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Afa Efomm en Apostila Fisica Vol 1
Afa Efomm en Apostila Fisica Vol 1
Afa Efomm en Apostila Fisica Vol 1
A B C D
Note que, por exemplo, a posição de um móvel que passa pelo ponto
A é = +90 km. Isso acontece porque o ponto A dista 90 km da origem
adotada e está no sentido positivo do referencial adotado (para a direita).
Um móvel (que anda sempre sobre o segmento orientado representado Dessa forma, a velocidade média em todo o trajeto AB é:
na figura), situado inicialmente em B, se desloca para o ponto A e, a seguir,
para o ponto D. O deslocamento escalar no primeiro trajeto é de Ds = s – s0 = 2d 2d 2d 2v · v 1
Vm = = = = 1 2 =
+90 – (+150) = –60 km (negativo, pois está contra o referencial). No t1 + t2 d + d d (v1 + v 2 ) (v1 + v 2 ) 1 1
+
segundo trajeto, o deslocamento escalar é Ds = s – s0 = +310 – (+90) v1 v 2 v1 · v 2 v1 v 2
= +220 km (positivo, pois está a favor do referencial). 2
Note que, embora o deslocamento escalar do referido móvel de B até D Note que, quando o trajeto é dividido em partes iguais, a velocidade
seja Dstotal = Ds1 – Ds2 = –60 + 220 = +160 km, a distância percorrida média total é a média harmônica das velocidades em cada trecho (e não a
entre o começo e o fim do deslocamento é de 280 km (60 km de B até A média aritmética!). Para quem não se lembra, média harmônica é o inverso
e 220 km de A até D). da média aritmética dos inversos.
Matematicamente, podemos dizer que a distância percorrida pode
ser obtida por meio das somas dos deslocamentos escalares parciais. Ex 2.:
Um móvel se desloca em uma trajetória retilínea ABC de modo que, na
d = ∑| ∆S | primeira parte do parte do percurso (AB), sua velocidade é v1 e, na segunda
parte (BC), sua velocidade é v2. Sabendo que o intervalo de tempo nas
No exemplo, tem-se d = |Ds1|+| Ds2|=|– 60|+|220| = 280 km. duas partes do percurso é o mesmo, determine a velocidade média em
todo o percurso.
Dica: se um problema perguntar qual a distância percorrida por um móvel,
deve-se seguir o seguinte passo a passo: Solução:
Por conveniência, chamaremos o tempo em cada parte do percurso de t.
I. Encontrar os instantes em que o móvel troca o sentido do movimento. ∆s
Para isso, basta descobrir os pontos em que a velocidade é igual a zero. Usaremos também que V = → ∆s = v ⋅ ∆t . Dessa forma, a velocidade
∆t
II. Calcular os deslocamentos parciais em cada um dos intervalos de
média em todo o trajeto AC é:
tempo limitados pelos instantes encontrados (assim, você garante
que está olhando para um deslocamento em um único sentido).
AB + BC v1 · t + v 2 · t v1 + v 2
III. Somar os módulos dos deslocamentos encontrados. Vm = = =
t1 + t2 2t 2
4. Velocidade escalar média Note que, quando o trajeto é dividido em tempos iguais, a velocidade
média em todo o percurso é a média aritmética das velocidades em cada
Unidade no SI: metro/segundo; abreviação: m/s. trecho.
Outras unidades comuns: cm/s, mm/s, quilômetro por hora (km/h).
Conceitualmente, a velocidade escalar de um corpo mede a rapidez
4.1 Conversão de unidades
com que esse corpo muda de posição. No S.I. a unidade de velocidade é o m/s, muito embora a unidade
Embora a velocidade seja uma grandeza vetorial (precisa de módulo, mais utilizada seja o km/h.
direção e sentido para ser compreendida), por enquanto, iremos abordar Para convertermos os valores dados de um sistema de unidades para
seu comportamento escalar, ou seja, vamos nos preocupar somente outro, deve-se partir da unidade original e substituir as unidades originais
com o seu módulo. Por este motivo, na cinemática escalar, estudaremos km 1.000m 1m
pelas unidades a que se quer chegar: 1 = = . Portanto,
basicamente trajetórias retilíneas. h 3.600 s 3,6 s
Por definição, a velocidade escalar média de um corpo em um trecho para passarmos de m/s para km/h, basta multiplicar por 3,6 o valor da
de um percurso é a razão entre seu deslocamento escalar nesse intervalo velocidade em m/s. De maneira análoga, para passarmos de km/h para
de tempo e o respectivo intervalo de tempo. m/s, dividimos o valor em km/h por 3,6.
∆S s − s0 Esquematicamente:
Vm = = dividir por 3,6
∆t t − t0
Ex 1.: Um móvel se desloca em uma trajetória retilínea AB. Na primeira multiplicar por 3,6
metade do percurso, sua velocidade possui módulo v1 e na, segunda
metade, módulo v2. Determine a velocidade média em todo o trajeto AB.
Repare que o método utilizado acima pode ser utilizado para transformar
Solução: quaisquer unidades de velocidade. Por exemplo: se quisermos converter
Por conveniência chamaremos a distância entre os pontos A e B de “2d”, 3 dam/min em m/s (repare que dam/min é uma unidade extremamente
o tempo na primeira metade do percurso de t1 e na segunda metade de t2. incomum), devemos proceder da seguinte forma:
∆S ∆S
Usaremos, também, que V = → ∆t = . Em problemas como este, dam 3 dam 30m m
∆t v 3 = = =0,5 .
a ideia é escrever a expressão da velocidade média para o percurso todo min 1min 60 s s
e, só depois, substituir as variáveis que não foram dadas usando alguma
informação da questão.
5. Velocidade escalar instantânea Conclusão: a velocidade instantânea de um móvel pode ser obtida
calculando o coeficiente angular da reta tangente ao ponto considerado
Unidade no SI: metro/segundo; abreviação: m/s. em um gráfico s × t. Portanto:
Outras unidades comuns: cm/s, mm/s, quilômetro por hora (km/h). I quanto mais inclinado for o gráfico, maior o módulo da velocidade
instantânea naquele ponto. Quanto menos inclinado, menor o módulo
Conceitualmente, velocidade instantânea é a velocidade em um da velocidade.
instante específico do movimento. Como a velocidade é a razão entre II. se a reta tangente for horizontal (vértices), a inclinação é zero e, portanto,
o deslocamento e o intervalo de tempo, temos que, se calcularmos a a velocidade é zero. O móvel troca de sentido.
velocidade média para intervalos de tempo cada vez menores, (intervalos Matematicamente, a velocidade instantânea é o limite da velocidade
muito próximos de zero), tenderemos a chegar à velocidade naquele exato média quando o intervalo de tempo tende a zero (o conceito explicado
momento. acima é exatamente o conceito de derivada). Ou, em outras palavras, é a
Para entender melhor esse conceito, vamos a um exemplo numérico: derivada de primeira ordem da posição em relação ao tempo ou a taxa de
considere um móvel que se move em trajetória retilínea segundo a equação variação da posição em relação ao tempo.
s(t) = t2 – 4t + 2, em que s está em metros e t, em segundos. Esta é uma ∆s ds
v = lim =
equação do tipo equação horária da posição, já que informa a posição do ∆t → 0 ∆t dt
móvel em função do tempo.
Para calcular a velocidade instantânea desse móvel no instante t = 3 s,
vamos calcular velocidades médias fazendo o intervalo de tempo tender
6. Aceleração escalar média
a um valor cada vez mais próximo de zero. Unidade no SI: metro/(segundo)2; abreviação: m/s2.
I. tempo de t = 0 s a t = 7 s. Nesses instantes, temos que as Outras unidades comuns: km/h2.
posições são respectivamente iguais a s(0) = 02 − 4 ⋅ 0 + 2 = 2 m
e s(7) = 72 − 4 ⋅ 7 + 2 = 23 m . Logo, a velocidade média é dada por Conceitualmente, a aceleração escalar de um corpo mede a rapidez
∆s 23 − 2 com que o valor da velocidade muda, independentemente dessa velocidade
vm = = = 3 m/s. aumentar ou diminuir.
∆t 7−0
II. tempo de t = 1,5 s a t = 5 s. Analogamente, teremos que a velocidade Atenção para a diferença entre os conceitos. Velocidade mede a taxa
média é 2,5 m/s. da variação da posição em relação ao tempo. Aceleração mede a taxa de
III. tempo de t = 2,8 s a t = 3,1 s. Analogamente, teremos que a variação da velocidade em relação ao tempo.
velocidade média é 1,9 m/s. Um carro de Fórmula 1, por exemplo, atinge altas velocidades em
trajetórias retilíneas. Entretanto, se ele mantiver a velocidade constante,
Note que, quanto menor o intervalo de tempo considerado e quanto não vai haver variação da velocidade. Por esse motivo, a aceleração seria
mais próximo do instante t = 3 s, a velocidade média calculada se igual a zero.
aproximará da velocidade instantânea em t = 3 s. Um elevador parado, por exemplo, tem velocidade igual a zero (já
É extremamente importante também entender o argumento gráfico. que sua posição não está mudando). Entretanto, imediatamente antes
Vamos a ele. A curva azul representa também a posição de um móvel de começar a subir, ele possui aceleração maior que zero, já que sua
qualquer em relação ao tempo. velocidade vai variar logo depois.
s Por definição, a aceleração escalar média de um corpo em um dado
trecho de um percurso é a razão entre a variação de velocidade escalar
nesse intervalo e o respectivo intervalo de tempo.
∆v v − v 0
am = =
Ds ∆t t − t0
A unidade no SI da aceleração escalar média é m/s2. Assim sendo, dizer
que um corpo possui uma aceleração de 3 m/s2, por exemplo, significa
dizer que sua velocidade aumenta 3 m/s a cada segundo. Vale destacar
que, embora seja a unidade mais usada o m/s2, ela não é a única. Qualquer
unidade de variação de velocidade sobre qualquer unidade de tempo nos
t
0 dará uma unidade de aceleração.
Dt
7. Aceleração escalar instantânea
Se quisermos calcular a velocidade média entre os instantes
representados pelos pontos brancos, basta dividir o ΔS representando no Unidade no SI: metro/(segundo)2; abreviação: m/s2.
eixo das ordenadas pelo Δt representado no eixo das abscissas. Outras unidades comuns: km/h2.
Repare que, se o intervalo de tempo tender a zero, os dois pontos
tendem a um só (ponto vermelho). Nesse caso, a velocidade média Para obtermos a aceleração de um móvel em um instante específico,
calculada vai se aproximar da velocidade instantânea naquele ponto. devemos calcular a aceleração instantânea. Seguindo a mesma ideia de
Graficamente, ao dividirmos ΔS por Δt quando Δt tende a zero, velocidade instantânea, podemos dizer que a aceleração instantânea é a
acabamos descobrindo a tangente do ângulo formado entre o eixo das aceleração de um móvel em um ponto específico da trajetória.
abscissas e a reta que tangencia a curva vermelha, passando pelo ponto
vermelho.
∆s1 = área =
( 2v0 + at ) ⋅ t = v t + at 2
0
2 2
ƒ(x) No segundo intervalo de tempo o deslocamento é
∆s2 = área =
( 2v0 + 3 at ) ⋅ t = v t + 3 at 2
S 2
0
2
No terceiro intervalo de tempo o deslocamento é
x
a b
∆s3 = área =
( 2v0 + 5 at ) ⋅ t = v t + 5 at 2
0
b 2 2
S = ∫ f ( x )dx
a
E assim sucessivamente.
t
Consequentemente, podemos escrever que ∆S = ∫ v( t )dt Note que, em intervalos de tempos iguais, o corpo em MUV varia
t0
seus deslocamentos segundo uma progressão aritmética (PA) em que a
De forma parecida com a derivada, para calcular a integral de um razão é at2. Graficamente, note que, para cada “t” a mais no tempo, a área
polinômio, basta somar as integrais de cada termo. A regra a ser aplicada acrescentada é a de 2 metades de quadrado (ou 1 quadradinho inteiro),
1 sendo a área do quadrado igual a at2.
a cada termo é a seguinte: ∫ a ⋅ t n dt = a ⋅ ⋅ t n +1 + C . Note que, para
n+1 É possível chegar à mesma conclusão usando a equação horária de
uma integral indefinida como essa (não tem limites de tempo), surge uma posição.
constante C, que só poderá ser determinada com alguma informação do
problema (são as chamadas condições de contorno). 12.2 Velocidade média no MUV
Ex.: Considere um MUV qualquer de gráfico v × t abaixo:
Usando o mesmo exemplo do módulo anterior, suponha que um móvel
tem sua velocidade em função do tempo dada pela equação v(t) = t2 – 5t + 6. V(m/s)
Para encontrar a equação horária da posição, precisamos integrar essa
função. Daí: V
1 1
s( t ) = ∫ v( t )dt = ∫ ( t 2 − 5t + 6) dt = ∫ t 2 dt + ∫ ( − 5t )dt + ∫ 6dt = t 3 − 5 ⋅ t 2 + 6t + C. V0
3 2
1 1
+ ∫ 6dt = t 3 − 5 ⋅ t 2 + 6t + C. Essa constante poderia ser encontrada se o problema t(s)
3 2 t0 t
informasse a posição inicial do móvel (já que, pela equação encontrada,
s(0) = C. 1
∆S área gráfico 2 (
v + v 0 )⋅ ( t − t0 ) ( v + v0 )
Integrais definidas são aquelas em que o intervalo de integração está
Vm = = = → Vm =
definido. Elas são a área abaixo da curva de limites estabelecidos. A regra ∆t t − t0 ( t − t0 ) 2
a ser aplicada a cada termo, nesse caso, é a seguinte:
tf 1 n +1 1 n +1
∫t0 a ⋅ t dt = a ⋅ n + 1 ⋅ tf − a ⋅ n + 1 ⋅ t0
n
Ou seja, no MUV, a velocidade média em um dado percurso é a média
das velocidades nos extremos desse percurso.
No nosso exemplo, se quisermos descobrir o deslocamento do móvel Outra maneira de enxergar isso é olhar para o gráfico. Para que a
entre 2 s e 4 s, precisamos fazer a integral da velocidade para os instantes de velocidade média seja a mesma, o deslocamento precisa ser igual.
4 1 3 1 2 Portanto, a área abaixo da curva precisa ser igual. Como o MUV forma
t = 2 s a t = 4 s. Daí: ∆s ∫2 ( t − 5t + 6)dt = ⋅ 4 − 5 ⋅ ⋅ 4 + 6 ⋅ 4 −
2
v0 + 3 at t(s)
t0 t
v0 + 2 at
v0 + at
v0
t
t 2t 3t 4t
12.3 Função horária de posição • Do instante o até t1, o espaço aumenta, o movimento é progressivo
(v > 0) e retardado, pois a e V têm sinais contrários (a < 0 e V > 0).
Considere um móvel se deslocando em MUV, cujo módulo da • Após t1, o espaço diminui, o movimento é retrógrado (v < 0) e
aceleração vale a e, no instante t0 =0, sua posição é s0 e sua velocidade, v0. acelerado, pois a e V têm mesmo sinal (a < 0 e V < 0).
Para esse móvel, podemos escrever que: Independentemente do formato do gráfico s × t, podemos, sem fazer
Vm =
( v + v0 ) → ∆s = ( v + v0 ) cálculos, descobrir em que ponto desse gráfico s × t o móvel possui maior
2 t 2 velocidade. Veja o gráfico a seguir:
Como v = v0+ a · t, temos: s
∆S v 0 + at + v 0 ∆S 2v 0 + at 2v t at 2 at 2
= → = → ∆S = 0 + → s − s0 = v o t + Tangente 1
t 2 t 2 2 2 2
2v 0 t at 2 at 2 P0
S = + → s − s0 = v o t + y0
2 2 2 Tangente 2
Daí: P1
at 2 y1
s( t ) = s0 + v o t + f1
2
x2 x1 x0 t
Essa equação nos mostra a posição em função do tempo para um Dado um gráfico s × t qualquer, a velocidade em um instante qualquer
móvel em MUV. Ela varia segundo uma função quadrática e deve ter seu é dada pelo coeficiente angular da reta tangente ao ponto correspondente
gráfico representado por uma parábola, portanto. Conhecer essa parábola e a esse instante. Nesse exemplo, vemos que a reta tangente a P0 é mais
suas propriedades é muito importante. Por isso, vamos analisar os casos. inclinada que a reta tangente a P1. Isso indica que vP0 > vP1.
1o caso: parábola com concavidade para cima: 12.4 Função horária de aceleração
S Como no MUV, a aceleração tem valor constante, o gráfico a × t é
uma reta paralela ao eixo do tempo, podendo a aceleração assumir valores
positivos ou negativos.
S0
t2 a>0
a
0 t t3 t
1
Área = ∆V
S0
Dica: em geral, quando o problema não precisa da variável tempo, essa
equação é bem útil.
0 t1 t2 t
v = v0 + at (elevando-se ao quadrado)
• Nesse tipo de gráfico, a aceleração é negativa (a < 0). v2 = v20 + 2av0t + a2t2
• O ponto onde a curva toca o eixo S corresponde ao espaço inicial S0. v2 = v20 + 2a (v0t + a t2/2)
• Nos instante t2, o corpo passa pela origem dos espaços (S = 0).
v2 = v2n + 2aDS
• No instante t1, vértice da parábola, o corpo inverte o sentido de seu
movimento (v = 0).
12.6 Dica para problemas de gráfico Obs.: Quando um corpo está em queda livre, as alturas percorridas a
cada segundo de movimento seguem uma PA, como já mencionado
Para ajudar a memorização, podemos utilizar o fluxograma abaixo, anteriormente. Por ter velocidade inicial nula, os deslocamentos a cada
que nos dá uma visão de conjunto de todas as propriedades gráficas: segundo seguem a seguinte sequência:
concavidade g ⋅ 12 g
No primeiro segundo de movimento a altura é H = =
inclinação inclinação 2 2
ds dv g ⋅ 22 g
v= a= No secundário segundo de movimento a altura é H = = 4⋅
S = f(t) dt v = f(t) dt a = f(t) 2 2
derivada da posição derivada de velocidade g ⋅ 32 g
(∆S) (∆V) No terceiro segundo de movimento a altura é H = = 9⋅
área área 2 2
∆S = ∫ v(t) dt ∆V = ∫ a(t) dt E assim sucessivamente.
(integral da velocidade) (integral da aceleração) g
Fazendo x = , teremos que no n-ésimo segundo de queda livre, a
Convém ressaltar que, matematicamente, ao calcularmos a tangente 2
distância percorrida pelo corpo é d = x · (2n – 1) , em que x é a distância
a um gráfico, estamos calculando a sua derivada e, ao calcularmos a área
percorrida no primeiro segundo e n, o instante pedido.
sob a curva, a integral das respectivas funções.
13. Movimentos verticais em campos Dica: Esse problema também poderia ser resolvido com a ideia de que
a distância percorrida no n-ésimo segundo é a distância percorrida
gravitacionais uniformes pelo móvel até o instante n menos a distância percorrida pelo móvel
até o instante n – 1. Ao fazer isso, você transforma um problema que
Todos os corpos ao redor da Terra são puxados para o seu centro. Isso aparentemente não é de queda livre (já que o corpo tem velocidade no
ocorre devido ao que chamamos de campo gravitacional e a cada ponto instante n – 1) em um problema de queda livre. É muito mais interessante
desse campo temos associado um vetor chamado aceleração gravitacional transformar em queda livre, porque as equações são bem mais simples.
(ou simplesmente gravidade).
O que gera essa gravidade, suas propriedades e efeitos serão discutidos
no módulo de gravitação. Aqui, iremos ver do ponto de vista da cinemática 13.2 Lançamento vertical para baixo
como isso influencia os corpos abandonados na proximidade da Terra. No lançamento vertical para baixo, consideramos um corpo que é
Primeiro, temos que saber que, nos problemas que envolvem movimentos lançado para baixo (tem, portanto, velocidade inicial vertical para baixo)
no campo gravitacional terrestre, considera-se a aceleração da gravidade em um local livre da resistência do ar e com aceleração da gravidade
constante quando esses movimentos envolvem alturas muito pequenas constante. Esse corpo, tal como na queda livre, vai executar um MUV em
comparadas com o raio da Terra. A aceleração da gravidade próxima à que a = g. Nesse caso, as equações podem ser escritas como:
superfície da Terra é g = 9,8 m/s2, porém utiliza-se comumente o valor de
10 m/s2. A gravidade terrestre varia em função da latitude, mas isso também
x
será abordado no tópico de gravitação.
Vo = 0
Por ter valor aproximadamente constante, podemos dizer que todos
os corpos lançados ou abandonados na superfície da Terra ficam sujeitos
à mesma aceleração, executando, assim, um MUV. Em outras palavras,
sempre podemos utilizar os conhecimentos adquiridos no estudo de MUV
(gráficos, equações, etc.) para os movimentos verticais. Cabe ressaltar g
que a gravidade não depende da massa do corpo que está submetido a ela.
O livro, a formiga, você, um avião e qualquer outro objeto ficam sujeitos
à mesma aceleração (desde que a resistência do ar seja desprezada).
v0 > 0 at 2 gt 2
g = 10 m/s2 ∆S = v 0 t + H= at 2 gt 2
2 2 ∆S = v o t + H = vot +
2 2
v2 = v20 + 2aDS v2 = 2 gH
v 2 = v o2 + 2 a∆S v 2 = v o2 + 2 gH
Note que as equações de queda livre não são novas equações. Como
já dito anteriormente, são as equações de MUV para essa situação.
13.3 Lançamento vertical para cima móvel. Nesse caso, a gravidade é negativa sempre. É comum as pessoas
trocarem o sinal da gravidade de acordo com o movimento de descida
Um corpo lançado verticalmente para cima tem a subida como um ou subida. Isso não existe. A gravidade vai ter um único sinal em todo o
movimento retardado e a descida como um movimento acelerado em problema e isso só depende do referencial adotado.
que v0 = 0 (queda livre). Esses movimentos de subida e de descida são
simétricos. Há 2 conclusões importantes acerca disso:
Dica: em um número significativo das questões desse tipo de lançamento,
I. O módulo da velocidade com que um corpo passa subindo por uma é muito mais fácil estudar a descida (já que a descida é como se fosse
altura qualquer é a mesma que ele passa descendo pela mesma altura. uma queda livre). Lembre-se disso!
Demonstração:
Ex.:
Aplicando a equação de Torricelli:
Um corpo é lançado para cima do topo de um prédio de 200 metros com
velocidade inicial de 30 m/s em um local em que a resistência do ar pode
ser considerada desprezível. Considerando a gravidade igual a 10 m/s2,
v1 determine:
Solução:
Antes de responder à pergunta, vamos definir nosso referencial orientado
para cima e com origem no solo. A figura a seguir representa o exposto:
v22 = v12 + 2gDS
DS = 0 (S1 = S2)
200 m
v22 = v12 ⇒ v2 = – v1
Demonstração:
origem
A equação horária de posição para o corpo que é lançado para cima fica
assim:
VB B –VB
gt 2
h = h0 + v 0 t − → h = 200 + 30t − 5t 2
2
a. O tempo de permanência no ar é o tempo que ele leva para atingir o
solo (h = 0).
0 = 200 + 30t – 5t2 → 0 = 40 + 6t – t2
VA A –VA t = –4 s (não convém) ou t = 10 s (convém)
yV = =
(
− ∆ − 30 − 4 ⋅ ( − 5 ) ⋅ 200
2
=
)
( − 4900 ) = 245m
4a 4 ( − 5 ) ( − 20 )
Obs: Esse item poderia ser feito sem a utilização da equação horária de
∆v posição.
g=
∆t Tempo para atingir a altura máxima: v = v0 – gt → 0 = 30 – 10t → t = 3 s
v B − v a −v A + v B Para retornar a altura do lançamento gastará 3 segundos em queda livre.
g= =
∆t AB ∆t ' AB gt 2 10 ⋅32
H= = = 45 m
∆t AB = ∆t ' AB 2 2
Como a altura de subida é igual à de descida, temos que a altura máxima
é 200 + 45 = 245 m.
As equações para um corpo lançado verticalmente para cima são as
mesmas do MUV. c. A equação horária de velocidade no MUV é v = v0 – gt → v = 30 – 10t
O corpo chega ao solo no instante 10 segundos.
Atenção! 1v = 30 – 10t → v = 30 – 10 · 10 → v = –70 m/s (negativo), pois
Uma vez adotado o referencial, ele precisa ser mantido para todas imediatamente antes de chegar ao solo o vetor velocidade aponta para
as variáveis. A maneira mais comum de resolver problemas desse tipo é baixo, ou seja, contra o sentido do referencial adotado.
orientarmos o referencial positivo para cima e a origem na posição inicial do
Solução:
Para um intervalo de tempo de 3 horas o trator I se deslocou 60 km e
01 Um turista, passeando de bugre pelas areias de uma praia em Natal o trator II se deslocou –30 km. Com isso, temos que vI = 20 km/h e
– RN, percorre uma trajetória triangular, que pode ser dividida em três vII = –10 km/h. Escrevendo as equações horárias para cada trator temos:
trechos, conforme a figura abaixo.
sI = 20t e sII = 300 – 10t
No encontro sI = sI → 20t = 300 – 10t → t = 10h.
P. x = 16 + 4bt2
B Q. x = bct3, para x em metros, t em segundos e c = 1 s–1.
Os trechos B e C possuem o mesmo comprimento, mas as velocidades Qual deve ser o valor de b para que uma partícula alcance a outra em 2 s
médias desenvolvidas nos trechos A, B e C foram, respectivamente, v, e qual a velocidade da partícula P no ponto de encontro?
2v e v.
Quanto vale a velocidade escalar média desenvolvida pelo turista para Solução:
percorrer toda a trajetória triangular? No encontro xP = xQ.
16 + 4bt2 = bct3
Solução: 16 + 4b(2)2 = b(1)(2)3
Seja L o lado de cada cateto. Assim: 16 + 16b = 8b
∆SC = L; ∆SB = L. O espaço percorrido na hipotenusa é ∆SC, calculado b = –2 m/s2.
pelo Teorema de Pitágoras:
A velocidade de P é dada pela derivada na posição no instante t = 2 s.
( ∆SA ) = ( ∆SC ) + ( ∆SB ) = L2 + L2 = 2 L2 ⇒
2 2 2
∆SA = 2 L. vp =
dx d 16 − 8t
=
2
( )
= −16 ⋅ 2 = −32m/s.
dt dt
Solução: a·t
Para determinar a equação da trajetória precisamos colocar x em função
de y.
x = 4 (2t – t2) → (2t – t2) = x/4 10a
y = 6 (2t – t2) → (2t – t2) = y/6
x y
Logo, =
4 6
10 t t(s)
y = 1,5x.
Nas condições do problema, a área do triângulo tem que ser igual à área
05 Quatro cidades A, B, C e D são percorridas por um automóvel. M, N e do trapézio.
P são, respectivamente, os pontos médios de AB, BC e CD. A velocidade
10 ⋅10 a ( at + 10 a ) ( t − 10 )
escalar média do móvel vale 50 km/h entre A e B, 75 km/h entre B e C, = → 100 a = a ( t + 10 ) ( t − 10 ) →
70 km/h entre C e D, 60 km/h entre M e C e 60 km/h entre A e D. Calcule 2 2
a razão MN/NP: → t 2 − 100 = 100 → t = 200 ≅ 14s
Como a questão só pede o tempo na segunda metade, a resposta é,
(A) 25/29. (D) 4/5. aproximadamente, 4 s.
(B) 2/3. (E) 3/2.
(C) 5/4. 07 Duas partículas A e B desenvolvem movimentos sobre uma mesma
trajetória, cujos gráficos horários são dados por:
Solução:
M N P s(m)
A B C D
32 B
Por conveniência consideremos: 28
distância de A até B = x
distância de B até C = y A
14
distância de C até D = z
Como t = ∆s/v
1a equação: tx = x/50 0 4 78 t(s)
2a equação: ty = y/75
3a equação: tz = z/70 Qual a velocidade da partícula B, em m/s, no primeiro encontro entre A e B?
4a equação: tMC = tx/2 + ty = (y + x/2)/60
5a equação: tAD = tx + ty + tz = (x + y + z)/60 Solução:
Nitidamente, a partícula A executa um movimento uniforme e a partícula
Substituindo as equações 1, 2 e 3 nas equações 4 e 5: B executa um movimento uniformemente variado. Escrevendo suas
Na 4a equação obteremos x = 2y equações horárias:
Na 5a equação obteremos z = 7/5y
14 − 28
vA = = − 2 m/ s → SA = 28 − 2t
MN = x/2 + y/2 = (x + y)/2 4
NP = y/2 + z/2 = (z + y)/2
at 2
SB = 0 + v 0 ⋅ t +
MN/NP = (x + y)/(z + y) 2
MN/NP = (2y + y)/(7/5y + y) at 2 a ⋅ 42
MN/NP = 3y/(12y/5) SB = v 0 ⋅ t + → 32 = v 0 ⋅ 4 + → 32 = 4v 0 + 8 a→ v 0 + 2 a = 8
2 2
MN/NP = 15y/12y 2 2
at a⋅7
MN/NP = 5/4. SB = v 0 ⋅ t + → 14 = v 0 ⋅ 7 + → 28 = 14v 0 + 49 a→ 2v 0 + 7 a = 4
2 2
06 Uma partícula, a partir do repouso, descreve um movimento retilíneo a = – 4 m/s2 e v0 = 16 m/s → SB = 16 · t – 2t2
uniformemente variado e, em 10 s, percorre metade do espaço total previsto.
No encontro SA = SB → 28 – 2t = 16t – 2t2 → 2t2 – 18t + 28 = 0 →
A segunda metade desse espaço será percorrida em, aproximadamente:
t2 – 9t + 14 = 0 → t = 2 s ou t = 7 s.
(A) 2,0 s. (D) 10 s. Calculando VB em:
(B) 4,0 s. (E) 14 s.
(C) 5,8 s. t = 2 s → vB = =
( 22
ds d 16 t − t )
= 16 − 4 t = 16 − 4 ⋅ 2 = 8 m / s.
dt dt
08 Um corpo cai em queda livre, de uma altura tal que durante o último Solução:
segundo de queda ele percorre 1/4 da altura total. Calcule o tempo de Vamos dividir nosso problema em partes.
queda supondo nula a velocidade inicial do corpo. g ⋅ t12 2H
Queda livre: H = →g= 2
2 t1
1 4
(A) t = s. (D) t= s. Lançamento para cima (só a subida): v2 = v02 + 2aDS
2− 3 2− 3
Na altura máxima v = 0. Considerando o referencial no ponto de lançamento
2 2
(B) t = s. (E) t= s. e adotando para cima positivo teremos:
2− 3 2+ 3
02 = v 02 + 2 ⋅ ( − g) ⋅ h → v 0 = 2 gh
3
(C) t = s.
2− 3 Queda da altura H na descida. Considerando o referencial no ponto de
lançamento e adotando para baixo positivo teremos:
Solução: a ⋅ t2 g ⋅ t22
∆S = −v o ⋅ t + → H = − t2 2 gh +
Observe a ilustração: 2 2
t=0 Substituindo
3H 2 H t22 2 H t2 t t2 − t2 t ⋅ h
H = − t2 2 h ⋅ + ⋅ 2 → H 1 − 22 = −2 Hh 2 → 2 2 1 = 2 2 →
t1 2 t1 t1 t1 t1 t1 ⋅ H
2
2 H(t –t21) 2H t2 t t2 − t2 t ⋅ h 4 t12 t22
H = − t2 2 h ⋅ + ⋅ 2 → H 1 − 22 = −2 Hh 2 → 2 2 1 = 2 2 →H= ⋅ h.
( )
2
t1 2 t1 t1 t1 t1 t1 ⋅ H t12 − t22
H
t
10 No arranjo mostrado a seguir, do ponto A largamos com velocidade
2 nula duas pequenas bolas que se moverão sob a influência da gravidade
gt
Em todo o percurso ele percorrerá 4 H = em um plano vertical, sem rolamento ou atrito, uma pelo trecho ABC e
2
outra pelo trecho ADC. As partes AD e BC dos trechos são paralelas e as
g( t − 1)2 partes AB e DC também. Os vértices B de ABC e D de ADC são suavemente
Na primeira parte do percurso, ele percorrerá 3 H =
2 arredondados para que cada bola não sofra uma mudança brusca na sua
Dividindo as equações: trajetória. Pode-se afirmar que:
4 t2
= → 4( t − 1)2 = 3t 2 → 4( t − 1)2 = 3t 2 → 2 ( t − 1) = t 3 A
3 ( t − 1)2 B
2
2t − 2 = t 3 → t ⋅ ( 2 − 3 ) = 2 → t = .
2− 3
D C
09 À borda de um precipício de um certo planeta, no qual se pode
desprezar a resistência do ar, um astronauta mede o tempo t1 que uma (A) A bola que se move pelo trecho ABC chega ao ponto C primeiro.
pedra leva para atingir o solo, após cair de uma de altura H. A seguir, ele (B) A bola que se move pelo trecho ADC chega ao ponto C primeiro.
mede o tempo t2 que uma pedra também leva para atingir o solo, após (C) As duas bolas chegam juntas ao ponto C.
ser lançada para cima até uma altura h, como mostra a figura. Assinale a (D) A bola de maior massa chega primeiro (e se tiverem a mesma massa,
expressão que dá a altura H. chegam juntas).
(E) É necessário saber as massas das bolas e os ângulos relativos à
vertical de cada parte dos trechos para responder.
h
Solução: Letra B.
Como o enunciado fala que AD é paralela a BC e AB é paralela a DC
consideraremos os movimentos como MRUV. Nesse caso, a velocidade
média entre dois pontos é a média aritmética da velocidade entre esses
H dois pontos. Portanto:
VA + VD V
VAD = → VAD = D
2 2
VA + VB VB
VAB = → VAB =
( t12 t22 h) 4 t1 t2 h 2 2
(A) H = . (D) H = .
(
2 t −t 2
2
2
1 )
2
(t 2
2 − t12 ) VDC =
VC + VD
2
( t1 t2 h) 4 t12 t22 h VB + VC
(B) H = . (E) H = . VBC =
(
4 t22 − t12 ) (t 2
2 − t12 )
2
2
Já que VD > VB temos que VAD é maior que VAB e VDC é maior que VBC.
2t12 t22 h Portanto, no trajeto ADC a velocidade escalar média é maior que no trajeto
(C) H = .
(t ) ABC e, como a distância total percorrida é a mesma, concluímos que o
2
2
2 − t12
tempo gasto no trajeto ADC é menor.
0 b b t 0 b b t 0 2b b t Qual a abscissa em t = 40 s?
3 2 3
Nas três situações, são iguais as velocidades: v(cm/s)
(A) iniciais. (C) instantâneas. 4
(B) finais. (D) médias. 2
a. 0 e 4 s; b. 1 s e 5 s.
12 (AFA) Sabendo-se que a função horária de um par tícula é: É correto afirmar que:
S = – t2 + 16t – 24, o gráfico que representa a função V = f(t) será:
(A) a velocidade no instante tA é menor que a velocidade no instante tB.
(A) (B) para tC, a aceleração do móvel é nula.
V(m/s)
(C) para tA < t < tC, o movimento é acelerado.
(D) para tB < t < tC, a velocidade do móvel decresce de maneira uniforme.
(B)
V(m/s)
16
1 2 3
t(s)
0 8 t(s)
α V α V=0 α V
16
4 (B)
t(s)
α V α V=0 α V
sC
C α V α V α V
sB B parábola
sA A
tA tB tC t
16 (AFA) Duas partículas, A e B, que executam movimentos retilíneos 19 (EsPCEx) O gráfico abaixo representa a velocidade (V) em função do
uniformemente variados, se encontram em t = 0 na mesma posição. tempo (t) dos móveis A e B, que percorrem a mesma trajetória no mesmo
Suas velocidades, a partir desse instante, são representadas pelo gráfico sentido e que, no instante inicial (t = 0), partem do mesmo ponto.
abaixo.
A
v(m/s) v(m/s)
B 16 B
50
0 8 t(s)
0 t(s)
A distância percorrida pelo móvel A será o dobro daquela percorrida pelo
–50 móvel B quando o tempo de deslocamento for igual a:
A
(A) 8 s. (D) 32 s.
(B) 16 s. (E) 40 s.
As acelerações experimentadas por A e B têm o mesmo módulo de 0,2 m/s2. (C) 24 s.
Com base nesses dados, é correto afirmar que essas partículas se encontrarão
novamente no instante: 20 (EsPCEx) O gráfico abaixo descreve a velocidade V, em função do
tempo t, de um móvel que parte da posição inicial 10 m de sua trajetória.
(A) 10 s. (C) 100 s. A função horária da sua posição, em que o tempo t e a posição S são
(B) 50 s. (D) 500 s. dados, respectivamente, em segundos e em metros, é:
S(m)
9 t(s)
0 5
0 4 78 t(s)
s(m)
40
10 B A
20
10
0 t(s)
t1 5 t2 10 15 t3 20 t(s)
Por esse diagrama, afirma-se que o corpo A iniciou o seu movimento, em
relação ao corpo B, depois de:
(A) 2,5 s.
(B) 5,0 s.
01 (AFA) Dois automóveis, A e B, encontram-se estacionados paralelamente (C) 7,5 s.
ao marco zero de uma estrada. Em um dado instante, o automóvel A parte, (D) 10 s.
movimentando-se com velocidade escalar constante vA = 80 km/h. Depois
de certo intervalo de tempo, ∆t, o automóvel B parte no encalço de A com 07 Um corpo movimenta-se sobre uma reta, e sua posição, em metros, é
velocidade escalar constante vB = 100 km/h. Após 2 h de viagem, o motorista dada em função do tempo, em segundos, pela equação s = 7 + 6t – 2t2.
de A verifica que B se encontra 10 km atrás e conclui que o intervalo ∆t, em O instante em que o corpo inverte o sentido do movimento e a sua
que o motorista B ainda permaneceu estacionado, em horas, é igual a: velocidade no instante t = 4 segundos são, respectivamente:
(A) 0,25. (A) 0 e 7.
(B) 0,50. (B) –4 e 10.
(C) 1,00. (C) 1,5 e –10.
(D) 4,00. (D) 0,67 e –20.
02 Uma partícula desloca-se do ponto A até o ponto B.
08 A função horária da posição de um móvel é dada pela seguinte equação:
A B 2
S = t 3 − 7t 2 + 20t − 6 , em que S e t estão nas unidades do SI.
3
Responda às seguintes perguntas:
Na primeira terça parte do percurso, sua velocidade escalar média vale v1;
na segunda terça parte vale v2 e na terceira, v3. Determine a velocidade a. Qual a velocidade média entre os instantes 1 e 4 segundos?
escalar média no percurso total de A até B. b. Em que instantes o corpo inverte o sentido de movimento?
c. Qual a distância total percorrida pelo corpo entre os instantes 0 e 6
03 O trajeto de um móvel é dividido em n trechos iguais. No primeiro, segundos?
móvel tem velocidade média V1 no segundo, V2 e assim por diante até d. Para que intervalos de tempo o movimento do corpo é acelerado?
que no último tem velocidade média Vn. Prove que a velocidade média do e. Para que intervalos de tempo o movimento do corpo é retrógrado?
móvel no percurso total é a média harmônica das velocidades médias em
cada trecho.
09 Um senhor estava esperando o trem sentado em um banco da estação. 12 Dois trens estão a uma distância de 200 km e se aproximam um do outro
Distraidamente, olhou para o chão e viu uma lagartinha que começava a com uma velocidade de 50 km/h cada um. Uma mosca voa constantemente
cruzar a lajota retangular do piso de dimensões 40 cm × 30 cm. O senhor, entre as locomotivas dos dois trens, de um para-choque ao outro, com uma
como não dispunha de relógio, começou a contar suas pulsações enquanto velocidade de 75 km/h, até o instante em que os trens se chocam e a mosca
a lagartinha fazia seu trajeto. Ela cruzou a primeira lajota diagonalmente morre esmagada. Qual foi a distância total percorrida pela mosca?
e depois prosseguiu pela junta das lajotas, como indica a figura. O
senhor contou ao todo 300 pulsações no trecho entre A e B. Sabendo 13 Uma lâmpada pende de um teto ficando a uma altura H do solo. Um atleta
que seu batimento cardíaco costuma ser, em média, 75 pulsações por de altura h passa sob a lâmpada se deslocando em linha reta com velocidade
minuto, responda: constante V. Se H = 5 m, h = 2 m e V = 6 m/s, determine a velocidade com
que a parte superior da cabeça da sombra do atleta se desloca no solo.
(A) 28.
(C) 33.
(D) 34.
(B) 27.
(E) n.r.a.
e(m)
57
v 90°
P M1 Q
48
O aparelho M1 registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e o do
impacto da bala no alvo, o mesmo ocorrendo com o aparelho M2. Sendo
Vs a velocidade do som no ar, então a razão entre as respectivas distâncias
dos aparelhos M1 e M2 em relação ao alvo Q é:
0 1 2 t(s)
(A) Vs (V – Vs) / (V – Vs ).
2 2
17 (ITA) O espaço (e) de uma partícula variou com o tempo (t), conforme 25 segundos de movimento, sua velocidade média foi de 72 km/h. Durante
indica o diagrama a seguir: quanto tempo o automóvel manteve sua velocidade constante?
28 A aceleração de um objeto de massa M, logo após uma grande 30 Esboce o gráfico a × x correspondente ao gráfico v × x abaixo:
explosão, é mostrada no gráfico abaixo em função do tempo. Se o objeto
estava inicialmente em repouso, determine: v
v0
a(m/s2)
40
0 1 2
x0
t(s)
–10 x
a. a velocidade do objeto em função do tempo;
31 Um carro acelera a partir do repouso com aceleração constante
b. a variação da energia cinética entre t = 0 s e t = 2 s.
α durante certo tempo. Depois disso, passa a frear com aceleração
de módulo constante β até parar completamente. Se o tempo total de
29 Um objeto de 2 kg está submetido à aceleração representada abaixo
movimento foi t, qual a velocidade máxima atingida pelo carro?
no gráfico aceleração × tempo. Considerando que a velocidade inicial do
objeto é 2 m/s, pede-se: ( α 2 + β2 ) ⋅ t ( α ⋅ β) ⋅ t
(A) . (D) .
a(m/s2) αβ α+β
( α 2 − β2 ) ⋅ t ( α ⋅ β) ⋅ t
(B) . (E) .
αβ α −β
5
( α + β) ⋅ t
12 (C) .
αβ
2 3 6 t(s) 32 Um projétil, ao penetrar em um alvo com velocidade inicial u, perde
u/n de sua velocidade ao percorrer uma distância a dentro do mesmo.
Que distância ele percorrerá a mais até parar?
a. a velocidade máxima alcançada pelo objeto; 33 Um corpo, ao ser lançado para cima com certa velocidade, atinge o
b. o instante em que a velocidade é nula; solo após um tempo t1. Ao ser lançado para baixo com a mesma velocidade,
c. o esboço do gráfico velocidade × tempo; atinge o solo após um tempo t2. Quanto tempo levaria para atingir o solo
d. o trabalho realizado pela força aplicada entre os instantes t = 0 s e caso fosse abandonado do mesmo ponto?
t = 12 s.
Definimos a velocidade angular média (ωm) como a razão entre o Diferenciando em relação ao tempo, temos que:
deslocamento angular e o tempo gasto para tal deslocamento. d dt ds dϕ
(∆ S) = (∆ ϕ ⋅ R ) → =R⋅ → V = ωR
dt dt dt dt
Diferenciando em relação ao tempo mais uma vez, temos que:
d d dv dω
( v ) = ( ωR ) → = R⋅ → a = αR
dt dt dt dt
Solução:
R1 a. No biciclo de Michaux, a frequência imposta é exatamente a frequência
ω1
de movimento. Assim:
ω2
40
v=2·πƒ·R≅2·3· · 0,6 ≅ 2,4 m/s
Como a rotação das polias é igual à do eixo: 60
b. Na bicicleta, temos que a velocidade linear (escalar) da coroa dentada
é a mesma do pinhão.
T1 = T2 dc d 40
vcoroa = vpinhão → 2 · π ƒc · = ωp · p → 2 · 3 · · 25 =
ω1 = ω 2 V1 V2 2 2 60
R = R 20
1 2
= ωp ⋅ → ω = 10 rad/s.
2
Na transmissão de velocidade linear, os discos são interligados, de A velocidade angular do pinhão é a mesma velocidade angular da roda:
modo que quando um deles tem um deslocamento escalar o outro disco
tenha o mesmo deslocamento. v roda
ωpinhão = ωroda → 10= → vroda = 10 · 0,3 → vroda = 3 m/s
R
ϖA
Ex.:
ϖB (UFRJ-1998) O olho humano retém durante 1/24 de segundo as imagens
que se formam na retina. Essa memória visual permitiu a invenção do
RB RB cinema. A filmadora bate 24 fotografias (fotogramas) por segundo. Uma
RA ϖA ϖB RA vez revelado, o filme é projetado à razão de 24 fotogramas por segundo.
vB B B vB Assim, o fotograma seguinte é projetado no exato instante em que o
A vA A fotograma anterior está desaparecendo de nossa memória visual, o que
vA
nos dá a sensação de continuidade.
Filma-se um ventilador cujas pás estão girando no sentido horário.
Daí, a velocidade de todos os pontos da correia vai ser a mesma,
O ventilador possui quatro pás simetricamente dispostas, uma das quais
assim como os “dentes” das polias. Portanto:
pintadas de cor diferente, como ilustra a figura. Ao projetarmos o filme,
os fotogramas aparecem na tela na seguinte sequência, o que nos dá a
ω R = ω R sensação de que as pás estão girando no sentido anti-horário.
A A B B
v A = v B fA RA = fB RB
R R
A
= B
TA TB
Uma consequência imediata é que quanto maior o raio do disco menor
será sua velocidade angular.
Ex.:
(Unicamp-2005) Em 1885, Michaux lançou o biciclo com uma roda dianteira
diretamente acionada por pedais (Fig. A). Por meio do emprego da roda
dentada, que já tinha sido concebida por Leonardo da Vinci, obteve-se melhor
aproveitamento da força nos pedais (Fig. B). Considere que um ciclista
consiga pedalar 40 voltas por minuto em ambas as bicicletas.
Dado: π 3.
Análise unidimensional Observa-se que o módulo do vetor deslocamento tem como valor
máximo o módulo do deslocamento escalar (já que uma reta é a menor
→ distância entre dois pontos). A igualdade só ocorre nos movimentos
s
X (m) retilíneos.
sentido do →
d2
movimento Q2
→
d1 →
at = 0
Q1
→ reta tagente →
v v
P em P
→
at
sentido do
movimento
→
|at |= ae > 0
Retardado
→
v
IMPORTANTE: Isso mostra que o vetor velocidade instantânea é
sempre tangente à trajetória.
→
2.5 Vetor aceleração at
O vetor aceleração média indica a razão entre a variação de velocidade
vetorial de um corpo e o intervalo de tempo. Lembre-se de que, para que
→
haja essa variação do vetor velocidade, não necessariamente precisa haver |at |= |ae|
mudança no módulo (um vetor tem direção e sentido, além do módulo). ae < 0
∆v v − v
am = = 0
∆t ∆t
O vetor aceleração média tem a mesma direção e sentido do vetor 2.5.2 Aceleração centrípeta
variação de velocidade (subtração vetorial), pois se trata da multiplicação É responsável pela mudança de direção do vetor velocidade instantânea.
de um vetor por um escalar positivo. →
A componente centrípeta da aceleração (a cp ) tem sempre a direção
O vetor aceleração instantânea é o limite desse quociente quando o radial e sentido apontado para o centro.
intervalo de tempo tende a zero. Atenção: essa componente de aceleração é nula somente para
∆v movimentos retilíneos.
am = lim
∆t → 0 ∆t O módulo da aceleração centrípeta é dado pela expressão:
v2
A aceleração instantânea pode ser subdivida em duas: a aceleração acp =
tangencial e a aceleração centrípeta. R
Demonstração:
2.5.1 Aceleração tangencial
É responsável pela mudança de intensidade (módulo) do vetor
velocidade instantânea.
→
A componente tangencial da aceleração (at ) tem sempre a mesma
direção do vetor velocidade instantânea. O sentido vai depender do tipo
de movimento – acelerado, retardado ou uniforme.
Solução: No ponto de altura máxima, a aceleração é ortogonal a velocidade Referencial estrada Referencial estudante
e, portanto, é a componente centrípeta. Em outras palavras, nessa situação,
a aceleração da gravidade desempenha o papel de aceleração centrípeta v aut sen θ v aut 0, 8 80
tan θ = ⇒ = ⇒ = ⇒ v = 60 km/h
(já que é perpendicular à velocidade). v cos θ v 0, 6 v
v2 52
acp = → 10 = → R = 2, 5 m
R R Ex.:
Um disco roda sobre uma superfície plana, sem deslizar. A velocidade do
2.6 Movimento relativo e composição de →
centro O é v 0. Em relação ao plano:
movimentos
Quando se quer mudar o referencial de um vetor, matematicamente, A
basta seguir a seguinte regra: Xa,b = Xa,c + Xc,b = Xa,c – Xb,c.
B
→ →
v BA → vB a. Qual a velocidade do ponto A?
→
v BA b. Qual a velocidade do ponto B?
vA
→
vA Solução: Os pontos A e B têm dois movimentos: um provocado pela
rotação do disco e outro provocado pela translação. O movimento
resultante, observado do plano de rolagem, é a composição desses
movimentos parciais. A figura a seguir ilustra essa composição:
2 g
−v 0 gt T 2 g ⋅T2 T
−v 0
v0 v0 h = h0 + v 0 t − → 0 = 2R + v ⋅ − → − v ⋅ − 2R = 0
O 2 2 2 8 2
2v 0 O 2v 0 O
−v 0 −v 0
v0 2⋅π⋅ R v ⋅T
2v 0 2v 0 Porém v = →R= . Substituindo, teremos:
B −v 0 v0 B B VB = 0 T 6
2v 0
Movimento −v 0
Movimento de Movimento g ⋅T2 T v ⋅T 20 v
de rolamento
arrastamento resultante −v ⋅ −2 = 0 → 3 g ⋅ T 2 − 12v ⋅ T − 8v ⋅ T = 0 → T = ⋅
2v 0 8 2 6 3 g
3,00 km
A B
O
Situação inicial
60°
Situação inicial A B
Sabendo-se que a distância mínima entre X e Y vai ocorrer em um instante A partir daí, as equações horárias são:
t2, o valor inteiro mais próximo de t2 – t1, em segundos, equivale a: π 615π π
ϕ A = 12π + t ϕ B= + t
40 42 42
(A) 24.
(B) 36. No próximo encontro entre os móveis (após a volta do móvel A):
(C) 50. π 615π π
12π + t = + t → t = 2.220 s
(D) 72. 40 42 42
Nesse intervalo de tempo, o móvel A executa 27 voltas completas
Note que a velocidade linear de toda a roda (referente à translação) é
igual à velocidade linear de rotação dos pontos da roda. Isso só acontece 2.220
80 = 27, 75 .
se pudermos supor que não há deslizamento entre a roda e o chão. Se
não houver deslizamento, o arco percorrido pela roda em um intervalo de Para vencer, ele precisará de 6 + 27 + 1 = 34 voltas.
tempo qualquer é igual à distância percorrida pelo centro da roda. Por esse
motivo, as velocidades são iguais.
Solução: Letra B.
Vamos considerar que o ponto A é a origem de um sistema cartesiano 01 (EFOMM) Uma bomba centrífuga gira a 1.800 rpm. A velocidade
e que o segmento AB esteja contido no eixo das abscissas. Dessa tangencial de um volume de fluido impelido pelo seu rotor, de raio igual a
forma, podemos dizer que as equações paramétricas da partícula X são 12 cm, é, em m/s, de:
y = 0 e x =0,2 · t e que as equações paramétricas da partícula Y são
(A) 6,1 π.
y = 0,1 · t · sen (60) e x = 10 – 0,1t · cos (60).
(B) 7,2 π.
(C) 8,6 π.
Importante: A ideia de desenhar a figura para um instante genérico (D) 9,3 π.
t e, a partir disso, obrigar ou calcular matematicamente algumas coisas (E) 10,4 π.
é muito usada na cinemática.
02
Para calcularmos a distância mínima, vamos considerar um instante t. A RB
distância entre os pontos X e Y, nesse instante, é dada pelo Teorema de
Pitágoras e, dessa forma, temos:
d = ∆ x 2 + ∆ y 2
d = (10 − 0, 05 ⋅ t − 0, 2 ⋅ t ) + (0, 05 ⋅ t 3 )2
2
RC RA
d = 100 − 5t + 0, 0625 ⋅ t 2 + 0, 0075 ⋅ t 2
d = 100 − 5 ⋅ t + 0, 07 ⋅ t 2
03 (AFA) No avião de treinamento T-25 utilizado na AFA, a hélice gira Em uma região de mar calmo, dois navios, A e B, navegam com
2.700 rpm durante a corrida no solo e, após a decolagem, a rotação é velocidades, respectivamente, iguais a vA = 5,0 nós no rumo norte e
reduzida para 2.450 rpm em apenas 5 segundos. Supondo-se que a hélice vB = 2,0 nós na direção 60° NEE, medidas em relação à Terra, conforme
sofre uma desaceleração uniforme, a aceleração angular da hélice, em indica a figura. O comandante do navio B precisa medir a velocidade do
valor absoluto, vale, aproximadamente, em rad/s2: navio A em relação ao navio B. Que item informa o módulo, em nós, e
esboça a direção e sentido do vetor velocidade a ser medido?
(A) 1,67. (C) 5,23. Dado: cos 60° = 0,5.
(B) 3,14. (D) 8,72.
(A) 2,2
04 (AFA) Duas partículas partem da mesma posição, no mesmo instante, VA/B
e descrevem a mesma trajetória circular de raio R. Supondo que elas girem
no mesmo sentido a 0,25 rps e 0,2 rps, após quantos segundos estarão
juntas novamente na posição de partida?
(A) 2 m/s.
(B) 4 m/s.
(C) 6 m/s.
(D) 8 m/s. 08 (AFA) As figuras abaixo apresentam pontos que indicam as posições
(E) 10 m/s. de um móvel obtidas em intervalos de tempos iguais. Em quais figuras o
móvel apresenta aceleração não nula?
07 (EFOMM)
N N
60°
VA = 5,0 nós
VB = 2,0 nós
21
(A) . (C) 7.
3
(B) 1. (D) 3.
10 (AFA) Um carro percorre uma curva circular com velocidade linear Admitindo que não haja escorregamento entre a correia e as polias, e
constante de 15 m/s completando-a em 5 2s, conforme figura abaixo. supondo que a polia A execute 60 rpm, calcule a frequência de rotação
da polia B.
D B
O
1,5 m
C
C
→
a 30O 28 Um trem dotado de janelas laterais retangulares de dimensões
→ 80 cm × 60 cm viaja ao longo de uma ferrovia retilínea e horizontal com
v velocidade constante de 40 km/h. Ao mesmo tempo, cai uma chuva vertical
(chuva sem vento), de modo que as gotas apresentam, em relação ao solo,
velocidade constante de intensidade v. Sabendo que o trajeto das gotas de
chuva observado nas janelas laterais do trem tem a direção da diagonal
dessas janelas, determine:
a. o valor de v;
b. a intensidade da velocidade das gotas de chuva em relação a um
observador no trem. 2m
(A) 690. 03 A figura representa dois discos de papelão fixados a um mesmo eixo,
(B) 390. que rota com frequência igual a 50 Hz. Os discos foram fixados em locais
(C) 190. do eixo distantes 2 m um do outro. Um projétil é disparado paralelamente
(D) 90. ao eixo, movendo-se em movimento retilíneo e uniforme, perfurando os
discos. O ângulo entre o plano que contém o eixo e o furo no primeiro
disco e o plano que contém o eixo e o furo no segundo disco é igual a 45°.
Determine a velocidade do projétil, sabendo que, entre as duas perfurações,
os discos completaram 2 voltas.
01 (AFA) O movimento da coroa dentada (A) de uma bicicleta é transmitido
a uma catraca (B) localizada no eixo da roda traseira (C) por meio de uma 2m
corrente. A opção que representa a bicicleta mais veloz para o mesmo
número de pedaladas do ciclista é:
eixo
(A)
C A
04 (ITA) Um avião voa em uma altitude e velocidade de módulo constantes,
em uma trajetória circular de raio R, cujo centro coincide com o pico de uma
(B) montanha onde está instalado um canhão. A velocidade tangencial do avião
é de 200 m/s e a componente horizontal da velocidade da bala do canhão é
de 800 m/s. Desprezando o atrito e o efeito de rotação da Terra e admitindo
que o canhão está direcionado de forma a compensar o efeito de atração
B gravitacional, para atingir o avião, no instante do disparo o canhão deverá
estar apontando para um ponto à frente deste situado a quantos rad.
C
a. N faz rota para o norte com velocidade v. N’ faz rota para o leste com
B velocidade v’. Qual será a mínima distância entre os navios?
b. N’ faz rota para leste com velocidade v’. Qual é o rumo que N deve
C tomar para encontrar N’? Quanto tempo levará?
02 (AFA) Um operário puxa a extremidade de um cabo que está enrolado 07 O ponteiro dos minutos do relógio de uma igreja tem o dobro do
em um cilindro. À medida que o operário puxa o cabo, o cilindro vai rolando comprimento do ponteiro das horas. A que hora após a meia-noite a
sem escorregar. Quando a distância entre o operário e o cilindro for igual a extremidade do ponteiro dos minutos está se afastando da extremidade
2 m (ver figura a seguir), o deslocamento do operário em relação ao solo do ponteiro das horas com velocidade máxima?
será de:
08 Um corpo de massa m está preso a um fio de 0,5 m de comprimento
e descreve um movimento circular sobre uma mesa horizontal com
aceleração angular constante de 2 rad/s2. Quando o corpo começa a ser
observado, a velocidade angular é 4 rad/s e o ângulo com o eixo x é zero.
Determine, em função do tempo: 10 Na figura abaixo, é representada uma barra de comprimento L, unida a
duas cordas acopladas nas polias 1 e 2. Determine, em função dos dados
a. o deslocamento angular e a velocidade angular; abaixo, o tempo gasto para que a barra esteja na horizontal, sabendo que
b. os vetores posição, velocidade e aceleração em coordenadas a polia 1 gira no sentido horário e a polia 2 no anti-horário.
cartesianas; Dado: ω1 = ω2 = ω3
c. o torque da força resultante em relação ao centro de rotação.
A B
L
v, m, +Q2 θ
–Q1
5d
+Q1
C
12d
a. sua aceleração centrípeta instantânea;
b. sua aceleração tangencial instantânea.
Lançamento oblíquo
3
1. Princípio da independência dos Nesses 8 s de movimento, a lancha se deslocou 20 · 8 = 160 m
Portanto, o avião deve ficar a 560 – 160 = 400 metros de distância
movimentos (Princípio de Galileu) para atingir a lancha.
“Se um corpo descreve um movimento composto, cada um dos
Ex.: Uma partícula é lançada horizontalmente de uma altura , com
movimentos componentes é descrito independentemente dos outros, ou
velocidade inicial v, em um local onde a aceleração da gravidade
seja, como se os outros não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
é constante e vale g. Considerando desprezíveis quaisquer forças
O princípio de Galileu nos mostra que, quando possuímos um dissipativas, determine:
movimento que é resultado da soma de movimentos simultâneos, nós
podemos estudá-los separadamente. Assim, ao lançarmos um corpo a. a altura em um instante t;
horizontalmente ou obliquamente, temos dois movimentos: um no eixo b. o módulo da velocidade da partícula em um instante t;
horizontal e outro no eixo vertical. Esses movimentos ficam mais fáceis c. a equação da trajetória.
se estudados separadamente.
Solução:
a. Para determinarmos a altura, temos que estudar a vertical (MUV em
2. Lançamento horizontal que |a| = g). Vamos considerar o sistema de referência com origem
no solo e positivo para cima. Assim:
Ao lançarmos um corpo, de uma certa altura h, em um local livre da
gt 2 gt 2
resistência do ar e com aceleração da gravidade igual a g, temos que ele h = h0 + v 0 t − →h=H−
executará uma curva como a representada a seguir. 2 2
b. Em um instante genérico t, a partícula possuirá uma componente
v0x g horizontal de velocidade (constante) e uma componente vertical.
Assim:
vx = v e vy = gt
H O módulo da velocidade resultante será dado por:
v R2 = v x2 + v y2 → v R = v 2 + g 2 t 2
Solução: Dica: uma outra forma de resolver o problema anterior (e, muitas vezes,
a. v = v0 + a · t → 0 = 5 · sen 30° – 10 · t → 10 · t = 2,5 → t = 0,25 s mais rápida) é usar o par de eixos coincidindo com o plano inclinado. Nesse
caso, a gravidade não coincidiria com um eixo e, por esse motivo, precisaria
b. No primeiro lançamento, a bola atinge a altura máxima de: ser decomposta. Daí, teríamos MUV nos dois eixos. Podemos resolver um
y = y0 + v0 · t + a · t2/2 problema de MUV nos dois eixos da forma explicitada abaixo. Basicamente,
y = 2 + 5 · sen 30° · 0,25 – 5 · (0,25)2 a mudança é a seguinte: em vez de usar equações de MRU na horizontal,
y = 2 + 0,625 – 0,3125 = 2,3125 m. devemos usar equações de MUV. Todo o raciocínio permanece igual.
Essa altura não é suficiente para atingir a altura da cesta.
c. A condição para acertar a cesta é a de que para x = 4 m → y = 3 m. Ex.: Uma partícula é lançada obliquamente em um local onde, além da
Pelo movimento na direção horizontal → x = x0 + v · t → aceleração da gravidade (10 m/s2), existe uma aceleração horizontal cujo
4 = 0 + v · cos 30° · t → 4 = 0,86 · v · t → v · t = 4,651 em que v é módulo vale 4 m/s2. Considerando que a velocidade inicial da partícula
a velocidade de lançamento da bola que acerta a cesta, e t é o tempo é v 0 = 2i + 30j , determine o tempo de voo dessa partícula e o alcance
necessário para acertar a cesta. Pelo movimento na direção vertical da bola horizontal obtido.
→ y = y0 + v0 · t + a · t2/2 → 3 = 2 + v · sen 30° · t – 5 · t2 →
g ax
1 = 0,5 · v · t – 5 ·t2. Então → 1 = 0,5 · 4,651 – 5 · t2 → 5 · t2 =
1,3255 → t2 = 0,2651 → t = 0,515 s. Assim → v · t = 4,651 → v0
v · 0,515 = 4,651 → v = 4,651/0,515 = 9,03 m/s.
Bola 2:
3
Posição horizontal x = 50 ⋅ ⋅ t = 25 ⋅ t ⋅ 3 = 75 3 m.
01 Uma bola é chutada da superfície de um terreno plano segundo um 2
ângulo j0 acima da horizontal. 1 2 2
Posição vertical y = 50 ⋅ ⋅ t − 5 ⋅ t = 25t − 5t =75 − 45 = 30 m.
2
No instante em que a bola 1 atinge a altura máxima, a bola 2 está na
posição (75 3 ;30) m.
j0 A distância entre elas é dada por:
q
d = ( ∆x 2 + ∆y 2 ) = ( 75 2
)
⋅ 3 + 152 = ( 5.625 ⋅ 3 + 225 ) =
Se q é o ângulo de elevação do ponto mais alto da trajetória, visto do
(16.875 + 225 ) = (17.100 ) m.
ponto de lançamento, a razão tan θ/tan ϕ0, desprezando-se a resistência
do ar, é igual a:
(A) 1/4.
(B) 1/2. 01 Uma pedra é jogada para cima em uma direção que forma um ângulo
(C) 1/6. de 30° com a horizontal no campo gravitacional terrestre, considerado
(D) 1/8. uniforme. Ignorando-se o atrito com o ar, no ponto mais alto alcançado
pela pedra:
Solução: Letra B.
Para determinar θ, observe a figura: (A) o módulo de sua aceleração é zero.
(B) o módulo de sua velocidade é zero.
y (C) o módulo de sua aceleração atinge um mínimo, mas não é zero.
(D) o módulo de sua velocidade atinge um mínimo, mas não é zero.
(E) o módulo de seu vetor posição, em relação ao ponto de lançamento,
v0 é máximo.
j0
q q hMÁX
x 02 Um corpo é lançado obliquamente com velocidade de módulo 50 m/s,
A/2 sob um ângulo de lançamento θ (sen θ = 0,6, cos θ = 0,8), conforme indica
a figura.
A
→
y v
tan θ = hMÁX/(A/2) = [(V02 · (sen2 j/2 g)/(V02 · 2 · sen j0 · cos j0/2 g) = →
04 O canhão da figura dispara um projétil com velocidade inicial de módulo 09 (AFA) Dois projéteis A e B são lançados obliquamente em relação
igual a v0, atingindo um alvo estacionário situado em P: à horizontal. Sabendo que ambos permanecem no ar durante o mesmo
intervalo de tempo e que o alcance de B é maior que o alcance de A,
P
afirma-se:
I. Ambos atingem a mesma altura máxima.
II. A velocidade inicial de B é maior que a de A.
V0 300 m III. A maior altura é atingida por A, que foi lançado com maior velocidade.
400 m
(A) I.
(B) II.
Desprezando influências do ar e supondo g = 10 m/s2, determine o valor
(C) III.
de v0.
(D) I e II.
05 A figura a seguir mostra a fotografia estroboscópica de uma bolinha
10 (AFA) Um audacioso motociclista deseja saltar de uma rampa de 4 m
lançada horizontalmente, nas proximidades da Terra.
de altura e inclinação 30° e passar sobre um muro (altura igual a 34 m) que
está localizado a 50 3 m do final da rampa. Para conseguir o desejado,
a a velocidade mínima 2da moto no final da rampa deverá ser igual a:
c d
Sendo a = 1 m e c = 4 m, calcule b e d.
50 3
06 Dois projéteis A e B são lançados obliquamente, descrevendo as 4m
30
trajetórias parabólicas representadas na figura:
obs.: o desenho está fora de escala.
A P (A) 144 km/h.
B (B) 72 km/h.
h (C) 180 km/h.
O (D) 50 km/h.
Solo plano e horizontal 11 (AFA) A figura abaixo representa as trajetórias de dois projéteis A e B
lançados no mesmo instante em um local onde o campo gravitacional é
Sabendo que ambos partiram do ponto O com velocidade de mesmo módulo constante e a resistência do ar é desprezível.
v0, compare os módulos das velocidades com que A e B passam pelo ponto P.
trajetória de B
(A) a bala mais pesada atinge o solo em um tempo menor.
(B) o tempo de queda das balas é o mesmo. P
(C) a bala que foi disparada com maior velocidade atinge o solo em um
tempo maior.
(D) nada se pode dizer a respeito do tempo de queda, porque não se sabe
qual das armas é mais possante.
Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas trajetórias, os projéteis
08 (AFA) Durante um jogo de basquetebol, um jogador arremessa a bola possuíam a mesma:
com velocidade inicial de 10 m/s formando um ângulo de 30° acima da
(A) velocidade tangencial.
horizontal. Sabendo que a altura do cesto é 3,05 m e que o lançamento foi
(B) velocidade horizontal.
feito de uma altura de 2 m, a distância horizontal, em metros, do jogador
(C) aceleração centrípeta.
ao cesto, para que ele consiga fazer os pontos sem o auxílio da tabela,
(D) aceleração resultante.
deverá ser aproximadamente:
h
(C) 2v 0 .
g
d
v0 2
(D) . (A) g d .
2g v
8
2
g d
(B) .
2 v
01 (AFA) Considere uma partícula M lançada verticalmente para cima com
uma velocidade de 30 m/s. No mesmo instante, uma outra partícula N é d
(C) g .
lançada horizontalmente de um ponto situado a 120 m do solo. Sabe-se v
que elas se chocarão em um ponto Q, conforme a figura. Desprezando
gd
os efeitos do ar, a altura do ponto Q é: (D) .
2v
N
04 Um objeto é lançado obliquamente ao ar com ângulo de lançamento θ.
Sabendo-se que o alcance máximo foi 122,5 m, qual a sua velocidade
Q inicial de lançamento, em m/s?
(Considere g = 10 m/s2)
120 m
(A) 10.
(B) 12,5.
(C) 35.
(D) 49,5.
M
05 Em uma região plana, um projétil é lançado do solo para cima, com
velocidade de 400 m/s, em uma direção que faz 60° com a horizontal.
Calcule a razão entre a distância do ponto de lançamento até o ponto no
(A) 80 m. qual o projétil atinge novamente o solo e a altura máxima por ele alcançada.
(B) 60 m.
(C) 40 m. 06 Um projétil é lançado contra um anteparo vertical situado a 20 m do
(D) 15 m. ponto de lançamento. Despreze a resistência do ar. Se esse lançamento
é feito com uma velocidade inicial de 20 m/s em uma direção que faz
02 (AFA) Um projétil é disparado com velocidade de 250 m/s em uma um ângulo de 60º com a horizontal, a altura aproximada do ponto onde o
direção que faz um ângulo θ com a horizontal. Após um intervalo de tempo, projétil se choca com o anteparo, em metros, é:
o projétil choca-se com um obstáculo a 5.250 m do ponto de disparo. (Dados: tan 60° ≈ 1,7; g = 10 m/s²)
Desprezando-se a resistência do ar e considerando-se g = 10 m/s2,
sen θ = 0,7, a velocidade do projétil, em m/s, no instante do choque é: y
anteparo
(A) 125.
(B) 175.
(C) 215.
(D) 250. v0
h
60°
x
20m
(A) 7,0. (D) 19. 10 Um avião de bombardeio voa horizontalmente em linha reta, à altura
→
(B) 11. (E) 23. H, com velocidade v . Desprezando influências do ar no movimento da
(C) 14. bomba, determine o ângulo θ no momento da largada da bomba para que
ela atinja o alvo. (Dado: g = aceleração da gravidade.)
07 Uma par tícula, de massa m = 40,0 gramas e carga elétrica →
q = 8,0 mC, encontra-se inicialmente fixa na origem do sistema coordenado v
XOY (veja figura abaixo). Na região, existe um campo elétrico uniforme Trajetória parabólica
E = 100 ⋅ i( N / C). A partícula é solta e passa a se mover na presença dos θ
campos elétrico e gravitacional g = 10, 0 j (m/s ) . No instante em que
2
Linha de visada
(m, +q)
x Alvo
o Solo
11 (IME) Um míssil, viajando paralelamente à superfície da Terra com
uma velocidade de 180 m/s, passa sobre um canhão à altura de 4.800
m no exato momento em que seu combustível acaba. Nesse instante, o
canhão dispara a 45° e atinge o míssil. O canhão está no topo de uma
colina de 300 m de altura.
y
08 Uma bola rola do alto de uma escada com velocidade horizontal de solo
módulo v0 = 4 m/s. Cada degrau mede 50 cm de profundidade e 50 cm
de altura. Sabendo a aceleração local da gravidade g = 10 m/s2, determine a altura
V0 da posição de encontro do míssil com a bala do canhão, em relação ao
solo. Despreze a resistência do ar.
1o degrau
12 (ITA) Duas placas paralelas, de comprimento , estão carregadas e
50 cm servem como controladoras de elétrons em um tubo de raios catódicos. A
50 cm distância das placas até a tela do tubo é L. Um feixe de elétrons de massa m
g = 10 m/s2 e carga e penetra entre as placas com uma velocidade v0, como mostra
a figura.
45° L
1 2
De acordo com o gráfico, determine:
2.000 m
a. a altura máxima atingida pelo centro de gravidade de Daiane; Determine:
b. a velocidade média horizontal do salto, sabendo-se que a distância
percorrida nessa direção é de 1,3 m; a. a velocidade inicial do foguete em 1 para que intercepte o segundo;
c. a velocidade vertical de saída do solo. b. quanto tempo após o lançamento ocorre o encontro dos dois foguetes.;
c. a que altura ocorre o encontro. Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s².
14 (ITA) Durante as Olimpíadas de 1968, na cidade do México, Bob
Beamow bateu o recorde de salto em distância, cobrindo 8,9 m de 20 Uma partícula no solo a 3 m de uma parede é lançada com velocidade
^ ^
extensão. Suponha que, durante o salto, o centro de gravidade do atleta 6i + 8j e colide elasticamente com essa parede. A que distância da parede
teve sua altura variando de 1,0 m no início, chegando ao máximo de 2,0 ela se chocará com o solo?
m e terminando a 0,20 m no fim do salto. Desprezando o atrito com o ar,
(A) 3 m.
qual a componente horizontal da velocidade inicial do salto?
(B) 3,3 m.
(C) 5,5 m.
15 Um garoto está 4 m à frente de uma parede vertical e lança uma bola.
(D) 6,6 m.
A bola →deixa a mão do garoto a uma altura de 2 m do solo com velocidade
^ (E) 8 m.
inicial v = 10î + 10 j m/s. Quando a bola bate na parede, a componente
horizontal do vetor velocidade troca de sentido e a vertical permanece
21 Uma bola de gude rola do topo de uma escada com velocidade
inalterada. Onde a bola atinge o solo?
horizontal constante u. Se cada degrau tem altura y e comprimento x, qual
a condição para que a bola se choque com o n-ésimo degrau?
16 Calcule o raio de curvatura da trajetória de um projétil que foi lançado
com velocidade inicial Vo formando um ângulo α com a horizontal nos
seguintes casos:
A
H
B
α
Termometria
1
1. Noções iniciais
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A termometria é a parte da termologia que se preocupa em medir a
temperatura de corpos e sistemas, segundo escalas termométricas, as
quais serão apresentadas neste capítulo.
3. Medida da temperatura
3.1 Termômetros
ácido
Instrumentos de medição de temperatura.
parcial
0 150
50 50
índice mercúrio
150 0
3.1.5 Termômetro de radiação um gás de modo que seu volume permanece constante. A pressão do gás
no bulbo pode ser obtida a partir da medição da diferença de nível, nos
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dois braços do manômetro. Esses termômetros, devido a sua precisão,
são muitas vezes utilizados para calibrar outros de mesma caracteristica.
2 • Ponto
X2 Y2
h Para que seja realizado, basta efetuar uma interpolação linear entre as
R temperaturas em diferentes escalas, ou seja, as razões entre segmentos
equivalentes nas duas é igual, de maneira que:
sistema X − X1 Y − Y1
=
X2 − X1 Y2 − Y1
bulbo
com
gás
Em que X1, X2, Y1 e Y2 são os pontos fixos nas escalas X e Y,
tubo respectivamente.
flexível
Nas habituais, conhecemos os pontos fixos, portanto:
O termômetro de gás ou de volume constante, mede a temperatura pela
variação do volume e da pressão de um gás. É constituído por um bulbo
ligado por um tubo capilar de um manômetro. O bulbo é preenchido com
°C °F K Solução: Letra D.
Utilizaremos a equação termométrica das escalas Celsius e Fahenheit:
100 212 373,15 C F − 32 9C
= ⇒F= + 32
5 9 5
Do enunciado, temos:
e
C e
F T
|C| = |F|
9C
C = + 32 ⇒
5
32 273,15 9C
0
C = 5 + 32 ⇒ 5C = 9C + 160 ⇒ C = −40
−C = 9C + 32 ⇒ −5C = 9C + 160 ⇒ C = 11,, 4
Realizando a interpolação: 5
C−0 F − 32 K − 273,15
= = 02 Um cientista criou uma escala termométrica D que adota como pontos
100 − 0 212 − 32 373,15 − 273,15
fixos de ebulição do álcool (78°C) e o de ebulição do éter (34°C). O gráfico
a seguir relaciona essa escala D com Celsius.
Simplificando:
C F − 32 K − 273
= = tc (°C)
5 9 5
78
34
03 Ao nível do mar, mediante os termômetros, um graduado da escala 03 Um termômetro graduado em uma escala X indica 10ºX para o ponto
Celsius e outro, na escala Fahrenheit, determinamos a temperatura de certa de gelo e 90°X para o ponto de vapor. Quando o termômetro construído
massa de água líquida. A diferença entre as leituras dos dois termômetros com a tal escala X indica 25°X, a temperatura em °C será igual a:
é 100. Qual a temperatura dessa massa de água na escala Kelvin?
(A) 9,51. (C) 25,51.
Solução: (B) 18,75. (D) 32,75.
Utilizaremos a equação termométrica das escalas Celsius e Fahrenheit.
C F − 32 9C 04 (ITA) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina
= ⇒F= + 32 criou sua própria escala linear de temperaturas. Nessa nova escala, os
5 9 5
valores de 0 (zero) e 10 (dez) correspondem respectivamente a 37°C
Como a água está líquida, a temperatura em Fahrenheit será maior que a
e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas escalas é
Celsius, logo, do enunciado temos que: F – C = 100
aproximadamente:
9C
Substituindo, temos: + 32 − C = 100 ⇒ C = 85 (A) 52,9°C. (D) –8,5°C.
5
(B) 28,5°C. (E) –28,5°C.
Da relação entre Celsius e Kelvin, temos: (C) 74,3°C.
K = C + 273
K = 358 K 05 Pode-se medir a temperatura com um termômetro de mercúrio. Neste,
a grandeza termométrica é o comprimento l de uma coluna capilar, medida
04 Em uma escala termométrica arbitrária A, a temperatura de fusão do a partir de uma origem comum. Verifica-se que l = 2,34 cm quando o
gelo sob pressão normal é 20 A e a temperatura de 70 A equivale a 176, termômetro está em equilíbrio térmico com o gelo em fusão, e l = 12,34 cm
na escala Fahrenheit. Nessas condições, a temperatura de 40°C equivale, quando o equilíbrio térmico é com a água em ebulição (em um ambiente
na escala A, a: em que a pressão atmosférica é de 1 atm).
C F − 32 40 F − 32
= → = → F = 104
5 9 5 9
08 (UFMS) Ao realizar experimentos, biólogos observaram que a taxa 11 (ITA SP) Para medir a febre de pacientes, um estudante de medicina
de canto dos grilos de uma determinada espécie estava relacionada com criou sua própria escala linear de temperatura. Nessa nova escala,
a temperatura ambiente de uma maneira que poderia ser considerada os valores de 0 (zero) a 10 (dez) correspondem, respectivamente, a
linear. Experiências mostraram que, a uma temperatura de 21°C, os grilos 37°C e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas é
cantavam, em média, 120 vezes por minuto; e, a uma temperatura de 26°C, aproximadamente:
os grilos cantavam, em média, 180 vezes por minuto. Considerando T a
temperatura em graus Celsius e n o número de vezes que os grilos cantavam (A) 52,9°C.
por minuto, podemos representar a relação entre T e n pelo gráfico abaixo. (B) 28,5°C.
Supondo que os insetos estivessem cantando, em média, 156 vezes por (C) 74,3°C.
minuto, de acordo com o modelo sugerido nesta questão, estima-se que (D) –8,5°C.
a temperatura deveria ser igual a: (E) –28,5°C.
05 Uma escala termométrica X foi definida tomando-se o ponto de 08 Gradua-se um termômetro, tomando-se para pontos fixos o de ebulição
ebulição de uma substância, cuja temperatura é de 127°C, como do álcool, suposto 80ºC, e o de ebulição da água. No ponto de ebulição do
100°X, e o zero absoluto como –100°X. A temperatura de 20°X álcool marca-se 0 grau e no da água marca-se 100 graus. A temperatura
corresponderá, na escala Kelvin, a que valor? na escala Celsius que corresponde a 70º dessa nova escala é:
06 A figura mostra três termômetros cujas escalas se relacionam de (A) 70. (C) –50.
acordo com a ilustração a seguir. Colocando-os em um mesmo meio, se (B) 94. (D) 100.
o termômetro A indicar 60°A, qual será a razão entre as correspondentes
indicações em B e C? 09 (UEL) O gráfico indicado a seguir representa a relação entre a
A B C temperatura média em uma escala X e a mesma temperatura medida na
escala Celsius.
80 100 212 t( °X)
25
0 0 32 20
15
10
5 t(°C)
10 20 30
07 Dois termômetros, o primeiro graduado na escala Celsius e o segundo 0
em uma nova escala recentemente criada e ainda sem nome, foram usados –5
para se medir as temperaturas dos líquidos contidos em dois recipientes. –10
Ao serem utilizados, o graduado na nova escala registrou um valor duas
vezes maior que o graduado na escala Celsius no primeiro recipiente, e
três vezes no segundo (mais quente). Para a variação de 1,0°C, que intervalo vamos observar na escala X?
Se as diferenças de temperatura observadas nos dois líquidos foram de
50 graus em Celsius e de 200 graus na nova escala, a temperatura do
ponto de gelo nessa nova é de:
Dilatação
2
1. Introdução 2. Dilatação linear
∆L = LO a ∆T
repulsão atração
Em que:
∆L → variação do comprimento (∆L = L – Lo);
A dilatação térmica é o fenômeno que um corpo apresenta ao variar
suas dimensões geométricas quando sua temperatura se modifica, sendo, Lo → comprimento inicial;
inclusive, esse o fenômeno usado para a construção de termômetros de L → comprimento final (L = Lo + ∆L); αFe = 13 ⋅ 10−6 °C−1;
−6 −1
coluna líquida. a → coeficiente de dilatação linear α Cu = 16 ⋅ 10 °C ;
Dependendo da quantidade de dimensões variantes, a dilatação térmica −6 −1
α vidro =8 ⋅ 10 °C ;
é classificada em linear, superficial ou volumétrica.
∆T → variação de temperatura (∆T = T – To).
• Dilatação linear: apenas uma dimensão varia. Por exemplo: uma barra
de ferro cujo comprimento aumenta quando aquecida. Podemos também obter uma expressão para o comprimento final L:
• Dilatação superficial: apenas duas dimensões variam. Lembrando ∆L = L – Lo = Lo a ∆T
que duas dimensões podem representar uma área, pode-se dizer que a L = Lo + Lo a ∆T
dilatação superficial provoca uma variação de uma área. Por exemplo:
uma chapa de aço que tem sua área aumentada quando aquecida.
• Dilatação volumétrica: as três dimensões do corpo variam. Lembrando L = Lo (1+ a ∆T)
que três dimensões podem representar volume, pode-se dizer que a
dilatação volumétrica provoca uma variação de volume. Por exemplo:
um bloco de cobre tem seu volume aumentado quando aquecido. 3. Dilatação superficial
©iStockphoto.com/DavidHewison
Obs.:
• A rigor, toda dilatação tem caráter volumétrico. No entanto, há casos
em que alguma dimensão é tão maior que outra que a dilatação da
segunda é desprezível se comparada à primeira, caracterizando, assim,
a dilatação linear (apenas uma dilatação é considerável) e a superficial
(apenas duas dilatações saõ consideráveis).
• O oposto à dilatação térmica é a contração térmica. Quando um corpo
sofre um decréscimo de temperatura, suas dimensões se contraem.
∆A = Ao b ∆T
4. Dilatação volumétrica b
©iStockphoto.com/jax10289
b
b0
a0 a
Utilizando o mesmo artifício na dilatação de um sólido de dimensões Aplicando as fórmulas de variação de volume, temos:
ao, bo e co, chegamos à relação entre α e γ: Vo ∙ gaparente ∙ Dq = Vo ∙ glíquido ∙ Dq – Vo ∙ grecipiente ∙ Dq
Dividindo a expressão acima por Vo ∙ Dq, temos:
γ = 3α
gaparente= glíquido – grecipiente
Resumindo:
Atenção: A expressão acima só é válida quando os volumes iniciais são
α β γ iguais.
= =
1 2 3
8. Variação da massa específica
de uma substância
6. Comportamento dos espaços vazios m
Massa específica ou densidade absoluta: ρ =
Verifica-se experimentalmente que os furos de chapas ou buracos V
em sólidos, como, vai, o espaço de dentro de um copo, comportam-se Seja um corpo feito de uma substância cuja massa específica é ρo.
como se esse espaço fosse feito do próprio material. Ou seja, ao se aplicar Isso significa que se esse corpo tem um volume inicial Vo, sua massa m
a dilatação volumétrica em uma chapa com um furo, tal furo aumentar de será dada por:
tamanho como se fosse feito do material da chapa.
m = ρoVo
01 Uma esfera maciça de raio 3 m (113 m3) feita de ferro foi colocada
Ao aquecermos esse sistema, teremos que uma das lâminas se dilatará
em um forno inicialmente a 20°C. Aquece-se o forno até uma temperatura
mais do que a outra. Isso ocorre porque ao analisarmos a equação da
de 220°C.
dilatação linear
L = Lo(1 + α∆T) Determine:
a. o novo raio da esfera.
constatamos que L depende apenas de Lo, α e ∆T. Como o comprimento b. o novo volume da esfera.
inicial é o mesmo (as lâminas tinham o mesmo tamanho) e a variação de
temperatura é a mesma para ambas, terá maior L a lâmina que tiver maior α. Dado: aFe = 13 · 10 – 6 °C –1
Entretanto, pelo fato de elas estarem presas, a tendência do sistema
será curvar-se, e a direção da curva se dá com as seguintes análises: Solução:
a. Para o cálculo do novo raio, aplicamos a expressão da dilatação linear:
• A lâmina que se dilata mais terá L maior; consequentemente, terá um ∆L = LO α ∆T.
raio maior. Na qual L será representado pelo raio, assim:
• A lâmina que se dilata menos terá L menor; consequentemente, terá ∆R = RO α ∆T = 3 · 13 · 10–6 · 200 = 0,0078 m.
um raio menor. Logo, R = 3 + 0,0078 = 3,0078 m.
aquecimento resfriamento
Poderíamos também aplicar a expressão do comprimento (raio) final:
R = Ro (1+ α ∆T) = 3(1 + 13 · 10–6 · 200) = 3,0078 m
b. Podemos realizar o cálculo do novo volume de duas formas. A primeira
(não recomendada) seria aplicar a fórmula do volume de uma esfera
4 3.
Ex. 1: lâmina superior com maior Ex. 2: lâmina inferior com maior V= πR
coeficiente. coeficiente. 3
4
V = π 3,0078 3 ≅ 113,9 m 3
3
02 Em um relógio, o pêndulo é uma barra metálica projetada para que seu 03 Uma régua que apresenta um erro de 2% em sua medida foi calibrada
período seja igual a 1s. Verifica-se que, no inverno, quando a temperatura a 20°C. Qual é a sua temperatura?
média é de 10°C, o relógio adianta, em média, 55s por semana; no verão, Dado: coeficiente de dilatação linear = 10–3°C–1.
quando a temperatura média é 30°C, o relógio atrasa, em média, 1 minuto
por semana. Solução:
Ve = Lo(1 + α∆θ)
a. Calcule o coeficiente de dilatação linear do metal do pêndulo. e = 0,02 = 2%
b. A que temperatura o relógio funcionará com precisão? Vc = Lo
0,02 =
( Lo (1 + α∆θ) − Lo ) → ∆θ = 20°C → T = 40°C.
Solução: F
a. Precisaremos da expressão do período de um pêndulo: Lo
L 04 Ao medir uma barra de aço a 20°C com uma régua que foi calibrada
T = 2π
g nessa temperatura, encontramos o valor de 50 cm. Depois de colocar
no forno a régua e a barra de aço, é feita uma nova medida a 40°C e
Na qual vemos a relação entre T e L. encontra-se o valor de 48 cm. Determine o coeficiente de dilatação da
Vale ressaltar que: régua, sabendo que o do aço vale 10–3°C–1.
• O relógio adianta quando T diminui (logo, L diminui por resfriamento).
• O relógio atrasa quando T aumenta (logo, L aumenta por Solução:
aquecimento). Precisamos ter em mente que a medida de 48 cm após o aumento de
temperatura da barra e da régua, na verdade, vale 48(1+ αR∆θ), em que
Uma dica para esses tipos de problema é multiplicar a variação relativa αR é o coeficiente de dilatação da régua. Além disso, sabemos que o
do período pelo intervalo de tempo em que foi feita a medição. Assim, comprimento final da barra será 50(1 + αB∆θ), em que αB é o coeficiente
temos que o atraso ou o adianto do relógio será dado por: de dilatação da barra. Então, temos que:
50(1 + αB∆θ) = 48(1 + αR∆θ)
L L Substituindo valores, encontramos que αR = 3,125 · 10–3°C–1.
2π − 2π o
∆T g g L
⋅ ∆t = ⋅ ∆t = − 1 ∆t
To Lo L 05 Um frasco de vidro, cujo volume é de 300 cm³ a 10°C, está completamente
2π o
g cheio de um certo líquido. Quando se aquece o conjunto a uma temperatura
de 140°C, transbordam 2 cm³ do líquido. Sendo o coeficiente de dilatação
= ( 1 + α∆T − 1 ∆t) volumétrica do frasco igual a 0,00027/°C–1, determine:
Aqui usamos a aproximação dada anteriormente em simplificações a. o coeficiente de dilatação volumétrica aparente do líquido.
úteis: b. o coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido.
∆T α∆T Solução:
.∆t ≅ ∆t
To 2 a. A dilatação denominada aparente é o volume que transborda. Assim:
∆Vaparente = Vo ⋅ γ aparente ⋅ ∆T
Nesse problema, para calcular primeiramente o coeficiente de
dilatação, aplicaremos a expressão acima para uma variação de ∆Vaparente 2
γ aparente = = = 5,1 ⋅ 10−5°C−1
temperatura de 10°C a 30°C, produzindo um atraso total de (55 + Vo ⋅ ∆T 300 ⋅ 130
60) = 115 segundos.
b. Para calcular o coeficiente real do líquido, usaremos a expressão
Assim: demonstrada anteriormente: γlíquido = γaparente + γrecipiente
α20 γ líquido = 5,1 ⋅ 10−5 + 27 ⋅ 10 −5 = 32,1 ⋅ 10 −5°C−1
115 ≅ 7 ⋅ 24 ⋅ 3600 → α = 1,9 ⋅ 10 −5°C−1
2
b. Para determinar a temperatura na qual o relógio é preciso, aplicaremos
a mesma expressão para uma variação de temperatura de Tpreciso até
30°C, produzindo um atraso total de 55 segundos.
01 (UFU) O gráfico a seguir representa o comprimento L, em função da
1,9 ⋅ 10−5 ⋅ (30 − Tpreciso ) temperatura θ, de dois fios metálicos finos A e B.
60 ≅ 7 ⋅ 24 ⋅ 3.600 →
2 L A
Tpreciso = 19,6°C
B
Outra solução interessante seria notar que a relação entre atraso ou
adianto e a variação de temperatura é direta, assim, podemos resolver
pela proporção:
60 115
= → Tpreciso = 19,6°C
30 − Tpreciso 30 − 10
0 θ
Com base nessas informações, é correto afirmar que: 06 (CEFET) Um recipiente de 200 cm3 de capacidade, feito por um material
de coeficiente de dilatação volumétrica de 100 · 10–6 °C–1, contém 180 cm3
(A) os coeficientes de dilatação lineares dos fios A e B são iguais. de um líquido de coeficiente de dilatação cúbica de 1.000 · 10–6 °C-1. A
(B) o coeficiente de dilatação linear do fio B é maior que o do fio A. temperatura do sistema é de 20°C. Qual a temperaturalimite de aquecimento
(C) o coeficiente de dilatação linear do fio A é maior que o do fio B. do líquido sem que haja transbordamento?
(D) os comprimentos dos dois fios em θ = 0 são diferentes.
07 A densidade absoluta de um material a 20°C é 0,819 g/cm3 e seu
02 (UEL) Uma barra metálica, inicialmente à temperatura de 20°C, é coeficiente de dilatação volumétrica vale 5 · 10–4 °C. A que temperatura
aquecida até 260°C e sofre uma dilatação igual a 0,6% do seu comprimento devemos levar esse corpo para que sua densidade absoluta torne-se igual
inicial. Qual o coeficiente de dilatação linear médio do metal, nesse intervalo a 0,780 g/cm3?
de temperatura?
08 (UFF) Nos ferros elétricos automáticos, a temperatura de funcionamento,
03 O gráfico a seguir representa o comprimento (L) de um fio em função que é previamente regulada por um parafuso, é controlada por um termostato
de sua temperatura (t): constituído de duas lâminas bimetálicas de igual composição.
Os dois metais que formam cada uma das lâminas têm coeficientes de
L(m)
dilatação α1 – o mais interno – e α2. As duas lâminas estão encurvadas
e dispostas em contato elétrico, uma no interior da outra, como indicam
4,02 as figuras a seguir. A corrente, suposta contínua, entra pelo ponto 1 e sai
4,00 pelo ponto 2, conforme a figura I, aquecendo a resistência. À medida que
a temperatura aumenta, as lâminas vão se encurvando, devido à dilatação
dos metais, sem interromper o contato. Quando a temperatura desejada é
alcançada, uma das lâminas é detida pelo parafuso, enquanto a outra continua
0 encurvando-se, interrompendo o contato entre elas, conforme a figura II.
10 110 t(°C)
Figura I Figura II
Qual o coeficiente de dilatação linear do material de que é feito o fio?
R
Dados: αconcreto=12 · 10–6° C–1; αferro= 13 · 10–6 °C–1.
09 Uma barra com uma rachadura no centro entorta para cima com um
300 cm pequeno aumento de temperatura de θ°C. Sendo Lo o comprimento inicial
da barra e α o seu coeficiente de dilatação linear, determine x.
(Considere x <<< Lo)
cobre
L0
30 cm
x
(A) 100°C. (D) 120°C.
(B) 180°C. (E) 200°C. L0
(C) 150°C.
10 Uma barra de metal de 30,0 cm de comprimento sofre uma dilatação 17 (FGV-SP) Um serralheiro monta, com o mesmo tipo de vergalhão de
de 0,075 cm, quando sua temperatura sobe de 0°C para 100°C. Outra ferro, a armação esquematizada.
barra de um metal diferente, de mesmo comprimento, dilata-se 0,045 cm,
sob as mesmas condições. Uma terceira, também de 30,0 cm de A
comprimento, é feita de dois pedaços dos metais acima, colocados em
linha, e se expande 0,065 cm entre 0°C e 100°C. Descubra o comprimento
de cada parte da barra composta.
11 (ITA) Uma ampola de vidro está totalmente cheia com certa massa
mo de líquido a 0°C. Aquecendo-se o sistema a θ°C, resta na ampola só
a massa m do líquido. O vidro tem coeficiente de dilatação k, sendo o do
líquido γ. A partir de mo, m, k, γ, calcule θ · α .
B
12 (ITA) Um bulbo de vidro cujo coeficiente de dilatação linear é 3 · 10–6 °C–1
está ligado a um capilar do mesmo material. À temperatura de –10,0°C, A barra transversal que liga os pontos A e B não exerce forças sobre esses
a área da secção do capilar é 3,0 · 10–4 cm² e todo o mercúrio cujo pontos. Se a temperatura da armação for aumentada, a barra transversal:
coeficiente de dilatação volumétrica é 180 · 10–6 °C–1 ocupa o volume total
do bulbo, que a essa temperatura é 0,500 cm³. O comprimento da coluna (A) continuará não exercendo forças sobre os pontos A e B.
de mercúrio a 90,0°C será: (B) empurrará os pontos A e B, pois ficará 2 vezes maior que o novo
tamanho que deveria assumir.
(A) 270 mm. (D) 300 mm. (C) empurrará os pontos A e B, pois ficará Loα Dt vezes maior que o novo
(B) 540 mm. (E) 257 mm. tamanho que deveria assumir.
(C) 285 mm. (D) tracionará os pontos A e B, pois ficará 2 vezes menor que o novo
tamanho que deveria assumir.
13 Um anel de cobre (α = 20 · 10–6 °C–1) tem raio interno igual a 5 cm a (E) tracionará os pontos A e B, pois ficará Loα Dt vezes menor que o novo
20°C. Determine até qual temperatura devemos aquecê-lo, de modo que tamanho que deveria assumir.
esse anel possa ser introduzido em um cilindro com base de área igual a
79,285 cm2. Considere π ≈ 3,14. 18 Um banhista resolve medir a quantidade de energia solar absorvida
pelo seu corpo, deitado na areia da praia, em um dia de Sol, no momento
14 (MACKENZIE) A massa específica de um sólido é 10,00 g · cm–3 a em que a temperatura ambiente é 50°C. Para tal, ele estima a área do
100°C e 10,03 g · cm–3 a 32°F. O coeficiente de dilatação linear do sólido corpo exposta à radiação em 1 m² e mede o tempo de exposição como
é igual a: sendo 3.600 vezes o período de um pêndulo simples. Se o período desse
pêndulo é 1s à temperatura de 20°C e o coeficiente de dilatação linear
(A) 5,0 · 10–6 °C–1. (D) 20 · 10–6 °C–1. do fio do pêndulo é 1,0 · 10–2°C–1, determine o valor da energia calculada
(B) 10 · 10–6 °C–1. (E) 30 · 10–6 °C–1. pelo banhista.
(C) 15 · 10–6 °C–1.
Considere que:
15 (UNIRIO) Um industrial propôs construir termômetros comuns de • o banhista absorve toda a radiação incidente;
vidro para medir temperaturas ambientes entre 1°C e 40°C, substituindo • o processo de dilatação é instantâneo.
o mercúrio por água destilada. Cristóvão, um físico, se opôs, justificando
que as leituras no termômetro não seriam confiáveis, porque: Dados:
aceleração da gravidade: 10 m/s2;
(A) a perda de calor por radiação seria grande. intensidade da radiação solar: 1.320 W/m.
(B) o coeficiente de dilatação da água seria constante no intervalo de 0°C
a 100°C. 19 Três bastões de mesmo comprimento L formam um triângulo equilátero
(C) o coeficiente de dilatação da água entre 0°C e 4°C seria negativo. ABC. O ponto O é médio do lado BC. A distância OA permanece inalterada
(D) o calor específico do vidro seria maior que o da água. para pequenas variações de temperatura. Se o coeficiente de dilatação
(E) havia necessidade de um tubo capilar de altura aproximadamente linear para AB e AC é α2 e para BC é α1, qual a relação entre os coeficientes?
13 vezes maior do que o exigido pelo mercúrio.
(A) ↑
A
(B) a
(C) →
B
(D) ↓
a
(E) ←
a a
Calorimetria
3
1. Noções iniciais 2. Propagação de calor
A calorimetria analisa as trocas de calor entre os corpos e as suas A transferência de calor entre dois pontos pode ocorrer por três
consequências. Lembrando que calor é energia térmica em trânsito, processos: convecção, condução e radiação.
poderemos, futuramente, estabelecer princípios gerais para a calorimetria
com base nesse fato. 2.1 Convecção
A quantidade de calor (Q) representa a quantidade de energia que A convecção ocorre, normalmente, em um fluido (gás ou líquido)
é trocada entre corpos a diferentes temperaturas quando entre eles se e se caracteriza pela transferência de calor pelo movimento do próprio
estabelece uma transmissão de calor; por exemplo, quando colocamos fluido, gerando uma corrente de convecção. Essa corrente pode ter duas
em contato uma pedra de gelo a 0°C e um volume qualquer de água líquida naturezas:
a 20°C. Um fato importante que se deve notar de imediato é que só há
transferência de calor quando os corpos estão a temperaturas diferentes. • convecção forçada: um fluido impulsionado pela ação de um ventilador
Não haveria troca de calor entre gelo a 0°C e água a 0°C se eles fossem ou de uma bomba, por exemplo.
postos em contato. • corrente natural ou convecção livre: um fluido quando aquecido diminui
Por ser energia, Q deve ser expressa em unidades de energia. As de densidade, tendendo assim a subir sob efeito gravitacional, sendo
mais comuns são: substituído por um fluido mais frio, que possui maior densidade.
→ Joule (J) – É a unidade SI para energia;
Obs.: A densidade de um fluido gasoso pode ser calculada pela equação
→ Caloria (cal);
geral dos gases:
→ Quilocaloria (kcal ou cal) = 1.000 cal.
m m P·M
Obs.: P · V =n · R · T = · R · T ⇒ =d =
M V R·T
1 cal = 4,18 J.
Quando um corpo troca calor, suas moléculas podem se modificar Ex.: Os fabricantes de geladeira levam em conta o fato de o ar quente
energeticamente de duas formas: alterando sua energia cinética ou alterando subir e o ar frio descer. Por isso, o congelador, que é o responsável pelo
sua energia potencial. A energia cinética das moléculas será alterada resfriamento interno da geladeira, fica na parte de cima. Ele resfria o ar
quando for verificado que o calor trocado modificou a temperatura do próximo de si. Esse ar frio desce, enquanto o ar quente, que está embaixo,
corpo. Já a energia potencial dessas moléculas será alterada quando for sobe. Assim, produzem-se correntes de convecção, que mantêm o interior
verificado que o calor trocado modificou o estado de agregação dessas da geladeira em constante resfriamento. Se o congelador ficasse na parte
moléculas – em outras palavras, quando o corpo mudar de fase. Cada um de baixo da geladeira, o ar resfriado permaneceria na parte inferior. E o ar
desses efeitos (mudança de temperatura e mudança de fase) ocorre em que estivesse em cima continuaria quente, pois não desceria para poder
uma faixa de temperatura específica do corpo que troca calor. Por exemplo, ser resfriado pelo congelador.
analisemos o comportamento de uma massa de água ao longo do tempo
enquanto recebe calor e os efeitos que essa troca de calor lhe provoca; Ex. 1: No ar das cidades, também constatamos a convecção. Os gases
veja o gráfico esboçado abaixo: poluentes que saem do escapamento dos veículos e das chaminés das
fábricas tendem a subir, pois estão quentes. Esse é um exemplo em que
as correntes de convecção favorecem a dispersão dos poluentes.
T(°C)
(vapor a 100°C)
(água transformando-se Ex. 2: No corpo humano, há um mecanismo de convecção forçada,
em vapor)
(vapor esquentando)
responsável pela manutenção da temperatura corpórea: o fluxo sanguíneo,
100 no qual o coração funciona como uma bomba impulsionando o sangue
(água a 100°C)
(fluido).
(água esquentando)
0
tempo
(água a 0°C) A transferência de calor por convecção é um processo muito complexo
(gelo transformando-se em água) e não existe uma equação simples para descrevê-lo. No entanto, há
(gelo a 0°C)
–50 algumas observações que podem ser vistas experimentalmente:
(gelo esquentando)
(gelo a –50°C)
• A taxa de transferência de calor por convecção é diretamente
proporcional à área da superfície.
• a viscosidade do fluido retarda o movimento da convecção natural nas
Percebamos que uma mudança de fase não ocorre sempre com suas vizinhanças de superfícies estacionárias, dando origem a uma
aumento de temperatura e vice-versa. Assim, cada um desses “tipos” de camada isolante ao longo da superfície. Contudo, uma convecção
troca de calor é estudado separadamente. Definem-se, portanto, calor forçada provoca diminuição da espessura dessa camada, aumentando
sensível (aquele que provoca uma variação de temperatura) e calor latente a taxa de transferência de calor.
(aquele que provoca uma mudança de fase).
Q = m · c · ∆T
∆T
• A razão é chamada gradiente de temperatura e para a condução,
∆x Em que:
possui valor negativo.
• A constante k representa a condutividade térmica do material, indicando Q → quantidade de calor sensível;
se o material é um bom ou mau condutor de calor. No SI, k possui a m → massa do corpo que varia a temperatura;
seguinte dimensional: c → calor específico da substância que constitui o corpo;
cAl = 0,219 cal/g°C;
∆Q 1 ∆x J·m W
[ k ] ∆t · A · =
=
∆T s · m · K
2 [
⇒= k]
m· K
cágua = 1,000 cal/g°C;
cgelo = 0,550 cal/g°C;
cvapor = 0,480 cal/g°C;
Quando os extremos do corpo são mantidos a temperaturas constantes, ∆T → variação de temperatura.
um regime estacionário é estabelecido, ou seja, a temperatura ao longo
do corpo não depende do tempo. Isso significa que o fluxo de calor tem 3.2 Capacidade térmica – C
de ser o mesmo em qualquer seção do corpo.
É a quantidade de calor que um corpo precisa receber ou ceder para
Obs.: Os metais, que conduzem bem a eletricidade, também são bons que sua temperatura varie de um grau.
condutores de calor. Segundo a Lei de Wiedemann-Franz, a condutividade
térmica de um metal é proporcional à sua condutividade elétrica. Q = C · ∆T
2.3 Radiação Obs.:
A radiação transfere calor de um ponto a outro por meio da radiação A capacidade térmica de um corpo de massa m e constituído de um
eletromagnética, que pode se propagar no vácuo. Qualquer corpo, mesmo a material de calor específico c pode ser determinada pelo produto destas
baixas temperaturas, emite energia sob a forma de radiação eletromagnética. duas características físicas.
Φ = ε · σ · S · T4 (mc)água = (mc)corpo
fusão
sólido líquido 6. Pressão de vapor
solidificação
(pressão máxima de vapor)
Suponha um frasco tampado que contém um líquido qualquer.
4. Lei zero da termodinâmica Inicialmente, sobre esse líquido, há vácuo:
Equação geral das trocas de calor: se dois ou mais corpos, que vácuo
trocam entre si apenas calor, constituem um sistema isolado (ou seja, não
trocam calor com o que está fora desse sistema), a soma da quantidade líquido
total de calor cedido com a quantidade total de calor recebido é nula
(princípio da conservação de energia).
vapor, ao colidir com a superfície do líquido, podem perder energia e voltar à A pressão total exercida pela atmosfera é a soma das exercidas por
fase líquida. Esse número de colisões aumenta com o número de partículas seus componentes gasosos, ou seja, das suas pressões parciais. A razão
na fase de vapor. Isso significa que, embora sempre haja partículas de entre a pressão parcial e a máxima de vapor é denominada umidade
líquido se vaporizando, também haverá partículas de vapor se condensando. relativa.
Haverá um instante em que essas duas velocidades de mudança de fase
se igualarão, havendo um equilíbrio dinâmico. Nesse instante, a quantidade
de vapor é máxima e constante; essa massa de vapor exerce a chamada pressão parcial de vapor
umidade relativa (%) = 100 ⋅
“pressão máxima de vapor”. pressão máxima de vapor
decorrer
Quando a pressão parcial se iguala à pressão máxima, dizemos
do tempo que o vapor está saturado e a umidade relativa será de 100% e não
haverá evaporação. Se a pressão parcial ultrapassar a máxima, haverá
condensação, diminuindo a pressão parcial até se igualar a máxima
daquela temperatura. Este é o processo pelo qual se formam as nuvens,
o nevoeiro e as chuvas.
A pressão de vapor de uma substância é função apenas da temperatura
e não do volume.
mvapor PM
Pressão de vapor-d’água =
unidade absoluta =
volume RT
T Pressão T Pressão T Pressão
(°C) (mmHg) (°C) (mmHg) (°C) (mmHg)
–15 1,436 24 22,377 115 1.267,98 Obs.: Ponto de orvalho é a temperatura em que o vapor-d’água se torna
saturado. A evaporação torna-se maior quanto menor for a pressão parcial
–13 1,691 26 25,209 120 1.489,14 de vapor ou quanto maior for a pressão máxima de vapor.
–11 1,987 28 28,349 125 1.740,93
7.1 Sobrefusão
–9 2,326 30 31,824 130 2.026,16
–7 2,715 35 42,175 135 2.347,26 T(°C) resfriamento normal
–5 3,163 40 55,324 140 2.710,92
–3 3,673 45 71,88 145 3.116,76 líquido
–1 4,258 50 92,51 150 3.570,48
Tsolidificação solidificação
0 4,579 55 118,04 155 4.075,88 Qtrocado
2 5,294 60 149,38 160 4.636,00
T(°C) sólido
4 6,101 65 187,54 165 5.256,16 sobrefusão
6 7,013 70 233,70 170 5.940,92
8 8,045 75 289,10 175 6.694,08 líquido
10 9,209 80 355,10 180 7.520,20 A C solidificação
Tsolidificação
12 10,518 85 433,60 185 8.423,84 líquido em agitação Qtrocado
TSF sobrefusão
14 11,987 90 525,76 190 9.413,36 B sólido
16 13,634 95 633,90 195 10.488,76
18 15,477 100 760,00 200 11.659,16
Sob certas condições, os líquidos podem atingir temperaturas abaixo
20 17,535 105 906,07 205 12.929,12 da de solidificação ainda, aparentemente em equilíbrio, no estado líquido.
22 19,827 110 1.074,56 210 14.305,48 Este equilíbrio é denominado metaestável (a passagem para sólido é
muito lenta).
Obs.: Uma simples vibração ou introdução de uma porção sólida provoca
Um líquido entra em ebulição quando sua pressão de vapor se iguala à uma rápida solidificação parcial ou total da substância. O gráfico anterior
pressão atmosférica. Por isso, a água ferve a 100°C ao nível do mar, porém ilustra tal fenômeno.
ferve a temperaturas menores quando a altitude aumenta (menor pressão). No intervalo de tempo da solidificação, uma parte do líquido libera uma
quantidade de calor suficiente para o aquecimento de todo o sistema que
7. Umidade volta à temperatura de solidificação, sem a interferência do meio externo.
7.2 Compreendendo melhor a umidade relativa 02 Um galpão possui 300 m2 de paredes laterais, laje, janelas e portas. O
coeficiente de condutibilidade térmica média deste conjunto é k = 0,50 W/m°C;
Todos os ambientes restrigem sua máxima capacidade de vapor-d’água a espessura média é x = 0,20 m. No inverno, deseja-se manter constante,
permitida. Essa máxima quantidade está diretamente ligada à temperatura que em 20°C, a diferença de temperatura do ar no interior e no exterior do
o ambiente se encontra e, consequentemente, à pressão. Para encontrarmos galpão, durante o período de um mês. Considere 4 J = 1 cal. Qual o
tais valores, basta traçarmos uma reta vertical no diagrama de fases abaixo custo mensal para manter constante a temperatura do ambiente interno
no ponto de equilíbrio entre líquido e vapor. por meio de lâmpadas acesas, considerando que 1 MWh de energia
elétrica custa R$120,00?
pressão, P
Solução:
Aplicando-se a Lei de Fourier temos:
sólido líquido 0, 5 ⋅ 300 ⋅ 20
Φ= = 15.000 W = 0, 015 MW
0, 2
04 Considere que a área total de um corpo humano adulto seja 1,20 m2,
e que sua temperatura seja de 36°C, calcule a taxa total de transferência
01 Um cozinheiro quer comprar uma panela que esquente rápida e de calor do corpo por radiação. Se o meio ambiente estiver a 20°C, qual
uniformemente. Ele deve procurar uma panela feita de um material que é a taxa resultante de calor perdido pelo corpo por radiação?
tenha: Considere que a emissividade do corpo se assemelhe a de um corpo
(A) alto calor específico e alta condutividade térmica. negro, ou seja, ε =1.
(B) alto calor específico e baixa condutividade térmica. Solução: Aplicando a equação de Stefan-Boltzmann para taxa total de
(C) baixo calor específico e alta condutividade térmica. transferência de calor do corpo, teremos:
(D) baixo calor específico e baixa condutividade térmica.
Solução:Letra C.
( )
φtotal =ε · σ · S · T 4 =1· 5,67 · 10−8 · 1,2 · 3094
Quanto maior o calor específico de um material, maior a capacidade térmica φtotal =
620 W
de um corpo feito desse material, logo maior será a retenção de calor desse
corpo. Desejamos, então, a fim de fabricarmos uma panela que esquente Com o ambiente a 20°C, há uma taxa de absorção de radiação pelo
rapidamente o seu conteúdo, um material de baixo calor específico, para corpo. A taxa resultante será dada pela diferença entre emissão do corpo
que a panela não retenha o calor. Quanto maior a condutividade térmica de e absorção do calor ambiente:
um corpo, maior será a propagação de calor por meio deste. Desejamos,
então, para essa panela, um material de alta condutividade térmica.
φresultante = φtotal − φambiente 07 Três líquidos distintos são mantidos a T1 = 15°C, T2 = 20°C e T3 = 25°C.
Misturando os dois primeiros na razão 1 : 1, em massa, obtém-se uma
(
φresultante = ε · σ · S · T 4 ) total
(
− ε·σ· S ·T4 ) ambiente temperatura de equilíbrio de 18°C. Procedendo da mesma forma com
φresultante =ε · σ · S · T ( 4
corpo − T
4
ambiente ) os líquidos 2 e 3, ter-se-ia uma temperatura final de 24°C. Determine
a temperatura de equilíbrio se o primeiro e o terceiro líquidos forem
=φresultante 1· 5,67 · 10( −8
) · 1,2 · ( 309 4
− 2934 ) misturados na razão 3 : 1 em massa.
φtotal ≅ 119 W Solução:
Aplicando-se a lei zero para a primeira experiência:
ΣQ = 0 → Q1 + Q2 = 0 → m · c1 · (18 – 15)+ m · c2 · (18 – 20) = 0 →
05 Um grupo de amigos se reúne para fazer um churrasco. Levam um
→ 3c1 = 2 · c2.
recipiente térmico adiabático contendo uma quantidade de gelo a –4°C e
60 latas com 350 mL de refrigerante, cada uma. As latas são de alumínio Aplicando-se a lei zero para a segunda experiência:
e quando foram colocadas no recipiente estavam a uma temperatura de ΣQ = 0 → Q1 + Q2 = 0 → m · c2 · (24 – 20)+ m · c3 · (24 – 25) = 0 →
22°C. Considere que a densidade e o calor específico do refrigerante → 4c2 = c3.
sejam, aproximadamente, iguais aos da água. Sabendo-se que, no Aplicando-se a lei zero para a terceira experiência:
equilíbrio térmico, a temperatura no interior do recipiente adiabático é ΣQ = 0 → Q1 + Q2 =0 → 3m · c1 · (Teq – 15)+ m · c3 · (Teq – 25) = 0
2°C, calcule: Colocando os calores específicos em função de c2, temos:
3m · (2c2 · /3)(Teq– 15)+m · 4c2 · (Teq – 25) = 0
a. a quantidade de calor cedida pelas latas e pelo refrigerante; 2(Teq – 15) + 4(Teq – 25) = 0
b. a massa de gelo, em quilogramas, que foi colocada no recipiente. Teq = 65/3°C.
40
e resfriamento do ferro (Q3).
30
ΣQ = 0 → Q1 + Q2 + Q3 =0 → 250 + m · 80 + (–2.400) = 0 →
m = 26,875 g.
20 b. Agora, refazendo os cálculos preliminares, temos:
0 2 4 6 8 10 12 14
t (min) – aquecimento do gelo até 0°C: Q = 20 · 0,5 · 5 = 50 cal;
Solução: – fusão total do gelo: Q = 20 · 80 = 1.600 cal.
De 0 a 4 min, o sólido se aquece absorvendo um calor: Q1 = m · c · ∆T Veja que o calor liberado pelo ferro (2.400 cal) supera o total absorvido
De 4 a 12 min, o sólido se liquefaz absorvendo um calor: Q2 = m ⋅ L pelo gelo (1.650 cal).
Como a potência é constante: Para determinar esse ponto de equilíbrio, aplicamos a lei zero com
quatro trocas de calor: aquecimento do gelo (Q1), fusão total do gelo
Q1 Q m ⋅ c ⋅ ∆T m ⋅ L (Q2), aquecimento da água (Q3) e resfriamento do ferro (Q4).
= 2 ⇒ = ⇒
∆t1 ∆t2 ∆t1 ∆t2 ΣQ = 0 → Q1 + Q2 + Q3 + Q4= 0
L ⋅ ∆t1 16 ⋅ 4 → 50 + 1.600 + 20 · 1 · (Teq – 0)+ 100 · 0,2 · ( Teq –120) = 0.
c= = = 0,4 cal. Teq = 18,75oC.
∆T ⋅ ∆t2 20 ⋅ 8
11 Tomando como base a tabela de pressão máxima de vapor-d’água, 01 (UNITAU) Em um dia quente, você estaciona o carro em um trecho
determine: descoberto e sob um sol causticante. Sai e fecha todos os vidros. Quando
a. a umidade relativa em um dia que a temperatura está 20°C e a pressão volta, nota que “o carro parece um forno”. Esse fato se dá porque:
parcial de vapor 14,554 mmHg;
b. a temperatura de orvalho sabendo que a umidade está 90% e a (A) o vidro é transparente à luz solar e opaco ao calor.
temperatura 18°C; (B) o vidro é transparente apenas às radiações infravermelhas.
c. a quantidade de vapor em uma sala de 100 m3 a uma temperatura de (C) o vidro é transparente e deixa a luz entrar.
40°C e umidade relativa de 70%. (D) o vidro não deixa a luz de dentro brilhar fora.
(E) n.d.a.
04 (UNICAMP) Em um aquário de 10 L, completamente cheio de água, 11 Em um calorímetro ideal, misturam-se 200 g de gelo a 0°C com 200 g
encontra-se um pequeno aquecedor de 60 W. Sabendo que em 25 minutos de água a 40°C. O calor de fusão do gelo é de 80 cal/g. Qual a temperatura
a temperatura da água aumentou de 2,0°C, determine: de equilíbrio térmico e qual a massa de gelo que se funde?
a. a quantidade de energia que foi absorvida pela água; 12 Duas barras quadradas idênticas de metal são soldadas pelas
b. qual fração da energia fornecida pelo aquecedor foi perdida para o extremidades (fig.A). Suponha que haja um fluxo horizontal de 10 cal através
exterior. das barras em 2 min. Quanto tempo seria necessário para manter este fluxo
Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g°C; 1,0 cal = 4,0 J. de calor se elas fossem soldadas conforme a figura B?
05 Qual a massa de vapor a 100°C que deve ser misturada a 500 g de gelo
a 0 °C, em um recipiente termicamente isolado, para produzir água a 50°C? 100ºC
0ºC
Dados: Fig. A
cágua = 1 cal/g°C; Lsolidificação = 80 cal/g;
Lvaporização = 540 cal/g.
100ºC
09 O gráfico mostra a quantidade de calor, Q, absorvida por um corpo de Sendo o calor latente de fusão do gelo igual a 80 cal/g, qual a massa de
20,0 g de massa, inicialmente no estado sólido, em função da temperatura θ: água que se solidifica no trecho CD ?
14 (UFPA) Para o fósforo, a temperatura de fusão é de 44°C; o calor (A) à pressão no seu interior, que é igual à pressão externa.
específico no estado líquido, de 0,2 cal/g°C; e o calor latente de fusão, de (B) à temperatura de seu interior, que está acima da temperatura de
5 cal/g. Uma certa massa de fósforo é mantida em sobrefusão a 30°C. Em ebulição da água no local.
um certo instante, verifica-se uma solidificação brusca. Que pencentagem (C) à quantidade de calor adicional que é transferida à panela.
do total de massa do fósforo se solidifica? (D) à quantidade de vapor que está sendo liberada pela válvula.
(E) à espessura da sua parede, que é maior que a das panelas comuns.
15 Colocando água gelada no interior de um copo de vidro seco, observa-se
com o passar do tempo a formação de gotículas de água na parede externa
do copo. Isso se deve ao fato de que:
(A) a água gelada atravessa a parede do copo. 01 (AFA) Um estudante, querendo determinar o equivalente em água de
(B) as gotas d'água sobem pela parede interna do copo alcançando a parede um calorímetro, colocou em seu interior 250 g de água fria e, aguardando
externa, onde se depositam. um certo tempo, verificou que o conjunto alcançou o equilíbrio térmico a
(C) a água fria cria microfissuras na parede do copo de vidro pelas quais uma temperatura de 20°C. Em seguida, acrescentou ao mesmo 300 g de
a água passa para fora. água morna, a 45°C. Fechando rapidamente o aparelho, esperou até que
(D) o vapor-d'água presente na atmosfera se condensa. o equilíbrio térmico fosse refeito; verificando, então, que a temperatura
(E) o copo é de vidro. final era de 30°C. Baseando-se nesses dados, o equivalente em água do
calorímetro vale, em gramas:
16 (ENEM) A panela de pressão permite que os alimentos sejam cozidos
em água muito mais rapidamente do que em panelas convencionais. Sua (A) 400. (C) 200.
tampa possui uma borracha de vedação que não deixa o vapor escapar, a (B) 300. (D) 100.
não ser através de um orifício central sobre o qual assenta um peso que
controla a pressão. Quando em uso, desenvolve-se uma pressão elevada 02 (AFA) Para intervalos de temperaturas entre 5°C e 50°C, o calor
no seu interior. Para a sua operação segura, é necessário observar a específico (c) de uma determinada substância varia com a temperatura (t)
limpeza do orifício central e a existência de uma válvula de segurança, de acordo com a equação c = t/60 + 2/15, em que c é dado em cal/g°C
normalmente situada na tampa. e t em °C. A quantidade de calor necessária para aquecer 60 g desta
substância de 10°C até 22°C é:
O esquema da panela de pressão e um diagrama de fases da água são
(A) 350 cal. (C) 480 cal.
apresentados abaixo.
(B) 120 cal. (D) 288 cal.
válvula de
segurança 03 Colocam-se 100 g de gelo a –10°C em um calorímetro contendo 10 g de
vapor água a 40°C cujo calor específico é igual a 1 cal/g°C. Sendo o calor latente de
fusão do gelo igual a 80 cal/g, o calor específico sensível da água no estado
sólido 0,5 cal/g°C, no estado líquido 1,0 cal/g°C e desprezando as perdas de
calor, no equilíbrio térmico, descubra o que o calorímetro conterá na situação
de equilíbrio térmico.
a. Estabelecido o equilíbrio térmico, qual a temperatura final? Dados: pressão de vapor a 20°C: 17,5 mmHg; pressão de vapor a 5°C:
b. Qual a quantidade mínima de gelo de que se deveria dispor para baixar 6,51 mmHg; densidade do mercúrio: 13,6 g/cm3.; gravidade: 10 m/s2.
a temperatura da bebida a 0°C?
11 Uma panela com água é colocada em um quarto fechado, cujo volume
Dado: calor específico latente de fusão do gelo = 80 cal/g. é de 60 m3, à temperatura de 27°C e umidade relativa de 60%.
07 (PENSI) De uma caldeira a 120°C fluem para um recipiente adiabático 20 g a. Quantos gramas de água vão evaporar?
de vapor-d’água superaquecido. De um depósito de um líquido refrigerante b. Qual a umidade absoluta em kg/m3?
mantido a –10°C são retirados 100 g de gelo e imediatamente colocados c. Se a temperatura do quarto sofrer um aumento de 1°C, quantos gramas
no recipiente. Determine a temperatura de equilíbrio dentro do recipiente. a mais de água se evaporam?
Dados:
12 (ITA) Um termômetro em uma sala de 8,0 × 5,0 × 4,0 m indica 22°C, e
calor específico sensível do gelo: 0,5 cal/g°C;
um higrômetro indica que a umidade relativa é de 40%. Qual é a massa de
calor específico sensível da água: 1,0 cal/g°C;
vapor de água na sala, se sabemos que a essa temperatura o ar saturado
calor específico sensível do vapor: 0,5 cal/g°C;
contém 19,33 g de água por metro cúbico?
calor latente de fusão: 80 cal/g;
calor latente de condensação: 540 cal/g.
13 (FUVEST) Um recipiente de paredes finas contém 100 g de uma liga
metálica. O gráfico representa a temperatura T da liga em função do tempo t.
08 A figura a seguir mostra uma seção de um muro feito de pinho branco de
espessura La e tijolo de espessura Ld (=2,0 × La), com duas placas internas de temperatura
material desconhecido com idênticas espessuras e condutividades térmicas. T (ºC)
A condutividade térmica do pinho branco é ka e a do tijolo, kd (=5,0 ka). A
área da superfície do muro é desconhecida. A condução de calor através do 347
muro atingiu um estado estacionário, com as únicas temperaturas de interface 327
conhecidas, sendo T1 = 25°C, T2 = 20°C e T5 = –10°C. Calcule a temperatura
307 200 s 10 s
de interface T4 e T3.
tempo
20 s
T1 T2 T3 T4 T5 –50 0 50 100 150 200 250 300 t (s)
variação da temperatura T da água, em função do tempo t, obtendo-se a 19 (ITA) Em uma cavidade de 5 cm3 feita em um bloco de gelo, introduz-se
reta A do gráfico. A seguir, repete-se a experiência desde o início, desta vez uma esfera homogênea de cobre de 30 g aquecida a 100°C, conforme o
colocando o bloco imerso dentro d’água, obtendo-se a reta B do gráfico. esquema a seguir. Sabendo-se que o calor latente de fusão do gelo é de 80
cal/g, que o calor específico do cobre é de 0,096 cal/g°C e que a massa
T (ºC) específica do gelo é de 0,92 g/cm3, o volume total da cavidade é igual a:
40
A
B
30
120 V
R 20
6 12 18 t
minuto
17 (FUVEST) As curvas A e B na figura representam a variação de temperatura 20 Uma barra de gelo de 50 g de massa a –20°C é colocada em contato,
(T) em função do tempo (t) de duas substâncias A e B, quando 50 g de cada em um calorímetro real, com 20 g de H2O a 15°C. Sabe-se que o calor
uma é aquecida separadamente, a partir da temperatura inicial de 20°C, na fase específico do gelo é 0,5 cal/g°C, o da água é 1 cal/g°C e o calor latente
sólida, recebendo calor a uma taxa constante de 20 cal/s. Considere agora um de fusão da água é 80 cal/g. Sabe-se também que 10% do calor da fonte
experimento em que 50 g de cada uma das substâncias são colocadas em quente é perdido por intermédio do calorímetro para o meio ambiente. No
contato térmico em um recipiente termicamente isolado, com a substância A equilíbrio térmico, quais as temperaturas e as massas envolvidas?
na temperatura inicial TA= 280°C e a substância B na temperatura inicial TB=
20°C. 21 Em uma panela de água fervente, em 1 segundo, 5 g de água viram vapor.
Considere que o calor é transmitido à água somente pelo fundo da panela.
T (°C) Desprezando a perda de calor pelas paredes da panela e pela superfície da
320
A água ao meio ambiente, determine a temperatura da superfície do fundo da
280 panela em contato com o aquecedor. A área do fundo da panela é 400 cm2,
240 sua espessura, 4 mm e o coeficiente de condutibilidade térmica, 44 J/s.
200 m°C. Calcule também o fluxo térmico nesse processo.
160 B Dados: 1 cal = 4J e calor latente de vaporização de 540 cal/g.
120
80
22 (IME) Considere um calorímetro no qual existe uma certa massa de
líquido. Para aquecer o conjunto líquido – calorímetro de 30°C para 60°C
40 são necessárias Q1 joules. Por outro lado, Q2 joules elevam de 40°C para
0 t(s) 80°C o calorímetro juntamente com o triplo da massa do líquido.
0 20 40 60 80 100 120 140
a. Determine a capacidade térmica do calorímetro nas seguintes situações:
a. Determine o valor do calor latente de fusão LB da substância B. Q1 = 2.000 J, Q2 = 4.000 J.
b. Determine a temperatura de equilíbrio do conjunto no final do experimento. Q1 = 2.000 J, Q2 = 7.992 J.
c. Se a temperatura final corresponder à mudança da fase de uma das b. Com base nesses dados, em qual das duas situações a influência do material
substâncias, determine a quantidade da mesma em cada uma das fases. do calorímetro pode ser desconsiderada? Justifique sua conclusão.
18 (UFRN) Em um calorímetro ideal, há 98 g de água à temperatura de 23 (ITA) Um fogareiro é capaz de fornecer 250 calorias por segundo.
0°C. Dois cubinhos metálicos são introduzidos no calorímetro. Um deles Colocando-se sobre o fogareiro uma chaleira de alumínio de massa 500 g,
tem massa 8,0 g, calor específico 0,25 cal/g°C e está à temperatura de tendo no seu interior 1,2 kg de água à temperatura ambiente de 25°C, a
400°C. O outro tem 10 g de massa, calor específico 0,20 cal/g°C e está água começará a ferver após 10 minutos de aquecimento. Admitindo-se
à temperatura de 100°C. Posteriormente, esse último cubinho é retirado que a água ferve a 100°C e que o calor específico da chaleira de alumínio
do calorímetro e verifica-se, nesse instante, que sua temperatura é é 0,23 cal/g°C e o da água 1,0 cal/g°C, pode-se afirmar que:
50°C. Calcule a temperatura final de equilíbrio da água e do cubinho que
permanece no calorímetro. (A) toda a energia fornecida pelo fogareiro é consumida no aquecimento
da chaleira com água, levando a água à ebulição.
(B) somente uma fração inferior a 30% da energia fornecida pela chama é
gasta no aquecimento da chaleira com água, levando a água a ebulição.
(C) uma fração entre 30% a 40% da energia fornecida pelo fogareiro é perdida. IV. Se esse feijão estivesse no interior de uma panela de pressão fechada,
(D) 50% da energia fornecida pelo fogareiro é perdida. cuja válvula mantém a pressão interna a 1,42 atm (1,0 atm equivale a
(E) a relação entre a energia consumida no aquecimento da chaleira com 76 cm Hg), independentemente do local, o tempo de cozimento seria
água e a energia fornecida pelo fogão em 10 minutos situa-se entre de aproximadamente 10 minutos.
0,70 e 0,90.
É(são) verdadeira(s):
24 (ITA) Um vaporizador contínuo possui um bico pelo qual entra água a
20°C, de tal maneira que o nível de água no vaporizador permanece constante. (A) somente I. (D) somente II, III e IV.
O vaporizador utiliza 800 W de potência, consumida no aquecimento da água (B) somente I e III. (E) I, II, III e IV.
até 100°C e na sua vaporização a 100°C. A vazão de água pelo bico é: (C) somente I, II e IV.
Dados: calor específico da água = 4,18 kJ/kg · K;
26 Uma janela de vidro tem espessura e e área total A. A condutividade
massa específica da água = 1,0 g/cm3;
térmica do vidro da janela é k1. A temperatura externa é igual a 10°C
calor latente de vaporização da água = 2,26 · 103 kJ/kg.
e deseja-se que a temperatura interna da casa seja igual a 20°C. Em
(A) 0,31 mL/s. (D) 3,1 mL/s. um primeiro experimento, utiliza-se a janela descrita. Em um segundo
(B) 0,35 mL/s. (E) 3,5 mL/s experimento constrói-se uma janela dupla com dois vidros paralelos de
(C) 2,4 mL/s. mesma área A e uma camada de ar entre os mesmos. A condutibilidade do
ar vale k2 = k1/30. Para que a redução de fluxo de calor para o ambiente
25 O gráfico a seguir fornece o tempo de cozimento, em água fervente, externo seja 500 vezes menor, devemos ter uma camada de ar entre os
de uma massa m de feijão em função da temperatura. vidros com espessura de, aproximadamente:
120 27 Quatro hastes cilíndricas de metal são soldadas como mostra a figura
Tempo de cozimento (min)
100
a seguir:
80
20°C 100°C
60 1 2
40
20 4 3
0
20°C 100°C
90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112
Temperatura (oC) As áreas transversais são iguais. As condutividades térmicas das barras
1, 2, 3 e 4 valem, respectivamente k1, k2, k3 e k4. Os comprimentos das
Sabe-se que a temperatura de ebulição da água, em uma panela sem tampa, barras 1, 2, 3 e 4 valem, respectivamente L1, L2, L3 e L4, sendo esses
é função da pressão atmosférica local. Na tabela abaixo, encontramos a comprimentos, nessa ordem, elementos de uma progressão aritmética de
temperatura de ebulição da água em diferentes pressões. Ao nível do mar elemento inicial L1 = L e razão L. As pontas das barras estão em contato
(altitude zero), a pressão atmosférica vale 76 cm Hg e ela diminui 1,0 cm Hg com fontes térmicas cujas temperaturas são mostradas na figura. Após
para cada 100 metros que aumentamos a altitude. um longo tempo, podemos afirmar que a temperatura da junção das
barras tenderá corretamente para o valor (considere as fontes térmicas
Temperatura de ebulição da água em função da pressão com capacidades térmicas infinitas):
28 Uma fábrica foi multada pela prefeitura local, pois a temperatura 29 A temperatura de uma sala é 20°C quando a temperatura externa é
externa da parede de um forno industrial encontrava-se em um nível –20°C. Já quando a temperatura externa é –40°C, a temperatura da sala
superior ao previsto pelas normas de segurança (Figura 1). Para atender é 10°C. Qual a temperatura do radiador aquecendo a sala?
às normas, recomenda-se o seguinte procedimento (Figura 2): A parede
externa do forno deve ser recoberta com um material de condutividade 30 50 g de gelo a 0°C são adicionados a um recipiente contendo 200
térmica igual a 4% da parede do forno. Isso faz com que a transferência g de água a 70°C. Após as trocas de calor entre gelo, água e recipiente,
de calor fique igual a 20% da original e que a redução de temperatura a temperatura de equilíbrio atingida foi de 40°C. Quando 80 g a mais de
entre a superfície interna da parede do forno e a superfície externa do gelo a 0°C foram adicionados ao recipiente e derreteram completamente,
isolante fique 20% maior que a situação inicial. Determine a razão entre o equilíbrio foi atingido a 10°C. Qual o calor latente de fusão do gelo?
a espessura do isolante (ei) e a espessura da parede do forno (ef).
31 Três bastões de um material X e três bastões de um material Y foram
soldados formando a figura abaixo. Todos possuem o mesmo comprimento
e mesma seção reta. Se a extremidade A é mantida a 60°C e a junção E
a 10°C, calcule a temperatura das junções B, C e D. As condutividades
parede do forno térmicas dos materiais X e Y são, respectivamente, 0,92 e 0,46 (SI).
temperatura temperatura C
interna do ef externa sem x
forno isolante x
A B
x E
y
y y
material
parede do forno esolante
temperatura temperatura
interna do ef externa sem
ei
forno isolante
Vetores
1
1. Introdução Obs.: Dois vetores são iguais quando possuem mesmo módulo, direção
e sentido.
Neste capítulo, vamos apresentar e distinguir os dois tipos de grandezas
que estudamos em Física, citando alguns exemplos delas. Além disso, 4.2 Cartesiana
será introduzido o conceito de vetor, bem como suas diferentes formas de
O vetor será representado por coordenadas cartesianas, oriundas da
representação, operações e aplicações em diversos problemas de Física.
subtração do ponto extremidade pelo ponto origem.
z
2. Grandezas físicas zB B
Em Física, trabalhamos com o objetivo de realizar medições de dois
tipos de grandezas físicas: as escalares e as vetoriais.
→
As grandezas físicas escalares são caracterizadas por um número real AB y →
AB = B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA)
e uma unidade de medida. zA
Ex.: tempo, massa, energia, temperatura. A iˆ = jˆ = kˆ = 1
jˆ
Por sua vez, as grandezas físicas vetoriais são definidas por um número k̂ yB
yA
real positivo (módulo, norma ou intensidade), uma direção e um sentido,
além de uma unidade de medida. iˆ xA
Ex.: velocidade, força, deslocamento, impulso. xB
x
Assim, para representarmos as grandezas vetoriais, utilizaremos os
vetores, que são entes matemáticos que possuem: 4.3 Algébrica
^^ ^
• módulo: comprimento do vetor; Nesse caso,vamos trabalhar com os vetores unitários i , j e k para
• direção: horizontal, vertical; os eixos x, y e z, respectivamente.
• sentido: para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo. O vetor unitário tem módulo igual a 1.
i | |=
|= j | | k | = 1
vetor runitário r
r̂ = r = 1 A (origem)
AFA-EN-EFOMM – Vol. 1 371
FÍSICA III
Assunto 1
O vetor B também apresenta uma única componente (vertical) com 6.2.2 Regra do polígono
tamanho de 3 unidades. Pode ser usada para a soma de 2 ou mais vetores quaisquer.
^
B = 3j Os vetores que serão somados são desenhados sequencialmente (a
Os vetores C e D possuem componentes nos eixos x e y, e suas ordem não interfere no resultado final), com a origem de um na extremidade
representações são: do antecessor. O vetor soma será construído a partir da origem do 1º vetor
^ ^ representado até a extremidade do último vetor desenhado, fechando-se
C = 3i + 3j assim um polígono.
^ ^
D = –2i – 2j D
B C
O sinal negativo nos vetores unitários de D indicam sentidos opostos
B C
ao referencial adotado para os eixos x e y.
5. Vetores opostos A
A
E
a a
AC AB − AC
na na AC
θ θ
AB AB
− AC
6.2.1 Regra do paralelogramo AB − AC = |AB|2 +|AC|2 − 2 ⋅ |AB| ⋅ |AC|⋅ cos θ
Utilizada apenas para a soma de dois vetores aplicados no mesmo
ponto.
Ex: Duas forças aplicadas em um ponto material.
6.3.1 Subtração algébrica
O vetor diferença será obtido pela subtração algébrica das coordenadas
A ideia é construir um paralelogramo usando os dois vetores aplicados cartesianas dos vetores que serão adicionados.
(origens coincidentes) como lados desse quadrilátero. Dessa forma, o Sejam: AB = u1ˆi + v1ˆj + w1kˆ e AC = u2ˆi + v 2 ˆj + w 2 kˆ
vetor soma será o segmento de reta orientado construído sobre a diagonal
do paralelogramo, tendo como origem o ponto de aplicação dos vetores AB − AC = ( u − u )ˆi + (v − v )ˆj + (w − w )kˆ
1 2 1 2 1 2
originais.
→ → → → → → 6.4 Projeção ortogonal
| AB + AC| = | AB|2 + | AC|2 + 2 ⋅| AB|⋅| AC|⋅ cos θ
O objetivo é decompor um vetor em projeções ortogonais sobre eixos
coordenados.
AC AB + AC Ex.: Componentes de uma força.
O vetor v é projetado sobre os eixos ortogonais, traçando-se,
θ
inicialmente, retas perpendiculares a esses eixos, conduzidas da
→ extremidade do vetor v . As projeções v x e v y são denominadas
AB
componentes ortogonais ou componentes cartesianas de v .
y i j k
AB × AC = u1 v1 w1 =
u2 v2 w2
v vvxx == vv cos
cos θ==vvsen
sen α
r r r
v y = v sen = v cos
v y = v sen θ = v cos α = (v1 ⋅ w2 − w1 ⋅ v 2 )i + (w1 ⋅ u2 − u1 ⋅ w 2 )j + ( u1 ⋅ v 2 − v1 ⋅ u2 )k
vy
Logo,
xLogo,
r r r r r
vx v = v x i + vy j 7. Vetores unitários
v = vx i + vy j
São aqueles que têm módulo (comprimento) igual a uma unidade de
medida. Para se obter um vetor de módulo 1 na direção que passa por
6.5 Produto escalar dois pontos A e B, basta dividir o vetor AB pelo seu módulo.
AC
→ → → →
x = AB ⋅ AC = | AB|⋅| AC|⋅ cos θ
θ 8. Noções de cálculo
AB O conteúdo abaixo não se trata de um curso completo de Cálculo I, e
sim, uma breve introdução a alguns conceitos básicos de derivadas que
Repare que o produto escalar x pode ser interpretado como o produto
serão de extrema importância para compreendermos melhor algumas
do módulo de um vetor (| AB |) pelo módulo da projeção de outro situações físicas, além de nos servir como uma nova ferramenta de
(| AC | ∙ cos q) na reta suporte do primeiro. solução de problemas.
Portanto, se dois vetores são ortogonais, o produto escalar entre
eles será nulo. 8.1 Derivadas
Podemos também efetuar o produto escalar realizando a soma dos Existem duas interpretações básicas que podemos atribuir ao conceito
produtos das componentes dos vetores, conforme o exemplo abaixo. de derivada de uma função, uma delas é a de taxa relacionada e a outra
Sejam: AB = u1ˆi + v1ˆj + w1kˆ e AC = u2ˆi + v 2 ˆj + w 2 kˆ como sendo o coeficiente angular da reta tangente no gráfico de y,
x. Mas antes de entrarmos no mérito das aplicações da derivada, é útil
AB ⋅ AC = ( u1 ⋅ u2 ) + (v1 ⋅ v 2 ) + (w1 ⋅ w 2 ) que saibamos lidar com as operações básicas, regras de derivação e
representações.
6.6 Produto vetorial
8.1.1 Notação de Leibniz
É o vetor que representa o produto de dois vetores. O vetor resultante
é perpendicular ao plano formado pelos dois vetores iniciais, ou seja, Primeiramente, vamos considerar o seguinte exemplo: Um corpo
o produto vetorial é um vetor perpendicular simultaneamente aos dois possuí uma velocidade média de 5 m/s. Isso significa que a cada unidade
vetores originais. de tempo que se passa, esse corpo percorre uma distância equivalente
a 5 m.
Ex: Momento de uma força em relação a um ponto → M = r × F
r uur uur Δs
r uur uur uur uur vM =
y = AB × AC | y | = | AB × AC| = | AB|⋅| AC| sen θ Δt
uur
AC No caso da velocidade instantânea, considera-se um intervalo de
tempo muito pequeno, quando isso ocorrer, trocamos o ∆ por d. Assim
θ uur sendo, a fórmula tem outra notação:
AB
ds
v=
dt
Dessa forma, podemos observar que dois vetores paralelos possuem
produto vetorial nulo. Concluimos que a derivada de uma função y = f(x) em relação a x
Além disso, uma outra forma de se efetuar o produto vetorial é a partir pode ser representada de três maneiras:
do uso de determinante, conforme o exemplo que se segue.
dy df
= = f '( =
x) y '
dx dx
Sejam: AB = u1i + v1 j + w1 k e AC = u2 i + v 2 j + w 2 k
II. f ( x ) kx n , k constante
= = ⇒ f '( x ) knx n −1 Sabe-se que, no caso (A), a força resultante transmitida ao barco tem
intensidade 70 kgf e que, no caso (B), tem intensidade de 50 kgf. Nessas
ds
Ex.: s(t) = 5t, derivando em relação ao tempo: = s '( t )= v= 5t 0= 5. condições, determine os esforços desenvolvidos pelos dois homens.
dt
Novamente, veja que se a posição varia linearmente com o tempo, é Solução:
razoável que o resultado esperado seja v = constante. Na situação A, os dois vetores estão na mesma direção e sentido, portanto
somamos os seus módulos e a resultante é 70 kgf.
III. f ( x=
) an x n + an −1 x n −1 + .. + a1 x + a0 ⇒ F1 + F2 = 70 → F1 = 70 – F2 (I)
'( x ) an nx n −1 + an −1( n − 1) x n − 2 + .. + a1
⇒ f=
Na situação B, os dois vetores são perpendiculares e sua soma é:
F12 + F22 = 502 (II)
Ex.: Deduza a equação horária da velocidade no MUV.
1 Substituindo (I) em (II), temos:
Em S( t ) = S0 + v 0 t + at 2, repare que S0, v0 e a são constantes, assim:
2 (70 – F2)2 + F22 = 502
dS( t ) d d d 1 2
= ( S0 ) + (v 0 t ) + at 2 ⇒ v( t ) =+ 0 v 0 t 0 + at 1 Resolvendo a equação acima, encontramos:
dt dt dt dt 2 2
F1 = 30 kgf e F2 = 40 kgf ou F1 = 40 kgf e F2 = 30 kgf
Logo: v(t) = v0 + at
02 A figura mostra 5 forças representadas por vetores de origem comum,
dirigindo-se aos vértices de um hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da
IV. f ( x ) =e x ⇒ f '( x ) =ex força FC , a intensidade da resultante dessas 5 forças é:
V. f( x ) = a x ⇒ f '( x ) =a x ⋅ ln a FA FB
l
VI. f ( x ) = log a x ⇒ f '( x ) = (A) 50 N.
x ln a
(B) 45 N.
− ln a FC
VII. f ( x ) = log x a ⇒ f '( x ) = (C) 40 N.
x(ln x )2 (D) 35 N.
VIII. f ( x ) = sen x ⇒ f '( x ) = cos x (E) 30 N.
IX. f ( x ) =
cos x ⇒ f '( x ) =
−sen x FE FD
Solução: Letra E.
X. f ( x ) =tg x ⇒ f '( x ) =sec x 2
Podemos notar que:
8.1.4 Regra da cadeia (I) FB + FE = FC
Se a função que será derivada for uma composta de outras duas, (II) FD + FA = FC
escrevemos que:
Assim, a resultante R das 5 forças será: R = FA + FB + FC + FD + FE = 3 · FC
[f(g(x))]’ = f(g(x))g’(x)
R = 3 · FC → R = 3 · 10 (N )→ R = 30 N
Ex.: Calcule f’ dado que: f(x) ex
2
–3
(D)
B 30°
(A) (B) (C) (E)
45°
Q = 60 N
25°
P = 40 N
θ v
80 m
(A) V sen θ. 40 m
(B) V cos θ.
V
(C) . A
sen q
30 m
(D) V .
cosq
20° 0,80 m
2,10 m B
30°
A
15°
F4 =100 N
O C
F3 =80 N
1,20 m 2,70 m
D
05 (Beer & Johnston) Um poste AB, de 6 m de comprimento, é sustentado A
por três cabos, como está ilustrado. Determine as componentes cartesianas 1,20 m
da tração do cabo BE no ponto B. A tração T no cabo BE é de 840 N.
08 (Beer & Johnston) Uma caixa está suspensa por três cabos, como
y ilustrado. Determine o peso P da caixa, sabendo que a tração no cabo AB
B é de 3 kN.
y
840 N B 0,72 m
0,8 m
6m
D
5m
0,64 m D
O
0 3m 3m C
0,54 m
C
A 2m
3m E x
2m
z
1,2 m
A
D k. f( x ) = e x + 3 x
l.
2
− 2 x +1
f( x ) = e x
960 mm
m. f ( x ) = 3 x 2 − 4
320 mm
x −1
n.
380 mm C f ( x ) = e x +1
O Q o. f ( x ) = e x + e− x
240 mm p. e x + e− x
B f( x ) =
A e x − e− x
z 96
0m
m P q. f( x ) = 2 x + 1
x r. f( x ) = 3 2 x + 1
2
10 Calcule a derivada das funções abaixo: s. f ( x ) = (6 x 2 + 2 x + 1) 3
a. f ( x ) = ( 2 x − 1)3 t. f( x ) = x + 1 + 3 x 2 − 3 x + 1
b. f ( x ) = ( 2 x − 1)4 u. f( x ) = x + x + 1
c. 2
f ( x ) = ( 5 x − 3 x + 5) 6
ln x
v. f( x ) =
3 ex
d. 1 1
f ( x ) = 2 + + 1
x x w. f ( x ) = x +1
1 3x − 2
e. f( x ) =
( x 2 − 3 x − 2)5
x. f ( x ) = ln 3 x 2 + 1
f. 2
f ( x ) = ln(3 x − 2 x )
Neste capítulo, vamos apresentar o conceito de carga elétrica (positiva Nome Carga elétrica Símbolo
e negativa), descobrindo sua origem por meio de uma análise microscópica
e estendendo até uma visão macro sobre a carga de um corpo qualquer. próton +1,6 · 10 –19
C +e p+
A partir daí, poderemos distinguir os estados de eletrização de elétron –1,6 · 10–19 C –e e–
um corpo (neutro ou eletrizado), analisando os princípios da atração e antipróton –1,6 · 10–19 C –e p–
repulsão dos corpos e da conservação total da carga. Por meio da Lei
pósitron +1,6 · 10 –19
C +e e+
de Coulomb, será possível medir a força de atração ou repulsão de duas
cargas puntiformes.
Assim, dizemos que um corpo está eletrizado quando há um
Além disso, vamos caracterizar e diferenciar corpos condutores de
desequilíbrio entre seu número de prótons e de elétrons. Se um corpo tiver
isolantes, permitindo, assim, entender o motivo pelo qual usamos borracha
o mesmo número de prótons e elétrons, será considerado não eletrizado
para encapar um fio metálico ou o porquê de a parte externa do soquete
ou neutro.
para lâmpada ser feita de cerâmica e a interna, de metal.
Por fim, vamos apresentar os diversos processos de eletrização (atrito,
contato e indução), o que possibilitará o entendimento de um eletroscópio 3. Princípios da eletrostática
de folhas ou da experiência de uma caneta, assim que atritada com os fios
de cabelo, atrair pequenos pedaços de papel.
3.1 Lei de Du Fay – Princípios da atração e
repulsão
2. Carga elétrica “Corpos eletrizados com carga elétrica de mesmo sinal se repelem, e
É uma propriedade eletromagnética que certas partículas elementares com sinais opostos se atraem.”
possuem. Tal propriedade está diretamente relacionada com o poder de
atração e repulsão dessas partículas. Essa cargas podem ser positivas q1 q2
ou negativas. F F
+ +
Sabemos que a matéria é constituída basicamente de elétrons, prótons
e nêutrons. Os nêutrons possuem carga elétrica nula e os prótons e elétrons
possuem carga elétrica elementar, representada por e, respectivamente F F
– –
positiva e negativa. A determinação da carga elementar foi feita pelo físico
Robert Milikan, que analisou o comportamento de gotículas de água
eletrizadas submetidas à ação simultânea das forças gravitacional e elétrica. F F
+ –
A B A B
Q = (np – ne) · e
QA QB Q A’ QB’
Q A + Q B = Q A ’ + Q B’
4. Lei de Coulomb – +
– – + +
As forças de interação entre duas partículas eletrizadas possuem
intensidades iguais diretamente proporcionais ao produto do módulo das – – + +
cargas de cada partícula e inversamente proporcionais ao quadrado da
– – + +
distância entre elas. A direção das forças é determinada pela reta que une
as cargas e o sentido obedecerá o 1o princípio da eletrostática. – – + +
A força de interação ainda dependerá do meio, segundo a seguinte
expressão:
– – + +
– +
A constante k depende do meio em que as cargas elétricas se Ex.: ar, água, borracha, vidro, plástico, madeira.
encontram, e é definida no SI por:
++++++
1 +
+ carga isolada na região
k=
4 πε + em que foi gerada
+
++++++
Em que:
ε → constante de permissividade absoluta do meio
Nos isolantes eletrizados, os portadores de cargas em excesso ficam
para o vácuo: ε0 = 8,85 ∙ 10–12 C2N–1m–2 concentrados na região onde foram gerados.
Ex.: –
–
–
– –
SÉRIE TRIBOELÉTRICA –
A – B
PELE DE COELHO – –
VIDRO –
–
– MICA –
–
LÃ
SEDA O mesmo processo ocorre quando o corpo A estiver carregado
ÂMBAR positivamente.
EBONITE +
+ +
+ +
Se o sistema estiver isolado eletricamente, a quantidade de carga
adquirida por ambos os corpos deve obedecer ao princípio da conservação + A + B
das cargas elétricas. + +
No início, como QVIDRO = 0 e QLÃ = 0, a carga total é zero. Após a
eletrização, a carga total também deve ser nula, portanto: + +
+
Q’VIDRO + Q’LÃ = 0 → |Q’VIDRO| = |Q’LÃ| Nesse caso, elétrons migram do corpo B para o corpo A. Como o corpo
B perdeu elétrons e estava neutro, eletriza-se positivamente.
Ou seja, as cargas têm o mesmo módulo, mas com sinais contrários.
+
6.2 Por contato + +
– Qfinal =
∑Q início
o
– – n de corpos em contato
– –
– – – – Ex.:
– A – – – B
– –
A B após o A B
– – contato
–
Q neutro Q Q
2 2
Q1 Q2 Q1 + Q2 Q1 + Q2
2 2
início
+
+ + elétrons
+ + 6.5 Eletroscópio de folhas
Um eletroscópio é formado por duas folhas metálicas ligadas a um
+
+ – cabo e a uma esfera de metal. Quando um corpo A carregado se aproxima
+ + da esfera, induz a mesma carga nas lâminas, que se repelem.
+ + +
+ + +
+ A +
++ –– –
Se o corpo estiver carregado negativamente, os elétrons em excesso – –
– –
escoam para a Terra até neutralizá-lo.
–
– –
– – + +
elétrons + +
+ +
– –
–
– –
–
–
– 7. Atração entre corpos
eletrizados e corpos neutros
6.4 Por indução eletrostática Vimos anteriormente que corpos com cargas opostas se atraem e corpos
com cargas de mesmo sinal se repelem. E se, por exemplo, aproximarmos
As cargas elétricas de um condutor são redistribuídas devido à
um corpo carregado de um corpo neutro? Se utilizássemos a Lei de Coulomb,
aproximação (sem contato) de outro corpo carregado. Consegue-se com
a resposta natural seria: zero! Afinal, uma das cargas é nula. Porém, nesse
esse processo que a carga final do condutor a ser eletrizado seja induzido
caso, a situação física é um pouco mais complicada. Veja o que ocorre
de sinal oposto àquela do corpo carregado (indutor). O processo é feito
quando aproximamos um corpo positivo de um corpo neutro:
do seguinte modo:
I. Aproxima-se o corpo carregado do condutor neutro. I. Devido à indução, os elétrons se redistribuem no corpo neutro e ele
acaba tendo a seguinte configuração:
II. Note que a “região negativa” do corpo neutro está mais próxima do
corpo positivo do que a “região positiva” do corpo neutro. Como a
distância é menor, a força de atração é maior entre as cargas de sinais
opostos do que a força de repulsão entre as cargas de sinais iguais.
Repulsão
Atração Na tentativa de explicar esse fenômeno, cinco alunos fizeram os seguintes
comentários:
(A) (D) Qual o módulo da força elétrica que atua sobre a carga q3?
F F Dados: constante eletrostática do vácuo K = 9 · 109 N · m2/C2
F23
F F + + –
F F F13
4 2 q1 q3 q2
0 12 d (mm) 0 1 4 d (mm)
(A) 1,2 N. (D) 1,2 · 10–3 N
(B) (E) (B) 2,4 N. (E) 3,6 · 10–3 N.
F F
(C) 3,6 N.
F F Solução: Letra B.
F A carga 3 é colocada no ponto médio entre as cargas 1 e 2, portanto, a
F distância entre 1 e 3 e 2 e 3 será de 300 mm = 3 · 10–1 m. Considere a
2 2
carga 1 localizada à esquerda e a carga 2, à direita. A força que 1 exerce em
0 12 d (mm) 0 12 d (mm) 3 está para a direita (repulsão entre cargas de mesmo sinal) e a força que
(C) a carga 2 exerce na carga 3 está para a direita também. A força resultante
F sobre a partícula 3 está para a direita.
2F
FR = F13 + F23
k ⋅ q1 ⋅ q3 9 ⋅ 10−9 ⋅ 2 ⋅ 10−6 ⋅ 3 ⋅ 10−6
F F13 = = = 0,66 N.
d13 2
(3 ⋅ 10−1)2
30 cm
C B C B
(C) A
B
Solução:
O corpúsculo B está sujeito a duas forças: força peso e força elétrica de
atração do corpo A. Por se tratar de uma situação de equilíbrio, temos:
k ⋅ QA ⋅ QB 9 ⋅ 109 ⋅ 5 ⋅ 10-6 ⋅ 4 ⋅ 10-6 C B
P = fe ⇒ m ⋅ g = 2
⇒ m ⋅ 10 = ⇒ m = 0,2 kg.
d 0,32
Solução: Letra B.
Representando as forças de interação eletrostática entre as partículas
06 Duas cargas puntiformes q1 = +2 µC e q2 = – 6 µC estão fixas e eletrizadas, teremos:
separadas por uma distância de 600 mm no vácuo. Uma terceira carga
q3 = 3 µC é colocada no ponto médio do segmento que une as cargas.
L
d
T
T = P + FE
Q q, m
P
Fe
Solução:
A bolinha está sujeita a três forças: peso, tração e força elétrica. Para que se k ⋅ q1 ⋅ q2 9 ⋅ 10−9 ⋅ 5 ⋅ 10−7 ⋅ 5 ⋅ 10−7
T = m⋅g + = (5 ⋅ 10−2 ⋅ 10) +
tenha uma situação de equilíbrio, essa força elétrica deverá ser necessariamente d122 (5 ⋅ 10−2 )2
de repulsão. Portanto, o sinal da carga desconhecida é positivo. T = 1, 4 N.
Representando as três forças citadas acima e decompondo a tração nas
direções horizontal e vertical, verificamos que:
10 (UFRJ) Duas cargas, q e –q, são mantidas fixas a uma distância d
Tx = Fe (I) e Ty = P (II) uma da outra. Uma terceira carga, q0, é colocada no ponto médio entre as
duas primeiras, como ilustra a figura A. Nessa situação, o módulo da força
Chamaremos de θ o ângulo formado entre a vertical e o fio.
eletrostática resultante sobre a carga q0 vale FA. A carga q0 é, então, afastada
Assim, Tx = T · sen θ e Ty = T · cos θ dessa posição ao longo da mediatriz entre as duas outras até atingir o ponto P,
Fe onde é fixada, como ilustra a figura B. Agora, as três cargas estão nos vértices
Dividindo a equação II pela equação I: tan θ =
(III) de um triângulo equilátero. Nessa situação, o módulo da força eletrostática
P
Aplicando o Teorema de Pitágoras ao triângulo da figura, obtemos a resultante sobre a carga q0 vale FB. Calcule a razão FA / FB.
distância x entre as duas cargas:
Figura A q0
L2 = x2 + d2 ⇒ x = 3 cm.
q d/2 d/2 –q
Portanto, na equação III temos:
k⋅ Q ⋅ q Figura B p q0
x x2 m ⋅ g ⋅ x3 (0,4 ⋅ 10− 3 ) ⋅ 10 ⋅ (3 ⋅ 10− 2 )3
= ⇒q = = ⇒
d m⋅ g k ⋅ Q ⋅ d (9 ⋅ 109 ) ⋅ (10 ⋅ 10− 9 ) ⋅ (4 ⋅ 10− 2 )
d d
⇒ q = 3 ⋅ 10− 8 C = 30 nC.
q –q
d
Para que o metal adquira uma carga de 3,2 ∙ 10–9 C, será preciso remover,
desses elétrons livres, um em cada: I. Contato entre as esferas A e B e esferas C e D. Após os respectivos
contatos, as esferas são novamente separadas.
(A) 104. (D) 1016. II. A seguir, faz-se o contato apenas entre as esferas C e B. Após o
(B) 108. (E) 1020. contato, as esferas são novamente separadas.
(C) 1012. III. Finalmente, faz-se o contato apenas entre as esferas A e C. Após o
contato, as esferas são separadas. Pede-se a carga final na esfera C,
03 (UEL-PR) Campos eletrizados ocorrem naturalmente no nosso após as sequências de contatos descritas.
cotidiano. Um exemplo disso é o fato de algumas vezes levarmos
pequenos choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais
choques são devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente
carregados. Sobre a natureza dos corpos (eletrizados ou neutros),
considere as afirmativas a seguir:
14 (FAAP-SP) Duas cargas q1 e q2, de mesmo sinal, estão fixas sobre uma
reta e distantes de 4 m. Entre q1 e q2 é colocada outra carga q3 distante
A partir dessa configuração, o fio é retirado e, em seguida, a esfera A de 1 m de q1. Sabendo que q1 = 5 mC e que q3 permanece em equilíbrio,
é levada para muito longe. Finalmente, as esferas B e C são afastadas determine o valor de q2.
uma da outra. Após esses procedimentos, as cargas das três esferas
satisfazem as relações: 15 (UFF-RJ) Considere o valor F como sendo o módulo da força
eletrostática entre duas cargas puntiformes, no vácuo, cada uma com
(A) QA < 0; QB > 0; QC > 0. intensidade Q e separadas por uma distância r. A figura abaixo mostra três
(B) QA < 0; QB = 0; QC = 0. cargas, no vácuo, de valores –Q, +2Q e +4Q. A primeira e a segunda,
(C) QA = 0; QB < 0; QC < 0. bem como a segunda e a terceira, estão separadas por uma distância r.
(D) QA > 0; QB > 0; QC = 0. A alternativa que representa a força eletrostática resultante que atua em
(E) QA > 0; QB < 0; QC > 0. cada carga é:
(A) 3F 10F 7F
F
0,2 0,4 d(m) (B) F 8F 9F
Considerando a constante eletrostática do meio como K = 9 · 109 N · m2/C2,
determine:
(C) 2F 6F 8F
a. o valor da força F;
b. o módulo das cargas elétricas.
(D) F 7F 6F
10 Duas cargas puntiformes q1 = 5 ∙ 10–6 C e q2 = 12 ∙ 10–6 C estão
separadas de 1 m no vácuo.
Sendo K = 9 ∙ 109 N m2/C2 a constante eletrostática do vácuo, qual a (E) 4F 10F 6F
intensidade da força de interação entre elas?
17 (UERJ) Duas partículas de cargas +4Q e –Q Coulombs estão Admita que, em um determinado instante, E1 e E2 são conectadas por um
localizadas sobre uma linha, dividida em três regiões I, II e III, conforme a fio metálico; após alguns segundos, a conexão é desfeita.
figura abaixo. Observe que as distâncias entre os pontos são todas iguais. Nessa nova configuração, determine as cargas elétricas de E1 e E2 e
apresente um esquema com a direção e o sentido da força resultante
sobre E3.
I II III
+4Q –Q
V
q
U W
A Q
F
20 (UERJ) Três pequenas esferas metálicas, E1, E2 e E3, eletricamente (A) as cargas localizadas em U e V são de sinais contrários e de valores
carregadas e isoladas, estão alinhadas, em posições fixas, sendo E2 absolutos iguais.
equidistante de E1 e E3. Seus raios possuem o mesmo valor, que é muito (B) as cargas localizadas nos pontos U e V têm valores absolutos diferentes
menor que as distâncias entre elas, como mostra a figura: e sinais contrários.
(C) as cargas localizadas nos pontos U, V e W têm mesmo valor absoluto,
com uma de sinal diferente das demais.
(D) as cargas localizadas nos pontos U, V e W têm o mesmo valor absoluto
E1 E2 E3 e o mesmo sinal.
As cargas elétricas das esferas têm, respectivamente, os seguintes valores: (E) a configuração descrita é fisicamente impossível.
05 (FUVEST-SP) Três objetos com cargas elétricas idênticas estão 10 (SARAEVA) Dois corpos idênticos possuem cada um massa m e carga
alinhados como mostra a figura. O objeto C exerce sobre B uma força elétrica q. Quando colocados sobre uma semiesfera de raio R com paredes
igual a 3,0 ∙ 10-6 N. isolantes e sem atrito, os corpos se movem e, na posição de equilíbrio, a
distância entre eles é igual a R. Sabendo que a constante eletrostática do
A B C
meio em questão é K, determine a carga de cada corpo.
1 cm 3 cm
07 Duas esferas iguais, eletrizadas, atraem-se com determinada força F, 11 (IME) Um sistema de cargas elétricas puntiformes é constituído de
quando separadas pela distância r. Em seguida são postas em contato e quatro pequenas esferas, de peso desprezível, dispostas na forma mostrada
depois recolocadas à mesma distância r, dessa última posição repelem-se na figura, dotadas das seguintes cargas elétricas:
com a força F/4. Determine a relação q/q’, entre as cargas iniciais das
esferas. q1 = q3 = 4 · 10 –11 coulombs
q2 = q4 = –10–10 coulombs
08 (UFPE) Quatro cargas elétricas puntiformes, de intensidades Q e q,
estão fixas nos vértices de um quadrado, conforme indicado na figura. Q
q Q
Q Q
Q q
Q
Determine a razão Q/q para que a força sobre cada uma das cargas Q
seja nula: Determine o valor do ângulo α·, diferente de zero, de posicionamento da
esfera de carga q4, de modo que a força atuante nessa carga seja nula.
(A) − 2 .
4 12 Duas esferas condutoras, idênticas e muito pequenas, de mesma massa
m = 0,30 g, encontram-se no vácuo, suspensas por meio de dois fios leves,
(B) − 2 . isolantes, de comprimentos iguais L = 1,0 m e presos a um mesmo ponto
2 de suspensão O. Estando as esferas separadas, eletriza-se uma delas com
(C) − 2 . carga Q, mantendo-se a outra neutra. Em seguida, elas são colocadas em
contato e depois abandonadas, verificando-se que na posição de equilíbrio
(D) −2 2 .
a distância que as separa é d = 1,2 m. Determine a carga Q.
(E) −4 2 . Dados: Q > 0; K0 = 9,0 · 109 N m2 C–2; g = 10 m/s–2.
09 (FUVEST-SP) Pequenas esferas, carregadas com cargas elétricas negativas 13 (UFG-GO) Duas esferas idênticas são suspensas por fios de
de mesmo módulo Q, estão dispostas sobre um anel isolante e circular, como comprimento l, com os pontos de suspensão separados por 2l. Os fios
indicado na figura I. A intensidade da força elétrica que age sobre uma carga de são isolantes, inextensíveis e de massas desprezíveis. Quando as esferas
prova negativa, colocada no centro do anel (ponto P), é F1. estão carregadas com cargas Q de mesmo sinal, os fios fazem um ângulo
Se forem acrescentadas sobre o anel três outras cargas de mesmo módulo de 30° com a vertical. Descarregando as esferas e carregando-as com
Q, mas positivas, como na figura II, a intensidade da força elétrica no cargas q de sinais opostos, os fios formam novamente um ângulo de 30o
ponto P passará a ser: com a vertical. De acordo com as informações apresentadas, calcule o
I II módulo da razão Q/q.
– –
(A) zero. – – – –
14 Duas pequenas bolas condutoras idênticas, de massa m e carga q,
(B) (1/2) F1. q q q q
(C) (3/4) F1. – – – – estão suspensas por fios isolantes de comprimento l, como mostra a
(D) F1. P P figura a seguir. Suponha θ tão pequeno que tan θ possa ser substituída por
1/ 3
(E) 2 F1. + + q2 L
+ sen θ com erro desprezível. Mostre que, no equilíbrio, x = ,
2πε o mg
em que x é a separação entre as bolas.
a
q
(A) b = a . (D) b= .
2 3
2 (A) θ = 30º.
(B) θ = 2 arc tan (1/4).
(B) b = a 2 . (E) a . (C) θ = 2 arc tan (4).
b=
2 3
4 (D) θ = 4 arc tan (2).
(E) θ = 4 arc tan (1/3).
(C) b = a 3 .
2
19 (UFU-MG) Duas cargas +q estão fixas sobre uma barra isolante
16 (ITA) Duas partículas têm massas iguais a m e cargas iguais a Q. e distam entre si uma distância 2d. Uma outra barra isolante é fixada
Devido a sua interação eletrostática, elas sofrem uma força F quando estão perpendicularmente à primeira no ponto médio entre essas duas cargas.
separadas de uma distância d. Em seguida, essas partículas são penduradas, O sistema é colocado de modo que esta última haste fique apontada para
a partir de um mesmo ponto, por fios de comprimento L e ficam equilibradas cima. Uma terceira esfera pequena, de massa m e carga +3q, furada é
quando a distância entre elas é d1. A cotangente do ângulo a que cada fio atravessada pela haste vertical de maneira a poder deslizar sem atrito ao
forma com a vertical, em função de m, g, d, d1, F e L, é: longo desta, como mostra a figura a seguir.
A distância de equilíbrio da massa m
ao longo do eixo vertical é z. Com base
m
nessas informações, o valor da massa m
L em questão pode ser escrito em função
de d, z, g e k, em que g é a aceleração z
a gravitacional e k, a constante eletrostática.
A expressão para a massa m será dada d d
por:
d1
kq 2 z
(A) m = .
(d + z 2 )3/2
2
6 kq 2 z
(A) m g d1 / (F d). (B) m = .
(B) m g L d1 / (F d2). g( d 2 + z 2 )3 / 2
(C) m g d12 / (F d2).
6 kq 2 z
(D) m g d2 / (F d12). (C) m = .
(E) (Fd2) / (mg d12). g( d 2 + z 2 )2
6 kq 2 z
17 (OBF) Na figura a seguir, estão representadas duas partículas de (D) m = .
g( d 2 + z 2 )3
massas m1 e m2, carregadas, respectivamente, com cargas q1 e q2 e
suspensas de um mesmo ponto por fios de iguais comprimentos e massas
desprezíveis.
20 Quatro cargas q, Q, q e Q, de mesmo sinal, estão unidas mediante 24 (ITA-SP) Uma partícula de massa M=10,0 g e carga q = –2,0 ∙ 10–6 C
cinco fios (não condutores) de comprimento da maneira mostrada na é acoplada a uma mola de massa desprezível. Esse conjunto é posto em
figura (Q > q). Determine a força no fio que une as cargas Q. oscilação e seu período medido é P = 0,40 π s.
É fixada a seguir uma outra partícula de carga q’ = 0,20 ∙ 10–6 C a uma
Q distância d da posição de equilíbrio O do sistema massa-mola (ver figura).
O conjunto é levado lentamente até a nova posição de equilíbrio, distante
q q x = 40 cm da posição de equilíbrio inicial O. Qual o valor de d?
Dado: K0 = 9 ∙ 109 N m2/C2.
Obs.: Considere as duas cargas puntiformes.
Q
21 (PUC-SP) Em cada um dos vértices de uma caixa cúbica de aresta
foram fixadas cargas elétricas de módulo q cujos sinais estão indicados
na figura.
Sendo k a constante eletrostática do meio, o módulo da força elétrica
que atua sobre uma carga pontual de módulo 2q, colocada no ponto de 25 (UFU-MG) A figura mostra uma barra isolante, sem massa, de
encontro das diagonais da caixa cúbica, é: comprimento l = 2 m, presa por um pino no centro. Nas suas extremidades
q q estão presas cargas positivas q e 2q, sendo q = 1 ∙ 10–6 C. A uma distância
– – r = 0,3 m, diretamente abaixo de cada uma dessas cargas, encontra-se
(A) 4 kq /3 .
2 2 afixada uma carga positiva Q = 4 ∙ 10–6 C. Considere somente as
q q
(B) 8 kq2/32. + – interações entre as cargas situadas diretamente abaixo uma da outra e
(C) 16 kq2/32. q q K = 9 ∙ 109 N m2/C2. Sabe-se que a reação no pino é nula.
(D) 8 kq2/2. – +
l
(E) 4 kq2/2.
q q +q +2q
– +
x
P r
22 Nos vértices de um triângulo isósceles existem três cargas puntiformes
Q + Q +
fixas e iguais entre si. Calcule a relação entre a base b e a altura h relativa
à base para que qualquer carga colocada no ponto médio da altura fique
em equilíbrio sob a ação das forças elétricas.
Obs.: A base é o lado diferente no triângulo.
Determine:
23 (FUVEST-SP) Quatro pequenas esferas de massa m estão carregadas
com carga de mesmo valor absoluto q, sendo duas negativas e duas a. o valor do peso P necessário para manter a barra em equilíbrio na
positivas, como mostra a figura. As esferas estão dispostas formando horizontal;
um quadrado de lado a e giram em uma trajetória circular de centro O, b. a distância x, a partir do pino, em que o peso P deve ser suspenso
no plano do quadrado, com velocidade de módulo constante v. Suponha quando a barra está balanceada, e de que lado do suporte (esquerdo
que as únicas forças atuantes sobre as esferas são devidas à interação ou direito) deve ser feito.
eletrostática. A constante de permissividade elétrica é ε. Todas as
grandezas (dadas e solicitadas) estão em unidades SI.
V
01 (FUVEST-SP) Duas cargas pontuais positivas, q1 e q2 = 4q1, são fixadas
a a uma distância d uma da outra. Uma terceira carga negativa q3 é colocada no
+q –q ponto P entre q1 e q2, a uma distância X da carga q1, conforme mostra a figura.
V q1 q3 q2 (= 4q1)
a O a
V
P
x
–q +q d
a
V a. Calcule o valor de X para que a força sobre a carga q3 seja nula.
b. Verifique se existe um valor de q3 para o qual tanto a carga q1 como a q2
a. Determine a expressão do módulo da força eletrostática resultante F
permanecem em equilíbrio, nas posições do item a, sem necessidade
que atua em cada esfera e indique sua direção.
de nenhuma outra força além das eletrostáticas entre as cargas. Caso
b. Determine a expressão do módulo da velocidade tangencial v das
exista, calcule o valor de q3; caso não exista, escreva “não existe” e
esferas.
justifique.
+q 1 2
+q
30°
–q –q Q
d m
–q –q
q
06 Uma pequena partícula carregada está no interior de uma esfera
isolante perfeitamente lisa. O diâmetro da esfera é R, a massa da partícula � mgl 2 d 2
carregada é m e sua carga é q. Qual carga deve ter um outro objeto, fixo (A) .
no fundo da esfera, para que seja capaz de manter a partícula carregada ( k0Ql 1)
no extremo superior da esfera em equilíbrio estável? Diz-se que um −8 mgl 2 d 2
(B) .
corpo encontra-se em equilíbrio estável quando, ao sofrer um pequeno ( k0Ql 1)
deslocamento da sua posição de equilíbrio, a ela retorna logo depois. A
constante eletrostática do meio é igual a K. −4 mgl 2 d 2
(C) .
(3 k0Ql 1)
07 (UFC-CE) Uma partícula com carga positiva +q é fixada em um ponto, −2 mgl 2 d 2
atraindo uma outra partícula com carga negativa –q e massa m, que se (D) .
move em uma trajetória circular de raio R, em torno da carga positiva, com 3 k0Ql 1
velocidade de módulo constante (veja a figura a seguir). Considere que não −8 mgl 2 d 2
(E) .
há qualquer forma de dissipação de energia, de modo que a conservação (3 3 k0Ql 1 )
da energia mecânica é observada no sistema de cargas. Despreze qualquer
efeito da gravidade. A constante eletrostática é igual a k.
09 O sistema de cargas indicado na figura é composto por três cargas fixas Dados: massa do bloco I (M1) = 5 kg; massa do bloco 2 (M2) = 4 kg;
e uma carga pendurada por um fio, todas positivas e de peso desprezível. carga elétrica do ponto A (qA) = –2 · 10–4 C; carga elétrica da face do
Para que a carga pendurada fique na direção vertical, pede-se que: bloco I (q1) = +4 · 10–5 C; constante eletrostática (K) = 9 · 109 N · m2 /
C2; distância entre o ponto A e a face do bloco I (d) = 3 m; aceleração da
gravidade (g) =10 m/s² ; coeficiente de atrito estático (µe) = 0,8; ângulo
4Q de inclinaçãoda rampa (α) = 60°.
Obs.: despreze o atrito nas roldanas.
3d
Q Q 12 A figura a seguir apresenta três corpos de peso P, dispostos nos
vértices de um triângulo equilátero de lados L, carregados, cada um deles,
com uma carga positiva Q. Um outro corpo é fixado por meio de uma haste
r 4d 3d rígida não condutora, de modo que a sua projeção fique sobre o centro
do triângulo. Sabendo-se que esse corpo possui uma carga q, determine
Q a relacão q/P para que o sistema formado pelos quatro corpos fique em
equilíbrio
a. Calcule: Obs.: Os corpos dispostos nos vértices do triângulo não estão ligados
I. a distância r em função de d; entre si.
II. a tração no fio;
b. verifique se a carga pendurada, depois de sofrer uma pequena +Q
perturbação em sua posição, permanece estável em uma nova posição +Q
ou retorna à posição original;
c. repita o item b para o caso de a carga pendurada ser negativa. haste
L
10 Uma partícula A com carga elétrica +Q encontra-se fixa ao ponto +Q q
mais baixo de um aro circular de raio R localizado em um plano vertical.
Outra partícula B de carga +Q e massa m encontra-se livre para se mover
apoiada internamente sobre a superfície lisa desse aro. Sabendo que a 13 A figura apresenta quatro situações, nas quais duas cargas de valor
gravidade local vale g e a constante eletrostática do meio vale K, determine: +Q são fixas e uma carga móvel, inicialmente em repouso, pode deslizar
sem atrito por um trilho não condutor. Os trilhos das situações 1 e 2
a. a distância entre as partículas A e B na posição de equilíbrio estático estão na horizontal, enquanto os das situações 3 e 4 estão na vertical.
de B; Considerando cada uma das situações, ao submeter a carga móvel a uma
b. a força de contato que o aro circular exerce na partícula B nessa pequena perturbação, pede-se:
posição.
a. verificar, justificando, se haverá movimento oscilatório em torno do
11 A figura ilustra um sistema composto por um plano inclinado e dois ponto de equilíbrio;
blocos de massas M1 e M2, interligados por um fio inextensível através de b. calcular o período de oscilação para pequenas amplitudes se
duas roldanas. Sabe-se que o ponto A encontra-se carregado eletricamente comparadas com a distância d, em caso de haver movimento
com carga qA e a face do bloco 1 com carga q. O sistema encontra-se em oscilatório.
repouso devido a uma trava colocada junto ao bloco I. Deseja-se substituir
a trava por uma mola colocada no bloco 2, conforme ilustra a mesma +Q Trilho +Q Trilho +Q
figura. Sabe-se que, ao realizar essa substituição, o sistema permanece
em repouso na iminência de deslocamento e que a distensão da mola foi Fixa d d Fixa
de 2 m. Nesta situação, determine: Situação 1
a. o valor da força de atrito Fat que atua sobre o bloco I; +Q Trilho –Q Trilho +Q
b. o valor da constante elástica k da mola.
Fixa d d Fixa
Situação 2
+Q Trilho +Q
+Q
1 Fixa d d Fixa
Trilho
2 d
trava Situação 3
a A +Q Trilho +Q
–Q
Fixa d d Fixa
Trilho
Situação 4
Dados: 15 Duas cargas esféricas idênticas estão suspensas por fios de mesmo
• 1 1 comprimento, a partir de um mesmo ponto. Os fios formam um ângulo de
≈ se d >> x
( d ² ± x ²) d ² 30° entre si quando o experimento é realizado no ar. Quando suspensas
• massa das cargas: Mcargas = m. em um líquido de densidade 800 kg/m3, o ângulo entre os fios permanece
o mesmo. Se o material das esferas tem densidade 1.600 kg/m3, qual a
14 A figura a seguir apresenta uma barra ABC apoiada sem atrito em B. Na constante dielétrica do líquido?
extremidade A, um corpo de massa MA é preso por um fio. Na extremidade
C existe um corpo com carga elétrica negativa Q e massa desprezível. 16 Uma bola de massa m, portando uma carga q e suspensa por um fio
Abaixo desse corpo se encontram três cargas elétricas positivas, Q1, Q2 e de comprimento , pode girar em um plano vertical. No ponto fixo do fio
Q3, em um mesmo plano horizontal, formando um triângulo isósceles, em encontra-se uma outra bola de mesma carga. Calcule a mínima velocidade
que o lado formado pelas cargas Q1 e Q3 é igual ao formado pelas cargas que deve ser fornecida à bola móvel em sua posição inferior para que ela
Q2 e Q3. Sabe-se, ainda, que o triângulo formado pelas cargas Q, Q1 e Q2 consiga dar uma volta completa.
é equilátero de lado igual a 2√3 3 m.
Determine a distância EF para que o sistema possa ficar em equilíbrio. 17 Quatro pequenas esferas repousam sobre uma superfície horizontal lisa
2
q 1
Dados: e estão ligadas por fios inextensíveis, conforme a figura. Se 1 = ,
• massa específica linear do segmento AB da barra: 1,0 g/cm; q
2 8
• massa específica linear do segmento BC da barra: 1,5 g/cm; qual o ângulo θ?
• segmento AB barra: 50 cm;
• segmento BC barra: 100 cm; +q1
• segmento DE: 60 cm; +q2
• MA = 150 g; q
• |Q| = |Q1| = |Q2| = 31/4 · 10–6 C;
• aceleração da gravidade: 10 m/s2; +q2
• constante de Coulomb: 9 · 109 N · m2/C2. +q1 madeira lisa
Obs.:
• As cargas Q1 e Q2 são fixas e a carga Q3, após o seu posicionamento, 18 Um anel metálico se rompe devido à ação das forças elétricas quando
também permanecerá fixa. a carga total que possui é Q. Se um outro anel de mesmo tamanho do
anterior é construído com material com resistência mecânica 10 vezes
A
maior, com que carga esse novo anel se romperá?
B
C
Q
MA
Q1
D
Q2
Q3
F
E
Óptica geométrica I
1
1. Conceitos gerais Obs.: Esses três princípios podem ser resumidos em um único princípio
geral, elaborado por Fermat: “A trajetória que um raio de luz faz entre dois
• Fonte de luz é um corpo emissor ou refletor de luz. As chamadas fontes pontos é tal que o tempo gasto para realizá-lo é mínimo (situação mais
primárias geram luz, e as fontes secundárias refletem a luz por elas comum), máximo ou estacionário”.
recebida. Matematicamente:
• Uma fonte de luz será denominada pontual quando suas dimensões
forem desprezíveis em relação às distâncias que a separam dos corpos d
=0
por ela iluminados. Caso contrário, a fonte será denominada extensa. dx
• Chama-se de meio o ambiente por onde a luz se propaga.
em que l é o comprimento total do raio e x a distância que determina o
• Meios transparentes são aqueles que permitem que a luz os atravesse
percurso.
descrevendo trajetórias regulares (por exemplo, vidro liso).
• Meios translúcidos são aqueles que permitem que a luz os atravesse
descrevendo trajetórias irregulares (por exemplo, papel vegetal). 3. Sombra, penumbra e eclipses
• Meios opacos são aqueles que não permitem que a luz os atravesse
(por exemplo, madeira).
• Raio luminoso indica a direção e o sentido de propagação da luz ao
partirem de uma fonte qualquer.
F sombra sombra
projetada
fonte de luz objeto
sombra sombra
projetada
penumbra
Fonte pontual Fonte extensa
ECLIPSE DA LUA
P
A SOL
Q
T – Região de Totalidade
Eclipse Solar Total
P
A SOL
Q Na sequência fotográfica acima, o professor Ricardo Tolentino
utilizou-se de um telescópio refrator
TERRA LUA Região de Parcialidade
P Q
Solução:
Deve-se primeiramente fazer a figura representando a situação:
2m
60 m 3m
vermelho
alaranjado
amarelo
01 Um objeto está disposto verticalmente em frente a uma câmara de alaranjado
azul
orifício. Aproximando 2 cm este objeto da câmara, observa-se um aumento
de 10% no tamanho da imagem. Determine a distância inicial do objeto à anil
câmara. violeta
X
2 cm x–2
O
1,1i Ao iluminar esse papel com diferentes fontes de luz, obtemos resultados
bem diferentes. Diga quais resultados correspondem a quais fontes.
Fontes Resultado
Muito cuidado para não confundir os triângulos semelhantes!
Das semelhanças obtemos:
Monocromática vermelha
x o ol
l = i x=
Policromática azul + verde +
→ i
laranja + branco
x − 2 o ol
= 11, ( x − 2) =
l 11
, i i
2, 2 Monocromática laranja
11 , ( x − 2) = x → x = = 22 cm
0,1
• Quando se vê um corpo preto, ele está absorvendo todas as cores da BICROMÁTICA VERDE + AMARELA
luz solar.
• Quando se vê um corpo branco, ele está refletindo todas as cores da
luz solar. POLICROMÁTICA AZUL+VERDE+LARANJA+BRANCO
• Quando se vê um corpo de alguma cor monocromática, por exemplo,
verde, que está sendo iluminado por luz policromática, significa que
ele está “selecionando” apenas a cor verde para refletir a luz solar. MONOCROMÁTICA VERMELHA
• Um corpo que, se iluminado por luz policromática, parece
monocromático, por exemplo, vermelho, se apresentará escuro quando
iluminado por luz monocromática de cor diferente da mencionada
acima (por exemplo, se esse objeto vermelho for iluminado com luz 6. Tipos de ponto
verde). • Relativamente a determinado sistema óptico, chama-se ponto objeto
• Um corpo branco pode refletir todas as cores monocromáticas. o vértice do pincel de raios incidentes. Ele será:
• “Filtros” podem deixar passar apenas determinadas luzes – “real”, se for vértice de pincel incidente divergente;
monocromáticas: – “virtual”, se for vértice de pincel incidente convergente;
POR POV
P1
P3
P2
POI
Ponto/sistema S1 S2
• Relativamente a determinado sistema óptico, chama-se ponto imagem
o vértice do pincel de raios emergentes. Ele será: P1 POR –
Ex.:
P1 P2
S1 S2
PIR
PIV Ponto/sistema S1 S2
P1 POR –
∞ P2 – PIV
PII
∞ PII POI
Notas
I. As imagens reais podem ser projetadas em anteparos, como telões Vejamos em uma situação real de sistema ótico:
ou paredes.
II. As imagens virtuais não podem ser projetadas em anteparos. sol
a θ1 θ1 θ1’ θ1’ b
x P d–x
d
θ1 = θ1’
Dessa figura redesenharemos apenas os triângulos semelhantes formados
Cada ponto de um objeto, se refletido pelo espelho plano, conjugará e faremos a proporção entre os lados homólogos:
uma imagem equidistante ao espelho na zona de imagens (propriedade
da reflexão simétrica). Veja:
2m
A x B
4–x
6m
d d
objeto
imagem 2 6
= → 24 − 6 x = 2 x → x = 3 m.
4− x x
A X B
4,0 m
observador
E1 o i
d d
v –v
o i
x
d d L
y
7.4.2 Translação do espelho o i
Se um espelho varia sua posição em relação a um objeto, de quanto
deverá se deslocar a imagem desse objeto em relação à sua posição original?
Essa pergunta é muito simples de ser respondida. É necessário saber
apenas que, antes e depois do deslocamento do espelho, a imagem deve D D
ser simétrica ao objeto, em relação ao espelho. Abaixo, pode-se observar d + L – y = D (equação 1) x + d – L = D (equação 2)
as relações feitas: Substituindo a equação 1 na equação 2:
E1
x + d – L = d + L – y → x = 2L – y
Portanto,
∆ S i = 2∆ S e − ∆ S o; =
v i 2v e − v o ; =
a i 2 ae − ao .
o i
D D
x = 2D – 2d = 2(D – d) = 2L → x = 2L
Solução:
B Função velocidade do móvel (objeto): vo = 4 – 2t
Função velocidade do espelho: ve = ve
Em que o objeto O e o espelho AB estão se movimentando em direções Função velocidade da imagem: vi = 2ve – (4 – 2t) = (2ve – 4) + 2t
bem diferentes das usuais.
Para facilitar a questão, deve-se sempre assumir um referencial que 2ve = Velocidade inicial da imagem
seja ortogonal ao espelho plano e que passe pelo objeto. Após isso, a 2t = Aceleração da imagem
principal ideia para ser utilizada é fazer a decomposição tanto da velocidade
do objeto quanto da velocidade do espelho, ficando com a seguinte Assim, a função das posições da imagem será:
configuração: Xi(t) = 100 + (2ve – 4)t + t2
Substituindo Xi(5) = 205:
A 205 = 100 + (2ve – 4)(5) + (5)2 → ve = 10 m/s
7.5 Rotação
Se um raio luminoso incide sobre um espelho plano, e se rotaciona
Vo senθ um dos extremos desse espelho (mantendo o outro extremo fixo) de certo
Ve senα ângulo, o raio refletido sofrerá uma rotação, no mesmo sentido, de um
Ve cosα Referencial ângulo duas vezes maior.
Vo cosθ
θ1 θ1
q
B θ2 θ
2
C F v v F C
E2
360°
=n − 1 (somente para α divisor de 360°)
α
Parte Parte
côncava convexa O foco principal F de um espelho esférico é muito importante no
estudo da formação de imagens neste. Pode-se facilmente encontrar sua
posição no eixo principal. Tal processo será feito para o espelho côncavo,
mas a demonstração e o resultado final também são compatíveis com
Costuma-se representar um espelho esférico da seguinte forma: espelhos convexos:
C v v C
R R
Côncavo Convexo
f = R/2
8.3 Raios notáveis II. Objeto sobre o centro de curvatura: a imagem é real, em relação ao
objeto, do mesmo tamanho e invertida.
I. Centro de curvatura (C): o raio incidente (ou seu prolongamento) que
contém C é refletido sobre sua própria reta-suporte.
C V V C
C F V
Côncavo Convexo
II. Vértice (V): o raio incidente que passa pelo vértice é refletido
simetricamente em relação ao eixo principal.
Côncavo Convexo
θ
III. Foco principal (F): o raio incidente (ou seu prolongamento) que passa θ
C F V
por F é refletido paralelamente ao eixo principal, e, reciprocamente,
raios paralelos ao eixo principal são refletidos passando por F. Isso
vem da própria definição de foco (já vista).
IV. Foco secundário (φ): o raio incidente (ou seu prolongamento) que
passa por φ é refletido paralelamente ao eixo secundário. Isso vem
da própria definição de foco secundário (já vista).
IV. Objeto sobre o foco principal: a imagem é imprópria.
8.4 Construção de imagens de objetos
Utilizando os raios notáveis, podemos saber onde haverá a formação
da imagem relativa a um objeto qualquer disposto em frente de um
espelho esférico. Pode-se usar todos os raios notáveis distintos que se
quiser nessas construções, mas basta dois deles (usados corretamente)
para que se defina a posição da imagem. Mostrar-se as possibilidades de
construção de imagens para os dois tipos de espelhos esféricos. C F V
C F p V
f p’
C F V
i p′ 1 p′ p
=− → =− → p′ = −
o p 2 p 2 oificio
Substituindo, temos: 6 cm 5 cm
p p
p − − = 15 → p + = 15 → p = ± 10 cm
2 2 03 Em um jogo de bilhar, um dos jogadores encontra-se em uma situação
de sinuca e deseja marcar o ponto C sobre a tabela da mesa de forma que
Neste exercício, como na maioria, o objeto é real (está em frente da parte a bola 1 descreva a trajetória mostrada na figura a seguir.
espelhada) e por isso é positivo. p = 10 cm
120 cm
02 Um espelho côncavo pode concentrar os raios solares a 20 cm de A C B tabela da
seu vértice. Um objeto luminoso de 8 cm de altura está 15 cm à frente do x y mesa
espelho. O espelho pode produzir uma imagem nítida do objeto luminoso. 10 cm
2
Determine:
1
a. a posição da imagem;
b. a altura da imagem;
c. a classificação da imagem; a. Determine a razão x/y. Justifique a sua resposta.
d. a ampliação deste sistema óptico. b. Determine a que distância do ponto A se encontra o ponto C.
Solução: 04 Admita que o Sol subitamente “morresse”, ou seja, sua luz deixasse
1 1 1 1 1 1 de ser emitida. 24 horas após este ocorrido, um eventual sobrevivente,
a. = + → = + → p′ = − 60 cm olhando para o céu, sem nuvens, veria:
f p p' 20 15 p'
i p′ i − 60 (A) a Lua e estrelas.
b. =− → =− → i = 32 cm
o p 8 15 (B) somente a Lua.
c. p' < 0 → virtual; i > 0 → direita ; i > o → maior (C) somente estrelas.
(D) uma completa escuridão.
(E) somente os planetas do sistema solar.
05 Para determinar a que altura H uma fonte de luz pontual está do chão,
plano e horizontal, foi realizada a seguinte experiência. Colocou-se um lápis
01 No dia 3 de novembro de 1994, ocorreu o último eclipse total do Sol de 0,10 m, perpendicularmente sobre o chão, em duas posições distintas:
deste milênio. No Brasil, o fenômeno foi mais bem observado na Região primeiro em P e depois em Q. A posição P está, exatamente, na vertical que
Sul. A figura mostra a Terra, a Lua e o Sol alinhados em um dado instante passa pela fonte e, nesta posição, não há formação de sombra do lápis,
durante o eclipse; neste instante, para um observador no ponto P, o disco conforme ilustra esquematicamente a figura. Na posição Q, a sombra do
da Lua encobre exatamente o disco do Sol. lápis tem comprimento 49 (quarenta e nove) vezes menor que a distância
entre P e Q. A altura H é, aproximadamente, igual a:
P
a
Terra Lua
Sol
H
Sabendo que a razão entre o raio do Sol (RS) e o raio da Lua (RL) vale
RS / RL = 4,00 × 10² e que a distância do ponto P ao centro da Lua vale
3,75 × 105 km, calcule a distância entre P o centro do Sol. Considere
propagação retilínea para a luz. P Q
Figura 1
(A) E (D) E
(B) E (E) E
(C) E
(A) 55 cm.
(B) 70 cm.
(C) 95 cm.
07 Durante a final da Copa do Mundo, um cinegrafista, desejando alguns
(D) 110 cm.
efeitos especiais, gravou cena em um estúdio completamente escuro,
onde existia uma bandeira da “Azzurra” (azul e branca) que foi iluminada
10 Oscar está na frente de um espelho plano, observando um lápis, como
por um feixe de luz amarela monocromática. Quando a cena foi exibida
representado na figura. Com base nessas informações, é correto afirmar
ao público, a bandeira apareceu:
que Oscar verá a imagem desse lápis na posição indicada pela letra:
(A) verde e branca. K L N
(B) verde e amarela.
(C) preta e branca.
(D) preta e amarela.
M
(E) azul e branca. espelho
Oscar
1 (A) K.
A 0 1 (B) L.
(C) M.
(A) 1. (D) N.
(B) 1,5.
(C) 2. 11 Um objeto colocado muito além de C, centro de curvatura de um
(D) 2,5. espelho esférico côncavo, é aproximado vagarosamente dele. Estando o
(E) 3. objeto colocado perpendicularmente ao eixo principal, a imagem do objeto
conjugada por este espelho, antes de o objeto atingir o foco, é:
09 Uma garota, para observar seu penteado, coloca-se em frente de um
espelho plano de parede, situado a 40 cm de uma flor presa na parte de (A) real, invertida e se aproxima do espelho.
trás dos seus cabelos. Buscando uma visão melhor do arranjo da flor no (B) virtual, direita e se afasta do espelho.
cabelo, ela segura, com uma das mãos, um pequeno espelho plano atrás (C) real, invertida e se afasta do espelho.
da cabeça, a 15 cm da flor. A menor distância entre a flor e sua imagem, (D) virtual, invertida e se afasta do espelho.
vista pela garota no espelho de parede, está próxima de: (E) real, invertida, fixa em um ponto qualquer.
12 A vigilância de uma loja utiliza um espelho convexo de modo a poder 17 Isaac Newton foi o criador do telescópio refletor. O mais caro desses
ter um ampla visão do seu interior. A imagem do interior dessa loja, vista instrumentos até hoje fabricado pelo homem, o telescópio espacial Hubble
através desse espelho, será: (1,6 bilhão de dólares), colocado em órbita terrestre em 1990, apresentou
em seu espelho côncavo, dentre outros, um defeito de fabricação que
(A) real e situada entre o foco e o centro da curvatura do espelho. impede a obtenção de imagens bem definidas das estrelas distantes.
(B) real e situada entre o foco e o espelho. O Estado de São Paulo, 01/08/91, p. 14.
(C) real e situada entre o centro e o espelho.
(D) virtual e situada entre o foco e o espelho. Qual das figuras a seguir representaria o funcionamento perfeito do espelho
(E) virtual e situada entre o foco e o centro de curvatura do espelho. do telescópio?
I II
C F
III IV (C)
C F C F
C F
(D)
(A) maior, direta e virtual. 18 Em frente de um espelho esférico côncavo, de centro de curvatura C e
(B) maior, invertida e real. foco principal F, são colocados dois objetos, A e B, conforme a ilustração
(C) menor, invertida e virtual. a seguir. A distância entre as respectivas imagens conjugadas de A e B é:
(D) menor, direta e real.
(E) menor, invertida e real.
19 Um espelho esférico côncavo é utilizado para projetar, sobre 02 A figura a seguir ilustra um espelho esférico côncavo E. Sobre o eixo
uma tela, a imagem do Sol. A distância focal do espelho é de principal estão indicados pontos equidistantes, entre os quais se encontram
2,0 metros. Qual é, aproximadamente, a distância entre a imagem o foco F e o centro da curvatura O. Se um objeto real é colocado no ponto
do Sol e o espelho? N, a imagem conjugada pelo espelho se formará no ponto:
(A) β + θ.
(B) β + θ − 90°.
(C) β + θ + 90°. β
(D) β – θ. θ
E1
22 Uma mosca voa a 50 cm/s em linha reta em direção a um espelho
plano. A partir do instante mostrado, quanto tempo a mosca deve-se manter 04 O esquema seguinte representa o instante inicial (t0 = 0) do movimento
em movimento para que entre ela e sua imagem a distância seja 60 cm? retilíneo e uniforme de um garoto diante da superfície refletora de um
espelho plano fixo verticalmente no solo:
23 As quintas imagens de cada série que se formam nos espelhos
paralelos se encontram a uma distância de 2,5 m. Determine a distancia
do objeto luminoso ao espelho E1 considerando que ele dista 20 cm de E2.
E
S1 S2
x0 x1
Com base nessa situação, responda:
a. Qual a velocidade da imagem do poste em relação ao solo? 13 Considere um corredor delimitado por duas paredes planas, verticais e
b. Qual a velocidade da imagem do poste em relação ao motorista do paralelas entre si. Em uma delas (A) está incrustada uma lâmpada puntiforme
caminhão? (L) acesa. Na outra (B) está fixado um espelho plano (MN), que reflete luz
proveniente de L, iluminando a região M’N’ da parede A.
10 A figura mostra um espelho plano M’ N’ L
que pode girar em torno de um eixo A
contendo seu centro C. Estando na E1
posição E1, o espelho capta a luz E2
C A
proveniente de uma fonte pontual A,
fixa no anteparo, refletindo-a de volta
ao ponto de partida. O espelho sofre, a
então, uma rotação equivalente a um
ângulo α, passando para a posição
E 2. Neste caso, ao receber a luz B
emitida por A, reflete-a para o ponto B. B M N
Sabendo-se que AB = 3 AC, calcule
o ângulo α. Admitindo-se que a parede A passe a se aproximar da parede B com
velocidade constante de módulo V, permanecendo, porém, paralela a
11 Uma barra AB de 20 cm de comprimento está colocada sobre o eixo B, pode-se afirmar que a velocidade de M’ em relação a N’ terá módulo:
principal de um espelho esférico côncavo. A extremidade B encontra-se (A) nulo.
sobre o centro de curvatura do espelho, enquanto a extremidade A (B) V/2.
encontra-se a 60 cm, conforme mostra a figura a seguir: (C) V.
(D) 2V.
(E) um outro valor.
14 Um observador O de dimensões desprezíveis posta-se em repouso a 18 Determine o comprimento l mínimo de um espelho de parede, de modo
uma distância de 3 m em frente ao centro de um espelho plano de 2 m de que uma pessoa com altura h possa se ver por inteiro no espelho, desde
largura, que também está em repouso. Um objeto pontual P desloca-se o topo da cabeça até os pés.
uniformemente com 4 m/s ao longo de uma trajetória retilínea, paralela à
superfície do espelho e distante 6 m desta (veja figura). Inicialmente, o 19 Em alguns carros, é comum que o espelho retrovisor modifique a
observador não vê o objeto. altura aparente do carro que vem atrás. As imagens a seguir são vistas pelo
motorista em um retrovisor curvo (Fig. 1) e em um retrovisor plano (Fig. 2).
1m 1m
1
espelho
3m
6m
o
v = 4 m/s
p
A partir de um certo ponto de sua trajetória, o objeto passa a ser visto pelo 2
observador. Por quanto tempo ele permanece visível?
H
α β
A B C
Conhecendo os ângulos α e β (α = 60º e β = 30º), determine a relação
entre as velocidades médias da sombra (vs ) e do homem (vh ).
Óptica geométrica II
2
1. Índice de refração II. O desvio do raio refratado obedece à “Lei de Snell”:
I. O raio incidente, o raio refratado e a reta normal que passa pelo ponto
de incidência são todos coplanares.
n1
raio incidente raio refletido
normal
n2
θ1 θ1
n1
n2
θ2
raio refratado
Solução: θ2 θ2
a. A figura abaixo representa o ponto-objeto que deve ser visto pelo θ2
observador. Da figura podemos aplicar semelhança de triângulos.
observador
No limite, θ1 = 90°. Temos o caso limite de refração e θ2 é chamado
de “ângulo limite de refração” (rL). Pela Lei de Snell:
9d
θ1
4d θ1
d
(III) (IV)
Da figura temos que: Do caso (I) ao caso (III), θ1 vai aumentando gradativamente, até o caso
1, 3 limite em que θ2 atinge o valor de 90°, de modo que, se θ1 for ligeiramente
9d sen θ2 9d 17 = 9 d aumentado, teremos reflexão total do raio incidente e nenhum raio será
tg θ2 = ⇒ = ⇒
h cos θ2 h 15, 31 h refratado (como mostra o caso IV). Nesse caso, Ocorre a reflexão total
17 e θ1 é chamado de “ângulo limite de reflexão total” (iL). Pela Lei de Snell,
no caso (III):
9d 15, 31
h= ≅ 27,1d n1sen iL = n2sen 90°
1, 3
sen iL = n2/n1
Obs.: As fibras ópticas permitem a transmissão de informações através Refração no ponto de incidência A (cálculo de θ2): 1 · sen 45° = n · sen θ2
de raios luminosos que sofrem inúmeras reflexões totais em pequenos
tubos maleáveis. Geralmente, esses tubos são feitos com vidro de óxido Refração no ponto de incidência B (cálculo de θ3): n · sen θ3=1 · sen 90°
de silício e óxido de germânio, tendo cerca de 0,1 mm de diâmetro.
Observando na figura que θ2 e θ3 são complementares temos:
sen θ3 = cos θ2
2 2
sen 45° 1
III. n2 = n1: + =1
n n
2
n1 2 2
1 2 1 1 1 3
2 + = 4 + 2 = 2 + 2 = 2 = 1→ n = 3 2
n2 n n n2 n 2n n 2n
10 cm
01 Um raio luminoso incide sobre um cubo de vidro, como indica a figura.
Qual deve ser o valor do índice de refração do vidro para que ocorra reflexão Na posição em que se encontra, o observador O não vê o fundo do
total na face vertical? recipiente, mas vê completamente a parede (1). Calcule a altura mínima da
água que se deve despejar no objeto, para que o observador passe a ver a
45° partícula P. Adote o índice de refração da água em relação ao ar igual a 4/3.
Ar Solução:
Como na maioria dos problemas de física, principalmente, óptica
geométrica, é fundamental que seja feita uma figura ilustrando o caminho
da luz e os raios e ângulos envolvidos. Nesse caso, é interessante que
destaquemos apenas o raio de luz que sai do objeto e chega no observador.
Ficando assim:
Solução:
Para determinar o índice (mínimo) do cubo, devemos representar, na parede
vertical, a situação limite, isto é, a representação geométrica onde o raio 45° θ2
refratado faz 90° com a vertical. Veja abaixo:
45°
θ1
45°
A
Destacando da figura a região dentro do líquido, podemos identificar Os arcos-íris também ocorrem por esse fenômeno. As gotículas de
melhor a altura: água dispersas no ar, em determinadas condições, podem provocar, para
um dado observador, a decomposição da luz branca.
θ1
h
6. Dioptro plano e dioptro esférico
45°
45° Quando um observador, situado num meio qualquer, olha para um
objeto, situado em outro meio de diferente índice de refração, ele pode
h – 10 10 cm percebê-lo numa posição diferente da verdadeira, devido à refração
luminosa. Veja os dois casos possíveis:
h
I. O observador se encontra num meio de menor índice de refração do
h − 10 sen θ1 que o do meio do objeto:
Da figura acima, temos que tg θ1 = =
h cos θ1 observador
2
3 2 18 46
Onde cos θ1 = 1 − sen2θ1 = 1 − = 1− =
8 64 8
3 2 n1
h − 10 3 10 23
Substituindo, temos = 8 = →h= cm posição aparente n2
h 46 23 23 − 3
do objeto
8
Sugestão: aproximação de radicais n1 > n 2
2 2 1 24 posição real
23 = 25 − 2 = 25 1 − = 5 1 − ≅ 5 1− ≅ ≅ 4, 8
25 25 25 5 do objeto
No problema acima, o resultado aproximado seria então: h II. O observador se encontra num meio de maior índice de refração do
10 ⋅ 4, 8 48 que o do meio do objeto:
h= = ≅ 26, 7 cm
4, 8 − 3 1, 8
posição aparente
do objeto
5. Dispersão de luz policromática posição real
do objeto
A luz policromática é formada por uma infinidade de luzes n1
monocromáticas que a constituem. Embora todos esses componentes
n2
monocromáticas tenham a mesma velocidade (c) no vácuo, cada um deles
tem uma respectiva velocidade distinta ao atravessarem um meio material,
de modo que, se uma luz policromática vinda do vácuo atravessar um meio
n1 > n 2
material, esta será decomposta em suas monocromáticas constituintes.
Esse fenômeno é explicado considerando os diferentes comprimentos
de onda de cada raio monocromático, e tais detalhes serão vistos nos Vamos agora fazer o estudo analítico de um caso especial de dioptro
capítulos sobre ondas. plano, que é quando temos pequenos ângulos de incidência. Deduziremos uma
Sofrem maior desvio componentes monocromáticos de menor expressão para o caso (a) acima, mas a dedução para o caso (b) é análoga.
comprimento de onda. A decomposição da luz branca (luz solar), por Quando os ângulos de incidência são pequenos, as posições real
exemplo, tem como extremos visíveis as monocromáticas violeta e vermelha: e aparente do objeto estão aproximadamente sobre uma mesma reta
vertical. No desenho abaixo, não faremos pequenos ângulos de incidência
simplesmente para que se possa analisá-lo melhor, mas tomaremos como
branca
hipótese que, de fato, os ângulos são pequenos:
θ1
A B n1
d’ θ1
n2
p’ θ2
d
θ2
vermelha
p
violeta
AB
tg θ2 =
AP
AB
tg θ1 =
P’ A
tg θ2 P’ A d’ sen θ2 n1 d’ ndestino
= =≅ = =
tg θ1 PA d sen θ1 n2 d norigem
Um dioptro esférico possui como interface de separação uma parte
posição aparente do fundo (imagem)
de circunferência. Vejamos a dedução de sua equação: p’
p = 60 cm fundo (objeto)
θ1 a c c
n n'
θ2 Pela fórmula de diptros planos temos: = → : v = v' → vp = v'p'
p p' p p'
O α v β C I
Onde:
p r
p’ v = velocidade do raio incidente = 2,25 · 105 km/s
n1 n2 P = posição do objeto (fundo do aquário) = 60 cm
v’= velocidade do raio refratado = 3,00 · 105 km/s
Pela Lei de Snell, temos:
P’ = posição da imagem
n1sen θ1 = n2sen θ2 (I) Assim teremos: 2, 25 ⋅ 105 ⋅ 60 = 3, 00 ⋅ 105 ⋅ p′ → p′ = 45 cm
∆COA: θ1 = α + β
∆ ICA: β = θ2 + γ 02 Um aquário tem a forma de uma esfera de diâmetro 60 cm, está
preenchido com água (n = 4/3) e tem um peixe no seu interior. Um gatinho
Admitindo θ1 e θ2 pequenos:
observa esse peixe aparentemente a 10 cm da parede do aquário.
n1θ1 = n2θ2 →
n n
Disponível em:<www.123people.com>.
β= 1 θ1 + γ → β= 1 ( α + β) + γ → n1α + n2 γ= ( n2 − n1)β
n2 n2
n1 n
β= θ + γ → β= 1 ( α + β) + γ → n1α + n2 γ= ( n2 − n1)β
n2 1 n2
Da figura obtemos:
av av av
α≅ = β γ≅
p r p’
Substituindo obtemos:
n1 n2 n2 − n1
+ =
p p’ r
7. Lâmina de faces paralelas É importante ressaltar que o raio emergente para o ar será paralelo ao
incidente do ar comprovado pelas relações abaixo:
Uma lâmina de faces para- nar ⋅ sen θar = ndiamante ⋅ sen θdiamante = nvidro ⋅ sen θvidro = nar ⋅ sen θar
lelas é a situação que ocorre θ1
quando um paralelepípedo de
certo material é imerso num meio e
θ2
α D 8. Prismas
de diferente índice de refração. d
Quando há incidência de luz oblíqua Em óptica geométrica,
C
sobre ele, o raio de luz sofre costuma-se chamar simplesmente
deslocamento lateral após sofrer d por “prisma” um corpo de base
refrações. Vejamos, por exemplo, triangular. Ao analisarmos o objeto,
a situação de uma lâmina de vidro de espessura e imersa no ar: de frente para uma das faces
Aplicando a Lei de Snell nas duas refrações que ocorrem, é facilmente triangulares, quando um raio
provado que o desvio angular é nulo, ou seja, o raio emergente é paralelo luminoso o atravessa por uma das
ao raio incidente. O deslocamento lateral d (que é a distância entre as faces laterais, haverá desvio do raio
retas paralelas mencionadas) pode, também, ser∆facilmente e se os
e índices de refração do prisma
ABC : cos θcalculado:
2= → AC=
AC ecos θmeio
do 2
forem diferentes.
e e d d
∆ ABC : cos θ2= → AC= ∆ ADC : sen = α → sen ( θ1 − θ=2)
AC cos θ2 AC AC
d Â
d d sen ( θ1 −=θ2 ) cos θ2 n n
∆ ADC : sen = α → sen ( θ1 − θ=2) e
AC AC
e . sen ( θ1 − θ2 )
d d=
sen ( θ1 −=θ2 ) cos θ2 cos θ2
e î ^ ^
r r
e . sen ( θ1 − θ2 ) Â
d=
cos θ2
∆
δ1 δ2 São dados: índice de refração do ar = 1,0; índice de refração do vidro em
50° r1 r2 30° relação ao ar = 1,5; velocidade da luz no ar = 300.000 km/s.
a. Qual o intervalo de tempo para a luz propagar-se de F a D?
60°
b. Represente graficamente a velocidade da luz, em função da distância,
a contar da fonte F.
Pelo teorema das retas perpendiculares entre si, o ângulo do prolon- 04 Um raio de luz monocromática incide
gamento das normais é igual ao ângulo de abertura do prisma (60°). no centro da face circular de uma peça 60°
hemisférica de cristal transparente. A figura
Assim: r1+ r2 = 60° (teorema do ângulo externo) mostra a seção da peça determinada pelo Ar
plano de incidência do raio. Cristal
Ângulos opostos pelos vértices: 50 = δ1 + r1 e 30 = δ2 + r2
r1 = 50 – δ1
Sendo 3 o índice de refração do cristal para
r2 = 30 – δ2
a referida radiação, determine a trajetória do
r1+ r2 = 60° = (50 – δ1) + (30 – δ2) ⇒ δ1 + δ2 = 20
raio refratado até emergir para o ar, indicando
os ângulos envolvidos.
Pelo teorema do ângulo externo, temos: ∆ = δ1 + δ2 = 20°
a. o comportamento de um raio de luz de mesma frequência, que se 10 Uma mesma luz monocromática passa do sen i
dirige de A para B com ângulo de incidência de 60°. vácuo para o interior de uma substância, com 1,0
b. o comportamento de um raio de luz de mesma frequência, que forma diversos ângulos de incidência. Os senos do
no meio B um ângulo de 30° com a normal e dirige-se de B para A. ângulo de incidência (i) e do ângulo de refração 0,50
(r) são dados através do gráfico seguinte:
06 No fundo de um tanque de profundidade p igual a 2,0 m, existe uma
0 0,50 sen r
fonte de luz F considerada pontual. O recipiente é, então, preenchido com Calcule o índice de refração absoluto dessa
um líquido de índice absoluto de refração 2 , em cuja superfície é posto substância.
a flutuar um disco opaco, circular e de centro pertencente à vertical que
passa por F. Calcule o mínimo diâmetro que o disco deve ter para que 11 Na figura seguinte, representa-se um pincel cilíndrico de luz mono-
observadores situados no ar não consigam ver a fonte F. As paredes do cromática que, propagando-se num meio 1, incide na fronteira separadora
tanque são opacas. deste com um meio 2. Uma parcela da luz incidente é refletida, retornando
ao meio 1, enquanto a outra é refratada, passando para o meio 2.
07 Um pincel cilíndrico de luz monocromática propaga-se num bloco
sólido transparente e incide na fronteira plana entre o bloco e o ar, sob 60°
ângulo de incidência igual a 30°:
meio 1
meio 2
30°
a. o ângulo de refração. 12 Para a determinação do índice de refração (n1) de uma lâmina de vidro
b. o desvio experimentado pela luz, ao se refratar. (L), foi usado o dispositivo da figura, em que C representa a metade de um
c. a representação esquemática dos raios incidente, refletido e refratado. cilindro de vidro opticamente polido, de índice de refração n2 = 1,80. Um
feixe fino de luz monocromática é feito incidir no ponto P, sob um ângulo
08 Um raio de luz monocromática proveniente do ar incide em uma esfera α, no plano do papel.
de vidro, como mostra a figura:
A P
C
P α
B
luz
V
i água
Sabendo-se que, para um observador cujo globo ocular situa-se no
ponto O, a imagem do sol conjugada pelo sistema parece estar a uma
vidro
profundidade de 30 cm, calcule a distância focal do espelho.
relógio ar
06 Um raio luminoso proveniente do ar atinge uma lâmina de vidro de
faces paralelas com 8,0 cm de espessura e 1,5 de índice de refração. Este
Determine para que valores do ângulo de incidência i ocorre o fenômeno raio sofre refração e reflexão ao atingir a primeira superfície, refração e
descrito. reflexão ao atingir a segunda superfície (interna).
Dados: índice de refração do ar = 1,0, índice de refração da água = 1,3; a. Trace as trajetórias dos raios incidente, refratado e refletido.
índice de refração do vidro = 1,4; sen 45° = 0,71; sen 46°= 0,72; b. Determine o tempo para o raio refratado atravessar a lâmina, sendo o
sen 47° = 0,73; sen 48° = 0,74; sen 49° = 0,75; sen 50° = 0,77. seno do ângulo de incidência 0,9.
03 O gráfico abaixo mostra como varia o índice de refração de um cristal 07 Um prisma de aber tura
em função do comprimento de onda da radiação, medido no vácuo: A = 70° e índice de refração igual 70°
a 2 , imerso no ar, recebe um θ1 = 45°
estreito pincel cilíndrico de luz
Índice de re
09 Na figura a seguir, temos um recipiente cúbico de paredes opacas, 14 Tem-se um bloco de vidro transparente em forma de paralelepípedo
vazio, de 40 cm de aresta: reto imerso no ar. Sua secção transversal ABCD está representada na
figura. Um raio de luz monocromática pertencente ao plano definido por
o ABCD molde em I1, refratando-se para o interior do bloco e incidência
em I2:
I2
B C
(1)
P
I1
45°
10 cm
A D
Na posição em que se encontra, o observador O não vê o fundo do
recipiente, mas vê completamente a parede (1). Calcule a altura mínima
da água que se deve despejar no recipiente, para que o observador passe Sabendo que o índice de refração do vidro em relação ao ar vale 2 :
a ver a partícula P. Adote o índice de refração da água em relação ao ar
igual a 4/3. a. calcule o ângulo limite para o dioptro vidro-ar.
b. verifique o que ocorre com a luz, logo após a incidência em I2.
10 Um mergulhador imerso nas águas de um lago observa um avião
no instante em que ambos estão aproximadamente na mesma vertical. 15 O índice de refração n de uma lâmina de faces paralelas depende do
O avião está 600 m acima da superfície da água, cujo índice de refração comprimento de onda da luz que a atravessa segundo a relação:
admite-se igual a 4/3. A que altura da superfície da água o avião aparenta
estar, em relação ao mergulhador? B
n= A +
λ2
11 Sobre uma lâmina de vidro de 4,0 cm de espessura e índice de refração
3 , mergulhada no ar, incide um raio de luz monocromática, como ilustra Em que A e B são constantes positivas. Um feixe, contendo uma mistura
a figura: de luz vermelha (γ = 6.500 · 10–10 m) e luz azul (γ = 4.500 · 10–10 m),
incide sobre esta lâmina, conforme a figura:
60°
Ar (Meio 1) ar
Vidro
(Meio 2)
lâmina
ar
θi
13 No esquema ao lado, um observador visa o 17 A figura ilustra um raio de luz, proveniente do ar, penetrando
um bastão cilíndrico de 20 cm de comprimento perpendicularmente na face AB de um diamante lapidado, com índice de
totalmente imerso na água (índice de refração refração 2,4. Velocidade da luz no ar: 3 · 108 m/s.
igual a 4/3). O eixo longitudinal do bastão é
perpendicular à superfície da água e o olho O do
A B
observador encontra-se nas vizinhanças desse
eixo.
Admitindo que o meio externo ao recipiente seja o ar (índice de refração 135°
igual a 1), calcule o comprimento aparente que o observador detecta para
o comprimento do bastão.
a. Qual a velocidade da luz no interior do diamante? 21 A figura abaixo representa uma certa fibra óptica que consiste de
b. Represente a trajetória do raio até sair do diamante. um núcleo cilíndrico de índice de refração n > 1, circundado por ar cujo
índice vale, 1,0. Se o ângulo α, representado na figura, for suficientemente
18 Um raio luminoso incide sobre um cubo de vidro, como indica a figura. grande, toda a luz será refletida em zigue-zague nas paredes do núcleo,
Qual deve ser o valor do índice de refração do vidro, para que ocorra reflexão sendo assim guiada e transmitida por longas distâncias. No final da fibra,
total na face vertical? a luz sai para o ar formando um cone de ângulo ϕ, conforme a figura:
nx = 1,0
45° θ
β
ar
n
α
nx = 1,0
a. Qual o valor mínimo de sen α em termos de n para que a luz seja guiada?
b. Qual o valor de sen ϕ em termos de n?
e
anteparo
h
45°
A C‘ C X
O prisma está imerso no ar e seus índices de refração para as cores
componentes do pincel de luz branca são dados a seguir:
Coloca-se, então, horizontalmente, uma lâmina de faces paralelas em
contato com o muro por uma das extremidades e em nível qualquer entre
Violeta 1,48 A e B. Constata-se que a largura da sombra passou de AC a AC’. Calcule
o índice de refração da lâmina.
Anil 1,46
Dados: AC = 3,0 m; CC’ = 5 mm; AB = h = 4,0 m; e = 2,0 cm.
Azul 1,44
23 Um espelho encontra-se a uma altura ho = 10 cm de um líquido
Verde 1,42 transparente cujo índice de refração é n2 = 5/3. Debaixo do citado líquido
existe água. Verifique a qual distância está o fundo do recipiente com sua
Amarelo 1,40 respectiva imagem no espelho. (n1 = 4/3).
Vermelho 1,38 10 cm
24 Uma fonte pontual de luz monocromática está imersa numa piscina (A) h · tg [arc sen (nar / nágua)].
de profundidade h. Para que a luz emitida por essa fonte não atravesse a (B) h · tg arcsen (nar / nÁgua ).
superfície da água para o ar, coloca-se na superfície um anteparo opaco (C) h · sen(nar / nágua).
circular cujo centro encontra-se na mesma vertical da fonte. O raio mínimo (D) h · arc tg [sen(nar / nágua)].
desse anteparo é: