Teoria elementar de construção de

bombas (teoria monodimensional)

Generalidades e Hipóteses
O Engº projectista parte, normalmente, de um conjunto de
hipóteses ideais e simplificadoras. Depois usa factores de
correcção para a situação real.
Hipóteses da teoria monodimensional:
 A bomba tem nº infinito de pás;
 As pás são infinitamente delgadas.

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bombas (teoria monodimensional)

Consequências das hipóteses da teoria elementar:

 Uma linha de corrente representa todas as outras;

 A velocidade na borda é uniforme para um mesmo raio.

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bombas (teoria monodimensional)

Triângulo de Velocidades
O estudo teórico do fluxo através do rotor se baseia nos
vectores de velocidade, que podem ser representados por um
triângulo em qualquer ponto do escoamento no rotor.

As principais características do rotor serão determinadas

pelas velocidades na entrada e saída do rotor.

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bombas (teoria monodimensional)

Movimento relativo

É o movimento da partícula percebido por um observador

movendo-se com o rotor (solidário a pá).

A velocidade tangente a esta trajectória é conhecida por

velocidade relativa da corrente fluida e será representada por

“𝑊”.
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bombas (teoria monodimensional)
Movimento absoluto

É o movimento da partícula percebido por um observador

posicionado fora do rotor (vista por um observador estacionário).

A velocidade tangente a esta trajectória é denominada

velocidade absoluta (resulta de 𝑈 e 𝑊) e será representado por

“𝐶”.

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bombas (teoria monodimensional)

Velocidade tangencial

Foram apresentadas as velocidades absoluta e relativa, para

fechar o triângulo falta uma velocidade, que é a tangencial ou

velocidade da pá do rotor representada por “𝑼”.

Esta velocidade está relacionada ao movimento de rotação do

motor.
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Velocidade tangencial

𝜋𝐷𝑛
𝑈 = 𝜔𝑟 =
60

𝐷: diâmetro no ponto considerado [m]

𝑛: número de rotações [rpm]
𝜔: velocidade angular [𝑠 −1 ]
𝑟: raio no ponto considerado [m]

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𝑊 = Velocidade Relativa
(tangente à superfície da pá)
𝑈 = Velocidade Periférica
(tangente à periferia)
𝐶 = Velocidade Absoluta
(resultante de 𝑊 𝑒 𝑈)
𝐶1 = Velocidade com que o
fluído penetra no rotor
𝐶2 = Velocidade com que o
𝛼 = Ângulo entre 𝐶 e 𝑈 fluído abandona o rotor
𝛽= Ângulo entre 𝑊 e U
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Finalmente, o triângulo de velocidades é formado pelas três
velocidades vistas anteriormente e podem ser representadas
na forma vectorial por:

𝐶 =𝑊+𝑈

Exemplo de triângulo de velocidades

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𝐶𝑢 = Projecção de C na direcção de 𝑈
𝐶𝑚 = Velocidade meridiana
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bombas (teoria monodimensional)

Ângulo 𝜶
É função das características operacionais da bomba (rotação e
vazão, entre outras). Isto é, se há variação de rotação da

bomba, há variação do ângulo “𝛼 ”, pois a alteração de “𝑈” (a

velocidade tangencial do rotor) altera o triângulo de
velocidades. 𝐶𝑚
𝑡𝑔𝛼 =
𝐶𝑢

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bombas (teoria monodimensional)
Ângulo 𝜷 – ângulo construtivo

É fixado a partir do momento em que se define a curvatura (o

desenho, isto é, o projecto mecânico do rotor) das alhetas, da

entrada até a saída do rotor.

𝐶𝑚 𝐶𝑚
𝑡𝑔𝛽 = =
𝑢 − 𝐶𝑢 𝑊𝑢

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Triângulo de velocidades para rotor de máquina hidráulica

geradora radial
Será considerado que na entrada da pá ocorre escoamento
“sem choque”, e a velocidade relativa “𝑊4 ” deverá ser tangente
a pá, formando o ângulo “𝛽4 ” com a direcção tangencial. Na
saída a velocidade relativa “𝑊5 ” é tangente a pá formando o
ângulo “𝛽5 ” com a direção tangencial.

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bombas (teoria monodimensional)

Triângulo de velocidades para rotor de máquina hidráulica

geradora radial.

Velocidade meridional “𝐶𝑚” está relacionada com a vazão e

conforme será visto adiante, a velocidade “𝐶𝑢” está relacionada

com a potência.

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bombas (teoria monodimensional)

Representação das velocidades em rotor de bomba radial

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Representação do triângulos de velocidade de uma bomba centrífuga.

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bombas (teoria monodimensional)

A velocidade meridional (𝐶𝑚 ) é normal as secções de

entrada e saída do rotor. Para o rotor radial a vazão é
estabelecida em função da área e da componente
meridional (𝐶𝑚).

𝑄 = 𝜋𝐷4 𝑏4 𝐶𝑚4 = 𝜋𝐷5 𝑏5 𝐶𝑚5

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O triângulo de velocidade na entrada estabelece a condição de

entrada radial para o ponto de projecto, de modo que 𝐶𝑢4 = 0,
o ângulo 𝛼4 = 90° e 𝐶𝑚4 = 𝐶4 . O ângulo construtivo 𝛽4 deve
ser tal que,
𝐶𝑚4
𝛽4 = 𝑎𝑟𝑐𝑡𝑔
𝑈4

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Triângulos de velocidade – máquina hidráulica geradora
radial
 Triângulo de velocidades na aresta de entrada da pá

 Triângulo de velocidades na aresta de saída da pá

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bombas (teoria monodimensional)
Triângulo de velocidades para rotor de máquina hidráulica

geradora axial.

A particularidade deste tipo de rotor é a igualdade das

componentes “𝐶𝑚” na entrada e na saída devido a igualdade

das áreas.

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bombas (teoria monodimensional)

Triângulo de velocidades para rotor de máquina hidráulica

geradora axial.

A vazão para esta máquina é dada por:

𝜋 2
𝑄= 𝐷𝑒 − 𝐷𝑖2 𝐶𝑚4
4
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Equação de Euler
A equação de Euler é a equação básica para o estudo de
bombas, ventiladores e turbinas.
Expressa o intercâmbio de energia entre o rotor e o fluído.
𝑇𝑡ℎ∞ = 𝑚 𝑟5 𝐶𝑢5 − 𝑟4 𝐶𝑢4  máquinas motoras

𝑇𝑡ℎ∞ = 𝑚 𝑟4 𝐶𝑢4 − 𝑟5 𝐶𝑢5  máquinas geradoras

𝑇𝑡ℎ∞ = ± 𝑚 𝑟5 𝐶𝑢5 − 𝑟4 𝐶𝑢4  forma genérica

𝐶𝑢5 e 𝐶𝑢4 são projecções das velocidades absolutas na direcção circunferencial.
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A Potência Hidráulica teórica

A potência é definida como o torque vezes a velocidade angular,
tomando o caso da máquina geradora.

𝑁𝑡ℎ∞ = ± 𝑚 𝑟5 𝐶𝑢5 − 𝑟4 𝐶𝑢4 𝜔

𝑁𝑡ℎ∞ = ± 𝑚 𝑈5 𝐶𝑢5 − 𝑈4 𝐶𝑢4

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bombas (teoria monodimensional)

1
𝐻𝑡ℎ∞ = ± 𝑈5 𝐶𝑢5 − 𝑈4 𝐶𝑢4
𝑔

É conhecida por equações de Euler, ou equação

fundamental das máquinas de fluxo.

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bombas (teoria monodimensional)

Conceitos de Hth, e Hth∞

𝐻𝑡ℎ∞ Quantidade de energia cedida a 1 kg de fluído que
atravessa uma bomba ideal.
𝐻𝑡ℎ Quantidade de energia cedida a 1 kg de fluído que
atravessa uma bomba real
𝑁𝑡ℎ∞ 𝑁𝑡ℎ∞
𝐻𝑡ℎ∞ = 𝐻𝑡ℎ∞ =
𝛾𝑄 𝑚𝑔

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bombas (teoria monodimensional)

Efeito do ângulo construtivo no funcionamento do rotor

Pode-se avaliar o efeito do ângulo construtivo no
funcionamento do rotor. Considerando a entrada sem
turbulência ( ) tem-se que a altura teórica de
elevação é dado por:

1 1
𝐻𝑡ℎ∞ = 𝑈5 𝐶𝑢5 − 𝑈4 𝐶𝑢4 𝐻𝑡ℎ∞ = 𝑈5 𝐶𝑢5
𝑔 𝑔
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Do triângulo de velocidades pode-se verificar que:

𝐶𝑢5 = 𝑈5 − 𝐶𝑚5 𝐶𝑜𝑡𝑔 𝛽5

1
𝐻𝑡ℎ∞ = 𝑈5 𝑈5 − 𝐶𝑚5 𝐶𝑜𝑡𝑔 𝛽5
𝑔

A equação da vazão pode ser rearranjada tal que:

𝑄 𝑈52 𝑈5 𝐶𝑜𝑡𝑔(𝛽5 )
𝐶𝑚5 = 𝐻𝑡ℎ∞ = − 𝑄
𝜋𝐷5 𝑏5 𝑔 𝑔𝜋𝐷5 𝑏5

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bombas (teoria monodimensional)

 A inclinação da função 𝐻𝑡ℎ∞ é negativa quando 𝛽 < 90°

(pás curvadas para atrás).

 A inclinação da função 𝐻𝑡ℎ∞ é positiva quando 𝛽 > 90°

(pás curvadas para a frente).

Curva PxQ em função do ângulo construtivo

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Curva 𝑯𝒕𝒉∞ 𝒙𝑸 em função do ângulo construtivo

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Rotores de bombas centrífugas em projecção transversal,
sendo uma das pás curvadas para atrás, outro, de pás radiais e
o último de pás curvadas para a frente.

Os triângulos de velocidade nas bordas de saída dos rotores.

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bombas (teoria monodimensional)

Para um escoamento real deve-se considerar as alterações

provocadas por situações reais que não haviam sido
consideradas nas situações ideais.
Experiências têm mostrado que entre 𝐻𝑡ℎ e 𝐻𝑡ℎ∞ existe a
seguinte relação:

𝐻𝑡ℎ∞ = 𝑎𝐻𝑡ℎ 𝐻𝑡ℎ∞ > 𝐻𝑡ℎ

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Coeficiente de correcção em função do nº finito de pás (Pfleiderer)

𝜓 𝑟52
𝑎 =1+2 . 2
𝑍 𝑟5 − 𝑟42
Seu símbolo é “ ” ou “∆𝑷𝒇𝒍”
𝜓 1
𝑎 =1+2 . 2
𝑍 𝑟4
1−
𝑍 Número de pás 𝑟5
𝑟4 Raio interno do rotor
𝑟5 Raio externo do rotor
𝜓 Coeficiente tabelado em função de 𝛽
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bombas (teoria monodimensional)

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bombas (teoria monodimensional)
Influência da espessura das pás

𝑆1
𝜎1 =
𝑠𝑒𝑛𝛽1

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Factor de estrangulamento

𝑡 − 𝜎1
𝑓=
𝑡

𝑄 = 𝜋𝑑𝑏𝐶𝑚 𝑓

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bombas (teoria monodimensional)

Já foi visto que o rendimento hidráulico, é calculado pela

seguinte relação:

𝐻𝑚
𝜂ℎ =
𝐻𝑚 + Δℎ 𝑒−𝑒)(𝑠−𝑠

𝐻𝑡ℎ = 𝐻𝑚 + ∆ℎ 𝑒−𝑒 𝑠−𝑠

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