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01 01 08/05/2024 REV.

DE APONTAMENTOS NLP/RSSA MSA MLJ


00 00 03/04/2024 EMISSÃO INICIAL NLP/RSSA MSA MLJ
REV. REV. CLIENTE DATA DESCRIÇÃO PREP. VERIF. APROV.

REV. CUST. REV. DATE DESCRIPTION PREPARED CHECKED APROVED

RESPONSÁVEL TÉCNICO FORMATO/FORMAT

Raphael de Sousa Santos Alves A4


NÚMERO CREA RESPONSÁVEL PÁGINAS/PAGES

0519899636 30
CLIENTE/CUSTOMER

GREEN YELLOW
PROJETO/PROJECT

UFV MILAGRES I À V
TÍTULO/TITLE

MEMORIAL DE CÁLCULO DRENAGEM


CÓDIGO/ CODE

REL-0401-3-CIV-MEC-04
PROJETO: UFV MILAGRES I À V
CÓDIGO: REL-0401-3-CIV-MEC-04
TÍTULO: MEMÓRIA DE CÁLCULO DRENAGEM
REVISÃO: 01

Sumário

1 OBJETIVO 4

2 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES 5

3 ESTUDO HIDROLÓGICO 6
3.1 Dados hidrológicos............................................................................................... 6
3.2 Coleta e compilação de dados..............................................................................7

4 MÉTODO DE CÁLCULO DAS VAZÕES 10


4.1 Bacias Hidrográficas........................................................................................... 10
4.2 Cálculo da Equação Geral de Chuvas Intensas..................................................10
4.3 Tempo de Concentração.....................................................................................11
4.4 Coeficiente de Deflúvio.......................................................................................12
4.5 Método Racional................................................................................................. 12

5 DIMENSIONAMENTO 14
5.1 Valetas de proteção............................................................................................ 14
5.2 tapete de enrocamento.......................................................................................16
5.3 . ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO...........................................................................21
5.4 TranSPOSIÇÃO.................................................................................................. 23
5.5 dados do dimensionamento................................................................................24
5.6 DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES.........................................................24
5.6.1 Placa de Concreto (160x50)...........................................................................24
5.6.2 Placa de Concreto (190x50)...........................................................................26
5.6.3 Placa de Concreto (210x50)...........................................................................27
5.7 Bacia de Dissipação........................................................................................... 28
5.7.1 Diâmetro Médio de Enrocamento....................................................................29
5.7.2 Profundidade da Fossa de Erosão..................................................................29
5.7.1 Comprimentos e Larguras da Bacia de Dissipação........................................30
5.7.2 Determinar a Profundidade e a Velocidade de Saída.....................................31
5.7.3 Geometria da Bacia de Dissipação.................................................................32
5.8 Bacia de Dissipação........................................................................................... 33
5.8.1 CLASSE de agressividade..............................................................................33

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REVISÃO: 01

5.8.2 Cobrimentos Gerais........................................................................................ 34


5.8.3 CARACTERÍSTICAS DO SOLO.....................................................................34
5.8.4 TENSÃO Admissível.......................................................................................35
5.8.5 COEFICIENTE de reação vertical (Kv)...........................................................36
5.8.6 COEFICIENTE de reação horizontal (Kh).......................................................36
5.8.7 MODELO ESTRUTURAL................................................................................37
5.8.8 MOMENTO FLETOR......................................................................................... 38
5.8.9 Verificação das Deflexões...............................................................................38
5.8.10 Resultado e Detalhamento..............................................................................39

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1 OBJETIVO

O presente Memorial de Cálculo apresenta os estudos hidrológicos e


cálculos de drenagem para a implantação da UFV Milagres I à V, situada na
cidade de Milagres - Ba, conforme o projeto de referência DES-0401-03-CIV-
LAY-04.
Os estudos estão baseados em coleta de dados meteorológicos como
clima e pluviometria, com o objetivo de caracterizar a região onde está inserido
o projeto, a fim de determinar as vazões das principais bacias hidrográficas.

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2 NORMAS E ESPECIFICAÇÕES

• Manual de hidrologia básica para estruturas de drenagem (DNIT, IPR –


715/2005);
• Manual de drenagem de rodovias (DNIT, IPR – 724/2006);
• Diretrizes básicas para elaboração de estudos e projetos rodoviários
(DNIT, IPR – 726/2006).
• DES-0401-03-CIV-LAY-04 - LAYOUT, CORTES E DETALHES -
SISTEMA DE DRENAGEM
• Revista Ciência Agronômica, v. 45, n. 3, p. 488-498, jul-set, 2014
https://www.scielo.br/j/rca/a/gpg3YZG4dtWdj7XYRmC49CQ/?format=pdf
• HELENO, L.; FILHO, A. DNIT EMENDA 2 da Publicação IPR -736,
álbum de projetos-tipos de dispositivos de drenagem, 5a edição, 2018
(Atualização do Capítulo 1 -Drenagem Superficial) Coordenador-Geral
do Instituto de Pesquisas em Transportes. [s.l: s.n.]. Disponível em:
<https://www.gov.br/dnit/pt-br/assuntos/planejamento-e-pesquisa/ipr/
coletanea-de-manuais/vigentes/publicacao-ipr-736/ipr_736_emenda-
2_republicacao.pdf>. Acesso em: 5 mar. 2024.

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3 ESTUDO HIDROLÓGICO

Neste item, serão detalhadas todas as referências dos dados


hidrológicos, as bases de cálculo e as descrições dos métodos para os
diferentes tamanhos de áreas de contribuição.

3.1 Dados hidrológicos

O empreendimento em análise situa-se no município de Milagres - Ba,


conforme Figura 1.

Figura 1: Macro-localização do empreendimento


Fonte: Google Earth

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3.2 COLETA E COMPILAÇÃO DE DADOS

A obtenção de dados para estimativa da equação de chuvas intensas


partiu da utilização do software Plúvio 2.1, desenvolvido pelo Grupo de
Pesquisas em Recursos Hídricos do Departamento de Engenharia Agrícola
da Universidade Federal de Viçosa.
A metodologia do Software está baseada no uso de um interpolador
que é capaz de obter cada um dos parâmetros da equação IDF da
precipitação a partir das informações disponíveis para os estados no qual
foram caracterizados os parâmetros, Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais,
Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
Na interpolação é considerado apenas as informações relativas às
equações de chuvas intensas disponíveis, sem levar em conta o efeito da
altitude do local e da presença de qualquer fator que possa ser
condicionador da precipitação, como por exemplo, serras, represas e entre
outros.
O software Pluvio 2.1 (Figura 1) apresenta os dados de chuvas
intensas pelo método do inverso da quinta potência da distância, por ser
esta uma das 28 combinações entre formas de interpolação que
apresentaram melhores resultados na estimativa da intensidade máxima
média de precipitação (CECÍLIO & PRUSKI, 2003). Segundo esses autores,
o erro médio percentual encontrado em testes foi igual a 19,37%, valor
considerado aceitável em se tratando de chuvas intensas.
As expressões do programa PLUVIO 2.1 seguem o modelo
apresentado na equação abaixo:
a
K∗T r
i= c
(t +b)
Onde:

i - Intensidade média da precipitação intensa, mm h−1;


t - Duração da precipitação, min;

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T r - Período de retorno, anos;


K , a , b , c – Constantes de ajuste locais.

TABELA 1: Fonte de dados IDF


Considerando o apresentado, a equação de intensidade pluviométrica
para a região estudada, é a apresentada abaixo:

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0,245
8998 , 33∗T r
i= 1 , 12
( t +56 , 06 )

POSTO: MILAGRES/BA
INTENSIDADE PLUVIOMÉTRICA (mm/h)
T t (min)
(anos) 10 18 26 34 42 50 58 66 80
5 122,72 107,98 96,27 86,75 78,87 72,25 66,60 61,74 54,67
10 145,43 127,97 114,09 102,81 93,47 85,62 78,93 73,16 64,79
15 160,62 141,33 126,01 113,55 103,23 94,56 87,17 80,80 71,56
25 182,03 160,17 142,81 128,69 117,00 107,17 98,79 91,58 81,10
50 215,72 189,82 169,24 152,51 138,65 127,00 117,08 108,53 96,11
100 255,65 224,96 200,56 180,73 164,32 150,51 138,75 128,61 113,90

Feito isso, pode-se traçar o gráfico que ilustram as curvas de intensidade


para cada tempo de duração. O gráfico apresentado na Figura 2, representam
tempos de duração e tempo de recorrência da estação estudada.

300.00

250.00

200.00
Inteensodade Pluviométrica (mm/h)

150.00

100.00

50.00

0.00
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Duração (min)

TR5 TR10 TR15 TR25 TR50 TR100

Figura 2: Curva IDF


Fonte: Autoria própria

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4 MÉTODO DE CÁLCULO DAS VAZÕES

Os métodos de cálculo da vazão, bem como as diretrizes e a metodologia


para a determinação dos tempos de recorrência, dos tempos de concentração,
dos coeficientes de deflúvio e das descargas das bacias de contribuição
seguem as recomendações dos capítulos 5, 6 e 7 do Manual de Hidrologia
para estruturas de Drenagem, do DNIT, edição 2005.
No cálculo das vazões das bacias de contribuição é utilizado o Método
Racional, para bacias com área igual ou inferior a 4km².

4.1 BACIAS HIDROGRÁFICAS

As delimitações das bacias hidrográficas estarão demonstradas, gráfica e


separadamente, no Projeto de Drenagem.
Na sequência será apresentada a metodologia de cálculo das vazões e
seus respectivos valores serão encontrados no quadro resumo no Projeto de
Drenagem.
As bacias foram caracterizadas com base nos seguintes dados:
 Fotos de Satélite;
 Modelo Digital de Elevação do Estado de São Paulo;
 Curvas de nível baseadas na topografia e retiradas de software.

4.2 CÁLCULO DA EQUAÇÃO GERAL DE CHUVAS INTENSAS

Após a análise dos gráficos de Altura x Duração de chuva e as


Curvas I-D-F, pode-se constatar que a equação gerada pode ser utilizada para
o projeto e representa fielmente a região em análise.
A intensidade da precipitação de projeto é obtida a partir da equação para
cada período de retorno escolhido e duração da chuva, que dependendo do
caso, equivale ao tempo de concentração da bacia. Foi admitido um tempo de
recorrência de 25.
A equação geral, extraída do gráfico IDF, é representada da seguinte

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forma:
0,245
8998 , 33∗T r
i= 1 , 12
( t +56 , 06 )
Onde:
i = intensidade média máxima de chuva, em mm/h;
t = tempo de concentração, em minutos.

4.3 TEMPO DE CONCENTRAÇÃO

O tempo de concentração é definido como o espaço de tempo decorrido


desde o início da precipitação torrencial sobre a bacia até o instante em que
toda esta bacia passa a contribuir para o escoamento na seção em estudo.
Corresponde à duração da trajetória da partícula de água que demora mais
tempo para atingir a seção considerada.
O tempo de concentração das bacias foi avaliado por metodologia e
modelos usuais, e que apresentem resultados compatíveis e que considerem:
 Área da bacia;
 Comprimento e declividade do talvegue principal;
O cálculo do tempo de concentração foi efetuado através das equações
apresentadas no Manual do DNIT, de acordo com os tamanhos das bacias de
contribuição, pela fórmula de KIRPICH.
Bacias até 800.000 m²

( )
3 0,385
L
t=0 , 95
H
Onde:
t = Tempo de concentração, em horas;
L = Comprimento do curso d’água, em quilômetros;
H = Desnível máximo, em metros.
Para determinação do tempo de concentração das drenagens superficiais
e microbacias, o tempo de duração da chuva será sempre igual ou maior a 10
minutos, justificado pela limitação da precisão do cálculo em tempos de

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concentração muito curtos.

4.4 COEFICIENTE DE DEFLÚVIO


Os valores do coeficiente de escoamento (deflúvio – Run-Off) "C" são
obtidos na Tabela 3 do manual de drenagem do DNIT, estabelece os
coeficientes de escoamento superficial conforme as características de cada
superfície. Para este projeto foram adotados para regiões externas o valor de
C=0,30 e para regiões internas do parque solar C = 0,40, conforme indicado na
Tabela 2 a seguir.
Características da superfície Coeficiente de escoamento
Revestimento de concreto de cimento portland 0,70 – 0,90
Revestimento betuminoso 0,80 – 0,95
Revestimento primário 0,40 – 0,60
Solos sem revestimento com baixa permeabilidade 0,40 – 0,65
Solos sem revestimento com permeabilidade moderada 0,10 – 0,30
Taludes gramados 0,50 – 0,70
Prados e campinas 0,10 – 0,40
Áreas florestais 0,10 – 0,25
Terrenos cultivados em zonas altas 0,15 – 0,40
Terrenos cultivados em vales 0,10 – 0,30

TABELA 2: Coeficientes de escoamento superficial

4.5 MÉTODO RACIONAL


Originário da literatura técnica norte-americana (Emil Kuichling – 1880), o
Método Racional traz resultados bastante aceitáveis para o estudo de
pequenas bacias, de conformação comum, tendo em vista a sua simplicidade
de operação bem como da inexistência de um método de maior precisão para
situações desta natureza.
No método racional tem-se a seguinte expressão para o cálculo das
vazões das bacias:

C∗i∗A
Q=
360
Onde:

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Q – Vazão, em m³/s;
C – Coeficiente de escoamento ou deflúvio, adimensional;
i – Intensidade de precipitação, em mm/h;
A – Área de contribuição da bacia, em ha.

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5 DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento dos dispositivos de drenagem e bacias de infiltração


levaram em consideração os coeficientes e intensidades previamente descritas,
a seguir estão descritos as áreas máximas drenadas e o dimensionamento das
bacias de infiltração.

5.1 VALETAS DE PROTEÇÃO

As valetas de proteção têm como objetivo captar as águas precipitadas de


modo a impedir que provoquem erosões no platô e taludes, conduzindo-as ao
local de deságue seguro.
Para o dimensionamento do dispositivo, foram utilizadas as seguintes
fórmulas para encontrar a vazão máxima e a velocidade dos fluidos em
variadas inclinações:

Onde:
2 1 Q = Vazão, em m³/s;
1
Q= ∗A∗R 3 ∗I 2
n V = Velocidade de escoamento, em m/s;
n = Coeficiente de rugosidade,
Q adimensional;
V=
A R = Raio hidráulico, em m;
A = Área molhada do dispositivo, em m²;
I = Declividade do dispositivo, em m/m.

O coeficiente de rugosidade é determinado pela natureza da superfície


do canal e pela presença de obstáculos ou irregularidades. Quanto maior a
rugosidade do canal, maior será a resistência ao fluxo de água, baseado no
manual de drenagem de rodovias IPR-724, Tabela 34, foi considerado para as
valetas em concreto (VPC 01, VPC 02 e VPC 03) o valor n = 0,015 e para a
valeta em pedra argamassada (VPC 04) n = 0,020.

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As velocidades máximas de escoamento para cada tipo de material foram


baseadas na Tabela 31 do IPR-724 – DNIT.
O coeficiente de escoamento (Run-off) apresenta valores distintos para
as bacias. Para as bacias externas a usina foi adotada um valor
correspondente de escoamento de C = 0,30, já para a área interna que ocorre
movimentação de solo o valor de escoamento adotado foi de C = 0,40.
As tabelas abaixo, demonstram o dimensionamento de cada vala de
drenagem:
COTAS DO
DADOS TRECHO CONTRIBUIÇÃO
TERRENO (m)
Tempo
de Intensi
Área Vazão
Elementos Comprimento Montante Jusante Montante Jusante C C*A concen dade
(ha) (m³/s)
tração (mm/h)
(min.)
VTC.01 162,80 VTC.01 DIS.01 377,66 373,18 0,30 3,11 0,93 10,00 182,03 0,472
VTP.02 44,51 VTP.02 - A VTP.02 - B 376,40 375,78 0,30 26,73 8,02 17,86 160,51 3,576
VTP.02 35,43 VTP.02 - C VTP.02 - D 374,98 374,48 0,30 26,73 8,02 17,86 160,51 3,576
VTP.02 167,99 VTP.02 - E DIS.02 374,08 371,66 0,40 1,33 0,53 10,00 182,03 3,844
VTP.03 45,90 VTP.03 - A VTP.03 - B 373,42 372,78 0,30 26,77 8,03 17,12 162,33 3,621
VTP.03 266,17 VTP.03 - C DIS.03 371,98 369,19 0,40 2,30 0,92 10,00 182,03 4,086
VTC.04 505,54 VTC.04 DIS.04 371,03 364,21 0,30 10,41 3,12 12,01 176,02 1,527
VTC.05 140,26 VTC.05 CP.03 368,89 367,19 0,40 1,86 0,74 10,00 182,03 0,377
VTC.06 145,00 VTC.06 CP.03 368,82 367,19 0,40 1,06 0,43 10,00 182,03 0,215
VTC.07 155,25 CP.03 CP.04 367,19 365,25 0,40 1,06 0,43 10,00 182,03 0,807
VTC.08 145,00 VTC.08 CP.04 366,82 365,25 0,40 1,06 0,43 10,00 182,03 0,215
VTC.09 146,53 CP.04 DIS.05 365,25 363,06 0,40 1,06 0,43 10,00 182,03 1,238

TABELA 3: Dados das valetas de drenagem e bacias de contribuição.

DIMENSIONAMENTO

Base Z (para Vazão Taxa


n Declivi Velocid Altura
ou Altura - vala Revestime do de uso
Elementos Montante Jusante Tipo (Manni dade ade crítica Froude
Diâm. h (m) trapez nto canal da
ng) (m/m) (m/s) yc (m)
(m) oidal) (m³/s) seção
VTC.01 VTC.01 DIS.01 Trapezoidal 0,40 0,40 1,00 0,015 2,75% 3,48 Concreto 0,802 59% 0,719 1,96
VTP.02 VTP.02 - A VTP.02 - B Trapezoidal 1,00 1,00 1,00 0,020 1,39% 3,42 Pedra Arg. 4,926 73% 1,049 1,22
VTP.02 VTP.02 - C VTP.02 - D Trapezoidal 1,00 1,00 1,00 0,020 1,41% 3,44 Pedra Arg. 4,958 72% 1,056 1,23
VTP.02 VTP.02 - E DIS.02 Trapezoidal 1,00 1,00 1,00 0,020 1,44% 3,48 Pedra Arg. 5,009 77% 1,065 1,24
VTP.03 VTP.03 - A VTP.03 - B Trapezoidal 1,00 1,00 1,00 0,020 1,39% 3,42 Pedra Arg. 4,928 73% 1,050 1,22
VTP.03 VTP.03 - C DIS.03 Trapezoidal 1,00 1,00 1,00 0,020 1,20% 3,18 Pedra Arg. 4,572 89% 0,985 1,13
VTC.04 VTC.04 DIS.04 Trapezoidal 0,70 0,60 1,00 0,015 1,35% 3,28 Pedra Arg. 1,856 82% 0,774 1,51
VTC.05 VTC.05 CP.03 Trapezoidal 0,40 0,40 1,00 0,015 1,21% 2,31 Concreto 0,532 71% 0,446 1,30
VTC.06 VTC.06 CP.03 Trapezoidal 0,40 0,40 1,00 0,015 1,12% 2,22 Concreto 0,513 42% 0,430 1,26
VTC.07 CP.03 CP.04 Trapezoidal 0,50 0,50 1,00 0,015 1,25% 2,72 Concreto 0,980 82% 0,587 1,37
VTC.08 VTC.08 CP.04 Trapezoidal 0,40 0,40 1,00 0,015 1,08% 2,18 Concreto 0,503 43% 0,423 1,23
VTC.09 CP.04 DIS.05 Trapezoidal 0,50 0,60 1,00 0,015 1,49% 3,26 Concreto 1,535 81% 0,780 1,50

TABELA 4: Dimensionamento das valetas de drenagem.

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TÍTULO: MEMÓRIA DE CÁLCULO DRENAGEM
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FIGURA 3: Valeta de concreto

FIGURA 4: Valeta de pedra argamassada

VALA MODELO A (m) B (m)


VTC.01 Concreto 0,40 0,40
VTP.02 Pedra Arg. 1,00 1,00
VTP.02 Pedra Arg. 1,00 1,00
VTP.02 Pedra Arg. 1,00 1,00
VTP.03 Pedra Arg. 1,00 1,00
VTP.03 Pedra Arg. 1,00 1,00
VTC.04 Pedra Arg. 0,70 0,60
VTC.05 Concreto 0,40 0,40
VTC.06 Concreto 0,40 0,40
VTC.07 Concreto 0,50 0,50
VTC.08 Concreto 0,40 0,40
VTC.09 Concreto 0,50 0,60

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5.2 TAPETE DE ENROCAMENTO


O tapete de enrocamento é um tipo de dissipador de energia utilizado
para reduzir a velocidade do fluxo de água. Ele funciona como um dispositivo
projetado para dissipar a energia da água, seja no escoamento através do
sistema de drenagem, seja durante o deságue para o terreno natural.
Para as valetas revestidas em concreto, foi adotado o modelo de
dissipador de energia mínimo do tipo DES-02 do álbum de projeto do DNIT.
Esses dissipadores possuem um comprimento de 1,30 metros e uma largura
de 2,00 metros. Além disso, como fator de segurança, foram incorporadas
pedras de mão arrumadas. Essas pedras possuem as dimensões de 0,5
metros nas laterais e 1,0 metros a jusante.
Para as valas que possuem bacias de contribuição externas a usina,
foram incorporados tapetes de enrocamento com taludes revestidos com
pedras de mão. Estes taludes possuem as dimensões de 0,5 metros nas
laterais, com uma inclinação de 2:1, e 2,0 metros a jusante, com uma
inclinação de 3:1.
O dimensionamento dos tapetes de enrocamento foi realizado através
do cálculo do diâmetro médio de enrocamento (D50) utilizando a formula de
Mata-Lima (2010)

[( ) ]
0 ,5 3/ 2
γw
D50=0 , 4 D Fr
γ s−γ w

Sendo:
D50 - Diâmetro médio do enrocamento (m);
D - Diâmetro da passagem hidráulica (m);
γ w - Peso volúmico da água (9800 N/m3);
γ s - Peso volúmico do enrocamento (26500N/m3);
F r - Número de Froude do escoamento à saída da passagem hidráulica.

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Segundo Mata-Lima (2010), o comprimento e a largura do tapete de


enrocamento podem ser calculados com as seguintes equações:

L=6 D
C=4 D
Sendo:
L - Largura do tapete de enrocamento (m);
C - Comprimento do tapete de enrocamento (m);
D - Diâmetro da passagem hidráulica (m).

A espessura da camada, segundo FEMA (2010) para um diâmetro


médio de enrocamento - D50 inferior a 0,40 é utilizada a equação:

e t =1, 5 D100

Sendo:
- Espessura da camada de enrocamento (m);
- Diâmetro máximo do enrocamento (m).

O valor de D100 segundo Samora (1993) é determinado pelo valor do D50


multiplicado pela raiz cubica de 4, sendo D100 =√ 4 D50 .
3

Segundo Muniz (2022), a velocidade de saída do dissipador pode ser


calculada seguintes equações:
q1 1
; y 2= ∗y 1∗( √ 1+8∗Fr∗1 −1)
2
V=
y2 2
Sendo:
V – Velocidade de Saída
q 1 – Vazão especifica do canal
y 2 – Lâmina de saída
y 1 – Lâmina de entrada
Fr – Número de Froude

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Utilizando esses parâmetros, obtemos os seguintes valores para o


dimensionamento dos tapetes de enrocamento:

DISSIPADOR TIPO Froude D (m) D50 (m) L (m) C (m) et (m)


DIS.01 MODELO 02 1,96 0,40 0,29 2,40 1,60 0,70
DIS.02 MODELO 02 1,51 0,70 0,35 4,20 2,80 0,83
DIS.03 MODELO 02 1,50 0,50 0,25 3,00 2,00 0,59
TABELA 6: Dimensionamento dos tapetes de enrocamento.
Considerando os padrões mínimos estabelecidos de acordo com o
modelo do tapete de enrocamento DES-02 do álbum de projeto do DNIT, temos
as seguintes dimensões:
DISSIPADOR TIPO Froude D (m) D50 (m) L (m) C (m) et (m)
DIS.01 MODELO 02 1,96 0,40 0,29 3,60 2,40 0,44
DIS.02 MODELO 02 1,51 0,70 0,35 4,20 2,80 0,66
DIS.03 MODELO 02 1,50 0,50 0,25 3,60 2,40 0,55

TABELA 7: Dimensão dos tapetes de enrocamento.

FIGURA 6: Detalhe do dissipador de energia (Modelo 01).

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FIGURA 7: Corte AA - dissipador de energia (Modelo 01).

FIGURA 8: Corte BB - dissipador de energia (Modelo 01).

FIGURA 9: Detalhe do dissipador de energia (Modelo 02).

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FIGURA 10: Corte AA - dissipador de energia (Modelo 02).

FIGURA 11: Corte BB - dissipador de energia (Modelo 01).

5.3. ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO


Utilizando o método de escalonamento de aterro, conforme descrito no
Manual de Drenagem do DNIT, é possível determinar a necessidade de
implementação de um sistema de drenagem em uma área de contribuição
específica. Essa avaliação se baseia na comparação entre o cálculo da
velocidade de escoamento na bacia de estudo e as velocidades máximas
admissíveis para o escoamento, conforme estabelecidas na Tabela 31 do
referido manual.
Essa análise técnica possibilita a verificação da capacidade de
drenagem da área e a decisão sobre a necessidade de projetar e implementar
um sistema de drenagem suplementar. Esse processo tem como objetivo evitar
problemas como erosão, alagamentos e outros impactos decorrentes da água
pluvial, assegurando assim um sistema de drenagem eficiente em locais

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específicos. O dimensionamento da velocidade de escoamento da bacia é


dado pela equação:

C2∗i∗H∗a V
5/ 2
∗a
3/ 4

4
= 2/ 3
6∗10 K
Onde:

𝐶2 – Coeficiente de escoamento do talude;


𝑖 – Intensidade de precipitação;
𝐻 – Altura máxima;
𝑎 – Parâmetro definidor da declividade do talude (H/b);
𝑏 – Projeção horizontal do Talude;
𝑉 – Velocidade (m/s);
𝐾 – Inverso do coeficiente de Manning (1/n);
Com base nas características específicas das bacias de contribuição, é
possível determinar a velocidade de escoamento presente nessa área.

TABELA 8: Verificação de velocidade de escoamento superficial das áreas de


contribuição

Com base na análise realizada, é possível concluir que as bacias


apresentadas na tabela não necessitam de um sistema de drenagem adicional.
Isso se deve ao fato de que os sistemas de drenagem implementados
protegem eficazmente a área da usina, levando em consideração as
características da topografia local. As bacias de contribuição que necessitaram
de dispositivos de drenagem estão apresentadas na tabela abaixo.

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UFV MILAGRES I À V Determinação da vazão de projeto por área de contribuição

Município: MILAGRES Latitude: 12º52'12'' K: 8998,33 b: 56,06


Estado: BA Longitude: 39º51'32'' a: 0,245 c: 1,119
Tempo de retorno Tr (anos): 25
Áreas de
contribuiçã L (m) L (Km) ΔH (m) tc (min) i (mm/h) C Área (M²) Área (ha) Q (m³/s)
o
AC-1 1563,30 1,563 77,84 17,86 160,51 0,30 267315,27 26,73 3,576
AC-2 1382,81 1,383 60,14 17,12 162,33 0,30 267662,27 26,77 3,621
AC-3 598,44 0,598 12,23 12,01 176,02 0,30 104080,89 10,41 1,527
AC-4 439,51 0,440 42,36 10,00 182,03 0,30 31109,25 3,11 0,472
AC-5 102,15 0,102 4,98 10,00 182,03 0,40 13262,19 1,33 0,268
AC-6 211,33 0,211 5,12 10,00 182,03 0,40 22992,55 2,30 0,465
AC-7 208,27 0,208 3,66 10,00 182,03 0,40 18616,46 1,86 0,377
AC-8 163,69 0,164 2,31 10,00 182,03 0,40 10644,55 1,06 0,215
AC-9 159,88 0,160 2,17 10,00 182,03 0,40 10644,55 1,06 0,215
AC-10 163,69 0,164 2,20 10,00 182,03 0,40 10644,55 1,06 0,215
AC-11 159,88 0,160 2,42 10,00 182,03 0,40 10644,55 1,06 0,215
AC-12 159,88 0,160 2,42 10,00 182,03 0,40 10644,55 1,06 0,215

TABELA 9: Dimensão das áreas de contribuição.

5.4 TRANSPOSIÇÃO
O dimensionamento do tabuleiro das transposições foi realizado
utilizando as tabelas do método alemão Rüsch, sendo que os carregamentos
indicados na NBR 7188 são semelhantes a método. As tabelas Rüsch
fornecem determinam a espessura mínima das lajes de pontes, considerando
fatores como o vão livre da ponte, a largura da pista e a carga de serviço.

Dados da Placa de Concreto


Dimensão
Tipo Largura Comprimento Qtd
(cm) (cm)
Placa de Concreto 2
190 50
(190x50)
Placa de Concreto 1
160 50
(160x50)
Placa de Concreto 1
200 50
(210x50)
TABELA 10: Dados das placas de transposição.

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5.5 DADOS DO DIMENSIONAMENTO


Para a análise da carga móvel, foram considerados os critérios
estabelecidos no item 5.1 da norma ABNT NBR 7188 – Carga móvel
rodoviária e de pedestres, sendo adotados veículos do TB-450 como
parâmetro. Este procedimento visa garantir a conformidade com as diretrizes
estabelecidas pela norma e assegurar uma avaliação precisa das cargas
móveis relevantes para o projeto em questão.

Segundo a NBR 7188, o coeficiente de impacto (φ) adotado foi de 1,69,


derivado do somatório do coeficiente de impacto vertical (CIV) de 1,35 para
estruturas com vão menor que 10 metros e do coeficiente de impacto
adicional (CIA) de 1,25 para obras em concreto.

A largura da distribuição de pressão na roda do trem-tipo (t) foi


determinada com base nos critérios dos veículos do tipo TB-450, utilizando
uma roda com largura de 20 cm e altura de 50 cm. O cálculo é realizado
através da seguinte fórmula:

h
t=√ 0 , 2∗0 , 5+2e+2
2
Onde:
e – Camada de pavimentação da placa
h – Espessura da placa

5.6 DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÕES

5.6.1 PLACA DE CONCRETO (160X50)


A placa de 160 cm x 50 cm possui um menor vão de 0,50 m e um maior
vão de 1,60 m, com uma espessura de 0,20 m.

O valor calculado para a largura da distribuição de pressão na roda do


trem-tipo foi de 0,516 m. Com base nesses resultados e consultando a tabela
Rüsch de número 13, encontramos um valor de momento máximo no menor
vão de 0,91 Tfm/m e um momento máximo no maior vão de 6,95 Tfm/m.

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Com esses momentos em Tfm/m, determinamos que o maior vão requer


uma armadura inferior de Ø12,5 c/9 cm, enquanto o menor vão requer uma
armadura inferior de Ø8 c/15 cm. Além disso, a parte superior da placa será
revestida com uma malha pop leve de 20x20 cm para evitar fissuração
superficial.

FIGURA 12: Placa 1,60x0,50 - momento em x

FIGURA 13: Placa 1,60x0,50 - momento em y

5.6.2 PLACA DE CONCRETO (190X50)


A placa de 190 cm x 50 cm possui um menor vão de 0,50 m e um maior
vão de 1,90 m, com uma espessura de 0,20 m.

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O valor calculado para a largura da distribuição de pressão na roda do


trem-tipo foi de 0,516 m. Com base nesses resultados e consultando a tabela
Rüsch de número 13, encontramos um valor de momento máximo no menor
vão de 0,91 Tfm/m e um momento máximo no maior vão de 6,95 Tfm/m.

Com esses momentos em Tfm/m, determinamos que o maior vão requer


uma armadura inferior de Ø12,5 c/9 cm, enquanto o menor vão requer uma
armadura inferior de Ø8 c/15 cm. Além disso, a parte superior da placa será
revestida com uma malha pop leve de 20x20 cm para evitar fissuração
superficial.

FIGURA 14: Placa 1,90x0,50 - momento em x

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FIGURA 15: Placa 1,90x0,50 - momento em y

5.6.3 PLACA DE CONCRETO (210X50)


A placa de 210 cm x 50 cm possui um menor vão de 0,50 m e um maior
vão de 2,10 m, com uma espessura de 0,20 m.

O valor calculado para a largura da distribuição de pressão na roda do


trem-tipo foi de 0,516 m. Com base nesses resultados e consultando a tabela
Rüsch de número 13, encontramos um valor de momento máximo no menor
vão de 1,07 Tfm/m e um momento máximo no maior vão de 7,81 Tfm/m.

Com esses momentos em Tfm/m, determinamos que o maior vão requer


uma armadura inferior de Ø12,5 c/7 cm, enquanto o menor vão requer uma
armadura inferior de Ø8 c/15 cm. Além disso, a parte superior da placa será
revestida com uma malha pop leve de 20x20 cm para evitar fissuração
superficial.

FIGURA 16: Placa 2,00x0,50 - momento em x

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FIGURA 17: Placa 2,00x0,50 - momento em y

5.7 BACIA DE DISSIPAÇÃO

A bacia de dissipação em enrocamento é um dispositivo composto por


uma região revestida com material granular resistente, localizada na saída de
passagens hidráulicas ou canais, com a finalidade de induzir a formação de
turbulência no escoamento, com o intuito de reduzir a velocidade do fluxo.
Os dissipadores utilizados para valetas seguem a metodologia proposta
por FHWA como fossas de dissipação em enrocamento
A figura abaixo apresenta um esquema típico deste dispositivo.

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5.7.1 Diâmetro Médio de Enrocamento

A determinação do diâmetro médio de enrocamento está relacionada com


a profundidade da bacia de erosão. O tamanho da bacia de erosão poderá ser
ajustado através do tamanho dos blocos de enrocamento uma vez que este
diminui à medida que a profundidade aumenta.
Recomenda-se que a relação entre o diâmetro D50 e a altura de água
equivalente Ye deverá satisfazer a seguinte expressão:
D50
≥0 ,1
ye

5.7.2 Profundidade da Fossa de Erosão

A profundidade da bacia de erosão é determinada em função da altura de


água equivalente, da velocidade à saída do aqueduto e do diâmetro médio do
enrocamento. Segundo Thompson, et al., (2006), a profundidade da bacia de
erosão é determinada pela expressão:
Onde:
hs = profundidade da bacia de erosão (m)
ye = altura da água na saída do canal (m)

( ) (√ )
−0 ,55
hs D 50 V0 D50 = Diâmetro médio do enrocamento (m)
=0 ,86 −C0
ye ye g ye V0 = Velocidade da água na saída do canal (m)
C0 = parâmetro relacionado com a profundidade de
água a jusante

O parâmetro (𝐶𝑜) depende também das condições da água a jusante (tailwater).


Este parâmetro é determinado em função da relação entre a condição do nível de
água a jusante e o nível de água na saída do bueiro ou do canal.
Em situações em que a consequência de falha na dissipação é grave:

• Co = 1,4, se TW/ye < 0,75


• Co = 4,0 (TW/ye) - 1,6, se 0,75 < TW/ye < 1,0
• Co = 2,4, se TW/ye > 1,0

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Deve ser verificada a relação entre a profundidade da fossa e o diâmetro


médio do enrocamento. A relação deve obedecer ao seguinte critério:
hs
≥2
D50

5.7.1 Comprimentos e Larguras da Bacia de Dissipação

O comprimento da bacia de dissipação por enrocamento é obtido em


função da profundidade de bacia de erosão, tendo que se verificar
determinados valores em relação à largura do canal.

O comprimento da bacia de erosão (LS) e o comprimento do tapete de


enrocamento (Lt) são determinados pelas seguintes expressões:

Ls =10 hs
Lt =5 hs

O comprimento longitudinal da bacia de dissipação (Ls) deve ser igual a


10hs, ou seja, Ls = 10hs; mas não deve ser menor que três vezes a largura do
bueiro ou do canal (Wo), ou seja, Ls > 3Wo.
A bacia é alargada no sentido de jusante, numa proporção de 3:1. Assim,
a largura na extremidade final da bacia (Wb) terá um valor de acordo com a
expressão.

Onde:
W b =W 0 +2/3 Lb Wb = Largura da bacia de enrocamento
W0 = Largura do canal
Lb = Comprimento total da bacia

A espessura recomendada para o tapete e as laterais da bacia de


enrocamento é de 2D50 enquanto que a espessura da entrada da bacia de
dissipação deve ser de 3D50.
A largura inicial dependerá basicamente das dimensões do bueiro ou do

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canal de descarga imediatamente a montante da bacia de dissipação.

5.7.2 Determinar a Profundidade e a Velocidade de Saída

Depois de sofrer um ressalto hidráulico na bacia de erosão e de atingir o


regime lento no tapete de enrocamento, assume-se que à saída da bacia de
dissipação a altura de água e a velocidade do escoamento são iguais,
respetivamente, à altura crítica e à velocidade crítica.
A profundidade crítica à saída da bacia (Yb) e a velocidade crítica podem
ser determinadas com base em um processo iterativo com base na equação a
seguir:

Onde:
Q = Vazão de projeto (m3/s);
3
Q2 [ y b ( W b+ z∗y b ) ] g = aceleração da gravidade;
=
g W b +2∗z∗y b yb = altura de água à saída da bacia (m);
Wb = largura da bacia (m);
z – inclinação lateral da bacia, z:1 (H:V)

Esta interação consiste em buscar a profundidade (Yb) até satisfazer a


equação acima, então temos:
Bacia 03
3
3 , 402 [0,2864 ( 9 , 86+2∗0,2864 ) ]
=
9 , 81 9 , 86+2∗2∗0,2864
1,178=1,178
Bacia 04
3
3 , 402 [0,2864 ( 9 , 86+2∗0,2864 ) ]
=
9 , 81 9 , 86+2∗2∗0,2864
1,178=1,178

Igualando a equação com a profundidade YB = 0,224m, podemos


encontrar a velocidade jusante do dispositivo pela área molhada da saída do
dissipador (0,2864m x 9,86m) e vazão (3,40m³/s).

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Bacia 03
Q 3 , 40
V= -> V = =1 ,73 m/s
A 0,2864∗9 ,86

Bacia 04
Q 3 , 40
V= -> V = =1 , 72 m/ s
A 0,2863∗9 , 86

O resultado obtido no cálculo demonstra que a velocidade da água fica


abaixo do que recomenda o DNIT, cuja velocidade máxima admitida pela
vegetação é de 1,80 m/s.

5.7.3 Geometria da Bacia de Dissipação

A seguir estão indicados a geométrica e o detalhamento das bacias de


dissipação.
DIMENSÕES DISSIPADOR DE ENERGIA

DESCRIÇÃO A B C D e1 e2 Hs Yb Ls Lt Lb Wo Wb

DIS.03 1,00 1,00 4,28 1,42 0,20 0,25 0,71 0,29 7,13 3,56 10,69 3,00 10,12
DIS.04 1,00 1,00 4,31 1,44 0,20 0,25 0,72 0,29 7,18 3,59 10,77 3,00 10,18

RESUMO DISSIPADOR
ÁREA DE DIÂMETRO DA VOLUME DE PEDRA
DESCRIÇÃO ESPESSURA (m)
ENROCAMENTO (m²) PEDRA D50 (m) ARGAMASSADA (m³)
DIS.03 70,09 0,20 0,25 17,52
DIS.04 70,95 0,20 0,25 17,74

PLANTA BAIXA BACIA DE DISSIPAÇÃO

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CORTE AA

5.8 BACIA DE DISSIPAÇÃO

5.8.1 CLASSE DE AGRESSIVIDADE


Para o dimensionamento e detalhamento dos elementos estruturais foi
considerada a seguinte Classe de Agressividade Ambiental no projeto:

Classe de agressividade Risco de deterioração da


Pavimento Agressividade
ambiental estrutura
Todos I fraca insignificante

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5.8.2 Cobrimentos Gerais

A definição dos cobrimentos foi feita com base na Classe de


Agressividade Ambiental definida anteriormente e de acordo com o item 7.4.7
e seus subitens.

Foi considerado que durante a execução da edificação será feito um


rígido controle de qualidade e tolerância de medidas. Deste modo, cabe ao
executor da obra a obediência do item 7.4.7.4 da NBR 6118/2023.

A seguir são apresentados os valores de cobrimento utilizados para os


diversos elementos estruturais existentes no projeto:

Elemento Estrutural Cobrimento (cm)


Laje “radier” 4,50

5.8.3 CARACTERÍSTICAS DO SOLO


Para determinar os parâmetros do solo e o dimensionamento da fundação
foram considerados os resultados do relatório de sondagem, realizado
conforme norma ABNT NBR-6484/20 pela empresa OESTE Engenharia, de
responsabilidade técnica de Marcelo Camargo Furtado, CREA/CE nº
0600695180-SP. Foram utilizados os resultados do furo SPT-2 que é o ponto
mais crítico de resistência para avaliação das fundações de maneira a
abranger todos os equipamentos em campo.

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5.8.4 TENSÃO ADMISSÍVEL


A tensão admissível foi obtida por meio da formula desenvolvida por Alonso
(1943), Teixeira e Godoy (1996) utilizando Nspt médio definido através do
bulbo de tensões do radier que tem profundidade aproximada igual a 1,5 vezes
a menor dimensão.

kgf
Tadm=0 ,2 x SPTmédio( 2
)
cm
2+ 4+5+6+ 9+9
Tadm=0 ,2 x
6
kgf
Tadm=1 , 17( 2
)
cm

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5.8.5 COEFICIENTE DE REAÇÃO VERTICAL (KV)


Para a determinação do coeficiente de reação vertical do solo (Kv) foi
efetuada uma correlação empírica através da tabela de Morrison (1993) por
meio da tensão admissível.

A partir dos valores da Tensão média admissível determinou-se por


correlação o Kv= 1,93 kfg/cm³ através da tabela de Morrison (1993) abaixo:
Tensão Admissível Kv Tensão Admissível Kv
(kgf/cm²) (kgf/cm³) (kgf/cm²) (kgf/cm³)
0,25 0,65 2,15 4,30
0,30 0,78 2,20 4,40
0,35 0,91 2,25 4,50
0,40 1,04 2,30 4,60
0,45 1,17 2,35 4,70
0,50 1,30 2,40 4,80
0,55 1,39 2,45 4,90
0,60 1,48 2,50 5,00
0,65 1,57 2,55 5,10
0,70 1,66 2,60 5,20
0,75 1,75 2,65 5,30
0,80 1,84 2,70 5,40
0,85 1,93 2,75 5,50
0,90 2,02 2,80 5,60
0,95 2,11 2,85 5,70
1,00 2,20 2,90 5,80
1,05 2,29 2,95 5,90
1,10 2,38 3,00 6,00
1,15 2,47 3,05 6,10

Fonte: Morrison (1993)

5.8.6 COEFICIENTE DE REAÇÃO HORIZONTAL (KH)


O coeficiente de recalque horizontal pode ser obtido por meio de tabelas
que correlacionam o tipo de solo com seu valor, neste caso foi utilizado o
Coeficiente de Poisson para correlacionar os coeficientes verticais e horizontais
do solo. Desta forma, adotou-se para solo argiloso o valor de 0,40.

Natureza do Solo Coeficiente de Poisson (v)


Arenoso 0,29
Argiloso 0,40

Kh=VxKv
Kh=0 , 29 x 1 , 48

Kh=0,429 kgf /cm ³

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5.8.7 MODELO ESTRUTURAL


Para o lançamento das cargas da estrutura no software foram considerados os
parâmetros técnicos da Sala de Controle, que será construído sobre o radier e considerado
como carga adicional permanente no carregamento. O dimensionamento realizado pelo
software CypeCad 3D, que realiza cálculos estruturais por meio de um modelo em analogia
de grelha, a estrutura é dimensionada integrando os elementos estruturais em uma única
estrutura. Isso resulta em resultados altamente precisos, próximos aos obtidos por análises
de pavimentos utilizando o método dos elementos finitos.

A carga atribuída à estrutura foi calculada considerando os carregamentos do solo em


todas as direções da estrutura. Uma carga de 225 kN foi utilizada como referência para o
trem tipo 45, conforme especificado pela NBR 7188.

Essas cargas foram consideradas tanto nas combinações de Estado Limite Último
quanto nas combinações de Estado Limite de Serviço, garantindo a segurança e a
estabilidade da estrutura sob diferentes condições de carga.

Figura 18 – Modelo 3D.

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5.8.8 MOMENTO FLETOR

Figura 19 – Momento fletor; Fonte: CypeCad 3D

5.8.9 VERIFICAÇÃO DAS DEFLEXÕES

A verificação da deflexão do solo é realizada em termos de deformações totais, e


diferenciais na estrutura, a tabela 13.3 da NBR6118/2014 limita os valores de deslocamento em
elementos, como visto abaixo

Figura 20 – Deflexões Verticais no Radier; Fonte: CypeCad 3D.

300
δadm= =1 ,20 cm
250

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δmax=0 ,22 cm
δmáx < δadm
5.8.10 RESULTADO E DETALHAMENTO
As armaduras dos elementos estruturais presentes no memorial foram detalhadas

conforme Documento DES-0401-3-CIV-LAY-04 - LAYOUT CORTES E DETALHES


- DRENAGEM SUPERFICIAL.

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Figura 21 – Detalhamento; Fonte: CypeCad 3D.

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