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O ilusionista

[ Em um papel amarelado e desgastado, encontrado em uma cena de crime próxima do


castelo real, está escrita à mão uma carta manchada de tinta e sangue. Nitidamente foi
escrita com pressa e urgência. ]
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Querido leitor,

Se você está lendo esta carta, então, com pesar, devo lhe informar que os caminhos de
dois velhos amigos se cruzaram de uma maneira irreparável. Lamento profundamente
que as circunstâncias nos tenham levado a este ponto, mas as forças que moldam nossas
vidas são muitas vezes além de nosso controle.

Eu me lembro dos dias em que éramos jovens aprendizes, explorando os mistérios da


magia e compartilhando sonhos de grandeza. Quem poderia imaginar que nosso destino
nos levaria por caminhos tão sombrios? O conhecimento que adquirimos, embora
poderoso, também nos ensinou o preço da ambição desmedida.

As sombras da noite são testemunhas silenciosas do que aconteceu nesta sala, onde a
linha entre realidade e ilusão se desvaneceu em uma dança. Não posso desfazer o que
foi feito, mas posso apenas lamentar os eventos que nos trouxeram a este ponto.

Não sei o que o futuro reserva para mim, ou se algum dia me redimirei pelos meus atos.
Mas lembre-se, houve uma época em que éramos aliados, unidos pelo desejo de
desvendar os mistérios do universo, meu amigo.

Que esta carta sirva como um testemunho silencioso de nossos dias de glória e um
lembrete amargo dos custos da busca pelo poder supremo.

Atenciosamente,

Aquele que sobreviveu.


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O personagem que encontra a carta, após ler se depara de melhor forma ao local,
é possível reparar que uma densa batalha aconteceu nesse local, mesmo com muito
sangue na cena não há nenhum corpo, apenas um grimório quase 100% destruído,
nenhuma página sobrou mas há resquícios de magia de ilusão nele.
A curiosidade do personagem que encontrou a carta é tanta que não resiste em
toca-lo para encontrar mais informações. Seu desejo é realizado de certa forma pois ao
colocar as mãos no grimório uma ilusão, não melhor, uma memória começa a passar.

Os velhos tempos...

Os dois magos, vamos chamá-los de Devaneio e Fábula, foram companheiros


desde os dias de sua juventude na renomada Escola de Magia Arcana Avalon (Da um
nome aí gostei desse, mas vc que escolhe). Desde o momento em que se conheceram,
uma faísca de camaradagem e rivalidade saudável surgiu entre eles, moldando uma
amizade que resistiria ao teste do tempo e às provações da vida.

Devaneio era o estudante brilhante, com uma mente afiada e uma habilidade
natural para a magia ilusória. Seus truques e feitiços eram sempre os mais
impressionantes, deixando seus colegas de classe maravilhados com seu talento inato.
No entanto, por trás de seu exterior confiante, ele carregava uma sede de
reconhecimento e poder que muitas vezes o levava a se arriscar mais do que deveria.

Fábula, por outro lado, era mais reservado, com uma abordagem mais
pragmática para a magia. Seu forte era sua compreensão profunda dos princípios
subjacentes da magia o que o tornava um estudante excepcional. Ele era o equilíbrio
para a impulsividade de Devaneio, muitas vezes servindo como a voz da razão em suas
aventuras mágicas.

Apesar de suas diferenças, Devaneio e Fábula formaram um vínculo inseparável


durante seus anos na escola. Eles estudaram juntos, treinaram juntos e, ocasionalmente,
se metiam em problemas juntos. Suas disputas amigáveis pelo título de melhor
ilusionista da escola eram lendárias, mas sempre terminavam com um sorriso e um
aperto de mão.

No entanto, à medida que avançavam em seus estudos e se aproximavam da


idade adulta, as pressões do mundo exterior começaram a se fazer sentir. Os sonhos de
grandeza e os desejos de poder começaram a dividir suas lealdades, e o que antes era
uma amizade inabalável começou a se deteriorar lentamente.
Um fogo é colocado no meio dessa amizade que já estava abalada, o fogo da
paixão, Fábula se apaixonou por uma mulher jovem, linda e inteligente o fazendo se
distanciar de seus estudos e de Devaneio, o qual não reconhecia mais seu amigo.

Devaneio seguiu seus estudos, de forma regrada, nunca se importando com as


pessoas a sua volta, ainda mais agora ao se distanciar de seu único amigo, se tornando
um mago renomado.

Em pouco tempo Fábula se viu superado por seu velho rival e amigo. Viver o
amor era muito bom, mas começou a ver Devaneio como um risco a ele e as outras
pessoas por estar utilizando de magias antes pouco exploradas pela casa de ilusão.

Fábula secretamente começou a voltar em seus estudos, porém o tempo perdido


não seria facilmente recuperado, então foi em buscas de caminhos mais simples e
rápidos, até mesmo imorais graças a sua inveja por Devaneio.

Obviamente não levou muito tempo para sua esposa descobrir seu treinamento, o
que a fez se afastar dele principalmente por...

A visão começa a ficar turva, não é mais possível entender o que está
acontecendo na ilusão aplicada pelo grimório, está fraco demais para terminar de contar
a história....

Assim a memória é avançada, para o quase presente e apenas uma frase é solta
“Você era meu irmão, eu o amava”, é impossível saber de qual dos dois isso foi dito.

Esse assassinato foi a 23 anos, até hoje não encontraram o assassino e nem o
corpo da vítima, porém com a descrição encontraram esses dois alunos, ao bater com a
história do personagem que encontrou a carta. Seus nomes eram Seluvis Karia
(Devaneio) e Alexander Ironborn (Fábula).

Nos tempos atuais, ainda sou procurado, por isso criei uma persona, Gideon
Rennala, um nome desconhecido por todos, porém que gera sempre um sentimento de
familiaridade. Utilizando de magia antiga e poderosa também mudei minha aparência, o
clássico mago, roupas azuis e barba grande branca.

Muito do meu conhecimento e poder do grimorio foi gasto na jornada para essa
mudança de aparência de forma tão perfeita. A ponto de ser uma condição minha, nem
melhores magos ou corte real ou cancelamentos de magia a desvendariam. (Por isso a
rainha me tratou de forma comum ela não faz ideia quem sou).

Pode se dizer que, para ter esse efeito até parece que foi um DESEJO.

Hoje sou muito fraco em questão de poder do que já fui, pelo menos consegui
encontrar algo que não tinha a um tempo, paz. Que vergonha! Junto com parte da minha
magia, meus modos foram embora também, esqueci de me apresentar a você, ó mestre.
Olá sou aquele que sobreviveu, sinto que não possa saber quem sou de fato, mas certeza
que logo descobrirá. Segue alguns fatos atuais sobre mim para estar inteirado de quem
quero ser hoje e parar de pensar no meu passado:

- Pai adotivo da Tiffany Rennala; (Nem ela sabe a verdade)


- Acha feiticeiros burros e não gosta deles (Motivo é porque eles são muito simples,
usam magias sem a graça de estuda-las);
- Mora nas ruas;
- Se tornou um aventureiro a pouco tempo, provavelmente empurrado pelo
Tiffany ou necessidade de fazer dinheiro;
- Pobre no geral, mas fala como alguém que já foi rico;
- Ama borboletas;

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