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Biofísica Básica e Imagenologia.e-Book
Biofísica Básica e Imagenologia.e-Book
E IMAGENOLOGIA
ENSINO A
DISTÂNCIA
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Avantis e ao Centro Universitário Avantis – UNIAVAN.
Av. Marginal Leste, 3600, Bloco 1.
88339-125 – Balneário Camboriú – SC.
editora@avantis.edu.br
Inclui Índice
ISBN: 978-65-5901-084-4
ISBNe: 978-65-5901-083-7
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
APRESENTAÇÃO DO AUTOR
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3073594038529703
SUMÁRIO
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
duplas de DNA, as quais servem para armazenar material genético.
As células eucariotas são mais complexas. Contando com seu núcleo delimitado
por uma membrana, apresentam em sua estrutura membrana plasmática, núcleo e
organelas, tais como: Complexo de Golgi, lisossomos, mitocôndrias, ribossomos, entre
outras.
A Membrana Plasmática é composta por uma bicamada de fosfolipídios e contém
proteínas, sendo que algumas delas são intrínsecas, outras são proteínas transmembranas
que transportam moléculas para dentro e para fora das células, ou agem como receptores
da superfície celular. Os componentes da membrana incluem, ainda, os ácidos graxos
saturados e insaturados. Ácidos graxos insaturados dão mais fluidez à membrana, uma
vez que possuem ligações químicas simples ou duplas.
A membrana age como um capacitor, armazenando uma carga através dela. A
região hidrofóbica funciona como um isolante, não permitindo a passagem de água e
íons. Em praticamente todas as células, o interior é negativo em relação ao exterior, e o
potencial elétrico através da membrana é em torno de -70mV.
SAIBA MAIS
Tanto células animais quanto vegetais são eucariotas. Porém, as células vege-
tais apresentam diferenças, quando comparadas às células animais.
Por exemplo: células vegetais contam com parede celular e cloroplastos; raramente têm
lisossomos; contam com vacúolos grandes; poucas apresentam centríolos, entre outras carac-
terísticas.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 1 - Apresentação da Membrana Celular e Estrutura da Membrana Plasmática.
Fonte: Shutterstock (2021).
1.2 ELETRICIDADE
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de natureza elétrica entre elas. É um conteúdo complexo, capaz de descrever inúmeras de
suas características e propriedades, dentre as quais, para este momento de nosso estudo,
podemos destacar o princípio da conservação da carga elétrica.
Existem dois tipos de carga elétrica: positiva e negativa. O princípio básico da
interação das cargas elétricas diz que cargas opostas se atraem, e cargas iguais se repelem.
Em um átomo, comumente, o número de elétrons (a partícula com carga negativa) é igual
ao número de prótons (a partícula com carga positiva). Logo, o átomo é eletricamente
neutro. Caso exista no átomo um número diferente entre elétrons e prótons, este terá
carga e será denominado de íon.
Podemos dizer que materiais condutores são aqueles em que as partículas
portadoras de carga elétrica têm grande liberdade de movimento, como o grafite e os
metais são bons condutores eletrônicos, ou seja, permitem mobilidades dos elétrons.
Já os gases ionizados e soluções eletrolíticas são bons condutores iônicos,
permitindo mobilidade a átomos e moléculas carregados. Aqueles ditos isolantes,
ou chamados de dielétricos, são materiais, nos quais os portadores de carga elétrica
têm dificuldade de movimento. Alguns materiais, como o silício, por exemplo, têm
características intermediárias, sendo denominados de semicondutores.
Portanto, um corpo é dito eletrizado, quando seu número de elétrons é diferente do
seu número de prótons.
A eletrização pode ocorrer por atrito: quando dois corpos neutros de materiais
diferentes entram em atrito, ocorre uma troca de elétrons entre eles, e ambos são
eletrificados com valores absolutos iguais, porém de cargas opostas, uma vez que um
corpo ganha o mesmo número de elétrons que o outro perdeu.
Na eletrização por contato, um condutor eletrificado, em contato com um condutor
neutro, eletrifica-o com o mesmo sinal que possui.
Na eletrificação por indução, um condutor neutro (aquele que tem mesmo número
de cargas positivas ou negativas), uma vez em contato com um indutor (que é o corpo
carregado), polariza suas cargas, transformando-o em um condutor induzido. O induzido,
ao se estabelecer com ele uma ligação com o solo, caso o indutor seja positivo, atrairá
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
elétrons, tornando-se negativo. Caso a carga do indutor seja negativa, o induzido perderá
elétrons, tornando-se positivo.
O campo elétrico pode ser definido como o espaço em torno de uma carga ou
superfície carregada, na qual qualquer corpo carregado fica sujeito a uma força de origem
elétrica.
O potencial elétrico pode ser definido como a energia potencial adquirida por
unidade de carga, quando um corpo eletrizado é imerso em um campo elétrico, na
unidade do Sistema Internacional (SI), denominada VOLT.
A corrente elétrica é o movimento ordenado de elétrons livres no interior de um
condutor. Ela pode ser dita contínua: o vetor campo elétrico é constante ao longo do
tempo; ou alternada: o vetor campo elétrico apresenta uma variação senoidal ao longo
do tempo.
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Como exemplo de carregadores, podemos citar o mecanismo de troca do íon sódio
pelo íon cálcio no músculo; e como exemplo de bombas, pode ser citada a ATPase sódio
e potássio, a qual mantém o gradiente eletroquímico existente nas células às custas de
energia metabólica.
Os canais iônicos são, usualmente, compostos de moléculas e proteínas que agem,
permitindo a passagem seletiva. O canal contém um poro aquoso que, ao ser aberto, por
mudanças conformacionais na estrutura da proteína, permite o fluxo de íons através da
sua estrutura. Este movimento de íons gera uma corrente elétrica, a qual é suficiente para
ser medida por técnicas adequadas de registros.
Portanto, medindo-se esta corrente, pode-se observar a atividade elétrica de
um único canal na membrana celular, e obter informações acerca das mudanças
conformacionais da proteína ou do complexo molecular que forma o canal iônico. Este
mecanismo do canal de abrir e fechar é denominado de “gating”, que são controlados
por estímulos adequados, tais como: voltagem, neurotransmissores, moléculas de
mensageiros citoplasmáticos ou por estímulos sensoriais.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 2 - Bomba de Sódio Potássio; Transporte Ativo.
Fonte: Shutterstock (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
concentrado ou hipotônico, para outro mais concentrado hipertônico, o que discutiremos
no próximo subitem.
1.6 OSMOSE
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 4 - Ilustração de Osmose: Concentração desigual através da Membrana e Movimento da Água.
Fonte: Shutterstock (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Quando uma célula é colocada em um meio hipertônico, em relação ao seu
citoplasma, ela perde volume através de osmose. Em hemácias, este fenômeno é
conhecido como hemólise. Porém, quando colocada em meio hipotônico, a célula
aumenta o volume, tornando-se túrgida.
Nas células animais, quando a entrada de água supera a elasticidade da membrana
plasmática, e a célula sofre ruptura, ocorre o estado de lise celular. Esta situação não se
dá em células vegetais, devido à existência de parede celular, constituída por celulose,
que lhe confere rigidez.
Conhecer o fenômeno osmótico é importante para diversos processos celulares.
Na fisiologia vegetal, a osmose está associada, por exemplo, aos processos de transporte
de seiva pelos vasos condutores, à manutenção da forma da planta no esqueleto
hidrostático. Em fisiologia animal, está relacionada, por exemplo, com os processos de
troca de substâncias entre as células e o ambiente intercelular, como a que ocorre na
região dos capilares sanguíneos e com a filtração renal.
Os seres vivos depararam-se com a osmose, desde sua origem, uma vez que tudo
indica que eles surgiram em meio aquoso, como sistemas isolados do ambiente por uma
membrana semipermeável. Durante o processo evolutivo, os seres vivos desenvolveram
não só maneiras de evitar problemas causados pela osmose “inchação ou dessecamento”,
mas também processos que aproveitam a dinâmica osmótica nos fenômenos biológicos.
1.7 BIOPOTÊNCIAS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
organismo, e, ao contrário do meio intracelular, o extracelular é positivo. Durante o
potencial de repouso, a célula deve ser capaz de manter certa diferença de potencial
entre os meios intra e extracelulares: não deve ganhar ou perder carga negativa nem
carga positiva.
Diante disso, percebe-se que a membrana plasmática fecha todos os canais iônicos,
na tentativa de manter as concentrações, porém não é capaz de impedir totalmente o
movimento destes íons. Os íons sódio movimentam-se para o interior da célula através
da membrana, por canais vazantes, pelos quais o potássio também sai.
A relação entre as concentrações destes íons não é a mesma. O potássio é um íon que
predomina no meio intracelular, enquanto o sódio predomina no meio extracelular. Tal
movimento de íons leva mais cargas positivas para o meio intracelular pelo movimento
sódio, em contrapartida das retiradas pelo potássio no seu movimento de efluxo.
Se considerarmos só o movimento de íons, a célula ganhará carga positiva neste
momento, fato que não se verifica durante o potencial de repouso. O processo primário
que dá origem à diferença de potencial transmembrana é a composição iônica entre os
meios intra e extracelulares, mantida, essencialmente, à custa da Na+/K+-ATPase, pela já
conhecida bomba de sódio e potássio.
Assim, podemos dizer que o potencial de repouso ocorre, quando a potência da
membrana não é alterada por um potencial de ação, ou seja, a membrana está polarizada
e não há potenciais sinápticos ou qualquer outra alteração ativa nela. Sem alterações
eletroquímicas nos íons essenciais, as diferenças elétricas ficam mantidas.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Durante o potencial de repouso, a célula deve ser capaz de manter certa diferença
de potencial entre os meios intra e extracelulares, ou seja, não deve ganhar ou perder
carga. Isto posto, a membrana plasmática fecha todos os canais iônicos, na tentativa de
manter as concentrações.
O fluxo dos dois íons não é coincidente, o sódio leva mais cargas positivas para
o meio intracelular do que aquelas retiradas pelo potássio no seu movimento passivo
de efluxo. Caso consideremos só o movimento passivo, a célula estará ganhando carga
positiva neste processo. Durante o potencial de repouso, a diferença de composição iônica
entre os meios intra e extracelulares é mantida através da bomba de sódio e potássio.
De uma forma geral, podemos dizer que todas as células humanas apresentam
potencial de repouso, sendo esta característica importante, para que a célula desempenhe
sua função. Porém, alguns tipos celulares são capazes de sair do repouso, quando
induzidos. São as células excitáveis, como nervosas e musculares, ou autonomamente,
como as células autoexcitáveis, por exemplo, os marcapassos cardíacos. Iniciando uma
variação do potencial de repouso que se propaga ao longo das membranas excitáveis, de
uma célula a outra, nas junções sinápticas “sinapses” e neuromusculares “placa motora”,
chamamos de potencial de ação.
IMPORTANTE
O potencial de repouso ocorre, devido à ação da bomba de sódio e potássio,
utilizando a energia do ATP para transportar contra seus gradientes eletroquími-
cos os íons sódio e potássio, a fim de manter suas concentrações desequilibradas: mais sódio
extracelular e mais potássio intracelular.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
1.9 POTENCIAL DE AÇÃO
O potencial de ação é um sinal elétrico em propagação para conduzir uma ordem. Ele
é propagado ao longo da membrana das células nervosas, passando de uma célula a outra,
através das sinapses nervosas, e das estruturas nervosas para as estruturas musculares,
através das placas motoras, chegando ao músculo e promovendo sua contração.
Quando um neurônio recebe um estímulo adequado, o potencial de repouso de sua
membrana, em determinada região, é alterado, atingindo um potencial limite mínimo,
denominado de limiar excitatório ou limiar de excitação, situação em que a membrana
abrirá seus canais iônicos. Os canais abertos pela variação da voltagem do repouso até
o limiar excitatório são chamados de canais voltagem-dependentes. Eles podem ser de
vários íons, por exemplo, canais voltagem-dependentes de sódio ou canais voltagem-
dependentes de potássio.
O potencial de ação tem início, assim que o estímulo adequado promove o limiar
excitatório, alterando os canais voltagem-dependentes. Isto promove a entrada de sódio
bem além da capacidade de retirada da bomba. Assim, a célula ganha carga positiva, até
que o meio intracelular tenha a mesma carga do meio extracelular, sendo o processo
chamado de despolarização.
Após a despolarização, o sódio continua a entrar, fazendo com que o meio
intracelular fique com carga positiva, enquanto o meio extracelular, que perdeu sódio,
fique com carga negativa, invertendo a polaridade. Logo que ocorre a inversão, os
canais voltagem-dependentes de sódio são fechados, abrindo-se os canais voltagem-
dependentes de potássio. Este íon sai, levando carga positiva para o meio extracelular,
restabelecendo a polaridade.
Assim que um canal voltagem-dependente é aberto, além de permitir o movimento
de seu íon, é gerada uma pequena corrente que se propaga para as regiões adjacentes,
promovendo nestas regiões a abertura de mais canais voltagem-dependentes, e o
potencial de ação vai se propagando ao longo da membrana.
Então, impulso nervoso é o sinal elétrico, transmitido ao longo do axônio, o qual é
iniciado por algum estímulo, que causa uma alteração da carga elétrica do neurônio, sendo
sua direção dos dendritos para os terminais axônios. Este sinal passa de um neurônio ao
seguinte, termina em um órgão efetor (como um grupo de fibras musculares), ou retorna
ao Sistema Nervoso Central.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
EXERCÍCIO FINAL
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as alternativas I e III estão corretas.
b) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.
c) Apenas as alternativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as alternativas I, IV e V estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica, 13ª ed. Ed. Elsevier, 2016.
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2
UNIDADE
BIOELETRICIDADE
INTRODUÇÃO À UNIDADE
2.1 BIOSINAIS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
dos processos fisiológicos que o corpo humano realiza. Como consequência destes
processos, pequenos sinais elétricos podem ser medidos e registrados, de maneira direta
ou indireta, através de eletrodos localizados na superfície da pele.
A contração muscular refere-se ao deslizamento da actina sobre a miosina nas
células musculares, permitindo, assim, os movimentos musculares. As fibras musculares
contêm os filamentos de proteínas contráteis de actina e miosina, dispostas lado a lado, e
a musculatura lisa é controlada pelos nervos do Sistema Nervoso Autônomo.
As divisões simpática e parassimpática atuam sobre a atividade muscular dos
órgãos. A contração do músculo cardíaco é um sistema intrínseco, no qual as fibras
musculares se encontram interconectadas por discos intercalares que promovem a
propagação do potencial de ação, provocado pela abertura dos canais de sódio e de cálcio
por toda a rede de intercomunicações, proporcionando sua contração. EsTe mecanismo é
especializado na condução dos sinais.
Através dos biosinais, é possível identificar o funcionamento de algumas funções
vitais do corpo humano, como o funcionamento do coração, com a mensuração dos sinais
de Eletrocardiograma, frequentemente descrito pelas siglas (ECG), captar a atividade
elétrica cerebral, no caso da Eletroencefalografia (EEG) e o processo da atividade das
células musculares, com a Eletromiografia (EMG).
O sinal de Eletrocardiograma é o somatório elétrico da atividade celular do músculo
cardíaco, captado por meio de eletrodos, que normalmente se situam no tórax do paciente.
O registro deste exame pode ser utilizado no auxílio ao diagnóstico de diversas arritmias
cardíacas, doenças cardíacas congênitas e constatação de áreas do coração afetadas por
infartos.
A Eletromiografia é o somatório dos potenciais elétricos, resultantes da atividade
das células dos músculos estriados esqueléticos. O Exame de Eletromiografia possui
especial aplicação no estudo da marcha, reabilitação de movimentos assistenciais, pois,
através deste sinal, é possível obter informação sobre a atividade muscular, no instante
em que ocorre a ação muscular.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
2.2 ELETROCARDIOGRAMA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
A contração muscular é caracterizada pela capacidade contrátil do coração, ou
contratilidade. Ainda assim, para que as fibras cardíacas possam responder ao potencial
de ação gerado nas células marcapasso, são necessárias mais duas propriedades
fundamentais: a condutibilidade e a excitabilidade.
A condutibilidade é realizada por células cardíacas do sistema especializado
de condução, as quais direcionam o potencial de ação gerado nas células marcapasso
para todas a fibras do miocárdio. No sistema de condução elétrica do coração, as fibras
interatriais e internodais, que conectam ambos os átrios, levam o potencial elétrico até o
nodo átrio-ventricular, o feixe de His que, com sua porção penetrante e os ramos direito
e esquerdo conduzem o potencial elétrico pelo septo interventricular, em direção ao
ápice do coração e, a partir daí, miofibrilas propagam o potencial para todo o músculo
ventricular.
As fibras cardíacas são excitáveis, isto é, elas são capazes de responder a estímulos
elétricos, químicos, térmicos ou mecânicos. Assim que o potencial da ação chega a uma
célula muscular cardíaca, esta reponde ao estímulo, contraindo. A atividade do sistema
simpático e parassimpático sobre o automatismo cardíaco pode levar a um aumento ou
uma diminuição na frequência cardíaca, dependendo do neurotransmissor liberado.
A atividade elétrica cardíaca provém das diferenças na composição ou concentração
iônica entre os meios intra e extracelular e da sucessão cíclica de ativação celular (inversão
do potencial de membrana), condicionada pelos fluxos transmembrana destes íons.
Os principais responsáveis pelos eventos da atividade elétrica cardíaca são sódio,
potássio, cálcio, magnésio e cloro, sendo sódio e potássio os mais relevantes. No estado
de repouso da membrana celular, a distribuição iônica entre os meios intra e extracelular
apresenta o íon potássio (K+) em maior concentração no meio intracelular, com tendência,
portanto, a migrar para fora da célula, por diferença de concentração; e o íon sódio (Na+)
em maior concentração no meio extracelular, com tendência a migrar para o interior
celular.
A célula cardíaca em repouso (polarizada) é rica em potássio e apresenta-se
negativa, em relação ao meio externo que é positivo e rico em sódio.
Quando ocorre a ativação de uma célula miocárdica característica, atrial ou ventricular,
acontecem trocas iônicas, e se inverte a polaridade da célula, a qual será mantida. Na
superfície da célula, origina-se uma região despolarizada e outra ainda em repouso, gerando
uma frente de onda de despolarização/repouso, que resulta em um dipolo equivalente. À
medida que se propaga a ativação, há uma tendência progressiva da parte intracelular da
membrana ficar positiva, enquanto a parte extracelular ficará gradativamente negativa.
Desta forma, um dipolo (- +) será formado com intensidades diferentes e se propagará,
formando um limite móvel entre a parte estimulada e a parte ainda em repouso.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
A célula totalmente despolarizada fica com sua polaridade invertida, e a
repolarização fará com que a célula volte às condições basais. A despolarização e a
repolarização começam no mesmo ponto. Contudo, no coração, apesar de a despolarização
dos ventrículos começar no endocárdio, é o epicárdio quem primeiro termina de se
repolarizar. Isto ocorre, porque o endocárdio é mantido em regime de pressão mais alta
que o epicárdio, enquanto este é melhor irrigado e apresenta temperatura ligeiramente
superior à do endocárdio.
É importante constatar que o coração, durante sua atividade, age como um gerador
de correntes elétricas e que estas correntes, espalhando-se no meio condutor, geram
potenciais elétricos, cuja evolução no tempo podem ser aproximadamente previstas.
Assim funciona o Eletrocardiograma, que nada mais é do que o registro das variações do
potencial elétrico do meio extracelular, decorrentes da atividade cardíaca. O ECG consiste
de ondas características (P, Q, R, S e T), as quais correspondem a eventos elétricos da
ativação do miocárdio.
• Onda (P): corresponde à despolarização dos átrios, e sua amplitude máxima é de
0.25 mV. Tamanho normal: Altura: 2,5 mm; comprimento: 3,0 mm. Hipertrofia
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
atrial gera aumento da onda P.
• Complexo (QRS): corresponde à despolarização ventricular. É maior que a
onda P, pois a massa muscular dos ventrículos é maior do que a dos átrios.
Anormalidades no sistema de condução geram complexos QRS alargados.
• Onda (T): corresponde à repolarização ventricular. Normalmente é
perpendicular e arredondada. A inversão da onda (T) indica processo isquêmico.
Uma onda (T) de configuração anormal indica hipercalemia. Arritmia não
sinusal significa ausência da onda (T).
• Onda (T) Auricular: a repolarização auricular não costuma ser registrada, pois
é encoberta pela despolarização ventricular, evento elétrico concomitante e
mais potente.
• Intervalo (PR): é o intervalo entre o início da onda P e início do complexo (QRS).
É um indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos
e corresponde ao tempo de condução do impulso elétrico, desde o nodo
atrioventricular até aos ventrículos.
• Período (PP), Ciclo ou Intervalo (PP): é o intervalo entre o início de duas
ondas (P). Corresponde à frequência de despolarização atrial, ou simplesmente
frequência atrial.
• Período (RR), ciclo ou Intervalo (RR): é o intervalo entre duas ondas (R).
Corresponde à frequência de despolarização ventricular, ou simplesmente
frequência ventricular.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Detectar anomalias nos sinais do Eletrocardiograma consiste em encontrar
frequências, batimentos cardíacos e ritmos irregulares. Para atingir este objetivo, um
sistema de detecção de anomalias deve ser capaz de localizar o registro anormal em
todas as sequências de pulsação.
2.3 ELETROENCEFALOGRAMA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
cortical das descargas neuronais, produtoras de tipos específicos de ondas.
Os sinais captados pelo equipamento de Eletroencefalograma medem as diferenças
de potencial entre as regiões do córtex, as quais se devem ao fluxo de íons entre diferentes
neurônios no cérebro. Assim que o neurônio é ativado, ele se polariza, gerando um
potencial de ação que pode ser propagado para outros neurônios, construindo, assim, o
fluxo de informações.
Por exemplo, durante uma situação de leitura de palavras, a atividade
elétrica do cérebro muda, e as mudanças podem ser capturadas em registros pelo
Eletroencefalograma. A transmissão de informações cerebrais ocorre por meio de
atividade elétrica, e o Eletroencefalograma registra as ondas, que são detectadas por
eletrodos, colocados no couro cabeludo.
As ondas alfa não serão produzidas no córtex que esteja desconectado do tálamo.
Também, a estimulação dos núcleos inespecíficos do tálamo produz, no sistema
generalizado tálamo-cortical, ondas com frequência entre 8 a 13 por segundo, que é a
frequência natural das ondas alfa. As ondas alfa resultam da atividade espontânea do
sistema tálamo-cortical inespecífico, produtor tanto da periodicidade das ondas alfa
quanto da ativação síncrona de literalmente milhões de neurônios corticais durante cada
onda.
ATENÇÃO
Aqui estamos mencionando o nome das ondas de Eletroencefalograma, apesar
de algumas terem o mesmo nome, não têm relação com radiações.
A origem das ondas delta se dá através da seção dos feixes de fibras, que vão do
tálamo para o córtex, e impedem a ativação talâmica deste córtex, eliminando as ondas
alfa, mas provocando o aparecimento de ondas delta no córtex. Isso indica mecanismo
sincronizador nos próprios neurônios corticais, inteiramente independente das
estruturas mais inferiores do cérebro, como causador das ondas delta. As ondas delta
também podem ocorrer durante o sono.
A análise do Eletroencefalograma é realizada nas bandas de frequência, tendo
limites bem definidos: Onda Delta (variando de 0,5 a 3,5 Hz); Onda Teta (de 3,5 a 7,5 Hz);
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Onda Alfa (variando de 7,5 a 12,5 Hz); Onda Beta (de 12,5 a 30 Hz); Onda Gama (de 30 a
80 Hz) e Gama Alta (acima de 80 Hz). Os ritmos gama e gama alta estão relacionados a
tarefas cognitivas, envolvendo percepção, atenção e memória.
Figura 8 - Exemplos de Sinais Eletroencefalográficos. Sinal não filtrado da Situação sem Estímulo.
Fonte: Adaptada pelo autor (2021), a partir de Ramos (2020).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
As ondas cerebrais são classificadas por sua frequência, amplitude, forma e posição
dos eletrodos no couro cabeludo. As aplicações de EEG se concentram em uma banda de 0,1
Hz a 100 Hz. Os sinais de Eletroencefalografia são classificados, com base em sua banda de
frequência. Observe o quadro a seguir, relacionando as ondas com as atividades cerebrais.
2.4 ELETROMIOGRAFIA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Existe variação nas formas de captar sinais de Eletromiografia, tanto nas invasivas
quanto nas não invasivas, sendo esta última interessante por sua flexibilidade, baixo
custo e menor impacto para o usuário, em comparação com sensores invasivos. É um
exame amplamente utilizado, devido à sua aplicabilidade no diagnóstico de doenças
envolvendo o sistema muscular, tanto na verificação do comportamento neuromuscular,
ou em doenças de lesões que afetam este complexo. Podemos mencionar os efeitos da
redução no nível de ativação muscular, ou os efeitos e especificidades do exercício/
treinamento físico na função neuromuscular.
Este exame é baseado no somatório de potenciais elétricos, resultante da atividade
das células dos músculos estriados esqueléticos, sendo possível, através deste sinal,
retirar informações sobre a atividade muscular, bem como as possíveis disfunções.
Um sinal de Eletromiografia é formado por ondas sobrepostas de sinais com
potenciais de ação das unidades motoras. Uma contração muscular necessita de um sinal
contínuo, com amplitude entre 10 µV e 2 mV, e frequência que pode variar de 5 Hz a 10
kHz. Apesar da grande banda de ocupação, a maior energia do sinal está compreendida
entre 0 Hz e 500 Hz. Esta apresentação é um somatório de potenciais de ação, onde os
sinais são definidos e representados matematicamente em gráficos.
Alguns fatores podem influenciar a coleta do sinal eletromiográfico, os quais, em
síntese, são divididos em dois grupos: os fatores extrínsecos (que podem ser modificados)
e os fatores intrínsecos (que não podem ter modificações).
Na categoria dos fatores extrínsecos, encontramos as questões relacionadas à
metodologia. Podemos mencionar o modelo dos eletrodos, a posição, a orientação dos
mesmos, o ponto motor e a pele. Já a influência intrínseca, sendo que a eletromiografia
capta o somatório dos potenciais de ação muscular ou de seus sinergismos, está associada
a características das unidades motoras. O percentual de gordura corporal, temperatura e
fluxo sanguíneo muscular são condições importantes na coleta do sinal eletromiográfico.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 10 - Demonstração da Captação de Sinal de Eletromiografia de Membro Inferior, em Balancim e
Disco de Freeman.
Fonte: Adaptada pelo autor (2021), a partir de Oliveira (2012).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desta unidade, aprendemos que os sinais biológicos são originados nas
atividades celulares e nos processos fisiológicos que o corpo humano realiza. Estes sinais
elétricos podem ser mensurados e registrados, de maneira direta ou indireta, através de
métodos específicos.
Vimos que o Eletrocardiograma é uma ferramenta importante, tanto pela
disponibilidade com que pode ser apresentado quanto pela grande gama de situações,
nas quais pode fornecer informações úteis e expressivas, em relação às patologias, as
quais envolvem o Sistema Cardíaco.
Entendemos, ainda, que Eletroencefalografia é um método de monitoramento,
utilizado para registrar a atividade elétrica do cérebro. Trata-se de um exame não
invasivo, com eletrodos colocados sobre a cabeça, cujo registro mede as alterações de
tensão elétrica cerebral. Podemos dizer que se refere à gravação da atividade elétrica
espontânea do cérebro durante um período de tempo, registrada a partir de múltiplos
eletrodos colocados sobre o couro cabeludo.
Por fim, estudamos a Eletromiografia, que é utilizada para diagnóstico e definição
em diversas doenças, especialmente musculares. Ela consiste na captação de potenciais
de ação muscular, através de eletrodos posicionados na superfície, ou inseridos na
musculatura.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
EXERCÍCIO FINAL
41
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas as alternativas I e II estão corretas.
b) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas as alternativas I, III e IV estão corretas.
d) Apenas as alternativas I, II e IV estão corretas.
e) Todas as alternativas estão corretas.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
REFERÊNCIAS
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de fisiologia médica, 13ª ed. Ed. Elsevier, 2016.
HELDER, José Lima Reis et al. ECG: manual prático de eletrocardiograma. São Paulo:
Editora Atheneu, 2013.
NETTER, Frank H. Atlas de Anatomia Humana. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019.
OLIVEIRA, Daniela Cristina Silveira de, et. al. “Electromyographic analysis of lower
limb muscles in proprioceptive exercises performed with eyes open and closed. Revista
Brasileira de Medicina do Esporte v.18, n.4. p.261-266, 2012.
PORTO, FHDG, Porto, GCLM, & Brotto, MWL. Exames complementares na investigação da
dor neuropática. O valor da Eletroneuromiografia na dor neuropática. Revista Dor, v17,
p.23-26, 2016.
RAMOS, C.D. et. al. Analysis of electroencephalography brain rhythms in the reading
process. Einstein, v.18, n.4. p.1-11, 2020.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
3
UNIDADE
BIOFÍSICA APLICADA À
IMAGENOLOGIA
INTRODUÇÃO À UNIDADE
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
A irradiação é originada por algum tipo de procedimento com raios X, em
radiodiagnóstico ou com feixes de elétrons ou raios γ em radioterapia. Portanto, não há
nenhum perigo de “contaminação” em pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas
podem acontecer no caso de explosões de usinas nucleares ou bombas atômicas. Nestas
situações, o meio ambiente fica altamente radioativo, mas não as pessoas.
A contaminação é o fato de entrar em contato com fontes não seladas. Este é, por
exemplo, o caso dos pacientes que fazem uso de procedimentos de Medicina Nuclear,
cujos radiofármacos são injetados no paciente, o qual fica “radioativo”. Dependendo da
dose a que foi submetido, poderá ser isolado, a fim de não contaminar outras pessoas
ou o meio ambiente. Nesta situação, a fonte radioativa (radiofármaco) incorporou-se ao
corpo do paciente, que continua emitindo radiação.
SAIBA MAIS
Este é momento que indicamos a leitura do artigo: Efeitos biológicos das radia-
ções ionizantes. Acidente radiológico de Goiânia, o qual pode ser acessado pelo
link: https://www.scielo.br/pdf/ea/v27n77/v27n77a14.pdf.
• Radiação Alfa (α): tem carga positiva, sendo identificada como núcleos de
átomos de hélio. A radiação alfa é emitida pelo núcleo, com uma velocidade
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
média, de aproximadamente, a velocidade da luz. Visto que os prótons são
partículas positivas, e os nêutrons não possuem carga, as emissões alfa são
partículas positivamente carregadas.
• Radiação Beta (β): de carga negativa, e massa menor que a da partícula alfa,
identificada também como elétrons. Os raios beta são mais penetrantes e
menos energéticos do que nas partículas alfa.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 11 - Tipo de Radiações: Diferença sobre os Objetos em que Penetra.
Fonte: Shutterstock (2021).
SAIBA MAIS
As principais legislações que regulam a atividade de radiodiagnóstico médico
estão apresentadas abaixo:
• PORTARIA DO GOVERNO FEDERAL Nº453/98.
• RDC Nº 330, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019.
• NR32/05.
• CNEN 3.01.
Acesse os links indicados abaixo:
• <https://saude.es.gov.br/Media/sesa/NEVS/Servi%C3%A7os%20de%20sa%C3%BA-
de%20e%20de%20interesse/portaria453.pdf>
• <http://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/RDC%20330%2019.pdf>
• <https://www.gov.br/trabalho/pt-br/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-
-regulamentadoras/nr-32.pdf/view>
• <http://appasp.cnen.gov.br/seguranca/normas/normas.asp?grupo=3>
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Como já reforçamos alguns conceitos acima, agora entendemos que as fontes de
radiação ocorrem com aparelhos não elétricos, produzindo radiações continuamente e,
por isso, é preciso ter cuidados adicionais no seu manuseio. Nesta categoria, encontram-
se os irradiadores com radioisótopos, largamente utilizados na indústria.
Portanto, os aparelhos elétricos, isto é, que utilizam eletricidade como fonte
de energia para acelerar partículas e gerar radiação ionizante, só emitem radiação no
momento em que são energizados. Dentre os equipamentos elétricos mais utilizados,
encontram-se os tubos de raios X.
A descoberta dos raios X, e a primeira radiografia da história, aconteceu em 1895,
pelo físico alemão Wilheelm Conrad Rontgen, fato que lhe rendeu o prêmio Nobel de
Física em 1901. Foi durante o estudo com raios catódicos em um tubo de Crookes que
Conrad descobriu o raio X, cuja denominação foi usada por ele, porque não conhecia a
natureza da luz, a qual tinha acabado de descobrir.
Os raios X possuem a capacidade de se propagar através de qualquer material
no vácuo, por serem de natureza eletromagnética. O fenômeno de produção de raios
X geralmente ocorre com um bombardeio de feixe de elétrons, carregados de energia
cinética adequada, em direção a um material metálico (conjunto de átomos). Os elétrons,
ao interagirem com os átomos-alvo, passam por três processos distintos: desviam a
trajetória, interagem com o núcleo do átomo e interagem com um elétron do átomo.
Nesta colisão, os elétrons emitem energia na forma de fótons, gerando muitas energias
diferentes.
Os fótons podem estar situados em diversas frequências, como infravermelho,
ultravioleta, luz visível e radiação X. Os fótons de raios X, em particular, possuem
comprimento de onda em torno de 0,01 nanômetros, e frequência entre 1018 e 1020 hertz
(Hz).
O hertz (Hz) é a unidade de medida derivada do sistema internacional para
frequência, a qual expressa, em termos de ciclos por segundo, a frequência de um
evento periódico, oscilações ou rotações por segundo, sendo utilizada para descrever
comprimento de ondas.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 12 - Espectro Eletromagnético: Demonstração da Intensidade da Energia.
Fonte: Shutterstock (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Portanto, a exposição do ser humano à radiação pode resultar na absorção parcial ou
total de energia pelos tecidos ou órgãos, podendo causar malignidades irreversíveis. Por
isso, profissionais que utilizam aparelhos emissores de radiações ionizantes necessitam
adotar medidas preventivas e fazer o uso de equipamentos de proteção para pacientes e
operadores em radiologia.
Para a formação de uma imagem radiográfica, é ajustado o feixe principal de
radiação, que se propaga em linha reta, e em todas as direções. O que pode variar a
intensidade da radiação é a distância percorrida dos fótons, desde a geração dos raios até
o objeto de estudo.
As normas de radioproteção estabelecem que trabalhadores, ocupacionalmente
expostos à radiação ionizante, precisam ser monitorados e devem fazer uso dos
equipamentos de proteção individual.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
3.2 PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
As estruturas internacionais envolvidas na regulamentação e orientação sobre
o uso destas energias incluem a International Commission on Radiation Units and
Measurements (ICRU), com a finalidade de estabelecer grandezas e unidades de Física
das radiações, critérios de medidas, métodos de comparação, entre outras ações,
juntamente com a International Commission on Radiological Protection (ICRP), que
tem a incumbência de elaborar normas de proteção radiológica e estabelecer limites
de exposição à radiação ionizante para indivíduos ocupacionalmente expostos e para o
público em geral.
Estas comissões estão incumbidas de se reunirem com regularidade, para
elaborarem novas normas ou revisarem as já existentes. Cada país tem um órgão que
faz adequações nas normas internacionais e as adotam para regulamentar o uso das
radiações. No Brasil, tal órgão é a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
As doses ocupacionais recebidas pelos profissionais são oriundas, principalmente,
da radiação espalhada pelo paciente durante os procedimentos radiológicos, a qual
depende do tempo de exposição e do procedimento realizado.
Para efeitos de medidas, as grandezas dosimétricas são definidas e padronizadas
pelas Referências Internacionais (ICRU). Do ponto de vista de proteção dos efeitos da
radiação, usa-se o termo Dose absorvida, dada pela relação em que a dose é igual à
intensidade da radiação, multiplicada pelo tempo de exposição .
A unidade no Sistema Internacional (SI) de dose absorvida é o Gray (Gy). Um Gray
equivale à quantidade de radiação que provoca a absorção de 1 Jaule por kg de matéria
exposta à radiação, isto é, 1Gy = 1J/kg. Para levar em conta as diferentes capacidades
de interações biológicas das radiações, a unidade do sistema internacional de dose
equivalente é o Sievert (Sv).
Dose absorvida é o valor que representa a energia média depositada pela radiação
incidente em um volume elementar da massa, sendo representada pela unidade
denominada Gray (Gy).
Dose coletiva corresponde à expressão da dose efetiva total, recebida por uma
população ou um grupo de pessoas, definida como o produto do número de indivíduos
expostos a uma fonte de radiação ionizante, pelo valor médio da distribuição de dose
efetiva destes indivíduos, e expressa em Sievert (Sv).
Dose efetiva é a média aritmética ponderada das doses equivalentes nos diversos
órgãos, sendo que os fatores de ponderação dos tecidos foram determinados de tal modo
que a dose efetiva represente o mesmo detrimento de uma exposição uniforme de corpo
inteiro e expresso em Sievert (Sv).
A proteção radiológica no radiodiagnóstico se baseia nos princípios da justificação,
otimização da proteção e da limitação de dose.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
O princípio da justificação define que exposição à radiação deve ser justificada, de
modo que o benefício supere qualquer malefício à saúde e que, ao realizar um exame, ele
resulte em um benefício real para a saúde do paciente. Isso levando em consideração o
total benefício do diagnóstico ou da terapia, em comparação com o malefício que possa
ser causado pela radiação ao paciente. Deve-se ainda lembrar de técnicas alternativas
disponíveis, com o mesmo objetivo, mas que não tenham exposição a radiações
ionizantes.
A otimização da proteção radiológica deve ser aplicada, de forma que o número de
pessoas expostas e a probabilidade de exposições que resultem em doses o mais baixas
possível, considerando os fatores econômicos e sociais.
Já o princípio da limitação de dose recomenda que as doses individuais, tanto
para exposição ocupacional quanto para exposição médica, devem ser controladas e
obedecidas aos limites. Estes valores de doses representam a dose efetiva ou de dose
equivalente.
Desta forma, os limites de exposições ocupacionais para trabalhadores devem ser
controlados, a fim de que os valores dos limites estabelecidos não sejam ultrapassados.
A dose efetiva média anual não deve exceder: 20 mSv, em qualquer período
de 5 anos consecutivos, 50 mSv em nenhum ano, e a dose equivalente anual não
deve exceder 500 mSv, para extremidades e 150 mSv para o cristalino, sendo que é
proibida a exposição ocupacional de menores de 16 anos.
Contudo, estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento
profissional têm os limites de doses controladas da seguinte forma: a dose efetiva
anual não exeda de 6 mSv, e a dose equivalente anual de 150 mSv para extremidades,
e 50 mSv para o cristalino.
As exposições normais de indivíduos do público, decorrentes de todas as
práticas, devem ser restringidas a uma dose efetiva anual, não excedendo 1 mSv.
O objetivo primário da proteção radiológica é fornecer um padrão apropriado de
proteção das pessoas envolvidas, sem limitar os benefícios criados pela aplicação das
radiações ionizantes. Esforço deve ser direcionado, no sentido de estabelecer medidas
rígidas para a prevenção de acidentes. O Sistema de Proteção Radiológica consiste em
evitar os efeitos determinísticos, uma vez que existe um limiar de dose, manter as doses
abaixo do limiar relevante e prevenir os efeitos estocásticos, fazendo uso de todos os
recursos disponíveis de proteção radiológica.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
LEMBRE-SE:
Exposições médicas são as exposições que a pessoa recebe, como parte de
um tratamento, diagnóstico ou de indivíduos ajudando a conter, amparar um
paciente ou de voluntários participantes de pesquisa científica. Não há limite de dose, esta é
determinada pela necessidade médica, no entanto, recomenda-se o uso de níveis de referência.
As exposições ocupacionais são aquelas ocorridas no ambiente de trabalho por profissio-
nais. Já as exposições do público são todas as outras formas.
A imagem a seguir apresenta duas pessoas expostas a radiações ionizantes.
Os átomos do nosso corpo são unidos por forças elétricas para formar as moléculas:
algumas pequenas, como a molécula da água, e outras maiores, como a molécula de
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
DNA. Quando uma partícula ionizante arranca um elétron de um dos átomos de uma
molécula, pode causar sua desestabilização, resultando em quebra da molécula.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
dano, pois o efeito biológico é influenciado pela idade, sexo e estado físico.
Os efeitos biológicos, em virtude das radiações ionizantes, são divididos em
determinísticos e estocásticos. Os efeitos decorrentes de altas doses de exposição à
radiação são considerados determinísticos e ocorrem exclusivamente por esta alta
dose, como em casos de morte celular (radioterapia), lesões graves na pele, cataratas e
esterilidade. As mutações genéticas e a carcinogênese são os efeitos mais relevantes.
Os efeitos estocásticos não possuem, ao certo, um critério claro de causa ou efeito,
pois são aqueles não aparentes, que se apresentam meses ou anos depois da exposição à
radiação. Podemos citar como exemplo o desenvolvimento de câncer, devido a mutações
em células somáticas ou doença hereditária em sua prole. Estão frequentemente sujeitos
a estes efeitos os pacientes que fazem exames rotineiramente, e os profissionais que
trabalham com radiação, devido à baixa dose de radiação recebida regularmente.
Esses efeitos causam uma alteração aleatória na molecula do DNA de uma única
célula, que continua a se multiplicar com modificações defeituosas. Os efeitos hereditários
são estocásticos, ou seja, não apresentam limiar de dose. O dano pode ser causado por
uma dose mínima de radiação. O aumento da dose somente amplia a probabilidade e não
a severidade do dano.
A severidade é determinada pelo tipo e localização do tumor ou pela anomalia
resultante. Entretanto, o organismo apresenta mecanismos para correção muito
eficientes. A maioria das modificações não evolui para câncer. Quando este mecanismo
falha, após um longo período de latência, o câncer, então, aparece. A leucemia pode leva
10 anos e os tumores sólidos, em torno de 20 anos para o aparecimento.
Os efeitos determinísticos levam à morte celular. Existe uma relação previsível
entre a dose e a dimensão do dano esperado, sendo que estes só aparecem, a partir de
uma determinada dose. A probabilidade de ocorrência e a severidade do dano estão
diretamente relacionadas com o aumento da dose. As alterações são somáticas. Quando
a destruição celular não pode ser compensada, efeitos clínicos podem aparecer, se a dose
estiver acima do limiar.
Citando um exemplo: uma dose de 3 a 5 Gy causa eritema; já 20 Gy, necrose
celular. Indivíduos diferentes apresentam sensibilidade distinta, logo, o limiar também
se diferencia. Exemplos de efeitos determinísticos são: leucopenia, náuseas, anemia,
catarata, esterilidade, hemorragia.
Devemos lembrar, ainda, que os efeitos são cumulativos, ou seja, quanto maior a
dose, maior a probabilidade de ocorrência.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
3.4 SENSIBILIDADE DOS TECIDOS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
3.5 DOSIMETRIA BIOLÓGICA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 20 - Representação da formação de Micronúcleos, a partir de fragmentos de DNA.
Fonte: Adaptada pelo autor (2021), a partir de International Atomic Energy Agency (2014).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
primários de dose equivalente efetiva e, em seguida, os valores obtidos, segundo o
processo de otimização. Este monitoramento classifica as áreas em controladas e livres,
sendo que as áreas controladas exigirão normas de segurança e restrição de acesso, a fim
de evitar exposições acidentais, ou seja, aquela que não trará nenhum benefício.
O monitoramento nos serviços de radiodiagnóstico é denominado “levantamento
radiométrico”. Para este processo, exige-se a presença de um responsável capacitado,
com conhecimento em física das radiações.
O levantamento radiométrico consiste na medição de doses de radiação nas áreas
adjacentes às salas de exame com uso de radiações, e sobre barreiras, equipamentos de
proteção individual e coletivo e avaliação da proteção de trabalhadores e pacientes. Para
este monitoramento, é utilizado um simulador de estruturas, com o objetivo de mensurar
o espalhamento de radiação. São escolhidos pontos de interesse ao redor da sala e atrás de
barreiras primárias e secundárias, onde são medidas as doses de radiação, para verificar
se os níveis de dose equivalentes estão de acordo com as restrições estabelecidas na
legislação.
O monitoramento dos profissionais é realizado por meio de dosímetro individual,
de modo que todo indivíduo que trabalha com raios X diagnósticos deve usar, durante
sua jornada de trabalho e enquanto permanecer em área controlada, dosímetro de leitura
indireta, o qual a legislação recomenda que seja trocado mensalmente.
O monitor individual é destinado a estimar a dose efetiva ou equivalente acumulada
em um período, e estes monitores devem ser utilizados na região mais exposta do corpo,
sendo indicado o uso no tronco do profissional. Os dosímetros individuais devem ser
obtidos apenas em laboratórios de monitoração individual, credenciados pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
Embora se tenha o conhecimento dos efeitos nocivos dos raios X, em alguns casos,
faz-se necessária sua utilização, a qual é recomendada pelo médico, quando nenhum
outro método ou exame mostrar claramente a área que se deseja estudar. Geralmente,
é utilizado para pesquisa de fraturas, acompanhamento da evolução de doenças ósseas,
tumores e também para avaliar as condições de órgãos e estruturas internas do corpo
humano.
Dentre as análises que utilizam os raios X, destacam-se o exame de radiografia
convencional e a tomografia computadorizada. Dependendo do caso, ambos podem
utilizar fármacos como contraste de opacidade.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
PARA REFLETIR
Lembre-se do princípio da justificativa com exames ou terapias usando radia-
ções ionizantes; que nenhuma prática deve ser autorizada, a menos que produza
suficiente benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade, de modo a compensar o dano
que possa ser causado.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desta unidade, aprendemos que as radiações são energia que se propaga, a
partir de uma fonte emissora, podendo ser partículas atômicas ou onda eletromagnética.
As ondas eletromagnéticas são caracterizadas pelo comprimento ou pela frequência,
podendo ser de baixa frequência, como as de rádio e TV, ou de altas frequências, como as
de raios X. As de alta frequência são as radiações ionizantes.
Reforçamos os conceitos, em relação aos trabalhadores que utilizam as radiações
ionizantes, pois estes devem fazer uso de equipamentos especiais para sua proteção,
bem como proteção dos pacientes, quando submetidos a exames radiológicos, visto
que as radiações ionizantes podem causar efeitos biológicos. Estes efeitos podem ser
influenciados pela intensidade da radiação ou o tipo de tecido exposto, já que as células
têm sensibilidades diferentes, quando expostas, podendo ter efeitos mais brandos ou
graves, como a morte celular, ou induzir a carcinogênese.
Na terceira unidade, estudamos que os riscos e benefícios devem ser ponderados
no momento de realizar exames com estas energias.
Intensificamos a importância deste conteúdo na abordagem do módulo seguinte,
pois serão apresentadas as modalidades de exames com uso de radiações ionizantes, e
também os exames que não fazem uso deste tipo de energias.
FÓRUM:
Pathological efects of ionizing radiation: endothelial activation and dysfunc-
tion: https://link.springer.com/article/10.1007/s00018-018-2956-z.
Após a leitura, responda brevemente: Qual o fundamento apresentado no artigo em que a
exposição à radiação ionizante pode induzir alteração endotelial?
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
EXERCÍCIO FINAL
I- Radiação Alfa (α) tem carga positiva, é identificada como núcleos de átomos de
hélio.
II- Radiação Beta (β), de carga negativa e massa menor que da partícula alfa,
identificada também como elétrons. Os raios beta são mais penetrantes e menos
energéticos que as partículas alfa.
III- Radiação Gama (γ), sem carga elétrica, de natureza eletromagnética, com
frequência mais elevada que a dos raios X.
IV- A Radiação Gama pode atravessar o corpo humano, é detida somente por uma
parede grossa de concreto ou por algum tipo de metal.
V- Radiações (x) são radiações ionizantes e eletromagnéticas de alta frequência,
produzidas a partir da colisão de feixes de elétrons com metais.
VI- Radiações (x) são produzidas a partir de equipamentos elétricos e amplamente
utilizadas nos equipamentos de diagnóstico por imagem.
I- A dose efetiva média anual não deve exceder 20 mSv em qualquer período de
5 anos consecutivos.
II- A dose efetiva média anual não pode exceder 50 mSv em nenhum ano, e a
dose equivalente anual não deve exceder 500 mSv para extremidades e 150 mSv
para o cristalino.
III- É proibida a exposição ocupacional de menores de 18 anos.
IV- Em estudantes com idade entre 16 e 18 anos, em estágio de treinamento
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
profissional têm os limites de doses controladas, de modo que a dose efetiva
anual não exceda de 6 mSv, e a dose equivalente anual de 150 mSv para
extremidades e 50 mSv para o cristalino.
V- As exposições normais de indivíduos do público, decorrentes de todas as práticas,
devem ser restringidas, de modo que a dose efetiva anual não exceda 1 mSv.
VI- As exposições normais de indivíduos do público, decorrentes de todas as
práticas, devem ser restringidas, de forma que a dose efetiva anual não exceda
50mSv.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
REFERÊNCIAS
NUNES, Rafael et. al. Uso de dosímetros ativos como ferramenta de otimização em
hemodinâmica. Revista Brasileira de Física Médica, v. 10, n. 1, p. 31-34, 2016.
TAUHATA, Luiz; SALATI, Ivan; PRINZIO, Renato Di.; PRINZIO, Antonieta R. Di.
Radioproteção e Dosimetria: Fundamentos. 9ª revisão. Novembro/2003, Rio de
Janeiro. Instituto de Radioproteção e Dosimetria/Comissão Nacional de Energia
Nuclear. 242p. Disponível em: https://inis.iaea.org/collection/NCLCollectionStore/_
Public/45/073/45073465.pdf. Acesso em: 28 de Dezembro de 2020.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4
UNIDADE
MÉTODOS DE
DIAGNÓSTICO POR
IMAGEM
INTRODUÇÃO À UNIDADE
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
as funções indicadas abaixo, de acordo com a CFBM (https://cfbm.gov.br/legislacao/
normativas, 2021):
• Gerenciar sistemas de armazenamento de informação (PACS, HIS, RIS), bem
como função administrativa em departamentos de diagnóstico por imagem.
• Administração dos meios de contraste.
• Atuar em controle de qualidade em Imagenologia.
• Atuar em Medicina Nuclear.
• Atuar em Proteção Radiológica e Dosimetria.
• Atuar em Radioterapia.
• Atuar na área de pesquisa, utilizando a radiação ionizante.
• Atuar nas tecnológicas de atualizações equipamentos.
• Atuar no pós-processamento de imagens.
• Atuar no segmento de informática médica.
• Documentar exames.
• Definir protocolos de exame.
• Operar equipamentos de Rx convencionais, computadorizados e digitais.
• Realização de exames de Rx convencionais (Radiologia geral).
• Realização de exames de Densitometria Óssea (DO).
• Realização de exames de Ressonância Magnética (Rm).
• Realização de exames de Tomografia Computadorizada (TC).
SAIBA MAIS
Leia as informações disponíveis nos endereços eletrônicos.
• <http://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2016/02/normativas.pdf>.
• <http://crbm5.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2013/05/LEI-N%C3%82%C2%BA-6.
684-DE-3-DE-SETEMBRO-DE-1979-.pdf>.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.2 MEIOS DE CONTRASTES
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
surgindo como brancos ou cinzentos na imagem radiográfica; e os negativos absorvem
menos radiação que os órgãos e tecidos adjacentes, aparecendo como pretos ou cinzentos
na imagem radiográfica. São exemplos de contrastes negativos: o ar, oxigênio, dióxido de
carbono, metilcelulose, água e leite. Já exemplos de contrastes positivos são os compostos
baritados e os compostos iodados.
Quanto maior o número atômico de um contraste, mais elevada será sua
opacidade. O chumbo e o mercúrio são elementos que possuem uma elevada opacidade,
porém são altamente tóxicos, o que impede a sua utilização. Já o elemento tório é
altamente radiopaco, mas por ser radioativo e não ser removido, também fica impedida
a sua utilização. O bário, iodo e o gadolínio são os elementos mais usados em exames
radiológicos contrastados, pois possuem uma opacidade aceitável e uma tolerância mais
elevada em relação a outros compostos.
O Gadolínio é o contraste de uso rotineiro na Ressonância Magnética, sendo que o
efeito desejado mais importante é a redução do tempo de relaxamento T1, nos tecidos em
que se encontra o composto.
Os meios de contraste iodados são divididos quanto à sua capacidade de dissociação,
em iônicos e não iônicos. Eles podem também ser agrupados em quatro diferentes grupos:
monômeros iônicos, dímeros iônicos, monômeros não iônicos e dímeros não iônicos.
O iodo forma compostos orgânicos de baixa toxicidade, podendo ser administrado
por via endovenosa em doses elevadas, permitindo a visualização da maior parte das
estruturas do organismo.
Os principais contrastes iodados iônicos utilizados atualmente são: acetrizoato,
diatrizoato, iotalamato, metrizoato, iodamida e ioxitalamato, podendo estar ligados ao
sódio ou a meglumina. Em relação aos contrastes iodados não iônicos, os principais
são: iopamidol, iohexol, ioversol e iodixanol. Estes contrastes são recomendados para
exames radiológicos como: urografia, uretrografia, artrografia, angiografia, mielografia,
tomografia computadorizada e técnicas de intervenção cirúrgica.
Através de diversos desenvolvimentos farmacológicos, os meios de contrastes
iodados usados nos dias de hoje possuem uma ótima tolerância, sendo que os efeitos
adversos da sua administração intravenosa geralmente são rápidos e passageiros e as
reações adversas do seu uso oral são raras. Contudo, reações graves ou com risco de vida
podem ocorrer com ambas as vias de administração.
Contrastes iodados têm sua estrutura básica formada por um anel benzênico, com
átomos de iodo e grupamentos complementares agregados. Esta associação molecular
ocorre, com o objetivo de reduzir a toxicidade do iodo livre.
Quando a molécula do contraste possuir apenas um anel benzênico, serão formados
os monômeros, e quando possuir dois anéis benzênicos, formar-se-ão os dímeros (Figura
73
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
22). Nas posições 2, 4 e 6 deste anel benzênico, estão localizadas as moléculas de iodo; já
as posições 1, 3 e 5 ficam livres para as cadeias laterais. Os ácidos e substitutos orgânicos,
que influenciam diretamente na toxicidade e excreção dos meios de contraste, estão
exatamente localizados nestas cadeias laterais.
74
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
de contraste iodado.
A opacidade dos contrastes iodados nos exames radiológicos será melhor, quanto
maior for a concentração de iodo. Porém, reações adversas podem ocorrer com mais
facilidade, quando altas concentrações do contraste estão em vasos sanguíneos ou no
trato urinário.
Os contrastes de baixa osmolalidade foram desenvolvidos com o objetivo de
aumentar a concentração de iodo em relação à molécula dos meios de contraste.
Quanto menor a osmolalidade, menor será a hipertonicidade do contraste no sangue,
sendo a concentração de iodo em suas “partículas” maior do que os contrastes de alta
osmolalidade.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 23 - Equipamento de Raios X Convencional e Receptor de Imagem (RI).
Fonte: Adaptada pelo autor, a partir de Bontrager (2019).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
radiografias (sistemas digital e analógico). Selecionar o kV adequadamente
para penetrar o órgão ou parte de interesse no paciente é crucial. Enquanto o
kV aumenta, a penetrabilidade do feixe também cresce.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
• PACS: é uma organização sofisticada de hardware e software que pode conectar
todas as modalidades com saída digital do serviço de imagem, permitindo,
assim, que todo o serviço autorizado tenha acesso às imagens ou laudos dos
exames.
Figura 25 - PACS.
Fonte: Adaptada pelo autor (2021), a partir de Bontrager (2019).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.3.1 Raios X de Crânio em Incidências Básicas de Posteroanterior (PA) e
Perfil (P)
Entre as Indicações clínicas, podemos citar: fraturas ósseas; ferimentos por arma
de fogo; neoplasias ou metásteses osseas.
Incidências do crânio podem ser realizadas, com o paciente em posição de decúbito
ou ereta, dependendo da condição do paciente.
Os principais fatores de exposição: Kilovoltagem média (75 a 90 kV) e curto tempo
de exposição.
Na Posição PA, posicionar o paciente, de forma a apoiar o nariz e a testa sobre a
mesa, flexionar o pescoço, como necessário para alinhar a LOM perpendicularmente
ao RI. Ajustar o RC na incidência PA com 15° caudal, de modo que a linha orbitomeatal
permaneça perpendicular ao RI.
Na Posição Perfil, colocar a cabeça em posicionamento de perfil verdadeiro,
garantindo a ausência de rotação ou inclinação. Ajustar o RC perpendicular ao plano do RI.
Colimar as bordas em todas as incidencias. Proteger tecidos radiossensíveis fora da
área de interesse.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 27 - Radiografia Posterior Anterior de Crânio e Perfil.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
múltiplas projeções são realizadas, a partir de diferentes ângulos. O computador, de posse
dos dados obtidos nas diferentes projeções, constrói uma imagem digital, representada
em uma matriz composta de pixels. A cada pixel da imagem, é atribuída uma tonalidade
de cinza que depende da intensidade da radiação absorvida pelo paciente.
A matriz em tomografia computadorizada pode ser definida com um arranjo de
linhas e colunas, que forma a imagem digital. Quanto maior a matriz, melhor será a
resolução da imagem.
Na tomografia, o raio X é concentrado em um feixe estreito que passa apenas por
uma pequena parte do corpo. A informação do feixe atenuado de raios X que chega a
um detector é convertida em um sinal digital (pulso de corrente elétrica). Movendo-se o
emissor de raios X e o detector, obtêm-se sinais de outros pontos do corpo em ângulos
variados. É o que se chama de “varredura” do feixe.
Esse processo é repetido várias vezes para ângulos ligeiramente diferentes. Os
detectores armazenam os valores da intensidade dos raios X. O computador processa as
informações e reconstrói uma imagem tridimensional do interior do corpo do paciente.
Nos tomógrafos mais modernos, apenas a fonte de raios X se movimenta. A detecção é
feita em um anel de detectores que envolvem o objeto examinado.
81
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Gantry é o corpo do aparelho, o qual contém: tubo de raios X, conjunto de detectores,
com seus componentes associados.
O tubo de raios X utilizado em tomografia computadorizada tem princípio de
funcionamento similar aos utilizados nos aparelhos convencionais de raios X: alta-tensão
em corrente contínua catodo-anodo e corrente alternada de baixa-tensão no filamento.
As principais diferenças estão em sua movimentação (os tubos de raios X
convencionais funcionam estáticos), no tempo de funcionamento contínuo que é
muito maior, assim como a potência do tubo. O aquecimento é bastante intenso e gera a
necessidade de um sistema de refrigeração bem desenvolvido. Utiliza líquido refrigerante
com circulação forçada e sistema radiador para transferência de calor do líquido para o
meio externo.
A temperatura da sala de exames deve ser controlada, para manter uma grande
diferença no gradiente de transferência de calor. Os anodos giratórios operam com
rotações acima de 10.000 rpm, para auxiliar na dissipação de calor.
Os detectores são responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa o objeto,
transformando a informação em sinal elétrico, o qual pode ser digitalizado e reconhecido
pelo computador. Uma vez definido o valor da tensão aplicada (kV) e da corrente (mA), a
intensidade do feixe que sai do tubo está determinada.
Os detectores permitem determinar a quantidade de radiação que conseguiu
atravessar o objeto, sem interagir e, desta forma, o computador obtém a parcela do feixe,
absorvida no trajeto por ele percorrido. Os aparelhos atuais utilizam detectores de estado
sólido, fabricados com materiais semicondutores dopados, os quais se ionizam, quando
interagem com a radiação, e permitem a circulação de uma corrente elétrica. Quanto
maior a intensidade da radiação, maior será a ionização e, consequentemente, maior será
o valor do pulso elétrico gerado no circuito.
A mesa de exames é o local onde o paciente fica posicionado, faz os movimentos
comandados pelo equipamento para a aquisição em cortes tomográficos.
O comando é o local de onde enviamos as informações para o sistema, onde se
encontram armazenados os protocolos para a aquisição das imagens e, ainda, o local
utilizado para o tratamento e documentação das imagens adquirias.
Podemos citar os exemplos de sistemas integrados, como a Bomba Injetora.
Sua finalidade é permitir que o contraste seja administrado no paciente com tempo e
velocidade predeterminados para o exame.
A tomografia computadorizada sofreu uma série de aperfeiçoamentos ao longo
de sua história. Tais acontecimentos proporcionaram o surgimento de tecnologias
inovadoras, que contribuíram significativamente com a evolução desta modalidade. Os
primeiros tomógrafos não utilizavam computadores para gerar a imagem e apresentavam
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
uma imagem de qualidade baixíssima, em relação aos aparelhos posteriores. A introdução
do sistema computacional permitiu a obtenção de imagens de melhor qualidade, mas
criou certa dependência para esta modalidade.
Tomografia Linear, também conhecida como Tomografia Convencional, foi o
primeiro método de obtenção de imagens tomográficas. Suas principais características
são: formação da imagem diretamente em filmes radiográficos e várias projeções no
mesmo filme. Contudo, esta última característica, apesar de ser a responsável por permitir
a visualização de um plano de corte, gerava uma imagem de baixíssima qualidade e
grande número de artefatos.
A primeira geração da tomografia computadorizada possuía Feixe de raios X muito
estreito, em forma de “lápis”, e um único detector. Fazia múltiplas varreduras lineares
sobre o objeto.
Após a primeira varredura, o tubo sofria uma rotação de 1 grau, para iniciar
nova varredura. Processo repetido 180 vezes. Translação e rotação. Exigiam cerca de 4
minutos, para reunir informações suficientes de cada corte. Como era muito difícil fazer
com que o objeto permanecesse imóvel durante todo esse tempo, ocorria grande número
de artefatos em imagens de abdome e tórax, inviabilizando estes exames. Imagem sem
resolução espacial, baixo número de pixels, mas que permitia a visualização de estruturas
internas do crânio, devido à facilidade de imobilização desta parte.
A segunda geração da Tomografia Computadorizada teve basicamente a mesma
engenharia dos aparelhos de primeira geração. As inovações trazidas por ela foram:
utilização de mais detectores adjacentes (30), e o formato do feixe, que passou a ser mais
aberto, em forma de “leque”, mas continuava a ser extremamente colimado.
O novo formato do feixe varre áreas maiores em tempos menores, reduzindo
bastante o tempo de realização dos exames, e o número de posicionamentos necessários
para geração dos cortes de 180 para 6. A qualidade da imagem ainda era deficiente, com
baixo número de pixels.
Um marco na tecnologia teve início na terceira geração da tomografia
computadorizada, com uma tecnologia completamente diferente da primeira e da
segunda geração. Não existindo mais as movimentações lineares do tubo de raios X e
detectores, ambos agora giram 360 graus em torno do objeto. O número de detectores
aumentou drasticamente, com feixes de raios X em forma de “leque” mais “aberto”,
para atingir todo o arco detector, permitindo que toda a área de um plano de corte fosse
completamente atingida pelo feixe, ao eliminar a necessidade de movimentação linear
dos detectores e do tubo.
O tempo para aquisição da imagem de um plano de corte foi reduzido para
aproximadamente 10 s por corte, diminuindo os artefatos.
83
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Os tomógrafos de quarta geração possuem desenvolvimento tecnológico
semelhante à terceira geração. Porém, os detectores, em número maior, são dispostos
(360º) em torno do objeto, em forma de anel detector que permanecia estático durante
o exame. Apenas o tubo efetua o movimento de rotação. O sistema slipring permitiu a
eliminação dos cabos de alimentação do tubo. Sem eles, os tubos passaram a realizar
rotações contínuas, sem que houvesse danos ao sistema. Com a rotação ininterrupta do
tubo, o tempo para a aquisição da imagem de um plano de corte ficou ainda menor, entre
2 s a 5 s. Porém, esta tecnologia tornou-se inviável, devido ao alto custo dos detectores,
dando espaço à tomografia helicoidal.
Os tomógrafos helicoidais possuem sistema de geração de dados igual à terceira ou
quarta geração, sendo caracterizados pelo movimento contínuo da mesa para dentro do
gantry, enquanto o tubo roda continuamente. As partes irradiadas formam uma “trilha”
espiral pelo corpo do paciente. A aquisição volumétrica da imagem, com tempos ainda
menores para a captura dos dados, chega a 1 segundo, produzindo mais imagens por
exame.
84
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
menos radioabsorventes. Podemos usar para valorizar densidades ósseas, partes moles
ou tecidos intermediários, permitindo otimizar o tempo de reconstrução e diminuir o
tamanho da aquisição.
A matriz da imagem é a quantidade de linhas e colunas responsáveis pela geração
da imagem. Ela define o número de pixels que formam a grade de geração da imagem.
Considerando o campo de visão ou FOV (fieldofview) constante, um aumento no
tamanho da matriz implica um pixel menor e uma imagem mais rica em detalhes. Um
aumento no tamanho da matriz promove um acréscimo no número total de pixels e,
consequentemente, na quantidade de dados que precisa ser processada.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.4.1 Tomografia Computadorizada de Crânio
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
As imagens de TC do crânio são adquiridas em duas configurações axiais, uma com
melhor visualização das partes moles e do encéfalo, e outra que exibe detalhes ósseos,
sendo elas com reconstrução coronal e sagital.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 33 - Imagem de Tomografia Computadorizada do Crânio. Reconstrução Sagital Partes Moles.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 35 - Imagem de Tomografia Computadorizada do Crânio. Aquisição Axial Óssea.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 36 - Imagem de Tomografia Computadorizada do Crânio. Reconstrução Sagital Óssea.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 37 - Imagem de Tomografia Computadorizada do Crânio; Reconstrução Coronal Óssea.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 38 - Imagem com Reconstrução em Volume 3D de Tomografia Computadorizada de Crânio.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Os radiofármacos são administrados e se distribuem para determinados órgãos ou
tipos celulares. Nas aplicações diagnósticas, a distribuição do radiofármaco no corpo do
paciente é conhecida, a partir de imagens bidimensionais, ou seja, imagens planas ou
tomográficas, geradas em um equipamento, denominado câmara cintilografia. A maior
ou menor captação dos compostos permite avaliar a função dos tecidos ou órgão, ao
contrário da maioria dos métodos radiológicos que dá maior ênfase à avaliação anatômica
dos órgãos. A avaliação funcional realizada pela medicina nuclear traz, muitas vezes,
informações diagnósticas, de forma precoce, em diferentes patologias.
É mais comum estarmos acostumados com as imagens anatômicas em exames
complementares, como as de tomografia e ressonância magnéticas, que avaliam a
forma em três dimensões ou em cortes tomográficos. Já na medicina nuclear, permite-se
realizar, de uma só vez, os exames de corpo inteiro no paciente, como, por exemplo, no
caso de cintilografia óssea e pesquisas de metástases.
O profissional que preferir trabalhar na área deverá aprofundar os seus
conhecimentos nesta ampla categoria, que requer uma habilidade específica. Nosso
objetivo é apresentar esta modalidade de exame.
Assim, incluiremos um exemplo de exame de estudo de medicina nuclear, na
pesquisa de metástase ósseas, por meio da comparação das imagens de um paciente
normal e de uma com captação da anormalidade.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.6 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Este é um método de aquisição de imagens que não usa radiação ionizante, mas sim
campos magnéticos, para a formação das imagens.
As propriedades de ressonância magnética têm origem na interação entre um
átomo em um campo magnético externo. De forma mais precisa, é um fenômeno em que
partículas, contendo momento angular e momento magnético, exibem um movimento
de precessão, quando estão sob ação de um campo magnético. Os principais átomos que
compõem o tecido humano são: hidrogênio, oxigênio, carbono, fósforo, cálcio, flúor,
sódio, potássio e nitrogênio. Estes átomos, exceto o hidrogênio, possuem prótons e
nêutrons no núcleo atômico.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
bastante entre o hidrogênio presente no tecido normal e no tecido patológico nas imagens
de ressonância. O próton do hidrogênio possui o maior momento magnético e, portanto,
maior sensibilidade para este processo.
O átomo de hidrogênio, o mais simples da tabela periódica, possui como núcleo o
próton. Os prótons são partículas carregadas positivamente, e eles têm uma propriedade,
chamada de spin. Assim, vamos admitir que o spin represente o movimento de giro do
próton, em torno de seu próprio eixo.
Em núcleos onde os prótons “spin” não são emparelhados, há um campo magnético
resultante, que pode ser representado por um vetor magnético dipolo. A magnitude deste
campo é chamada momento nuclear magnético, e sua existência faz com que os núcleos
respondam ativamente ao magneto externo. O vetor magnético nuclear não permanece
estático em uma direção, mas tem um movimento ou rotação em torno de seu eixo.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Depois de o campo magnético estático ser aplicado, a precessão do núcleo do
paciente pode ser influenciada mais pelas ondas de rádio, porque uma onda de rádio
contém um campo magnético que varia com o tempo. Um efeito da onda de rádio é ela
fazer com que o núcleo precesse em um ângulo maior. Quanto mais tempo a onda de
rádio for aplicada no paciente, maior será o ângulo de precessão.
Como o núcleo é um pequeno ímã, ele emite ondas eletromagnéticas enquanto
gira. Estas ondas, emitidas pelo núcleo dentro do tecido do corpo, são captadas por uma
antena ou bobina receptora durante a fase “receptora” do processo de ressonância.
A relaxação dos spins, que gera o Sinal de Indução Livre (SIL) é causada pelas trocas
de energia entre spins e entre spins e sua vizinhança (rede). Estas interações são chamadas
de relaxação spin-spin e spin-rede e, juntas, fazem com que o vetor retorne ao seu estado
de equilíbrio, este processo gera duas constantes de tempo caracterizadas como: T1 e
T2. A constante T1 está relacionada ao tempo de retorno da magnetização para o eixo
longitudinal, sendo influenciada pela interação dos spins com a rede. A constante T2
faz referência à redução da magnetização no plano transversal, sendo influenciada pela
interação spin-spin (dipolo-dipolo).
O sinal elétrico obtido pela bobina receptora é enviado para o computador.
A imagem do paciente é reconstruída pelo sistema de informação. Várias técnicas
matemáticas podem ser usadas, para construir a imagem das ondas de rádio recebidas.
Tendo estudado os conceitos básicos de ressonância magnética e percebido a
complexidade física aplicada, apresentaremos algumas imagens, para apoiar a assimilação
do conteúdo.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 44 - Imagem de Ressonância Magnética de Crânio, Axial T1.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 45 - Imagem de Ressonância Magnética de Crânio, Axial T1. Fluid attenuated inversion recovery
FLAIR.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 46 - Imagem Axial T1 de Ressonância Magnética de Crânio.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 48 - Imagem Axial T2 de Ressonância Magnética de Crânio.
Fonte: ImageNex (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.7 ULTRASSONOGRAFIA OU ECOGRAFIA
Som são perturbações mecânicas de meio, que o ser humano detecta entre 20 Hz
e 20.000 Hz em média. Ele viaja através dos meios, em forma de ondas tipicamente de
natureza longitudinal, estando sua intensidade relacionada com a amplitude da onda; sua
altura, com a frequência; e o timbre, com a forma da onda. A frequência multiplicada pelo
comprimento de onda é igual à velocidade do som. No tecido humano, esta velocidade
foi calculada em 1540 m/s.
Ultrassom, por definição é um som com uma frequência acima da variação audível
ou maior que 20.000 Hz. Sendo refletido por objetos relativamente pequenos, obedece às
leis bem estabelecidas da óptica geométrica, em relação à reflexão, refração e transmissão.
Não causa dano ou toxidade em níveis de potência clinicamente usados.
Os principais acontecimentos que marcaram o progresso do ultrassom no campo
médico ocorreram a partir de 1881, com aplicação de um campo elétrico alternante sobre
cristais de quartzo e turmalina, os quais produziam ondas sonoras de altas frequências.
A partir dessa descoberta, surgiu a utilização de ecos ultrassônicos, para detectar
objetos submersos. Os primeiros aparelhos utilizados em ultrassonografia eram estáticos
e produziam uma imagem semelhante à obtida em radiologia convencional.
A principal diferença de ecografia e radiologia é que a primeira utiliza ondas
mecânicas, que precisam de um meio para se propagar, e a segunda utiliza ondas
eletromagnéticas “radiação ionizante”, para aquisição das imagens.
A energia sonora, produzida por um gerador ultrassônico (transdutor), é propagada
para um meio sob a forma de um feixe. Perto do transdutor simples, em forma de disco,
o feixe é circular, com diâmetro comparado à face do transdutor. Longe, as margens
do feixe divergem, e o feixe se alarga dentro de um cone. Aumentando o tamanho ou
a frequência, aumenta o comprimento, e diminui a divergência. As ondas sonoras se
movimentam em linha reta, até que elas encontrem uma interface, entre dois meios de
impedância acústica diferente. A impedância acústica de um meio é uma propriedade
mecânica, definida como o produto de sua densidade, pela velocidade com a qual o som
pode se propagar através dele.
A quantidade de som refletida é proporcional à diferença de impedância entre
dois meios, sendo diretamente relacionada à pressão sonora, não onda incidente. Se a
velocidade no som dos dois meios difere, o feixe sonoro será refratado, e a direção do
feixe mudará.
102
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Resolução é a habilidade de distinguir dois pontos ou estruturas como separadas.
À medida que as ondas sonoras passam através do corpo, a energia é progressivamente
perdida, ou atenuada. No tecido homogêneo, a atenuação ocorre como resultado, tanto
da absorção quanto da dispersão. A absorção implica a energia sonora que é perdida,
devido à fricção ou viscosidade interna, com a transformação de energia sonora em
outras formas de energia, tal como calor.
A dispersão ocorre nas muitas interfaces pequenas ou descontinuidades elásticas
encontradas. Nos meios não homogêneos, uma parte da energia sonora é refletida em
cada interface, encontrada pelo feixe, atenuando ainda mais a sua força.
Se um cristal de quartzo é cortado adequadamente, quando comprimido
mecanicamente, desenvolve cargas elétricas na sua superfície, que podem ser medidas
como voltagem. Esta é a transformação de energia mecânica em energia elétrica. Se uma
corrente elétrica for aplicada a um dos cristais, ela modificara o formato rapidamente,
porém dentro dos limites elásticos do cristal, denominado efeito piezoelétrico. Esta
modificação será proporcional à voltagem aplicada. Os materiais piezoelétricos que
convertem energia elétrica em sonora são conhecidos como transdutores.
103
BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
O transdutor é excitado por choque elétrico. Ele vibra, produzindo compressão
e rarificação alternada das partículas adjacentes à face do transdutor que é, em efeito,
uma onda sonora. Uma vez iniciada esta onda, partirá do transdutor, a uma velocidade
constante, até que atinja uma interface com diferentes impedâncias acústicas. Nesta
interface, uma parte da energia sonora será refletida de volta em direção ao transdutor, e
o restante continuará até outra interface.
O pulso sonoro voltará para o transdutor na mesma velocidade da propagação.
Quando o eco que retorna atinge o elemento transdutor, a energia sonora produz
choques dentro do cristal, que causam a formação de cargas elétricas na sua superfície.
Medindo-se a voltagem gerada, é possível determinar a quantidade de choques aplicados
ao cristal, e, assim, a quantidade de energia acústica que retorna.
Adicionalmente, se a velocidade do som no tecido é conhecida através do simples
registro do tempo que o pulso leva para ir do transdutor à estrutura em questão e
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
para voltar, a distância percorrida pelo pulso pode ser calculada, usando-se a relação:
Distância = velocidade x tempo (D=V.T). Devido à distância do transdutor, a interface
reflete apenas a metade da distância total percorrida pela onda sonora. É habitual utilizar
metade da velocidade do som na equação, para atingir a posição relativa do alvo refletor
apropriadamente no espaço.
Desta forma, podemos perceber o momento em que o ponto observado se move, e
a sua direção, analisando o aumento e a diminuição da frequência da onda. Portanto, a
ultrassonografia é um método de diagnóstico que aproveita o eco produzido pelo som,
para ver o tempo real, as reflexões (sombras) produzidas pelas estruturas e órgãos do
“sistema humano”.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
Figura 52 - Demonstração da Aplicação de Ultrassonografia.
Fonte: Shutterstock (2021).
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
O efeito Doppler, que corresponde às modificações da frequência das ondas sonoras,
refletidas a partir de um objeto em movimento, é uma forma especial de ultrassom,
utilizada para avaliar a velocidade e a direção do fluxo sanguíneo, e as características dos
vasos a serem estudados. O fluxo é estudado de um som audível, por um gráfico e por
imagens coloridas, mostradas no monitor.
Um dos locais mais comuns, a serem solicitados pelos médicos, é a região do
pescoço, para estudo das artérias carótidas. Outros locais comuns são o coração, abdômen
e pernas.
Com a ecografia em 3D / 4D, as imagens são mais nítidas, e os pais conseguem ver
facilmente todo o contorno do corpo do bebê, ou até mesmo as expressões de sua face.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.8 OUTRAS MODALIDADES DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
4.8.2 Radioterapia
4.8.3 Mamografia
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
para mulheres acima de 35 anos, pois são raros os casos de câncer em mulheres mais
jovens. Mesmo assim, se uma pessoa, independente da idade, apresentar sintomas ou
possuir casos de câncer na família, é necessário que ela realize o exame, conforme a
indicação do médico.
Atualmente, dispomos de dois tipos de aparelhos de mamografia: o convencional e
o digital. Ambos utilizam o raio X para a produção da imagem da mama, a diferença está
na forma como ocorre a captação da imagem mamográfica.
A Mamografia convencional usa um filme que, após a exposição da mama aos raios
X, deve ser processado. A imagem da mama é armazenada no próprio filme, esta técnica
está sendo substituída pelos sistemas computadorizados ou digitais.
A mamografia digital utiliza um detector que transforma o raio X em sinal elétrico e
transmite para um computador. Esta forma oferece vantagens, em relação à convencional.
A imagem mamográfica pode ser armazenada e recuperada eletronicamente, permitindo
ao radiologista ajustar as imagens, no próprio monitor da estação de trabalho, realçando
ou ampliando alguma área para melhor análise.
Existem, ainda, softwares que auxiliam na detecção de lesões. Com todas estas
ferramentas, a mamografia digital pode requerer menor repetição de imagens, em relação
à analógica, reduzindo a exposição à radiação.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
EXERCÍCIO FINAL
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
I- Tomografia é um método de geração da imagem que utiliza radiações ionizantes
e permite o estudo de estruturas localizadas no interior do corpo.
II- Medicina Nuclear é uma especialidade que emprega fontes abertas de
radionuclídeos com finalidades diagnósticas ou terapia.
III- A Ressonância Magnética é um método de aquisição de imagens que não usa
radiação ionizante.
IV- A Ultrassonografia é um método de aquisição de imagens que não usa radiação
ionizante, utiliza energia sonora, produzida por um gerador ultrassônico, para
originar imagens de diagnóstico.
V- A radiologia convencional é uma modalidade de aquisição de imagens por raios
X que não usa radiações ionizantes.
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
REFERÊNCIAS
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BIOFÍSICA BÁSICA E IMAGENOLOGIA
uniavan.edu.br
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