Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 6

FACULDADE DE CIÊNCIAS NATURAIS MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
Curso de Licenciatura em Física
Física experimental II. Ano Lectivo de 2024
Experiência 04: Pendulo Físico de Kater

1. Introdução

Um pêndulo é qualquer corpo rígido que gira em torno de um ponto fixo. No caso
de um pendulo físico existem vários modelos, figura 01. Um corpo rígido suspenso por um
ponto que não esteja localizado sobre seu centro de massa, de modo que, quando submetido
a pequenos deslocamentos angulares em relação à direcção vertical, realiza um movimento
oscilatório sob a acção da força gravitacional, chama-se Pendulo Físico.
O pêndulo de Kater é um exemplo de pêndulo composto ou físico, consiste num
pêndulo complexo proposto por Henry Kater (1777-1835) para medir a aceleração da
gravidade. Sendo um corpo rígido a posição deste é determinada, em qualquer instante, pelo
ângulo θ que o referido corpo forma com a vertical, tal como está indicado na figura. Portanto,
este corpo afastado da sua aposição de equilibro, atuam sobre ele um par de forças (a normal
e a de peso), cuja a torção e causada pela força de gravidade.

r
L
M
L

CM

b) Um corpo complexo
a) Uma barra homogenia
ponte forme

1
O período do pendulo físico depende da aceleração da gravidade, d a i q u e o
pêndulo físico pode ser usado para determinar a aceleração da gravidade em um dado
local.
Considerando a figura 01-b) onde um corpo rígido de massa M, sob acção da força
gravitacional da Terra, pode girar sem atrito em torno de um eixo fixo horizontal passando
pelo ponto de suspensão O. Com o centro de massa da barra CM, situado a distância r do

ponto O. O único grau de liberdade desse sistema pode ser representado pelo ângulo  entre
a linha que passa por O e CM e a direcção vertical. O torque fica:
 = I . (1)
Com o torque relaciona-se com a força de gravidade então:  = Fg.r.sen onde:

d 2 d 2 − m.g .r..sen
− m.g .r.sen = I . = (2)
dt 2 dt 2 I
Onde r é a distância entre o eixo de rotação e o centro de massa
I é momento Inercial, em uma barra rectangular homogenia toma seguinte fórmula
m.L2
I= (3)
3
Para pequeno ângulo sen   , então da equação 2 temos:

d 2 − m.g .r. m.g .r m.g .r


= A relação = w2 w= (4)
d 2t I I I

 (t )= m cos (w.t +  ) (5)

I
O período toma a seguinte formula: T = 2 . (6)
m.g .r

A equação 6 parece que o período depende da massa, mas pode-se estimar que em 3
e 6 temos:

.L2 L 2..L
T = 2 . com numa barra homogénea r = T = 2 . (7)
3.g .r 2 3.g

No entanto, usando o teorema dos eixos paralelos, que diz que o momento de inércia
de um corpo qualquer em relação a um certo eixo é a soma do momento de inércia em relação
a um eixo paralelo passando pelo centro de massa com o produto da massa M do corpo pelo
quadrado da distância d entre os dois eixos temos:

2
Para isso escrevamos o momento de inércia do sistema dos Pontos que fazem parte
do sistema numa forma conveniente, isto é: I = I CM + m.r 2 como I CM = m.L2 Logo:

I = mL2 + m.r 2 substituindo em 6, temos:

1 L2
T = 2 . ( + .r ) (8)
g r

Considerando o pêndulo de Kater ilustrado na figura 02, a seguir como um corpo


rígido, podemos aplicar a fórmula (8) aos pontos O e O’, tendo

O
r1

CM CM

r2
O’
B B

1 L2 1 L2
T1 = 2 . ( + .r1 ) T1 = 2 . ( + .r2 )
g r1 g r2

Se ambos os pontos fossem T1 conjugados seria igual a T2. Na prática é muito difícil
obter a situação exata do centro de oscilação, associado a um determinado ponto de
suspensão, de forma a garantir esta igualdade. Porém, é possível obter a situação a partir de
um ponto próximo ao centro de oscilação, neste caso os T1 períodos e T2 eles não são iguais,
mas são semelhantes. Nesta situação, podemos colocar
2 2
T1 .g .r1 T2 .g .r2
= L2 + r1 = L2 + r2 então
2 2
e
4 2 4 2

3
2 2 2 2
T1 .g .r1 T2 .g .r2 T1 .g .r1 T2 .g .r2
− r1 = L2 e − r2 = L2 − r1 = − r2
2 2 2
dai que:
4 2
4 2
4 2
4 2

logo: T1 .g .r1 − 4 2 r1 = T2 .g .r2 − 4 2 r2 será: T1 .g .r1 − T2 .g .r2 = −4 2 r2 + −4 2 r1


2 2 2 2 2 2

4 2 T1 ..r1 − T2 ..r2
2 2

g (T1 ..r1 − T2 ..r2 ) = 4 ( r1 − r2 ) =


2 2 2 2 2
fica: teremos:
r1 − r2
2 2
g

4 2 T1 + T2 T − T2
2 2 2 2

= + 1 (9)
g 2( r1 + r2 ) 2( r1 − r2 )

Deve-se notar que a diferença (r1-r2) nunca deve ser pequeno, pois não poderíamos aplicar
esta fórmula. Isto é fácil de evitar com as duas massas diferentes acopladas às extremidades
da barra. Por outro lado, T1 e T2 são semelhantes, então essa diferença será muito menor que
a diferença (r1-r2), evitando novamente problemas com o denominador. De referir ainda que
o prazo associado à diferença dos períodos será sempre uma pequena correção.

2.Objectivos

Depois de realizar esta experiência, você deve ser capaz de:


• Determinar o momento de inércia de um pêndulo físico
• Determinar a aceleração gravítica a partir de um pendulo físico

3. Material necessário:
• 1 Barra rígida homogenia de 100 cm
• Um suporte de madeira
• Cronómetro
• Balança
• Pregos
• Fita métrica
• Duas massas ou corpos iguais
5. Procedimentos quando a concepção do protótipo
1. Prepare um suporte de madeira e uma barra de madeira ou de ferro de 100cm com
forme a figura 02;
2. Meça o comprimento L da barra e a massa m;
4
3. Determine a localização do centro de massa da mesma e fure.
4. Marque as extremidades com as letras A e B;
5. Prepare duas massas ou corpo em forma de anel que pode passar na barra sem pressão
e prepare de forma fixar na barra.
6. A partir do centro de massa marque dois pontos iguais, um em cada extremidade e
fure para servir de eixo de rotação.

6. Procedimento da funcionalidade
1. Pendure a barra começando pela extremidade A no eixo O
2. Fixe as massas nas extremidades da barra de modo que medindo esta distância deve
ser igual a L = r1 + r2.
3. Em pequenas amplitudes afaste da sua posição de equilibro para começar a oscilar.
4. Utilizando um cronómetro meça o intervalo de tempo correspondente a 8 oscilações
completas da barra. registe na tabela 01.
5. Faz deslocar a massa da extremidade B para uma distancia conhecida em direção ao
centro de massa e faz oscilar
6. Repita os procedimentos 5 em 4 posições diferente e regista os valores na tabela
01.
7. Repita os procedimentos 3, 4, 5, e 6 pendurando a barra na extremidade B sem a
massa em deslocar, e apenas desloque a massa B nos pontos determinados no
procedimento 4 e 6 e regista os valores na tabela 02.

Tabela 1.1: Distribuição dos dados para extremidade A no eixo O


Nr de L(cm) m(kg) n r (cm) t (s) T (s) T2 (s) I g (m/s2)
ordem
1
2
3 8
4

x
x

5
Tabela 1.2: Distribuição dos dados para extremidade B no eixo O’
Nr de L(cm) m(kg) n r (cm) t (s) T (s) T2 (s) I g (m/s2)
ordem
1
2 8
3
4

x
x

• Compare os valores entre as tabelas e tire a conclusão

Bibliografia

Franco, F. Rodrigues, S & Rosero, D. (2023). Pêndulo Físico Composto e Pêndulo de Kater,
Universidade de Vale Colombia

Você também pode gostar