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Histologia e

Embriologia
AULA 2: INTRODUÇÃO A E MBRIOLOGIA

Profª. Dra. Mariana Sobral


Biomédica
Analista Ambiental, Bióloga Molecular e Microbiologista
EMBRIOLOGIA
❖ É a área da biologia do desenvolvimento que estuda a evolução do embrião.
❖ O desenvolvimento embrionário é iniciado pela fecundação de um ovócito por um espermatozoide e termina com
a formação do feto, durante a oitava semana de gestação. Após este período é iniciado o desenvolvimento fetal,
terminando com o parto do recém-nascido.
❖ Dentro da embriologia é também importante salientar a ciência que estuda as anomalias e malformações que
poderão ocorrer durante o desenvolvimento embrionário ou fetal, designada por teratologia. Estas alterações
congênitas podem estar associadas a diversos fatores genéticos e/ou ambientais.
GAMETOGÊNESE

❖ É o processo de formação de gametas que ocorre em organismos geralmente dotados de reprodução


sexuada. O processo de divisão importante para a produção de gametas (células haplóides) é a
meiose, pois esta reduz à metade a quantidade de cromossomos das células.

❖ A produção de Gametas é realizada pelas Gônadas.

Gônada Feminina: OVÁRIO -> Produz o ÓVULO.

Gônada Masculina: TESTÍCULO -> Produz o ESPERMATOZÓIDE.


GAMETOGÊNESE
❖ A Gametogênese divide-se em 04 fases:
1) Origem e Migração das Células Germinativas:
▪ As Células Germinativas Primordiais nascem no Endoderma do Saco Vitelino (3ª semana) e migram para as
Gônadas (5ª semana).
▪ Aproximadamente 5.000 Células Germinativas Primordiais penetram nas gônadas.

2) Aumento do número de Células Germinativas por Mitose:


▪ Após atingirem as Gônadas as Células Germinativas sofrem proliferação mitótica.

OVOGÔNIAS -> Sofrem intensa mitose do 2º ao 5º mês da gestação. Após, sofrem atrofia até a Menopausa.
ESPERMATOGÔNIAS -> Sofrem mitose durante toda a vida do homem.
GAMETOGÊNESE

3) Redução do Material Cromossômico por Meiose:


▪ Importância da Meiose: Redução do número
de cromossomos de Diplóide (2n) para
Haplóide (n) -> Para que o número total de
cromossomos da espécie seja mantido.

4) Maturação Estrutural e Funcional dos Óvulos e


Espermatozóides:
▪ Ovogênese e Espermatogênese
CÉLULAS GERMINATIVAS

ESPERMATOGÔNIAS OVOGÔNIAS
(HOMEM) (MULHER)

CÉLULAS DIPLÓIDES
(2n)

MULTIPLICAÇÃO POR SUCESSIVAS


MITOSE SEGMENTAÇÕES
OVOGÊNESE
▪ Dos 2.000.000 de Ovócitos ao nascimento:
✓ Apenas 40.000 sobrevivem até a Puberdade.
✓ Aproximadamente 400 apenas, (01 por Ciclo), sofrem Ovulação, em um período de 30 a 40 anos.

▪ Os Folículos restantes degeneram e morrem durante esse mesmo período.


▪ Após a ação hormonal na Puberdade ocorre o desenvolvimento do Gameta feminino através das fases:

Folículo Primordial -> Folículo Primário -> Folículo secundário -> Folículo de Graaf
ESPERMATOGÊNESE
▪ As Espermatogônias em estado latente nos Túbulos Seminíferos começam a sofrer ação hormonal na Puberdade
- sofrem mitose.

▪ A partir desta desencadeia-se o processo de produção dos gametas masculinos, obedecendo à sequência:

Espermatogônia -> Espermatócito I -> Espermatócito II -> Espermátide ->


Espermatozóide
PRÓXIMA AULA

PERÍODO PRÉ-EMBRIONÁRIO

1ª Semana -> Fecundação


Histologia e
Embriologia
AULA 3: F E CUNDAÇÃO E PE RÍODO PRÉ - E MBRIONÁRIO

ProfªDra. Mariana Sobral


Biomédica
Analista Ambiental, Bióloga Molecular e Microbiologista
MENSTRUAÇÃO

➢ A menstruação ocorre quando não há fecundação e o


óvulo é eliminado pelo canal vaginal com o sangue e
o material resultante da descamação da mucosa
uterina.

➢ O ciclo menstrual é o período entre o início de uma


menstruação e outra. Esse período dura, em média 28
dias, mas pode ser mais curto ou mais longo.

➢ A menstruação representa o início da vida fértil, isto


é, o período em que a mulher pode, se não houver
problemas, engravidar.
OVULAÇÃO
➢ A ovulação é a liberação de um óvulo maduro feita por um dos ovários por volta do 14º dia do ciclo
menstrual, contado a partir do primeiro dia de menstruação.

➢ No ovário (o local de onde sai o óvulo) surge o


corpo lúteo ou amarelo – uma estrutura
amarelada que passa a produzir o estrogênio e
progesterona. Esses hormônios atuam juntos,
preparando o útero para uma possível gravidez,
além disso, o estrogênio estimula o
aparecimento das características sexuais
femininas secundárias.

➢ O óvulo liberado é “captado” por uma das tubas


uterinas, que ligam os ovários ao útero.
Revestindo essas tubas internamente, existem
células com cílios que favorecem o
deslocamento do óvulo até a cavidade do útero.
Para que o espermatozoide possa fecundar o óvulo deve, antes, sofrer modificações, chamadas:

CAPACITAÇÃO DO ESPERMATOZÓIDE:
➢ É a remoção da cobertura protetora do espermatozoide.

➢ O espermatozoide sofre grandes alterações bioquímicas e


funcionais, incluindo alterações em glicoproteínas, lipídeos e
canais de íons na membrana plasmática, e uma grande
alteração no potencial de repouso da sua membrana, se
deslocando para um potencial mais negativo, tornando-a
hiperpolarizada.

➢ A capacitação também está associada a um aumento no pH


citosólico, a fosforilação de tirosina de várias proteínas
espermáticas, e a exposição de receptores de superfície
celular que ajudam o espermatozoide ligar-se à zona
pelúcida.)
PERÍODO PRÉ-EMBRIONÁRIO
(Da Fertilização até o final da 3ª semana da gestação)

Processo em que um espermatozoide


1ª Semana -> Fecundação penetra no óvulo.
FECUNDAÇÃO
RE A Ç ÃO AC RO S SÔ MI CA
➢ O ACROSSOMA do espermatozoide contém enzimas digestivas
(Hialuronidases) que, após a capacitação, são liberadas e
degradam a Corôa Radiada e a Zona Pelúcida do óvulo
(membrana que envolve o óvulo, também chamada de
membrana vitelínica).

REAÇÃO ACROSSÔMICA

DISSOLUÇÃO DA COBERTURA GLICOPROTEICA DO ÓVULO

PENETRAÇÃO NO ESPAÇO PERIVITELÍNICO


ZIGOTO
➢ Zigoto, ou célula-ovo, é a célula formada após a união do espermatozoide (gameta masculino) com o ovócito
(gameta feminino). Essa célula é responsável por formar todo o nosso organismo.

Principais características do zigoto:

❖ É uma célula diploide, pois se formou da união de duas


células haploides;

❖ É uma célula totipotente, ou seja, capaz de diferenciar-se


em qualquer tecido do corpo, inclusive tecidos
extraembrionários. É, portanto, a célula com máxima
potencialidade, ou seja, com maior capacidade de
diferenciação.
CLIVAGEM DO ZIGOTO

➢ Consiste em divisões mitóticas repetidas do zigoto, resultando em um


rápido aumento no número de células.

✓ Estas células embrionárias - os blastômeros - tornam-se menores


a cada divisão. Quando já existem de 12 a 32 blastômeros, é
chamado de mórula.

✓ A continuação da divisão embrionária resulta na formação do


BLASTOCISTOS.
BLASTOCISTO
➢ A mórula alcança o útero cerca de quatro dias após a fecundação e o fluido da cavidade uterina passa através da
zona pelúcida para formar – a cavidade blastocística. À medida que o fluido aumenta na cavidade, os blastômeros
são separados em duas partes:

❖ Trofoblasto: Camada celular externa que


formará a parte embrionária da placenta.

❖ Embrioblasto: Grupo de blastômeros


localizados centralmente que dará origem
ao embrião.
▪ Cerca de 6 dias após a fecundação, o blastocisto adere ao epitélio endometrial por ação de enzimas
proteolíticas (metaloproteinases) e a implantação sempre ocorre do lado onde o embrioblasto está
localizado. Logo, o trofoblasto começa a se diferenciar em duas camadas:

➢ Citotrofoblasto: Camada interna de células.

➢ Sinciciotrofoblasto: Camada externa de células.

No final da primeira semana o blastocisto está superficialmente


implantado na camada endometrial na parte póstero-superior do
útero. O sinciciotrofoblasto é altamente invasivo e se adere a partir do
pólo embrionário, liberando enzimas que possibilita a implantação do
blastocisto no endométrio do útero. Esse é responsável pela produção
do hormônio β-hCG que mantém a atividade hormonal no corpo lúteo
durante a gravidez e forma a base para os testes de gravidez.
PRÓXIMA AULA:

PERÍODO PRÉ-EMBRIONÁRIO

2ª Semana -> Implantação


Histologia e
Embriologia
AULA 4 : PERÍODO PRÉ-EMBRIONÁRIO

Profª. Dra. Mariana Sobral


Biomédica
Analista Ambiental, Bióloga Molecular e Microbiologista
PERÍODO PRÉ - EMBRIONÁRIO
(Da Fertilização até o final da 3ª semana da gestação)

Processo em que o blastocisto se fixa ao


2ª Semana -> Implantação endométrio uterino
IMPLANTAÇÃO BLASTOCISTO

❖ A implantação do embrião também


conhecido pela medicina como nidação
é o momento em que o embrião se fixa
na parede uterina. Todo o processo de
deslocamento do embrião das trompas
até o útero pode ocorrer em média de
4 a 15 dias e a sua fixação ocorrerá
dentro desse mesmo período.
DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR
FORMAÇÃO DO EMBRIÃO BILAMINAR

❖ Com a progressão da implantação do blastocisto, surge um pequeno espaço no interior do embrioblasto, que dará
origem à cavidade amniótica revestida pelo âmnio (originado dos amnioblastos).

❖ Concomitantemente, o embrioblasto sofre alterações morfológicas até se tornar um disco embrionário bilaminar,
que origina as camadas germinativas responsáveis pela formação dos órgãos e tecidos do embrião, formado por:

❑ EPIBLASTO: camada mais espessa, constituído por células cilíndricas altas, forma o assoalho da cavidade
amniótica e está em continuidade com o âmnio.

❑ HIPOBLASTO: constituído por células pequenas cuboides, forma o teto da cavidade exocelômica e está em
continuidade com a membrana exocelômica.

❖ Enquanto isso, as células do hipoblasto, se diferenciam e migram para a superfície interna do citotrofoblasto
dando origem à membrana exocelômica, resultando na formação da cavidade exocelômica, que sofrerá uma
rápida modificação em vesícula umbilical primitiva (saco vitelino).
PERÍODO PRÉ - EMBRIONÁRIO
(Da Fertilização até o final da 3ª semana da gestação)

Processo pelo qual ocorre uma invaginação


3ª Semana -> Gastrulação nos tecidos do embrião, formando os
folhetos embrionários.
GASTRULAÇÃO
❖ A gastrulação é o processo que origina as camadas germinativas.

DISCO EMBRIONÁRIO BILAMINAR DISCO EMBRIONÁRIO TRILAMINAR

❖ A gastrulação é também o princípio da


morfogênese, ou seja, o período em que há
o início da formação da estrutura corpórea.

❖ No início da formação da linha primitiva na


superfície do epiblasto do disco embrionário,
começa a gastrulação.
❖ Neste caso, cada camada germinativa (ectoderma, mesoderma e endoderma) originará um órgão
ou tecido específico:
∙ Ectoderma embrionário: origina a pele, o sistema
nervoso central e periférico, a retina, a orelha, o nariz, os
pelos, as unhas, as glândulas mamárias, o esmalte dental
e a hipófise.

∙ Endoderma embrionário: origina os revestimentos


epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrointestinal,
glândulas tireóide e paratireóide, do timo, do fígado, do
pâncreas, o epitélio da bexiga, uma parte do tímpano e
tuba auditiva.

∙ Mesoderma embrionário: origina as capas de músculo


liso, a cartilagem, os tecidos conjuntivos, vasos
(sanguíneos ou linfáticos) interligados à tecidos e órgãos,
o baço, os rins, os ovários e testículos, as membranas que
revestem as cavidades pericárdica, pleural e peritoneal,
além de formar a maior parte do sistema cardiovascular.
NOTOCORDA
❖ A notocorda é um corpo em forma de haste flexível encontrada em embriões de todos os cordados.

❖ É composto de células derivadas a partir do mesoderma e define o eixo primitivo do embrião.

❖ A notocorda surge pela transformação do


bastão celular do processo notocordal. O
assoalho do processo notocordal funde-se
com o endoderma e degeneram. Ocorre
então a proliferação de células notocordais
a partir da extremidade cefálica, a placa
notocordal se dobra e forma a notocorda.

❖ A notocorda:
- Define o eixo do embrião;
- Base para formação do esqueleto axial;
- Futuro local dos corpos vertebrais.
PRÓXIMA AULA

NEURULAÇÃO
Histologia e
Embriologia
AULA 5: PE RÍODO PRÉ - E MBRIONÁRIO

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Biomédica
Analista Ambiental, Bióloga Molecular e Microbiologista
NOTOCORDA
❖ A notocorda é um corpo em forma de haste flexível encontrada em embriões de todos os cordados.

❖ É composto de células derivadas a partir da junção do mesoderma e endoderma e define o eixo


primitivo do embrião.

❖ A notocorda:
- Define o eixo do embrião;
- Base para formação do esqueleto axial;
- Futuro local dos corpos vertebrais.
PERÍODO PRÉ - EMBRIONÁRIO
(Da Fertilização até o final da 3ª semana da gestação)

Formação do tubo neural a partir do


3ª Semana -> Neurulação
ectoderma do embrião
NEURULAÇÃO
❖ Formação do tubo neural
✓ A formação da placa neural é induzida pela notocorda em desenvolvimento.
✓ Por volta do 18° dia, a placa neural se invagina ao longo do eixo central, formando o sulco neural mediano, com
pregas neurais em cada lado.
✓ No fim da terceira semana, as pregas neurais começam a aproximar-se e a se fundir, formando o tubo neural,
primórdio do SNC. Este logo se separa do ectoderma da superfície, se diferencia e forma a epiderme da pele.
Pregas neurais
do cérebro

Pregas neurais do
tronco cerebral

Linha primitiva Gastrulação e início da neurulação


(gastrulação) A: âmnio, M: mesoderma, Y: saco vitelino
SCV P R I M I T I V O
❖ O sistema cardiovascular é o primeiro a funcionar no embrião, principalmente devido à necessidade de um método
eficiente de captação de oxigênio e nutrientes.
❖ É originado do mesoderma esplâncnico, para-axial e lateral. A primeira indicação morfológica da futura região
cardíaca é a cavidade pericárdica, em forma de ferradura (também chamada de meia-lua cardíaca), que se
desenvolve ventralmente ao intestino anterior.
❖ Os cordões angioblásticos, localizados no mesoderma
cardiogênico, na 3ª semana de desenvolvimento se canalizam
para formar os tubos cardíacos, os quais se fundem no final da
3ª semana para formar o coração tubular primitivo.

❖ Se a fusão das duas estruturas falhar, duas estruturas


semelhantes a um tubo se formam ao invés de uma, levando ao
coração bífido.
❖ O coração começa a bater entre o 22º e 23º dia e o fluxo de sangue começa na 4ª semana do
desenvolvimento sendo visto através da ultrassonografia Doppler.
PRÓXIMA AULA

PLACENTA
Histologia e
Embriologia
AULA 6: PE RÍODO E MBRIONÁRIO

Profª. Dra. Mariana Sobral


Biomédica
Analista Ambiental, Bióloga Molecular e Microbiologista
PLACENTA
❖ É o órgão-elo entre a mãe e o feto, que proporciona ao indivíduo em desenvolvimento a
garantia de suas necessidades básicas:

✓ Respiração, Nutrição e Eliminação de Catabólitos.

❖ A Placenta é formada:

✓ Parte Fetal: Córion;


✓ Parte Materna: Decídua.
CÓRION
❖ Na 2ª semana o trofoblasto do Polo Embrionário do Blastocisto apresenta-se mais desenvolvido. E
desenvolve-se em citotrofoblasto e o sinciciotrofoblasto que, juntamente com o mesoderma
extraembrionário (MEE) constituem o Córion.
❖ No início as Vilosidades Coriônicas se formam ao redor de todo o embrião. Após a 8ª semana
persistem somente as mais próximas à Decídua Basal que formam o Córion Viloso.

❖ As vilosidades adjacentes à Decídua Capsular regridem, porque se tornam comprimidas e seu


suprimento sanguíneo é reduzido formando o Córion Liso.
DESENVOLVIMENTOS DAS VILOSIDADES CORIÔNICAS

Vilosidades Primárias (11 dias)


Projeções do Citotrofoblasto para
dentro do Sinciciotrofoblasto

Vilosidades Secundárias (3ª semana)


Projeções do Mesoderma Extraembrionário
para dentro das Vilosidades Primárias

Vilosidades Terciárias (21 dias)


O Mesoderma Extraembrionário das Vilosidades
Secundárias dá origem a Vasos Coriônicos.
DECÍDUA
❖ A Decídua (do lat. “deciduus”: queda) corresponde à Camada
Funcional do Endométrio Gravídico, que será eliminada por
ocasião do parto.

❖ Por ocasião da Implantação as células do Estroma Endometrial


tornam-se grandes, pálidas e com grande quantidade de
lipídios; a isso dá-se o nome de Reação Decidual.

❖ Essa reação está relacionada com:

✓ Nutrição inicial do pré-embrião,


✓ Produção Hormonal,
✓ Proteção do Tecido Endometrial contra a invasão
descontrolada do Sinciciotrofoblasto.
❖ Existem três Regiões Deciduais em relação à área de
implantação do Blastocisto:

✓ Decídua Basal: Corresponde à parte Materna da


Placenta. É a porção subjacente ao concepto.

✓ Decídua Capsular: É a Decídua externa ao concepto.

✓ Decídua Parietal: É a área do Endométrio que reveste o


restante da cavidade uterina.

❖ Com 12 semanas a Decídua Capsular funde-se com a


Decídua Parietal formando a luz uterina.
CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA
❖ As Artérias Umbilicais trazem o sangue venoso do Feto pelo cordão umbilical, até a placa coriônica (onde se dividem
muito) formando as Vilosidades Coriônicas.
✓ Nos ramos mais finos dessas Vilosidades, ocorrem as trocas entre mãe e filho.
✓ O sangue materno banha as vilosidades, mas o sangue fetal permanece sempre dentro dos Capilares
❖ O Sangue Fetal, oxigenado e nutrido, retorna, conduzido pelos Capilares Venosos para as Vênulas que chegam à Veia
Umbilical do feto.

MEMBRANA PLACENTÁRIA (MEMBRANA DE TROCAS)

❖ É constituída pelos tecidos fetais que separam os sangues Materno e Fetal:


✓ Endotélio dos Vasos; ✓ Citotrofoblasto​;
✓ Tecido Conjuntivo das Vilosidades; ✓ Sinciciotrofoblasto.
FUNÇÕES DA PLACENTA
1 - METABOLISMO

❖ Síntese de Glicogênio, Colesterol e Ácidos Graxos.


❖ A Placenta é a Reserva Fetal de Glicogênio até o 3º mês, pois, a partir daí, o Fígado entra em
funcionamento.

2 - TRANSFERÊNCIA

❖ É através da Placenta que passam da Mãe para o Feto:

✓ Oxigênio, Água, Hormônios e Anticorpos;

❖ Do Feto para a Mãe, passam: Água, Gás Carbônico e Hormônios.

❑ Certos agentes, lesivos ao Feto, podem atravessar a Placenta, tais como: Substâncias, Vírus,
Treponema pallidum, Toxoplasma gondii.
❖ As Trocas Placentárias podem ser por:

Difusão Simples: Substâncias de baixo peso molecular -> Água, Oxigênio, Gás Carbônico, Anestésicos, Maioria
das Drogas.
Difusão Facilitada: Glicose.
Transporte Ativo: Aminoácidos.
Pinocitose: Moléculas grandes são transportadas através de Vesículas Pinocíticas do Sinciciotrofoblasto -> Anticorpos, Vírus
e Bactérias.

3 - SECREÇÃO ENDÓCRINA DA PLACENTA.

❖ O Sinciciotrofoblasto sintetiza vários Hormônios:


a) Gonadotrofina Coriônica (HCG) - Estimula a produção de Estrógeno e de Progesterona pelo Corpo Lúteo, até que a
Placenta possa produzí-los.
b) Somatotrofina Coriônica (HCS) ou Hormônio Lactogênico Placentário - Promove o Crescimento e tem ação Lactogênica.
c) Progesterona - Mantém íntegro o Endométrio.

✓ Pode-se prolongar a Gestação, em ratas, com a


administração de injeções de Progesterona.

d) Estrógeno - O aumento de Estrógeno Placentário na


circulação materna, determina um aumento da Sensibilidade
do Miométrio à Ocitocina, a qual estimula as contrações da
musculatura uterina, estando relacionado ao Trabalho de
Parto.

O início do Trabalho de Parto deve-se a dois fatores:


❖ Decréscimo da Taxa de Progesterona e, simultâneo,
aumento da Taxa de Estrógeno.
PRÓXIMA AULA

AVALIAÇÃO

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