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Gigante Adamastor
Gigante Adamastor
° ano
Teste 3 (versão A)
Grupo II
Texto A – Leitura
Os obstáculos mentais
Discutir a questão do imaginário quinhentista é de fundamental importância para
entender o período das grandes navegações.
Este foi um fator que fomentou ou retardou o achamento de novas terras.
A despeito de existirem fortes indícios de que o mundo, tal como se apresenta
5 atualmente, com boa parte de seus contornos, fosse conhecido de alguns desde a
antiguidade. […]
Navegar com terra à vista, como aconteceu nas primeiras viagens, não levantava
grandes problemas. Porém, quando começaram a entrar pelo mar alto, os marinheiros
tiveram muito medo. Medo das tempestades, medo de se perderem e de não conseguirem
10 regressar. Mas sentiram também um enorme receio provocado pelas histórias que se
contavam sobre o que existiria para lá do mundo conhecido. Dizia-se que os monstros
marinhos engoliam os barcos, o calor fazia ferver as águas, os homens e os animais eram
monstruosos...
O termo monstro marinho surge, a partir do século XV, não necessariamente
15 relacionado com uma criatura mítica medieval, mas associado à ocorrência de um enorme
ser, assustador e nunca antes visto.
Na extensa história atlântica de Portugal, existem inúmeras referências a monstros
marinhos, muitas vezes com nomes até conhecidos, como baleias, golfinhos e outros
peixes como esses. As viagens por mares e terras não explorados levaram os homens ao
20 encontro de uma natureza inóspita, e colocaram-nos face a ambientes diferentes e
singulares. Obrigaram-nos a enfrentar a perplexidade relativamente à fauna e flora
encontradas, completamente incógnita e deveras admirável.
Podemos, portanto, perceber que a fantasia criada em torno dos monstros marinhos
encontra o seu fundamento em vislumbres de animais reais, nas raras e surpreendentes
25 observações de seres marinhos, que até então permaneciam um verdadeiro mistério.
Os Lusíadas constituem um capítulo da história marítima portuguesa, a glorificação do
descobrimento do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama, escrito pelo
marinheiro e poeta Luís de Camões.
A narrativa assenta na realidade histórica do povo português, mas os acontecimentos
30 reais são também influenciados pelos deuses da mitologia, os anjos e os santos. […]
Os nossos navegadores temiam igualmente o mar, mas, como lembra Paulo Lopes, os
contactos com a hostilidade oceânica, em pleno século XV, representaram um radioso
ponto de partida de uma nova era, caracterizada por uma original convivência da
experimentação de novas técnicas marítimas com o imaginário mítico ligado ao oceano.
In https://sites.google.com/site/uptdescobrir/os-osbtaculos-mentais
(com supressões, consult. em 2-10-2022)
Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 9.° ano
Teste 3 (versão A)
1. Ordena as informações que abaixo se apresentam, de acordo com a sequência do texto que leste.
Começa a sequência pela letra D..
A. Crenças em seres e fenómenos imaginários
B. Criação do termo monstro marinho a partir da experiência
C. Descoberta de novas espécies de plantas e animais
D. Importância do conhecimento da época dos descobrimentos marítimos
E. Confluência do real e do imaginário n’ Os Lusíadas
F. Medos dos navegadores portugueses
2. Para cada item (2.1. a 2.5.), seleciona a opção que completa a afirmação, de acordo com o sentido
do texto.
2.3. Na frase “Medo das tempestades, medo de se perderem e de não conseguirem regressar.”
(ll. 9-10), está presente uma
A. metáfora.
B. antítese.
C. hipérbole.
D. anáfora.
2.4. As palavras “inóspita” (l. 20) e “singulares” (ll. 20-21) podem ser substituídas, respetivamente, por
A. inabitável e únicos.
B. comum e raros.
C. bela e poluídos.
D. marinha e hostis.
Teste 3 (versão A)
Teste 3 (versão A)
Texto B – Educação literária
Adamastor
37 Porém já cinco Sóis eram passados1
Que2 dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca de outrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando h˜ua noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
H˜ua nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.
Vocabulário:
PCH9DP © Porto Editora
1. cinco Sóis eram passados: cinco dias. 2. Que: desde que. 3. Potestade: Divindade. 4. Este clima: região. 5. esquálida: suja.
6. v. 3: estátua de Apolo, na ilha de Rodes, uma das sete maravilhas do mundo antigo. 7. milagres: maravilhas.
Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 9.° ano
Teste 3 (versão A)
4. Nos versos iniciais da estância 37, os navegadores encontram-se em alto mar e os ventos sopram a
seu favor. Inesperadamente, a situação altera-se.
4.1. Identifica a expressão que introduz uma peripécia e refere o que sucedeu.
4.2. Indica em que estado se encontravam os marinheiros antes e após esse acontecimento.
5.1. Refere o que Lhe pergunta e o que o seu discurso nos revela sobre os seus pensamentos
naquele momento.
6.2. Identifica o recurso expressivo utilizado para descrever o gigante, na estância 39, comprovando
com expressões textuais.
7. Com base na estância 40, refere a reação dos marinheiros a esta criatura e as sensações envolvidas.
3. Para cada item (3.1. a 3.5.), seleciona a opção que completa corretamente a afirmação.
Teste 3 (versão A)
D. um pronome interrogativo.
Teste 3 (versão A)
3.2. No verso “Hũa nuvem, que os ares escurece,” (est. 37, v. 7), a expressão sublinhada tem a função
sintática de
A. modificador apositivo do nome.
B. modificador restritivo do nome.
C. predicativo do complemento direto.
D. predicativo do sujeito.
3.3. Nos versos “Bramindo, o negro mar de longe brada,/Como se desse em vão nalgum rochedo.”
(est. 38, vv. 3-4) está presente uma oração subordinada adverbial
A. temporal.
B. final.
C. comparativa.
D. concessiva.
3.4. O processo fonológico que ocorre em medo (est. 38, v. 2) > medroso designa-se por
A. redução vocálica.
B. epêntese.
C. aférese.
D. prótese.
3.5. A palavra “que”, presente no verso 2 e no verso 8 da estância 38 e no verso 2 da estância 40,
representa, respetivamente, as classes e subclasses de palavras seguintes:
A. conjunção subordinativa consecutiva, determinante interrogativo e conjunção subordinativa
completiva.
B. conjunção subordinativa completiva, determinante interrogativo e conjunção subordinativa
consecutiva.
C. pronome relativo, pronome interrogativo e conjunção subordinativa completiva.
D. conjunção subordinativa consecutiva, determinante interrogativo e pronome relativo.
Testes de avaliação Palavra-chave, Português, 9.° ano
Teste 3 (versão A)
Grupo IV – Escrita
1. Escreve o resumo do texto A, num texto de 120 a 150 palavras, reduzindo a informação ao
essencial.
Observações:
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente do número de algarismos que o constituam (exemplo: /2023/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 40 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.
FIM
Item
Grupo
Cotação (em pontos)
1.1. 1.2. 1.3. 1.4. 1.5.
I 10
2 2 2 2 2
1. 2.1. 2.2. 2.3. 2.4. 2.5. 3. 4.1. 4.2. 5.1. 6.1. 6.2. 7.
II 45
5 2 2 2 2 2 4 4 4 5 4 4 5
1. 2.1. 3.1. 3.2. 3.3. 3.4. 3.5.
III 20
3 2 3 3 3 3 3
IV Item único 25
Total 100
Teste 3 (versão A)