atribuído ao acaso.
Considere a grande estratégia por trás dos preparativos de guerra de Xi:
as armas biológicas enfraquecem, depois incapacitam o país-alvo. Armas
nucleares e mísseis de cruzeiro, lançados de locais escondidos, podem
destruir os recursos navais, aéreos e estratégicos da América. A frota anfíbia
da China depois desembarca na costa oeste e guarda as instalações portuárias
para navios mercantes de reforço carregados com homens, tanques e
artilharia.
A invasão dos Estados Unidos pela China é possível? Sim — é mais do
que possível. Os chineses estão se preparando para nos invadir há décadas.
Eles têm estocado suprimentos no México em segredo, como o jornalista
Scott Gulbransen ficou sabendo há muitos anos. Ele publicou suas
descobertas em um livro, The Silent Invasion.
Há um antigo ditado chinês atribuído a Lao Tzu: "Uma jornada de mil
milhas começa com um único passo."
Anos atrás, o general Chi Haotian, ministro da Defesa da China, fez um
discurso para altos funcionários do partido. Ele falou de um futuro ataque
biológico "para limpar a América". Ele disse que a ameaça de Pequim a
Taiwan era diversiva. O verdadeiro plano, disse ele, era invadir e ocupar os
Estados Unidos.
Há dezoito anos, uma jornalista britânica entrou em contato comigo. Ela
tinha estado junto com uma equipe de um filme documentário, entrevistando
marinheiros chineses durante exercícios anfíbios ao largo da costa da China.
Ela perguntou como eles se sentiam em relação a praticar uma invasão a
Taiwan. Os marinheiros ficaram perplexos. "Não estamos praticando para
invadir Taiwan", disseram a ela. "Estamos praticando para invadir a
América."
Quando os oficiais militares chineses perceberam o que a tripulação
britânica havia descoberto, eles confiscaram as câmeras e as gravações. Ela
contou suas experiências a colegas no Reino Unido — mas foi marginalizada
por ser "anti-chineses". Ela soube do meu trabalho por meio de um leitor e
me contatou. "Ouça", ela disse, "eu prejudiquei minha carreira. Mas preciso
contar a alguém na América. Você precisa prometer que não usará meu nome
ao contar esta história. Eu tenho que ganhar a vida. Tenho que retomar minha
carreira."
Xi Jinping não é amigo do presidente Trump. Ele é inimigo da América.
Os chineses têm se preparado para a guerra. Seus aliados russos, iranianos,
cubanos e norte-coreanos também têm se preparado.
Represento um número crescente de americanos que não querem ouvir o
presidente Trump se referir a Xi Jinping como seu "amigo". Xi é um ditador
assassino e é nosso inimigo. Precisamos que o presidente Trump reconheça
isso.
Não há um momento a perder.

As mentiras em que acreditamos


23/04/2020

As pessoas que trouxeram Vladimir Putin de São Petersburgo para


Moscou nunca se importaram com suas credenciais como
especialista em desenvolvimento de negócios. Para eles, ele era um
especialista em controle de negócios. Durante todo o tempo em que
Putin trabalhou em São Petersburgo, ele desempenhou um papel
oficial como vice-prefeito e presidente do Comitê [para Relações
Exteriores], mas, nos bastidores, o Sr. Putin operava em sua
identidade mais importante — o Oficial de Caso.[30] Em São
Petersburgo, Vladimir Putin era um 'operativo'. Os empresários não
eram sócios, mas alvos.

— FIONA HILL AND CLIFFORD GADDY


MR. PUTIN: OPERATIVE
IN THE KREMLIN, P. 166

A maioria das pessoas, incluindo jornalistas e líderes políticos, tem uma


idéia errada sobre a "queda da União Soviética" e as mudanças na Rússia.
Elas também têm uma idéia errada sobre a China.
Entre um disparate absoluto repetido na televisão e a sutil interpretação
errônea de especialistas, a ameaça da Rússia e da China passou despercebida.
Esses dois países têm cultivado uma imagem enganosa de si mesmos. Eles
têm mascarado as suas intenções hostis; e, apesar do mau comportamento de
Moscou e Pequim durante a pandemia viral, ainda não estamos aprendendo.
THE SOVIET MAFIA, P. 266.

Voloshin explicou ainda como criminosos eram recrutados pelos


políticos: "Nós 'fisgamos' essas pessoas, deixando-as escapar de pequenos
crimes... depois disso, elas cumprem cuidadosamente as nossas ordens".

Nós [comunistas] operamos como sempre operamos, exceto que


adotamos um perfil mais discreto e mudamos nossas táticas.
Paramos de tomar medidas de proteção... mas apenas coletamos
informações... que nos capacitarão... quando chegar o momento
certo. Todo mundo aqui amaldiçoa as reformas e espera a queda da
democracia, e isso vai acontecer mais cedo do que você pensa. E o
exército está por trás de nós também.
IBID, P. 266-67.

Voloshin acrescentou: "A única coisa que pode nos salvar é uma
dissolução completa da KGB..." Obviamente, livrar-se da KGB nunca fez
parte do plano. Na verdade, a KGB tornou-se mais poderosa do que nunca,
sendo crucial para a fachada capitalista da falsa liberalização da Rússia. Aqui
estava um processo de reforma que o acadêmico polonês Wisla Suraska
caracterizou como uma "sociedade civil apadrinhada pela polícia"
trabalhando rumo a uma "revolução apadrinhada pela polícia". (How the
Soviet Union Disappeared, p. 49.)
Sem submeter o leitor a uma avalanche de livros e análises, eis aqui
apenas uma pitada de escritos inteligentes sobre o processo que
estupidamente proclamamos como "o colapso do comunismo" ou o "fim da
Guerra Fria". Conforme observado por um oficial soviético, Georgi Arbatov,
em dezembro de 1988, o plano de Gorbachev era "retirar a imagem do seu
inimigo". A substância desse inimigo permaneceria, preparando-se para a
guerra enquanto o Ocidente relaxava sua vigilância.
É vergonhoso que tenhamos sido enganados pelos russos e seus aliados
chineses. Analistas conservadores como Sean Hannity e Patrick Buchanan,
que não se dignariam a ler Hill e Gaddy, se contorceriam ao ouvir falar da
catimba enganosa de Putin. A verdade não apenas confundiria esses analistas,
mas também os afastaria de sua narrativa favorita — a saber, a de como
Ronald Reagan venceu a Guerra Fria.
Começar com um erro no início de sua análise é construir um edifício de
erro, até que a verdade desapareça de vista. E como nossos conservadores
perdidos voltam? Como eles refazem seus passos? Quem tem a humildade de
voltar pelos últimos trinta anos?
Se você pegar todos os escritos especializados sobre o tema da China,
sobre o tema da Rússia, sobre o tema da guerra nuclear, você encontrará um
país desconhecido. As opiniões dominantes de hoje, construídas sobre
alicerces de incompreensão e erro, estão recheadas de inverdades. A primeira
e maior dessas inverdades? —

O COLAPSO DO COMUNISMO

Os conservadores se felicitaram, várias e várias vezes, por derrotarem o


comunismo. Porém eles não fizeram tal coisa. É um caso clássico de
presunção. Para mostrar o quanto é ilusória essa presunção, lembre-se do
cancelamento do Desfile do Torneio das Rosas em Portland, Oregon, durante
2017. Ela foi cancelada porque os comunistas ameaçaram de violência contra
os republicanos programados para participar.[31]
Os comunistas sempre foram um grupo pequeno. Mas sempre exerceram
um poder e uma influência acima do que seus números reais poderiam
sugerir. Por quê? Porque possuem um zelo missionário. Porque são
implacáveis. Porque são mais bem organizados, melhores em estratégia,
melhores em se infiltrar, sabotar e assumir o controle.
Impedindo um desfile das rosas em Oregon, os comunistas flexionaram
seus músculos numa cidade importante. Mas, em outro lugar da América do
Norte, os comunistas tornaram-se donos de um país inteiro. Considere o
artigo de Evan McGuire de 2018 no American Spectator: "A Cold War
Communist is Still Killing People in Nicaragua" ("Uma guerra fria comunista
ainda está matando gente na Nicarágua"). Ah, sim. Reagan venceu a Guerra
Fria, mas os sandinistas estão governando a Nicarágua como antes.[32]
Considere o que aconteceu na Venezuela. Segundo Luis Henrique Ball,
no Pan American de 17 de dezembro de 2017, o prêmio rico em petróleo da
América Latina foi convertido em um reduto comunista por meio de uma
estratégia de incrementalismo socialista. O que tornou isso possível? Os
nossos conservadores tornaram possível, porque não estavam mais
preocupados com a difusão do marxismo-leninismo. Por quê? Porque foram
enganados de forma a acreditar que o comunismo colapsou.
É uma situação desastrosa. A "teoria do dominó" foi superada pela
"história do dominó", em que um país após o outro sucumbe ao comunismo.
Infelizmente, a chamada "queda da União Soviética" não marcou o fim da
expansão comunista, mas abriu uma nova fase — na qual o comunismo
avançou de vitória em vitória, irreconhecível e desimpedido.
A África do Sul foi o primeiro grande prêmio a ser conquistado pelos
"extintos" comunistas depois de 1991. Enquanto o Ocidente celebrava uma
vitória imerecida sobre o leninismo, os leninistas davam muitas risadas. O
progresso do comunismo na África do Sul é uma longa história. Na década de
1950, o Partido Comunista da África do Sul ordenou que seus membros
ingressassem no Congresso Nacional Africano (CNA). Como Richard
Monroe apontou em seu Lessons of the 1950s (Lições dos anos 1950), "Tudo
o que os comunistas fizeram foi feito por meio do movimento do Congresso...
Exceto por um ou dois casos menores, nada foi feito pelo PC [Partido
Comunista] que estivesse em conflito com a política do Congresso."[33]
Como registra a história, o Partido Nacional cedeu seu monopólio de
poder ao Congresso Nacional Africano (CNA) em 1994. Pelos últimos 26
anos, a África do Sul tem sido um Estado de partido único governado por
comunistas do CNA que seguiram a mesma estratégia gradualista usada por
Hugo Chávez na Venezuela. Mais uma vez, um país estratégico foi
conquistado.
Estratégico de que maneira?
A África do Sul está situada na rota marítima do Cabo da Boa
Esperança, usada pelos petroleiros europeus que retornam do Golfo Pérsico.
A África do Sul também é o "depósito de minerais" da África. O controle
deste país pelo bloco comunista, durante a Guerra Fria, teria assustado os
estrategistas ocidentais. Em termos militares/econômicos, o bloco agora
desfruta de um monopólio dos metais — com implicações paralisantes para o
espaço aéreo americano. Mas nenhum alarme foi disparado. Os
conservadores não se importam com quem governa a África do Sul —
contanto que o fluxo de metais preciosos continue. O Ocidente logo
descobrirá o seu erro quando a ofensiva econômica do bloco comunista se
acelerar. Essencialmente, a África do Sul é agora um país do bloco comunista
governado pelo Congresso Nacional Africano — uma falsa frente por trás da
qual se escondem russos e chineses.
Como o Zimbábue e a Namíbia, a Angola e o Congo, a África do Sul
virou comunista. Em cada país, somos enganados acerca dos governantes,
que fingem ser democratas. Mas eles não são democratas. Mais uma vez, a
nossa própria presunção leva a melhor sobre nós. Esses países estão do lado
da China. Eles estão do lado da Rússia. E esse não é um assunto menor.
O mito do "colapso do comunismo" poderia se transformar em um livro
muito grosso. Mas quem compraria tal livro? A preferência do mercado está
clara. As pessoas anseiam por mentiras. Elas querem mitos. Os comunistas
têm fomentado esses mitos. Como Lenin disse no advento de sua Nova
Política Econômica em 1921: "Diga aos capitalistas o que eles querem ouvir."

UMA GUERRA NUCLEAR NÃO PODE ACONTECER

As pessoas adoram bobagens, especialmente sobre guerra e paz. É muito


reconfortante imaginar que ninguém vai lançar uma guerra nuclear. Também
é ingênuo. Existem pessoas neste mundo que gostam de matar, que gostam de
destruir coisas, e encontram uma alegria auto-afirmativa na aniquilação pelo
amor à aniquilação.
O mundo normal — o mundo civilizado — nunca explorou realmente o
abismo do comunismo (como um fenômeno psicológico). Não perceberam
que um espírito de destruição pelo amor à destruição havia aparecido junto ao
marxismo. Não conseguiram entender o destino que os aguardava quando
esse espírito se apossou de armas nucleares e biológicas. Não conseguiram
entender que essas armas seriam usadas — com explicações razoáveis
empregadas a favor do uso. Aqui, a tarefa da razão, no fundo, operaria de
acordo com um espírito de destruição.
Assim que as potências totalitárias obtivessem a bomba, uma guerra
catastrófica seria apenas uma questão de tempo. É apenas a ilusão de ótica do
momento, quando pessoas normais projetam o seu próprio pensamento sobre
os governantes totalitários, que imaginamos um regime perpétuo e bem-
sucedido de moderação global.
A ilusão de paz perpétua é endossada plutocraticamente, na teoria e na
prática, pelo hedonismo de mercado. Aqui, a auto-indulgência é transferida
para a política nacional — para a manutenção cada vez mais pobre de nosso
meio de dissuasão nuclear. Nós simplesmente não acreditamos em guerra
nuclear. Não acreditamos em abrigos antiaéreos ou defesa contra mísseis
balísticos. Há algo inerentemente louco, ou perigoso, em pensar a respeito.
Mas se não podemos pensar a respeito, como vamos nos defender contra ela?
E esse é o ponto. Há muito tempo deixamos de levá-la a sério. Mas a Rússia e
a China continuam fabricando bombas e mísseis. Enquanto isso, os nossos
apodrecem em seus silos.
E assim dizemos a nós mesmos que uma guerra nuclear não pode ser
vencida. Acreditamos que essas armas podem "destruir o planeta" muitas
vezes seguidas. Imaginamos que existe um "equilíbrio de terror". Mas essas
são histórias que você conta a crianças. A realidade é muito diferente.
Orienta-se aos leitores que consultem o livro de Peter Vincent Pry, Nuclear
Wars: Exchanges and Outcomes — que é o Volume II de sua obra maior, The
Nuclear Balance. Os leitores também devem consultar The ABM Treat
Charade, de William Lee, o clássico Soviet Military Strategy, de
Sokolovskiy, e The Offensive, de Sidorenko.
Ou informar-se a respeito de Ted Bundy, o assassino em série. Ele é um
bom modelo para este assunto. Ele se apresenta como um ser humano
benigno, amigável e racional. Porém ele é na verdade assassino, malicioso e
irracional. Coloque esse tipo de pessoa junto com armas de destruição em
massa e você terá o casamento perfeito. Nesse caso, é claro, o noivo já
encontrou a sua noiva.
É, mais uma vez, a presunção do Ocidente — e a presunção de todas as
pessoas "normais" — de que tal casamento nunca poderá acontecer. E assim,
ano a ano, a nossa vigilância se atenua. Nós compramos a conversa enganosa
dos totalitários. Queremos acreditar neles. Em tempo, eles nos farão um
ataque nuclear. O que os impedirá?

A AMÉRICA É INVENCÍVEL

Sempre se acredita em um mito lisonjeiro — para a ruína de quem


acredita. A vida é cheia de lições duras, pancadas duras e cabeças duras.
Muita gente nascida após a Segunda Guerra Mundial age como se os Estados
Unidos fossem indestrutíveis. Isso serve para explicar a sua predisposição
para políticas destrutivas, comportamentos destrutivos e pensamento
destrutivo.
Quando a sobrevivência de uma sociedade ou país é tida como certa, e
todo tipo de experimentação social é realizado em conseqüência dessa
opinião, pode ter certeza de que uma enorme pilha de escombros será o
legado.
Veja a geração "baby boomer": ela cresceu em um país que venceu os
nazistas e o Japão imperial. Era tão rico, tão poderoso, que nada lhe poderia
fazer mal. Então fez-se o mal em grande medida. O tecido da sociedade não
foi tratado com gentileza ou respeito. Tudo foi submetido a críticas
implacáveis. Maternidade, patriotismo, palmada, honestidade, sobriedade,
castidade, bom senso, anticomunismo. Tornou-se moda ridicularizar ou
diminuir esses itens. Quanto mais eram associados ao passado, mais eram
ridicularizados.
Na década de 1980, a "manhã na América" de Ronald Reagan passou ao
primeiro plano, como se a República já não estivesse cambaleando devido a
feridas internas. A verdadeira situação foi encoberta e a falta de sinceridade
ganhou maior liberdade. Esse foi o contexto no qual abraçamos Gorbachev e
transformamos a China em um colosso. Fizemos isso com um Semblante
Feliz do Reagan.
Invencível? Não. Estúpida e auto-enganadora? Sim. Nada aqui é
intrínseco à invencibilidade. Tudo conspira para despir o todo, preparando o
caminho para um niilismo destrutivo. O que temos, na América, é uma série
de doenças — e a COVID-19 é a menor delas.
Fora esses pontos, não há países invencíveis — especialmente numa
época como a nossa. Armas biológicas e nucleares podem destruir qualquer
país a qualquer momento. Especialmente, elas podem destruir um país que se
recuse a lidar de forma realista com elas; um país que queira viver como se
essas armas não exigissem mais de nós.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tudo escrito aqui é inadequado. Mas há, não obstante, valor no que está
escrito, nem que seja só como um ponto de partida. Não poderemos seguir
em frente a menos que dispensemos os mitos corruptores listados acima. Mas
como podemos superar esses mitos?
Uma montanha de mal-entendidos não é removida por uma única frase,
um parágrafo ou um ensaio. Palavras não são suficientes para remover tal
montanha. Mas as palavras devem ser pronunciadas, não obstante. E devem
ser pronunciados na cara daqueles que discordam com veemência.
Talvez o mais desconcertante em escrever estes ensaios seja a má
qualidade dos críticos. É cansativo ser criticado por coisas nunca ditas — por
coisas que outras pessoas imaginaram; por exemplo, que defendo a guerra
com a China, o Irã ou a Rússia; ou que eu quero que a América ocupe o
Oriente Médio — ou que domine o mundo.
Fui presenteado, esta semana, com vários e-mails de um escritor
libertário que se gabava de ler este site — apesar de ter opiniões que eram "o
oposto" das minhas. Ele se parabenizava por sua mente aberta, lembrando-me
que "o patriotismo é o último refúgio de um canalha". Ele apontou os gastos
supérfluos do Pentágono, repreendendo-me por ser um "belicista" que busca
converter os outros ao "belicismo". Ele disse, em essência, que eu não
deveria me preocupar com os crimes da China comunista, quando os Estados
Unidos assassinavam centenas de milhares de pessoas inocentes no Oriente
Médio.
Com toda certeza, ele insinuou que eu era um propagandista de
assassinos de bebês. Ele perguntou como eu podia dizer que a América é boa
enquanto a China é má. A China não bombardeou o Iraque, observou ele. A
China não invadiu o Afeganistão. Se eu fosse uma pessoa moral, estaria
preocupado com a imoralidade dos americanos, não com a imoralidade dos
comunistas chineses. Ele disse que a China não era uma ameaça porque o
nosso arsenal nuclear nos protege. Minhas preocupações, disse ele, eram,
portanto, "tolas".
Ele reclamou que minha resposta subseqüente foi "condescendente".
Mas de que outra forma eu deveria responder a um imbecil? Uma resposta
respeitosa teria soado sarcástica. Acusado de ser um canalha e um belicista,
uma resposta amigável teria soado subserviente, covarde, talvez até
choramingueira.
O patriotismo é o último refúgio de um canalha? Defender o país contra
a China ou a Rússia é ser "belicista"?
Meu crítico entende mal o significado da palavra "patriotismo". A
palavra se refere ao amor paternal e à preocupação com o próprio país. Ela
não significa o elogio desmedido ao próprio país, ou gabar-se da bandeira.
Não tem nada a ver com tornar a América "grande de novo". O que expresso,
em meus escritos, é uma preocupação real quanto à sobrevivência do meu
país. É a única expressão genuína de patriotismo que conheço. Agora,
consideremos o que significa classificar essa expressão genuína como "o
último refúgio de um canalha".
Quem é que vive sem se preocupar com seu país? Quem é que não dá
valor ao seu país? Quem é que, com eloqüência, mete o pau em seu país por
conta de sua ideologia? Quem é que ridiculariza expressões de genuína
preocupação patriótica como "tolas"? Este é um patriota? Não. O que é que
um escritor assim ama? A verdade? O seu país? Ou o som de suas próprias
palavras vazias?
Se estou errado, NÃO é porque sou um canalha. Se a guerra estourar,
NÃO será por causa do meu "belicismo". Parece que existem duas
abordagens para este assunto. Somente uma é motivada por uma preocupação
genuína com o país. A outra não é absolutamente nada séria.

Crise econômica e agitação política


29/04/2020

Você está travando uma guerra econômica no Texas!

— SENADOR TED CRUZ


AO EMBAIXADOR SAUDITA

O desertor da KGB Anatoliy Golitsyn, que previu com sucesso todos os


estágios da estratégia de longo alcance do bloco comunista em 1984, nos
alertou sobre "as armas econômicas do bloco": grãos e petróleo. Podemos ver
facilmente que os metais preciosos também fazem parte deste jogo.
Conforme os eventos se desenrolam, fica cada vez mais óbvio que a América
está sob intenso ataque econômico.
A China, a Rússia, o Irã e países associados estão aplicando pressões
generalizadas para trazer os aliados dos Estados Unidos para o seu campo;
mais recentemente, alguns observadores acreditam que a Arábia Saudita se
voltou contra Washington. Em resposta ao colapso da demanda de petróleo,
os sauditas não reduziram a sua produção de petróleo. Em vez disso, eles a
aumentaram — devastando a indústria de petróleo da América.
Claro, os sauditas se ressentem da independência energética americana.
Eles se ressentiram de nosso abandono passado de seu amigo, o presidente
Hosni Mubarak do Egito. Eles também se ressentem de nosso apoio ao
governo da maioria xiita no vizinho Iraque. Do ponto de vista deles, nós não
somos os aliados confiáveis de décadas passadas. Somos atrapalhados,
erráticos e irritantes.
O ressentimento é a mãe de toda traição. E como temos — por tantos
anos — acreditado nas mentiras da Rússia e da China, por que não
acreditaríamos nas mentiras sauditas? Assim, os sauditas aumentam a sua
produção de petróleo no meio de uma superabundância, derrubam o preço do
petróleo para menos de zero, e fingem que estão fazendo isso para prejudicar
a Rússia quando a coisa toda é quase com certeza idéia da Rússia. Quem é o
grande vencedor neste jogo? A República Popular da China consegue
acumular milhões de barris de petróleo barato. A Rússia e a Arábia Saudita
levam os produtores de petróleo americanos à falência. A economia dos
EUA sofre um grande golpe quando menos pode gastar.
Eis uma vitória estratégica de significado incalculável. Parece que
Moscou e Pequim persuadiram a Arábia Saudita a se alinhar com eles; pois
como pode a relação entre Riade e Washington ser restaurada depois que o
mercado de energia dos Estados Unidos foi tão devastado? Uma ruptura
inevitável — embora oficialmente negada — deve ocorrer. E haverá um
golpe financeiro também, quando o dólar for atacado na próxima rodada de
batalha. Eis o Rubicão de Riyadh. Não há retorno. E não devemos esquecer
uma velha regra da política beduína: a traição leva o traidor a se tornar mais
paranóico que sua vítima; pois o traidor deve ficar na expectativa do troco e,
a partir daí, deve distanciar-se de sua vítima.
Se for assim, estamos no início de uma seqüência muito desesperada de
eventos, em que a guerra econômica se torna o coração e a alma do Grande
Jogo. É fácil prever que a guerra econômica contra os Estados Unidos se
intensificará. A China e a Rússia usarão todas as suas armas econômicas — e
está claro que estão se preparando há muito tempo.
A idéia aqui é paralisar a economia dos EUA, evitar preparativos de
guerra eficazes dos EUA, distrair as autoridades políticas com agitação
interna, forçar a desvalorização da moeda, colapsar as receitas fiscais e incitar
a violência doméstica entre vários campos políticos, e separar a América de
seus aliados.
Se a Arábia Saudita se uniu ao bloco Moscou-Pequim, a pressão
aumentará para que outros países mudem de lado. A realidade econômica que
desponta será sombria, de fato, para qualquer nação que estiver com a
América; pois a América — como defensora do Ocidente — é o alvo
principal. Qualquer nação que se voltar contra os Estados Unidos receberá
um salvo-conduto. Qualquer nação que se oponha ao bloco Moscou-Pequim
sofrerá de maneira correspondente.
Sérias pressões econômicas e financeiras serão aplicadas contra o Japão,
a UE, a Austrália, a Índia, o Brasil, etc. Se esses poderes derem lugar à
Rússia e à China, o isolamento econômico da América estará assegurado. A
América então sofreria um lento estrangulamento, um colapso econômico e
turbulência na política interna. Mesmo que o Ocidente se mantenha firme, as
armas econômicas do bloco serão empregadas, uma a uma. O abrandamento
da resistência aliada será encorajado a cada passo do caminho. Leremos e
ouviremos que a China é o líder econômico do mundo. Quem é que ousa
romper seus laços econômicos com a China? Países pequenos e atrasados
tremerão.
A ameaça contra o Japão e a Europa envolverá a negação de recursos
estratégicos vindos do Oriente Médio e da África. Moscou e Pequim
certamente farão uma série de jogadas devastadoras — preparadas há muito
tempo. O ataque à indústria de petróleo americana, com o colapso dos preços
do petróleo, é apenas o começo. A China e a Rússia têm acumulado ouro e
recursos estratégicos há décadas. Eles estão nos sitiando, tendo já separado os
suprimentos necessários para uma luta prolongada. Suas unidades militares
foram modernizadas, seus arsenais nucleares, atualizados — tudo de
prontidão antes dos distúrbios econômicos calculados para impedir que os
Estados Unidos jamais as alcancem.
As pessoas na Rússia e na China estão sofrendo economicamente? Sim.
Elas sofrem como os súditos de regimes autocráticos estão destinados a sofrer
— em todas as épocas, para sempre. Na China, as fileiras da Polícia Armada
do Povo aumentaram. Uma revolução contra o regime é impossível. A sua
organização é totalmente voltada para a segurança e para esmagar a
dissidência. A desobediência é punível com a morte. Quem é que ousa se
opor ao Partido Comunista Chinês? O seu poderio é medido em milhões de
soldados armados, mísseis, armas nucleares e uma marinha de alto mar com
vistas a controlar o Oceano Pacífico.
A preparação russa e chinesa para a atual fase de guerra econômica foi
longa e árdua. Todos os presidentes americanos, de Reagan a Obama,
voluntária ou involuntariamente ajudaram os russos e chineses a obter as
vantagens que eles agora brandem contra nós. Washington tomou uma
decisão consciente de fortalecer a China. Os Estados Unidos estão atualmente
vulneráveis à guerra econômica de Moscou e Pequim. Isso também se deve a
anos de irresponsabilidade fiscal e maus hábitos nacionais. Durante décadas
de prosperidade, incentivamos o endividamento — em todos os níveis de
governo e no setor privado. O Congresso deu dinheiro a vários grupos de
interesse. Os pagamentos de assistência social dispararam. As pensões
dispararam. O Obama Care foi instituído e ninguém teve coragem de derrubá-
lo. Políticos até sugeriram o conceito de "renda garantida". Foi tudo uma
loucura. Não podíamos pagar por nada disso, nem pelas aventuras militares
que se seguiram à provocação do 11 de setembro. Enquanto isso, nossos
inimigos observavam de longe, encorajados por nossa falta de visão,
Uma crise econômica sem precedentes está agora em andamento. Esta
crise terá efeitos políticos diferentes de tudo que já vimos. Não é exagero
dizer que os choques já administrados exigirão grande paciência e disciplina
do povo americano, além de grande habilidade política. Imagine milhões de
americanos desesperados sem trabalho, enfrentando escassez de alimentos.
Imagine um governo federal falido — e estados, condados e municípios
falidos. Todos falidos ao mesmo tempo.
A divisão entre direita e esquerda será exacerbada. A esquerda dirá que
o capitalismo falhou. Uma espiral descendente começará, impulsionada pelo
público eleitor. Seremos levados pela esquerda a destruir nossos recursos
econômicos por causa de uma falha em nossa ideologia política dominante.
O grande historiador britânico Lord Macaulay previu o futuro
desmoronamento da economia americana em uma carta escrita em maio de
1857. A previsão de Macaulay foi baseada em sua análise das instituições
americanas. Discutindo a vida de Thomas Jefferson com um autor americano,
Macaulay escreveu: "Você está surpreso ao saber que não tenho uma opinião
elevada sobre o Sr. Jefferson e estou surpreso com a sua surpresa. Estou certo
de que nunca escrevi nenhuma linha e… proferi nenhuma palavra indicando
uma opinião de que a autoridade suprema em um estado deveria ser confiada
à maioria dos cidadãos [contados] por cabeça; em outras palavras, à parte
mais pobre e ignorante da sociedade."
De acordo com Macaulay, os Estados Unidos estavam se tornando cada
vez mais democráticos ao longo do século XIX. E essa tendência, ele
argumentou, era perigosa para a liberdade e para o bem-estar econômico do
país. Como Macaulay explicou: "Há muito tempo estou convencido de que
instituições puramente democráticas devem, mais cedo ou mais tarde, destruir
a liberdade ou a civilização, ou ambas."
Macaulay apontou para a Revolução Francesa e para a tendência dos
movimentos democráticos de espoliar os ricos. "Você pode pensar que seu
país goza de uma imunidade contra esses males", escreveu Macaulay a seu
correspondente americano. "Vou confessar-lhe francamente que tenho uma
opinião muito diferente. Acredito que o seu destino é certo, embora seja
adiado por uma causa física. Desde que vocês tenham uma vasta extensão de
terra fértil e desocupada, a sua população trabalhadora estará muito mais à
vontade do que a população trabalhadora do Velho Mundo e, enquanto for
esse o caso, a política de Jefferson pode continuar a existir sem causar
qualquer calamidade fatal."
Em algum momento, obviamente, os Estados Unidos terão de se encher
de gente. Serão obrigados a perder as suas vantagens econômicas. "[C]hegará
o momento", observou Macaulay, "em que a Nova Inglaterra estará tão
densamente povoada quanto a velha Inglaterra. Os salários serão tão baixos e
oscilarão tanto com vocês quanto conosco." A América então será
urbanizada, com uma grande população de "artesãos". Então acontecerá que
um grande número desses artesãos às vezes ficará sem trabalho. "Então as
suas instituições serão justamente colocadas à prova", escreveu Macaulay. "A
aflição em toda parte torna o trabalhador rebelde e descontente, e o deixa
inclinado a ouvir com avidez os agitadores que lhe dizem que é uma
iniqüidade monstruosa que um homem tenha um milhão, enquanto outro não
consegue obter uma refeição completa."
Com o poder supremo nas mãos de uma multidão descontente, que tipo
de governo provavelmente elegerão? Seria um governo comprometido com
"a segurança da propriedade e a manutenção da ordem"? Ou seria um
governo que atravessa tempos difíceis roubando os ricos "para assistir os
indigentes"? Em algum momento, escreveu Macaulay, a tendência
jeffersoniana dos Estados Unidos resultará na destruição da propriedade, na
pilhagem dos abastados. "É bastante claro que o seu governo jamais será
capaz de conter uma maioria aflita e descontente. Pois com vocês a maioria é
o governo, e os ricos, que são sempre uma minoria, estão absolutamente à sua
mercê."
Como vemos hoje, todos os níveis de governo na América estão
engajados em aliviar a aflição dos pobres e desempregados, e também vemos
que isso é feito atualmente pela tributação dos ricos assim como pelo
endividamento. Atualmente, os Estados Unidos têm o sistema de imposto de
renda mais progressivo do mundo industrializado. O problema aqui, em
relação ao futuro, é o papel desempenhado pelos ricos no investimento e no
progresso econômico geral. Sem os ricos, não há oportunidade econômica
futura para os pobres.
O processo sobre o qual Macaulay escreveu, como qualquer pessoa com
olhos pode ver, está agora a ponto de terminar. A crise da COVID-19 levou
as coisas ao ápice. Macaulay explicou a seu correspondente americano: "Eu
seriamente tenho o receio de que vocês, numa época de adversidade como a
que descrevi, farão coisas que impedirão a prosperidade de retornar, que
agirão como pessoas que em um ano de escassez devorão todos os grãos de
milho, e assim farão com que o próximo ano seja não de escassez, mas de
fome absoluta. Haverá, temo eu, espoliação. A espoliação aumentará a
aflição. A aflição produzirá nova espoliação. Não há nada para pará-los. A
sua constituição é toda vela e nenhuma âncora." À medida que o processo de
desmoronamento continua, acrescentou ele, "Ou algum César ou Napoleão
tomará as rédeas do governo com mão forte, ou a sua república será tão
terrivelmente saqueada e devastada pelos bárbaros... quanto o Império
Romano..."
Os "bárbaros" que estavam à espreita são os russos e os chineses. A
demagogia comunista que eles apoiaram na África e na América Latina,
especialmente em seu controle da Venezuela e da África do Sul, baseia-se na
dinâmica que Macaulay descreveu em 1857. Quando as pessoas estão lutando
na pobreza, por que não encorajá-las a espoliar os ricos e assim dar o poder à
esquerda militante (que trabalha em estreita colaboração com Pequim e
Moscou)? Eis a dinâmica de uma revolução socialista popular. Do jeito que
as coisas estão acontecendo agora, esse processo destrutivo se alinha
diretamente com a estratégia de guerra assimétrica do Partido Comunista
Chinês.
A guerra econômica está embutida na estratégia de longo alcance de
Moscou. Essa estratégia foi descrita em detalhes pelo desertor tcheco Jan
Sejna, em um livro de 1982 intitulado We Will Bury You (Vamos Enterrar
Vocês). Começando na página 100, ele descreveu um plano para prejudicar a
economia dos EUA e fomentar a agitação doméstica. Não há dúvida de que
os comunistas há muito pretendem derrubar a economia dos EUA por meio
de uma série de movimentos estratégicos. Podemos agora ver esses
movimentos se concretizando. É um processo que continuará enquanto as
pressões militares se intensificam.[34]

O período preparatório
01/05/2020

A guerra nuclear… não deve ser pensada apenas como um


gigantesco empreendimento técnico — como o lançamento de um
enorme número de mísseis com ogivas nucleares... A guerra
nuclear é um... processo multifacetado, que... envolverá formas de
luta econômicas, diplomáticas e ideológicas. Todas elas servirão
aos objetivos políticos da guerra...

— MARXISM-LENINISM
ON WAR AND ARMY, P. 12

Os generais em Moscou e Pequim foram educados de acordo com


princípios de guerra antitéticos aos nossos. O marxismo-leninismo tomou
emprestada a sua teoria militar de Clausewitz; especialmente acreditando que
"a guerra é simplesmente a continuação da política por outros meios." (Ibid,
p. 2). Embora os americanos se recusem a acreditar nisso, os estrategistas da
Rússia há muito defendem que a guerra nuclear não é uma exceção à regra de
Clausewitz.
Em The Philosophical Heritage of V. I. Lenin and Problems of
Contemporary War, editado pelo Gen. Maj. A. S. Milovidov, lemos na
página 37 que os estrategistas americanos estão errados em suas crenças
sobre a guerra nuclear. A "esmagadora maioria" daqueles que não
consideram a guerra nuclear como uma continuação da política está fazendo
um "julgamento puramente subjetivo". Esse julgamento, diz o texto de
Milovidov, "expressa um mero protesto contra a guerra nuclear".
Os generais de Moscou e os generais de Pequim há muito entenderam
que as armas nucleares são assimétricas. A sociedade totalitária é adaptável
às condições da guerra nuclear. A sociedade burguesa, não. Para a mente
americana, a guerra nuclear não faz sentido. Portanto, os americanos não
levam os estrategistas russos a sério quando escrevem: "a preparação e o
empreendimento... [da guerra nuclear] devem ser considerados como a
principal tarefa da teoria da estratégia militar e da liderança estratégica". (Ver
a tradução de Harriet Fast Scott de Soviet Military Strategy, p. 195). Negando
que os estrategistas russos e chineses estejam falando a sério, os estrategistas
americanos pensam em termos de dissuasão. Tão logo a dissuasão falha, a
América não tem nenhuma estratégia. Sendo excepcionalmente vulnerável, o
nosso pensamento deteriora para a negação; isto é, a negação da guerra
nuclear, a negação de que o inimigo fala sério e de que ajustes devem ser
feitos.
Naturalmente, os estrategistas russos e chineses concordam que seria
melhor evitar uma guerra nuclear. Mas a evitação da guerra, para o bloco
comunista, tem um sentido completamente diferente do que para o mundo
livre. Para o comunista, a única alternativa à guerra nuclear é a convergência
política e social em termos comunistas. Estes podem ser disfarçados sob os
auspícios do "desenvolvimento sustentável", por meio de tratados sobre
"mudança climática" ou por meio do comércio. Há também a possibilidade de
convergência por meio de uma pandemia — por meio da "governança global
da saúde" e do despovoamento "gerenciado" de regiões inteiras (a saber, os
Estados Unidos). A atual pandemia comunista chinesa pode ser exatamente
um desses dispositivos — para acelerar a "convergência". Também pode ser
um precursor de uma guerra nuclear, empregado para distrair e desestabilizar
as sociedades-alvo antes do uso em massa de foguetes nucleares.
Obviamente, uma pandemia pode servir para ambas as funções. Se o mundo
livre não abraçar o plano da China para a governança global da saúde,
Moscou e Pequim não perderão nada. Nesse caso, a virada para a guerra
poderia ser perfeita, a maskirovka não-detectada.
Dado o papel central que os chineses deram ao ataque biológico
(conforme descrito pelo ministro da Defesa Chi Haotian), o bloco comunista
teria mirado há muito tempo, para infiltração e subversão, nos Institutos
Nacionais de Saúde e os Centros de Controle de Doenças. O envolvimento
dos Estados Unidos com a China proporcionaria uma abertura ainda mais
poderosa para o ataque; a saber, a indústria farmacêutica americana —
companheira atual do complexo médico-industrial-militar da China,
fornecendo ingredientes médicos e elementos "precursores" relacionados a
vacinas (abrindo um caminho para um ataque biológico/químico binário,
combinando medicamentos e/ou vacinas com uma arma viral, aumentando a
letalidade de cada vetor por combinação.)
Se o Ocidente emperrar a convergência, retirando-se das vacinações
obrigatórias e da lei marcial médica, pode haver em seguida uma guerra
nuclear total. A sabotagem, neste contexto, não é uma atividade imaginária
dos serviços especiais chineses e russos. É uma de suas especialidades,
projetada para o "período preparatório" antes dos ataques nucleares. A
presença de agentes russos e chineses em nosso governo representa um
perigo especial durante esse período. As operações do inimigo em
Washington, evidentes na recente rixa do impeachment, ainda não foram
controladas. Com toda probabilidade, o seu ataque às instituições do país se
intensificará. Talvez o sinal mais devastador de um ataque iminente seja a
notícia de que centenas de funcionários públicos, generais e legisladores
estão a serviço do inimigo. De acordo com o desertor do GRU, Vladimir
Rezun, os serviços especiais russos trairão todos os seus agentes de alto nível
na véspera da guerra — para semear o máximo de desconfiança e confusão.
Também prepararão falsas alegações contra pessoas inocentes — uma tática
de pré-guerra em curso desde 2016.
O que leva à suspeita de que estamos agora no "período preparatório" é
o desaparecimento de vários líderes comunistas. Vladimir Putin demitiu o seu
governo em janeiro, imediatamente antes de a pandemia atingir a China.
Mesmo assim, o primeiro-ministro russo demitido, Dmitri Medvedev,
manteve a sua posição no conselho de segurança russo. O gabinete russo
desapareceu (com destacados joões-ninguém em seu lugar). E agora Putin
também desapareceu.
Os líderes comunistas da Nicarágua e da Venezuela também
desapareceram de vista. Se isso não for uma estranha coincidência, considere
o caso de Kim Jong-un, da República Popular Democrática da Coréia —
desaparecido por mais de duas semanas. Enquanto isso, fontes de inteligência
na Ásia relatam que os principais líderes chineses estão abrigados em algum
lugar no noroeste da China.
Cito a partir de uma fonte asiática o seguinte: no Vietnã, em Laos e no
Camboja, "nossos órgãos de inteligência podem confirmar: ...os principais
líderes... [do partido e dos militares] têm se escondido alternadamente". A
fonte asiática acrescenta que a China e a Rússia estão estudando a reação do
Ocidente ao vírus, preparando-se para "seus próximos movimentos numa
coordenação mais agressiva rumo à fase final de uma guerra estrondosa..." O
momento escolhido, diz a fonte, será repentino.
De acordo com o marechal da União Soviética K. Moskalenko,
escrevendo no Voyennaya mysl[35] (janeiro de 1969), "O emprego de armas
qualitativamente novas... criará condições numa guerra futura para a obtenção
de resultados em seu período inicial que não podem ser comparados com os
resultados da... guerra passada. O primeiro ataque nuclear pode levar
imediatamente à desorganização do governo, do controle militar e de toda a
retaguarda de um país e à interrupção do emprego sistemático das forças
armadas e de todas as medidas tomadas para a mobilização. Tudo isso terá
um efeito revelador..."
A situação atual não é de paz. Quando os países do Bloco oriental
mantêm sigilo absoluto, proibindo investigações e inquéritos, escondendo
seus líderes em locais remotos, devemos deixar de lado todas as suposições
ingênuas. Temos estado sob intenso ataque ideológico por muitos anos.
Métodos avançados de guerra psicológica têm sido empregados contra nossas
instituições. Nossa mídia tem sido subvertida e usada contra nós. Mas nós
elegemos Donald Trump assim mesmo, e Trump desafiou os mecanismos de
convergência. Ele emperrou o plano comunista.
Então, aqui estamos nós.

Sobre a brevidade do discernimento


13/05/2020

A maioria dos seres humanos... reclama da mesquinhez da


natureza, porque nascemos para um breve período de vida, e
porque esse espaço de tempo... passa de forma tão rápida e veloz
que, com muito poucas exceções, a vida acaba... justo quando
estamos nos preparando para ela.

— SÊNECA

Sêneca reclamava que a degradação da Roma antiga se originava das


preocupações das pessoas. Correr por aí, sem pensar com cuidado, era um
desperdício da própria vida. Viver, dizia ele, é estar vivo para a verdade —
levar em consideração a realidade. O problema com a preocupação, com a
ambição e a profissão, é a maneira como as pessoas ambiciosas e
preocupadas desprezam a verdade. Depois de muitos anos, em vez de ficar
mais sábio, o homem ambicioso parece um tolo. Ele não parou para levar em
consideração o seu entorno, ou suas associações, ou seu país, ou a verdade
sobre si mesmo.
Sócrates celebremente disse que "a vida não examinada não vale a pena
ser vivida". Praticando essa idéia, Sêneca escreveu o seu livro Sobre a
Brevidade da Vida, dizendo que a vida não examinada não só é inútil, mas
dolorosamente curta. Quem vive apressado, sem parar para pensar, sucumbe
às rodas de hamster da ganância, da luxúria, da ambição e da inveja. A vida,
sob esses imperativos, torna-se uma corrida cega de um lado para outro.
O homem preocupado se move muito depressa. Ele agarra todas as
oportunidades, sem pensar. Ele não vê. Ele não lê. Ele não pensa. Sua
desculpa é sempre a mesma. "Não tenho tempo." Sendo vazias, sendo
irrefletidas, as idéias superficiais dessas pessoas não são nem mesmo delas
mesmas. Quando tentam raciocinar, sua imaturidade é flagrante. Existe
apenas a recompensa imediata de agir prontamente, de aproveitar uma
oportunidade. Mas como não pensaram bem nas coisas, suas oportunidades
não levam a lugar nenhum.
"A velhice as apanha enquanto ainda estão mentalmente infantis", diz
Sêneca. Isso descreve o resultado da vida romana agitada do primeiro século
— e da vida americana agitada do século XXI. Neste momento, deparamo-
nos com uma massa de concidadãos que não raciocinam bem e líderes que
conduziram o país ao beco sem saída da dependência dos inimigos. A
situação do país é desesperadora — piorando a cada dia. Ouvem-se coisas
tolas de ambos os lados do corredor político. Todo mundo regride a uma série
de reações automáticas. Por quê? Porque nunca foram muito judiciosos, em
primeiro lugar. Nunca desenvolveram a sua curiosidade, nunca fizeram as
perguntas certas e nunca entenderam para onde estavam indo.
Se, como diz Sêneca, "os preocupados acham a vida muito curta" —
pode-se acrescentar que a vida da sociedade também pode ser encurtada
quando essas pessoas estão no comando. Nossos políticos e especialistas
avaliaram mal todos os grandes eventos dos últimos 31 anos. O Ocidente está
agora sob ataque de um vírus chinês. Algum deles previu isso?
Olho para a esquerda, e vejo slogans. Olho para a direita, e vejo slogans.
A nossa é uma época em que o pensamento foi substituído pelo nonsense
político. Isso ocorre naturalmente com pessoas preocupadas — como
argumentou Sêneca. O quanto essas pessoas entendem? Não muito.
E agora, mais do que nunca, as massas estão desorientadas. Não há nada
além de confusão, nada além do barulho de opiniões contrárias. O foco de
nossos líderes é "econômico", não filosófico. Nós deixamos de lado todas as
questões mais importantes, preocupando-nos com o entretenimento e a
prosperidade.
"Oh, que escuridão", observou Sêneca, "a grande prosperidade lança
sobre as nossas mentes." — Essa tem sido a prosperidade da América, que
agora se desfaz. Tudo aqui não é apenas idiota. Sêneca nos diz que os
homens maus se orgulham de não saber o que fazem. "De fato", escreveu ele,
"o estado de todos que estão preocupados é deplorável... enquanto roubam e
são roubados, enquanto perturbam a paz uns dos outros, enquanto tornam uns
ao outros infelizes, suas vidas passam sem satisfação, sem prazer, sem
aperfeiçoamento mental."
O significado de inimizade
25/05/2020

A revolta social e política eclodiu na periferia européia e mundial


na década anterior à Primeira Guerra Mundial, começando com a
Primeira Revolução Russa em 1905, seguida pela revolução
iraniana de 1906, a grande revolta camponesa romena de 1907, a
rebelião dos Jovens Turcos de 1908, a revolta militar grega de
1909, a derrubada da monarquia portuguesa e o início da revolução
mexicana em 1910, e a revolução chinesa em 1911.

— STANLEY G. PAYNE
THE SPANISH CIVIL WAR
(A Guerra Civil de Espanha, a União Soviética e o Comunismo).

O que desencadeou as revoluções e guerras civis do século passado? O


que desencadeou a primeira e a segunda guerras mundiais? Uma coisa as
desencadeou: A INIMIZADE.
O que é a inimizade?
A inimizade é má vontade, hostilidade, antipatia, animosidade, rancor —
e, acima de tudo, é ódio — não passivo, mas ativo. É um ódio que alimenta a
crueldade da guerra. É o sentido da guerra. É o motivo da guerra. É a
totalidade da guerra.
Recentemente, o autor de best-sellers Graham Hancock denunciou com
veemência a Joe Rogan a estupidez do orçamento do Pentágono americano.
O dinheiro desperdiçado em armamentos, disse ele, poderia ser usado para
acabar com a pobreza ou curar doenças. Hancock falava como se a inimizade
contra a América fosse uma espécie de ficção conveniente dos "manda-
chuvas". Ele não considerou adequadamente aqueles que efetivamente
odeiam a América, que querem ver a América em chamas.
Pode ser que valha a pena considerar a intuição do Sr. Hancock sobre
uma civilização pré-histórica perdida, mas sua intuição sobre a nossa
civilização atual não tem mérito. Se a América se desarmasse como ele
recomenda, não só uma pobreza terrível infligiria a todo o planeta, mas o
colapso da América na insignificância militar sinalizaria uma era sombria de
domínio global sino-russo — uma era de escravidão e perseguição; uma era
em que os dissidentes seriam presos, torturados e executados às dezenas de
milhões. Basta olhar para as opressões sangrentas do Estado policial na
China, para o assassinato de jornalistas na Rússia, para saber o destino que
estaria reservado a todos nós.
Ouvir o Sr. Hancock falar contra as armas de defesa do meu país, como
se o meu país fosse o problema, é mais do que um pouco desconcertante;
especialmente porque o Sr. Hancock não tem nenhuma experiência declarada
em assuntos mundiais, nenhum conhecimento militar ou formação em ciência
política. Não posso deixar de imaginar, também, que ele poderia estar falando
alemão, se não fosse pelo armamento do meu país. No entanto, ele condena o
sistema de defesa do meu país como se fosse o único obstáculo ao progresso
da humanidade.
Hancock, que de forma alguma é um inimigo da América, adotou os
pontos de discussão do inimigo da América. Se todos acreditassem nesses
pontos de discussão, quem se beneficiaria? É, de fato, um caso de cui bono;
pois um absurdo desse tipo tem um propósito. Aqueles que odeiam a América
querem vê-la indefesa. Eles têm trabalhado incessantemente para esse fim
durante décadas.
Recentemente, um leitor me enviou uma foto de uma multidão de
manifestantes queimando uma bandeira americana em Los Angeles.
Aparentemente, eu deveria expressar choque ou surpresa. Se alguém está
chocado, não sou eu. Los Angeles é, em muitos aspectos, o território de uma
potência estrangeira. Muitos lugares na América não são mais americanos.
Eles se opõem ao país, se opõem à sua defesa e o querem em chamas.
Quando eu estava na pós-graduação, há mais de trinta anos, muitos
professores e alunos de pós-graduação trabalhavam para desfazer o país. Eu
ouvia ríspidas expressões de ódio e desprezo pela América. Parecia, de fato,
que esse ódio estava gradualmente se tornando academicamente obrigatório.
Foi exatamente naqueles dias que queimar a bandeira foi judicialmente
aprovado como "liberdade de expressão" pela Suprema Corte. Muitos
libertários e conservadores aprovaram essa decisão. Mas então, dado que
ovos de dragão estavam incubando dentro das universidades, a decisão da
Suprema Corte foi mais como um marco — a meio caminho entre a censura
de Joseph McCarthy e a destruição total pelo fogo.
Falando sério. Este é um país governado por tolos muito especiais. Ele
tem sido governado por esses tolos há algo entre cinqüenta a sessenta anos ou
mais. Quase todos os homens, em todas as épocas, são tolos. Mas viver sem
um pingo de instinto, sem senso de autopreservação e considerar
arrogantemente o próprio estupor como um estado superior de consciência, é
condenável. Deus não sorri diante disso.
Inimizade é ódio. É o tipo de ódio que queima bandeiras. É o tipo de
ódio que queima delegacias de polícia e subúrbios. É o tipo de ódio que lança
mísseis balísticos com ogivas nucleares. É o tipo de ódio que organizou a
fome de terror na Ucrânia há noventa anos. É o tipo de ódio que asfixiou
milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial — que bombardeou Dresden
e colocou nuvens de cogumelo sobre Hiroshima e Nagasaki.
Você acha que a inimizade é um conto de fadas? Você acha que é um
mito alardeado pelo "complexo militar-industrial"? Pense melhor. Se não
tivéssemos um único rifle para nos defender, os incendiários de bandeiras em
Los Angeles de repente saudariam a nossa bandeira? Não. Eles prosseguiriam
para incendiar todo o país. Por quê? Porque a bandeira simboliza o país. Eles
queimam a bandeira agora porque não podem queimar o país.
Quando alguém queima a bandeira do seu país, o que você acha que eles
pretendem? Você acha que queimar uma bandeira é um passatempo
divertido? Você acha que queimar uma delegacia de polícia é um discurso
protegido? Você acha que queimar os subúrbios é uma forma compreensível
de protesto?
E agora Mineápolis está em chamas. Que outras cidades vão queimar?
Consideremos, mais uma vez, aquela curiosa expressão latina — cui bono.
Consideremos a conexão entre a queima da bandeira (pelos comunistas) em
Los Angeles e a queima de uma delegacia de polícia em Mineápolis. Elas
estão, na verdade, intimamente conectadas.
Pode-se perguntar, retoricamente, por que as bandeiras dos inimigos da
América não estão queimando? É simples. São eles que estão praticando as
queimadas — de bandeiras e de delegacias de polícia. Eles têm incitado o
frenesi da multidão. Eles têm usado raça, classe e sexo para dividir a América
em campos hostis e beligerantes. O jogo deles é "dividir para conquistar". E
nós — otários que somos — cooperamos com este jogo.
Alguém vê o que está acontecendo? Alguém vê quem está por trás
disso? Alguém percebe quem tem a ganhar com isso? — Nem pretos, nem
brancos, nem americanos de qualquer cor.
Ah, sim. Nós somos tolos muito, muito especiais.
Mito e apocalipse
02/06/2020

A partir de antigas fontes caldaicas e hebraicas (Gen. iv e parte de x),


aprendemos sobre uma era mítica de gigantes e heróis — antes do dilúvio.
Hoje nós evitamos essa pré-história. Não acreditamos numa Era Dourada
perdida ou no dilúvio que a varreu. Não acreditamos no Timeu e no Crítias de
Platão, ou no fragmento de Políbio sobre as catástrofes cósmicas que
aniquilam periodicamente a civilização. Não acreditamos nos relatos
caldaicos e hebraicos de uma grande inundação.
Nós, modernos, preferimos acreditar que o passado era inteiramente
primitivo, que o progresso foi gradual e "evolutivo". Preferimos acreditar que
não houve Era Dourada, nem gigantes ou heróis, nem dilúvio, nem mundo
antediluviano. Acreditamos que o tempo corre em linha reta. Quanto mais
para trás você vai, mais atrasados os homens. Quanto mais para frente, mais
instruídos e avançados. (Um conceito autolisonjeiro, se é que jamais houve
algum).
Os antigos caldeus, egípcios, hebreus e gregos ficariam chocados com
nosso desprezo pelas tradições orais e escritas. Eles teriam aversão à nossa
visão da história como "uma coisinha atrás da outra". Certamente, a história
tem sentido. Certamente, há um padrão — a sugestão de algo maior e mais
grandioso em ação.
Pergunte a si mesmo: por que a pré-história durou tanto, com tão pouco
realizado? Nossos ancestrais da Idade da Pedra tinham cérebros tão grandes
quanto os nossos e supostamente não conseguiram descobrir nada —
construir nada — durante 180.000 anos.
Há mais de cem anos, o orientalista William Saint Chad Boscawen
referiu-se ao dilúvio como "uma linha divisória entre a era mítica dos deuses
e o início da história..." Ser mítico, no entanto, não quer dizer que não era
real. Se encontrarmos metáfora, parábola e símbolo em nossos mitos — tanto
melhor.
Giorgio de Santillana e Hertha von Dechend tentaram elucidar a
profundidade do mito antigo em seu livrinho, Hamlet's Mill (O Moinho de
Hamlet). Eles negaram que os mitos fossem um tipo distorcido de história.
Em vez disso, sugeriram que a mitologia contém mensagens codificadas para
a posteridade. Eis algo para confundir o cientista de mente literal, para
confundir nossos modernos saqueadores do inconsciente (isto é, psicólogos).
Santillana e Dechend sugerem que o mito representa algo mais alto que a
história e mais profundo que a ciência. É até sugerido que o mito representa
algo que torna possíveis estes últimos afloramentos; pois o mito não nos diz o
que aconteceu tanto quanto diz o porquê. Eis o fundamento de sentido que foi
drenado de nossa ciência, de nossa história, gota a gota.
Será que, desde o início, as bordas de nosso mundo têm avançado ou
retrocedido, não pelas explorações de Colombo e Magalhães, mas pelos
efeitos benéficos ou deletérios dos entendimentos mitológicos — ou a falta
deles? Será que dragões e serpentes marinhas não são apenas representados
nas margens de mapas antigos, mas também são igualmente representados
nas margens do tempo?
O grego-caldeu Beroso escreveu:

Uma grande multidão de homens de várias tribos habitava a


Caldéia, mas viviam sem nenhuma ordem, como os animais...
Então apareceu para eles, vindo do mar, na costa da Babilônia, um
animal temível de nome Oan. Seu corpo era o de um peixe, mas
sob a cabeça do peixe outra cabeça estava presa, e nas nadadeiras
havia pés como os de um homem, e ele tinha uma voz de homem.
Sua imagem ainda está preservada. O animal veio pela manhã e
passou o dia com os homens; mas não se alimentou, e ao pôr-do-
sol voltou para o mar, e lá permaneceu durante a noite. Este animal
ensinou aos homens a linguagem e a ciência, a colheita de
sementes e frutos, as regras para as delimitações de terra, o modo
de construir cidades e templos, artes e escrita, e tudo o que se
relaciona com a civilização da vida humana.

O absurdo intrínseco do texto não deveria ser nenhuma objeção. É uma


história que é encontrada, de forma alterada, entre o povo dogon do Mali, a
milhares de quilômetros da Mesopotâmia. O povo dogon manteve suas
tradições orais até os tempos modernos. Eles falam do Nummo, uma criatura
anfíbia comparável a um lagarto ou camaleão. Essa criatura também era
descrita como um peixe que ficava de pé — e também como uma serpente!
Curiosamente, foi uma serpente que falou com Eva no Jardim do Éden;
e, assim falando, convenceu o primeiro homem e a primeira mulher a sairem
do Éden — para entrar nos rigores da labuta civilizada. Um réptil, uma cobra,
um "dragão" — com pés! E esse réptil aparece de novo, no Livro do
Apocalipse, capítulo 12.

Um grande sinal apareceu no céu: uma mulher vestida de sol, com


a lua sob os pés e uma coroa de doze estrelas na cabeça. Ela estava
grávida e chorava de dor no momento em que estava para dar à luz.
Em seguida, outro sinal apareceu no céu: um enorme dragão
vermelho com sete cabeças e dez chifres e sete coroas em suas
cabeças. Sua cauda varreu um terço das estrelas do céu e as jogou
na terra. O dragão postou-se diante da mulher que estava para dar à
luz, de modo que pudesse devorar-lhe o filho no momento em que
nascesse.

Esta mulher é Eva, a mãe da humanidade? Nossa aversão aos répteis,


neste caso, é recíproca? E aqui está o réptil mais terrível de todos, juntando
um terço das estrelas como meio de bombardeamento — para matar a
humanidade em seu berço. Se a cobra nos atraiu para fora do Éden com o
fruto proibido (contendo o conhecimento do bem e do mal), prometendo que
seríamos "como deuses" — então essa cobra era um inimigo cuja estratégia
era nos destruir com uma vaidade perigosa.
Será que o moderno revigoramento dessa vaidade é uma coincidência?
O que acontece com as mitologias — de todo o mundo — são as formas
sutis pelas quais elas se conectam (mesmo que não concordem totalmente).
Existe o absurdo palpável de um peixe ambulante, ou uma serpente que fala
com mulheres, ou um camaleão que ensina as artes da civilização, ou um
dragão bombardeando a terra com um terço das estrelas do céu para
"devorar" um recém-nascido. Porém as testemunhas estão de acordo em
todos os lugares. O peixe, a serpente e o dragão são parte integrante da nossa
história. E por mais metafóricas, ou simbólicas, ou mesmo enigmáticas, essas
criaturas arcaicas são, como afirmam Santillana e Dechend, "cosmológicas da
primeiro à última".

Isso foi compreendido apenas por poucos, interessou a muitos, e é


para sempre espinhoso para aqueles que o abordam por meio das
"maravilhas da matemática" ou pela especulação sobre o
inconsciente. Em outras palavras, trata-se de uma abordagem
seletiva e difícil, empregando os meios disponíveis e muita
reflexão, certamente limitada, mas resistente à falsificação.
Este último ponto merece nossa atenção. Enquanto rimos da ignorância
de nossos ancestrais da ciência, a sua mitologia ainda ecoa. Enquanto
falsificamos a realidade com nossos "fatos" — enquanto estamos perdidos em
"fatos" — imaginamos que descobertas "científicas" falam por si mesmas.
Isso é mais absurdo do que um anfíbio que fala e anda; pois as noções
"cientificistas" vazias da modernidade devem se mostrar intrinsecamente
falsificadoras. Falamos sobre fatos o tempo todo, e fingimos respeitá-los.
Mas usamos os fatos como um titereiro usa seus títeres. Fazemo-los dizer,
nas profundezas da nossa corrupção, o que queremos que digam.
Enquanto um mito relata esotericamente o que é proibido a cativos e
reféns, "fatos" tomados fora do contexto podem ser usados para garantir a
continuidade do cativeiro. Da mesma forma, descer à trivialidade é o destino
de quem está preso em uma falsa realidade, absorvendo a luz de um sol
artificial, lutando por uma liberdade artificial, aderindo a uma ciência
artificial.
A pergunta pode ser: o que nos capturou? Qual é a coisa má que ainda
nos mantém como reféns? — com a promessa de uma serpente ainda
ressoando em nossos ouvidos?

Aos americanos que estão de joelhos


04/06/2020

O rei ordena aos suiços que baixem as armas imediatamente e se


retirem para o quartel.

— LUÍS XVI
PARA SUA GUARDA SUÍÇA
10 DE AGOSTO DE 1792

Estamos próximos do fim da República. Uma revolução começou e


nenhuma ação contra-revolucionária decisiva foi ordenada. Por que isso
aconteceu? Porque fomos desarmados psicológica e lingüisticamente.
Por exemplo: — O juramento de lealdade de funcionários federais é
defender a Constituição contra todos os inimigos, estrangeiros e domésticos;
mas se nos recusarmos a reconhecer a existência de inimigos, se não
pudermos dar nome a nossos inimigos, nenhuma defesa será possível. E esta
é a única coisa, acima de todas, que tem sido proibida: Não temos permissão
para dar nome a nossos inimigos.
Esta é a essência crua do desarmamento lingüístico e psicológico.
Acrescente-se a isso um processo no qual os inimigos da América inundaram
o próprio governo. E agora, quando a violência da turba tem sido empregada
numa escala gigantesca, o país se encontra despreparado, desorientado e
indefeso.
Como chegamos aqui?
Os esquerdistas gradualmente assumiram o controle do currículo de
nossas escolas. Este currículo foi copiado de projetos feitos na URSS para
nosso uso expresso.[36] Este currículo destrói a habilidade da mente de
trabalhar competentemente com abstrações. Isso leva nossos filhos para longe
do patriotismo. Leva as mulheres a se voltarem contra os homens, os negros
contra os brancos e os americanos contra o seu próprio país. É um processo
de doutrinação muito simples que ninguém contestou seriamente. Temos
apoiado essa traição nós mesmos, com um financiamento lucrativo. Em
conseqüência, temos gradualmente perdido o controle de nossas próprias
instituições, década após década. E é assim que chegamos a este momento
trágico no tempo.
A expressão que melhor descreve este processo geral é "desarmamento
psicológico e lingüístico". Fomos desarmados intelectualmente e agora o
processo avançou do reino das idéias para a violência nas ruas. Se
permitirmos que o processo continue, americanos de todas as raças e crenças
serão massacrados quando o inimigo estrangeiro colocar seus mísseis,
exércitos e frotas em ação. Atualmente, nossa economia está sob ataque em
várias frentes. A lei e a ordem estão sendo retiradas de nós. Primeiro, a
polícia perderá o financiamento; em segundo lugar, a Revolução tirará o
financiamento do exército dos EUA; terceiro, os chineses e russos vão
bombardear e invadir o país.
Considere os seguintes acontecimentos: em todo o país, policiais estão
se ajoelhando diante de "manifestantes", implorando perdão. Os brancos nos
subúrbios também estão se ajoelhando diante dos negros. Um espírito
apaziguador e obsequioso apoderou-se de uma classe média neutralizada. É
um presságio da expropriação em massa iminente. É um presságio de
atrocidades, assassinatos, massacres, prisões arbitrárias, turbas violentas,
invasão estrangeira e ditadura militar.
Nos estados azuis, os revolucionários marxistas estão usando a raiva dos
negros para encobrir um ataque à economia do país — para tomar as ruas,
queimar e saquear empresas, intimidar o governo e subjugar a população. A
partir deste momento, a estratégia deles está funcionando. Se o governo não
retomar as ruas e impedir a destruição de propriedades, os revolucionários
começarão a ditar regras. Nesse caso, toda negociação irá contra o governo
até que os revolucionários SEJAM o governo.
Atualmente, os revolucionários exigem que as prisões sejam esvaziadas
e a polícia desmantelada. Isso garantirá o seu controle das ruas
indefinidamente. Isso lhes permitirá usar a força à vontade, confiscar
propriedades e cometer execuções "extrajudiciais". Os revolucionários
formarão o seu próprio governo, seguindo o modelo do Comitê de Segurança
Pública de Robespierre.
Há muitos que dirão, em resposta aos parágrafos acima, que estou
exagerando os problemas atuais. Dirão que meu preconceito anticomunista
me levou a uma visão distorcida dos acontecimentos. Argumentarão que
esses protestos são "pacíficos", e que absolutamente não têm nenhuma
relação com o marxismo, mas têm a ver com "privilégio branco" e "racismo
sistêmico". Embora muitos manifestantes estejam genuinamente preocupados
com a brutalidade policial e o racismo sistêmico, eles são apenas peões — e
um biombo para que a esquerda revolucionária conduza os seus ataques
violentos.
Muitas pessoas boas e generosas acreditam em uma utopia esquerdista
de amor e paz. Mas o seu mundo é um mundo de cabeça para baixo, no qual
todos os fatos são vistos através dos óculos sempre invertidos da ideologia.
Infelizmente, elas ignoram as forças reais que as manipulam. Seu
conhecimento de história e política é muito limitado para um envolvimento
seguro em controvérsias que não entendem completamente. Vladimir Lenin
tinha um nome para essas pessoas boas. Ele as chamava de "idiotas úteis".
As agitações atuais têm pouco a ver com racismo branco e tudo a ver
com os preparativos de guerra da China e da Rússia contra os Estados
Unidos. A esquerda neste país — intencionalmente ou não — é o instrumento
de potências estrangeiras. Não perceber isso é ser uma criança política.
Significa ignorância.
O grito de guerra de "racismo branco sistêmico" é um tema fornecido
por nossos inimigos. Este tema sempre foi apoiado por Pequim e Moscou. É
apoiado para fins estratégicos que agora estão entrando em foco. Quaisquer
que sejam nossos problemas internos, ajoelhar-se diante de um protesto que é
usado como um biombo por comunistas e inimigos estrangeiros é suicídio.
Se dobrarmos o joelho para isso, nada voltará ao normal. Há um vídeo
de vândalos invadindo uma loja; as pessoas lá dentro estão gritando:
"Estamos do seu lado! Estamos do seu lado!" Mas os vândalos não param.
Eles continuam a destruir tudo o que esteja à vista.
Muitos de nossos políticos e líderes militares são simpáticos aos
"manifestantes". Eles têm medo de usar a força contra saqueadores e
incendiários agressivos. E assim o saque, o incêndio e a violência
continuarão. Os revolucionários são encorajados principalmente por uma
resposta fraca — uma resposta que lembra a monarquia francesa de 1792.
É uma tarefa perigosa defender governos fracos. Esses governos nunca
são firmes. Eles estão prontos para apaziguar ou mesmo capitular. A polícia
jurou proteger a sociedade com suas vidas, mas não será apoiada (por sua
vez) por políticos fracos. Ela será deixada na mão. Toda ação sua será
questionada. Ela é, mesmo agora, caluniada coletivamente como racista.
O conselho municipal de Mineápolis está — neste exato momento —
deliberando sobre a possibilidade de desmantelar a polícia. Em Los Angeles,
foi aprovada uma medida para tirar parcialmente o financiamento da polícia e
desviar o dinheiro para radicais negros.
Considere o que aconteceu na Revolução Francesa: o rei Luís XVI,
vendo uma insurreição sendo preparada e desejando poupar a vida de seus
súditos, colocou-se nas mãos dos revolucionários, dizendo: "Senhores, venho
aqui para evitar um grande crime; acho que não posso estar mais seguro do
que com vocês." Ele abandonou o seu palácio e desistiu da proteção de sua
guarda suíça.
Os revolucionários, com o rei sob custódia, ordenaram à guarda suíça
que baixasse as armas e se rendesse. "Nós nos consideraríamos desonrados",
respondeu a guarda. "Somos suíços, e os suíços não se separam de suas armas
senão junto com suas vidas."
Uma luta pesada começou dentro e ao redor do palácio. Os suíços se
defenderam. Os revolucionários ficaram furiosos com a resistência. Luís XVI
ouviu falar da luta e ordenou que sua guarda baixasse as armas de uma vez.
Eles tentaram obedecer e foram massacrados. Dos 900 guardas suíços, 600
foram mortos imediatamente. Outros 200 morreram de ferimentos ou foram
assassinados posteriormente.
Eis um resumo de todo o processo: — Para evitar derramamento de
sangue, o Rei se entregou. Sua guarda foi massacrada. O rei foi mais tarde
decapitado pelos revolucionários (que antes haviam prometido sua
segurança). Sua esposa, a rainha, foi decapitada. Seus filhos foram
aprisionados. Milhares de pessoas inocentes foram decapitadas por sua vez.
A turba parisiense dominou a política daqueles anos, até que um jovem
oficial de artilharia, chamado Napoleão Bonaparte, disparou tiros de metralha
diretamente contra a turba parisiense e a dispersou. Chega de turba. Adivinhe
quem foi o próximo governante do país?
Temos algum líder ousado e capaz nas forças armadas dos EUA?
Atualmente, a liderança do Exército está apavorada com a possibilidade de a
divisão racial dentro das forças armadas dividir o Exército em campos
mutuamente hostis. É impolítico, dizem, usar os militares para parar a queima
e a pilhagem dos revolucionários de esquerda.
E assim, até os generais do Exército dobraram os joelhos. As tropas
chinesas, quando chegarem, lhes dirão para se levantarem. Os chineses lhes
darão pás e ordenarão que cavem. E quando os buracos estiverem
suficientemente profundos, tiros ressoarão; então, corpo após corpo cairá nos
buracos. E o Exército da Libertação Popular, com terra macia, cobrirá os
buracos onde os cadáveres caíram.
Aos nossos imbecis politicamente corretos: vocês deveriam ter vergonha
— porque são um bando de condenados à morte emasculados,
choramingueiros, repugnantes e insensíveis. Vocês tornaram-se merecedores
do destino que lhes está reservado. Vocês morrem de joelhos devido à sua
covardia moral vil, fraca de espírito. Amanhã os subúrbios serão queimados e
vocês, dizimados. E enquanto vocês cavam as suas sepulturas para os
"simpáticos" soldados chineses, quero que estas palavras estejam gravadas
em suas mentes: Vocês traíram o seu país durante trinta anos de paz e
prosperidade. Quando o seu inimigo dominou as escolas, vocês não se
importaram. Quando tudo na loja era fabricado pelo seu inimigo, vocês
gostaram dos preços baixos. Quando o seu inimigo concorreu ao
Congresso e à Casa Branca, vocês votaram nele. E se parabenizaram por
serem virtuosos. Mas vocês não são virtuosos. São covardes.
Vocês aceitaram as mentiras comunistas. Gabaram-se de ter vencido a
Guerra Fria. Fingiram que a China era um país com o qual poderíamos fazer
negócios. Mas agora chegou a vez de vocês sofrerem.
As tarântulas
09/06/2020

Vede, esta é a toca da tarântula! Queríeis ver a própria tarântula?


Aqui dependura-se a sua teia: tocai nisto, de modo que ela possa
tremer.

— FRIEDRICH NIETZSCHE
ASSIM FALOU ZARATUSTRA, 29

Nietzsche escreveu às tarântulas: "A vingança está em vossa alma; onde


quer que mordeis, surge ali uma crosta negra..." As tarântulas da parábola de
Nietzsche pregam a igualdade. Mas sua pregação não é honesta.
Nietzsche queria expor os motivos das tarântulas, repreendendo-lhes o
espírito de vingança com risos. "Portanto", escreveu Nietzsche, "rasgo a tua
teia, para que a tua raiva te tire do covil de mentiras, e para que a tua
vingança salte para frente saindo de trás da tua palavra 'justiça'."
Nietzsche advertiu que as tarântulas querem encher o mundo "com as
tormentas de sua justiça". Sua "Vontade de Igualdade" tornou-se a base para
um falso sistema de valoração. As tarântulas de hoje são mais conhecidas
como "justiceiros sociais". Elas são, nas palavras de Nietzsche: "contra tudo o
que tem poder". Mas esse clamor contra o poder mascara o próprio desejo de
poder das tarântulas mesmas.
Muitos anos atrás, confrontei um ativista político cuja excessiva cobiça
de poder foi repentinamente exposta. Em vez de encobrir e negar, ele me
disse: "Não quero ser inseto, como meu pai". Essa confissão chocante é algo
que Nietzsche, como psicólogo da "vontade de poder", abordou com as
seguintes falas:

O que o pai escondeu aparece no filho; e muitas vezes encontrei no


filho o segredo revelado do pai.
Os inspirados se assemelham; mas não é o coração que os inspira
— mas a vingança. E quando se tornam sutis e frios, não é o
espírito, mas a inveja que os torna assim.
Seu ciúme os leva também aos caminhos dos pensadores; e este é o
sinal do seu ciúme — eles vão sempre longe demais: de modo que
a sua fadiga tem de ir enfim dormir na neve.
Em todas as suas lamentações soa a vingança, em todos os seus
elogios está a maleficência; e ser juiz parece-lhes beatitude.

Nietzsche alertou seus leitores para que desconfiassem de todos "em


quem o impulso de punir seja poderoso". De tais semblantes, "despontam o
carrasco e o cão de caça". Eles são, na verdade, pregadores da morte.
Nietzsche disse: "eles próprios foram anteriormente os melhores caluniadores
do mundo e queimadores de hereges."
O mundo nunca será um paraíso no qual todos têm tudo na mesma
medida. A paz universal não está em perspectiva. O desígnio desta vida,
deste mundo, é aquele em que a alma avança à maturidade através de
dificuldades de todo tipo. O caminho destinado ao homem não é uma utopia
socialista. O caminho do homem é um caminho ascendente, feito para
escalar. Cada indivíduo escala em seu próprio ritmo. Não é um mundo em
que os escaladores mais adiantados devam ser forçados a refazer os seus
passos por causa daqueles que permanecem abaixo. De acordo com
Nietzsche, o mundo requer elevação e, portanto, requer degraus e "uma
variação de degraus". A vida se esforça para se elevar e, com isso, se superar.
Ao citar Nietzsche, não estou endossando a sua filosofia. No entanto,
quando um homem tem boas idéias a oferecer, é melhor reconhecê-las. Os
justiceiros sociais de hoje não são libertadores. São carcereiros. Eles não
estão ajudando as mulheres e as minorias, eles estão destruindo o país.
Como psicólogo da "vontade de poder", Nietzsche viu que algo
incrivelmente perigoso estava destinado a congelar dentro da mente
ocidental, e dentro da Alemanha. Para esclarecer suas posições reais,
Nietzsche não era racista ou anti-semita. Ele desprezava o chauvinismo
alemão. Ele desprezava o socialismo e o nacionalismo e o comunismo. É uma
daquelas ironias da história que Hitler tenha usado Nietzsche como suporte
para sua demagogia, encontrando-se com a irmã do filósofo morto, dando as
obras reunidas de Nietzsche como presente para Mussolini. Na verdade,
Hitler perverteu o que encontrou em Nietzsche — ainda que apenas para
mascarar a sua própria carreira como a tarântula suprema, ávido por vingança
e com desejo de poder.
O que encontramos, ao examinar os escritos de Nietzsche, é alguém que
temia pelo futuro da Europa, que alertava para o advento do "niilismo
europeu". Esse niilismo oferece liberdade de movimento para as tarântulas,
porque poucos são capazes de se manter firmes. O niilismo enche os homens
de dúvidas. Essa dúvida rapidamente se transforma em desespero. O
desespero se transforma em autopiedade. A autopiedade degenera na política
da vítima. Aqui nos aproximamos do cinismo absoluto — do ponto em que a
fé desmorona. E lá está a tarântula com a sua "nova fé". Ela lhe oferece
"igualdade" e "justiça". Mas, como Nietzsche advertiu, a tarântula é motivada
pela inveja. Ela tem uma fixação pela vingança, pois tem sede de poder.
Você está pronto para se juntar às tarântulas? Elas estão lhe pedindo,
agora, para dobrar os joelhos. Muitos o farão, e não têm idéia do que estão
prestes a desencadear. As pessoas as quais estão dando poder não são
psicologicamente normais. O processo é desintegrador. O que deixamos de
avaliar, após tantos anos de estabilidade e prosperidade, é que todas as
instituições são frágeis; que a própria vida é frágil.
O poder das tarântulas está crescendo. Muitos governos locais e
estaduais estão em suas mãos. A grande mídia está em suas mãos, junto com
muitas publicações. Um exemplo deve bastar.
Se você abrir as páginas da Atlantic (que era a minha revista favorita há
duas décadas), você encontrará uma concentração de tal veneno, de tal rancor
e ódio, que ler a coisa toda é ser envenenado com um ódio pela América tão
violento, e tão profundo, que ou você mesmo se torna uma tarântula ou se
volta contra elas para todo o sempre.
Quando absolutamente todo artigo é orientado contra o interesse
nacional da América, contra os sentimentos americanos, contra os Pais
Fundadores, contra o presidente, contra a manutenção de uma fronteira
nacional — como se todas essas coisas fossem manifestações de "fascismo"
— você deve concluir que as tarântulas estão por trás do trabalho; pois ele é
promovido sob a bandeira da "justiça" e da "igualdade". Ele é tão
condenatório quanto um carrasco, tão implacável quanto é falsa a sua pose de
razão, e tão sedicioso em espírito quanto a insurreição comunista que ele
complementa.

É o comunismo, estúpido
14/06/2020

A erosão ideológica da ordem burguesa em todos os níveis —


econômico, político, cultural, social — daria início a ataques
frontais diretos ao Estado.
— CARL BOGGS
GRAMSCI’S MARXISM, P. 52[37]

O professor Carl Boggs admira Antonio Gramsci. Como socialista,


Boggs entende que a idéia de Gramsci do "processo" revolucionário
comunista depende "do desenvolvimento contínuo e orgânico das… classes
oprimidas..." Esse desenvolvimento é impulsionado por "novas formas de
participação social" que gradualmente ampliam "o domínio do igualitarismo,
[e de] formas não-burocráticas de autoridade social..."
No momento, o Black Lives Matter funciona como a "nova forma de
participação" para ampliar "o domínio do igualitarismo". Os Estados Unidos
agora estão desestabilizados. O jogo comunista de dividir para conquistar
atingiu o seu estágio maduro. Há uma quebra contínua de autoridade, uma
atitude de pouca seriedade em relação à lei e à ordem, e um lapso de
patriotismo.
A morte de George Floyd foi usada como um catalisador. Foi o tipo de
"evento" para o qual a supracitada formação revolucionária (Black Lives
Matter) foi criada. Agora, o Black Lives Matter tornou-se um poder por si só.
É apenas a ignorância da maioria, e a "névoa da guerra", que deixa o
observador casual duvidoso quanto à autoria da presente insurreição. Para
aqueles que não estudaram as táticas comunistas, outros choques os
aguardam. O sistema político existente não conseguiu apoiar a fina linha azul,
[38]
e essa linha está se desintegrando. Os comunistas estão vencendo.
Para piorar a situação, os generais das forças armadas dos EUA
sinalizaram a sua neutralidade. O general Mark Milley, presidente do Estado-
Maior Conjunto, referiu-se aos tumultos e ao vandalismo como "política
doméstica". Deturpando o juramento do oficial como um compromisso com
valores igualitários, Milley ignorou o seu dever de defender a Constituição
contra "todos os inimigos, estrangeiros e domésticos". Enquanto os inimigos
da nação defenderem o igualitarismo da boca para fora, o general Milley não
os classificará como inimigos. Portanto, um sinal verde foi dado. Os
revolucionários estão livres para cometer inúmeros ultrajes.
Considere os 1.500 edifícios danificados ou destruídos na área das
Cidades Gêmeas de Minnesota. Os generais da América dizem que este é um
assunto policial — embora a polícia em Mineápolis possa em breve ser
desmantelada em favor de gangues revolucionárias armadas (quer dizer,
policiamento comunitário).
Quando o senador Tom Cotton escreveu seu artigo de opinião no New
York Times em 3 de junho, ele escreveu: "A nação deve restaurar a ordem. Os
militares estão prontos." Mas nossos líderes militares não estavam prontos. E
os editores do New York Times, criticados por publicar o texto de Cotton,
imploraram perdão por tolerarem o "tom severo" do senador. Os editores
opuseram-se à afirmação de Cotton de que "quadros de radicais de esquerda"
estavam por trás das agitações, da violência, da pilhagem e do incêndio de
edifícios. Na verdade, disseram os editores do Times "essas alegações não
foram comprovadas e têm sido amplamente questionadas".
De acordo com os editores do jornal, "O artigo de opinião [do Senator
Cotton] deveria ter sido submetido a outras revisões substanciais... ou
rejeitado." É um trabalho difícil, realmente, ser editor do New York Times.
Tal editor é capaz de comprovar que o sol é quente, que a água é molhada —
mas é incapaz de comprovar a presença de incendiários e vândalos
esquerdistas por trás da retórica política e dos slogans da esquerda. Foi por
preguiça ou incompetência que os repórteres do Times ainda não tinham
participado de telefonemas em grupo de ativistas de esquerda a respeito de
alicates corta vergalhão, latas de gasolina e fósforos? (Conheço um jornalista
conservador que escutava essas ligações). E qual é a teoria desses gênios
jornalísticos? — Que multidões de saqueadores, numa cidade após a outra,
foram convocados durante a noite pela apatia política?
A negação do New York Times do envolvimento comunista nas ações
revolucionárias de hoje é ainda mais uma dimensão da revolução. Aqui, o
"jornal oficial" da América está ensinando o país a ser cético em relação ao
capitalismo — não ao comunismo. Não podemos culpar a esquerda. Toda a
culpa é dirigida ao racismo branco sistêmico; ou seja, o suposto racismo do
sistema capitalista.
Não podemos dizer que uma revolução comunista começou. Não
podemos dizer que grupos marxistas estão engajados numa tomada de poder;
que estão usando questões raciais como camuflagem, "ampliando o domínio
do igualitarismo"; que saquear lojas, espancar cidadãos brancos e oficiais de
polícia tem tudo a ver com a supremacia comunista (e nada a ver com boas
relações raciais).
Para aqueles que estudaram o comunismo, que participaram de reuniões
comunistas, a situação é perfeitamente óbvia. No entanto, a grande mídia
finge que não há comunistas. Finge que a esquerda não tem culpa. Nossos
generais fecham os olhos para os desordeiros. O presidente é contestado ou
ridicularizado por governadores e prefeitos. Os comunistas são imunes a um
contra-ataque porque se apoderaram da vantagem igualitária da política
americana. Eles têm seguido o método de Gramsci.
A derrubada de nossa cultura pelo comunismo foi acelerada pelas
feministas, pelos abortistas, pela normalização de "estrangeiros ilegais", pelo
casamento gay, pela compaixão pelos transgêneros. E agora ela avança como
inimiga da polícia e defensora dos afro-americanos. Cada uma dessas
"causas", uma após a outra, tem sido usada para assaltar o flanco aberto da
civilização. É exatamente como disse Boggs: a revolução é impulsionada por
"novas formas de participação social" que gradualmente ampliam "o domínio
do igualitarismo, [e de] formas não-burocráticas de autoridade social..."
"A primeira prioridade de Gramsci", escreveu Boggs, "era a
transformação multidimensional da sociedade civil, que ele considerava a
chave definitiva para a 'guerra de movimento', uma vez que... deve haver
hegemonia política mesmo antes da obtenção do poder." E aqui vemos como
a hegemonia política anterior à tomada do poder funciona na prática.
Ontem entrevistei Jimmy, do Brooklyn, famoso ouvinte de programas de
rádio, que é um especialista em comunismo. Explicando o significado do
livro de Boggs sobre Gramsci, Jimmy disse: "Basicamente, os comunistas
precisam colocar um grande número de pessoas do seu lado antes de poderem
tomar o poder."
Segundo Jimmy, um pequeno grupo marxista, sem o apoio numérico,
teria de reeducar e também exterminar milhões de pessoas depois de assumir
o poder. Portanto, é melhor transformar antecipadamente quase todos em
marxistas involuntários. Se as pessoas de todas as posições sociais tiverem
aceitado as idéias esquerdistas, se não mais entenderem ou preservarem as
idéias de seus antepassados, a Revolução avançará sem grande resistência.
Os comunistas tomaram uma decisão estratégica, há muito tempo, de
defender as "causas" das mulheres, dos negros e de outras minorias. A idéia
toda é conseguir uma maioria em oposição ao "patriarcado branco". De
acordo com Jimmy, "é semelhante a como um cafetão recruta uma jovem
moça. Ele simpatiza com ela. Ele oferece-lhe ajuda. Ele ouve-lhe as queixas
sobre o pai. Assim que ela vê que a sua orientação é necessária, ela começa a
obedecê-lo. Em breve, ela se torna uma prostituta."
"Esta é a verdadeira natureza da organização comunitária", disse Jimmy.
"Eles oferecem ajuda genuína às pessoas em nível local. Mas essa ajuda tem
um preço". Agora estão oferecendo uma ordem alternativa, sem polícia.
"Nesse processo, os comunistas estão vencendo", disse Jimmy, "e os
conservadores são estúpidos demais para perceber."
Para salvar o país, devemos começar a chamar as coisas pelos próprios
nomes. Não podemos ter medo da retórica igualitária do inimigo. Não
devemos permitir que eles nos intimidem. Devemos tomar conta de nossa
própria linguagem. Devemos chamar nosso inimigo pelo nome. Devemos
identificar os comunistas e expor a sua atividade. Se não conseguirmos fazer
isso, estaremos perdidos.[39]

A estratégia chinesa e o mínimo solar


20/06/2020

O aquecimento global sempre foi seguido por um resfriamento


intenso em ciclos regulares de dois séculos.

— KHABIBULLO ABDUSSAMATOV
ASTRÔNOMO, OBSERVATÓRIO PULKOVO
ACADEMIA RUSSA DE CIÊNCIAS

O que não lhe contaram, o que não lhe dirão, o que suas medidas ativas
foram projetadas para ocultar de você, é o significado do mínimo solar que se
aproxima.[40] Se quisermos entender o timing estratégico da China, em termos
de ações desestabilizadoras e preparações militares, o próximo mínimo solar
precisa ser levado em consideração.
O que é o mínimo solar?
Ele envolve um enfraquecimento cíclico do campo eletromagnético do
Sol, resultando em um bombardeio mais intenso dos oceanos por raios
cósmicos, aumentando a formação de nuvens de baixo nível que podem
refletir até 60 por cento do calor do Sol. Os efeitos sobre o clima incluiriam
inundações de primavera mais freqüentes e uma estação de cultivo mais curta
nas latitudes do norte. Resultaria, desses e de outros efeitos, uma redução
significativa na produção mundial de alimentos.
O governo russo sabe tudo sobre isso. O governo chinês também sabe. E
ambos os governos têm se preparado, em segredo. O clima já causou perdas
de safra na China (mascaradas pelo discurso de perdas relacionadas à
COVID-19). Enquanto isso, o Ocidente tem sido ludibriado com uma medida
ativa chamada "ciência do aquecimento global antropogênico". Na verdade, a
"teoria do aquecimento global antropogênico" é uma pseudociência. Alguns
dos que promoveram essa pseudociência eram agentes de Moscou. Outros
eram "idiotas úteis".
Ao contrário da narrativa predominante, o aquecimento global é um
fenômeno cíclico — como o Dr. Abdussamatov explicou em seu artigo de
2009. Os dogmáticos do aquecimento global antropogênico caluniaram o Dr.
Abdussamatov, chamando-o de "picareta". Mesmo assim, o seu crédito é alto
nos círculos do Kremlin. Há alguns anos, quando questionado sobre o
aquecimento global, o presidente russo Putin disse: "Eu acredito no
resfriamento global". Putin apóia as afirmações do astrônomo uzbeque, nas
quais os seguintes fatos são enfatizados:

…os ciclos de onze anos e dois séculos de variações idênticas e


sincronizadas de luminosidade, atividade das manchas solares e
diâmetro do Sol, é um dos fatos mais confiáveis averiguados na
física solar.
O clima da Terra sempre esteve mudando periodicamente e nosso
planeta já experimentou vários aquecimentos globais, semelhantes
a este que [agora] observamos. O aquecimento global sempre foi
seguido por um resfriamento intenso...

Em 2015, Abdussamatov publicou um artigo na Thermal Science,


intitulado "Earth is now entering its 19th little ice age" (A Terra está
entrando agora em sua 19ª pequena era do gelo). O governo russo colocou
Abdussamatov no comando de todos os experimentos solares realizados na
Estação Espacial Internacional. Os cientistas russos e agentes do governo
sabem que o Sol é o fator causal número um quando se trata de clima. E
sabem que o Sol, como o próprio sistema solar, opera ciclicamente. Também
sabem que estamos prestes a entrar no 25º ciclo solar, o qual acreditam que
trará uma década de temperaturas mais frias.
Os russos estão certos?
O pesquisador australiano David Archibald concorda com os russos. Seu
livro é intitulado Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will
Be Nasty, Brutish, and Short (O Crepúsculo da Abundância: Por que a vida
no século XXI será desagradável, brutal e curta).[41] Archibald cita
evidências científicas de que um mínimo solar está diante de nós. Estamos
justo agora chegando ao fim de um período de aquecimento. Mas este não foi
um período de aquecimento comum. "De 1930 a 2010", escreve Archibald, "a
população mundial aumentou 250% enquanto a produção mundial de grãos
aumentou 392%". Em outras palavras, nós vivemos o maior período de
prosperidade da história do homem; mas agora, devido a mudanças no Sol,
nossa sorte vai acabar.
Acontece que 1816 foi o pior ano do mínimo solar anterior (também
conhecido como Mínimo de Dalton).[42] Archibald avisa: "Uma repetição da
experiência climática de 1816 nos cinturões de grãos da região temperada
provavelmente resultaria em quase todos os países exportadores de grãos
cessando as exportações para conservar os grãos para o consumo interno."
Ele então lista vários países que devem importar grãos para evitar a fome em
massa. Quais países estão em maior perigo? Arábia Saudita, Síria, Iraque, Irã,
Egito, Israel, Afeganistão, Tunísia, etc. Essas, diz ele, são "populações à beira
do colapso". O capítulo de Archibald sobre a China é intitulado "A China
quer uma guerra". É perfeitamente natural que um país superpovoado,
incapaz de alimentar a si mesmo, considere um caminho de conquista.
Consideremos alguns paralelos históricos. A humanidade enfrentou a
fome e o frio muitas vezes na história. É quase certo que foi isso que obrigou
as tribos germânicas a cruzar o Reno no início do século V, resultando na
queda do Império Romano ocidental. Suspeita-se até que o resfriamento
global tenha causado o colapso dos impérios sumério e hitita no segundo
milênio A.C. Embora não relacionada ao resfriamento global, uma
calamidade mais recente é ainda mais ilustrativa do perigo: a Alemanha
experimentou a fome durante a Primeira Guerra Mundial, resultando em
agressão militar para adquirir "lebensraum" (espaço vital). Os alemães
precisavam de mais terras, disse Hitler, para evitar uma repetição da fome
que resultou do bloqueio dos aliado de 1914–1919. (Note bem: o bloqueio foi
mantido após a guerra, durante a Conferência de Paz de Paris que se reuniu
em janeiro de 1919. Em conseqüência, várias centenas de milhares de
crianças alemãs morreram de fome e doenças).
Se o resfriamento global ameaça as grandes potências com efeitos mais
catastróficos do que os sofridos pela Alemanha em 1914–19, que políticas de
agressão provavelmente surgirão? Além disso, com a população global em
precários 7,7 bilhões, a questão de quem passa fome e quem come torna-se
uma questão política, uma questão de nacionalidades e — como sugere o
exemplo de Hitler — uma questão racial. Nesse contexto, podemos
perguntar por que a China, na qualidade de regime comunista, adotou
recentemente o "grande chauvinismo Han". O fundador da China comunista,
Mao Zedong, denunciava o chauvinismo han. Mesmo assim, os discípulos de
Mao estão adotando essa ideologia racial. Com relação a essa mudança
ideológica, devemos fazer uma pergunta: essa mudança foi provocada pela
aproximação do mínimo solar?
Pense da seguinte maneira: sabe-se que grandes migrações tribais,
envolvendo massas de seres humanos, sob ameaça de fome, infligem guerra e
rapina a nações fracas e despreparadas. Os americanos vêem sua riqueza e
proezas tecnológicas como vantagens. Mas essas "vantagens"
invariavelmente amolecem aqueles que mais desfrutam delas. Hoje, esse
amolecimento é chamado de "privilégio branco" — um termo que designa
aqueles que estão prestes a ser expropriados, saqueados, ou até mesmo
levados a morrer de fome. Se Stalin tirou a comida dos "culaques"
ucranianos, matando-os de fome aos milhões para alimentar os bolcheviques
nas cidades, como é que o crescente movimento esquerdista de hoje
distribuirá a comida durante uma fome global? Ouvimos a retórica dos
revolucionários em nossas ruas. Se três bilhões de pessoas tiverem de morrer
de fome, quem eles vão selecionar como um "culaque", que merece morrer de
fome? Tocando neste assunto, Lawrence Pierce, autor de A New Little Ice
Age, escreveu:

A comida se tornará a arma definitiva, e a melhor forma de


derrotar seus inimigos sem ser o vilão é só achar uma forma de não
enviar comida para eles.

Os Estados Unidos seriam, nessas circunstâncias, um dos poucos países


exportadores de alimentos em perspectiva. A importância estratégica da
América do Norte, em um mundo superpovoado, não pode ser subestimada a
partir da perspectiva de um país, como a China, que contém 1,4 bilhão de
pessoas — incapazes de se alimentar de sua própria terra. A imensa extensão
de terra arável da América, e o caráter deficiente dos estadistas e generais
americanos, torna o país um alvo tentador às vésperas do mínimo solar. A
atual ativação de uma quinta-coluna comunista em solo americano, e o uso de
chantagem econômica (e outras) chinesa contra a elite americana, promete
dividir (e conquistar) os Estados Unidos no início do 25º ciclo solar. Isso é
uma coincidência ou é uma diretriz? É uma tentativa de arrebatar a provisão
alimentícia da América?
Nesse contexto, devemos reavaliar uma das medidas ativas mais
significativas promovidas pelos comunistas nas últimas três décadas. A
conexão íntima entre o ex-vice-presidente (e ativista do aquecimento global)
Al Gore Jr. e um proeminente agente da KGB chamado Armand Hammer
(ver o dossiê de Edward Jay Epstein sobre Hammer, link abaixo),[43] é mais
do que sugestiva. Junto com ingênuos diversos e aliados comunistas no
Ocidente, os serviços especiais russos promoveram a teoria do "aquecimento
global antropogênico" desde o início. Foi, sem dúvida, uma fraude estratégica
da mais alta ordem.
Nossos grandes centros de aprendizagem não apenas sucumbiram aos
ditames do marxismo de Gramsci (discutido em meu ensaio anterior), mas
também ao absurdo da "ciência do aquecimento global antropogênico". Se
olharmos mais de perto, parece que nossos grandes centros de aprendizagem
são em grande parte compostos de fantoches políticos, ingênuos e
mediocridades brilhantes, cujas palavras e lugares-comuns são plagiados das
páginas de revistas "liberais". Ali ainda existe um punhado de pessoas
sensatas que foram expelidas da academia — as quais não são bem-vindas no
governo e nas grandes corporações. Estas foram excluídas por um processo
sutil de ostracismo pelos pares. Estas pessoas desesperadamente necessárias
devem ser resgatadas para a nação. Em vez de tirar a verba da polícia,
devemos tirar a verba de nossos "grandes" centros de aprendizado e criar
novas instituições dedicadas à sobrevivência da nação, livres da interferência
e subversão inimiga. Mas, primeiro, devemos ter clareza. Devemos
compreender a estratégia do inimigo e a lógica por trás do timing dessa
estratégia.
Os leitores são incentivados a estudar os links abaixo e tirar suas próprias
conclusões.[44]
Facção, subversão e insurreição
08/07/2020

Colocamos em primeiro lugar, como uma máxima geral, que


facções e partidos são perigosos... Devem, portanto, ser evitados,
sempre que possível, por meio de deliberações inteligentes... e
todos os meios devem ser usados para curá-los...

— JEAN BODIN
SOBRE A SOBERANIA[45]

O teórico político do século XVI Jean Bodin advertiu que, se as


diferenças faccionárias não puderem ser resolvidas por um processo legal,
então o soberano "deve recorrer à força para extingui-las por completo,
punindo os líderes manifestos antes que se tornem tão fortes que não haja
como prevalecer contra eles."
Desde que esse livro foi escrito, os Estados Unidos da América estão
cercados por diferenças faccionárias que não podem ser resolvidas por um
processo legal; pois a própria lei foi subvertida. E, atualmente, por mais que
esperemos o contrário, não há soberano principesco que possa "recorrer à
força para extingui-las... punindo os líderes manifestos", porque, sob o nosso
sistema político, "o povo" goza de soberania, e o próprio povo está dividido
em dois campos hostis, cada um oposto ao outro.
A título de exemplo, o presidente Donald Trump fez um discurso em 4
de julho no Monte Rushmore. Ele homenageou os presidentes Washington,
Jefferson, Lincoln e Roosevelt, prometendo defender este e outros
monumentos contra o vandalismo. Em resposta, a CNN disse: "Trump insiste
com mensagens divisivas", enquanto a CNBC afirmava que Trump estava
alimentando "divisões nacionais".[46]
Na América hoje existem dois poderes soberanos — duas noções
distintas de "nós, o povo" — que reivindicam palavras como "justiça" e
"liberdade" e "bom governo". Mas cada um desses poderes entende as
palavras de maneira diferente; e suas diferenças não são negociáveis, nem
pode haver uma conciliação entre eles.
Bodin advertiu que "é mais fácil prevenir uma invasão do que expulsar o
inimigo, uma vez que ele tenha efetuado a entrada" e, da mesma forma, "é
melhor prevenir a sedição do que tentar curá-la". E então ele acrescentou,
como que para nosso proveito: "Isso é ainda mais difícil em um estado
popular do que em qualquer outro."
O problema da soberania em um estado popular dividido (como o nosso)
é um que agora enfrentamos; pois a Constituição dos Estados Unidos é algo
estranho para a maioria das pessoas que ocupam o atual governo formado
conforme ela, mesmo que os interesses e idéias do governo estejam em
desacordo com "o povo", ou o que restar depois que vários grupos de
"vítimas" tiver se separado para formar um "novo povo".
Por várias décadas, uma minoria subversiva tem tentado se tornar uma
maioria soberana inatacável — mais recentemente importando milhões de
estrangeiros ilegais não-brancos, levados clandestinamente através de uma
fronteira que é condenada como "racista". Esta pretensa maioria soberana
deseja acabar com as tradições nacionais do país, seus símbolos nacionais, e
até mesmo seus ideais nacionais.
Eis uma tentativa de derrubar "o povo dos Estados Unidos" em favor de
uma pirataria e banditismo enraizado no "socialismo", ou "marxismo", ou
"comunismo", mas que, por razões táticas, prefere se camuflar como "anti-
racismo". Na tentativa de construir uma nova maioria soberana, vários grupos
marxistas montaram uma coalizão de mulheres raivosas, jovens que passaram
por lavagem cerebral, minorias e estrangeiros "desfavorecidos". Referindo-se
a si próprios como "progressistas", esta facção afirma representar "o povo".
Aqueles que antes eram representados pela expressão constitucional "nós, o
povo", agora são denunciados como "racistas". As instituições políticas da
América, o livre mercado e a polícia são considerados "sistemicamente
racistas". Em conseqüência, as estátuas dos heróis e Fundadores da América
serão derrubadas, a bandeira nacional, queimada, e os monumentos nacionais,
profanados.
Esta campanha para destruir os símbolos americanos e caluniar seus
fundadores não deveria surpreender ninguém. Durante o último meio século,
uma "facção de subversão" começou a dominar as universidades, o governo e
a mídia americanos. A presidência de Barack Obama aumentou ainda mais
suas esperanças. Na verdade, sua consolidação de poder estava quase
completa em 2016. A "facção da subversão" apenas precisava de mais um
presidente "socialista disfarçado" antes que a vitória fosse final e irreversível.
Hillary Clinton foi indicada para completar o processo, sendo sua eleição
"garantida"; ainda assim, ela não conseguiu derrotar um candidato azarão —
Donald J. Trump.
Trump venceu a eleição com slogans como "cadeia nela" e "drene o
pântano". Mas a "facção da subversão", agora dominante no Departamento de
Justiça e no FBI, estabeleceu uma "apólice de seguro" no embuste do conluio
Trump/Rússia, que foi usada para contestar a legitimidade do novo
presidente. Assim começou uma campanha coordenada de mentiras,
processos e insubordinações, que irrompeu em todo o governo, apoiada por
uma campanha de mídia de malícia sem precedentes.
Depois de repetidos apelos para o impeachment, seguiu-se um
impeachment real — com um circo de fofoqueiros burocratas e uma narrativa
de supostos crimes insignificantes demais para serem considerados a sério.
Então, no meio de uma pandemia de origem chinesa, uma insurreição
começou, coincidindo com uma disputa eleitoral de Trump com uma
nulidade obviamente senil, imprestável, corrupta.
Essa breve visão geral de nossa situação não se presta a uma previsão
otimista. Muitos de nossos concidadãos, ano após ano, têm se escondido na
"esfera privada que não oferece risco", descansando na posse segura de sua
"propriedade privada", ficando fora de controvérsias políticas, cedendo
terreno político a narrativas e pessoas cada vez mais patológicas. Por fim,
essa "esfera privada que não oferece risco" já não é mais segura. As saídas
foram bloqueadas. Um confronto agora é inevitável.
Há um lado positivo em tudo isso, de acordo com Jean Bodin. Se uma
insurreição falhar, seu veneno é expurgado do corpo político. Uma multidão
iludida pode ser curada uma vez que seus líderes agitadores sejam presos. E
quem são esses líderes agitadores, na verdade? No início do livro de
Bodin, Sobre a Soberania, há uma lista de princípios necessários para uma
comunidade bem organizada. A pedra angular desses princípios pode
surpreendê-lo. Em primeiro lugar, escreveu Bodin, a ordem correta envolve
distinguir "uma comunidade de um bando de ladrões ou piratas. Com eles não
se deve ter relações, comércio, nem aliança."
A perigosa facção que atualmente divide o país está enraizada numa
ideologia de banditismo e pirataria. Não se engane. Essa também é a
ideologia de Pequim, Havana e outras potências hostis. O erro mais grave que
se possa imaginar foi começarmos a manter "relações" e "comércio" com os
comunistas chineses. Também foi um grave erro que se permitisse que a
ideologia deles de espoliação universal criasse raízes em nossas próprias
escolas e universidades. A partir daí, o veneno se espalhou e a violência
revolucionária agora nos ameaça.[47]
GRAMSCI’S MARXISM, PP. 121-123

De acordo com uma história dos "órgãos" da Segurança do Estado


soviética, publicada em 1977, cidadãos soviéticos politicamente "instáveis"
eram monitorados e "administrados" pela KGB. Acontece que esse manejo
exigia um tipo especial de trabalho "profilático". O segredo era persuadir o
cidadão soviético em questão a reconhecer o "dano político" das "indiscrições
cometidas... [de modo que pudessem] voltar ao caminho certo". Se essa
"persuasão" fosse bem-sucedida, evitaria violações criminosas do sistema de
segurança soviético e da estrutura social.
Um processo semelhante de correção "profilática" foi estabelecido hoje,
nos Estados Unidos. Só que tem sido feito sem referência aos órgãos de
segurança do Estado ou à polícia. Se você é um profissional em quase todas
as áreas, você provavelmente foi obrigado a aceitar os dogmas ou programas
politicamente corretos. Por exemplo, seu emprego ou carreira pode ser
prejudicado caso ouvirem você por acaso dizer que casamento é a união de
homem e mulher. Ou suas notas podem ser prejudicadas em um curso
universitário se você questionar a "ciência consolidada" do aquecimento
global antropogênico. Pior ainda, você pode ser atacado e espancado na rua
por dizer: "Todas as vidas são importantes."
Nosso sistema emergente de controle cultural antecipa um futuro
sistema de controle policial. Elementos anti-socialistas são rotineiramente
identificados e demonizados (como visto no caso do presidente Donald
Trump ou de seus seguidores). Uma vasta doutrinação, utilizando a pressão
grupal dos colegas e incentivos à carreira, tem estado em construção há muito
tempo nos Estados Unidos. Cidadãos em todas as esferas da vida são julgados
como "responsáveis" ou "irresponsáveis" com base em sua disposição de
cooperar com a agitação-propaganda do lado socialista. Aqueles que se
opõem ao socialismo são considerados "reacionários". Aqueles que vacilam e
tentam adotar o pensamento independente são rotulados de "imaturos". Não
se trata de ser preso. O sistema funciona propagando conseqüências sociais e
administrativas — aplicadas por gerentes, professores e colegas. Ele tem
progredido lentamente, imperceptível, usando palavras em código que evitam
declarações socialistas diretas. Sempre, nesse processo, o lado socialista
avança sob um disfarse, usando o ambientalismo, o anti-racismo e a
preocupação com os pobres.
A coisa toda é uma pilantragem cínica. Aqueles que enxergam através
dela são marcados para o ostracismo. Isso é especialmente verdadeiro para
aqueles que tentam expor as atividades subversivas do lado socialista. Essas
pessoas são denegridas. Elas são levadas a se sentir como malucas, expulsas
da sociedade respeitável para as periferias; demitidas de seus empregos
acadêmicos ou públicos, forçadas a se aposentar ou pior.
Esse processo têm feito muitas vítimas. Naturalmente, em uma
sociedade livre, aqueles que são colocados para fora do ensino, do governo
ou da mídia podem tentar uma nova profissão. Eles podem encontrar
emprego como lavadores de pratos, baristas ou porteiros noturnos. Eles não
são presos ou executados, como aconteceria na China, em Cuba ou na Coréia
do Norte; portanto, alguém poderia perguntar por que é que se deveria chegar
a falar em vítimas. A tirania suave da esquerda americana se considera
humana. No entanto, uma sociedade que acredita numa mentira e amordaça
os que dizem a verdade não permanecerá humana por muito tempo.
O que vem acontecendo na América, há muitos anos, é uma revolução
cultural que prepara o caminho para um tipo mais violento de levante. Como
Carl Boggs explicou em seu livro sobre o marxismo de Gramsci, estamos
falando de "uma revolução cultural completa que se propõe a transformar
todas as dimensões da vida cotidiana e estabelecer as bases psicológicas
sociais do socialismo antes de a questão do poder do Estado organizado ser
resolvida."
Eis uma abordagem defendida pelo comunista italiano Antonio Gramsci.
É uma emenda à teoria revolucionária de Lenin, oferecendo a perspectiva de
mudanças culturais que facilitarão a tomada revolucionária do poder em um
país capitalista avançado (como os Estados Unidos).
Para entender a contribuição de Gramsci para a teoria leninista, vale a
pena examinar o conceito leninista de "ditadura do proletariado [isto é, da
classe trabalhadora]". De acordo com Marx, o estado é uma máquina de
opressão de classe. Portanto, a atual forma de governo nos Estados Unidos é
chamada pelos marxistas de "a Ditadura da Burguesia [isto é, a ditadura dos
que são donos de empresas]". É, de acordo com os marxistas, uma forma de
governo em que os ricos empregam a democracia e o livre mercado para
roubar os pobres. O objetivo da revolução marxista-leninista é derrubar a
ditadura da burguesia em favor da ditadura do proletariado.
O que é, então, a ditadura do proletariado? Primeiro, é "o instrumento da
revolução do proletariado". Em segundo lugar, significa o "domínio sobre a
burguesia". Como tal, ela se interessa pelo poder político. Mas a tomada do
poder não é o objetivo final. De acordo com J. V. Stalin, em seu
livro Fundamentos do Leninismo, "A tomada do poder é apenas o começo".
Por quê? Porque o poder da burguesia não se quebra com a conquista do
governo. Em muitos casos, a burguesia pode tomar o governo de volta. A
questão é como evitar isso. De acordo com Stalin, "a idéia central é reter o
poder, consolidá-lo, torná-lo invencível."
A consolidação do poder em um sistema federal, sujeito a freios e
contrapesos, com governos estaduais e um governo nacional operando
separadamente, não é fácil. Requer décadas de trabalho árduo. (Eis porque
Gramsci é tão útil!). Vemos como os marxistas nos Estados Unidos sempre
buscaram a centralização do poder de uma forma que nenhum mecanismo de
lei — nenhum freio e contrapeso — poderia se opor efetivamente. Seu
controle das alavancas burocráticas é a essência do "deep state". Ele se recusa
a obedecer a freios e contrapesos, procedimentos legais e ordens legais de
magistrados eleitos. Ele só obedecerá quando um presidente do lado
socialista entrar na Casa Branca.
Para atingir a invencibilidade na consolidação do poder, observou Stalin,
três tarefas principais devem ser realizadas. Primeiro, quebrar a resistência
dos proprietários e capitalistas, "para liquidar toda tentativa de sua parte para
restaurar o poder do capital". Segundo, preparar a eliminação das classes
média e alta. Terceiro, "armar a revolução, organizar o exército da
revolução..."
A resistência pode ser quebrada, por exemplo, retirando-se a verba da
polícia, difundindo-se as pilhagens, colapsando-se a moeda. Ao mesmo
tempo, a infiltração marxista nas grandes empresas pode ser usada para
encenar provocações que ressaltem a maldade dos capitalistas. É importante,
do ponto de vista da revolução, que os capitalistas sejam sempre culpados.
Psicologicamente, a expropriação dos ricos precisa acontecer de repente.
Ela deve ser implacável e completa. Ela é facilitada pelo fato de que os ricos
são numericamente insignificantes e o governo pode ser levado a se voltar
contra eles. Se, ao mesmo tempo, as massas estiverem fazendo tumulto e
saqueando, os ricos se verão numa situação desesperadora.
No que se refere a estabelecer uma sociedade socialista, a coisa mais
difícil de se realizar, em tudo isso, é a expropriação dos pequenos
empresários. Essas pessoas são bastante numerosas. Elas têm o pensamento
independente. Onde quer que elas existam, o capitalismo continua. Para
garantir a segurança da nova ditadura, de acordo com Lenin, "a abolição das
classes significa não só expulsar os proprietários e capitalistas", o que se
consegue com relativa facilidade. Ela significa "abolir os pequenos
produtores de mercadorias..."
Sim, significa que todas as pequenas empresas devem desaparecer. Elas
não podem ter permissão para existir. Naturalmente, sua resistência pode se
tornar violenta. Assim, Lenin explicou: "A ditadura do proletariado é uma...
guerra implacável travada... contra um inimigo mais poderoso, a burguesia,
cuja resistência é multiplicada por dez com sua derrubada."
A teoria revolucionária antecipa uma reação burguesa muito violenta. A
contra-revolução que se segue ao estabelecimento da "ditadura do
proletariado" exigirá que os marxistas usem formas de luta sangrentas e
incruentas. Isso envolverá meios de persuasão violentos e pacíficos. Contará
com armas educacionais, econômicas e administrativas para esmagar "as
forças e tradições da velha sociedade", observou Lenin.
Acerca desse processo, Karl Marx disse aos trabalhadores: "Vocês terão
de passar por quinze, vinte, cinqüenta anos de guerras civis e conflitos
internacionais... não só para mudar as condições existentes, mas também para
mudar a si mesmos e se tornarem capazes de exercer o poder político..."
Lenin escreveu: "Será necessário, sob a ditadura do proletariado,
reeducar milhões de... pequenos proprietários, centenas de milhares de
empregados de escritório, funcionários públicos e intelectuais burgueses, a
fim de subordiná-los todos ao Estado proletário e à liderança proletária, a fim
de superar seus hábitos e tradições burguesas..."
Lenin brincava que os trabalhadores não desistiriam facilmente de seus
"preconceitos burgueses de um só golpe, por milagre, por ordem da Virgem
Maria..." Isso só aconteceria, dizia ele, "no curso de uma longa e difícil luta
das massas contra as influências, nas massas pequeno-burguesas," da
tradição.
A luta que Lenin descreveu envolverá slogans e estratagemas; mas
também envolverá o rompimento violento da velha ordem em todas as suas
particularidades. A ditadura do proletariado, como uma nova forma de
governo, disse Stalin, "é um poder revolucionário baseado no uso da força
contra a burguesia".
Talvez a nota mais importante que Stalin incorpora ao seu resumo dos
ensinamentos leninistas sobre a ditadura do proletariado é que essa ditadura
"não pode surgir como o resultado do desenvolvimento pacífico da sociedade
burguesa e da democracia burguesa..." Esta ditadura, que os comunistas
procuram estabelecer a todo custo, "só pode surgir como o resultado do
esmagamento da máquina do Estado burguês, do exército burguês, do
aparelho burocrático burguês, da polícia burguesa."
Estremecemos ao imaginar o "esmagamento" de tantas instituições, a
destruição do próprio sistema capitalista e o advento de uma ditadura
socialista plena. Pergunte a si mesmo: o meio de dissuasão nuclear da
América sobreviveria a tal processo? Certamente, Pequim aplaudiria o
advento de um regime comunista em Washington, nem que seja só porque o
domínio mundial chinês estaria garantido.
É hora de sair da Califórnia
09/09/2020

Não adianta mentir para nós mesmos. O estado da Califórnia não é mais
seguro. O seu governo assumiu a aparência de algo hostil. Ele é
"progressista", havendo se virado para a "esquerda". Ele colocou o tapete de
boas-vindas para o La Raza (UnidosUS), o Antifa e o Exército da Libertação
Popular. O estado parece ser administrado por marxistas. Isso deveria nos
surpreender? As elites empresariais e políticas da Califórnia estão ligadas a
Pequim. São Francisco, com seus muitos acampamentos de sem-teto, é parte
colônia chinesa e parte zoológico liberal. Enquanto isso, Los Angeles está se
tornando uma cidade estrangeira.
Enquanto estas palavras são escritas, a Califórnia queima. Do lado de
fora da minha janela, cinzas estão caindo. O céu tem um brilho laranja-rosado
porque incêndios florestais estão assolando todo o estado. Ontem, os
incêndios derrubaram a nossa conexão com a internet. Os principais políticos
do estado colocam a culpa dos incêndios no fracasso de Trump em combater
o "aquecimento global". Mas os incêndios florestais não se devem a
mudanças climáticas globais. Os incêndios, escreveu Chuck Devore da
Forbes Magazine, são o resultado de "décadas de má gestão ambiental que
criou um barril de pólvora de madeira não colhida, árvores mortas e espessa
vegetação rasteira."[59]
Os esquerdistas radicais, que dominam a Califórnia, estão destruindo-a
lentamente. Seus anseios totalitários sempre estiveram em evidência. Se você
tiver alguma dúvida sobre o assunto, considere o que aconteceu com a
senadora estadual republicana da Califórnia, Janet Nguyen, em 23 de
fevereiro de 2017. Logo após a morte do senador Tom Hayden, um radical
pró-comunista, Nguyen preparou um comentário sobre as atividades
traiçoeiras de Hayden durante a Guerra do Vietnã. Ela primeiro leu sua
declaração em vietnamita, mas assim que começou a pronunciá-la em inglês,
o senador presidente Ricardo Lara disse que ela estava fora das normas,
desligou-lhe o microfone e trouxe o oficial de justiça para escoltá-la para fora
a sala.[60]
Mesmo antes de Nguyen tentar criticar Hayden, um membro democrata
chamado Dan Reeves, trabalhando para o presidente do Senado, Kevin de
Leon, havia enviado um e-mail para a equipe de Nguyen, avisando que
qualquer declaração contra o senador Hayden seria uma violação dos direitos
de Hayden e "será considerada fora das normas e reprovada pelo corpo [do
Senado]."
O presidente do Senado, Kevin de Leon, assumiu total responsabilidade
pela ação contra Nguyen, enfim concordando em deixá-la falar. No entanto,
os verdadeiros sentimentos de De Leon são melhor refletidos nas novas
declarações de seu colaborador, Dan Reeves, que afirmou que Nguyen não
tinha nenhum direito de criticar Hayden porque Hayden não a havia criticado.
Podemos ver, por meio disso, o verdadeiro norte da bússola moral do
dirigente democrata.
Esse lamentável caso aconteceu há mais de três anos. Hoje a situação
continua piorando. O governo estadual, por se opor à eletricidade pelo bem
do "planeta", não permitiu a construção de usinas elétricas suficientes; então
a onda de calor do mês passado resultou em contínuos apagões, fechamentos
de empresas e horas de trabalho perdidas. No outono passado, houve
desligamentos preventivos de energia. Veja só: a possibilidade ocasional de
que o vento pudesse derrubar uma árvore numa linha de energia resultou em
cidades inteiras sendo privadas de energia. E no entanto as florestas e os
arbustos queimam mesmo assim.
O ambientalismo do tipo comunista, voltado para a sabotagem da
propriedade privada, é um aspecto importante da política da Califórnia.
Lembra da coruja-pintada? Eles interromperam a queda de árvores para
salvar a coruja-pintada. Agora a coruja-pintada foi queimada junto com o seu
habitat porque os madeireiros não estão limpando as árvores mortas e os
galhos quebrados.
Seria uma ilusão esperar que o partido governante da Califórnia
mudasse. Eles não vão reprovar suas políticas radicais. Conseqüentemente,
empresas e pessoas estão deixando o estado. Elas estão votando com os pés.
Como um amigo em São Francisco me disse esta manhã: "O povo está
fugindo, os aluguéis estão caindo; mas, mesmo com os aluguéis caindo, o
povo não quer morar aqui, porque aqui virou um esgoto."
O sinal está claro. É hora de sair da Califórnia. Estou me preparando
para sair também. Aconteça o que acontecer, vai piorar na Califórnia antes de
melhorar. Os Estados Unidos têm tolerado a traição e a sedição por décadas.
Nossa relutância coletiva para identificar inimigos domésticos e externos
levou o país a uma crise. Mesmo agora, não estamos enfrentando os fatos. A
Califórnia, assim como a cidade de Nova York, está sendo abandonada por
aqueles que trabalham e produzem. Por quê? Porque, no final, os marxistas
são destruidores. Eles destruirão a propriedade privada. Eles acabarão com a
liberdade de expressão. À medida que forem encorajados, sua tirania
aumentará.

O 13º Vindemiário da América?


16/09/2020

Daremos a eles um sopro de metralha.

— NAPOLEÃO BONAPARTE

Alguns dizem que a Revolução Francesa passou a se recuperar quando


Napoleão Bonaparte, no dia 13 do Vindemiário (5 de outubro) 1795, ordenou
que 40 canhões abrissem fogo contra uma multidão armada de 30.000
parisienses. A multidão estava vindo para atacar a Convenção Nacional no
Palácio das Tulherias. De quatrocentos a mil "cidadãos" nas primeiras filas da
multidão foram massacrados por metralhas e balas. A multidão fugiu em
pânico. O poder na França permaneceu com cinco homens que, em 1799,
deram lugar a um único homem — Napoleão.
Na América, agora mesmo, uma revolução está em curso. Os
revolucionários se vêem como paladinos da igualdade, do anti-racismo e da
"salvação" do planeta. A mentalidade por trás da revolução de hoje pode ser
vislumbrada nas "segundas instruções táticas" da Adbusters Media
Foundation (a respeito de um cerco de cinqüenta dias à Casa Branca,
programado para 17 de setembro). De acordo com a Adbusters, a América é
oprimida por "forças das trevas", consistindo em "hordas da direita
alternativa (alt-right) e supremacistas brancos" supostamente alinhados com
o presidente Donald Trump. Para salvar a democracia americana desses
"asseclas do mal", centenas de milhares de "manifestantes pacíficos" estão
sendo convocados a Washington, D.C. Seu objetivo declarado é "lembrar a
este regime autoritário" a importância da esquerda.
A Adbusters Media Foundation está localizada no Canadá. Ela nem
mesmo é americana. No entanto, decidiram intervir na política americana. A
esquerda é internacional, obviamente, tendo pouca consideração por
fronteiras ou nações. A esquerda também se opõe à religião tradicional. Sua
ideologia revolucionária é algo saído da música de John Lennon, Imagine.
Alguns acham que essa música é linda. Mas, olhando de perto, é uma
condenação de Deus e do país (e, também, da propriedade):

Imagine que não há paraíso


É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Sobre nós somente o céu
Imagine todas as pessoas vivendo pelo dia de hoje

Imagine que não há países


Não é difícil imaginar
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador


Mas eu não sou o único
Espero que um dia você se junte a nós
E o mundo será um só

Imagine que não há posses


Eu me pergunto se você consegue
Nenhuma necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas compartilhando o mundo inteiro...

Vinda de uma estrela do rock super-rica vivendo sob o capitalismo, a


música é uma mistura muito peculiar de melodia e hipocrisia. Se você tentar
"imaginar" um mundo sem fé religiosa, sem nações ou propriedade, é melhor
você se preparar; pois pessoas que não acreditam em nada são perigosas, e
pessoas que não têm país são chamadas de "apátridas", como os judeus que
foram asfixiados por Hitler. Fazer uma república do mundo inteiro é construir
uma Torre de Babel que desabará numa guerra civil. E um mundo sem
propriedade é ainda menos bonito; pois, como ninguém é dono de nada,
ninguém cuidará de nada. Por que alguém faria algo, ou construiria algo, se
não puder vendê-lo como propriedade para outra pessoa? Os valores
comunistas expressos na canção de John Lennon são, na prática, uma
inversão de todas as coisas necessárias que tornam a civilização possível em
primeiro lugar. E, no entanto, nossos revolucionários, não conhecendo nem
filosofia nem história, vêem-se como filósofos e fazedores da história.
Se nossos jovens revolucionários conhecessem só um pouco de história,
saberiam quanto sangue foi derramado na tentativa de construir sua utopia
socialista no século XX. Se soubessem um pouco sobre ciência política,
saberiam que o seu ideal significa tirania na prática. Mas eles não sabem
quase nada. Isso é o que condena estes filhos da revolução. Seus ideais foram
testados na Rússia Soviética e na China Comunista, em Cuba e na Venezuela
— e em muitos outros lugares, também. O resultado das revoluções
socialistas é sempre o conflito civil, fome causada pelo homem, execuções
em massa, informantes secretos, julgamentos espetaculares, gulags e pobreza.
Ser tão desonesto a ponto de afirmar uma mentira e lutar por essa
mentira é renunciar à própria humanidade. Eis uma passagem para a
corrupção que apodrece a alma, se é que alguma vez houve alguma. Ser tão
descuidado, tão desatento, a ponto de inconscientemente ficar do lado de
"ideais" totalitários, é declarar-se inimigo de todos os que pensam e de todos
os que realmente se importam. Essa desatenção se reflete na própria
linguagem de nossos jovens revolucionários. Considere, por assim dizer, as
profanações ultrajantes do ativista do Black Lives Matter, John Sullivan, que
deu o seguinte discurso em 29 de agosto para uma multidão esquerdista em
Washington, D.C.:

…meu nome é John Sullivan. Sou de Salt Lake City, Utah. Meu
grupo é o Insurgents USA. Estamos prestes a botar fogo nesta
merda. Foda-se esta merda... Poder para o povo! Poder para o
povo! Poder para o povo! [A multidão repete o refrão] Isso aí,
caralho! Precisamos chutar o Trump pra fora daquele escritório lá,
botando ele pra fora daquela merda. Não [estamos] interessados em
esperar pela próxima eleição. [Estamos] interessados em pegar esse
filho da puta. Eu estou interessado nesta merda. Porque, sabem que
hora é agora? Quero que vocês repitam depois de mim. É hora da
revolução! É hora da revolução! É hora da revolução! [A multidão
repete o refrão].[61]
Isso é a música de John Lennon sem a melodia bonita. É, obviamente,
um refrão sedicioso — incitando a rebelião contra o governo. Como tal, é
punível por multas e prisão, embora seja duvidoso que Sullivan venha a ser
punido algum dia. Essa agitação revolucionária é, em todos os lados,
alimentada pela tolerância equivocada do Estado. O que vai resultar disso?
"As idéias têm conseqüências", observou Richard M. Weaver, em um
livro de mesmo título. A verdade absoluta existe; e somos obrigados, como
seres humanos, a encontrar essa verdade e viver por ela. Caso contrário, a
civilização declina ou colapsa; pois a civilização se eleva apenas na medida
em que a verdade é honrada. O revolucionário violento de hoje, no entanto,
não acredita na verdade absoluta. Ele pode nem mesmo acreditar na
realidade. Noções falsas, ensinadas por professores socialistas, o degradaram.
O mesmo pode ser dito de nossos políticos pavorosos — cujas invenções
doentias não são mais toleráveis.
As falsas idéias de esquerda, que estão por trás da revolução de hoje e
podem ser fatais para o nosso país, são alimentadas e transmitidas por nossas
universidades. Elas são ignoradas pelos políticos e repetidas ad nauseam pela
mídia. Em sua forma atual, elas demonizam um único homem: o Presidente
Donald J. Trump. Como nas "segundas instruções táticas" da Adbusters
Media Foundation, encontramos Trump descrito como "este presidente que é
uma grande nulidade" com "pecados demais para citar..." Mas a "grande
nulidade" verdadeira se encontra na esquerda. A canadense Adbusters afirma
estar trabalhando por "um movimento global de mudança sistêmica — uma
Primavera Global — um impulso cultural em direção à verdadeira ordem
mundial". Mas é tudo bobagem. Eles não saberiam o que é uma "verdadeira
ordem mundial". Em primeiro lugar, se eles se importassem com a opressão,
estariam agonizando com os campos de trabalho escravo da China e da
Coréia do Norte. Mas não. Eles estão se preparando para atacar a Casa
Branca; e depois disso, os subúrbios.
Quem, de fato, defenderá os subúrbios? Qual oficial, designado para
defender, diria com Bonaparte: "Daremos a eles um sopro de metralha"?
Quem tem a coragem?
Em 1850, Thomas Carlyle escreveu: "A explosão francesa [de 1848],
não prevista pelos homens mais astutos... [desafiou toda] contabilização ou
controle. Pouco depois dela… toda a Europa explodiu...". Ele acrescentava:
"Em todo lugar, a democracia incomensurável se ergueu monstruosa, ruidosa,
ostensiva, inarticulada como a voz do caos". Carlyle disse que a civilização
"foi escandalosamente exposta aos cães e aos profanos..." Os reis da Europa
"olharam com horror repentino, a voz do mundo inteiro urrando em seus
ouvidos: 'Vão embora, seus hipócritas imbecis... Fora com vocês, fora!'" O
que era mais condenatório, pensava Carlyle, era a fraqueza da resposta
oficial. Ninguém "permaneceu em seu reinado, como em um direito pelo qual
ele poderia morrer, ou arriscar a pele". Carlyle chamava essa resposta fraca
de uma "peculiaridade alarmante". Ele escreveu: "A democracia, nesta nova
ocasião, encontra todos os Reis conscientes de que são apenas atores."
Hoje não temos um rei, mas uma Constituição. Nossa Constituição,
agora, é uma Constituição encenada? Alguém a defenderá com seriedade?
Pois, se você se comprometeu a defender a Constituição, qual é a sua
obrigação em relação aos inimigos dela? Você não é obrigado a lidar com
eles? Se você prometeu fidelidade e é prefeito, governador, presidente,
general comandante, o que está esperando? Você não jurou defender a
Constituição contra "todos os inimigos, estrangeiros e domésticos"? Ou é um
juramento encenado que todos esses funcionários de encenação fingiram
fazer?
Ah, claro, eles nunca tiveram a intenção de cumprir o juramento!
Quando juraram, estavam todos apenas fingindo. Todo o nosso
funcionalismo, então, é uma fraude! Eis a "alarmante peculiaridade" de
Carlyle em nosso tempo, em que leis e formas de governo solenemente
constituídas são abolidas pelo "guincho" da voz juvenil do Antifa. Napoleão
foi um açougueiro no 13 Vindemiário? Sim. Aquilo foi horrível? Sim. Tendo
jurado defender a Constituição da França, ele tinha alguma escolha? Não.
Havia, diante dele, um dever a defender. Você tinha a idéia errada de que
defender é agradável?
A ordem é uma coisa necessária. Ela não deve ser colocada de lado. O
colapso da ordem, por sua própria natureza, sempre significa uma carnificina
encharcada em sangue. Se a violência é necessária para fazer cumprir a
ordem, então é uma violência necessária. No entanto, a ordem não pode ser
estabelecida por homens fraudulentos ostentando idéias fraudulentas. É por
isso que, nesta conjuntura, apenas o verdadeiro pode nos salvar. Como
Carlyle observou:

Um fenômeno mais escandaloso... nunca afligiu a face do sol.


Falência em todo lugar; ignomínia suja, e a abominação da
desolação, em todos os lugares elevados: é odioso de se olhar,
como a carnificina de um campo de batalha na manhã seguinte; —
um massacre não dos inocentes... mas uma queda universal de
Impostores e de Imposturas na rua!

O mistério da doutrina militar da China


24/09/2020

Na guerra, a sujeição do inimigo é o fim, e a destruição de suas


forças de combate, o meio.
— CARL VON CLAUSEWITZ

Roger Cliff é o autor de um estudo recente sobre o Exército da


Libertação Popular (People’s Liberation Army — ELP), intitulado China’s
Military Power: Assessing Current and Future Capabilities (Poder Militar
da China: Avaliando Capacidades Atuais e Futuras).[62] Cliff diz que as
guerras modernas são decididas por estratégia e doutrina. Ele também diz que
a China esconde sua doutrina militar por trás da desinformação e do sigilo.
Não deve ser surpresa que Pequim mantenha sua doutrina militar oculta.
A razão é simples. Os governantes chineses têm duas faces: (1) uma face
comunista; (2) uma face capitalista. Vamos adivinhar qual é a sua verdadeira
face?
O regime de Pequim é marxista-leninista. É totalitário e criminoso. Ele
reprime energicamente a dissidência, assassina ativistas políticos, opera
campos de trabalho de reeducação e persegue fiéis religiosos. Acrescente-se a
isso o crescimento militar e o comportamento ameaçador da China em
relação a Austrália, Índia e Taiwan. Que sentido faz pensar que os líderes
chineses são capitalistas que apenas fingem ser comunistas?
De acordo com Roger Cliff, os objetivos militares da China são
determinados pelo Partido Comunista governante. Este partido subscreve a
teoria revolucionária leninista — uma teoria que visa engendrar a ruína do
capitalismo. Tradução: Pequim está tentando derrotar os Estados Unidos.
Sobre este último ponto, Washington e o Pentágono estão confusos.
Ocasionalmente, eles vêem o que a China está tramando. Mas então todos em
Washington voltam a abraçar o panda. Alguém poderia perguntar: por que
negociamos com a China se Pequim usa tantas práticas comerciais desleais?
Por que toleramos seu contínuo roubo intelectual e subversão política?
Aqui, descobrimos que os legisladores americanos também têm duas
faces. Eles têm uma face que fica indignada com os crimes de Pequim e uma
face que quer fazer negócios com Pequim. Qual é a verdadeira face dos
legisladores americanos? Vamos adivinhar?
É hora de dizer a verdade. A política americana de comércio com a
China é perigosa. Ela tem que parar. Não devemos compartilhar tecnologia
com o Exército da Libertação Popular. Não devemos dar aos comunistas
chineses acesso ao nosso sistema financeiro. O presidente Xi Jinping é um
bandido que está sentado no alto de um regime assassino, repleto de
corrupção e aparelhado para a agressão militar. Uma colaboração estreita
com tal regime nos dará uma faca nas costas.
É apenas uma questão de quando os comunistas chineses decidirão nos
esfaquear. Afinal, a América é o inimigo que o Partido Comunista jurou
destruir. No livro de Roger Cliff, há várias pistas sobre a estratégia militar da
China para derrotar os Estados Unidos. Sabemos que a estratégia chinesa
enfatiza a preempção, a surpresa e o desejo de "decisão rápida". Os textos
chineses dizem: "tome a iniciativa o mais rápido possível". Consistentes com
a prática chinesa antiga, esses textos também enfatizam evitar um
"engajamento direto com as forças militares inimigas", juntamente com
"ataques de precisão" e "liderança unificada sob comando centralizado".
Em termos da doutrina militar da China, eis os lemas para os
documentos secretos de "Orientação de Campanha" da China: (1) "operações
combinadas integradas" (sugere uma invasão anfíbia); (2) "novos domínios
de luta" (sugere que a operação anfíbia mirará em objetivos fora da esfera de
influência da China); (3) "expansão do escopo das operações" (sugere um
palco de operações inteiramente novo). Se tomarmos juntos os três conceitos
de "Orientação de Campanha", parece que os chineses vislumbram algum
tipo de invasão naval/anfíbia envolvendo "novos domínios", mediante a
expanção do "escopo das operações [militares]."
Mais recentemente, o ELP emitiu um quarto conceito de "Orientação de
Campanha" em apoio aos três primeiros: a saber, "operações antiterroristas".
Os chineses aparentemente esperam ocupar o território de alguém,
encarregando-se da resistência civil (isto é, "terrorismo"). Assim, o
"antiterrorismo" é necessário, possivelmente seguindo as linhas das
referências do General Chi Haotian (em seu discurso secreto)[63] ao
Um dia marcante
06/01/2021

É precisamente porque o marxismo não é um dogma sem vida, não


uma doutrina completa, já pronta e imutável, mas sim um guia vivo
para a ação, que ele estava fadado a refletir a mudança
surpreendentemente abrupta nas condições da vida social.

— VLADIMIR LENIN

Já é muito tarde. O país tem estado adormecido por décadas. Mas


agora, ao que parece, o país está começando a acordar. A verdadeira questão
é se nossos líderes estão prontos para a tarefa em causa. Temos algumas
pessoas inteligentes no governo; mas elas entendem o inimigo que estamos
enfrentando? Elas estão preparadas para lutar contra aquele inimigo em meio
a tanta confusão e desinformação?
Hoje de manhã vi uma manchete do Breitbart sobre a China: "Xi
Jinping ordena que o exército chinês se prepare para a guerra 'a qualquer
[73]
instante'". Eis nosso inimigo, posicionando-se para atacar. Não há outra
maneira de ler isso. Se considerarmos o momento desta ameaça, fica claro o
que eles querem que façamos. Afinal de contas, eles têm muito a ganhar se
Biden se tornar presidente. Além disso, eles não são tão descuidados a ponto
de deixar a sua presa escapar.
Enquanto observamos o que acontece na sessão conjunta de hoje do
Congresso, lembro-me da pergunta de Stalin, expressa em seu livro
Fundamentos do Leninismo: "A história do movimento revolucionário não
mostra que a forma parlamentar de luta é apenas uma escola e um auxiliar
para a organização da luta extraparlamentar?"
Marx, Engels e Lenin se opuseram ao "oportunismo" daqueles que
queriam trabalhar dentro do sistema capitalista para uma mudança pacífica. A
idéia central do marxismo é fazer uma revolução. A Segunda Internacional,
de acordo com Lenin, foi dominada por oponentes da revolução. Ele os
chamava de "oportunistas". Essas pessoas não eram marxistas de verdade.
"Em vez de política revolucionária", escreveu Stalin, "havia filistinismo
frouxo e barganha política sórdida, diplomacia parlamentar e maquinações
parlamentares..."
"Uma revolução não é um jantar", rosnava Mao Zedong, "ou
escrever um ensaio, ou pintar um quadro, ou fazer um bordado; ela não pode
ser tão refinada, tão vagarosa e gentil, tão branda, amável, cortês, contida e
magnânima. Uma revolução é uma insurreição, um ato de violência pelo qual
uma classe derruba outra."
Os americanos podem não compreender totalmente o que os espera.
Uma revolução comunista, dizia Friedrich Engels, requer a aniquilação de
raças e classes inteiras de pessoas. É nesse sentido que a América é o alvo de
uma revolução comunista. Nesse contexto, Joe Biden pode parecer bem
inofensivo, porém seus apoiadores comunistas chineses são assassinos. Se
Biden assumir o poder, o governo se transformará em um estado de partido
único. Ele vai se prostrar diante da China. Não haverá mais um meio de
dissuasão nuclear dos EUA. A economia do país será prejudicada. Um
processo de enfraquecimento, de remoção das defesas, se acelerará. Os
comunistas em Pequim sabem que a América não pode ser transformada em
um país comunista. O povo americano se voltaria com violência contra o
governo. Para usar uma velha expressão soviética, a América é
"irremediavelmente burguesa". Em outras palavras, Engels estava certo. Uma
revolução comunista requer a aniquilação de raças e classes inteiras de
pessoas. Acima de tudo, ela requer a aniquilação dos americanos.
Este aspecto do comunismo nem mesmo é compreendido pela
maioria dos comunistas. Afinal, muito poucos deles realmente leram Marx ou
Engels. Esse tipo de estudo é reservado a pessoas no topo da hierarquia
comunista. Os americanos também nunca entenderam o comunismo, porque
ele era chato demais para se importar com ele. Os conservadores, que fingiam
entender o comunismo como uma "ideologia" de assassinato em massa na
verdade não o entendiam de modo algum; ou seja, nunca chegaram a
conhecer o comunismo em profundidade. Eles sabiam que ele era assassino,
todavia nunca viram o método em sua loucura. O que viram os enojou e
horrorizou, então não quiseram chegar mair perto e saber o que ele era na
realidade.
Os líderes marxistas não são pessoas normais. Quando Lenin
atacou os "oportunistas" da Segunda Internacional, a primeira coisa que ele
zombou foi de suas inclinações burguesas; isto é, ele os criticou por serem
normais. Estes falsos marxistas, disse ele, não queriam fazer uma revolução
porque não tinham a maioria do seu lado. Eles não queriam fazer uma
revolução porque não tinham quadros treinados. Eles não queriam fazer uma
revolução por meio de uma "greve geral" porque a política parlamentar era
mais eficaz. Lenin disse que o marxismo deles era besteira. Você não precisa
de uma maioria, disse Lenin. Você não espera para tomar o poder porque está
em falta de quadros treinados. Primeiro tome o poder, depois treine os
quadros. E quem se importa com o conceito anarquista de "greve geral"? O
marxismo é uma forma de violência mais focada, e controlada de forma mais
rígida e inteligente.
A chave, claro, é sempre a violência; mas violência com destreza e
astúcia por trás dela. Não há nenhum dogma no marxismo quanto a ter
maioria, ou ter quadros de elite, ou lançar uma greve geral. Lenin disse que "a
teoria revolucionária não é um dogma" e que ela "assume a forma final
apenas em estreita conexão com a atividade prática de um movimento
verdadeiramente de massa e verdadeiramente revolucionário..." (Ver, para
mais detalhes: "Left-Wing" Communism: An Infantile Disorder).
Agora que estamos assistindo a uma revolução comunista se
desenrolar aqui nos Estados Unidos, devemos nos familiarizar um pouco
mais com o marxismo-leninismo como uma "tese" e não como um "dogma".
É algo que nossos conservadores por muito tempo se recusaram a fazer; e é
exatamente por essa recusa que correram como cães para lamber o rosto de
Gorbachev há três décadas. Você sempre ouvirá conservadores se referindo à
"ideologia comunista" e seus "fracassos", como se o comunismo realmente
representasse uma doutrina econômica. Mas não há nenhum sistema
econômico proposto por Marx. De sua parte, Lenin recuou para o capitalismo
de estado após a Guerra Civil Russa. E a coletivização da agricultura por
Stalin foi antes uma medida política do que uma medida econômica. Se ele
não tivesse empobrecido os fazendeiros, os fazendeiros o teriam derrubado.
Todo o curso do marxismo-leninismo tem sido mal compreendido,
do princípio ao fim. Nossos grandes historiadores e pensadores
conservadores tinham todos os fatos. Mas eles nunca leram de verdade Marx,
Lenin ou Stalin. Eles nunca entenderam muito bem a motivação, a estratégia,
a capacidade intelectual. E assim, eles confundiram o marxismo com uma
ideologia quando o marxismo nunca foi uma ideologia. Marx definia
"ideologia" como a "falsa consciência" de uma classe dominante em uma
sociedade em que as idéias dominantes são representadas como "verdade
universal". Veja bem, os marxistas absolutamente não acreditam em verdade
universal.
Stalin dizia que o marxismo tinha dois elementos: (1) uma
"perspectiva" materialista e (2) um método dialético. Tudo decorria dessas
duas coisas. Muitas pessoas que não são comunistas acreditam que uma
perspectiva materialista é a visão de mais bom senso disponível ao homem
moderno. Aqui começamos a ver porque tem sido tão difícil opor-se ao
comunismo. Afinal, muitos de nossos não-comunistas não têm nenhum
problema com a sua proposição central.
O marxista, observou Stalin, se opõe ao "idealismo" que "considera
o mundo como a personificação de uma 'idéia absoluta', um 'espírito
universal', 'consciência'..." Stalin explicou que "o mundo é, por sua própria
natureza, material, que os fenômenos multifacetados do mundo constituem
diferentes formas de matéria em movimento, que... o mundo se desenvolve de
acordo com as leis do movimento e da matéria e não precisa de um 'espírito
universal'." (Ou seja, não precisa de Deus).
Como você pode ver, isso não é uma "ideologia". Isso é algo mais
amplo e fundamental. É uma de duas cosmologias possíveis: (a) uma que
tende para o sobrenatural e (b) outra que tende para o natural. O que torna o
marxismo diferente, e mais eficaz como arma contra o sobrenaturalismo, é a
sua confiança na dialética. "Ao contrário da metafísica", escreveu Stalin, "a
dialética não considera a natureza como uma aglomeração acidental de
coisas, de fenômenos, desconectados, isolados e independentes uns dos
outros, mas como um todo conectado e integral, no qual as coisas...
organicamente se conectam... e se determinam umas às outras." O que isso
significa não está totalmente claro, e não é por acaso que os marxistas olham
para trás com ternura para o filósofo pré-socrático Heráclito, também
conhecido como Heráclito, "o obscuro". Stalin citou Heráclito no sentido de
que "o mundo, o tudo em um, não foi criado por nenhum Deus ou homem,
mas foi, é e sempre será uma chama viva, sistematicamente se aumentando e
sistematicamente diminuindo." Lenin chamava isso de "uma excelente
exposição dos rudimentos do materialismo dialético".
Heráclito ensinava que o universo estava mudando continuamente.
"Ao contrário da metafísica", observou Stalin, "a dialética sustenta que a
natureza não é um estado de repouso e imobilidade, estagnação e
imutabilidade, mas um estado de movimento e mudança contínuos, de
renovação e desenvolvimento contínuos, onde algo está sempre surgindo e se
desenvolvendo, e algo está sempre se desintegrando e morrendo."
É aqui que entra a revolução. A percepção simples do comunista é
que a ordem existente (capitalismo) e a civilização cristã que o acompanha
estão "se desintegrando e morrendo". Nietzsche não foi o único pensador do
século XIX a supor que "Deus está morto". O marxista é aquela espécie
inteligente de caçador de legados que vai ao funeral do "Deus morto"
esperando roubar algo; a saber, o legado da civilização ocidental.
Uma das razões pelas quais o marxismo teve tanto sucesso é a
maneira como ele explora de maneira plausível as suposições superficiais do
homem moderno. Outra razão é a flexibilidade estratégica e tática do
marxismo. Quando você se inspira em um obscuro filósofo grego, cujas
declarações eram tão duvidosas quanto o Oráculo de Delfos, e afirma ser
"científico" em sua abordagem, é fato que suas teses mudarão com o tempo.
E foi exatamente isso que aconteceu. Aqueles pedantes acadêmicos que vêem
no marxismo um conjunto de doutrinas rígidas desacreditadas pela história
não perceberam o principal objetivo dos escritos de Marx. Cada tese marxista
fracassada abre o caminho para uma nova tese. Este é, afinal, o método
científico. Se algo falhar, você retorna à prancheta; pois o marxismo não tem
a ver com acreditar. O marxismo tem a ver com fazer. Tem a ver com a
"ciência da revolução", como disse Stalin. E essa ciência, na época de Marx,
estava apenas em sua infância. Hoje ela atingiu a sua completa maturidade
destrutiva. Note bem com que sofisticação o marxismo comanda os eventos,
domina a mídia, dita os princípios da educação, destrói a carreira de seus
oponentes, coopta os liberais e finge lutar contra as mudanças climáticas. Há
muito mais coisas que podem ser adicionadas aqui.
É verdade, claro, que os marxistas obtiveram um grande poder ao
vender várias doutrinas falsas e dogmas de esquerda: casamento
homossexual, transgenerismo, teoria racial crítica, aquecimento global, etc.
Mas nenhum desses é marxista no sentido verdadeiro. Esses "dogmas" são
meramente ferramentas do marxismo — ferramentas na caixa de ferramentas
científica da revolução. Em seu ensaio, "Acerca de Algumas Particularidades
do Desenvolvimento Histórico do Marxismo", Lenin explicou que o
marxismo "não é um dogma, mas um guia para a ação". Lenin continuava:
"Esta declaração clássica enfatiza com notável força e expressividade aquele
aspecto do marxismo que muitas vezes é perdido de vista. E, ao perdê-lo de
vista, transformamos o marxismo em algo unilateral, distorcido e sem vida;
nós o privamos de seu sangue vital; minamos seus fundamentos teóricos
básicos — a dialética, a doutrina do desenvolvimento histórico, abrangente e
cheia de contradições; minamos sua conexão com as tarefas práticas definidas
[74]
da época, que podem mudar a cada nova virada da história."
Imagine a flexibilidade de uma ciência que "pode mudar a cada
nova virada da história". É por isso que George Orwell estava tão assustado
com os marxistas; por isso que o regime socialista em seu romance 1984 foi
descrito como uma bota pisoteando um rosto humano, "para sempre". Ele não
via como é que o marxismo jamais chegaria a perder. Aqueles que diziam
que os marxistas fracassariam porque nunca haviam entendido a natureza
humana estavam errados. Marx entendia a natureza humana perfeitamente.
Seus adeptos não poderiam ter durado tanto no poder — na China e, ouso
dizer, na Rússia também, onde foram flexíveis o suficiente para desistir do
rótulo comunista enquanto mantinham os fundamentos do sistema comunista.
Aquelas famílias que governavam a Rússia Soviética — as famílias do
Comitê Central — ainda permanecem no controle. A velha oligarquia
soviética se esconde atrás dos falsos "capitalistas" da NEP da Nova Política
Econômica (Novaya Ekonomiceskaya Politika – NEP) de Gorbachev-Yeltsin-
Putin. A coisa toda saiu da cartilha de Lenin. (E é isso o que a flexibilidade
tem a oferecer).
Você pode perguntar: por que o marxismo é tão interessado em
revolução? Por que o materialismo dialético requer revolução? A resposta a
esta pergunta é simples. Todos os argumentos marxistas em favor da
revolução não são científicos. Eles são uma fachada. A razão da revolução
nunca será declarada publicamente por teóricos ou líderes marxistas-
leninistas. Esta é a parte em que você deve estudar as biografias; onde você
tem de olhar para a psicologia dos revolucionários marxistas. Pense, se puder,
no que decorre de um ser humano cínico como Marx, que não acredita em
Deus ou na vida após a morte. Privado de toda esperança de salvação
espiritual, a única coisa que resta a tal pessoa é o poder político; quer dizer, o
único poder real em que um materialista pode acreditar. A salvação
encontrada aqui é a de se tornar um Deus por meio da política da revolução.
Aqui nos aproximamos do verdadeiro Marx, e do verdadeiro Lenin e —
inegavelmente — do verdadeiro Stalin; pois os ditadores marxistas realmente
alcançaram um status divino para si próprios.
Portanto, enquanto vivemos este dia marcante, devemos refletir
sobre o que será necessário para derrotar o marxismo. Se você acha que
enfrentamos uma batalha árdua agora, você não viu nada ainda. Não acredito
que realmente conheçamos nosso inimigo. Também não acredito que nos
conheçamos a nós mesmos; no entanto, hoje pode ser um bom dia para
começar a aprender.

Dia da Posse: Utopia Limitada ou As Flores do


Retrocesso
21/01/2021

Até agora, a pergunta sempre esteve de pé: o que é Deus? — e a


filosofia alemã a resolveu assim: Deus é o homem... O homem
deve agora organizar o mundo de uma maneira verdadeiramente
humana, de acordo com as demandas de sua natureza.

— FRIEDRICH ENGELS

Várias décadas depois que o infernal Friedrich Engels escreveu que o


homem "agora deve organizar o mundo", Leon Trotsky argumentou que a
Revolução deve fazer do "homem coletivo" o "único mestre" de todos.[75] E
agora, quase um século depois de Trotsky ter feito esse pronunciamento,
chegamos à posse de Joseph Biden. Olhe para ele, diante do Capitólio,
tomando o lugar de George Washington. Contemple esta fraude, de joelhos
envelhecidos, personificando o "único mestre" e o "homem coletivo", com
seus malapropismos disléxicos e lapsos de memória. Atrás de Biden, os olhos
da vice-presidente Kamala Harris estão animadamente grudados numa casca
de banana sob seu sapato esquerdo. A gente pensa em Joseph Stalin e o
debilitado Lenin em 1922. Se escutarmos, podemos ouvir a voz zombeteira
de Karl Marx citando o comentário de Hegel de que "todos os fatos e
personagens de grande importância na história mundial ocorrem, por assim
dizer, duas vezes."[76] Hegel se esqueceu de acrescentar: "a primeira vez como
tragédia, a segunda como farsa".
E que farsa! No lugar de Kerensky, temos Trump; no dos kadets, temos
os republicanos; no do ataque ao Palácio de Inverno, o ataque ao Capitólio;
no de Fanny Kaplan, temos dois guardas com laços com a milícia; no de
Felix Dzerzhinsky, temos o General Stanley McChrystal; no do Terror
Vermelho, temos um novo Projeto de Lei do Terror nacional. Como escreveu
Marx: "Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como
querem; eles não a fazem sob circunstâncias escolhidas por eles próprios,
mas sob circunstâncias diretamente encontradas, dadas e transmitidas desde o
passado."
O passado é algo de que não podemos escapar, mesmo que não nos
lembremos dele. Marx achava ruim que a "tradição de todas as gerações
mortas pesasse como um pesadelo no cérebro dos vivos". Se ao menos a
"filosofia" de Marx não tivesse destruído nossa consideração pelo passado, se
ao menos tivéssemos mantido viva a memória, talvez este momento
vergonhoso não tivesse chegado. Todavia ele chegou, com as impressões
digitais multicoloridas de um palhaço marcando uma reação exagerada que
poderia ter sido menos ridícula se o Capitólio tivesse sofrido o destino do
Reichstag em chamas de 1933.
Infelizmente para o Sr. Biden, nossos antigos vilões direitistas estavam
ocupados demais tirando selfies e esqueceram suas latas de gasolina. Mas
pode-se, com a ajuda de uma mídia cada vez mais verborrágica, fazer uma
cordilheira do Himilaia com um monte de cocô de cavalo. E agora, com
30.000 soldados se apinhando no Capitólio, e o FBI anunciando uma imensa
conspiração contra o governo, Biden faz o Juramento de Posse para defender
a Constituição contra todos os inimigos, imaginários e domésticos.
Que absurdidades ele vai pronunciar em seu discurso inaugural? Marx
escreveu que os homens não podem resistir a conjurar "os espíritos do
passado a seu serviço", adotando gritos de guerra e bandeiras de guerras
passadas. "Assim Lutero vestiu a máscara do Apóstolo Paulo, a Revolução de
1789 a 1814 revestiu-se alternadamente de República Romana e Império
Romano..." Qual pose Biden assumirá? As palavras de quem ele pegará
emprestadas? Ele vai imitar Lincoln? Ele vai pegar emprestado uma frase de
FDR? Que tal uma ou duas frases da Lei Habilitante de 1933 de Hitler? Mas
não, este não é o fim da República de Weimar. É uma farsa, e nada mais. A
administração Biden já é uma paródia de opressão, iniciada por agências de
inteligência do tipo Maxwell Smart; todas elas prometendo com entusiasmo:
"Não se preocupe chefe, isso não vai acontecer de novo." (Ou, no caso do
Russia-gate, "Perdeu por este tantinho!").
No outro extremo da paródia, encontramos a eficiência desmiolada do
Facebook, da Apple e do Twitter, movendo-se contra os inimigos recém-
declarados do estado: Donald Trump, o Parler e a liberdade de expressão.
O que esses palhaços das redes sociais sabem de nossas grandes tradições de
discurso livre? Eles tagarelam sobre a primeira emenda como se tudo
estivesse baseado nela. Ah não, seus analfabetos históricos. Muito antes de a
Primeira Emenda dizer que "o Congresso não fará nenhuma lei... restringindo
a liberdade de expressão ou de imprensa", tínhamos a Areopagítica de John
Milton. O grande poeta protestou contra aqueles que em vão sustentavam
"que ninguém deve ser ouvido senão aqueles de quem eles gostam..."[77] É por
meio dessas pessoas que "o conhecimento é mantido à distância de nós". Sim,
é exatamente isso. Ao interromper a liberdade de expressão, você interrompe
o fluxo livre de pensamento e o motor que tornou a América grande. Mas, é
claro, todos vocês odeiam a idéia da grandeza americana. Então agora vocês
param o cérebro da América, sua criatividade, embora seja o próprio sangue
vital de vocês. Vocês isolam os seus próprios clientes e destroem a base de
sua própria "economia da informação". Não há palavras para vocês. Existe
apenas o suicídio que vocês obtiveram bloqueando o seu único caminho para
a correção e a reforma. "Pois quando Deus sacode um reino com fortes e
saudáveis comoções para uma reforma geral", escreveu Milton, "Deus então
levanta para seu próprio trabalho homens de habilidades raras, e de indústria
mais do que comum, não apenas para olhar para trás e revisar o que foi
ensinado antes, mas para ganhar mais e dar alguns novos passos iluminados
na descoberta da verdade."
E que verdade encontraremos bloqueando todas as críticas ao
politicamente correto? Como escaparemos dos mantras intolerantes da
esquerda sobre a tolerância ou da demagogia odiosa de declarar que as
pessoas são iguais em um mundo onde ninguém é igual? Como iremos, então,
preservar o que é melhor contra o hediondo espírito de negação da cultura do
cancelamento, uma vez que ela põe fim às nossas tradições de liberdade de
expressão? Vamos permitir que estas hienas, ganindo com suas imbecilidades
rançosas, ditem a nossa expressão, o nosso discurso social? Seremos
comandados por esses autômatos esquerdistas, com seus cérebros
lobotomizados em potes de formaldeído rotulados com os diplomas
universitários assim obtidos?
Como é que as hienas ganindo e os autômatos esquerdistas se tornaram
tão proeminentes em nossa mídia, em nossas grandes corporações e no
governo? Isso é apenas uma prova da falência intelectual deste país
lastimável. Somos uma sociedade incrivelmente estúpida, tendo acumulado
para nós e para nossos filhos um castigo de proporções bíblicas; pois já temos
sufocado a expressão nas universidades, em nossos centros de ensino, por
toda uma geração. E assim, um tempo de espoliação e destruição e
assassinato que excede em muito nossas piores imaginações está a caminho.
Pois qual é a verdadeira promessa daqueles que agora assumem o cargo em
Washington? É a promessa de força contra inimigos estrangeiros? Estamos
recebendo pessoas honradas e confiáveis? Quando Biden escorregar naquela
casca de banana, haverá a presidente Harris — tão genuína quanto uma nota
de três dólares, tão vazia quanto o Tesouro dos Estados Unidos, tão incapaz
quanto traiçoeira. A história não é gentil quando os países são governados
por gente como Kamala Harris.
Na aspiração de se tornarem deuses da colméia humana, esses
ambiciosos joões-ninguém podem destruir a nossa liberdade, a nossa
prosperidade, e o próprio país; primeiro, porque suas intenções não são
benevolentes; segundo, porque suas ambições são inadequadas para quem
eles são; terceiro, porque eles são fracos, tolos e ímpios.
Todos esses jovens de olhos brilhantes, ansiosos pelo mundo de
igualdade e tolerância sobre o qual aprenderam na escola, não encontrarão
salvação em Biden ou Harris. A esquerda se ilude ao achar que o fracasso
iminente da administração Biden/Harris será totalmente devido às
maquinações perversas da direita, levantando a sua cabeça horrenda e
bloqueando o caminho para a utopia. Mas isso é estúpido. Não há nenhum
caminho para a utopia aqui. Se a direita não existisse, e se O MALVADO
HOMEM LARANJA desaparecesse completamente, sua utopia ainda
fracassaria. Não poderia acontecer de outra forma; pois não há utopia. O
homem não pode se salvar por meio da política. Pensar assim é a essência do
analfabetismo histórico.
O belo mundo de alegria que nos aguarda, após a posse de Biden,
lembrará o próprio fascismo que a esquerda supostamente detesta. Só que
será um tipo ridículo de fascismo, cuja subserviência a Pequim o tornará
duplamente ridículo. Os comunistas chineses sabem que uma verdadeira
revolução socialista não pode ser realizada apenas por uma solenidade de
posse. O socialismo real requer violência e coerção. Ele deve significar o fim
da liberdade e o fim da prosperidade. Com Biden e Harris cambaleando com
hesitação nos ombros de Marx e Engels, com a China avançando pelas
costas, as elites americanas estão cometendo suicídio grupal. Um homem
sensato não fica embaixo de uma estrutura que está prestes a desabar. Ele
corre o mais longe que pode do marco zero. Enquanto isso, o governo pode
reunir todas as tropas que quiser na capital, como uma demonstração de
força. O povo americano não os está ameaçando. A verdadeira ameaça é uma
bomba nuclear da China, ou da Rússia, ou da Coréia do Norte, ou do Irã. Mas
mesmo quando nossos novos governantes fulminarem com os olhos os
patriotas da América, eles estarão brindando com os chineses. Podemos
contar com isso.

Quem cavar uma cova cairá nela, e uma pedra voltará sobre aquele
que a começar a rolar.
PROVÉRBIOS 26:27

APÊNDICE
O discurso secreto do General Chi Haotian
Em 2005, o Epoch Times adquiriu um discurso secreto proferido pelo
Ministro da Defesa Chi Haotian a altos Quadros do Partido Comunista algum
tempo antes de sua aposentadoria em 2003. Os detalhes dados no discurso de
Chi coincidem com o testemunho inédito de um desertor acerca dos planos
militares sino-russos.
Segue o discurso:

‘Camaradas,
Estou muito animado hoje, porque a vasta pesquisa online sina.com, que
foi feita para nós, mostrou que a nossa próxima geração é bastante
promissora e que a causa do nosso partido vai continuar. Ao responder à
pergunta: "Você vai atirar em mulheres, crianças e prisioneiros de guerra?",
mais de 80 por cento dos entrevistados responderam afirmativamente,
superando em muito nossas expectativas.
Hoje, eu gostaria de me concentrar em por que pedimos à sina.com para
realizar esta pesquisa online entre o nosso povo. O meu discurso de hoje é
uma continuação do meu discurso da última vez, durante o qual comecei com
uma discussão quanto ao problema das três ilhas, [em que] mencionei que 20
anos do idílico tema de "paz e desenvolvimento" tinham chegado ao fim, e
concluí que a modernização pelo sabre é a única opção para a próxima fase
da China. Também menciono que temos um interesse vital no exterior. Hoje,
falarei mais especificamente sobre essas duas questões.
A questão central desta pesquisa parece ser se devemos atirar em
mulheres, crianças e prisioneiros de guerra, mas o seu sentido real vai muito
além disso. Ostensivamente, nossa intenção é principalmente descobrir qual é
a atitude do povo chinês em relação à guerra: se estes futuros soldados não
hesitarem em matar até mesmo os não-combatentes, eles naturalmente serão
duas vezes mais propensos e implacáveis para matar combatentes. Portanto,
as respostas às perguntas da pesquisa podem refletir a atitude geral do povo
em relação à guerra.
Na verdade, porém, essa não é a nossa intenção genuína. O objetivo do
Comitê Central do PCC ao conduzir esta pesquisa é sondar a mente do povo.
Queríamos saber: se o desenvolvimento global da China exigir mortes em
massa em países inimigos, o nosso povo endossará esse cenário? Ele será a
favor ou contra?
Como todos sabem, a essência do pensamento do Camarada Xiaoping é
"o desenvolvimento é a dura verdade". E o Camarada Jintao também
assinalou repetida e enfaticamente que "o desenvolvimento é a nossa maior
prioridade", o que não deve ser negligenciado nem por um momento. Mas
muitos camaradas tendem a entender "desenvolvimento" em seu sentido
estrito, presumindo que se limite ao desenvolvimento doméstico. O fato é que
nosso "desenvolvimento" refere-se à grande revitalização da nação chinesa, a
qual, obviamente, não se limita às terras que temos agora, mas também inclui
o mundo inteiro.
Por que o coloco dessa forma?
Tanto o camarada Liu Huaquing, um dos líderes da velha geração em
nosso Partido, quanto o camarada He Xin, um jovem estrategista de nosso
Partido, enfatizaram várias vezes a teoria concernente à mudança do centro
da Civilização Mundial. Nosso slogan de "revitalizar a China" tem como base
essa forma de pensar. Vocês podem consultar os jornais e revistas publicados
nos últimos anos ou acessar a internet para fazer pesquisas a fim de descobrir
quem levantou o slogan da revitalização nacional primeiro. Foi o Camarada
He Xin. Vocês sabem quem é He Xin? Ele pode parecer agressivo e
desprezível quando fala em público, com suas mangas e calças todas
arregaçadas, mas a sua visão histórica é um tesouro que o nosso Partido
deveria apreciar.
Ao discutir este assunto, começemos do início.
Como todos sabem, de acordo com as visões propagadas por estudiosos
ocidentais, a humanidade como um todo se originou de uma mãe solteira na
África. Portanto, nenhuma raça pode reivindicar superioridade racial. No
entanto, de acordo com a pesquisa realizada pela maioria dos estudiosos
chineses, os chineses são diferentes das outras raças do planeta. Não somos
originários da África. Em vez disso, nós nos originamos de forma
independente na região da China. O Homem de Pequim em Zhoukoudian,
com o qual todos estamos familiarizados, representa uma fase da evolução de
nossos ancestrais. "O Projeto de Busca das Origens da Civilização Chinesa",
realizado atualmente em nosso país, visa a uma pesquisa mais abrangente e
sistemática sobre a origem, o processo e o desenvolvimento da antiga
civilização chinesa. Costumamos dizer: "A civilização chinesa tem uma
história de cinco mil anos". Mas, agora, muitos especialistas envolvidos em
pesquisas de diversos campos, incluindo arqueologia, culturas étnicas e
culturas regionais, chegaram ao consenso de que as novas descobertas, como
a da cultura Hongshan no nordeste, a cultura Liangahn na província de
Zhejiang, as ruínas de Jinsha na província de Sichuan, e o Sítio Cultural do
Imperador Yongzhou Shun na província de Hunan, são todos evidências
convincentes da existência das primeiras civilizações da China e provam que
só a história da agricultura de cultivo do arroz na China pode ser rastreada até
8.000 a 10.000 anos atrás. Isso refuta o conceito de "cinco mil anos de
civilização chinesa."
Portanto, podemos afirmar que somos o produto de raízes culturais de
mais de um milhão de anos, e uma entidade chinesa única de dois mil anos.
Esta é a entidade chinesa de dois mil anos. Esta é a nação chinesa que se
autodenomina "descendentes de Yan e Huang", a nação chinesa da qual
temos tanto orgulho. A Alemanha de Hitler certa vez se gabou de que a raça
alemã era a raça mais superior da terra, mas o fato é que nossa nação é muito
superior aos alemães.
Durante nossa longa história, nosso povo se espalhou pelas Américas e
pelas regiões ao longo do Círculo do Pacífico, e veio a ser os índios nas
Américas e os grupos étnicos do Leste Asiático no Pacífico sul.
Todos sabemos que, devido à nossa superioridade nacional, durante a
vibrante e próspera Dinastia Tang, nossa civilização estava no auge do
mundo. Éramos o centro da civilização mundial e nenhuma outra civilização
do mundo era comparável à nossa. Mais tarde, por causa de nossa
complacência, estreiteza de visão e fechamento de nosso próprio país, fomos
superados pela civilização ocidental e o centro do mundo mudou para o
Ocidente.
Ao revisar a história, pode-se perguntar: o centro da civilização mundial
voltará para a China?
O camarada He Xin colocou isso em seu relatório ao Comitê Central em
1988: se o fato é que o centro da liderança do mundo esteve localizado na
Europa a partir do século XVIII, e depois mudou para os Estados Unidos em
meados do século XX, o centro de liderança do mundo mudará para o Oriente
do nosso planeta. E "o Oriente", é claro, refere-se principalmente à China.
Na verdade, o camarada Lui Huaquing fez observações semelhantes na
década de 1980. Com base em uma análise histórica, ele apontou que o centro
da civilização mundial está mudando. Ele mudou do Oriente para a Europa
Ocidental e mais tarde para os Estados Unidos; agora está voltando para o
Oriente. Portanto, se nos referirmos ao século XIX como o século britânico e
ao século XX como o século americano, então o século XXI será o século
chinês.
Compreender com consciência esta lei histórica e saudar o advento do
século chinês é a missão histórica do nosso Partido. Como todos sabemos, no
final do século passado, construímos o Altar para o século chinês em Pequim.
No exato momento da chegada do novo milênio, a direção coletiva do
Comitê Central do Partido se reuniu ali para um comício, empunhando as
tochas de Zhoukoudian, a fim de prometerem se preparar para saudar a
chegada do século chinês. Estávamos fazendo isso para seguir a lei histórica e
definindo a realização do século chinês como a meta dos esforços do nosso
Partido.
Posteriormente, no relatório político do XVI Congresso Nacional do
nosso Partido, estabelecemos que a revitalização nacional deveria ser nosso
grande objetivo e especificamos explicitamente em nossa nova Constituição
do Partido que o nosso Partido é o pioneiro do povo chinês. Todas essas
etapas marcaram um grande desenvolvimento no marxismo, refletindo a
coragem e a sabedoria do nosso Partido. Como todos sabemos, Marx e seus
seguidores nunca se referiram a nenhum partido comunista como um pioneiro
de um certo povo; tampouco disseram que a revitalização nacional poderia
ser usada como slogan de um partido comunista. Mesmo o Camarada Mao
Zedong, um corajoso herói nacional, só levantou a bandeira da "revolução
proletária global", mas mesmo ele não teve a coragem de dar a publicidade
mais forte ao slogan da revitalização nacional.
Devemos saudar a chegada do século chinês levantando a bandeira da
revitalização nacional. Como devemos lutar pela realização do século chinês?
Devemos tomar emprestadas as experiências preciosas da história humana,
aproveitando a notável fruição da civilização humana e tirando lições do que
aconteceu a outros grupos étnicos.
As lições incluem o colapso do comunismo na antiga União Soviética e
no Leste Europeu, bem como as derrotas da Alemanha e do Japão no
passado. Recentemente, tem havido muita discussão sobre as lições do
colapso do comunismo na antiga União Soviética e nos países do Leste
Europeu, então não vou me alongar sobre elas aqui. Hoje eu gostaria de falar
sobre as lições da Alemanha e do Japão.
Como todos sabemos, a Alemanha nazista também dava muita ênfase à
educação do povo, especialmente da geração mais jovem. O Partido Nazista e
o governo organizaram e estabeleceram várias instituições educacionais e de
propaganda, como a "Agência de Orientação da Propaganda Nacional", o
"Departamento de Educação e Propaganda Nacional", a "Agência de
Supervisão de Estudo e Educação da Cosmovisão" e o "Gabinete de
Informação", todos visando a incutir na mente do povo, desde as escolas
primárias até as faculdades, a idéia de que o povo alemão é superior, e
convencer o povo de que a missão histórica do povo ariano é tornar-se os
"senhores da terra", cujo direito é "governar o mundo todo". Naquela época, o
povo alemão era muito mais unido do que nós somos hoje.
Não obstante, a Alemanha foi derrotada de maneira totalmente
vergonhosa, junto com seu aliado, o Japão. Por quê? Chegamos a algumas
conclusões nas reuniões de estudo do Politburo, nas quais buscávamos as leis
que regiam as vicissitudes das grandes potências e tentávamos analisar o
rápido crescimento da Alemanha e do Japão. Se decidimos revitalizar com
base no modelo alemão, não devemos repetir os erros que eles cometeram.
Especificamente, as seguintes são as causas fundamentais de sua
derrota: primeiro, eles tinham muitos inimigos ao mesmo tempo, visto que
não aderiram ao princípio de eliminar os inimigos um de cada vez; segundo,
eles eram muito impetuosos, carecendo da paciência e perseverança
necessárias para grandes realizações; terceiro, quando chegou a hora de
serem implacáveis, eles se mostraram muito moles, deixando assim
problemas que ressurgiram mais tarde.
Vamos supor que, naquela época, a Alemanha e o Japão tivessem
conseguido manter os Estados Unidos neutros e travado uma guerra
prolongada, passo a passo, na fronte soviética. Se eles tivessem adotado essa
abordagem, ganhado algum tempo para avançar em suas pesquisas,
conseguido no devido tempo obter a tecnologia de armas nucleares e mísseis,
e lançado com elas ataques surpresa contra os Estados Unidos e a União
Soviética, então os Estados Unidos e a União Soviética não teriam sido
capazes de se defender e teriam de se render. O pequeno Japão, em particular,
cometeu um erro flagrante ao lançar o ataque furtivo a Pearl Harbor. Esse
ataque não atingiu partes vitais dos Estados Unidos. Em vez disso, ele
arrastou os Estados Unidos para a guerra, para as fileiras dos coveiros que
por fim enterraram os fascistas alemães e japoneses.
Claro, se eles não tivessem cometido esses três erros e ganhado a guerra,
a história teria sido escrita de uma maneira diferente. Se esse tivesse sido o
caso, a China não estaria em nossas mãos. O Japão poderia ter transferido a
sua capital para a China e governado a China. Posteriormente, a China e toda
a Ásia, sob o comando do Japão, teriam trazido à tona a sabedoria oriental,
conquistado o Ocidente governado pela Alemanha e unificado o mundo
inteiro. Isso é irrelevante, é claro. Sem mais digressões.
Então, a razão fundamental para as derrotas da Alemanha e do Japão é
que a história não os preparou para serem os "senhores da terra", pois eles
não são, afinal, a raça mais superior.
Ao que parece, em comparação, a China de hoje é alarmantemente
semelhante à Alemanha daquela época. Ambas se consideram as raças mais
superiores; ambas têm um histórico de serem exploradas por potências
estrangeiras e, portanto, são vingativas; ambas têm a tradição de adorar suas
próprias autoridades; ambas sentem que têm espaço vital consideravelmente
insuficiente; ambas erguem as duas bandeiras do nacionalismo e do
socialismo e se rotulam como "nacional-socialismo"; ambas adoram "um só
estado, um só partido, um só líder e uma só doutrina".
E, no entanto, se realmente quisermos fazer uma comparação entre a
Alemanha e a China, então, como disse o Camarada Jiang Zemin, a
Alemanha pertence à "pediatria" — trivial demais para ser comparada. Qual é
o tamanho da população da Alemanha? Qual o tamanho de seu território? E
qual a duração de sua história? Nós eliminamos oito milhões de soldados
nacionalistas em apenas três anos. Quantos inimigos a Alemanha matou? Eles
estiveram no poder por um período passageiro de pouco mais de uma dúzia
de anos antes de perecerem, enquanto nós ainda estamos ativos depois de
ficarmos por aí por mais de oitenta anos. Nossa teoria da mudança de centro
da civilização é, obviamente, mais profunda do que a teoria de Hitler dos
"senhores da terra". Nossa civilização é profunda e ampla, o que determinou
o fato de sermos muito mais sábios do que eles.
Nosso povo chinês é mais sábio do que os alemães porque,
fundamentalmente, nossa raça é superior à deles. Como resultado, temos uma
história mais longa, mais pessoas e maior área de terra. Com base nisso,
nossos ancestrais nos deixaram as duas heranças mais essenciais, que são o
ateísmo e a grande unidade. Foi Confúcio, o fundador da nossa cultura
chinesa, quem nos deu essas heranças.
Essa herança determinou o fato de termos uma capacidade de
sobrevivência mais forte do que o Ocidente. É por isso que a raça chinesa
conseguiu prosperar por tanto tempo. Estamos destinados a "não ser
enterrados nem pelo céu nem pela terra", não importa a gravidade dos
desastres: naturais, causados pelo homem e nacionais. Essa é a nossa
vantagem.
Tome-se a resposta à guerra como exemplo. A razão pela qual os
Estados Unidos permanecem hoje é que nunca viram guerra em seu
continente. Quando seus inimigos apontarem para o continente, estes
inimigos chegarão a Washington antes que o seu congresso termine de
debater e autorize o presidente a declarar guerra. Mas, quanto a nós, não
perdemos tempo com essas coisas triviais. O Camarada Deng Xiaoping disse
uma vez: "A liderança do Partido é rápida na tomada de decisões. Assim que
uma decisão é tomada, ela é imediatamente implementada. Não há perda de
tempo com coisas triviais como nos países capitalistas. Essa é a nossa
vantagem! O centralismo democrático do nosso Partido baseia-se na tradição
da grande unidade. Embora a Alemanha fascista também enfatizasse o
centralismo de alto nível, ela se concentrou apenas no poder do líder máximo,
mas ignoraram a liderança coletiva do grupo central. É por isso que Hitler foi
traído por muitos, mais tarde em sua vida, o que basicamente esgotou a
capacidade de guerra dos nazistas.
O que nos torna diferentes da Alemanha é que somos ateus completos,
enquanto a Alemanha era principalmente um país católico e protestante.
Hitler era apenas meio ateu. Embora Hitler também acreditasse que os
cidadãos comuns tinham pouca inteligência e que os líderes deveriam,
portanto, tomar decisões, e embora o povo alemão adorasse Hitler naquela
época, a Alemanha não tinha a tradição de adorar os sábios de forma ampla.
Nossa sociedade chinesa sempre adorou os sábios, e isso porque não
adoramos nenhum Deus. Quando você adora um deus, você não pode adorar
uma pessoa ao mesmo tempo, a menos que reconheça a pessoa como o
representante de deus, como fazem nos países do Oriente Médio. Por outro
lado, quando você reconhece uma pessoa como um sábio, é claro que você
vai querer que ela seja o seu líder... Este é o fundamento do nosso
centralismo democrático.
O ponto principal é que somente a China é uma força confiável na
resistência ao sistema democrático parlamentar ocidental. A ditadura de
Hitler na Alemanha foi talvez apenas um erro momentâneo na história.
Talvez vocês agora tenham entendido por que decidimos recentemente
promover ainda mais o ateísmo. Se deixarmos a teologia do Ocidente entrar
na China e nos esvaziar desde dentro, se deixarmos todos os chineses
ouvirem a Deus e seguirem a Deus, quem nos ouvirá e nos seguirá
obedientemente? Se as pessoas comuns não acreditarem que o Camarada Hu
Jintao é um líder qualificado, questionarem a sua autoridade e quiserem
monitorá-lo, se os adeptos religiosos em nossa sociedade questionarem por
que estamos deixando Deus nas igrejas, o nosso Partido poderá continuar
governando a China?
O sonho da Alemanha de ser o "senhor da terra" falhou porque, em
última análise, a história não lhe concedeu esta grande missão. Mas as três
lições que a Alemanha aprendeu com a experiência são as que devemos
lembrar ao completar nossa missão histórica e revitalizar nossa raça. As três
lições são: segurar com firmeza o espaço vital do país; segurar com firmeza o
controle do Partido sobre a nação; e segurar com firmeza a direção geral para
se tornar o "senhor da terra".
A seguir, eu gostaria de abordar essas três questões.
A primeira questão é o espaço vital. Esse é o maior foco da revitalização
da raça chinesa. Em meu último discurso, eu disse que a luta pelos recursos
vitais básicos (incluindo terra e oceano) é a fonte da grande maioria das
guerras da história. Isso pode mudar na era da informação, mas não
fundamentalmente. Nossos recursos per capita são muito menores do que os
da Alemanha daquela época. Além disso, o desenvolvimento econômico dos
últimos vinte anos teve um impacto negativo e os climas estão piorando
rapidamente. Nossos recursos estão bastante escassos. O meio ambiente está
gravemente poluído, em especial o solo, a água e o ar. Não apenas nossa
capacidade de sustentar e desenvolver nossa raça, mas até mesmo sua
sobrevivência está gravemente ameaçada, numa medida muito maior do que a
enfrentada pela Alemanha naquela época.
Qualquer pessoa que já esteve em países ocidentais sabe que o espaço
vital deles é muito melhor do que o nosso. Eles têm florestas ao longo das
rodovias, enquanto nós dificilmente temos alguma árvore ao lado de nossas
ruas. O céu deles é geralmente azul com nuvens brancas, enquanto o nosso
céu é coberto por uma camada de névoa escura. A água da torneira deles é
limpa o suficiente para beber, enquanto até a nossa água subterrânea está tão
poluída que não pode ser bebida sem filtrar. Eles têm poucas pessoas nas
ruas, e duas ou três pessoas podem ocupar um pequeno prédio residencial; em
contraste, nossas ruas estão sempre cheias de gente, e várias pessoas têm de
compartilhar o mesmo quarto.
Muitos anos atrás, havia um livro intitulado Catástrofes Amarelas. Ele
dizia que, por seguirmos o estilo americano de consumo, nossos limitados
recursos não sustentariam por muito tempo a população e que a sociedade
entraria em colapso, quando nossa população atingisse 1,3 bilhão. Agora
nossa população já ultrapassou esse limite e contamos agora com as
importações para sustentar nossa nação. Não é que não tenhamos prestado
atenção a esse problema. O Ministério de Recursos da Terra é especializado
neste assunto.
Mas o termo 'espaço vital' (lebensraum) está muito relacionado à
Alemanha nazista. O motivo pelo qual não queremos discutir isso tão
abertamente é evitar que o Ocidente nos associe à Alemanha nazista, o que
poderia, por sua vez, reforçar a visão de que a China é uma ameaça. Portanto,
em nossa ênfase na nova teoria de He Xin, "Direitos humanos são só direitos
de viver", falamos apenas de "viver", mas não de "espaço", a fim de evitar o
uso do termo "espaço vital". Do ponto de vista da história, a razão pela qual a
China se depara com a questão do espaço vital é porque os países ocidentais
estabeleceram colônias antes dos países orientais. Os países ocidentais
estabeleceram colônias em todo o mundo, o que lhes deu uma vantagem na
questão do espaço vital. Para resolver este problema, devemos levar o povo
chinês para fora da China, para que ele possa se desenvolver fora da China.
A segunda questão é o nosso foco na capacidade de liderança do partido
governante. Nesta, temos feito melhor do que o partido deles. Embora os
nazistas tenham espalhado o seu poder em todos os aspectos do governo
nacional alemão, eles não enfatizaram a sua posição de liderança absoluta
como nós temos feito. Eles não consideraram o problema da gestão do poder
do partido como primeira prioridade, o que nós temos feito. Quando o
camarada Mao Zedong resumiu os "três tesouros" da vitória do nosso partido
na conquista do país, ele considerava como "tesouro" mais importante o
desenvolvimento do Partido Comunista Chinês (PCC) e o fortalecimento de
sua posição de liderança.
Temos de nos concentrar em dois pontos para fortalecer nossa posição
de liderança e melhorar nossa capacidade de liderança.
O primeiro é promover a teoria dos "Três Representantes", destacando
que o nosso Partido é o pioneiro da raça chinesa, além de ser o pioneiro do
proletariado. Muitos cidadãos dizem em particular: "Nunca votamos em
vocês, do Partido Comunista, para nos representar. Como podem ter a
pretensão de serem nossos representantes?"
Não há necessidade de se preocupar com esse problema. O camarada
Mao Zedong disse que, se pudéssemos liderar o povo chinês para fora da
China, resolvendo a falta de espaço vital na China, o povo chinês nos
apoiaria. Nesse momento, não precisaremos nos preocupar com os rótulos de
"totalitarismo" ou "ditadura". Se poderemos representar para sempre o povo
chinês é algo que depende de conseguirmos conduzir o povo chinês para fora
da China.
O segundo ponto, se poderemos levar o povo chinês para fora da China,
é o fator mais importante da posição de liderança do PCC.
Por que digo isso?
Todos sabem que sem a liderança do nosso Partido, a China não existiria
hoje. Portanto, nosso maior princípio é proteger para sempre a posição de
liderança do nosso Partido. Antes de 4 de junho, percebemos vagamente que,
enquanto a economia da China fosse desenvolvida, as pessoas apoiariam e
amariam o Partido Comunista. Portanto, tivemos de usar várias décadas de
tempo de paz para desenvolver a economia chinesa. Não importa quais sejam
os ismos, quer seja um gato branco ou preto, ele será um bom gato se puder
desenvolver a economia chinesa. Mas, naquela época, não tínhamos idéias
maduras sobre como a China lidaria com as disputas internacionais após o
desenvolvimento de sua economia.
O Camarada Xiaoping disse então que os principais temas do mundo
eram a paz e o desenvolvimento. Mas a agitação de 4 de junho deu um aviso
ao nosso Partido e deu-nos uma lição que ainda está fresca.
A pressão da evolução pacífica da China nos faz reconsiderar esses dois
temas principais de nosso tempo. Vemos que nenhuma dessas duas questões,
paz e desenvolvimento, foi resolvida. As forças de oposição ocidentais
sempre mudam o mundo de acordo com suas próprias visões; elas querem
mudar a China e usar a evolução pacífica para derrubar a liderança do nosso
Partido Comunista. Portanto, se apenas desenvolvermos a economia, ainda
encaramos a possibilidade de perder o controle.
A agitação de 4 de junho quase conseguiu fazer uma transição pacífica;
se não fosse pelo fato de que um grande número de camaradas veteranos
ainda estavam vivos e que num momento crucial eles retiraram Zhao Ziyang
e seus seguidores, então todos nós teríamos sido colocados na prisão. Depois
da morte, teríamos muita vergonha de aparecer diante de Marx. Embora
tenhamos passado no teste de 4 de junho, depois que nosso grupo de
camaradas antigos faleceu, sem o nosso controle, a evolução pacífica ainda
pode chegar à China assim como chegou à antiga União Soviética. Em 1956,
eles abafaram o incidente húngaro e derrotaram os ataques dos revisionistas
de Tito da Iugoslávia, mas não puderam resistir a Gorbachev uns trinta anos
depois. Assim que esses antigos camaradas pioneiros morreram, o poder do
Partido Comunista foi retirado pela evolução pacífica.
Depois que a agitação de 4 de junho foi reprimida, estivemos pensando
em como prevenir a China de uma evolução pacífica e como manter a
liderança do Partido Comunista. Nós refletimos várias vezes, mas não
tivemos nenhuma boa idéia. Se não tivermos boas idéias, a China
inevitavelmente mudará de forma pacífica e todos nós nos tornaremos
criminosos na história. Depois de intensas ponderações, finalmente chegamos
a esta conclusão: somente transformando a nossa potência nacional
desenvolvida na força de um primeiro ataque no exterior — somente levando
o povo a sair — poderemos ganhar para sempre o apoio e o amor do povo
chinês pelo Partido Comunista. Nosso partido ficará então em um terreno
invencível, e o povo chinês terá de depender do Partido Comunista. Ele
seguirá para sempre o Partido Comunista com seus corações e mentes, como
foi escrito em um dístico freqüentemente visto no campo alguns anos atrás:
"Ouça o Presidente Mao, siga o Partido Comunista!" Portanto, a agitação de 4
de junho nos fez perceber que devemos combinar o desenvolvimento
econômico com a preparação para a guerra e o direcionamento do povo a
sair! Portanto, desde então, nossa política de defesa nacional deu uma volta
de 180 graus e, desde então, temos enfatizado cada vez mais a "combinação
de paz e guerra". O nosso desenvolvimento econômico trata inteiramente de
se preparar para as necessidades da guerra! Publicamente, ainda enfatizamos
o desenvolvimento econômico como o nosso centro, mas, na realidade, o
desenvolvimento econômico tem a guerra como centro! Fizemos um esforço
tremendo para elaborar o "Projeto da Grande Muralha", a fim de construir, ao
longo de nossas fronteiras costeiras e terrestres, bem como ao redor de
cidades grandes e médias, uma sólida "Grande Muralha" subterrânea que
possa resistir a uma guerra nuclear. Também estamos armazenando todos os
materiais de guerra necessários. Portanto, não hesitaremos em travar uma
Terceira Guerra Mundial, a fim de fazer sair o povo e garantir a posição de
liderança do Partido. Em qualquer caso, nós, o PCC, nunca desceremos do
palco da história! Preferimos que o mundo inteiro, ou mesmo o globo inteiro,
compartilhe conosco a vida e a morte do que sair do palco da história! Não
existe uma teoria da "dependência nuclear"? Ela quer dizer que, uma vez que
as armas nucleares comprometeram a segurança do mundo inteiro, todos
morrerão juntos caso a morte for inevitável. Na minha opinião, existe outro
tipo de dependência, ou seja, o destino do nosso Partido está ligado ao do
mundo inteiro. Se nós, o PCC, acabarmos, a China estará acabada e o mundo
estará acabado.
A missão histórica do nosso Partido é levar o povo chinês a sair. Se
olharmos com uma visão ampla, veremos que a história nos conduziu por
esse caminho. Primeiro, a longa história da China resultou na maior
população do mundo, incluindo chineses na China e no exterior. Segundo,
assim que abrirmos nossas portas, os capitalistas ocidentais em busca de
lucro investirão capital e tecnologia na China, a fim de ajudar nosso
desenvolvimento, de modo que possam ocupar o maior mercado do mundo.
Terceiro, nossos numerosos chineses no exterior nos ajudam a criar o
ambiente mais favorável para a introdução de capital estrangeiro, tecnologia
estrangeira e experiência avançada na China. Assim, é garantido que nossa
política de reformas e de porto aberto alcançará um tremendo sucesso.
Quarto, a grande expansão econômica da China inevitavelmente levará à
redução do espaço vital per capita para o povo chinês, e isso incentivará a
China a se voltar para o exterior em busca de um novo espaço vital. Quinto, a
grande expansão econômica da China inevitavelmente virá com um
desenvolvimento significativo de nossas forças militares, criando condições
para nossa expansão no exterior. Desde a época de Napoleão, o Ocidente tem
estado alerta para o possível despertar do leão adormecido que é a China.
Agora, o leão adormecido está se levantando e avançando no mundo, e se
tornou imparável!
Qual é a terceira questão que devemos resolver com firmeza para
cumprir a nossa missão histórica de renascimento nacional? É agarrar com
firmeza o grande "problema da América".
Isso parece chocante, mas a lógica é na verdade muito simples.
O Camarada He Xin apresentou um julgamento muito fundamental, o
qual é muito razoável. Ele afirmou em seu relatório ao Comitê Central do
Partido: o renascimento da China está em conflito fundamental com os
interesses estratégicos do Ocidente e, portanto, será inevitavelmente
obstruído pelos países ocidentais fazendo tudo o que podem. Portanto,
somente quebrando o bloqueio formado pelos países ocidentais encabeçados
pelos Estados Unidos a China poderá crescer e se mover em direção ao
mundo!
Os Estados Unidos permitiriam que saíssemos para ganhar um novo
espaço vital? Em primeiro lugar, se os Estados Unidos estão resolutos em nos
bloquear, é difícil para nós fazer algo significativo em relação a Taiwan,
Vietnã, Índia ou mesmo Japão, [então] quanto mais espaço vital podemos
conseguir? Muito simples! Apenas países como Estados Unidos, Canadá e
Austrália têm terras vastas para atender à nossa necessidade de colonização
em massa.
Portanto, resolver o "problema da América" é a chave para resolver
todos os outros problemas. Primeiro, isso possibilita que muitas pessoas
migrem para lá e até mesmo estabeleçam outra China sob a mesma liderança
do PPC. A América foi originalmente descoberta pelos ancestrais da raça
amarela, mas Colombo deu crédito à raça branca. Nós, os descendentes da
nação chinesa, temos direito à posse da terra! Diz-se que os residentes da raça
amarela têm um status social muito baixo nos Estados Unidos. Precisamos
libertá-los. Em segundo lugar, depois de resolver o "problema da América",
os países ocidentais da Europa se curvariam diante de nós, sem mencionar
Taiwan, Japão e outros pequenos países. Portanto, resolver o "problema da
América" é a missão atribuída aos membros do PCC pela história.
Às vezes penso como é cruel para a China e os Estados Unidos serem
inimigos que estão fadados a se encontrar numa estrada estreita! Lembram-se
de um filme sobre as tropas do Exército da Libertação lideradas por Liu
Bocheng e Deng Xiaoping? O título é algo como "Batalha Decisiva nas
Planícies Centrais". Há um comentário famoso no filme que é cheio de poder
e grandeza: "Os inimigos estão fadados a se encontrar numa estrada estreita,
apenas os bravos vencerão!" Foi esse tipo de espírito de lutar para vencer ou
morrer que nos permitiu tomar o poder na China continental. É um destino
histórico que a China e os Estados Unidos hão de chegar a um confronto
inevitável num caminho estreito e lutar entre si! Os Estados Unidos, ao
contrário da Rússia e do Japão, nunca ocuparam e prejudicaram a China, e
além disso ajudaram a China em sua batalha contra os japoneses. Mas
certamente serão uma obstrução, e a maior das obstruções! No longo prazo, o
relacionamento da China e dos Estados Unidos é de uma luta de vida ou
morte.
Certa vez, alguns americanos vieram nos visitar e tentaram nos
convencer de que a relação entre a China e os Estados Unidos é de
interdependência. O Camarada Xiaoping respondeu de maneira educada: "Vá
dizer ao seu governo, a China e os Estados Unidos não têm uma relação
interdependente e de confiança mútua". Na verdade, o Camarada Xiaoping
estava sendo educado demais, ele poderia ter sido mais franco: "A relação
entre a China e os Estados Unidos é de uma luta de vida ou morte." Claro,
agora não é hora de romper abertamente com eles ainda. Nossa reforma e
abertura para o mundo exterior ainda dependem de seu capital e tecnologia,
ainda precisamos da América. Portanto, devemos fazer tudo o que estiver ao
nosso alcance para promover nosso relacionamento com a América, aprender
com a América em todos os aspectos e usar a América como exemplo para
reconstruir nosso país.
Como temos administrado nossos negócios estrangeiros nestes anos?
Mesmo que tivéssemos de botar uma cara sorridente para agradá-los, mesmo
que tivéssemos de lhes dar a face direita depois de terem batido em nossa
face esquerda, ainda assim teríamos de aguentar, a fim de aprofundar o nosso
relacionamento com os Estados Unidos. Lembram-se da personagem de
Wuxun no filme A História de Wuxun? A fim de cumprir sua missão, ele
aguentou tantas dores e sofreu tantas pancadas e chutes! Hoje, os Estados
Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo. Somente depois de
aprendermos todas as suas experiências úteis, poderemos substituí-los no
futuro. Mesmo que atualmente estejamos imitando o tom americano: "A
China e os Estados Unidos apoiam-se mutuamente e compartilham a honra e
a desgraça", não devemos esquecer que a história de nossa civilização
repetidamente tem nos ensinado que uma única montanha não permite que
dois tigres vivam juntos.
Também não devemos esquecer o que o camarada Xiaoping enfatizou:
"Abstenha-se de revelar ambições e tirar os outros do caminho." A mensagem
escondida é: devemos tolerar a América; devemos ocultar nossos objetivos
últimos, esconder nossas capacidades e aguardar a oportunidade. Dessa
forma, nossa mente está clara. Por que não atualizamos nosso hino nacional
com algo pacífico? Por que não mudamos o tema bélico do hino? Em vez
disso, ao revisar a Constituição desta vez, pela primeira vez especificamos
claramente que a "Marcha dos Voluntários" é o nosso hino nacional. Assim,
entenderemos por que constantemente falamos em voz alta sobre o "problema
de Taiwan", mas não sobre o "problema americano". Todos nós conhecemos
o princípio de "fazer uma coisa sob a cobertura de outra". Se a gente
ordinária só consegue ver a pequena ilha de Taiwan com seus olhos, então
vocês, como a elite do nosso país, deveriam ser capazes de ver o quadro
completo da nossa causa. Ao longo desses anos, segundo o acordo do
Camarada Xiaoping, uma grande parte do nosso território no Norte foi
entregue à Rússia; vocês realmente acham que o nosso Comitê do Partido é
bobo?
A fim de resolver o problema da América, devemos ser capazes de
transcender convenções e restrições. Na história, quando um país derrotava
outro país ou ocupava outro país, ele não podia matar todas as pessoas na
terra conquistada porque naquela época não se podia matar pessoas de
maneira eficaz com sabres ou lanças longas, ou mesmo com rifles ou
metralhadoras. Portanto, era impossível ganhar um pedaço de terra sem
manter o povo naquela terra. Entretanto, se conquistássemos a América dessa
forma, não poderíamos fazer com que muitas pessoas migrassem para lá.
Somente usando meios especiais para "limpar" a América é que seremos
capazes de levar o povo chinês até lá. Esta é a única escolha que nos resta.
Esta não é uma questão de estarmos dispostos a fazer isso ou não. Que tipo
de meio especial existe disponível para nós para "limpar a América"?
Armas convencionais como caças, canhões, mísseis e navios de guerra
não vão adiantar; nem as armas altamente destrutivas, como as armas
nucleares. Não somos tolos a ponto de querer morrer junto com a América
usando armas nucleares, apesar do fato de termos estado exclamando que
resolveremos o problema de Taiwan a qualquer custo. Somente usando armas
não-destrutivas que podem matar muitas pessoas seremos capazes de reservar
a América para nós mesmos. Tem havido um rápido desenvolvimento da
tecnologia biológica moderna e novas armas biológicas têm sido inventadas
uma após a outra. Obviamente, nós não ficamos ociosos, nos últimos anos
aproveitamos a oportunidade para dominar armas desse tipo. Somos capazes
de alcançar o nosso propósito de "limpar" a América subitamente. Quando o
Camarada Xiaoping ainda estava conosco, o Comitê Central do Partido teve a
perspicácia de tomar a decisão certa de não desenvolver grupos de porta-
aviões e se concentrar, em vez disso, no desenvolvimento de armas letais que
possam eliminar populações em massa do país inimigo.
Do ponto de vista humanitário, deveríamos dar um aviso ao povo
americano e persuadi-lo a deixar a América e deixar a terra onde tem vivido
ao povo chinês. Ou pelo menos deveriam deixar metade dos Estados Unidos
para ser colônia da China, porque a América foi descoberta pelos chineses.
Mas isso funcionaria? Se essa estratégia não funcionar, então só nos restará
uma escolha. Ou seja, usar meios decisivos para "limpar" a América e
reservar a América para nosso uso num instante. Nossa experiência histórica
provou que, contanto que façamos isso acontecer, ninguém no mundo poderá
fazer nada a nosso respeito. Além disso, se os Estados Unidos, como líder,
estiverem acabados, então os outros inimigos terão de se render a nós.
As armas biológicas não têm precedentes em sua crueldade, mas se os
americanos não morrerem, então os chineses terão de morrer. Se o povo
chinês estiver amarrado à terra atual, um colapso social total está fadado a
ocorrer. De acordo com os cálculos do autor de Perigo Amarelo, mais da
metade dos chineses morrerão, e esse número seria de mais de 800 milhões
de pessoas! Logo após a libertação, nossa terra amarela sustentava quase 500
milhões de pessoas, enquanto hoje o número oficial da população é de mais
de 1,3 bilhão. Esta terra amarela atingiu o limite de sua capacidade. Um dia,
quem sabe quando chegará, o grande colapso ocorrerá a qualquer momento e
mais da metade da população terá de ir embora.
Devemos nos preparar para dois cenários. Se nossas armas biológicas
tiverem sucesso no ataque surpresa, o povo chinês será capaz de manter as
suas perdas em um número mínimo na luta contra os Estados Unidos. Se, no
entanto, o ataque falhar e desencadear uma retaliação nuclear dos Estados
Unidos, a China sofreria talvez uma catástrofe na qual mais da metade de sua
população pereceria. É por isso que precisamos estar preparados com
sistemas de defesa aérea para nossas cidades grandes e médias. Seja qual for
o caso, só podemos avançar com coragem, pelo bem do nosso Partido e nosso
Estado e do futuro da nossa nação, independentemente das adversidades que
tenhamos de enfrentar e dos sacrifícios que tenhamos de fazer. A população,
mesmo que mais da metade morra, pode se reproduzir. Mas, se o Partido cair,
tudo estará perdido, e perdido para sempre.
Na história chinesa, na substituição das dinastias, os implacáveis sempre
venceram e os benevolentes sempre fracassaram. O exemplo mais típico
envolveu Xiang Yu, o Rei de Chu, que, após derrotar Liu Bang, deixou de
continuar a persegui-lo e a eliminar suas forças, e sua leniência resultou na
morte de Xiang Yu e na vitória de Liu... Portanto, devemos enfatizar a
importância da adoção de medidas enérgicas. No futuro, os dois rivais, China
e Estados Unidos, no devido tempo se encontrarão numa estrada estreita, e
nossa leniência para com os americanos significará crueldade para com o
povo chinês. Aqui, algumas pessoas podem querer me perguntar: e os vários
milhões de nossos compatriotas nos Estados Unidos? Podem perguntar: não
somos contra chineses matando outros chineses?
Esses camaradas são muito pedantes; não são pragmáticos o suficiente.
Se tivéssemos insistido no princípio de que chineses não deveriam matar
outros chineses, teríamos libertado a China? Quanto aos vários milhões de
chineses que vivem nos Estados Unidos, este é, sem dúvida, um grande
problema. Por isso, nos últimos anos, temos feito pesquisas com armas
genéticas, isto é, armas que não matam pessoas amarelas. Mas produzir um
resultado com esse tipo de pesquisa é extremamente difícil.
Das pesquisas feitas com armas genéticas em todo o mundo, Israel é o
mais avançado. Suas armas genéticas são projetadas para atingir os árabes e
proteger os israelenses. Mas mesmo eles não alcançaram o estágio de
implantação real. Temos cooperado com Israel em algumas pesquisas. Talvez
possamos importar algumas das tecnologias usadas para proteger os
israelenses e remodelar essas tecnologias para proteger o povo amarelo. Mas
suas tecnologias ainda não estão maduras e é difícil para nós superá-las em
poucos anos. Se for preciso cinco ou dez anos para que algum avanço possa
ser alcançado em armas genéticas, não podemos nos dar ao luxo de esperar
mais do que isso.
Velhos camaradas como nós não podem se dar ao luxo de esperar tanto
tempo, porque não temos assim tanto tempo de vida. Os velhos soldados da
minha idade podem esperar mais cinco ou dez anos, mas os do período da
Guerra Antijaponesa ou os poucos velhos soldados do Exército Vermelho
não podem esperar mais.
Portanto, temos de desistir de nossas expectativas quanto a armas
genéticas. É claro que, de outra perspectiva, a maioria dos chineses que
vivem nos Estados Unidos se tornaram nosso fardo, porque foram
corrompidos pelos valores liberais burgueses por muito tempo e seria difícil
para eles aceitar a liderança do nosso Partido. Se sobrevivessem à guerra,
teríamos de lançar campanhas no futuro para lidar com eles, para corrigi-los.
Vocês ainda se lembram que, quando tínhamos acabado de derrotar o
Kuomintang (KMT) e libertar a China Continental, muita gente da classe
burguesa e dos intelectuais nos receberam de forma extremamente calorosa,
mas depois tivemos de lançar campanhas como a "repressão aos reacionários"
e o "Movimento Antidireitista" para limpá-los e corrigi-los? Alguns deles
estiveram escondidos por muito tempo e não foram expostos até a Revolução
Cultural. A história provou que qualquer turbulência social pode envolver
muitas mortes.
Talvez possamos colocar desta forma: a morte é o motor que move a
história para frente. Durante o período dos três reinos, quantas pessoas
morreram? Quando Genghis Khan conquistou a Eurásia, quantas pessoas
morreram? Quando Manchu invadiu o interior da China, quantas pessoas
morreram? Poucas pessoas morreram durante a Revolução de 1911, mas,
quando derrubamos as Três Grandes Montanhas, e durante as campanhas
políticas como a "supressão dos reacionários", a "Campanha Três-Anti" e a
"Campanha Cinco-Anti", pelo menos 20 milhões de pessoas morreram.
Estávamos com receio de que alguns jovens de hoje tremeriam de medo ao
ouvir falar de guerras e pessoas morrendo.
Durante a guerra, estávamos acostumados a ver gente morta. Sangue e
carne voavam por toda parte, cadáveres jaziam em pilhas nos campos e o
sangue corria como rios. Nós vimos isso tudo. Nos campos de batalha, os
olhos de todos ficavam vermelhos de tanto matar porque era uma luta de vida
ou morte e apenas os bravos sobreviveriam.
É de fato brutal matar cem ou duzentos milhões de americanos. Mas
esse é o único caminho que garantirá um século chinês no qual o PCC
liderará o mundo. Nós, como humanitários revolucionários, não queremos
mortes. Mas se a história nos confronta com uma escolha entre as mortes de
chineses e as de americanos, teríamos de escolher as últimas, pois, para nós, é
mais importante salvaguardar a vida do povo chinês e a vida do nosso
Partido. Isso porque, afinal, somos chineses e membros do PCC. Desde o dia
em que nos juntamos ao PCC, o Partido, a vida sempre esteve acima de tudo!
A história provará que fizemos a escolha certa.
Agora, que estou para terminar meu discurso, vocês provavelmente
entendem por que queríamos saber se o povo se levantaria contra nós se um
dia adotássemos secretamente meios enérgicos para "limpar" a América. Por
mais de vinte anos, a China tem desfrutado de paz e uma geração inteira não
foi testada pela guerra. Em particular, desde o final da Segunda Guerra
Mundial, houve muitas mudanças nos formatos da guerra, no conceito de
guerra e na ética da guerra. Especialmente desde o colapso da antiga União
Soviética e dos Estados comunistas do Leste Europeu, a ideologia do
Ocidente passou a dominar o mundo como um todo, e a teoria ocidental da
natureza humana e a visão ocidental dos direitos humanos têm sido cada vez
mais disseminadas entre os jovens da China. Portanto, não tínhamos muita
certeza quanto à atitude do povo. Se nosso povo se opõe fundamentalmente à
"limpeza" da América, teremos, é claro, de adotar medidas correspondentes.
Por que não conduzimos a pesquisa por meios administrativos em vez de
pela internet? Fizemos o que fizemos por um bom motivo.
Em primeiro lugar, fizemos dessa forma para reduzir a inferência
artificial e para ter certeza de que receberíamos o que o povo pensa de
verdade. Além disso, essa forma é mais confidencial e não revela o
verdadeiro propósito da nossa pesquisa. Mas o mais importante é o fato de
que a maioria das pessoas que podem responder às perguntas online são de
grupos sociais relativamente bem-educados e inteligentes. São os grupos
radicais e de liderança que desempenham um papel decisivo entre o nosso
povo. Se eles nos apoiarem, então o povo como um todo nos seguirá. Se se
opuserem a nós, desempenharão o perigoso papel de incitar as pessoas e criar
distúrbios sociais.
O que acabou sendo muito reconfortante é que não entregaram uma
prova em branco. Na verdade, entregaram uma prova com uma pontuação
superior a 80. Este é o excelente resultado do trabalho de propaganda e
educação do nosso Partido nas últimas décadas.
Claro, algumas pessoas sob influência ocidental se opuseram a atirar em
prisioneiros de guerra, mulheres e crianças. Está todo mundo louco? Outros
disseram: "Os chineses adoram se rotular como um povo que ama a paz, mas
na verdade são o povo mais cruel. Os comentários evocam matança e
assassinato, trazendo arrepios ao meu coração."
Embora não haja muitas pessoas com esse tipo de ponto de vista e não
afetem a situação geral de forma significativa, ainda precisamos fortalecer a
propaganda para responder a esse tipo de argumento.
Quer dizer, propagar vigorosamente o último artigo do Camarada He
Xin, que já foi apresentado ao governo central. Vocês podem procurá-lo no
site.
Se acessarem o site pesquisando por palavras-chave, descobrirão que há
algum tempo o Camarada He Xin disse ao Hong Kong Business News,
durante uma entrevista, que: "Os EUA têm uma conspiração chocante." De
acordo com o que tinha em mãos, de 27 de setembro a 1º de outubro de 1995,
a Fundação Mikhail Sergeevich Gorbachev, financiada pelos Estados Unidos,
reuniu 500 dos mais importantes estadistas, líderes econômicos e cientistas
do mundo, incluindo George W. Bush (ele não era o presidente dos Estados
Unidos na época), a Baronesa Thatcher, Tony Blair, Zbigniew Brzezinski,
bem como George Soros, Bill Gates, o futurista John Naisbitt, etc., todas as
personalidades mais populares do mundo, no hotel Fairmont de São
Francisco, para uma mesa-redonda de alto nível, discutindo os problemas da
globalização e de como guiar a humanidade para avançar no século XXI. De
acordo com o que He Xin tinha em mãos, as pessoas importantes do mundo
que estavam presentes pensavam que, no século XXI, apenas 20 por cento da
população mundial seria suficiente para manter a economia e a prosperidade
do mundo, os outros 80 por cento ou 4/5 da população mundial seriam lixo
humano incapaz de produzir novos valores. As pessoas presentes pensavam
que esse excesso de 80 por cento da população seria uma população de
escória e que meios de "alta tecnologia" deveriam ser usados para eliminá-la
gradualmente.
Já que os inimigos planejam em segredo eliminar nossa população, por
certo não podemos ser infinitamente misericordiosos e compassivos com
eles. O artigo do Camarada He Xin saiu na hora certa, ele provou a justeza de
nossa abordagem de batalha ao estilo olho por olho... [e] a grande previsão do
Camarada Deng Xiaoping de preparar as tropas contra a estratégia militar dos
Estados Unidos.
Certamente, ao divulgar os pontos de vista do Camarada He Xin, não
podemos publicar o artigo nos jornais do Partido, para evitar aumentar a
vigilância do inimigo. A conversa de He Xin pode lembrar ao inimigo que
apreendemos a ciência e a tecnologia modernas, incluindo a tecnologia
nuclear "limpa", bem como a tecnologia de armas biológicas, e podemos usar
medidas poderosas para eliminar sua população em grande escala.
O último problema de que eu gostaria de falar é o de tomar com firmeza
os preparativos para a batalha militar.
Atualmente, estamos na encruzilhada de avançar ou retroceder. Alguns
[2]
n.t.: "the proof is in the pudding" ("a prova está no pudim") é uma expressão derivada do provérbio
"the proof of the pudding is in the eating" ("a prova do pudim está em comê-lo"), equivalente a "só a
experiência comprova". [N.T.]
[3]
Ver: https://www.scribd.com/book/438107041.
[4]
Cf. “The Schiff Report Document”, 4 dez. 2019: https://jrnyquist.blog/2019/12/04/614/
[5]
Ver Parte 2: https://www.google.com/amp/s/m.delfi.lt/endelfi/article.php%3fid=66856642&amp=1
[6]
"A novel coronavirus capable of lethal human infections: an emerging picture", de Gulfaraz Khan:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3599982/
[7]
"Coronavirus Bioweapon – How China Stole Coronavirus From Canada And Weaponized It":
https://greatgameindia.com/coronavirus-bioweapon/
[8]
Aqueles que não percebem a tendência esquerdista de ambos os partidos políticos, conferir o livro
do cientista político Tim Groseclose, Left Turn, em:
https://www.amazon.com/dp/1250002761/ref=cm_sw_r_cp_api_i_HJhtEbG76A194
[9]
"The Paranoid Style in American politics": https://harpers.org/archive/1964/11/the-paranoid-style-
in-american-politics/
[10]
"Paranoid Personality Disorder": https://www.therecoveryvillage.com/mental-health/paranoid-
personality-disorder/#gref
[11]
Sobre a penetração do governo dos Estados Unidos por agentes soviéticos, ver The Venona Secrets:
The Definitive Exposé of Soviet Espionage in America (Cold War Classics):
https://www.amazon.com/dp/1621572951/ref=cm_sw_r_cp_api_i_vTUrEbGM7ZJK1
Ver também American Betrayal, de Diana West:
https://www.amazon.com/dp/1250055814/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aVUrEbYZQ3QF8
[12]
"Conspiracy craze: why 12 million Americans believe that alien lizards rule us":
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/lifeandstyle/2016/apr/07/conspiracy-theory-
paranoia-aliens-illuminati-beyonce-vaccines-cliven-bundy-jfk
[13]
David Icke: https://en.m.wikipedia.org/wiki/David_Icke
[14]
Entrevista de Joe Rogan com Alex Jones: https://youtu.be/-5yh2HcIlkU
[15]
Termo russo que designa as forças especiais da Federação Russa. [N.T.]
[16]
n.t.: SAC – Strategic Air Command (Comando Estratégico Aéreo) era o Departamento de Defesa,
Comando Especial e Força Aérea dos Estados Unidos durante a Guerra Fria.
[17]
n.t.: "Ardil 22 é uma expressão cunhada pelo escritor Joseph Heller no seu romance Ardil 22 que
descreve uma situação paradoxal, na qual uma pessoa não pode evitar um problema por causa de
restrições ou regras contraditórias. [...] A expressão ‘ardil-22’ baseia-se na explicação do personagem
Doc Daneeka de como qualquer piloto requisitando uma avaliação psicológica na esperança de não ser
considerado são o bastante para voar, e assim escapar de missões perigosas, demonstraria deste modo
sua sanidade." Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ardil_22_(lógica)
[18]
Tradução do russo de V. D. Sokolovskii, com análise e notas de H. Dinerstein, L. Gouré e T.
Wolfe: https://www.rand.org/pubs/reports/R416.html
[19]
n.t.: “topeira” é um infiltrado, em jargão de espionagem.
[20]
n.t.: "dangle" ou, em russo, подстава (podstava) é um agente que finge desertar e oferecer
informações autênticas às agencias de inteligência do inimigo.
[21]
Joseph D. Douglass, Jr., Red Cocaine: The Drugging of America and the West, p. 47 e pp. 17-18:
https://portalconservador.com/livros/Joseph-Douglass-Red-Cocaine-The-Drugging-of-America-and-
the-West.pdf
[22]
Viktor Suvorov, Spetsnaz: https://books.google.com/books/about/Spetsnaz.html?
id=LVI2AAAACAAJ&source=kp_book_description
[23]
Cf. "On Global Terrorism: FAKT interview with A. Litvinenko", 31 mar. 2020:
https://jrnyquist.blog/2020/03/31/on-global-terrorism-fakt-interview-with-a-litvinenko/
[24]
"Anatoliy Golitsyn: The Key to Understanding Today’s World Situation":
https://thecontemplativeobserver.wordpress.com/tag/new-lies-for-old/
[25]
Desinformação do Kremlin:
https://www.google.com/amp/s/amp.theguardian.com/world/2020/mar/18/russian-media-spreading-
covid-19-disinformation
A versão de desinformação do Kremlin: https://euvsdisinfo.eu/report/the-coronavirus-is-part-of-a-us-
war-against-russia-and-china/
[26]
Vídeo "Chinese Woman Tells Truth About Current Situation in China":
https://www.youtube.com/watch?v=VfN_jtYmqG4
[27]
n.t.: Tory: partido conservador do Reino Unido.
[28]
NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.foreignaffairs.com/articles/united-states/2020-03-05/us-chinese-
distrust-inviting-dangerous-coronavirus-conspiracy%3famp
https://www.ratemyprofessors.com/ShowRatings.jsp?tid=336548
https://www.google.com/amp/s/www.nytimes.com/2020/01/01/opinion/china-swine-fever.amp.html
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/m/pubmed/26552008/
https://apnews.com/PR%20Newswire/ff548c99a03afb0d69bb7871f7cd4fc0
[29]
https://www.globalsecurity.org/military/world/china/yuzhao-capabilities.htm

Nota: o alcance do transporte do tipo 071 é de "vários milhares de milhas náuticas" para um transporte
que pode carregar 1.000 tropas, além de veículos blindados e (em versões posteriores) helicópteros.
Dez foram construídos, de acordo com uma fonte. Pode haver 15 atualmente, mas alguns dos artigos
parecem confusos. Some-se a isso os porta-aviões de assalto existentes com alcance semelhante e a
China poderá entregar duas divisões de 18 batalhões na costa oeste dos Estados Unidos. A capacidade
real de condução pode ser maior, considerando outros navios e conversões não listadas.
[30]
Oficial de inteligência especializado em gerenciar agentes e redes de agentes. [N.T.]
[31]
https://www.google.com/amp/s/amp.theatlantic.com/amp/article/524334/
[32]
https://spectator.org/daniel-ortega-a-cold-war-communist-is-still-killing-people-in-nicaragua/
[33]
https://www.sahistory.org.za/archive/chapter-4-role-communist-party-anc-richard-monroe
[34]
https://www.breitbart.com/politics/2020/04/27/producers-warn-america-is-facing-protein-shortage-
in-coronavirus-era/
[35]
n.t.: Voyennaya Mysl (Pensamento Militar): jornal militar soviético.
[36]
Ver Robin Eubanks, Credentialed to Destroy: How and Why Education Became a Weapon:
https://www.amazon.com/dp/1492122831/ref=cm_sw_r_cp_api_i_JdM2Eb4HBATWR
[37]
Gramsci’s Marxism:
https://www.amazon.com/dp/0904383032/ref=cm_sw_r_cp_api_i_aWL6EbTEDEPX1
[38]
n.t.: a "fina linha azul" (em inglês, "the thin blue line") é uma expressão que se refere à idéia de que
a polícia é a linha que impede a sociedade de cair no caos violento.
[39]
NOTAS E LINKS:
https://www.google.com/amp/s/www.marketplace.org/2014/11/26/lingering-cost-rioting/amp
https://www.google.com/amp/s/www.forbes.com/sites/jackkelly/2020/06/02/cities-will-see-citizens-
flee-fearing-continued-riots-and-the-reemergence-of-covid-19/amp/
[40]
https://www.amazon.com/s?
k=grand+solar+minimum&hvadid=78271608348644&hvbmt=be&hvdev=c&hvqmt=e&tag=mh0b-
20&ref=pd_sl_8wkgkb0eqs_e
[41]
Twilight of Abundance: Why Life in the 21st Century Will Be Nasty, Brutish, and Short:
https://www.amazon.com/dp/1621571580/ref=cm_sw_r_cp_api_i_zCQ6EbNZMKPA0 — A
preliminary sketch.
[42]
https://en.wikipedia.org/wiki/Dalton_Minimum
[43]
Edward Jay Epstein, The Hammer File: https://www.amazon.com/-/de/Dossier-Secret-History-
Epstein-1996-10-01/dp/B01FKUZHIE/ref=cm_cr_arp_d_product_top?ie=UTF8
[44]
NOTAS E LINKS:
The Chilling Stars: A New Theory of Climate Change:
https://www.amazon.com/dp/1840468157/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hAQ6Eb12XR3WC
https://www.whatsorb.com/news/global-warming-by-co2-or-cooling-by-a-grand-solar-minimum
Cold Sun:
https://www.amazon.com/dp/1426967918/ref=cm_sw_r_cp_api_i_hxQ6Eb3MN313X
A NASA nega oficialmente a teoria da pequena Era Glacial, agarrando-se à sua obsessão com o CO2:
https://climate.nasa.gov/blog/2953/there-is-no-impending-mini-ice-age/
[45]
Bodin: On Sovereignty: Six Books Of The
Commonwealth: https://www.amazon.com/dp/1438288700/ref=cm_sw_r_cp_api_i_oEobFb3GEHK8E
[46]
https://www.google.com/amp/s/www.cnbc.com/amp/2020/07/05/trump-stokes-national-divisions-
in-fourth-of-july-speech.html
[47]
Algumas pessoas enxergam com mais clareza que outras:
https://townhall.com/tipsheet/elliebufkin/2020/06/03/nobody-takes-america-philly-woman-shuts-down-
protestors-outside-city-hall-n2570000
[48]
New Lies for Old:
https://www.amazon.com/dp/0945001088/ref=cm_sw_r_cp_api_i_T8oeFbM31J29Y
[49]
We Will Bury You, de Jan Sejna (1985-08-
03): https://www.amazon.com/dp/B01FEONCKG/ref=cm_sw_r_cp_api_i_K-oeFb6W08FMG
[50]
Se você sabe como ler o seguinte livro, todos os fatos que comprovam as alegações de Kalashnikov
estão aqui: Putin’s Kleptocracy: Who Owns
Russia?: https://www.amazon.com/dp/1476795207/ref=cm_sw_r_cp_api_i_H.oeFb07VCGGS
[51]
Shakespeare’s Tragedy of Hamlet, Prince of Denmark, arranjada para representação no Royal
Princess’s Theatre, com Notas Explicativas de Charles Kean, F. S. A., conforme apresentada na
segunda-feira, 10 de janeiro de 1859: http://www.gutenberg.org/files/27761/27761-h/27761-h.htm
[52]
n.t.: Karen: gíria americana que, em suma, se refere pejorativamente a uma mulher branca que
exige direitos acima do normal ou usa a sua posição privilegiada para conseguir o que quer.
[53]
https://youtu.be/TMrtLsQbaok
[54]
https://youtu.be/B1KYvz7FFrE
[55]
https://youtu.be/AyRbfteCex8
[56]
https://youtu.be/FhXIifZYvxM
[57]
"China scientists warn of global cooling trick up nature’s sleeve", de Stephen Chen, South China
Morning Post: https://www.scmp.com/news/china/science/article/3022136/china-scientists-warn-
global-cooling-trick-natures-sleeve?onboard=true
[58]
VÍDEOS, NOTAS E LINKS:
"Solar Minimum Approaching: A Mini Ice Age?", de Bob Berman, 27 de fevereiro de 2019, The Old
Farmer’s Almanac: https://www.almanac.com/news/astronomy/astronomy/solar-minimum-
approaching-mini-ice-age#
"Chinese scientists say region to get cooler", de KG Chan, Asia
Times: https://asiatimes.com/2019/08/chinese-scientists-say-region-to-get-cooler/
"What Lengths Will China Go to Feed Its People as Ancient Cycles Repeat?", de David DuByne, 30 de
janeiro de 2019: https://medium.com/@globalcooling/what-lengths-will-china-go-to-feed-its-people-as-
ancient-cycles-repeat-156f0b2c7052
[59]
https://www.forbes.com/sites/chuckdevore/2019/02/25/wildfires-caused-by-bad-environmental-
policy-are-causing-california-forests-to-be-net-co2-emitters/#6ca23fd75e30
[60]
https://www.mercurynews.com/2017/02/23/gop-state-senator-a-vietnamese-refugee-removed-from-
california-senate-floor-after-criticizing-late-senator/
https://www.sacbee.com/news/politics-government/capitol-alert/article135336514.html
[61]
https://youtu.be/I8Pl564BnfA
[62]
Roger Cliff, China’s Military Power: Assessing Current and Future
Capabilities: https://www.amazon.com/dp/1107502950?tag=sa-sym-new-
20&linkCode=osi&th=1&psc=1
[63]
Ver "O discurso secreto do general Chi Haotian", no Apêndice.
[64]
https://en.wikipedia.org/wiki/Zimmermann_Telegram
[65]
NOTAS E LINKS:
Viktor Suvorov, Spetsnaz: The Inside Story of Soviet Special Forces: https://www.amazon.com/s?
k=spetsnaz&i=stripbooks&ref=nb_sb_noss_2
Huffington Post, "Putting China on Our Border": https://www.huffpost.com/entry/putting-china-on-
our-bord_b_14685690
https://youtu.be/lp0eWqx6eRU
[66]
n.t.: os Estados Vermelhos são aqueles cuja maioria dos votos costuma ir para os Republicanos, ao
passo que os Estados Azuis são aqueles cuja maioria vai para os Democratas.
[67]
https://youtu.be/4QrHzhmDme4
[68]
https://www.amazon.com/dp/B005QBKXSM/ref=dp-kindle-redirect?_encoding=UTF8&btkr=1
[69]
https://www.ntd.com/allan-dos-santos-us-election-problems-mirror-vote-rigging-in-latin-
america_525377.html
[70]
https://www.bing.com/news/search?q=Eric+Coomer&qpvt=eric+coomer&FORM=EWRE
[71]
https://youtu.be/k1jcy17vThA
[72]
https://youtu.be/akqeL9AtJYI
[73]
"Xi Jinping Orders Chinese Army to Prepare for War 'at Any Second'":
https://www.breitbart.com/asia/2021/01/05/xi-jinping-orders-pla-prepare-war-any-second/
[74]
V. I. Lenin: Marx, Engels, Marxism, Oitava edição revisada, Progress Publishers, Moscou, 1968, p.
248.
[75]
https://www.marxists.org/archive/trotsky/1924/lit_revo/intro.htm
[76]
Karl Marx, The 18th Brumaire of Louis Bonaparte, I.
[77]
John Milton, Areopagitica.

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