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Antônio Roque
Abril 2023
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5910236 - Física II (Q) Aula 5 - Oscilações amortecidas
d2 x
m = −kx − bv. (3)
dt2
A equação (2) pode ser reescrita como
d2 x dx
m 2
+ b + kx = 0,
dt dt
ou
d2 x dx
2
+γ + ω02 x = 0, (4)
dt dt
onde
k
ω02 =
m
e
b
γ= .
m
As unidades da constante γ também podem ser determinadas por análise
dimensional:
[b] [M ] 1
[γ] = = = .
[M ] [T ][M ] [T ]
Portanto, no SI γ é dada em s−1 .
A constante γ é chamada de constante de amortecimento. Ela caracteriza
o amortecimento e, quando é nula, não há amortecimento e o corpo realiza
um MHS com frequência angular ω0 como visto nas aulas anteriores.
A equação (4) é uma equação diferencial linear homogênea de 2a ordem
com coeficientes constantes. Os métodos de solução dessa equação estão além
dos objetivos desta disciplina, de maneira que aqui apenas mostraremos os
tipos de solução possíveis e nos aprofundaremos somente em um deles.
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2 Amortecimento subcrítico
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Para o caso em que ω02 > γ4 , a solução x(t) da equação diferencial (4) é a
seguinte:
x(t) = Ae−γt/2 cos(ωt + φ), (6)
onde A e φ são constantes e
r
γ2
ω= ω02 − . (7)
4
A solução (6) foi escrita usando a função cosseno. Como visto nas aulas
sobre o MHS, poderíamos também tê-la escrito usando a função seno (apenas
a constante de fase seria diferente).
Como já vimos antes, esta solução é do tipo oscilatória com amorteci-
mento. A Figura 2 mostra o gráfico de (6) para o caso particular em que
φ = 0.
Tente, como exercício, reproduzir o gráfico da Figura 2 usando algum
programa que faz gráficos. Dica: o gráfico foi feito para um caso em que
γ ≪ ω0 .
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definem a envoltória (ou envelope) das oscilações. Essas duas curvas também
estão mostradas na Figura 2.
Define-se o tempo de decaimento τd (uma constante) como o tempo que
a amplitude acima leva para cair a um valor igual a 1/e do seu valor inicial.
Logo:
x±A (τd ) 1 Ae−γτd /2 1
= ⇒ = ⇒
x±A (0) e A e
γτd
e−γτd /2 = e−1 ⇒ =1⇒
2
2 2m
τd = = . (8)
γ b
Pode-se então reescrever a equação (6) como:
x0 e−t0 /τd
= −t /τ = e(tN −t0 )/τd ,
xN e N d
de maneira que o tempo de decaimento é dado por:
(tN − t0 )
τd = . (10)
ln (x0 /xN )
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e, portanto:
dE
=
dt
γ2
2 −γt 2 2 2 γω
− mγA e cos (ωt + φ) + ω sen (ωt + γ) + sen[2(ωt + φ)]
4 2
(13)
Figura 3: Gráfico de E × t.