Você está na página 1de 20

Título: Capítulo 11 de Atos dos Apóstolos - A Abertura da Igreja aos

Gentios.

 Introdução: Vamos ver em Atos 11 um resumo dos fatos ocorridos


anteriormente, desde a visão de Pedro em Jope (Atos 10:9-16) até a
visita a Cornélio, o centurião romano, por orientação divina (Atos 10:1-
8), também vemos Pedro sendo questionado por ter estado com gentios
e explicando aos questionadores a ação do Espirito Santo e qual foi seu
papel e seu entendimento sobre aquele acontecimento.

TEXTO:

¹ Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia ouviram falar que os gentios


também haviam recebido a palavra de Deus.

² Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos


circuncisos o criticavam, dizendo:

³ "Você entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles".

⁴ Pedro, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia


acontecido:

⁵ "Eu estava na cidade de Jope orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi
algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro
pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava.

⁶ Olhei para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais
selvagens, répteis e aves do céu.

⁷ Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’.

⁸ "Eu respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou em minha boca algo
impuro ou imundo.

⁹ "A voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’.

¹⁰ Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu.

¹¹ "Na mesma hora chegaram à casa em que eu estava hospedado três


homens que me haviam sido enviados de Cesaréia.
¹² O Espírito me disse que não hesitasse em ir com eles. Estes seis irmãos
também foram comigo, e entramos na casa de um certo homem.

¹³ Ele nos contou como um anjo lhe tinha aparecido em sua casa e dissera:
‘Mande buscar, em Jope, a Simão, chamado Pedro.

¹⁴ Ele lhe trará uma mensagem por meio da qual serão salvos você e todos os
da sua casa’.

¹⁵ "Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós
no princípio.

¹⁶ Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas
vocês serão batizados com o Espírito Santo’.

¹⁷ Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que nos dera quando cremos no
Senhor Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-me a Deus? "

¹⁸ Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo:


"Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios! "

¹⁹ Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com


a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a
mensagem apenas aos judeus.

²⁰ Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a


falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor
Jesus.

²¹ A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao


Senhor.

²² Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles


enviaram Barnabé a Antioquia.

²³ Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a


permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração.

²⁴ Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas
foram acrescentadas ao Senhor.

²⁵ Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo


²⁶ e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano
inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em
Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos.

²⁷ Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia.

²⁸ Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome
sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de
Cláudio.

²⁹ Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram


providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judéia.

³⁰ E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e


Saulo.

Explicando o Contexto do Texto:

O contexto histórico dos eventos relatados em Atos 11 se encaixa dentro do


período descrito no Novo Testamento da Bíblia, especificamente na expansão
inicial do Cristianismo logo após a morte e ressurreição de Jesus Cristo.

Atos 11 descreve principalmente a conversão dos gentios ao cristianismo e a


resposta inicial da igreja em Jerusalém a essa mudança significativa. Antes dos
eventos em Atos 11, havia uma forte separação entre os judeus e os gentios. O
judaísmo, como religião étnica e cultural, tendia a manter uma distância dos
não-judeus.

A importância deste capítulo reside na mudança de paradigma que representa


para os primeiros cristãos. Agora, eles estão começando a entender que a
mensagem de Jesus é para todos, não apenas para os judeus. Este evento
desempenha um papel crucial na expansão do Cristianismo além das fronteiras
judaicas e na aceitação dos gentios como membros iguais na fé cristã.

Em resumo, o contexto histórico de Atos 11 é a expansão do Cristianismo além


das fronteiras judaicas, incluindo a aceitação dos gentios como membros da fé
e o estabelecimento de novas comunidades cristãs em lugares-chave como
Antioquia onde nasce uma importante igreja daqueles tempos.
QUESTIONAMENTOS RETIRADOS DO TEXTO:

1 – Qual a razão da descriminação dos crentes de origem judaica para com os


gentios.

2 – Porque Deus passa a considerar puro o que antes havia ordenado como
impuro.

3 – A importância de ouvir o Espírito Santo e principalmente se deixar conduzir


por ele.

4 – Porque Pedro tinha que levar a mensagem a Cornélio, se o próprio Anjo


poderia ter dado a mensagem da salvação de forma direta, sendo o Anjo uma
prova da existência de Deus – (Ponto para reflexão: A mensagem ou lição era
mesmo para Cornélio ou o principal destinatário do proposito de Deus seria
Pedro).

5 – Avaliar a ação do Espírito Santo ter sido derramado sobre os gentios da


MESMA FORMA que ocorreu em atos 2 – no pentecostes.

6 – Qual o significado teológico da abertura aos gentios, incluindo a


universalidade do Evangelho e a igualdade na salvação em Cristo.

7 – A ida de Barnabé a Antioquia e sua missão junto a Paulo.

8 – Os profetas em Antioquia e a profecia de Agabo

VERSÍCULO A VERSICULO:
1 – Qual a razão da descriminação dos crentes de origem judaica para
com os gentios.

¹ Os apóstolos e os irmãos de toda a Judéia ouviram falar que os gentios


também haviam recebido a palavra de Deus.

² Assim, quando Pedro subiu a Jerusalém, os que eram do partido dos


circuncisos o criticavam, dizendo:

³ "Você entrou na casa de homens incircuncisos e comeu com eles".

⁴ Pedro, então, começou a explicar-lhes exatamente como tudo havia


acontecido:

Circuncisão: a circuncisão era uma prática religiosa essencial na tradição


judaica, estabelecida na Lei de Moisés como um sinal da aliança entre Deus e
o povo de Israel (Gênesis 17:10-14).

Então partido dos circuncisos nesse contexto aqui, são os crentes de origem
judaica.

O que explica a discriminação dos Judeus pra com os Gentios.

1. Tradição Judaica: A tradição judaica por milênios ensinou a distinção


entre judeus e gentios. Os judeus eram o povo escolhido de Deus e
seguiam um conjunto específico de leis e práticas religiosas. Os gentios,
por outro lado, eram vistos como estrangeiros ou não pertencentes ao
povo eleito.
2. Leis Religiosas: As leis judaicas, especialmente aquelas relacionadas à
pureza ritual, proibiam a interação próxima com gentios. Isso incluía
restrições alimentares, regras sobre tocar em objetos considerados
impuros, como cadáveres, e outras práticas que mantinham uma
distinção clara entre judeus e gentios.
3. Cultura e História: A história do povo judeu estava repleta de opressão
e invasões por nações gentias. Isso contribuiu para um sentimento de
separação e, às vezes, desconfiança em relação aos gentios.
4. Interpretação das Escrituras: Algumas interpretações das Escrituras
judaicas poderiam ser usadas para justificar a discriminação contra os
gentios. Por exemplo, as promessas feitas a Abraão e ao povo de Israel
poderiam ser vistas como exclusivas para os descendentes de Abraão.

2 – Porque Deus passa a considerar puro o que antes havia ordenado


como impuro.

⁵ "Eu estava na cidade de Jope orando; caindo em êxtase, tive uma visão. Vi
algo parecido com um grande lençol sendo baixado do céu, preso pelas quatro
pontas, e que vinha até o lugar onde eu estava.

⁶ Olhei para dentro dele e notei que havia ali quadrúpedes da terra, animais
selvagens, répteis e aves do céu.

⁷ Então ouvi uma voz que me dizia: ‘Levante-se, Pedro; mate e coma’.

⁸ "Eu respondi: De modo nenhum, Senhor! Nunca entrou em minha boca algo
impuro ou imundo.

⁹ "A voz falou do céu segunda vez: ‘Não chame impuro ao que Deus purificou’.

¹⁰ Isso aconteceu três vezes, e então tudo foi recolhido ao céu.

A ideia de que Deus passa a considerar puro o que anteriormente havia


ordenado como impuro está relacionada ao contexto da revelação
progressiva na Bíblia, especialmente no Novo Testamento. Há algumas
maneiras de abordar essa questão:

1. Cumprimento em Cristo: Muitos ensinamentos e práticas do Antigo


Testamento encontram seu cumprimento em Jesus Cristo. Ele é retratado
como o Messias esperado, aquele que cumpre as promessas e profecias
antigas. Por exemplo, as leis cerimoniais, como as regras dietéticas e rituais
de purificação, foram instituídas no Antigo Testamento como uma parte do
pacto entre Deus e Israel. Com a vinda de Cristo, essas leis foram
cumpridas e, portanto, não são mais necessárias em sua forma original. Em
Cristo, a plenitude da revelação de Deus é manifestada, e as exigências
dessas leis cerimoniais são superadas.
2. Nova Aliança e Graça: O Novo Testamento apresenta a ideia da "Nova
Aliança" que é estabelecida por meio do sacrifício de Jesus na cruz e é
caracterizada pela graça e pelo perdão. Em contraste, a Antiga Aliança,
representada pelas leis e práticas do Antigo Testamento, que se baseava
na obediência às leis cerimoniais e morais.
Com a vinda de Cristo, uma nova dispensação é inaugurada, na qual a
salvação é oferecida pela graça mediante a fé em Jesus, não pela
observância rigorosa da Lei ou pela pratica de boas obras.
3.Expansão da Comunidade Cristã: O ensinamento de Jesus e dos
apóstolos também inclui a expansão da comunidade cristã para além das
fronteiras étnicas e culturais de Israel. Isso significa que os gentios,
anteriormente considerados impuros de acordo com as leis judaicas, são
agora recebidos na comunidade cristã sem a necessidade de circuncisão ou
observância das leis cerimoniais judaicas. Isso reflete uma mudança na
compreensão da identidade do povo de Deus, que agora é caracterizada
pela fé em Cristo, não pela ascendência étnica ou pela observância das
práticas religiosas.

Esses princípios mostram que, com a revelação progressiva de Jesus ao longo


da história bíblica, houve uma mudança na ênfase e na aplicação das leis e
práticas religiosas, à medida que Deus revelava mais plenamente seu plano de
salvação por meio de Jesus Cristo.

3 – A importância de ouvir o Espírito Santo e principalmente se deixar


conduzir por ele.
¹¹ "Na mesma hora chegaram à casa em que eu estava hospedado três
homens que me haviam sido enviados de Cesaréia.

¹² O Espírito me disse que não hesitasse em ir com eles. Estes seis irmãos
também foram comigo, e entramos na casa de um certo homem.

Primeiro vemos Pedro sendo exortado 3 vezes para aceitar a mensagem que a
visão do lençol queria lhe passar, já em seguida vemos Pedro obedecendo o
Espirito Santo sem hesitar.

1. Guia para a Verdade: Jesus ensinou que o Espírito Santo é o


"Consolador" ou "Advogado" que Ele enviaria para guiar os crentes na
verdade (João 14:26). O Espírito Santo nos ajuda a compreender e
aplicar os ensinamentos de Jesus em nossas vidas.

João 14:26: Mas aquele Consolador, o aEspírito Santo, que o Pai enviará em
meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito.

2. Ajuda na Oração: Paulo ensina que o Espírito Santo intercede por nós
em nossas fraquezas e nos ajuda em nossas orações (Romanos 8:26-
27). Ele nos ajuda a orar de acordo com a vontade de Deus, mesmo
quando não sabemos como orar corretamente.

Romanos 8:26-27: E da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas


fraquezas; porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o
mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. 27 E aquele que
examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo
Deus intercede pelos santos.

3. Transformação Interior: O Espírito Santo trabalha em nós para


produzir frutos espirituais, como amor, alegria, paz, paciência, bondade,
fidelidade, mansidão e autocontrole. Ele nos transforma à imagem de
Cristo e nos capacita a viver vidas que glorificam a Deus.

4. Discernimento espiritual: O Espírito Santo nos concede discernimento


espiritual para entender as coisas de Deus e distinguir entre o bem e o
mal. Ele nos ajuda a discernir falsas doutrinas e nos capacita a tomar
decisões sábias e justas.
5. Unidade do Corpo de Cristo: O Espírito Santo une os crentes em uma
comunidade de fé, a igreja. Ele concede dons espirituais aos crentes
para edificação mútua e para a obra do ministério. Ele nos capacita a
viver em harmonia e amor uns pelos outros.
6. Testemunho Eficaz: Jesus prometeu que o Espírito Santo nos
capacitaria a ser suas testemunhas em todo o mundo (Atos 1:8). Ele nos
dá coragem, sabedoria e poder para proclamar o evangelho e fazer
discípulos de todas as nações.

Atos 1:8 ⁸ Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir


sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda
a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra.

Em resumo, é importante ouvir o Espírito Santo e se deixar conduzir por Ele


porque Ele é nosso guia, consolador, intercessor e transformador interior. Ele
nos capacita a viver vidas que glorificam a Deus, discernir a vontade divina e
testemunhar o amor de Cristo ao mundo.

4 – Porque Pedro tinha que levar a mensagem a Cornélio, se o próprio


Anjo poderia ter dado a mensagem da salvação de forma direta, sendo o
Anjo uma prova da existência de Deus – (Ponto para reflexão: A
mensagem ou lição era mesmo para Cornélio ou o principal destinatário
do proposito de Deus seria Pedro).
¹³ Ele nos contou como um anjo lhe tinha aparecido em sua casa e dissera:
‘Mande buscar, em Jope, a Simão, chamado Pedro.

¹⁴ Ele lhe trará uma mensagem por meio da qual serão salvos você e todos os
da sua casa’.

A história de Pedro e Cornélio, encontrada em Atos dos Apóstolos, capítulo 10,


oferece insights sobre por que Pedro foi escolhido para levar a mensagem da
salvação a Cornélio, em vez de o próprio anjo fazê-lo diretamente. Aqui estão
algumas razões possíveis:

1. Papel dos seres humanos na divulgação do Evangelho: Ao longo da


Bíblia, vemos que Deus frequentemente escolhe usar pessoas como
instrumentos para comunicar sua mensagem e realizar sua vontade.
Isso reflete a natureza do relacionamento de Deus com a humanidade,
onde ele nos convida a participar de seu plano de redenção e salvação.
2. Pedro como líder da igreja primitiva: Pedro era uma figura central na
igreja primitiva e um dos apóstolos mais proeminentes. Sua aceitação
em relação a Cornélio, um gentio, foi um passo crucial na expansão da
fé cristã para além do judaísmo. Ao escolher Pedro para essa tarefa,
Deus demonstrou que a mensagem do Evangelho era para todas as
pessoas, independentemente de sua origem étnica.
3. Ação divina e humana combinadas: Embora o anjo pudesse ter
entregado a mensagem diretamente a Cornélio, Deus escolheu usar
Pedro como parte do processo. Isso não diminui a ação divina, mas
mostra como Deus frequentemente trabalha por meio de instrumentos
humanos para realizar seus propósitos.
4. Testemunho e relacionamento pessoal: Ao enviar Pedro a Cornélio,
Deus permitiu que houvesse um encontro pessoal entre os dois, o que
permitiu um relacionamento significativo e a oportunidade de
testemunhar do poder de Deus na vida de Pedro e de Cornélio. Isso
pode ter sido mais eficaz do que uma mensagem puramente
sobrenatural.
Em resumo, a escolha de Pedro para levar a mensagem a Cornélio reflete a
maneira como Deus frequentemente trabalha através de pessoas para realizar
seus propósitos, bem como a importância do relacionamento humano e do
testemunho pessoal na divulgação do Evangelho.

5 – Avaliar a ação do Espírito Santo ter sido derramado sobre os gentios


da MESMA FORMA que ocorreu em atos 2 – no pentecostes.

¹⁵ "Quando comecei a falar, o Espírito Santo desceu sobre eles como sobre nós
no princípio.

¹⁶ Então me lembrei do que o Senhor tinha dito: ‘João batizou com água, mas
vocês serão batizados com o Espírito Santo’.

¹⁷ Se, pois, Deus lhes deu o mesmo dom que nos dera quando cremos no
Senhor Jesus Cristo, quem era eu para pensar em opor-me a Deus? "

¹⁸ Ouvindo isso, não apresentaram mais objeções e louvaram a Deus, dizendo:


"Então, Deus concedeu arrependimento para a vida até mesmo aos gentios! "

- Ou Seja : Nem o nosso arrependimento é fruto de nós mesmo, ele é


concedido por Deus.

Ao avaliarmos a ação do Espírito Santo sendo derramado sobre os gentios da


mesma forma que ocorreu em Atos 2 envolve considerar os paralelos e as
diferenças entre esses dois eventos. Aqui está uma análise:

1. Derramamento do Espírito Santo: Tanto em Atos 2 quanto em Atos


10, há um claro derramamento do Espírito Santo sobre um grupo
específico de pessoas. Em Atos 2, o Espírito Santo foi derramado sobre
os discípulos reunidos no Dia de Pentecostes, enquanto em Atos 10, o
Espírito Santo foi derramado sobre os gentios reunidos na casa de
Cornélio.

2. Manifestações sobrenaturais: Em ambos os eventos, há


manifestações visíveis e audíveis do Espírito Santo. Em Atos 2, houve o
som de um vento impetuoso e línguas de fogo que pousaram sobre cada
um dos discípulos, e eles começaram a falar em outras línguas. Em
Atos 10, os gentios começaram a falar em línguas e glorificar a Deus
depois de receberem o Espírito Santo.

3. Testemunho e proclamação do Evangelho: Após receberem o


Espírito Santo, tanto os discípulos em Atos 2 quanto os gentios em Atos
10 foram capacitados a testemunhar e proclamar o Evangelho. Em
ambos os casos, houve um impacto significativo na disseminação da
mensagem cristã.

6 – Qual o significado teológico da abertura aos gentios, incluindo a


universalidade do Evangelho e a igualdade na salvação em Cristo.

¹⁹ Os que tinham sido dispersos por causa da perseguição desencadeada com


a morte de Estêvão chegaram até à Fenícia, Chipre e Antioquia, anunciando a
mensagem apenas aos judeus.

²⁰ Alguns deles, todavia, cipriotas e cireneus, foram a Antioquia e começaram a


falar também aos gregos, contando-lhes as boas novas a respeito do Senhor
Jesus.

²¹ A mão do Senhor estava com eles, e muitos creram e se converteram ao


Senhor.
A abertura aos gentios, como vemos sendo retratada, tem um significado
teológico profundo e abrangente e destaca a universalidade do Evangelho e a
igualdade na salvação em Cristo. E os aspectos mais relevantes são :

1. Universalidade do Evangelho: A aceitação dos gentios na comunidade


cristã demonstra que o Evangelho não é exclusivo para uma nação ou
grupo étnico específico ou pessoas selecionadas, mas é para todas as
pessoas, de todas as culturas e origens. Isso reflete a vontade de Deus
de que todas as nações sejam alcançadas pela mensagem de salvação
em Jesus Cristo.

O versículo que você está procurando é encontrado em Mateus 9:12, onde


Jesus diz: "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes." - Essa
declaração de Jesus ocorre em resposta aos fariseus, que questionaram por
que Ele estava comendo com pecadores e publicanos. Jesus respondeu
que veio para chamar não os justos, mas os pecadores ao arrependimento
(Mateus 9:13). Essa passagem destaca a compaixão de Jesus pelos
pecadores e marginalizados, enfatizando que Ele veio para buscar e salvar os
perdidos (Lucas 19:10).

2. Cumprimento das Promessas do Antigo Testamento: A inclusão dos


gentios na salvação por meio de Cristo é vista como o cumprimento das
promessas feitas a Abraão de que todas as nações seriam abençoadas
por meio de sua descendência. Essa inclusão dos gentios também é
prevista pelos profetas do Antigo Testamento, como Isaías, que
profetizou que a luz de Deus se estenderia às nações (Isaías 49:5,6).
Isaías 49:5-6 (NVI): Agora, porém, diz o SENHOR, aquele que me formou no
ventre para ser o seu servo, para trazer de volta Jacó e reunir Israel a ele, pois
sou honrado aos olhos do SENHOR, e o meu Deus tem sido a minha força; ele
diz: “Para você, é coisa diminuta ser o meu servo para restaurar as tribos de
Jacó e trazer de volta aqueles de Israel que eu guardei. Também farei de você
uma luz para os gentios, para que você leve a minha salvação até os confins
da terra”.

3. Unidade em Cristo: A aceitação dos gentios na comunidade cristã


enfatiza a unidade que é encontrada em Cristo. Em Cristo, não há mais
distinção entre judeus e gentios, escravos e livres, homens e mulheres;
todos são um em Cristo Jesus (Gálatas 3:28). Isso reflete a ideia de que
todos os crentes são membros do mesmo corpo de Cristo,
independentemente de sua origem étnica ou social (1 Coríntios 12:13).
4. Igualdade na Salvação em Cristo: A aceitação dos gentios na
comunidade cristã ressalta a igualdade na salvação em Cristo. A
salvação não é obtida por meio de obras da lei ou por mérito humano,
mas é um dom de Deus concedido pela graça mediante a fé em Jesus
Cristo (Efésios 2:8-9). Todos os crentes, judeus e gentios, são salvos
pela mesma graça e estão em pé de igualdade diante de Deus.
5. Testemunho do Amor e Misericórdia de Deus: A aceitação dos
gentios na comunidade cristã é um poderoso testemunho do amor e da
misericórdia de Deus para com toda a humanidade. Ele mostra que
Deus deseja que todos sejam salvos e venham ao conhecimento da
verdade (1 Timóteo 2:4), e que seu amor se estende a todos, sem
distinção.

Em resumo, a abertura aos gentios na comunidade cristã tem implicações


profundas para a compreensão da universalidade do Evangelho, a igualdade
na salvação em Cristo e o testemunho do amor e da misericórdia de Deus para
com toda a humanidade. Essa inclusão reflete os propósitos redentores de
Deus para toda a criação e demonstra a amplitude e a profundidade de sua
graça salvadora.
7 – A ida de Barnabé a Antioquia e sua missão junto a Paulo.

²² Notícias desse fato chegaram aos ouvidos da igreja em Jerusalém, e eles


enviaram Barnabé a Antioquia.

²³ Este, ali chegando e vendo a graça de Deus, ficou alegre e os animou a


permanecerem fiéis ao Senhor, de todo o coração.

²⁴ Ele era um homem bom, cheio do Espírito Santo e de fé; e muitas pessoas
foram acrescentadas ao Senhor.

²⁵ Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo

²⁶ e, quando o encontrou, levou-o para Antioquia. Assim, durante um ano


inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos. Em
Antioquia, os discípulos foram pela primeira vez chamados cristãos.

A igreja de Jerusalém enviou Barnabé a Antioquia devido à necessidade de


fortalecer e encorajar a comunidade cristã em Antioquia. Barnabé, que era um
líder respeitado na igreja primitiva, foi enviado para ajudar a ensinar, discipular
e fortalecer os novos convertidos em Antioquia. Além disso, a igreja de
Jerusalém reconheceu a importância de estabelecer uma conexão e comunhão
entre as diferentes comunidades cristãs, e enviou Barnabé como um
representante para fortalecer os laços entre Jerusalém e Antioquia.

Barnabé foi a Tarso procurar Saulo porque reconheceu o potencial e a


importância do ministério de Saulo (que mais tarde seria conhecido como
Paulo) para a obra de Deus. Saulo era um fariseu convertido que havia tido
uma experiência poderosa com Jesus Cristo e se tornara um ardente defensor
da fé cristã.

Barnabé, que já tinha uma relação de confiança com Saulo, sabia que ele
poderia contribuir significativamente para o trabalho em Antioquia. Além disso,
Barnabé sabia que a presença e o ensino de Saulo seriam valiosos para
fortalecer e ensinar a comunidade cristã em Antioquia.

Portanto, Barnabé foi a Tarso procurar Saulo para convidá-lo a se juntar a ele
em Antioquia, a fim de trabalharem juntos no ministério e na expansão do
evangelho naquela região. Juntos, Barnabé e Saulo desempenhariam papéis
fundamentais na propagação do cristianismo e no estabelecimento de igrejas
em várias regiões.

8 – Os profetas em Antioquai e a professia de Agabo

²⁷ Naqueles dias alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia.

²⁸ Um deles, Ágabo, levantou-se e pelo Espírito predisse que uma grande fome
sobreviria a todo o mundo romano, o que aconteceu durante o reinado de
Cláudio.

²⁹ Os discípulos, cada um segundo as suas possibilidades, decidiram


providenciar ajuda para os irmãos que viviam na Judéia.

³⁰ E o fizeram, enviando suas ofertas aos presbíteros pelas mãos de Barnabé e


Saulo.

Naqueles dias, alguns profetas desceram de Jerusalém para Antioquia porque


a cidade de Antioquia era um importante centro para a expansão do
cristianismo na época. Os profetas desempenhavam um papel crucial na igreja
primitiva, pois eram responsáveis por transmitir mensagens de Deus, ensinar,
encorajar e edificar a comunidade cristã.

A descida dos profetas de Jerusalém para Antioquia pode ter sido motivada
pela necessidade de fortalecer e orientar a comunidade cristã local, bem como
de confirmar e validar o trabalho que estava sendo realizado ali. A presença
dos profetas era vista como uma bênção e uma confirmação divina do trabalho
que estava sendo realizado em Antioquia.
Além disso, a vinda dos profetas de Jerusalém para Antioquia também
simbolizava a unidade e comunhão entre as diferentes comunidades cristãs,
mostrando que a igreja primitiva estava conectada e buscava crescer e se
fortalecer mutuamente.

A revelação do período de fome a Ágabo pode ter diversas razões, de acordo


com a vontade e propósito de Deus naquela situação específica. Aqui estão
algumas possíveis razões:

1. Advertência e preparação: A revelação da fome poderia servir como


um aviso para que os cristãos se preparassem e tomassem medidas
para ajudar aqueles que seriam afetados. Isso demonstra a
preocupação de Deus com o bem-estar de Seu povo e a importância de
agir em solidariedade e amor ao próximo.
2. Testemunho da veracidade da profecia: Ao revelar antecipadamente
um evento futuro, como a fome, Deus demonstra Sua soberania e o dom
de profecia em ação. Isso fortalece a fé dos crentes e mostra que Deus
está no controle de todas as coisas.
3. Oportunidade de demonstrar generosidade e compaixão: A
revelação da fome poderia ser uma oportunidade para os cristãos
demonstrarem generosidade, compaixão e solidariedade uns com os
outros. Isso fortalece a comunhão na igreja e reflete os princípios do
Reino de Deus.
4. Cumprimento das Escrituras: A fome profetizada por Ágabo poderia
estar alinhada com as profecias do Antigo Testamento ou com o plano
divino para aquela época específica. Deus muitas vezes usa profecias
para cumprir Seus propósitos e revelar Sua vontade aos Seus servos.

A revelação do período de fome a Ágabo pode ter sido para advertência,


preparação, fortalecimento da fé, oportunidade de ação e cumprimento dos
planos divinos naquela situação específica.

A profecia de Ágabo destaca a importância dos dons proféticos na igreja


primitiva e como essas revelações ajudaram a orientar e fortalecer a
comunidade cristã em momentos de desafio e dificuldade.
Conclusão:

 Recapitulação da importância do capítulo 11 de Atos dos Apóstolos na


expansão do Cristianismo e na compreensão da vontade de Deus para a
salvação de todos os povos.

Esses episódios de Atos 11 desempenha um papel crucial na expansão do


Cristianismo e na compreensão da vontade de Deus para a salvação de
TODOS.

Tendo uma narrativa é significativa por várias razões:

1. Superanção de Barreiras Culturais e Étnicas: Pedro, um judeu,


inicialmente relutante em associar-se com os gentios, devido às
diferenças culturais e étnicas. No entanto, após receber uma visão de
Deus e testemunhar o derramamento do Espírito Santo sobre os gentios
na casa de Cornélio, Pedro percebe que o Evangelho é para todas as
pessoas, independentemente de sua origem étnica ou cultural. Isso
marca um momento crucial na história do Cristianismo, mostrando a
superação de barreiras culturais e étnicas na comunidade cristã
primitiva.

2. Expansão do Evangelho: A aceitação dos gentios na comunidade


cristã primitiva impulsionou significativamente a expansão do Evangelho
além das fronteiras judaicas. Isso permitiu que o Cristianismo se
tornasse uma fé verdadeiramente global, abrangendo pessoas de
diferentes origens étnicas, culturais e linguísticas.

3. Revelação da Vontade de Deus: A experiência de Pedro com Cornélio


e sua família não apenas demonstra a expansividade do Evangelho,
mas também revela a vontade de Deus para a salvação de todos os
povos. Essa história enfatiza que Deus não mostra favoritismo, mas
deseja que todos se arrependam e sejam salvos, independentemente de
sua raça ou nacionalidade.

Atos 11 deixa um desafio a todos nós, para aplicarmos as lições de


abertura do evangelho aqueles que não consideramos dignos, inclusão
e amor mútuo em suas próprias vidas e comunidades cristãs.

Aplicar as lições de abertura, inclusão e amor mútuo nas próprias vidas e


comunidades cristãs pode ser um desafio, mas é fundamental para viver os
princípios do Evangelho de maneira autêntica e transformadora de modo a
refletirmos sobre:

1. Autoexame e Arrependimento: O primeiro passo é reconhecer e


refletir sobre quaisquer atitudes ou comportamentos que possam estar
contribuindo para a exclusão ou divisão dentro da comunidade. Isso
requer humildade e disposição para examinar sinceramente o coração
em busca de áreas que precisam ser transformadas pela graça de Deus.

2. Cultivar a Empatia e a Compaixão: Para praticar a abertura e a


inclusão, é essencial desenvolver uma mentalidade de empatia e
compaixão em relação aos outros. Isso significa estar disposto a
compreender as experiências, perspectivas e necessidades das
pessoas que são diferentes de nós, e responder com amor e
cuidado genuínos.

3. Promover a Inclusão: Ativamente buscar oportunidades para promover


a inclusão em todos os aspectos da vida da comunidade, seja na
adoração, no serviço ou nas relações interpessoais. Isso pode envolver
a criação de espaços seguros e acolhedores para pessoas de diferentes
origens étnicas, culturais, socioeconômicas e etc.

4. Praticar o Perdão e a Reconciliação: Reconhecer que o perdão e a


reconciliação são fundamentais para a construção de relacionamentos
saudáveis e para superar divisões e conflitos. Isso requer disposição
para perdoar aqueles que nos magoaram e buscar ativamente a
reconciliação, seguindo o exemplo de Cristo em sua obra redentora

5. Compromisso com a Justiça e a Equidade: Trabalhar ativamente pela


justiça e pela equidade em nossa sociedade, defendendo os direitos e a
dignidade de todos os seres humanos, especialmente dos
marginalizados e oprimidos. Isso significa estar disposto a desafiar
estruturas e sistemas injustos e trabalhar para criar uma comunidade
mais justa e compassiva.

Em resumo, aplicar as lições de abertura, inclusão e amor mútuo em nossas


próprias vidas e comunidades cristãs requer um compromisso contínuo com o
crescimento espiritual, a transformação pessoal e o serviço altruísta aos outros.
É um desafio que exige dedicação, coragem e fé, mas que também traz
bênçãos abundantes e alegria duradoura àqueles que o abraçam.

Você também pode gostar